Verde no vidro: O Impacto com o Jardim Vertical

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL

VERDE NO VIDRO O Impacto com o jardim vertical

Aluno: Thiago Monteiro Pinheiro Orientador: Prof. Dra. Mรกrcia Bissoli Dalvi


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL

VERDE NO VIDRO O Impacto com o jardim vertical

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.


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Folha de aprovação Thiago Monteiro Pinheiro Trabalho de conclusão de curso aprovado Em: ____/____/______

Ata de avaliação de curso

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Avaliação da banca examinadora

____________________________________________________ Nome

Data

Assinatura

____________________________________________________ Nome

Data

Assinatura

____________________________________________________ Nome

Data

Assinatura


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Agradecimentos


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Minha graduação se conclui e o sentimento que prevalece dentro de mim é o de agradecimento. A Deus, primeiramente, que permanece comigo mesmo eu não sendo tão merecedor. Aos meus pais e ao meu irmão, pelo apoio incondicional de sempre. Sem vocês eu não seria nada. Ao meu avô, pelo suporte e carinho sem fim. À minha avó, meu anjo, que faz sentir-me amado por ela mesmo ela não estando mais por aqui. E a minha família em geral, tios, primos, que, aos trancos e barrancos, fazem com que o sentido de família permaneça. Agradeço também aos meus amigos que sempre me amaram pelo que eu sou, mesmo quando eu não sabia quem eu era. À minha orientadora, Márcia Bissoli, por acreditar em mim e me proporcionar tantos momentos de luz quando as coisas ficaram meio míopes. Não poderia ter escolhido uma orientadora melhor. Ao Augusto Alvarenga, ao Homero, à Cristina e ao Lpp, e à muitos outros que me serviram de inspiração. E agradeço a você, que passou pela minha vida e contribuiu para que eu me encontrasse, saiba que essa vitória também é sua. Agora é viver esse universo de possibilidades, renascer a cada momento, crescer com as novas experiências. Rumo às estrelas!


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“Acredito que as coisas podem ser feitas de outra maneira e que vale a pena tentar.� Zaha Hadid


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - RESUMO

RESUMO A coexistência entre o homem e a natureza, desde os primórdios, causa impactos expressivos na sobrevivência de ambos. Na formação da cidade isso se torna evidente à medida que o crescimento urbano ocasiona a escassez cada vez maior das áreas de vegetação. Nesse contexto, surgem problemas climáticos que afetam diretamente a qualidade de vida do homem, como o aumento da temperatura e as suas consequências referentes ao conforto térmico, e faz com que ele busque formas de amenizar esses problemas através de métodos paliativos, como o condicionamento artificial do ar. Aliados a isso, existem outros fatores que potencializam esses problemas. O uso equivocado em edificações de vedações externas, como o vidro, que são provenientes de um modelo internacional que não é coerente com a realidade de países tropicais como o Brasil, acarreta consequências que vão de encontro ao conforto do usuário e os submete a situações que desfavorecem a escolha desse tipo de fachada. Entretanto, o que se vê no atual cenário da arquitetura – principalmente a corporativa e comercial – é a permanência do uso de peles de vidro, mesmo que a orientação de suas fachadas invalide esse uso, o que conduz à interpretação de que os interesses mercadológicos parecem estar acima do ideal sustentável de harmonia com as interfaces naturais e os seus benefícios.


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - RESUMO

Em vista disso, acredita-se que um dos papéis do arquiteto é fazer com que esse ideal retorne, buscando adaptar o ambiente construído de forma que se articule melhor com realidade na qual foi implantado. Pensando por esse viés, propõe-se um sistema modular de jardim vertical coerente com o contexto climático da cidade de Vitória, para que ele seja aplicado a um edifício - já existente – que é composto por fachadas de vidro, situado em uma região privilegiada do Espírito Santo, mas que por questões climáticas está fadado ao uso de equipamentos artificiais de condicionamento do ar e sombreamento. Com este estudo foi possível propor uma alternativa de melhoria no ambiente interno da edificação, colaborando também com a melhoria da qualidade de vida no meio urbano, já que os benefícios do uso vegetação em fachadas possuem características que atendem necessidades referentes não só ao edifício, mas também atendem às questões que vão além da arquitetura. .


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - LISTA DE FIGURAS

Lista de Figuras

Pág.

FIGURA 01: Mapa Conceitual de Metodologia 31 FIGURA 02: Mapa Conceitual da Metodologia 32 FIGURA 03: Culto à linha curva: Art Nouveau por Victor Horta 40 FIGURA 04: Letchworth, uma das primeiras Cidades-Jardim. 41 FIGURA 05: A vegetação e seus diversos usos 44 FIGURA 06: Fachada Verde 47 FIGURA 07: Jardim Vertical 48 FIGURA 08: Fachadas verdes com sistema direto de fixação 50 FIGURA 09: Fachadas verdes com sistema indireto de fixação 50 FIGURA 10: Fachadas com o uso de Jardins Verticais 50 FIGURA 11: A evolução do jardim vertical. 56 FIGURA 12: Componentes de um jardim vertical. 59 FIGURA 13: Modelo 59ME 60 FIGURA 14: Modelo 60ME E 60MEC 62 FIGURA 15: Módulo Wallgreen 64 FIGURA 16: Módulo Green Wall Ceramic 66 FIGURA 17: Jardim composto por treliças e vasos 68 FIGURA 18: Quadro Vivo 70 FIGURA 19: Plastwall 72 FIGURA 20: Vertia Green Design 74 FIGURA 21: Blocos de concreto 76 FIGURA 22: Técnica com garrafas pet 78 FIGURA 23: Técnica com fibras de coco 80 FIGURA 24: Técnica com vasos meia lua 82 FIGURA 25: Uso do solo – Santa Luíza e adjacências 87 FIGURA 26: Mapa com destaque para a Santa Luíza 88

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - LISTA DE FIGURAS

FIGURA 27: Sede da PETROBRAS 91 FIGURA 28: Representação gráfica da orientação solar 93 FIGURA 29: ED. Impacto Empresarial 97 FIGURA 30: Projeto executivo da fachada 98 FIGURA 31: Plantas do edifício 99 FIGURA 32: Carta Solar da fachada frontal 101 FIGURA 33: Carta Solar da fachada lateral 102 FIGURA 34: Insolação direta no interior da sala 01, às 15 h, em setembro 103 FIGURA 35: Insolação direta no interior da sala 02, às 15 h, em setembro 104 FIGURA 36: Sistema modular do Jardim Vertical – Corte esquemático 108 FIGURA 37: Descrição do módulo componente do sistema 110 FIGURA 38: Sistema fixado na fachada 111 FIGURA 39: Edifício sem a estrutura do jardim vertical. 113 FIGURA 40: Edifício com a estrutura de instalação do jardim 115 FIGURA 41: Edifício com o jardim vertical 117 FIGURA 42: Estrutura do Jardim Vertical 119 FIGURA 43: Planta esquemática com o jardim vertical 121 FIGURA 44: Módulo em planta esquemática com cotas 122 FIGURA 45: Corte esquemático com cotas 123 FIGURA 46: Sistema de irrigação e fertilização 125 FIGURA 47: Azulzinha 128 FIGURA 48: Cipó-rosa 130 FIGURA 49: Falsa-érica 132 FIGURA 50: Lençol-branco 134

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FIGURA 51: Rabo-de-arara 136 FIGURA 52: Cartas Solares representando 138 a proteção com o jardim vertical. 138 FIGURA 53: Esquematização dos módulos que se diferenciam de acordo com as fachadas 141 FIGURA 54: Simulação da radiação solar na fachada lateral – antes. 142 FIGURA 55: Simulação da radiação solar na fachada lateral – depois. 142 FIGURA 56: Fachada Frontal 144 FIGURA 57: Fachada Lateral 145 FIGURA 58: Perspectiva 146

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - SUMÁRIO

Sumário RESUMO 10 INTRODUÇÃO 19 OBJETIVOS 26 OBJETIVO GERAL 27 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 28 METODOLOGIA 29 REFERENCIAL TEÓRICO 33 SOBRE O USO DA VEGETAÇÃO 36 A VEGETAÇÃO COMO ELEMENTO ESTRUTURADOR DOS ESPAÇOS. 38 A VEGETAÇÃO USADA EM SUPERFÍCIES VERTICAIS E SUAS DIFERENTES NOMENCLATURAS 46 PORQUE UM JARDIM VERTICAL? 52 ESTUDOS DE CASO 55 TÉCNICAS INDUSTRIAIS 60 BLOCOS PRÉ MOLDADOS TIPO 59ME NEOREX 60 BLOCOS PRÉ MOLDADOS TIPO 60ME E 60MEC NEOREX 62 TÉCNICA WALLGREEN 64 TÉCNICA GREEN WALL CERAMIC 66 TRELIÇAS E VASOS 68 QUADRO VIVO 70 PLASTWALL 72 VERTIA GREEN DESIGN 74

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - SUMÁRIO

TÉCNICAS ALTERNATIVAS 76 TÉCNICA COM BLOCOS DE CONCRETO 76 TÉCNICA COM GARRAFAS PET 78 TÉCNICA COM FIBRAS DE COCO 80 TÉCNICA COM VASOS MEIA LUA 82 ANÁLISE DO EDIFÍCIO E SEU ENTORNO 85 CLIMA E LOCALIZAÇÃO 86 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO LOCAL 88 O CASO DO EDIFÍCIO IMPACTO EMPRESARIAL 94 O PROJETO 106 O SISTEMA ESTRUTURAL 107 A ESTRUTURA DO JARDIM VERTICAL 118 O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO E FERTILIZAÇÃO 124 A ESCOLHA DA VEGETAÇÃO APROPRIADA 126 Evolvulus glomeratus Nees & C.Mart - AZULZINHA. 129 Cuspidaria convoluta (Vell.) A.H.Gentry - CIPÓ-ROSA 131 Cuphea gracilis Kunth - FALSA-ÉRICA 133 Turbina corymbosa (L.) Raf - LENÇOL-BRANCO 135 Norantea Guianensis Aubl - RABO-DE-ARARA 137 O RESULTADO 139 CONCLUSÃO 148 REFERÊNCIAS 152

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - SUMÁRIO

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM


M VERTICAL - INTRODUÇÃO

Introdução

Introdução

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

Desde a sua origem, o homem busca proteger-se daquilo que considera hostil, e isso se aplica também aos ambientes e as intempéries que incidem sobre ele. A inexistência de maiores tecnologias fez com que ele procurasse, em suas construções, aspectos que reduzissem o desconforto provocado por essas intempéries. À medida que ele evoluiu, e se sofisticou, ele passou a introduzir materiais mais elaborados como uma forma de solução para problemas como o calor, o frio, a umidade, a seca. Com a formação gradativa de ideais que visavam à ostentação do progresso, do poder econômico e tecnológico, as questões que envolviam o ambiente e o conforto, foram, em grande parte, desconsideradas da pauta da arquitetura contemporânea. Cria-se a partir daí um padrão globalizado nas cidades, o que leva, por exemplo, à construção, nos trópicos, de prédios com fachadas totalmente envidraçadas, verdadeiras estufas pelo excesso de insolação, o que acaba sendo corrigido por sistemas de refrigeração e iluminação demasiadamente caros (CORBELLA; YANNAS, 2003).

