1 7 / o ã r e v B
r
a
s
i
l
b
r
a
s
i
l
e
i
r
o
y a
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
l
o
j
a
v
i
r
t
u
a
l
y a
Rozani Grein Editora
Pamela Caitano Textos
Ana Paula Padilha e Pamela Caitano Design e projeto gráfico Lya König Zumblick Fotos
Banco de imagem e divulgação Fábrica Loja Virtual modayacamim.com.br (47) 3027-5273
Rua: Barra Velha, 521,
Floresta - Joinville - SC (47) 3026-2664
Whatsapp:
Lojas físicas
(47) 9123-1545
Joinville - SC
(47) 9116 3068 Contato revista@modayacamim.com.br
Shopping Cidade das Flores - loja 42 Centro – (47) 3433-9016
Joinville Garten Shopping - loja 130 Bom Retiro – (47) 3043-9038
Shopping Mueller Joinville - loja 33/4 Centro – (47) 3028-4018 Itapema - SC
Meia Praia - Av. Nereu Ramos, 3370 -
esquina com a Rua 240 – (47) 3268-3100 Balneário Camboriú - SC
Atlântico Shopping Center - loja 44 (47) 3056-5400
Balneário Shopping - loja 134 (47) 3263-8578
Bombinhas – SC Av. Vereador Manoel José dos Santos 1241 – Centro - (47) 3360-9289
Impressão Gráfica Coan 10.000 exemplares
a
m
i
M
expediente / VERÃO 17
Direção
c
V
E
R
Ã
O
/
1 7
Nossa brasilidade parte das manifestações de alma, da arte, das emoções do dar e do receber, do espiritual e imaterial, da intuição, de um resgate aos saberes ancestrais. As belezas do Rio, a musicalidade de cinco mulheres intensas, a cura e transformação vindas da natureza, a força das palavras de escritoras feministas e premiadas, o empoderamento materno – esses são alguns dos temas que ajudam a compor a edição, que assim como o Brasil, é uma grande trama formada por elementos plurais. Dos ensinamentos indígenas aos vislumbres do amanhã do antropoceno – esse é um retrato do Brasil multifacetado, que equilibra em seu ventre a herança de um solo fértil e sagrado, e as possibilidades para um futuro mais humano, tolerante e transformador. É, por fim, essa aquarela do Brasil que forma um quadro tão amplo, rico de cores, de amores, de tempero, de vozes, sotaques e ritmos, de fés e vivências. No editorial Brasil, Brasileiro, apresentamos a beleza carregada de memórias e símbolos. A beleza que se manifesta, pura e claramente, em toda criação. Um transcender, onde a matéria está carregada da energia positiva do pensamento, que se materializa em formas, cores, texturas - e que transmite a alma brasileira.
editorial
É dessa terra com dimensões continentais, multiplicidade cultural e tantos contrastes que nasce a inspiração para um verão colorido pela identidade singular que conecta raízes, criação e espírito.
y a
c
a
m
i
M
sumário 08
campanha
brasil brasileiro 6 28
viagem
turismo no rio de janeiro 34
gastronomia
chás refrescantes e energizantes 36
música
tropix - o novo álbum de céu 46
arquitetura
38
museu do amanhã 52
liter atur a
romancistas, feministas e premiadas
música
para ouvir e sentir 40
saúde
jardinagem como terapia
V
E
R
Ã
O
/
1 7
68
moda
fios da estação 72
beleza
o que você precisa saber sobre rejuvenescimento facial 58
viagem
recanto GUARAPUVU 64
atualidade
amamentação: saúde e EMPODERAMENTO
74
beleza
banho para limpeza energértica e espiritual 78
lookbook
verão 2017
7
y a
8
B RASIL B RASILEIRO v
e r
ã
2 0 1 7
o
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
“ n o
v
o u s
c t
e
a u
n s
t a r - t e v e r s o s ”
y a
10
“ s B f
O B r a s i l , a m b a q u e d á a m b o l e i o q u e a z g i n g a r ”
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
11
“ d T N B
12
O B r a s i l o m e u a m o r e r r a d e o s s o S e n h o r r a s i l p r a m i m ”
y a
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
13
y a
14
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
15
y a
“ e c q c
16
O s o u o
h s q e c
, e u e i r o d á o ”
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
“ O n d e a m a r r a m i n h r e d e
e u o a ”
17
y a
18
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
19
y a
20
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
21
y a
22
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
23
y a
a d c
o
m
p
q u o
o
s
a
r
b r i
ç
ã
o
:
a
c
e l a a s i l r
y
b
a
r
r
o
s
o
Brasil, meu Brasil brasileiro
Brasil, terra boa e gostosa
Meu mulato inzoneiro
Da morena sestrosa
Vou cantar-te nos meus versos
De olhar indiscreto O Brasil samba que dá
24
O Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
Bamboleio que faz gingar
O Brasil do meu amor
O Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Terra de Nosso Senhor
Brasil pra mim
Brasil pra mim
Pra mim, pra mim!
Pra mim, pra mim Oh, esse coqueiro que dá coco Ah! abre a cortina do passado
Onde eu amarro a minha rede
Tira a mãe preta do cerrado
Nas noites claras de luar
Bota o rei congo no congado
Brasil pra mim
Brasil, pra mim Ah! ouve estas fontes murmurantes Deixa cantar de novo o trovador
Aonde eu mato a minha sede
A merencória luz da lua
E onde a lua vem brincar
Toda canção do meu amor
Ah! esse Brasil lindo e trigueiro
Quero ver essa dona caminhando
É o meu Brasil brasileiro
Pelos salões arrastando
Terra de samba e pandeiro
O seu vestido rendado
Brasil pra mim, pra mim, Brasil!
Brasil pra mim
Brasil pra mim, pra mim, Brasil, Brasil!
Pra mim, pra mim!
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
25
y a
26
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
“ A h ! e s B r a s l i n d o t r i g u e i É o m B r a s b r a s i l e i T e r r a s a m b a p a n d e i B r a s p r a m i p r a m i B r a s i l
s e i l e r o e u i l r o d e e r o i l m , m , ! ”
Acesse o código com seu leitor de QR Code e assista ao vídeo da campanha
Créditos
Stylist: Rozani Grein
Fotografia: Tauana Sofia Beleza: Suyane Abreu
Modelo: Annelyse Schoenberger Fashion Film: Planar Filmes
27
y a
c
a
m
i
M
Turismo no Rio de Janeiro p
o
r
P
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
o
28
Como definiu o escritor mineiro Fernando Sabino:
motivo que faz o carioca ser tão alegre, descontra-
“carioca, como se sabe, é um estado de espírito: o
ído e natural, não é preciso muito esforço: basta
do Brasil (ou do mundo) mora no Rio de Janeiro e
za e a atmosfera do lugar.
de alguém que, tendo nascido em qualquer parte enche de vida as ruas da cidade.” Pra descobrir o
abrir os olhos e descortinar as paisagens, a nature-
V
E
R
Ã
O
/
1 7
v
i
a
g
e
A soma de todos esses encantos faz com o que o
vos como Paraty, Búzios e Petrópolis, que ficam
do para lazer no país. De acordo com os dados
urbanas, cenários paradisíacos, experiências
estado seja o principal destino turístico escolhi-
mais recentes do Anuário Estatístico de Turismo, o Rio é a porta de entrada para mais de um mi-
bem próximas à capital. Litoral, florestas, trilhas gastronômicas e atrações culturais.
lhão e meio de turistas no Brasil anualmente.
Listamos alguns destinos, desde os mais tradi-
é composta de outras cidades repletas de atrati-
veis – para se conhecer no Rio:
Muito mais que a Cidade Maravilhosa, a região
m
cionais aos mais alternativos – todos imperdí-
29
A rota dos cartões postais Impossível visitar a capital sem conhecer os astros de alguns dos cartões mais famosos
turísticos. Copacabana, Ipanema, Prainha e Praia de Grumari são opções para os apaixonados por praia, sol, mar e visual deslumbrante.
do mundo. Cristo Redentor, Pão de Açúcar,
Trilhas urbanas
racanã, Teatro Municipal e o Museu Histórico
Para os aventureiros que gostam de ser recom-
Corcovado, Jardim Botânico, Estádio do Ma-
Nacional. Esses são apenas alguns dos pontos
pensados com uma fantástica vista após uma
y a
30
c
a
m
i
boa trilha, não faltam alternativas. O Morro da
turistas como o Museu do Amanhã - exemplos
tem em seu pico o primeiro terminal do bondinho
senteia moradores e turistas pelas ruas da cidade
Urca, com seus belíssimos 220 metros de altura,
em direção ao Pão de Açúcar. O trajeto possui 1,5
quilômetros, começando na Praia Vermelha, passa pela Pista Claudio Coutinho e termina no cume do
Morro da Urca. A Pedra da Gávea, maior bloco de
pedra à beira mar do mundo, tem 844m de altura e recebeu o título irrefutável de trilha mais difícil
da cidade, com um percurso de no mínimo 3 ho-
ras (subida) – tudo isso, compensado por uma das vistas mais fantásticas e arrebatadoras da cidade do Rio.
Arquitetura Conhecida mundialmente por sua riqueza de traços e influências de diferentes conceitos e períodos históricos, a arquitetura carioca mistura
vanguarda coletiva modernista, com projetos coloniais portugueses, e a estética contemporânea.
É possível encontrar edificações seculares como o conjunto arquitetônico da Praça XV, o amplo
Museu de Arte Moderna e mega construções fu-
deslumbrantes da multiplicidade cultural que pre-
maravilhosa. O Museu de Arte Moderna (MAM), Centro Cultural Paço Imperial, Igreja de Nossa Se-
nhora da Candelária, Cidade das Artes e o Teatro Municipal são alguns dos principais destinos para
aqueles que buscam projetos arquitetônicos de encher os olhos.
Floresta da Tijuca Uma das maiores florestas urbanas do mundo, a
chamada Floresta da Tijuca possui aproximada-
mente 4.000 hectares – isso, bem no coração da cidade. Nela, é possível entrar em contato com
uma vegetação impressionante, lagos, fontes, sítios históricos, e ainda se surpreender com as mais
de 200 espécies de aves e outros animais como o
macaco-prego, a cutia, o beija-flor, sabiá e o cachorro-do-mato. Há uma grande diversidade de
trilhas, com diferentes trajetos, níveis de dificuldade e duração. Caminho das Almas, Trilha do Tijuca, Trilha do Papagaio são algumas delas.
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
Instituto Moreira Salles Com mais de 3 mil m², a antiga residência da famí-
v
i
a
g
e
m
conta com biblioteca, auditório, cafeteria, loja de arte e ateliê.
lia Moreira Salles foi transformada em centro cultu-
Toca do Vinicius
sedia exposições, espetáculos musicais e proje-
A Toca do Vinicius é um centro de referência de
para curtir sua arquitetura modernista e seus belos
CDs, LPs e objetos dedicados ao estilo musical ti-
áreas: Fotografia, em mais larga escala, Música,
nema, a Toca organiza shows de Bossa Nova um
ral. Localizado na Gávea, o Instituto Moreira Salles ções de filmes, além de ser um passeio agradável
Bossa Nova, com uma grande coleção de livros,
jardins. Tem importantes patrimônios em quatro
picamente brasileiro. Inaugurada em 1993 em Ipa-
Literatura e Iconografia. Destaca-se também por promover exposições de artes plásticas de artis-
tas brasileiros e estrangeiros. Além disso, o espaço
31
y a
c
a
m
i
M
domingo por mês na calçada da loja, na Rua Vi-
nicius de Moraes, com grandes expoentes da música popular brasileira. O programa de atividades inclui ainda oficinas, palestras isoladas e concertos.
Feira Hippie de Ipanema Passeio incontestável na agenda de quem vai ao Rio de Janeiro, a feira conta mais de 600 expositores. Desde a década de 60, artesãos e artistas plásticos oferecem seus produtos na feira
hippie de Ipanema. Bijuterias, quadros, roupas e
diferentes objetos a preços acessíveis são vendidos na feira, realizada aos domingos na Praça
General Osório. Hoje, a Feira Hippie de Ipanema é uma das maiores galerias abertas de artes e artesanatos do mundo, sendo mundialmente conhecida e apreciada por seu trabalho criativo.
Feira de São Cristóvão Também conhecida como Centro Luiz Gonzaga
de Tradições Nordestinas, o espaços traz um pouco do tempero da cultura ao Rio de Janeiro. 32
Conta com mais de setecentas barracas variadas: é possível encontrar culinária típica, artesanato e
literatura de cordel. Em seus dois palcos princi-
pais, são comuns as apresentações de grandes ícones da música brasileira.
Gastronomia no Rio Por quase dois séculos, de 1763 a 1960, a cidade do Rio de Janeiro foi a capital de Portugal e perpetuou, majoritariamente, a influência do gosto e
tradições lusitanas na nossa alimentação. Por isso, as comidas tipicamente cariocas estão muito liga-
das às receitas da culinária portuguesa, que foram adaptadas a realidade deste estado.
Os pratos a base de bacalhau são opções cariocas e muito tradicionais, obviamente herdados da culinária portuguesa. Existem ainda hoje diversos restaurantes especializados em servir bacalhau em todo o
Rio de Janeiro. Quem não sabe o que pedir, pode optar pelo conhecido bolinho de bacalhau.
Pratos como rabada, língua, bife de fígado e sardinhas fritas podem ser considerados algo típico da
culinária local. São comidas muito comuns e facilmente encontradas nos restaurantes cariocas, principalmente os mais tradicionais.
Mas o que pouca gente sabe é que existe sim um
prato típico do Rio de Janeiro, que não tem ligação
com a culinária portuguesa e nasceu em um restaurante na Lapa: o filé a Oswaldo Aranha. De acordo
com a lenda, todos os dias o famoso político ia ao mesmo restaurante e pedia a mesma comida, que rapidamente recebeu o adorável apelido de “filé
a Oswaldo Aranha” em sua homenagem. O prato consiste em um filé temperado com alho frito,
V
E
R
Ã
O
/
1 7
v
i
a
g
e
m
Bike Rio
Morro do Queimado, no Setor Serra da Carioca do Par-
ma é para quem quer fugir do trânsito e apreciar a
nessa aventura.
sistema de aluguel de bicicletas, em que, qualquer
Trata-se de uma travessia, que se inicia no Alto da Boa
uma das bicicletas laranjas. Elas são disponibilizadas
dro II recebia nobres e burgueses para almoços na flo-
para quem quer visitar a lagoa Rodrigo de Freitas, a
do Queimado tem uma vista privilegiada das zonas nor-
Flamengo.
Morro da Freira e a Pedra da Proa, mirantes naturais que
Trilha do Morro do Queimado
vel identificar alguns cartões-postais da cidade, como o
Super cool, saudável e no estilo carioca, esse prograpaisagem num ritmo desacelerado. O Bike Rio é um
que Nacional da Tijuca, encanta àqueles que embarcam
um que queira dar um passeio tranquilo pode pegar
Vista e termina na Mesa do Imperador – onde Dom Pe-
em mais de quarenta pontos da Zona Sul. São ótimas
resta durante o século XVII. Com 714 metros, o Morro
enseada de Botafogo, ou parques como o Aterro do
te e sul da cidade. Também fazem parte da travessia o
Pouco conhecida e divulgada, a trilha que leva até o
embelezam ainda mais o passeio. Lá do alto, é possíMaracanã, o Pão de Açúcar, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Corcovado.
acompanhado de batatas portuguesas, arroz branco e
seguintes lugares para experimentar a combinação:
te qualquer lugar do Rio de Janeiro.
e Academia da Cachaça.
farofa de ovos, e pode ser encontrado em praticamen-
Mas, talvez, a mais carioca de todas as comidas seja a
feijoada. A feijoada é feita com feijão preto e levar várias partes do porco. De acompanhamento, arroz bran-
co e farofa. O prato é tão típico que toda a quadra de escola de samba serve a iguaria pelo menos uma vez
ao ano. Por isso, feijoada, caipirinha e samba é uma
das combinações mais cariocas que existem. A caipirinha, simplesmente o drink mais famoso do país e o mais requisitado por quem visita a cidade, é feito com cachaça, limão-taiti não descascado, açúcar e gelo.
O site visit.rio (guia oficial sobre turismo no RJ, com
imagens, dicas, e muita informação) recomenda os
Casa da Feijoada, Bar do Mineiro, Armazém Cardosão,
33
y a
c
a
m
i
M
Chás refrescantes e energizantes P
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
o
34
A tradicional bebida obtida através da infusão de folhas, flores, raízes de plantas, tem origem na Ásia, e é mais conhecida como uma opção para aque-
cer os dias frios. Mas, em diversas culturas, existem chás refrescantes, perfeitos para o verão, pois são
Chá refrescante de verão ingredientes:
leves, nutritivos e hidratam. Além de possuir pou-
- 500ml de água
natural, sem fazer mal à saúde.
- 2 saquinhos de chá de hortelã ou menta
Os chás gelados possuem diversos benefícios, como
- Açúcar ou mel a gosto.
cas calorias, atuam como diuréticos - isso de forma
o efeito antioxidante, que combate os radicais livres
no nosso organismo. Também hidratam, e podem aliviar o estresse e melhorar o metabolismo.
Veja algumas receitas de chás ideais para serem servidos gelados:
- Suco de um limão
- 2 saquinhos de chá de erva doce
PREPARO: Aqueça a água até próximo da fervura. Adicione os saquinhos de chá e tampe o recipiente, deixando
descansar por 10 minutos. Retire os saquinhos e espere esfriar com o recipiente tampado.
Transfira o chá para uma jarra com capacidade para
um litro, adicione o suco de limão ao chá, complete o volume com água bem gelada. Adoce a gosto e sirva com algumas pedrinhas de gelo.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
Chá verde com maçã e hortelã ingredientes: - 300 ml de água fervente - 1 saquinho de chá verde
- 4 raminhos de hortelã fresca
- 100 ml de suco de maçã sem açúcar - 1 colher de sopa de suco de limão PREPARO:
g
a
s
t
r
o
n
o
m
i
a
Chá preto tropical ingredientes: - 1 saquinho de chá preto - 1 limão siciliano - 500 ml de água - Cubos de gelo
- 1 colher de chá de mel PREPARO:
Derrame a água fervente sobre o saquinho de chá e
Prepare o chá em 250 ml de água quente por 4 mi-
de acrescentar os sucos de maçã e limão. Leve à ge-
a água gelada ao chá quente e acrescente o limão
coloque 2 raminhos de hortelã. Deixe esfriar antes ladeira e depois sirva com os 2 raminhos de hortelã.
nutos. Reserve o resto da água na geladeira. Misture espremido e o mel. Coe e sirva com cubos de gelo.