Sendo assim, cabe uma breve discussão sobre alguns conceitos da arquitetura que propiciaram o desenvolvimento dessa linguagem arquitetônica universal - que no presente trabalho será considerada como moderna - e também sobre outras linguagens que surgiram a partir dessa primeira, linguagens essas que tiveram a incumbência de traduzir o moderno sem desconsiderar o regional.

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O movimento moderno das primeiras décadas do século XX, através dos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna (CIAM), respaldou o surgimento de uma série de características arquitetônicas que culminaram no advento da Arquitetura Moderna (BENEVOLO, 1976). Tais características - como o uso do vidro em maior escala - consideradas por muitos como provenientes do chamado Internacional Style foram incorporadas pela arquitetura brasileira com a premissa de atender aos anseios de modernização do país e a sua inserção em uma dinâmica cultural ocidental. A partir desse movimento, o vidro tornou-se um dos principais elementos construtivos. Os edifícios passaram a apresentar fachadas envidraçadas cada vez maiores, porém, esse uso ocasionou uma série de problemas relacionados ao conforto ambiental, uma vez que comprometia a interação harmônica entre o ambiente construído e sua realidade climática. O uso de vidros em fachadas sem o devido critério mostrou-se, nas últimas décadas, como um dos grandes responsáveis pelo desconforto térmico, principalmente em países como o Brasil, um local de grande insolação e calor (ROMERO; GONÇALVES; DILONARDO, 1999).

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Segundo a American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditioning Engineers (2004) conforto térmico é definido como o estado de espírito que expressa satisfação do usuário com o ambiente térmico no qual ele se encontra. As condições para que esse conforto térmico aconteça são pessoalmente variáveis devido às diferenças psico-fisiológicas de cada indivíduo. Entretanto, algumas variáveis são comumente relacionadas a esse tipo de conforto, como a temperatura do ar, vestuário, produção de calor do corpo através de determinados tipos de atividades e umidade do ar (FANGER, 1982). A atitude mais sustentavelmente coerente seria, então, criar uma arquitetura que seja eficientemente capaz de melhorar as condições de conforto do ambiente interno, o que resultaria, assim, no não uso de sistemas de condicionamento mecânico (COSTA, 1982), Tais sistemas (de condicionamento mecânico) têm se tornado cada vez mais comuns e frequentes, visto que a atribuição dos arquitetos de planejar sistemas e especificidades da edificação vem sendo deixada de lado em prol de outros fatores considerados como de maior relevância no mercado imobiliário. Aliás, a existência de sistemas de condicionamento mecânico acaba se tornando mais um diferencial em vendas (COSTA, 1982).

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A fachada, enquanto elemento arquitetônico que conduz essa comunicação entre os meios interno e externo, possui como principal função proporcionar habitabilidade. Em outras palavras, ela cria condições para que o edifício se mantenha protegido quando se tratam das intempéries advindas da natureza, como o calor, o frio, o sol, a chuva e etc. Dessa forma, controlando essas ações indesejáveis desses agentes naturais, as fachadas adquirem um caráter de “objeto seletor” quando se trata de condições climáticas, permitindo, assim, a manutenção das condições de conforto no interior do edifício sem que haja a necessidade do uso de sistemas mecânicos de climatização. Dentre os diversos elementos constituintes dos edifícios, as fachadas surgem, então, como um meio privilegiado para atuar e propor soluções, uma vez que influenciam no consumo de energia do edifício e no conforto dos seus ocupantes (OCHOA; CAPELUTO, 2008.).

As fachadas devem possuir soluções adequadas ao contexto na qual o edifício se insere. A complexidade alcançada por alguns projetos para chegarem a essas soluções fez com que um novo termo surgisse no cenário arquitetônico: as “fachadas inteligentes”, cujo significado está ligado à capacidade da fachada em responder dinamicamente as exigências do ambiente exterior (OCHOA; CAPELUTO, 2008). Do exterior e também do interior, sendo que esta ultima está ligada mais às questões de consumo e eficiência energética.

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De forma pressuposta, pode-se pensar que ações voltadas para uma melhor eficiência energética em edifícios se dão basicamente pelo uso de equipamentos que favoreçam o conforto, como uma iluminação mais adequada e, de certa forma, econômica. Porém, cabe à arquitetura promover, através de projetos adequados, condições para a existência de uma racionalidade dos usos desde a sua concepção, preferencialmente. Devido às inúmeras possibilidades e soluções para fachadas, é correto respeitar alguns parâmetros no momento da sua concepção como, por exemplo, a estética, orientação solar, aberturas e custo, etc., para que, no fim, a fachada seja inteligente, e ambientalmente saudável, de fato. Dessa forma, pode-se considerar que as soluções de fachada, enquanto elemento de interface direta do usuário com o meio externo, devem refletir essa concepção de projeto através da escolha de materiais e/ou elementos que se apropriem do seu contexto e use as potencialidades do local a favor do usuário e não comprometam a qualidade da permanência dos mesmos no edifício. Essas atuais preocupações ambientais da sociedade acarretam

a

necessidade

da

produção

de

elementos

sus-

tentáveis nesse aspecto, o que leva a uma nova forma de pensar a construção civil: a edificação sustentável.

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Nesse contexto, o uso da vegetação é uma das opções para que as edificações da arquitetura contemporânea se incluam nesses princípios e se tornem menos danosas ao meio ambiente, pois se trata de um elemento natural capaz de gerar benefícios consideráveis às características de um local, sejam essas características térmicas ou relacionadas à outra situação (VALESAN; FEDRIZZI; SATTLER, 2010). Assim, pretende-se, nesse trabalho, analisar o uso da vegetação em fachadas e propor um sistema modular de jardim vertical para que este seja aplicado em uma fachada de vidro, com o intuito de amenizar os problemas causados pela interação da realidade climática local e o vidro presente no edifício utilizado como estudo de caso, e assim, torna-lo mais confortável.

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Epellup icimincipit aut ute occupta tecabo. Exceperum qui as dunt hillacerunt omni volor maionecte poria alique dolum fugit fugia delis dolum harum atur as est, cullorerio de si tem que et lam endae pratiati omnimus am aut apis am, sam et ut undipsunt odiae si delles int fugiate vendunt quidell essendus, ariande ntures nim aspel ius es dipicti berspero beario. Et autessi nciatur apidit lam, idi coritio voluptaspis dolo des con prehendistia doluptus mil intia a volorento quae pro dolupta tia-

Objetivos essed ut lamet incimus molor sit quidese diorese quibusdae ipsaped ionest, nisque labores quodis de mint, iunt at ius vendist, erum aut excerorectur alibea nis rehenihil inctam quo omnihil is veles eum intia cuptur? Qui ut es millabore nonse vendi invel et venet es dipsunto desequam, inctiatiusae aut quas molorios venis

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et quatiati beaquo cone porestrunt quam esecatio quae voluptate prorero esti to quaepedit et, volupti imusam anda ex est quatur serest aceaquos di qui optatur, corum nonseque siti renimax imenis

dolupta tusanis tioribus evel inciet eles volupta tumquodi torior-

por abo. Itatint ra quatium quos anihill aboremq uiatur re peribus.

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Objetivos


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OBJETIVO GERAL Propõe-se, nesse estudo, a adaptação de um sistema modular de jardim vertical, cujo módulo que o compõe já existe no mercado. Esse sistema foi inserido em um edifício vertical com fachadas envidraçadas e que sofre com a incidência solar. Objetiva-se ainda que esse sistema se comunique harmonicamente com a arquitetura na qual foi inserido e amenize o efeito térmico prejudicial à qualidade de vida do usuário que ocupa esse edifício.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - OBJETIVOS

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para sário I. o

o

atendimento cumprir

com

Realizar estudo

do

objetivo

alguns

objetivos

levantamento

do

tema

principal

geral,

foi

neces-

específicos:

bibliográfico e

de

temas

para paralelos.

II.

Identificar os diferentes tipos de jardins verticais.

III.

Adaptar um protótipo para jardim vertical existen-

te no mercado, para que ele seja aplicável em fachadas envidraçadas. Criar um sistema modular com essa adaptação e aplica-lo a fachada do edifício que será objeto de estudo. IV. Indicar

algumas

espécies

vegetais

adequa-

das a esse jardim vertical e às características climáticas da região na qual o edifício selecionado está inserido. V.

Fazer

uma

modelagem

tridimensional,

por

meio

de software, tanto do edifício existente quanto do módulo adaptado para mostrar os resultados obtidos pelo estudo.

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Metodologia

Metodologia

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - METODOLOGIA

Inicialmente, foi feito um levantamento teórico referente ao uso da vegetação nos edifícios e suas vantagens, a fim de fornecer o embasamento teórico conceitual. Simultaneamente, foram identificados tipos de jardins verticais comercializados, sejam eles provenientes de uma produção industrial ou alternativa. O resultado dessa pesquisa foi organizado e apresentado em forma de fichas informativas com as características julgadas relevantes para esse estudo. A terceira etapa é constituída pela escolha do edifício cujas características possam ser consideradas representativas da tipologia escolhida para o estudo de caso. A partir daí, a delimitação da área onde esse edifício se encontra também foi importante para aprofundar o estudo acerca do tipo de ambiente no qual o sistema modular foi inserido, estudo esse referente ao microclima, ao tipo de uso das edificações adjacentes – institucional, comercial, residencial ou misto – e à existência de fachadas envidraçadas voltadas para orientações indevidas. A atuação de elementos de sombreamento nessas fachadas também foi considerada, como mostra a figura 1.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - METODOLOGIA

FIGURA 01: Mapa Conceitual de Metodologia

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - METODOLOGIA

Como parte final foi inserido ao edifício escolhido um sistema modular de jardim vertical adaptado ao seu contexto, coerente com a realidade climática da sua região com o intuito de amenizar os problemas típicos referentes ao conforto do usuário em seus vários aspectos. Os tipos de vegetação que estarão presentes nesse módulo também foram definidos, assim como os seus componentes e o modo de fixação e instalação. Após a composição da nova fachada do edifício com o jardim vertical, a fim de atestar a sua funcionalidade, foi feita uma simulação da sua aplicabilidade por meio de softwares de modelagem tridimensional, como o Sketchup, como mostra a figura 2..

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FIGURA 02: Mapa Conceitual da Metodologia


Referencial Te贸rico

Referencial Te贸rico

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

Em um cenário de crescimento por vezes desordenado e ocasionado pela urbanização, torna-se coerente propor mecanismos complementares que proporcionem um melhor e mais completo conforto ao usuário. Isso se dá também pela necessidade de melhorar a qualidade do ambiente, que, por sua vez, é produto da interação do homem - e todo seu conhecimento - com a natureza e os recursos que são oferecidos por ela. O que se percebeu, até então, foi uma negligência no que se refere às questões sustentáveis e ambientais. O uso exacerbado e não sustentável dos recursos naturais fez com que o mundo passasse a se preocupar com discursos e medidas que visassem reparar os danos causados pelo homem no ambiente em que vive. Fez com que ele passasse também a criar mecanismos que amenizassem a problemática causada por essa ação indevida. Estudos comprovam que o crescimento urbano desordenado, a intensificação no uso e ocupação do solo, seguindo

critérios

estritamente

econômicos,

provoca

a

escas-

sez do solo urbano e a carência de áreas verdes, tais como parques, reservas florestais, matas ciliares, entre outros, e de áreas propícias ao lazer e recreação ao ar livre (COSTA, 2011).

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TÉORICO

O surgimento e o crescimento das cidades têm provocado desequilíbrios no meio ambiente. Esse crescimento contribui para o aumento da temperatura média do planeta, a diminuição da quantidade de áreas verdes e das espécies vegetais existentes, altera o clima urbano e reduz as superfícies de absorção térmica, o que realça o efeito da ilha de calor (ANTUNES, 2003, p. 21).

Uma das mais consideráveis negligências do homem com o desenvolvimento sustentável veio da mínima preocupação com a cobertura vegetal (NUCCI, 2008), que, por sua vez, em meio ao crescimento urbano, possuía seu potencial não reconhecido e, portanto, desqualificado. Com a crescente preocupação com a saúde ambiental das cidades, esse potencial passou a ser reconhecido ao se perceber o importante papel que a vegetação possui na qualidade de vida, e isso deu margem para a criação de mecanismos que minimizassem os problemas referentes ao diálogo míope entre o homem e o meio ambiente.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

SOBRE O USO DA VEGETAÇÃO O uso da vegetação em escala urbana associa-se a inúmeras vantagens que vão desde escalas ambientais a sociais, já que os benefícios de se utilizar a vegetação são cumulativos e não se restringem a um único ângulo de compreensão. A manutenção da biodiversidade, a melhoria da qualidade do ar através da retenção de partículas de CO2, a redução de ruídos, a regulação do efeito de ilhas de calor, a geração de créditos de carbono, são algumas das funções que estão ligadas ao âmbito ecológico. Constata-se que o uso da vegetação é uma das opções para que as construções tornem-se menos danosas ao meio ambiente, pois se trata de um elemento natural capaz de gerar benefícios notáveis às características térmicas de um local, amenizando a radiação solar mediante o sombreamento proporcionado por galhos e folhas, e controlando a temperatura por meio da transpiração do vegetal (SATTLER, 2004). Além disso, outros fatores que reiteram a importância do uso da vegetação devem ser explanados, como a qualificação do espaço urbano, a economia no condicionamento do ar - devido à redução das temperaturas internas e consecutiva melhoria no conforto térmico, a melhoria da saúde e bem-estar do homem, à medida que ele mantem um contato mais direto com a natureza, e o aumento do conforto visual, uma vez que os jardins verticais são elementos que ornamentam e destacam-se em meio à monotonia das cidades, repletas de concreto e/ou materiais não naturais.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

Sob a exposição ao sol, uma parede nua, ou seja, aquela que não possui algum tipo de artifício, material ou detalhe que a diferencie das comumente usadas na arquitetura, contribuirá para a condução de calor ao interior do edifício, o que aumenta a temperatura interna da construção. Essa condução de calor contribui, também, para o surgimento das ilhas de calor. As folhas das plantas perdem agua através da evapotranspiração, acarretando uma redução da temperatura do ar e do ambiente nos seus arredores. Ou seja, a presença da vegetação no meio urbano contribui para amenizar a temperatura, criando, assim, um microclima. O Instituto de Tecnologia de Tóquio (DUNNET, 2004) constatou que paredes revestidas de vegetação reduzem o consumo de energia dos edifícios, além de amenizar a poeira urbana, por absorver parte das partículas de metais pesados que são jogados na atmosfera diariamente.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

A VEGETAÇÃO COMO ELEMENTO ESTRUTURADOR DOS ESPAÇOS. A história dos espaços verdes urbanos evoluiu durante o tempo, partindo do princípio de um jardim, como o jardim do Éden e os jardins suspensos da Babilônia. Nesse período os jardins eram particulares e podiam ser diretamente relacionados ao status social do proprietário. A partir do século XIII, os jardins deixaram de ser propriedades particulares destinadas ao lazer e contemplação da natureza, para se tornarem locais direcionados à observação da natureza e experimentação científica, uma vez que o desenvolvimento da História Natural data desse período e possibilitou a separação da visão erudita e popular sobre o mundo natural (DOMINGUES, 2001). A introdução de jardins em áreas urbanas começou efetivamente no século XIV, principalmente na Europa, na China e no Egito. Os ingleses podem ser considerados os pioneiros na idealização e criação dos primeiros parques como hoje se conhece, com fins de utilização pública e recreativa, direcionados, principalmente, ao lazer dos operários fabris. Assim, no decorrer do século XIX, à medida que as cidades cresciam e desenvolviam seus centros urbanos, as grandes áreas com vegetação surgiram como fatores de salubridade, destinadas à preservação, ao lazer e à manutenção da qualidade do ar.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

Na Arquitetura do início do século XX, dois movimentos foram responsáveis pela valorização do uso da vegetação em edificações: o movimento Art-Nouveau com sua integração entre a natureza e o edifício, em que o culto à linha curva (Figura 3) tinha o caráter simbólico de representar a natureza e a interface entre ela e o ser humano (VIEIRA, 2012); e o movimento das Cidades-Jardim, uma proposta urbanística que buscou o equilíbrio entre o crescimento econômico e os problemas sociais integrados ao desenho da paisagem (Figura 4).

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FIGURA 3: Culto à linha curva: Art Nouveau por Victor Horta Fonte: Portal Arquitetônico. Acesso em 22 jan. 2015.


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERENCIAL TEÓRICO

FIGURA 04: Letchworth, uma das primeiras Cidades-Jardim. Fonte: The Guardian. Acesso em 22 jan. 2015

No Brasil, segundo Reis Filho (1968), a presença de áreas verdes urbanas, principalmente largos e praças ajardinadas, remontam aos primeiros séculos da colonização do país e se caracterizam por serem áreas de urbanismo e de planejamento, a fim de acompanhar a crescente densidade demográfica. Nota-se, portanto, uma grande influência da vegetação no desenvolvimento do desenho urbano, como um elemento estruturante dos espaços e qualificador dos mesmos.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

Como dito anteriormente, os espaços verdes passaram a ser uma necessidade também urbanística, ligada às questões que envolviam a higiene, a recreação e preservação do meio ambiente. Prova disso é a Carta de Atenas (LE CORBUSIER, 1933), em que se exigia que os bairros residenciais devessem contar com a superfície necessária para a ordenação de jogos infantis e atividades desportivas, por exemplo. A Carta defendia também que as superfícies verdes deviam destinar-se às situações definidas como: parques infantis, escolas, centros juvenis e construções de uso comunitário, ou seja, a fins vinculados à vivência. A vegetação tem também um grande papel social. Pesquisadores, como Kuo e Sullivan (1998), da Universidade de Illinois (EUA), desenvolveram pesquisas onde relacionaram o comportamento humano e o meio ambiente e, através delas, constataram a importância da vegetação na diminuição dos índices de violência nos bairros americanos e na melhoria da qualidade do espaço. Isso porque, acredita-se que a proximidade com áreas verdes reduz a fadiga mental e consequentemente, diminui a agressividade entre os moradores, tornando o ambiente urbano mais seguro. Esse tipo de resultado promove um investimento em novas políticas públicas, que vão desde o plantio de árvores individuais até a criação de extensas áreas verdes. A presença de vegetação também aumenta o valor das propriedades, uma vez que edifícios próximos a áreas verdes, ou com vista para parques, possui seu valor aumentado em porcentagens significativas (SANTAMOURIS, 2001).