Crédito das imagens: divulgação
35
ingredientes:
Sultana (versão brasileira) Este chá, que é a cara do Brasil, leva açaí, guaraná
em pó e mate solúvel. Não se esqueça de servir bem gelado. Confira a receita:
- 1 polpa de açaí (100g)
- 1 colher de sobremesa de guaraná em pó - 1 colher de chá de Mate solúvel - 1 copo de água gelada
Bater todos os ingredientes no liquidificador e servir bem gelado.
c
a
m
i
M
Crédito das imagens: divulgação
y a
p
36
o
r
A
n
a
P
a
d
i
P
a
u
l
h
a
l
a
Tropix, o novo álbum de Céu O novo álbum da cantora é recheado de versos e batidas que revelam um mundo de sutilezas e texturas instrumentais.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
m
ú
s
i
c
a
O álbum que acaba de sair do forno é sonoro em cada sussurro, batida ou arranjo eletrônico. Feito
em parceria entre a cantora paulistana, Pupillo, ba-
terista do Nação Zumbi, e o músico francês Hervé Salters, emana uma pegada letárgica e oitentista. Mas com muitas batidas e vozes minimalistas,
presença de sintetizadores carregados de efeitos, o baixo volumoso e guitarras sempre aparentes, ainda sim, levemente dançantes, é um álbum que
faz conexão com diferentes épocas e tendências da música eletrônica. Céu investe em pequenos experimentos e temas sintéticos em Tropix.
Sem pressa, criando respiros instrumentais, Tropix entrega cada canção em pequenas doses. O novo
trabalho de Céu é uma obra de limites bem definidos e um tanto confessional até. A sonoridade é
crescente em passos nada apressados desde a música de abertura do disco e vai despontar em uma
espécie de trampolim criativo resultando em vários beats do Trip-Hop de Bristol ao som atmosférico dos anos 1970.
Céu e o time de colaboradores exploram cada composição individualmente. Fragmentos que se encaixam de forma a revelar um imenso mosaico. Nos ver-
sos, um vasto acervo de ideias que navega de forma
atenta pelo universo particular da cantora, porém, mantém firme o diálogo com o ouvinte. Composi-
ções que visitam cenários paradisíacos detalham inquietações ou simplesmente exploram o distanciamento entre as pessoas. Até mesmo, uma leve o amor em tempos de redes sociais e muitos likes.
Das 12 faixas que preenchem o trabalho, apenas
duas não contam com a assinatura de Céu: A Nave Vai, de Jorge Du Peixe, e Chico Buarque Song, clássica composição do grupo paulistano Fellini e faixa resgatada do álbum Amor Louco, de 1990. No
restante da obra, pequenas interferências de José Paes de Lira e Fernando Almeida, além do par-
ceiro de produção, Hervé Salters. Sobra até para uma “colaboração” com a filha Rosa, em A Menina e o Monstro, uma visão da pequena sobre o filme Onde Vivem os Monstros (2009), de Spike Jonze.
37
y a
Selecionamos algumas indicações de trabalhos incríveis lançados recentemente. Toda a sonoridade, essência e significado estão presentes nesses álbuns cheios de conceito.
É para ouvir, amar e sentir. Confira as novidades!
c
a
m
i
M
para ouvir e sentir Ao dar adeus precocemente, aos 39 anos, a artista paulistana Serena Assumpção (21 de fevereiro de 1977 - 16 de março de 2016) deixou um
último canto: um álbum de espírito gregário intitulado “Ascensão” que se tornou póstumo - ao ser lançado em junho deste ano pelo Selo Sesc.
Cada uma de suas 13 músicas é intitulada com o
38
nome de um orixá e foi feita em homenagem a
várias pessoas que Serena Assumpção admirava,
como Elis Regina, Clara Nunes, Luz Del Fuego, Paco de Lucia e Mãe Menininha do Gantois. Três
canções são temas de domínio público, casos de Do Tata Nzambi, de Exu - cantado no disco por
Karina Buhr e Luê - e de Oxalá, ouvido na voz da própria Serena. A maior parte do álbum foi com-
posto a partir da vivência de Serena no Santuário da Irmandade do Ilê de Pai Dessemi de Odé, em São Paulo.
Gravado em abril de 2015 em São Paulo, Rio de
Serena Assumpção Ascensão / 2015
Janeiro e Salvador, Ascensão reúne mais de 50
músicos. Filha de Itamar Assumpção, Serena
morreu vítima de câncer. Ao longo de sua vida, a cantora e produtora cultural fez um grande esforço ao lado de sua família para preservar o legado de seu pai.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
m
ú
s
i
c
a
Fernanda Gonzaga
Toda pessoa pode ser invenção / 2015
Produzido pela própria Fernanda, em parceria com o guitarrista Bernardo Ramos, “Toda Pessoa Pode Ser Invenção” reúne 15 faixas e
conta com as participações de Ivan Lins, Moska, Beth Tau, Eduardo
Farias e Daniel Gonzaga e Amora, também filhos de Gonzaguinha.
“Quis fazer diferente, usei duas inéditas e músicas nem tão conhecidas, pois meu pai era um artista amplo, de muitos discursos que
as pessoas merecem conhecer também. Ele não pode ser restrito”,
conta Fernanda, que incluiu no CD as inéditas “Relativo” (é dela que
vem o título do CD) e “Aprender a Sorrir”, além de lados B como “Pessoa” e “Plano de Voo”.
Zélia Duncan
Antes do mundo acabar / 2015
O disco de sambas que Zélia prometia a si mesma, agora pede passagem. Reúne sambas inéditos, compostos por Zélia e parceiros, e outros que surgiram nas pesquisas de repertório. Das 14 faixas, 9 são inéditas. Além de Xande de Pilares, que co-assina três e dá
uma canja no samba “No meu país”, parceiros como Pedro Luís, Ana Costa, Zeca Baleiro e Arlindo Cruz dividem a autoria das canções.
Da pesquisa inicial, Zélia Duncan registrou sambas de Riachão (“Por
que você não me convida agora”), Paulinho da Viola (“Pintou um Bode”), Dona Ivone Lara e Delcio Carvalho (“Em cada canto uma esperança”) e Moacyr Luz (“Vida da minha vida”).
Natasha Llerena Canto sem pressa / 2016
A terra é um elemento forte na capa do CD Canto Sem Pressa. A
sonoridade diferenciada, usando de muita percussão e vozes, é o forte e prende o ouvinte de “Canto sem pressa”, disco independente de estreia da cantora e compositora carioca Natasha Llerena. Musicalmente, Natasha mistura ritmos do Nordeste com pop,
morna cabo-verdiana e demais ecos da world music. Entre as canções estão “Sons do Maranhão”, fechada por um naipe de flautas (arranjo e execução de Edu Neves); “Giros”, e “Dança do tempo”,
esta com uma introdução que remete à levada de Cássia Eller para “Nós” (Tião Carvalho).
39
y a
c
a
m
i
M
Jardinagem como terapia p
o
r
p
a
m
e
l
a
c
a
i
t
a
n
o
40
O método combina cultura de plantas e jardinagem e é considerada eficaz como coadjuvante das terapias convencionais.
“Meu querido Theo... se eu ficar aqui, o médico
quadros que estou trabalhando agora, você verá
ficará, espero, mais tranquilo em permitir que eu
passo a maior parte do tempo no jardim, não é
naturalmente poderá avaliar o que há de errado e pinte... Me sinto forçado a pedir mais tinta, e principalmente telas. Quando eu lhe mandar os quatro
que, desde que cheguei aqui, considerando que tão triste...”
V
E
R
Ã
O
/
1 7
s
a
ú
d
e
41
O fragmento pertence à primeira carta escri-
cialistas ainda utilizam a Garden Therapy ou
Theo, em maio de 1889, quando se internou
objetivo é maximizar as funções sociais, cog-
ta pelo pintor Vincent Van Gogh a seu irmão voluntariamente numa Casa de Saúde da ci-
dade de Saint Remy, em Provença (França). Depois de descrever o quarto, comida e atividades dirigidas aos pacientes, informava
seu irmão que se sentia bem. Sofrendo de Transtorno Bipolar, Van Gogh buscava solu-
ção para seus altos e baixos. No período em
hortoterapia como instrumento de cura: o nitivas, físicas e psicológicas, melhorando a
qualidade de vida. E, é claro, a técnica não é apenas recomendada para casos extremos,
e sim para qualquer um que queira experimentar a atividade que funciona como terapia, meditação e hobby.
que residiu na casa, o ambiente que o cer-
O método combina cultura de plantas e jar-
a maioria retratando flores selvagens, olivei-
juvante das terapias convencionais. A prática
cava permitiu que ele produzisse 150 obras,
ras, ciprestes, incluindo o conhecido quadro
Irises. Passados mais de 120 anos, os espe-
dinagem e é considerado eficaz como coadda jardinagem contribui para o bem-estar de qualquer pessoa, sem idade mínima ou
y a
máxima, ou qualquer contra indi-
cação. O trato com a terra, o toque das plantas, os aromas e cores das
contato com a natureza.
flores, regar o jardim, podar galhos,
Para além do escopo medicinal, a
move uma sensação de tranquilidade
aplicada no dia a dia cada vez mais
colher o que plantou. Tudo isso pro-
e paz, pois além de colocar a mente num estado meditativo, passa a sen-
sação de dever cumprido - em curto,
médio ou longo prazo é possível ver as ações do seu trabalho tomando
forma. Quem cuida de um jardim, terá beleza ao alcance dos olhos, e
quem criou uma horta terá acesso à alimentação saudável, por exemplo.
Afora os benefícios psicológicos, há
também ganhos para a saúde física. O trabalho executado ao livre é uma saída para o sedentarismo: plan-
tar ao sol, respirar ar puro, carregar água, mexer na terra, colher o verde 42
movimentar o corpo e colocá-lo em
– para fazer tudo isso é necessário
jardinagem como terapia pode ser estressante de quem mora em cen-
tros urbanos. Um exemplo bastante famoso entre os amantes da jardinagem é o pomar que o cronista Rubem Braga (1913-1990) mantinha
em sua cobertura em Ipanema, com jabuticabeira, goiabeira e mangueira, entre outras espécies.