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Muitos dos atuais programas de desenvolvimento buscam a melhoria da qualidade de vida no meio urbano. Isso significa, necessariamente, a melhoria do meio ambiente e do equilíbrio ambiental. Áreas verdes são elementos cruciais para alcançar estes objetivos. Elas são os elementos per se naturais dentro do ambiente extremamente artificial em que as nossas cidades se transformaram. Áreas verdes são igualmente relevantes para o bem-estar e as condições de saúde da população, por promoverem a biodiversidade, constituírem importante parte da paisagem urbana, por trazerem benefícios econômicos significativos e formar espaços estruturais e funcionais fundamentais para transformar as nossas cidades em áreas mais agradáveis de viver. Áreas verdes podem assim assumir um papel primordial nos esforços para melhorar a qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável (COSTA, 2010).

A diversidade de características e benefícios vinculados à vegetação demonstra a versatilidade da sua aplicação junto ao ambiente construído (SATTLER, 2004). O uso da vegetação não se restringe aos jardins usuais, podendo ser utilizado em vários aspectos. A mesma pode se estabelecer junto aos pisos, forros, tetos e paredes, conforme Figura 5. Com relação às paredes, a vegetação pode ser usada tanto em paredes externas quanto internas. Essa junção de parede com vegetação faz com que a vedação do edifício possua características biodegradáveis, não poluentes, e que contribuem para o condicionamento térmico natural dos ambientes, reduzindo o uso de equipamentos que se utilizam de energia elétrica.

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FIGURA 05: A vegetação e seus diversos usos

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Fonte: GIABETTI, 2013.


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Quando se trata de edifícios, a presença de vegetação atua na melhora do desempenho térmico por uma combinação de diversos fatores. As fachadas verdes, com espécies trepadeiras aderentes às paredes, por exemplo, age como um revestimento isolante, capaz de reduzir a energia necessária, tanto para aquecer, como para resfriar os ambientes internos (DUNNETT; KINGSBURY, 2004). Já os jardins verticais, com espécies que se fixam indiretamente às paredes através de estruturas auxiliares de suporte, por outro lado, atuam no bloqueio da radiação solar direta. Além disso, a evapotranspiração das plantas ameniza o calor e umidifica o ar, o que acarreta uma refrigeração natural do ambiente interno (JOHNSTON; NEWTON, 2004).

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A VEGETAÇÃO USADA EM SUPERFÍCIES VERTICAIS E SUAS DIFERENTES NOMENCLATURAS O cultivo da vegetação - que atualmente se restringe, prioritariamente, ao plano horizontal - no plano vertical se dá através de alguns sistemas similares, mas que se diferenciam entre si pela forma de fixação em paredes e pelo método de crescimento (PERINI; ROSASCO, 2003). O que se percebe no mercado é que a nomenclatura desses sistemas de vegetação vertical é resumida em Fachada Verde e Jardim Vertical. Outros nomes como Parede Viva, Parede Verde, entre outros, derivam dessas classificações e, portanto, possuem o mesmo significado. Apesar de serem considerados sinônimos pela linguagem comum, eles se diferem pela forma em que a vegetação é fixada nas paredes. Considera-se como Fachada Verde (Figura 6) aquela parede que serve de suporte para que herbáceas, trepadeiras, que estão plantadas no chão, cresçam e se estabeleçam em suas dimensões, sem a necessidade de algum outro artifício colocado pelo homem, como, por exemplo, treliças e vasos de plantas. Já o jardim vertical (Figura 7) é aquele que se estabelece através de estruturas independentes nas quais estão inseridas mudas de plantas que possuem sua fertilização e possível irrigação proporcionadas por sistemas também independentes.

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FIGURA 06: Fachada Verde Fonte: SAUCYSALMON, 2012.

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FIGURA 07: Jardim Vertical

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Fonte: DINES, 2015.


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Os sistemas de vegetação vertical podem ser diferenciados e caracterizados em algumas situações (PERINI; ROSASCO, 2013). Aqui foram analisados três tipos de sistemas considerados mais usuais: Fachadas verdes com sistema direto de fixação (Figura 8); fachadas verdes com sistema indireto de fixação (Figura 9); e Jardins verticais/paredes verdes (Figura 10). Tanto nas fachadas de fixação direta quando nas de fixação indireta, a vegetação encontra sua base e o seu substrato no solo. O que as difere entre si é a forma na qual esse tipo de vegetação cresce e se liga às paredes. Nas de fixação direta, como o próprio nome diz, o contato entre as partes acontece de forma direta. Nas fachadas verdes com sistemas indiretos de fixação existe uma estrutura auxiliar, composta por malhas de aço ou plástico, que sustentam as trepadeiras, planta típica encontrada nesse tipo de sistema.

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FIGURA 08: Fachadas verdes com sistema direto de fixação

FIGURA 09: Fachadas verdes com sistema indireto de fixação

FIGURA 10: Fachadas com o uso de Jardins Verticais

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Fonte: PERINI; ROSASCO, 2013.


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Os sistemas denominados de Jardins Verticais consistem em sistemas independentes, que podem ser projetados de formas variadas, onde vegetações específicas são colocadas em uma infraestrutura que permite o uso de material orgânico e um sistema de irrigação – usualmente feita por sistemas de gotejamento, quando feito de forma automatizada, ou de forma manual - adequado ao tipo de vegetação, possibilitando, assim, o uso de diferentes espécies e a formação de inúmeros desenhos. A partir desses conceitos, considerou-se Jardim Vertical como a proposta conceitual mais apropriada para a realização desse estudo, uma vez que o sistema foi fixado à fachada de forma indireta, na tentativa de intervir o mínimo possível em sua estruturação.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

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Porque um jardim vertical?

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Porque um jardim vertical?


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - PORQUE UM JARDIM VERTICAL?

O uso da vegetação nas edificações acarreta vantagens, já mencionadas anteriormente, que viabilizam o seu uso tanto no plano horizontal, em forma de tetos verdes, quanto no plano vertical, através do uso de fachadas verdes. Com o coerente uso da vegetação, criam-se novas e inovadoras tipologias de verticalidade, o que, por sua vez, promove o aumento da biodiversidade urbana. A vegetação se caracteriza também como elemento que transforma a radiação solar, uma vez que a radiação de onda curta que incide nas folhas é transmitida como radiação difusa, e isso se torna variável de acordo com o fator de reflexão da superfície da folha (ANTUNES, 2003). Ainda sobre a radiação solar, Taiz e Zeizer (2003), ao elaborarem sua pesquisa sobre a radiação solar que chega até as plantas, concluíram que 40% da radiação é refletida e transmitida, ao ponto que 32% é dissipada em calor e 28% da radiação solar é utilizada no metabolismo dessas plantas. Ou seja, a maioria da radiação solar incidente é absorvida pelas folhas. A viabilidade da atuação dos jardins verticais é complementada quando Kwok e Grondzik (2013) constata que o uso da vegetação pode ser mais eficiente que o efeito provocado por elementos de sombreamento fixos e convencionais, uma vez que o comportamento da vegetação acompanha as variações de temperatura.

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Isto é, a vegetação pode antecipar a sua brotação em um momento em que o aquecimento típico da primavera comece mais cedo e, da mesma forma, suas folhas podem permanecer por mais tempo, caso a condição e a necessidade de sombreamento do início do outono assim o permita. Assim, os jardins verticais se tornam viáveis enquanto alternativa para solucionar problemas em edifícios cujas fachadas sofrem com uma insolação desfavorável. O uso incoerente e equivocado de vedações, como o vidro em fachadas com uma orientação que não é propícia para tal, evidencia um descaso em relação ao estudo de incidência solar, carga térmica e conforto do usuário. Diante desse problema de incoerência no que se refere à compatibilidade entre o projeto e o seu entorno, percebe-se uma problemática que deve ser solucionada desde a etapa inicial de projeto. Contudo, propor elementos alternativos – para os edifícios já existentes - que amenizem as consequências dessa eficiência questionável no uso de revestimentos e tipos de vedação, dialoga com algumas premissas da sustentabilidade, e, portanto, tornam essas propostas viáveis e pertinentes.

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Estudos de Caso

Estudos de Caso

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - ESTUDOS REFERENCIAL DE CASO TEÓRICO

No mercado, atualmente, existem algumas técnicas de confecção de jardins verticais que se diferenciam entre si por algumas características, como o material que o suporte é feito, dimensões e indicação de uso. Os métodos para estruturar os jardins verticais foram sendo aprimorados de acordo com o avanço da tecnologia e o surgimento de técnicas mais eficientes na questão de suporte e fixação, como mostra a Figura 11. Além desses, outro fator importante para o bom funcionamento do jardim vertical é a irrigação e a fertilização da vegetação. Sem as devidas técnicas - que são variáveis e específicas para cada região e para cada clima - o resultado pode não ser satisfatório.

FIGURA 11: A evolução do jardim vertical.

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Fonte: Adaptado de KAROL..Acesso em 12 jul 2014


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A Figura 12 exemplifica um sistema de jardim vertical modular existente no mercado, semelhante ao que foi usado nesse estudo, e os seus cinco componentes principais. Os painéis modulares possuem a função de suporte da vegetação, logo após encontra-se o substrato que irá garantir a longevidade saudável do jardim. Atrelado a isso, está a vegetação, que é escolhida de acordo com o clima, a radiação solar e o entorno do ambiente. Ainda existem na estrutura os sistemas de irrigação e fertilização e os perfis estruturais, que irão interligar o sistema de jardim vertical à parede. Em alguns casos, a utilização de um painel impermeável entre o jardim vertical e a parede na qual ele será fixado vai assegurar a viabilidade desse sistema. Tal estrutura auxiliar permite também a possível remoção do painel para inspeção, caso seja necessário. Esse sistema modular permite uma flexibilidade de soluções e maiores possibilidades de criação. Além disso, foram criados para resistir às intempéries, como exposição solar, chuvas e ventos fortes, bem como o peso da carga do produto final.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - ESTUDOS DE CASO

FIGURA 12: Componentes de um jardim vertical. Fonte: Adaptado de KAROL..Acesso em 12 jul 2014

A partir desse contexto, foram selecionados os principais métodos de se criar um jardim vertical e estes foram organizados de forma que indicassem características relevantes na escolha do módulo para a criação/adaptação da tecnologia a este estudo. Os módulos foram separados em dois grupos: técnicas industriais e técnicas alternativas. Nesse presente trabalho considera-se módulo alternativo de jardim vertical aquele que não foi confeccionado através de métodos industrializados voltados para esse fim, como, por exemplo, blocos de concreto e garrafas plásticas pet.

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TÉCNICAS INDUSTRIAIS BLOCOS PRÉ MOLDADOS TIPO 59ME NEOREX

FIGURA 13: Modelo 59ME Fonte: Adaptado de NEOREX..Acesso em 12 jul 2014

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____________________________________________________ Material: Concreto fundido ____________________________________________________ Dimensões: 39 x 19 x 14 cm ____________________________________________________ Peças por m²: 13 ____________________________________________________ Local de produção: São Paulo ____________________________________________________ Modo de instalação: Montagem de módulos que são empilhados e fixados através de uma ferragem de reforço, como mostra a Figura 13. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não identificado ____________________________________________________

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BLOCOS PRÉ MOLDADOS TIPO 60ME E 60MEC NEOREX

FIGURA 14: Modelo 60ME E 60MEC Fonte: Adaptado de NEOREX..Acesso em 12 jul 2014

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____________________________________________________ Material: Concreto socado ____________________________________________________ Dimensões: Modelo 60ME: 39 x 19 x 21 cm Modelo 60MEC: 19 x 19 x 9 cm ____________________________________________________ Peças por m²: 13 ____________________________________________________ Local de produção: São Paulo ____________________________________________________ Modo de instalação: Montagem de módulos que são empilhados e fixados através de uma ferragem de reforço, como mostra a Figura 14. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não identificado ____________________________________________________

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TÉCNICA WALLGREEN

FIGURA 15: Módulo Wallgreen

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Fonte: Adaptado de WALLGREEN - Eco Vertical. Acesso em: 12 jul. 2014


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____________________________________________________ Material: Plástico ____________________________________________________ Dimensões: 68 x 21,85 (largura x altura) ____________________________________________________ Peças por m²: 6,37 ____________________________________________________ Local de produção: Paraná ____________________________________________________ Modo de instalação: Montagem de módulos por um sistema de encaixe das partes que compõe a estrutura, como mostra a Figura 15, e fixação em paredes por aparafusamento. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não identificado ____________________________________________________

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TÉCNICA GREEN WALL CERAMIC

FIGURA 16: Módulo Green Wall Ceramic

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Fonte: Adaptado de O MODULO... Acesso em: 12 jul. 2014


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____________________________________________________ Material: Blocos Cerâmicos ____________________________________________________ Dimensões: 29x25x19 cm ____________________________________________________ Peças por m²: 14 ____________________________________________________ Local de produção: São Paulo ____________________________________________________ Modo de instalação: Através de amarração, com uso de argamassa flexível. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não identificado ____________________________________________________

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TRELIร AS E VASOS

FIGURA 17: Jardim composto por treliรงas e vasos Fonte: REVISTA Casa e Jardim, 2008.

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____________________________________________________ Material: Treliças metálicas e vasos de plástico ____________________________________________________ Dimensões: Feitas sob medida ____________________________________________________ Peças por m²: variável ____________________________________________________ Local de produção: ____________________________________________________ Modo de instalação: Chumbar uma treliça metálica (tratada para resistir às intempéries) à parede, pendurar vasos meia lua à treliça, que suportará o peso dos vasos. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Não ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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QUADRO VIVO

FIGURA 18: Quadro Vivo Fonte: adaptado de QUADRO..., Acesso em 12 jul. 2014

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____________________________________________________ Material: Estrutura de alumínio ou aço galvanizado ____________________________________________________ Dimensões: Variável ____________________________________________________ Peças por m²: Variável ____________________________________________________ Local de produção: São Paulo ____________________________________________________ Modo de instalação: : A estrutura metálica é fixada a uma parede de alvenaria, ou gesso acartonado, através de aparafusamento. Após esse feito, vasos de plástico onde estão depositadas as plantas são colocados na estrutura através de um sistema de encaixe, como mostra a Figura 18. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não identificado ____________________________________________________

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PLASTWALL

FIGURA 19: Plastwall Fonte: adaptado de PLASTWALL..., Acesso em 12 jul. 2014

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____________________________________________________ Material: Plástico ____________________________________________________ Dimensões: 50 x 30 x 19 cm ____________________________________________________ Peças por m²: 6,67 ____________________________________________________ Local de produção: Paraná ____________________________________________________ Modo de instalação: Uso de parafusos e buchas para fixação dos módulos nas paredes. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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VERTIA GREEN DESIGN

FIGURA 20: Vertia Green Design Fonte: adaptado de VERTIA..., Acesso em 12 jul. 2014

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____________________________________________________ Material: Manta geotêxtil (feltro) ____________________________________________________ Dimensões: Variável ____________________________________________________ Peças por m²: ____________________________________________________ Local de produção: São Paulo ____________________________________________________ Modo de instalação: Uso de parafusos e buchas para fixação da manta geotêxtil na estrutura metálica. Um painel separa a estrutura do jardim da parede, e esse é ligado à parede por perfis estruturais de metal, como mostra a Figura 20 ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Sim ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Não ____________________________________________________

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TÉCNICAS ALTERNATIVAS TÉCNICA COM BLOCOS DE CONCRETO.

FIGURA 21: Blocos de concreto Fonte: Adaptado de CICLO...;Acesso em 12 jul 2014.

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____________________________________________________ Material: Blocos de concreto ____________________________________________________ Dimensões: 14 x 9 x 39cm ____________________________________________________ Peças por m²: 25 ____________________________________________________ Local de produção: ____________________________________________________ Modo de instalação: Empilhamento de blocos dispostos de forma que formem nichos para posterior depósito de mudas. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Não ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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TÉCNICA COM GARRAFAS PET

FIGURA 22: Técnica com garrafas pet Fonte: ROSEBAUM, 2013.

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____________________________________________________ Material: Garrafas PET ____________________________________________________ Dimensões: Dimensões de uma garrafa pet (22,5 cm x 9,2 cm, no caso de uma garrafa de 2 litros). ____________________________________________________ Peças por m²: Variável ____________________________________________________ Local de produção: Variável ____________________________________________________ Modo de instalação: Variável ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Não ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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TÉCNICA COM FIBRAS DE COCO.

FIGURA 23: Técnica com fibras de coco Fonte: FIBRA..., acesso em: 12 de jul. 2014.

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____________________________________________________ Material: Fibras de coco ____________________________________________________ Dimensões: 5,5 cm de altura e 6,5 de diâmetro ____________________________________________________ Peças por m²: ____________________________________________________ Local de produção: Variável ____________________________________________________ Modo de instalação: Painel com vasos de fibra de coco parafusados a uma parede impermeabilizada. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Não ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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TÉCNICA COM VASOS MEIA LUA

FIGURA 24: Técnica com vasos meia lua Fonte: adaptado de VASOS..., acesso em: 12 de jul. 2014.

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____________________________________________________ Material: Plástico, vidro, etc. ____________________________________________________ Dimensões: Variável ____________________________________________________ Peças por m²: ____________________________________________________ Local de produção: Variável ____________________________________________________ Modo de instalação: Fixação de vasos modulares do formato meia lua em uma superfície impermeabilizada que sirva de suporte. ____________________________________________________ Sistema de irrigação automatizado: Não ____________________________________________________ Fornecedor em Vitória/ES: Sim ____________________________________________________

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Algumas vantagens e desvantagens foram observadas após a conclusão dessa parte da pesquisa, direcionando a escolha do sistema ideal para se adotar no estudo de caso. Percebeu-se que os módulos industrializados são mais apropriados para o uso em ambientes externos, devido às suas características de fixação. A existência de sistema automatizado de irrigação também foi considerada, a irrigação e a fertilização adequadas da vegetação são importantes para a sobrevivência e a eficácia do sistema de jardim vertical. A característica primordial para a escolha do tipo de sistema a ser utilizado foi a forma pela qual as vegetações são alocadas no sistema. Assim, considerou-se os módulos confeccionados por manta geotêxtil como o mais apropriado, aqui representado pela Vertia Green Design, uma vez que esse tipo de sistema é comumente relacionado às edificações verticalizadas e produz um resultado mais de acordo com as premissas desse estudo: uniformidade visual, harmonia e adequabilidade ao contexto climático.

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Análise do edifício e seu entorno

Análise do Edifício e seu entorno

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - ANÁLISE DO EDIFÍCIO E SEU ENTORNO

Após a análise de conceitos e diretrizes a cerca do tema proposto, compreende-se a importância de se estabelecer um breve estudo acerca da região específica onde o edifício escolhido se encontra para posterior aplicação da tecnologia criada. Consideraram-se os tipos de ocupação e uso do solo (Figura 25), as tipologias dos edifícios ocupantes da região e as orientações solares de suas fachadas principais. Esse capítulo apresenta uma análise das edificações de Santa Luíza, mais precisamente na parte que margeia a Avenida Nossa Senhora da Penha (Figura 26), local situado em Vitória, Espírito Santo. Apresenta também os critérios avaliativos e o resultado dessa análise.

Clima e localização Situada no sudeste brasileiro, no Estado do Espírito Santo, Santa Luíza é um bairro da capital Vitória que possui o clima quente-úmido, com temperaturas que variam de 14º a 33ºC durante o ano, com índice de umidade relativa do ar superior a 50%. A direção predominante dos ventos no verão é Nordeste e no inverno há o predomínio do vento Sul. Vitória é uma das cidades mais quentes do estado do Espírito Santo, devido à poluição e à grande aglomeração de prédios, além das várias montanhas na ilha, que bloqueiam o vento sul, que tradicionalmente ocorre em dias frios no estado. Isso faz com que as mínimas da cidade sejam 2°C mais quentes do que no restante do estado (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 1997, p.134).