As relações com os elementos básicos da vida (ar, água, terra), a in-
teração e integração entre eles, faz
com que se perceba, de forma clara, como as ações mais simples podem ser construtivas ou destrutivas. Uma
forma de se perceber ser integrante da natureza, como parte de um todo.
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
s
a
ú
d
e
43
O fato é que os benefícios da atividade são inúmeros: cientistas americanos confirmam que o
contato com a natureza aumenta os níveis de concentração e memória. De acordo com infor-
mação do jornal britânico Telegraph, uma hora de caminhada pelo campo, por exemplo, é o suficiente para melhorar o desempenho do cérebro em 20%.
Pesquisadores da Universidade de Michigan
concluíram que o contato é revigorante porque permite que as pessoas se “desliguem”. Um dos cientistas envolvidos no estudo, Marc Berman sugere que o contato com a natureza, seja passan-
do alguns dias no campo, ou mesmo passeando num parque, pode ajudar a curar a fadiga mental. A pesquisa, publicada na revista Psychological Science, também aponta melhoras na memória e
atenção de pessoas depois de elas simplesmente olharem fotografias de natureza.
Terapia ocupacional para crianças Pode parecer estranho falar em terapia ocupacional para crianças. Mas a verdade é que a hortoterapia é indicada por inúmeras razões, principal-
mente para crianças com hiperatividade e insônia, mas também como uma forma de desenvolver a
criatividade, sensibilidade e os sentidos. E, nada melhor do que ocupá-las e utilizar sua energia
construindo algo belo, sensível e saudável como um jardim ou horta.
Em contato direto com a terra, os animais, as cores e os sons, as crianças apuram os cinco sentidos e descobrem novas percepções, reconhe-
cendo a natureza. Isso porque se apropriam da sensação de estar em contato com a natureza e
a levam como experiência, o que ajuda, inclusive,
a desenvolver a sensibilidade. Para elas, os be-
nefícios vão além da saúde mental, uma vez que
y a
c
a
m
i
M
44
mexer na terra, por exemplo, fortalece o sistema imunológico, auxilia na perda de peso e estimula a independência.
Quem tem um espaço como uma horta ou um
jardim em casa, pode separar uma parte e ensinar a cuidar do espaço. Desde a aplicação do
adubo até a hora de plantar uma mudinha. A tendência é que após entender sobre os resul-
tados do cuidado com os elementos, a criança fique cada dia mais tempo junto ao jardim. O fato de observar as plantas crescendo, ajudará
em seu equilíbrio emocional, fazendo com que
fique mais atenta às outras coisas que a cerca e se sinta mais responsável. Além disso, acre-
V
E
R
Ã
O
/
1 7
s
a
ú
d
e
dita-se que o contato desde cedo com a natureza ensina a se sentir mais consciente pelo meio ambiente. Se não se possibilitarem às crianças essa experiência corporal, real com a natureza, quem serão os
futuros ambientalistas? Desde pequenos
devem aprender a se situar como seres que pertencem à terra e imensamente responsáveis por ela.
Mulheres e a natureza Um grupo de cientistas lançou a hipótese
de que os ambientes naturais ajudam a reduzir o estresse e aumentar a atividade física e social – o que leva a uma me-
lhor saúde. Para chegar a essa hipótese, pesquisadores acompanharam 108.630 mulheres, entre os anos de 2000 e 2008.
8.604 delas morreram durante o estudo.
Fatores como idade, raça, tabagismo e nível socioeconômico foram levando em consideração, e a descoberta é de que
mulheres que vivem com mais verde em um raio de 250 metros perto de suas casas tiveram uma taxa 12% menor entre todas as causas de mortes não acidentais
(estas associações foram mais fortes para a mortalidade por complicações respiratória e câncer).
As pesquisas publicadas pela Environ-
mental Health Perspectives concluíram
que níveis mais elevados de convivência
com a natureza diminuíram a mortalidade nestas mulheres. É uma informação po-
derosa para refletir sobre o meio de vida
contemporâneo em áreas urbanas. Por que menos vegetação significa menos
atividade social? A redução da atividade física e social pode perfeitamente levar à depressão, que não é boa para saúde
de ninguém. Se você quer viver uma vida
longa e saudável, considere cercar-se de natureza.
45
y a
c
a
m
i
M
Crédito das imagens: divulgação
Museu do Amanhã
46
Novo ícone do Rio de Janeiro, o espaço é um dos marcos da revitalização portuária e explora possibilidades de construção do futuro p
o
r
P
a
m
e
De onde viemos? Quem somos? Onde estamos?
l
a
C
a
i
t
a
n
o
calendário. Esse por vir é uma construção que co-
Para onde vamos? Como queremos ir? Como em
meça hoje, agora. As escolhas feitas no presente
acompanham a humanidade desde seus primeiros
Examinando o passado, apresenta tendências do
toda atitude científica, são as perguntas, essas que
passos, que norteiam o Museu do Amanhã. O mu-
seu de ciência se insere na Praça Mauá como um espaço que se dedica a explorar, projetar e pensar as possibilidades de construção do futuro. Este amanhã não é algo abstrato, como uma data no
constroem os caminhos para os possíveis amanhãs.
presente, a fim de explorar possíveis horizontes para os próximos 50 anos, levando em conta os
conceitos de sustentabilidade e convivência. Utilizando-se da ciência com caráter transformador, o
conhecimento difundido pode construir um ama-
V
E
R
Ã
O
/
1 7
ARQUITETURA
“Em um mundo cada vez mais urbano, um dos grandes desafios da humanidade passa pela maneira como ocupamos as cidades. O Museu do Amanhã simboliza a revitalização de uma região da importância do Porto do Rio e, já desde sua construção, leva à reflexão sobre o que esperamos da cidade: um lugar mais integrado e com espaço público mais generoso” Eduardo Paes / PRefeito do Rio de Janeir0
47
y a
c
a
m
i
M
48
nhã de forma mais inteligente e consciente, tomando
revitalização de uma região da importância do Por-
organização, “o público é convidado a se engajar em
sobre o que esperamos da cidade: um lugar mais
o hoje como um lugar para ação. De acordo com a
uma reflexão sobre a era do Antropoceno, quando
o homem se tornou uma força planetária capaz de alterar o clima, degradar biomas e interferir em ecos-
to do Rio e, já desde sua construção, leva à reflexão
integrado e com espaço público mais generoso”, diz o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
sistemas.”
A arquitetura sustentável é uma das principais carac-
O espaço é um dos protagonistas do reencontro do
teto Santiago Calatrava, possui desenho de formas
Rio de Janeiro com a Baía de Guanabara, fazendo parte de um projeto de “reapropriação” da região portuária como espaço de convivência. “Em um
mundo cada vez mais urbano, um dos grandes desafios da humanidade passa pela maneira como ocupamos as cidades. O Museu do Amanhã simboliza a
terísticas do museu. O projeto, assinado pelo arquiorgânicas, inspiradas nas bromélias do Jardim Botânico. A construção ocupa 15 mil metros quadrados,
cercada por espelhos d’água, área de lazer, ciclovia e
jardim, numa área total de 34,6 mil metros quadrados do Píer Mauá. A cobertura móvel do edifício possui
placas de captação de energia solar - ao longo do
V
E
R
Ã
O
/
1 7
ARQUITETURA
dia, elas se movimentam como asas
para acompanhar o posicionamento do sol. Além disso, segue as especificações para obter a certifica-
ção LEED (Liderança em Energia e
Projeto Ambiental), concedida pelo Green Building Council (USGBC). O
projeto também valoriza a entrada
de luz natural, e o paisagismo traz espécies nativas e de restinga, ressaltando a vegetação típica da re-
gião costeira da cidade – são mais de 5.500 metros quadrados de área
de jardins. A água da Baía de Gua-
nabara é captada pelo museu com duas finalidades: abastecer os es-
pelhos d’água e para o sistema de refrigeração, onde é utilizada na troca de calor. Depois de usada na
climatização, ela é devolvida mais limpa ao mar, num gesto simbólico.
49
y a
c
a
m
i
M
50
Unindo ciência, arte e tecnologia, o museu possui
equipe de mais de 30 consultores brasileiros e inter-
gos, criados a partir de estudos científicos desenvol-
conhecimento. São Físicos, astrônomos, biólogos,
ambientes imersivos, instalações audiovisuais e jovidos por especialistas e instituições do mundo todo.
Isso, trabalhando o conceito de museu experimental, onde o conteúdo é apresentado de forma interativa, sensorial e conduzido por uma narrativa. “É um
nacionais, nomes reconhecidos em diversas áreas do arquitetos, urbanistas, oceanógrafos, antropólogos, pesquisadores, historiadores, professores, filósofos, neurocientistas, entre outros.
espaço de conhecimento que oferece uma reflexão
As experiências, por sua vez, foram desenvolvidas
futuros possíveis que podemos construir a partir das
foram reunidos, assim como os cientistas. “O acervo
ética sobre o amanhã que queremos, uma visão dos
nossas escolhas, em uma perspectiva de convivência
com o planeta e entre nós mesmos”, define o diretor geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto.
O acervo imaterial A partir de dados e análises científicas de instituições
do mundo todo, o conteúdo é continuamente atualizado, e foi elaborado com a participação de uma
por um extenso grupo de artistas e criadores que do Museu do Amanhã é imaterial, são possibilidades.
Ao contrário de outras instituições, que precisam preservar seu acervo, o do museu deve ser o tempo
todo renovado”, explica o curador do museu, o físico e doutor em Cosmologia Luiz Alberto Oliveira.
Além disso, o Museu do Amanhã também conta com a parceria de algumas das principais instituições
da ciência no Brasil e no exterior, como o Instituto
V
E
R
Ã
O
/
1 7
ARQUITETURA
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cul-
tura (Unesco) e o Massachusetts Institute of Techonology (MIT), entre outras.