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FIGURA 25: Uso do solo – Santa Luíza e adjacências Fonte: Adaptado de Prefeitura Municipal de Vitória. Acesso em: 29 nov. 2014.

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ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO LOCAL

FIGURA 26: Mapa com destaque para a Santa Luíza Fonte: Adaptado de Prefeitura Municipal de Vitória. Acesso em: 29 nov. 2014.

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Um dos critérios da análise à região em que foi feita a identificação do edifício foi a presença de edificações corporativas. Apesar de possuir um considerável número de lotes residenciais, em Santa Luíza os edifícios são voltados, em sua maioria, para atividades comerciais e empresariais. Principalmente os edifícios próximos à Avenida Nossa Senhora da Penha. Foi considerado também o tipo de vedação das fachadas. Nesse caso optou-se por considerar os edifícios com fachadas compostas por vidros. A orientação solar foi outra diretriz de análise. Percebeu-se, por meio de fotos e visitas à região, a presença de alguns edifícios que se encaixam nos critérios exposto acima, como por exemplo, a Sede da PETROBRAS (Figura 27) e o edifício corporativo da Impacto Engenharia, o Impacto Empresarial.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - ANÁLISE DO EDIFÍCIO E SEU ENTORNO

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - ANÁLISE DO EDIFÍCIO E SEU ENTORNO

FIGURA 27: Sede da PETROBRAS Fonte: Adaptado de Impacto Engenharia. Acesso em: 29 nov. 2014.

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Como foi comprovado pela análise e posterior estudo referente às orientações solares, o Impacto Empresarial recebe uma radiação solar direta e constante devido à orientação de sua fachada principal, como mostra a Figura 28, e por isso, foi escolhido como objeto de estudo. Além disso, o edifício Impacto, proporcionalmente, possui um maior percentual de vidros na fachada, o que piora as condições climáticas internas devido a essa exposição ao sol sem as devidas proteções. A existência de fachadas de vidro voltadas para essa orientação é um dos fatores que viabiliza um estudo mais aprofundado de técnicas alternativas de proteção. Portanto, propor elementos de fachada que amenizem as consequências dessa radiação constante, como, por exemplo, um jardim vertical, torna-se coerente.

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FIGURA 28: Representação gráfica da orientação solar Fonte: Adaptado de Impacto Engenharia. Acesso em: 29 nov. 2014.

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Epellup icimincipit aut ute occupta tecabo. Exceperum qui as dunt hillacerunt omni volor maionecte poria alique dolum fugit fugia delis dolum harum atur as est, cullorerio de si tem que et lam endae pratiati omnimus am aut apis am, sam et ut undipsunt odiae si delles int fugiate vendunt quidell essendus, ariande ntures nim aspel ius es dipicti berspero beario. Et autessi nciatur apidit lam, idi coritio voluptaspis dolo des con prehendistia doluptus mil intia a volorento quae pro dolupta tiaessed ut lamet incimus molor sit quidese diorese quibusdae ip-

O CASO EDIFÍCIO IMPACTO saped ionest, nisque laboresDO quodis de mint, iunt at ius vendist, erum aut excerorectur alibea nis rehenihil inctam quo omnihil is veles eum intia cuptur? Qui ut es millabore nonse vendi invel et venet es dipsunto desequam, inctiatiusae aut quas molorios venis

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et quatiati beaquo cone porestrunt quam esecatio quae voluptate prorero esti to quaepedit et, volupti imusam anda ex est quatur serest aceaquos di qui optatur, corum nonseque siti renimax imenis

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O caso do edifício Impacto Empresarial

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O CASO DO EDIFÍCIO IMPACTO EMPRESARIAL

O edifício Impacto Empresarial (Figura 29) é um edifício comercial composto por 100 salas cujos tamanhos variam de 32 a 347m², esse último referente à opção de andar corporativo. Essas salas estão dispostas em 10 andares de pavimento tipo, 10 salas por pavimento, e 3 andares de garagem que abrigam 150 vagas para carro, 20 para motos e 15 para bicicletas. A cobertura possui uma sala multiuso, apoio e terraços com vistas panorâmicas. O térreo é composto pelo acesso principal e por espaços destinados a lojas. A circulação vertical se dá por escadas e três elevadores. Suas fachadas são compostas predominantemente por vidros semi-refletivos de 8mm na cor azul intercalado por elementos de ACM da cor prata que existem por fatores de acabamento, a medida que escondem as vigas de sustentação e as lajes (Figura 30). Nas laterais, grande parte do fechamento é feito por venezianas, as quais são responsáveis pela ventilação das áreas técnicas.

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FIGURA 29: ED. Impacto Empresarial Fonte: Adaptado de Folha Vit贸ria, 2015.

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FIGURA 30: Projeto executivo da fachada

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99 FIGURA 31: Plantas do edifício


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Através de um estudo referente à carta solar do edifício (Figura 32 e Figura 33) e também de visitas ao local, percebeu-se a problemática referente ao desconforto térmico ocasionado pela incidência dos raios solares sobre as salas voltadas para as fachadas frontal e lateral, indicada na figura a seguir. Em uma das visitas realizadas no mês de setembro, percebeu-se que devido à presença da pele de vidro, grande parte das salas é desprotegida da radiação solar, o que culmina na incidência direta dos raios solares durante grande parte do horário em que o edifício será ocupado pelos seus usuários (Figura 34 e Figura 35). Dessa forma, considera-se que elementos de sombreamento e condicionamento artificial do ar sejam necessários para garantir o conforto do usuário durante a sua estadia, caso contrário, a permanência dos mesmos será comprometida.

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FIGURA 32: Carta Solar da fachada frontal Fonte: Software Sol-ar

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FIGURA 33: Carta Solar da fachada lateral Fonte: Software Sol-ar

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FIGURA 34: Insolação direta no interior da sala 01, às 15 h, em setembro

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FIGURA 35: Insolação direta no interior da sala 02, às 15 h, em setembro

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No Brasil, país que se localiza entre os trópicos, a quantidade de luz solar em alguns períodos do dia é muito expressiva, o que causa desconforto. No caso do Impacto Empresarial e nos diversos edifícios com fachadas de vidro voltados para o uso corporativo, isso se manifestaria, no dia a dia, através do ofuscamento de imagens em computador, dificuldade de leitura em papéis brancos e vista cansada devido a excessiva exposição à iluminação indireta refletida, por exemplo. Assim, do ponto de vista de aproveitamento da luz natural para maior luminosidade no ambiente interno, o vidro não é a alternativa mais eficaz, uma vez que não há vidro que permita essa penetração de quantidade de luz necessária para que haja uma diminuição da iluminação artificial que, ao mesmo tempo, filtre o excesso que causa o desconforto. Portanto, a solução para fachadas de vidro é a existência de elementos sombreadores que amenizem a passagem excessiva de luz, como o jardim vertical (BENEVENTO, 2009).

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

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O PROJETO

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O Projeto 106


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

O SISTEMA ESTRUTURAL

Foi desenvolvido um projeto que tem como intuito adaptar um sistema de jardim vertical que já existe no mercado, que se estabelece e se sustenta, geralmente, em alvenarias comuns. A adaptação se tornou essencial para o desenvolvimento do trabalho já que o edifício utilizado possui suas fachadas compostas por uma pele de vidro. A partir daí, sistemas de instalação, irrigação/fertilização e composição da vegetação foram pensados de uma forma que o produto final fosse coerente com o projeto, ou seja, que se adaptasse à estrutura já existente do edifício. Primeiramente, pensou-se no sistema de fixação do jardim vertical. Como foi considerado que o sistema de suporte das plantas deveria estabelecer-se de forma indireta à vedação do edifício, propôs-se um sistema estrutural independente que se conectaria ao Impacto Empresarial através de braços metálicos que, por sua vez, se conectariam a viga e à laje através da estrutura preservada pelas chapas de ACM. Assim, os vidros do edifício não sofreriam nenhuma modificação, como mostra a

Figura 36.

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FIGURA 36: Sistema modular do Jardim Vertical – Corte esquemático

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

A estrutura é formada basicamente por dois perfis metálicos em formato circular que sustentam a estrutura do jardim vertical e estão localizados a uma distância de 70 cm da fachada. Esses braços metálicos foram projetados inclinados para atingir essa distância e se conectarem no centro da estrutura. A sua conexão com o edifício se dá por meio de perfis em formato “U” chumbados por inserts metálicos (Figura 37). Em cada módulo de janela, foi proposta a fixação de uma unidade desses perfis - dois braços metálicos justapostos. Nesses braços são fixadas a estrutura do jardim. Nesta proposta, a estrutura independente é colocada na fachada frontal (nordeste) e na fachada que está voltada para a Avenida Nossa Senhora da Penha (sudoeste), considerada aqui como a fachada lateral. Ambas são mais prejudicadas pela radiação solar e, portanto, as que são mais indicadas à intervenção em questão.

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FIGURA 37: Descrição do módulo componente do sistema

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FIGURA 38: Sistema fixado na fachada

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FIGURA 39: EdifĂ­cio sem a estrutura do jardim vertical.