A exposição principal, com concepção museográfica do designer Ralph Appelbaum e direção de criação de An-
dres Clerici, se divide em cinco áreas, a partir das cinco perguntas que guiam o museu: Cosmos, Terra, Antro-
poceno, Amanhãs e Nós. Ao todo, o museu explora seis grandes tendências para as próximas cinco décadas: mudanças climáticas; alteração da biodiversidade; cresci-
mento da população e da longevidade; maior integração e diferenciação de culturas; avanço da tecnologia e expansão do conhecimento. “O museu oferece as perguntas, não as respostas. São elas que norteiam a série de
experiências, de maneira a construir uma narrativa de exploração e interrogação”, define o curador.
A área “Nós” fecha a visitação de forma simbólica, com
uma experiência de luz e som em uma escultura em madeira que remete a uma oca. Seu elemento central, um churin-
ga (espécie de amuleto) da cultura aborígene australiana,
é a única peça física que compõe a narrativa principal e representa a transmissão de conhecimento através das gerações. Depois desse momento de reflexão, um belvedere
se abre sobre a Baía e o público volta ao “hoje” renovado.
“O museu oferece as perguntas, não as respostas. São elas que norteiam a série de experiências, de maneira a construir uma narrativa de exploração e interrogação” Ralph Appelbaum / curador
51
y a
52
Romancistas, feministas e premiadas p
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
o
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
l
i
t
e
r
a
t
u
r
a
“Não se pode escrever nada com indiferença.” Simone de Beauvoir
Não é sem mérito que Virginia Woolf é conhecida
o jantar era farto, repleto de abundância. Por ou-
dernismo. Poucos sabem, mas a escritora inglesa,
sopinha sem graça. A partir dessa diferença entre
como uma das mais proeminentes figuras do mofamosa principalmente por clássicos como Ao Farol, Mrs Dolloway e As Ondas, é também autora de
um ensaio que marcou a luta feminista a partir dos anos 1920. Anteriormente esgotado, Um Teto Todo
Seu ganhou uma edição mais recente no Brasil. O
livro reproduz a conferência ministrada por Virgí-
nia em duas faculdades dentro da Universidade de Cambridge, na Inglaterra em 1928. Newham e Girton eram frequentadas por mulheres, e as conferências tratavam de figuras femininas e ficção.
tro lado, aquele servido na ala feminina era uma a alimentação destinada às moças e aos rapazes,
Virgínia mostrava que as mulheres ainda têm fome de conhecimento, fome de lugar no mundo e, principalmente - ideia que originou o título - de um teto
todo seu. A autora vai defender ao longo da expla-
nação o quanto é importante que a mulher tenha o dinheiro e um espaço só dela para poder escrever, pois o mundo exige muito mais da mulher, o que
impossibilita um momento particular, em que a criatividade precisa para fluir.
“Era uma conferência organizada numa universida-
Ao falar da sua teoria, Virginia também conta a
onde as mulheres sequer podiam entrar em biblio-
século XIX, como Jane Austen, as irmãs Emily e
de que aceitava mulheres, num país e numa época tecas que possuíam manuscritos de Shakespeare”, explica Carla Cristina Garcia, professora da PUC, que atua na área de Sociologia de Gênero, Estudos Feministas e Lazer Urbano.
A conferência discutia a diferença encontrada no
próprio prédio da universidade. Na ala masculina,
história da Literatura, citando autoras inglesas do Charlotte Brontë (que tiveram de usar pseudôni-
mos masculinos para publicar seus livros), além de George Eliot (pseudônimo de Mary Ann Evans). Há diversas outras romancistas que trouxeram grande
contribuição ao feminismo, de maneira mais direta ou indireta. Listamos algumas delas e suas obras:
53
y a
c
a
m
i
M
ANGELA CARTER A escritora e jornalista inglesa escreveu tam-
bém ensaios, poemas, críticas, contos infantis e colaborou com o cineasta Neil Jordan na
criação do roteiro de A Companhia dos Lobos, baseado em O Quarto do Barba-Azul, de sua
autoria. No livro 103 Contos de Fadas, recon-
ta os contos sob o ponto de vista feminista,
colocando o protagonismo das mulheres nas histórias já tão conhecidas por trazerem mocinhas indefesas, o que muda totalmente o sentido das tramas. Em 1967, recebeu o prêmio
John Llewellyn Rhys, por The magic toyshop; em 1968, Several Perceptions lhe rendeu o Somerset Maugham; em 1979, O quarto do Bar-
ba-Azul ganhou o prêmio Cheltenham Festival
of Literature e Noites no Circo foi premiado com o James Tait Black Memorial em 1985.
54
SIMONE DE BEAUVOIR Desde O Segundo Sexo que é ícone feminista, aos seus romances como A Convida-
da, que aborda questões existencialistas, o amor de diversos ângulos, o ciúme, a decep-
ção, raiva, frustração - as leituras de Simone são praticamente obrigatórias. Ao longo de
suas obras, trata não só das suas preocupa-
ções filosóficas, mas ponderando o papel
da mulher. De Beauvoir escreveu romances, ensaios, biografias, autobiografia e mono-
grafias sobre filosofia, política e questões
sociais. As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu
tempo. Em seu primeiro romance, A Convi-
dada, explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade in-
dividual, temas que abordou igualmente em romances posteriores como O sangue dos
outros (1944) e Os mandarins (1954), obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.
VERÃO
/
1 7
l
i
t
e
r
a
t
u
r
a
CLARICE LISPECTOR Ainda que Clarice não trate diretamente
de questões feministas, não há como ne-
gar a vertente no livro A Paixão Segundo G.H. Perto do Coração Selvagem, A Hora da Estrela, são sem dúvidas ótimos romances. Ela provoca e propõe questões
humanas com protagonistas femininas. A também jornalista, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira, foi autora de romances, contos e ensaios sendo conside-
rada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX, bem como uma das figuras mais influentes do modernismo.
MARGARET ATWOOD Também conhecida como “Peggy”, a escritora canadense cria personagens femininas totalmente
fora do padrão que se espera num cânone que tem uma fórmula definida. No livro A Noiva Ladra, cria
personagens maus e trata de assuntos como estra-
tégia militar. Em A Odisseia da Penélope, reconta o famoso mito subvertendo a narrativa original: não se trata da história do marido que viaja e, sim, da mulher que vai tecer e desmanchar, como uma
renúncia à passividade. Nele, há uma releitura da Penélope, personagem emblemática da fidelidade
e da obediência feminina, que passa a ocupar o centro da história.
Romancista, poetisa, ensaísta e contista, Margaret
foi ganhadora do Prêmio Arthur C. Clarke e do Prêmio Príncipe das Astúrias na categoria “letras”. Foi
indicada várias vezes para o Booker Prize, tendo
ganhado no ano 2000, com o romance O Assassino Cego, e vencendo o Governor General’s Award duas vezes.
55
y a
c
a
m
i
M
A literatura de viagem O mundo da literatura de viagem é, predominantemente, masculino. Nomes como
Jack Kerouac, Mark Twain, Anthony Bourdain, Kapuscinki, Paul Theroux, Jonathan Swift, - só para citar alguns - são muitas vezes os primeiros a serem lembrados. Mas o gênero literário, que consiste geralmente em uma narrativa acerca das experiências,
descobertas e reflexões de um viajante, conta também com a contribuição de autoras femininas com currículos impressionantes:
DERVLA MURPHY Ao longo de seus 80 anos de vida, Dervla viu mais
coisas que se pode imaginar. Começou a viajar na
década de 1960, sozinha, com uma bicicleta, mui56
ta sorte, e a hospitalidade das pessoas nos lugares que visitou. Em 55 anos de carreira, percorreu todos
os continentes, e escreveu mais de 20 títulos, todos com forte teor político. O único período em que se
afastou da escrita foi durante um intervalo de 5 anos, quando teve sua única filha, Rachel. E nunca mais
parou. Mãe solteira, Dervla levou Rachel consigo em suas aventuras - sendo a viagem mais recente da dupla para Cuba, em 2005.
Murphy esteve entre membros do Hamas na Pales-
tina, e foi atacada por lobo nos Balcãs, mas cita seu acidente mais perigoso como sendo a vez em que tropeçou num gato em casa e acabou quebrando o braço.
A aventureira Dervla Murphy realizou uma viagem
fantástica pela África. Foram mais de 3 mil milhas pe-
dalando desde o Quênia até o Zimbábue, aventura relatada em The Ukimwi Road: From Kenya to Zim-
babwe. Sua obra mais famosa é Full Tilt, sobre sua
jornada da Irlanda até a Índia, atravessando países e regiões, como Afeganistão e Europa.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
l
i
t
e
r
a
t
u
r
a
FREYA STARK A autora foi nada mais nada menos que a primeira
mulher a percorrer diversas partes do mundo árabe sozinha, como também a primeira pessoa ocidental a se aventurar em partes até então não exploradas do Irã, Síria e Iêmen, na década de 1930. A francesa por
nascimento, inglesa por parte paterna, e italiana por parte de mãe, foi movida por uma obsessão herdada da infância: um exemplar de As Mil e uma Noites, ganhado de seu pai. Com conhecimentos de cartografia
e medicina, Freya era também fluente em cinco línguas, incluindo árabe e persa. Ao longo de seus 101
anos de vida, escreveu mais de 20 obras sobre suas
viagens e andanças, e conquistou a medalha Mungo Park e a Founder’s Gold Medal.
O Vale dos Assassinos (em português lusitano) foi publicado em 1934 e é considerado um dos mais interessantes livros de Freya.
GEORGIA HESSE Foi uma das primeiras repórteres profissionais dos EUA, editora-fundadora do caderno de
viagem do São Francisco Examiner e funcioná-
ria direta do famoso William Randolph Hearst,
magnata da mídia norte americana que inspirou o clássico e marcante filme Cidadão Kane, de Orson Welles. Aos seus mais de 80 anos, Georgia
vive em São Francisco, na Bay Area. Mestra da Book Passage, Travel Writing Conference, ensina novos escritores - sobretudo escritoras - de
viagem. Anualmente, ela abre a conferência contando histórias sobre sua carreira e viagens, que
incluem atravessar o Polo Norte, viajar a bordo do Expresso do Oriente, e experimentar o voo
direto dos EUA ao Rio de Janeiro. Até o momento, Hesse escreveu para mais de 20 revistas e 40 jornais ao redor do mundo, e publicou mais de 15 guias de viagens.
57
y a
c
a
m
i
M
Recanto do Guarapuvu p
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
o
58
Existe um refúgio com ares, paisagens e sabores de campo em meio ao badalado litoral catarinense O Recanto do Guarapuvu, localizado na área rural
neiro se restringia aos amigos e familiares, que se
da região, oferecendo aos turistas e moradores
mata atlântica nativa. Há mais de 15 anos, surgiu
de Itapema, contrasta com a agitação das praias durante o ano todo uma alternativa para vivenciar a tranquilidade e beleza da natureza.
Durante muito tempo, a chácara da família Massa-
reuniam para desfrutar a propriedade cercada por a ideia de receber o público atraído pelo turismo campestre. Onde antes se reuniam 16 pessoas,
agora existe capacidade para receber até 250 visi-
tantes em um só dia. Hoje, mais que uma simples
V
E
R
Ã
O
/
1 7
v
i
a
g
e
opção de lazer, o ambiente permite se desligar
da natureza, e apreciando a culinária com o tem-
tureza, com uma série de atrativos capazes de
sábados é servida em panelas de barro a tradi-
da tecnologia, se conectar profundamente à naencher os olhos e descansar a mente.
O espaço recebe os visitantes aos sábados e domingos. A ideia é proporcionar um fim de semana gostoso entre famílias e amigos, desfrutando
m
pero e carinho do preparo no forno a lenha. Aos
cional feijoada, e aos domingos comida caseira. Passar o dia no Recanto inclui todas as atrações oferecidas, além de almoço e café da tarde, com cuca fresquinha servida ali mesmo.
59
Trilha ecológica e pesca esportiva A experiência contemplativa da natureza, respirar ar puro, imergir em tranquilidade e ouvir os sons da natureza. Essas são algumas das
surpresas reservadas ao longo das trilhas eco-
lógicas, que percorrem locais planos, subidas
e descidas nos caminhos trilhados, e cercados pelo verde da mata atlântica.
Durante a jornada, os cantos dos pássaros estão sempre presentes, além dos sons das
águas que correm no riacho, descendo as mon-
tanhas.
y a
c
a
m
i
M
A pesca esportiva também é uma opção
oferecida, e pode ser feita apenas utilizan-
do varinhas confeccionadas com bamboo. Acompanhadas dos pais, as crianças a partir
de cinco anos de idade podem aprender, e se divertir com a percepção da natureza.
Chorinho e música ao vivo A música brasileira é uma tradição presente desde a criação do Recanto. A proposta com-
pleta a culinária caseira, sendo o chorinho um integrante do cardápio das feijoadas servidas aos sábados.
“A ideia de trazer grupos que mantém essa tradição já vem de algum tempo, mas somente se concretizou agora com grupo Portal do Choro. Uma história bem ao acaso, como
quando as coisas tem que acontecer pra dar certo. Um dos integrantes veio saborear nos-
sa culinária e, assim, no outro final de semana
já estávamos com o evento acontecendo. E 60
claro, nossos clientes responderam de forma tão positiva que a casa está para tornar esse
evento mensal.” conta Luziane Stefani Massaneiro, uma das responsáveis pelo Recanto.
Tirolesa Para os mais aventureiros, existe à disposição o Circuito de Tirolesas no Recanto do Guarapuvu, sendo único na
região. Ele é composto por dois per-
cursos, um de ida, com extensão de
170 metros; e outro de volta, ao chegar na troca de plataforma, e são mais 100 metros a 40 km/h.
A atividade é certificada e homologa-
da, e podem participar dela as pessoas de todas as idades, com peso igual ou maior a 25 Kg.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
v
i
a
g
e
m
Por que Recanto do Guarapuvu? O título surgiu por conta de uma árvore com o mesmo nome existente na propriedade. O Guarapuvu é famoso pela velocidade de crescimento e altura, que pode atingir três metros por ano. Apesar do tamanho, é uma árvore leve e, na época da colonização, era muito utilizada por índios para fazer canoas.
61
y a
Observação de pássaros ou birdwatching O Recanto é também um paraíso para os apaixonados por pássaros. O Brasil é o
segundo país com a maior diversidade de aves no mundo, com mais de 1800 espécies, de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO). O potencial atrai turistas brasileiros e estrangeiros para o “birdwatching”, prática de
observação de aves que nasceu na Inglaterra do século XVIII, e que hoje é muito comum em diversos lugares do mundo, tendo milhões de adeptos.
Os pássaros que circulam pelo Recanto rendem belas lembranças e fotografias. Qualquer pessoa, sem restrições, pode praticar a atividade. É necessário somente ter dedicação e amor pelo contato com a natureza.
Com a prática, aprende-se a reconhecer e a observar as peculiaridades de cada espécie. De forma geral, as pessoas que praticam o birdwatching valorizam a na-
tureza, e o hobby substitui o ultrapassado hábito de conservar aves em cativeiro, aprendendo a admirá-las no seu local adequado, a natureza.
62
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
v
i
a
g
e
m
“A nossa casa é um retrato do resgate da vida tranquila do sítio, temos um grande fogão a lenha, deliciosa comida, espaço para todos ficarem reunidos num delicioso bate papo, um grande gramado, lagos... tudo cercado pela natureza. Todos aqueles que já souberam como é bom visitar a casa do sítio da avó têm que vir para relembrar, e para aqueles que não tiveram essa experiência, devem vir para conhecer todos os encantos desse recanto.”
Crédito das imagens: Sergio Massaneiro
Luziane Stefani Massaneiro / Recanto do Guarapuvu
São destacadas algumas instruções para o birdwatching: 1) Comece pelas aves que estão à sua volta;
2) Respeite a distância de conforto do animal; 3) Use roupas com cores discretas;
4) O binóculo deixa o passeio mais interessante; 5) Guias de aves ajudam na identificação; 6) Ande devagar e em silêncio; 7) Cuidado onde pisa;
8) Use protetor solar, repelente e roupas confortáveis. 9) Leve água.
63
y a
c
a
m
i
M
Amamentação: saúde e empoderamento 64
p
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
o
A saúde da mãe e do bebê é uma das primeiras preocupações desde que se sabe que uma nova vida está para ser gerada. O principal segredo é a alimentação, cuidando do corpo da mãe que por sua vez passará os nutrientes adiante. A importância do leite materno nos primeiros anos de vida é fato mais que conhecido, e seus benefícios são inúmeros. “Felizmente, a melhor proteção para o bebê está, justamente, nas mãos da mãe: crianças que recebem leite materno como alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida são mais resistentes”, afirma o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria. De acordo com um estudo realizado no Hospital Infantil de Boston, nos EUA, quanto mais tempo uma criança é amamentada, melhor será, ao longo da infância, o seu desempenho em testes que avaliam aspectos da cognição — como aquisição da linguagem, por exemplo. As crianças que receberam por mais tempo o aleitamento materno se saíram melhor em um teste de inteligência
verbal e não verbal aos sete anos. A pesquisa mostrou que cada mês a mais de amamentação aumentou progressivamente a pontuação nesses testes. A lista de benefícios para saúde do bebê é imensa. O leite materno fortalece a imunidade, pois contém células de defesa e fatores anti-infecciosos capazes de proteger o organismo do recém-nascido. Também é o melhor alimento para o intestino, pois é ideal para ser digerido, o que ajuda a diminuir e evitar cólicas. Bebês alimentados exclusivamente com leite materno durante os seis meses, conforme estudo publicado no European Respiratory Journal, têm menos chances de desenvolver alergias, e sintomas de asma, além de apresentarem melhor funcionamento dos pulmões. O leite materno é também importante para evitar anemia, para o desenvolvimento da arcada dentária, e ajuda no crescimento dos prematuros. Muitas mães têm dúvidas se o leite é suficiente para nutrir durante todo o período. De acordo com o artigo publicado pela bióloga Paula Louredo, “cada mãe pro-
VERÃO
/
1 7
duz o leite ideal para o seu bebê. Com a amamentação, o seu bebê terá uma digestão mais fácil, porque o leite materno é mais bem absorvido e tolerado pelo organismo do bebê”, explica. Afora isso, é nesse momento que se desenvolve um forte vínculo, benéfico para ambos. O ato tem papel importante no sistema nervoso da mãe, diminuindo o estresse. De acordo com Paula, amamentar faz com que o útero volte ao tamanho normal mais rapidamente, além de apresentar menos chances de desenvolver anemia, hemorragias, câncer de mama e ovário no pós-parto. O contato com a mãe faz com que o bebê se sinta mais seguro e tranquilo, evitando o choro e a ansiedade. É muito importante que a amamentação ocorra da forma mais natural possível e que a mãe esteja relaxada e em uma posição confortável. “A posição ideal é aquela onde ambos ficam confortáveis, com o bebê alinhado ao corpo da mãe”, diz a Dra. Maria José Mattar. A pega do bebê no seio da mãe deve ocorrer da forma correta, para que ele consiga sugar a quantidade necessária de leite e para que não haja dor para a mãe.
a
t
u
a
l
i
d
a
d
e
Depois de seis meses de vida, outros alimentos já podem ser oferecidos à criança, mas a mãe pode e deve amamentar o seu filho pelo menos até ele completar um ano de idade. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), “se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a mamar até os dois anos de idade, quase um milhão e 300 mil crianças poderiam ser salvas, todos os anos, e outros milhares de meninos e meninas cresceriam muito mais saudáveis em todo o mundo”.