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FIGURA 40: Edifício com a estrutura de instalação do jardim

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FIGURA 41: EdifĂ­cio com o jardim vertical

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

A ESTRUTURA DO JARDIM VERTICAL O jardim vertical usado se inspira na técnica que usa a manta geotêxtil como receptáculo. Essa técnica foi criada pelo botânico Patrick Blanc e consiste no plantio de arbustos de pequeno porte e forrações ao longo de uma manta que serve de suporte e substrato para as plantas. Patrick entendeu que a terra funciona como uma base para as plantas. Contudo, elas necessitam mesmo é de água, luz e nutrientes. Baseado nessa constatação elaborou-se uma estrutura que funciona como uma base, instalada nos painéis de ACM que compõe o sistema de jardim vertical. Essa estrutura é composta por duas camadas de feltro especial, a manta geotêxtil. Os minerais necessários para o desenvolvimento da vegetação serão oferecidos durante as frequentes regas, que ocorrerão através de um sistema de gotejamento automatizado, e isso impede que as raízes da vegetação escolhida cresçam à procura de água. Com medidas padrões, cada camada de feltro terá aproximadamente 3 mm e será grampeada a um painel de ACM com 10 mm de espessura (Figura 43). De acordo com o tipo de planta que será usada no jardim vertical, essas medidas podem sofrer alterações.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

Um corte é feito na camada exterior do feltro e as plantas são ali inseridas. Constantemente úmida devido à irrigação, essa camada ficará responsável pela nutrição das plantas, garantindo sua longevidade. Estima-se, através de números obtidos pela pesquisa sobre

jar-

dim vertical, que por ser uma superfície sem solo, a construção possuirá 25 kg / m2, em média (HELLGREN, 2015). FIGURA 42: Estrutura do Jardim Vertical

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FIGURA 43: Planta esquemรกtica com o jardim vertical

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FIGURA 44: M贸dulo em planta esquem谩tica com cotas

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FIGURA 45: Corte esquemรกtico com cotas

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

O SISTEMA DE IRRIGAÇÃO E FERTILIZAÇÃO O sistema de irrigação foi projetado também com o intuito de minimizar o consumo de água. Por ser automatizado, esse sistema foi composto por um equipamento para o controle dos ciclos de irrigação e de nutrição das plantas. Dentro das superfícies compostas pelas camadas de manta geotêxtil estão os tubos integrantes do sistema de gotejamento. O consumo de água é variável de acordo com o calor e a exposição ao sol, mas se comparado a espaços verdes usuais, como um gramado, o consumo normalmente é mais baixo, com a média entre 2 a 5 litros por m², por dia (HELLGREN, 2015). O sistema de irrigação e fertilização é composto por uma rede de tubos em PVC de 20 mm, separados em dois subsistemas: um destinado à irrigação pelo sistema de gotejamento e outro à coleta do excesso de água. Os nutrientes saem de um reservatório superior que foi implantado na cobertura do edifício e se destinam aos módulos de jardim vertical, representados na Figura 46 pela cor amarela. Representados pela cor verde estão os tubos e a calha que compõe o subsistema de coleta de água remanescente da irrigação. Essa água é recolhida na parte inferior do módulo onde se encontra a calha, e dessa forma é encaminhada para a drenagem pluvial urbana.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

FIGURA 46: Sistema de irrigação e fertilização

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A ESCOLHA DA VEGETAÇÃO APROPRIADA Para a composição do jardim vertical foram escolhidos alguns exemplos de plantas que são adequadas a esse tipo de sistema, visto que para um bom funcionamento, algumas características devem ser consideradas. Sugere-se que a escolha deve ser direcionada ao grupo de plantas perenes, com relação ao seu ciclo de vida. Foram preferencialmente escolhidas, pois o fato delas terem um ciclo de vida prolongado demandará uma menor manutenção dessa vegetação, como, por exemplo, a troca de plantas mortas. O pouco gasto com a manutenção “sustentabiliza” o projeto e melhor interage com os princípios do mesmo. Para criar um efeito de jardim mais denso, em que a estrutura não fique completamente aparente, foram escolhidas as vegetações pendentes. Esse tipo de vegetação também ajudará no bloqueio parcial da luz solar nas salas comerciais na medida em que ela se desenvolve, cabendo ao usuário poda-la e, assim, regular a permeabilidade visual do edifício. Visando uma boa adaptação às condições de pouco substrato, ventos, e outras adversidades, foram selecionadas plantas herbáceas, sendo que algumas se classificam como epífitas, por exemplo, a “Rabo-de-arara” (Figura 51) e outras como forrações rústicas, como a Evólvulo (Figura 47).

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Outra característica importante na escolha do tipo de vegetação foi a resistência à radiação solar direta. A fachada, por ser um elemento da arquitetura que interage diretamente com o meio externo e, portanto, está mais exposta às intempéries, demanda uma vegetação desse contexto. Em vista disso, foram escolhidas as plantas que se desenvolvem em locais de pleno sol. Outra característica peculiar ao projeto do sistema modular de jardim vertical foi a escolha de plantas que possuem florações o ano todo. Isso se dá pelo reconhecimento de que esse tipo de vegetação atrairá seres polinizadores, e estes serão responsáveis por difundir o seu pólen e proporcionar a sua reprodução nas áreas adjacentes ao edifício, reestabelecendo, assim, o ciclo natural do ecossistema em um local em que a escassez de áreas verdes não permite o seu desenvolvimento. Por fim, foram selecionadas as vegetações que são nativas do Brasil, visto que se acredita que o projeto possui um conceito de buscar pela sustentabilidade, em suas variadas vertentes, Sustentabilidade cultural, pois a escolha de uma vegetação nativa confere ao projeto a oportunidade de conhecimento de espécies pertencentes ao país, adequadas ao contexto, com características que se comunicam harmonicamente com o cenário em que o edifício se encontra. Essa coerência permitirá uma sustentabilidade também econômica, pois demandará um menor gasto com manutenção, irrigação e transporte no momento da confecção do jardim. Assim, uma vez consideradas tais características, torna-se coerente a utilização desse tipo de planta.

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FIGURA 47: Azulzinha Fonte: LORENZI, 2008.


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Evolvulus glomeratus Nees & C.Mart - AZULZINHA.

_____________________________________________________ TIPO: Herbácea perene, semiprostada, nativa do Brasil, de 20 a 30 cm de altura. Folhas ovaladas e aveludadas. ____________________________________________________ FLORESCÊNCIA:

As flores são pequenas, porém vistosas,

azuis, produzidas durante quase o ano todo. _____________________________________________________ USO: Pode ser utilizada como planta pendente em vasos e jardineiras, mas é empregada com maior frequência em bordaduras e como forração a pleno sol ou meia-sombra em canteiros ricos em matéria orgânica e bem drenados. _____________________________________________________ INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Não tolera temperaturas muito baixas de inverno. _____________________________________________________

Fonte: LORENZI, 2008.

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FIGURA 48: Cip贸-rosa Fonte: LORENZI, 2008.


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Cuspidaria convoluta (Vell.) A.H.Gentry - CIPÓ-ROSA

_____________________________________________________ TIPO: Trepadeira lenhosa, vigorosa, nativa do Brasil, muito florífera e de folhagem ornamental. Folhas compostas de três folíolos coriáceos, decíduas no inverno. O nome genérico refere-se ao alongamento da ponta do folíolo e o epíteto específico (agora com sinonímia) à forma dos frutos, que possuem asas laterais. ____________________________________________________ INFLORESCÊNCIA:

compactas, constituídas por muitas flores,

formadas no período inicial da primavera com a planta totalmente despida de sua folhagem. Florescimento vistoso. _____________________________________________________ USO: • É indicada para revestir caramanchões, portais e muro. É tolerante também ao frio. _____________________________________________________ INFORMAÇÕES ADICIONAIS: • Multiplica-se por sementes que lembram as dos ipês e por estacas e alporques _____________________________________________________

Fonte: LORENZI, 2008.

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FIGURA 49: Falsa-érica Fonte: LORENZI, 2008.

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Cuphea gracilis Kunth - FALSA-ÉRICA

_____________________________________________________ TIPO: Herbácea perene, ereta, florífera, nativa do Brasil, de 20 a 30 cm de altura, tenuemente ramificada, com folhas lanceoladas diminutas, sempre verdes e permanentes. ___________________________________________________ INFLORESCÊNCIA:

Flores pequenas, lilases ou brancas, tor-

nando-se rosa-claras com a idade, formadas durante o ano todo. _____________________________________________________ USO: É muito utilizada em jardineiras, prestando-se de forma excelente para formação de bordaduras, em forrações ou conjuntos, em canteiros a meia-sombra ou pleno sol, enriquecidos com matéria orgânica, de boa drenagem e com irrigações periódicas. Apropriada também para plantios entre pedras. Deve-se evitar que seja podada. Não tolera o frio. _____________________________________________________ INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Multiplica-se por sementes e por estacas de ponteiro preparadas e postas para o enraizamento no final do inverno _____________________________________________________ Fonte: LORENZI, 2008.

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FIGURA 50: Lenรงol-branco Fonte: LORENZI, 2008.

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Turbina corymbosa (L.) Raf - LENÇOL-BRANCO

_____________________________________________________ TIPO: Trepadeira volúvel, herbácea, perene, vigorosa, muito ramificada e florífera, nativa no Brasil. Caule sulcado e fino, com folhas verdes, membranáceas, brilhantes, cordiformes e lisas, de 6-12 cm de comprimento. ___________________________________________________ INFLORESCÊNCIA:

Inflorescências numerosas, alongadas,

com muitas flores pequenas em forma de sino, brancas, recobrindo toda a ramagem, formadas no outono-inverno. _____________________________________________________ USO: Cultivada a pleno sol em terrenos férteis, é adequada para revestimento de grades, muros, cercas, caramanchões e pérgolas. Não tolera geadas fortes, sendo recomendada apenas para climas tropicais e subtropicais. _____________________________________________________ INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Multiplica-se por sementes, e pela

formação espontânea de incontáveis mudas encontradas nas proximidades e distantes da planta-mãe devido a ação do vento, graças ao cálice estrelado do fruto que facilita a dispersão. _____________________________________________________

Fonte: LORENZI, 2008.

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FIGURA 51: Rabo-de-arara Fonte: LORENZI, 2008.