Amamentação no Brasil A OMS recomenda que o leite materno seja o alimento exclusivo do bebê até os seis meses de idade e que até os dois ou mais sirva de complemento junto com outros alimentos. O Mistério da Saúde apoia a recomendação, e os benefícios listados são comprovados. Ainda assim, no Brasil, o cenário não é muito animador. Recorrentes casos revelam o descaso com a amamentação. Relatos mostram como mães são repreendidas ou constrangidas quando decidem alimentar seus filhos
65
y a
em locais públicos. São aconselhadas a amamentar em ambientes inadequados, sujos e desconfortáveis - como banheiros, por exemplo. Por isso, é tão importante encorajá-las, e educar a sociedade para que se entenda que esse é um gesto sadio, de carinho, natural. Na cidade de São Paulo é lei: qualquer estabelecimento do município que proibir mães de amamentarem em público deverá pagar multa de R$ 500. Vigente desde 14 de abril de 2015, a lei detalha que não é necessário existir uma “área segregada” para que os bebês sejam alimentados. Mesmo que exista essa área, a mãe pode se sentir livre para dar de mamar em qualquer local dentro do estabelecimento. Todo lugar, fechado ou aberto, destinado à atividade de comércio, cultural, recreativa ou prestação de serviço público ou privado, inclui-se na regra. As denúncias devem ser feitas, de forma escrita ou oral, à subprefeitura da região, e não podem ser anônimas. Confirmadas as denúncias, o infrator deverá pagar ou apresentar defesa dentro de 15 dias. Cabe um único recurso, também em 15 dias. Em caso de reincidência, o valor da multa dobra.
História e empoderamento 66
A história da amamentação no Brasil remonta às origens do país, ao período colonial e atravessa as épocas acompanhando diversas transformações – da sociedade, do papel da mulher e sua relação com a maternidade. Começando pelo embate cultural entre os índios tupinambás -– que amamentavam seus bebês – e os co-
Sobre a beleza de amamentar As imagens que ilustram a matéria foram clicadas pela fotógrafa Ivette Ivens, de 25 anos, e mãe de três crianças. Contra o pensamento machista que sexualiza o ato de uma mãe alimentar o próprio filho, surgiram, nas redes sociais, movimentos como o #Brelfie - a selfie da amamentação, e também nas ruas, como os mamaços. Fazendo coro aos atos de empoderamento, as fotografias de Ivette pretendem mostrar aquilo que deveria ser óbvio para todos: que a amamentação pública é uma coisa totalmente normal. As obras foram exibidas em Chicago, na exposição “I breastfeed my toddler” (em tradução livre “Eu amamento meu bebê”).
c
a
m
i
M
Crédito das imagens: ivetteivens.com
V
E
R
Ã
O
i/ n 1v 7e
r
n
o
/
1 6
lonizadores portugueses, que trouxeram na bagagem o hábito de mães ricas não amamentarem sua prole. Não demorou para que se criasse a cultura de que não era apropriado às mulheres pertencentes à classe social dominante utilizar seus seios para alimentar os filhos. Em terras lusitanas, coube às saloias (camponesas da periferia) amamentar as crianças das famílias abastadas. No Brasil, com a recusa das índias em desempenhar a atividade, as escravas africanas foram comercializadas e utilizadas como as conhecidas amas-de-leite. Entre o fim do século XIX e começo do século XX, o aleitamento industrial foi substituindo cada vez mais o materno. A urbanização, industrialização e necessidade da entrada mulher no mercado de trabalho, contribuíram para a redução da importância social da maternidade. Isso tudo, somado à descoberta das fórmulas de leite em pó, foram os principais fatores que contribuíram para a diminuição da amamentação. A partir da década de 80, teve início na sociedade brasileira um movimento de valorização da prática do aleitamento materno graças ao desenvolvimento do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM). Desde então, várias políticas públicas de incentivo têm sido desenvolvidas com o apoio da OMS e da UNICEF. Hoje existem dez passos para o sucesso na amamentação, considerados um divisor de águas na promoção do aleitamento materno e um pré-requisito básico em todo o mundo para que uma instituição de saúde receba o título de Amigo da Criança, implantado no Brasil em 1992.
a
t
u
a
l
i
d
a
d
e
Hoje, e cada vez mais presente, existe entre as mães um movimento de volta às raízes, ao sagrado feminino, onde o vínculo de maternidade se dá de forma mais natural, mais consciente, com empoderamento através da informação e da sensibilidade. Isso inclui desde parto humanizado, com doulas e feito em casa, até a alimentação, amamentação, valores e educação. Relembrar e fortalecer a ideia de cada mulher é dona de seu corpo e tem o direito de exercer a maternidade – e outras funções - a partir dos saberes, experiências, palavras, sentimentos, em suma, daquilo que lhe faz sentido, levando em conta que decisões relativas ao processo de tornar-se mãe cabem a elas, é mexer na relação de poder, é se libertar. O importante é reforçar que a amamentação, seja ela em público ou não, apenas materna, com inclusão de outros tipos de fontes alimentares é uma questão de escolha da mãe, e somente dela. Nem sempre é uma tarefa fácil ou prazerosa – inclusive, muitas vezes dolorosa – assim como toda a maternidade o é. Ser mulher e mãe não é fácil. As dificuldades são transponíveis apenas se houver disposição, paciência e uma forte rede de apoio. O empoderamento é necessário para que possam acreditar em si mesmas, seu corpo, na natureza e na sua sabedoria. E ter conhecimento e suporte permite que a mulher se sinta tranquila, confiante, não cobrada, acolhida e, sobretudo sinta que é capaz, e que está apta a cuidar de outra vida e de si mesma.
Para entender melhor as relações entre a maternidade, feminismo e empoderamento, recomendamos as seguintes leituras: Guest Posts sobre Amamentação, escrito pela psicóloga Jaqueline Pascon no blog Escreva Lola Escreva (e que nos serviu como fonte para dados históricos); e o texto “Parto com prazer”, escrito pela premiada jornalista Eliane Brum.
67
c
a
m
i
M
Fios da estação p
o
r
P
o
r
A
n
a
P
a
u
l
a
P
a
d
i
l
h
a
Os fios e tramas naturais ganham mais leveza em modelagens elegantes, com a cara do verão O estilo setentista boho continua em alta e volta ainda mais forte neste verão: ba-
68
tas, mangas evasês, muitos tops cropped
em crochê, macaquinhos, quimonos longos, detalhes em renda, franjas e borda-
dos com linhas coloridas. Tudo bem a cara do verão, com tramas que realçam a beleza natural, e casam perfeitamente com o clima tropical.
As peças com fibras e tramas naturais, como o linho, o algodão, o tricô, crochê, amarrações, o macramê e os bordados
manuais serão as queridinhas da estação. Os looks também ganham um charme rús-
tico com rendas, ráfia, palha, cordas e até tapeçaria. Os rendeiros e artesãos que
criam tramas, peças em crochê - técnicas criadas, e passadas de geração em geração. Um trabalho que vai além da confec-
ção de uma simples peça de roupa - é arte. Para este verão, podemos apostar nas peças mais desejadas: vestidos com bordados, muitos tecidos naturais, toque artesanal, mistura de texturas e estampas vão
Crédito das imagens: divulgação e Yacamim
y a
V
E
R
Ã
O
/
1 7
m
o
d
a
estar em alta. As blusas, saias e vestidos são naturalmente mais leves e com tramas mais soltas, dos mais descontraídos aos étnicos. É
praticamente a dupla infalível da temporada,
para o calor brasileiro ou para as temperaturas verdadeiramente quentes das praias.
cores Nas passarelas, muito branco, cru, cores em
tons pastéis e tecidos leves, com modelagens amplas e estampas florais presentes em muitas das peças – sobretudo em tecidos naturais. O brilho tenha dado as caras através de paetês, as grifes apostaram em um visual mais
simples, na sensualidade natural, com roupas com cortes fluidos e leves.
69
Inspirações de peças Nem só de blusas e vestidos vive o tricô. Bolsas de
mão e mochilas estão nos trends da moda e ficam
um charme se feitas com fio. Como uma das tendên-
cias da moda 2017 é o mood naturalista, a renda, certamente, continua em alta, podendo aparecer
em vestidos, blusas, e detalhes. O recorte ombro a ombro, oversized, miçangas, floral, sandália em tiras,
listras multicoloridas, acessórios com cordas e amarrações também. Solte a imaginação e se renda às tramas combinadas com elementos lúdicos.
y a
c
a
m
i
M
Inovação nos detalhes O verão tem tudo a ver com ousadia e o tricô é um trabalho manu-
al que permite inovar. Cada peça pode se tornar única, conforme a
técnica utilizada. Os anos 1960 e 1970 estão de volta, com vestidos
em formato A e os recortes voltam, estrategicamente, vazados na al-
tura da cintura e dos ombros. As franjas continuam como marca registrada do look boho. 70
Slow moviment Todo artesanato possui valor cultural, e muitos guardam a memória de saberes tradicionais que atraves-
sam gerações e se renovam na arte de fazer. As tramas feitas à mão - assim como todo processo artesanal -
são valorizadas no movimento slow fashion. Elas contam uma história, fazem parte de um processo de criação mais autoral, pessoal, sem dúvida, bonito.