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Norantea Guianensis Aubl - RABO-DE-ARARA

_____________________________________________________ TIPO: Arbusto perene, semi-herbáceo, escandente, nativo da região Norte do Brasil, com ramagem longa e florescimento vistoso. Folhas elíptico-ovaladas, coriáceas, brilhantes e dispostas de maneira espiralada ___________________________________________________ INFLORESCÊNCIA:

Inflorescências grandes, cônicas, em race-

mos, com numerosas flores vermelhas, pequenas, muito vistosas, formadas no verão. _____________________________________________________ USO: Comporta-se como trepadeira desde que tenha um apoio ao qual se prendem raízes adventícias dos ramos. No habitat natural são encontradas como epífitas sobre árvores e palmeiras. As flores são muito visitadas por beija-flores. É muito sensível ao efeito de geadas, devendo ser cultivado apenas em climas tropicais e subtropicais. _____________________________________________________ INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Multiplica-se por estacas, aprovei-

tando-se os ramos já providos de raízes _____________________________________________________

Fonte: LORENZI, 2008.

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FIGURA 52: Cartas Solares representando a proteção com o jardim vertical.


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O RESULTADO A inserção do jardim vertical no edifício contribuiu para ampliar o sombreamento durante diferentes meses do ano, como mostram as cartas solares adaptadas na Figura 52. Através de uma breve interpretação, percebe-se que em grande parte dos meses, o sombreamento é evidentemente maior, protegendo as fachadas de vidro por muito mais tempo.

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Entretanto, percebeu-se que a incidência solar na fachada lateral, devido a sua orientação, é mais direta quando se comparada à fachada frontal e isso faz com que a presença da radiação solar se torne presente em maior parte do dia, independentemente do sistema de sombreamento adotado para amenizar esse problema. Assim, pensou-se na adição de cabos que se conectarão às estruturas do jardim e que sustentarão as ramificações das vegetações pendentes que compõe o jardim vertical (Figura 53). Na medida em que crescem, essas ramificações encontrarão suporte para continuar crescendo entre as estruturas de manta geotêxtil e vão adquirir características de vegetações de maior densidade com relação às suas folhagens. Dessa forma, elas promoverão uma maior proteção ao bloquear parcialmente a incidência dos raios solares nas salas do edifício.

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FIGURA 53: Esquematização dos módulos que se diferenciam de acordo com as fachadas

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

Para comprovar esse estudo, foi feita uma simulação por meio do software Sketchup. Essa simulação se caracteriza em uma modelagem tridimensional da pior situação – fachada lateral – a fim de atestar o resultado do jardim vertical. Percebeu-se, por meio desta, que a incidência solar nas salas da fachada em questão foi consideravelmente menor com o uso do sistema, como mostra a Figura 54 e a Figura 55.

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FIGURA 54: Simulação da radiação solar na fachada lateral – antes.

FIGURA 55: Simulação da radiação solar na fachada lateral – depois.

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A presença da vegetação no sistema implantado contribuiu também para o contato mais direto do usuário com a natureza, o que melhora, como foi constatado, a qualidade de vida e do ambiente de trabalho, através da redução da fadiga mental, por exemplo. O sombreamento provocado pelo jardim vertical trouxe como benefício a economia no condicionamento do ar, já que a vegetação se tornou um agente bloqueador da radiação solar, mesmo que de forma parcial, e isso reduzirá as temperaturas internas do edifício, amenizando problemas e promovendo um melhor conforto térmico. O jardim vertical trás vantagens não só para o edifício no qual ele foi implantado, mas também para a cidade, para o pedestre e transeunte. Isso se manifesta na ampliação das áreas vegetadas no meio urbano (o que promove o bem-estar do homem), na manutenção da biodiversidade e no restabelecimento da interação dessas áreas com a fauna local, a medida que a vegetação servirá de atrativo para que diversas espécies passem a transitar pelo Impacto com o jardim vertical, qualificando o espaço urbano. _

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

FIGURA 56: Fachada Frontal

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

FIGURA 57: Fachada Lateral

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - O PROJETO

FIGURA 58: Perspectiva

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - INTRODUÇÃO

Epellup icimincipit aut ute occupta tecabo. Exceperum qui as dunt hillacerunt omni volor maionecte poria alique dolum fugit fugia delis dolum harum atur as est, cullorerio de si tem que et lam endae pratiati omnimus am aut apis am, sam et ut undipsunt odiae si delles int fugiate vendunt quidell essendus, ariande ntures nim aspel ius es dipicti berspero beario. Et autessi nciatur apidit lam, idi coritio voluptaspis dolo des con

CONCLUSÃO prehendistia doluptus mil intia a volorento quae pro dolupta tiaessed ut lamet incimus molor sit quidese diorese quibusdae ipsaped ionest, nisque labores quodis de mint, iunt at ius vendist, erum aut excerorectur alibea nis rehenihil inctam quo omnihil is veles eum intia cuptur? Qui ut es millabore nonse vendi invel et venet es dipsunto desequam, inctiatiusae aut quas molorios venis et quatiati beaquo cone porestrunt quam esecatio quae voluptate prorero esti to quaepedit et, volupti imusam anda ex est quatur se-

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rest aceaquos di qui optatur, corum nonseque siti renimax imenis

dolupta tusanis tioribus evel inciet eles volupta tumquodi torior-

por abo. Itatint ra quatium quos anihill aboremq uiatur re peribus.

Conclusão 148


VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - CONCLUSÃO

Buscou-se, nesse trabalho, investigar possibilidades na arquitetura. Investigação, pois acredita-se que o papel do arquiteto não se restringe somente à criação, uma vez que cabe ao mesmo visualizar problemas usuais de uma sociedade e buscar soluções por meio da manipulação do espaço, seja ele existente, ou não. Possibilidades porque, como foi mostrado, nem sempre a interação entre o meio natural e o ambiente construído é harmônica e benéfica ao homem. Logo, cabe, mais uma vez, ao profissional de arquitetura propor alternativas que solucionem os problemas causados por essa má interação ou, pelo menos, amenizar as consequências decorrentes disso. Nos últimos anos, foram importados modelos arquitetônicos que, apesar de belos e dotados de uma carga cultural

considerável,

em

nada

condiziam

com

o

contex-

to brasileiro. É o caso da escolha do vidro como elemento componente de fachadas cuja orientação desfavorece esse uso. Obviamente, isso acarreta alguns problemas - comprovados por bibliografias citadas nesse estudo – que viabilizam a proposição de elementos alternativos de fachadas que, com suas características e vantagens, terão o caráter de transformar o diálogo entre as diversas esferas da sociedade vinculadas à arquitetura e ao meio ambiente, aprimorando-as.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - CONCLUSÃO

Comprovou-se, através de visitas e estudos, que o fato da fachada do edifício escolhido ser toda composta por vidro ocasionou uma exposição do ambiente interno à radiação solar, o que acabou prejudicando o conforto térmico daquele que o utiliza. Para reestabelecer esse diálogo entre os espaços, uma vez que ele se encontra dependente da ação de fatores externos e naturais para existir, como o calor, foi proposto, então, um sistema modular de jardim vertical para as fachadas frontal e lateral do edifício Impacto Empresarial. Buscou-se por um sistema modular para a fachada através da catalogação dos principais métodos de se criar um jardim vertical existentes no mercado. E assim, chegou-se ao modelo adequado. Com a proposta de inserção de um jardim vertical, foi reduzida em grande parte a incidência solar nas salas comerciais do edifício, o que se traduz em economia energética e reestabelecimento do conforto do usuário sem que para isso seja utilizado meios artificiais de condicionamento do ar. As características vinculadas ao uso da vegetação em fachadas vão além do edifício. Evidenciou-se que esse uso acarreta o enriquecimento da qualidade de vida urbana, já que promove o contato mais direto do homem urbano com o espaço verde (espaço esse que cada vez menos presente dentro dos aglomerados urbanos que contextualizam a realidade atual).

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - CONCLUSÃO

Conclui-se esse trabalho com a certeza de que atualmente o arquiteto possui como tarefa constante a busca do equilíbrio, da sensibilidade de se perceber o contexto em que suas obras se inserem, e a tentativa de exercer uma comunicação harmônica entre o interno e o externo, da melhor forma possível. Hoje, mais do que nunca, é papel do arquiteto trabalhar com as alternativas, com os “e se...”. Cabe a ele redescobrir a cidade em que vive mediante todas as transformações do mundo, e se reinventar nessas condições. Esse estudo de caso representa apenas uma das inúmeras possibilidades de se criar arquitetura. De se manifestar diante dessas transformações. Acredita-se que estudos como esse abrem caminhos, indicam diretrizes que estão impregnadas de discursos cada vez mais presentes no cotidiano, e que são importantes. Representa a concretização de ideais que vão além do estético, do funcional, do mercadológico, e o resultado disso é o aprimoramento de uma arquitetura mais atual e condizente com a realidade e, portanto, muito mais sustentável.

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VERDE NO VIDRO: O IMPACTO COM O JARDIM VERTICAL - REFERÊNCIAS

Referências ALAMY. Letchworth Garden City, one of the first garden cities built in the UK. Disponível em: <http://www.theguardian.com/cities/gallery/2014/jan/30/cities-urban-redevelopment-high-line#/?picture=428248730&index=2>. Acesso em: 22 jan. 2015. ALMEIDA, G. (Org.). Desenvolvimento Sustentável e Gestão Ambiental nas Cidades: estratégias a partir de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004. AMERICAN SOCIETY OF HEATING, REFRIGERATING AND AIR-CONDITIONING ENGINEERS. ANSY/ASHRAE 55-2004: Thermal enviromental conditions for human occupancy. Atlanta, 2004. ANTUNES, F.C.M.S. Efeitos da vegetação no conforto ambiental interno em Edifícios Corporativos. 2003. Monografia. Universidade Federal de Viçosa. BENEVENTO, C. Análise de eficiência de fachadas revestidas em vidro - Torre São Paulo Complexo JK. São Paulo, 2009. BENEVOLO, ra

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COSTA, C. S. Jardins Verticais – uma oportunidade para as nossas cidades? Arquitextos, São Paulo, ano 12, n. 133.06, Vitruvius, jul. 2011 Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3941>. Acesso em: 12 jul 2014. COSTA, E. to térmico

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