O conceito de slow fashion é literalmente dar uma desacelerada no consumo. É uma maneira mais inteligente e consciente de comprar, onde a prioridade é
comprar roupas produzidas de em menor escala, artesanalmente, com tecido de qualidade, naturais, que
afetem menos o meio ambiente e pague seus funcio-
nários com um salário digno. O conceito é abrangente: também vale reciclar o que há em casa, garimpar em
brechó, indo na contramão da moda padronizada, e global, onde o mundo inteiro veste a mesma coisa.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
m
o
d
a
Alerta de trend Tramas, tressês, peças que parecem arrematadas por cordas e que remetem às redes de
pescador: tudo isso com ar de roupa criada cuidadosamente num tear. Está é uma das mensa-
gens transmitidas nas tendências para o verão 2017: exaltar o charme do handmade.
Na Animale, Vitorino Campos começou o mo-
vimento mostrando uma série de camisas e vestidos com vazados que lembravam redes,
enfatizando o lado náutico da coleção. Efeito parecido apareceu no desfile de Paula Raia, que
fez os fashionistas desejarem seus longos lânguidos feitos de fibras naturais, perfeitos para uma sereia urbana. Já em outras criações, o ar
havaiano da coleção foi traduzido nas bolsas e sapatos com detalhes que lembravam ráfias
71
entrelaçadas. Tory Burch buscou na infância a ins-
piração pra coleção de pré-primavera-verão 2017,
e trouxe da Jamaica as referências pras estampas com motivos florais e uma cartela de cor recheada
de tropicalidade. Moschino traz um clima hippie com direito a crochê, tie-dye, bordados, e animal print. A primavera-verão 2017 da Roberto Cavalli
tem como musa uma deusa hippie romântica: a coleção é colorida e estampada, com direito a vesti-
dos leves, transparentes e com decotes ombro a ombro, o shape é cheio de referências dos anos 70, com muita franja e sobreposição.
c
a
m
i
M
Crédito das imagens: divulgação
y a
72 p o r C o n s u l t o r i a C i r u r g i a
d e
E d u a r d o
P l á s t i c a
-
M i s s i a s
CRM -
SC
:
9 4 5 4
O que você precisa saber sobre rejuvenescimento facial
V
E
R
Ã
O
/
1 7
b
e
l
e
z
a
Toda mudança na imagem corporal, é antes de tudo, uma transformação psicológica poderosa. Além das notáveis mudanças físicas, a cirurgia plástica pode trazer a redescoberta da confiança em si mesmo. Como se a pessoa que fez um reparo estético tivesse vivido até
para os homens
aquele momento com um corpo que não a pertencesse e mudar se torna algo tão intenso e positivo, que traz mudanças grandiosas sobre a relação de uma pessoa consigo mesma e com os que estão a sua volta. Conforme o interesse, um número maior de mulheres e
homens de todas as idades e níveis sociais consideram o rejuvenescimento facial. Na nossa prática, pacientes mais jovens, a partir dos 30 anos, iniciam a procura por prevenção e tratamentos corretivos. As opções incluem
cuidados com a pele, toxina botulínica, preenchimentos e cirurgias minimamente invasivas. Candidatos a cirurgias frequentemente não querem ser submetidos a procedimentos muito agressivos.
Eles buscam correções sutis para os primeiros sinais de envelhecimento, e não mudanças drásticas que geral-
mente estão associadas a longa recuperação. Pacientes com idade mais avançada também apreciam procedimentos menos agressivos, porém com resultados igualmente efetivos.
A decisão de realizar a cirurgia com cicatrizes reduzidas, dependem, principalmente da qualidade da pele do paciente. Além disso, o grau de alteração da região cervical deve ser levado em consideração. Em nossa opinião,
a maioria dos pacientes pode ser tratada por meio do lifting facial com cicatrizes reduzidas. Se o efeito na
região cervical é o objetivo, técnicas menos invasivas podem ser associadas, como a cervicoplastia anterior e posterior. Isso produz o resultado desejado, porém com menor morbidade e recuperação mais rápida.
Uma compreensão anatômica adequada é fundamental
para se ter o resultado no rejuvenescimento facial. A origem do envelhecimento facial é explicada sob uma
base anatômica, especialmente pelas variações indivi-
duais de cada paciente. Essa é a base da avaliação pré
-operatória, a partir da qual segue-se um plano racional para a correção das alterações. A anatomia explica as diferenças entre os muitos procedimentos disponíveis e as similaridades aparentes em seus resultados.
O rejuvenescimento facial no paciente do sexo masculino pode ser parti-
cularmente desafiador devido a uma variedade de motivos aparentes: ho-
mes não usam maquiagem, evitam qualquer aparência de que foram operados, e as linhas do cabelo e da barba causam diferenças em termos de
estratégias cirúrgicas. Em um mundo que equipara a aparência jovem com ideias novas e atuais, a população de pacientes agora engloba homens que
desejam manter-se ativos em um ambiente muito competitivo ao invés de
ser só uma questão de vaidade. Eles
podem estar no ramo dos negócios,
da atuação, da televisão ou mesmo da política. A aceitação social crescente de técnicas estéticas aumentou essa demanda.
Os objetivos técnicos e estéticos do rejuvenescimento
facial
masculino
compartilham princípios semelhantes
àqueles das pacientes do sexo feminino: tratar o excesso de pele e camadas
musculares, reposicionar a gordura superficial para restaurar o volume, evitando tração lateral, e assim reposi-
cionando a pele de modo natural. Para isso é absolutamente essencial, no
entanto, que o cirurgião compreenda as importantes diferenças entre o paciente do sexo masculino e a paciente
do sexo feminino e também tenha um conhecimento da anatomia e das téc-
nicas para atingir esses objetivos com uma aparência natural.
73
y a
74
Banhos para limpeza energética e espiritual p
o
r
P
a
m
e
l
a
C
a
i
t
a
n
c
a
m
i
M
O banho é sempre um momento de limpeza e renovação. O uso de ervas para pode auxiliar a purificar e descarregar energias
o
O banho é sempre um momento de limpeza e re-
zar a limpeza da aura, ou simplesmente como uma
rificar e descarregar energias. Seja para aliviar o
diversos tipos de banhos com flores e ervas, que
novação. O uso de ervas para pode auxiliar a pustress e a ansiedade, diminuir o cansaço e dores, clarear a mente, acalmar e aliviar emoções, reali-
forma de relaxar o corpo e se sentir bem. Existem
juntamente à mentalização, servem para reequilibrar as energias.
V
E
R
Ã
O
/
1 7
Como deve ser preparado? Aqueça um litro de água até começar a formar bolhas. Não deixe ferver para não esquentar demais as ervas e danificá-las. Depois, apa-
gue o fogo e coloque todas as plantas. Não se deve usar micro-ondas. Comece a fazer a mentalização das energias que deseja ainda
no preparo, de acordo com o banho e intenção desejadas.
b
e
l
e
z
a
Para cada banho é necessário fazer um novo
preparado. A validade da energia é de até duas horas, por isso, não é possível reservar para outro momento. Também não se deve
reaproveitar ervas utilizadas. Se preferir, coe as ervas e utilize somente a água.
Siga a recomendação das plantas que devem
ser usadas conforme cada fórmula. Não deixe
faltar nenhuma e não substitua por outra. De preferência, use água mineral.
Após a água amornar, tome o banho imediatamente. Depois, despeje com cuidado a preparação do pescoço para baixo do seu corpo,
fazendo a mentalização. Deixe secar natural-
Recomenda-se tomar o banho por três dias
consecutivos. O intervalo recomendando até a próxima sequência é de 7 dias.
mente, evite usar toalha no processo.
75
Recomendações Banhos para trazer energias, devem ser tomados
no período da manhã. Os de limpeza, devem ser feitos no período da tarde.
Banhos de limpeza, banhos para tirar doenças,
males de qualquer espécie devem ser feitos na
lua minguante. Para energizar e atrair o positivo, devem ser tomados na lua crescente ou lua cheia;
e também nessa lua que devem tomar os banhos de atração. A lua nova não é considerada uma lua
propícia para os banhos, pois é considerada uma “lua negra”, pois fica oculta no céu.
y a
c
a
m
i
M
Banho para abrir as energias do amor ingredientes: - 1 fava de baunilha
- Um punhado de pétalas de rosa vermelho - 7 cravos
- 3 paus de canela
- 3 colheres de sopa de açúcar mascavo - 1 maçã cortada em quatro
Banho para limpeza energética ingredientes: - 3 punhados de sal grosso - 3 folhas de guiné
- 1 maço de hortelã
Banho de proteção ingredientes:
76
- 1 ramo de arruda - 1 maço de guiné
- 1 espada-de-são-jorge cortada em sete pedaços
Banho para limpeza espiritual - 1 folha de Boldo do Chile
(ou outra espécie de boldo);
- 1 pequena casca de canela;
- 1 Folha de laranjeira (de qualquer espécie);
- 1 Folha de Ipê-roxo (ou uma lasca da casca); - 1 Folha de Louro;
- 1 Rodela fina de Maçã.
o n
l
i n e 77
@ Ya c a mim
/ Ya c a mim
mod aya c a mim.c om.br
y a
78
l
o o k v
e
r
ã
b o o k o
1 7
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
l
o
o
k
b
o
o
k
79
y a
80
c
a
m
i
M
VERÃO
i/ n 1v 7e
r
n
o
/
1 6
Créditos Fotografia: Tauana Sofia Vieira e Max Marcellus Beleza: Suyane Abreu Proença Modelos: Alessandra Cittadin, Andreia Marcon, Annelyse Schoenberger e Victoria Komorowski. Estilo: Rozani Grein
81
y a
82
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
83
y a
84
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
85
y a
86
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
87
y a
88
c
a
m
i
M
V
E
R
Ã
O
/
1 7
89
y a
90
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
91
y a
92
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
93
y a
94
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
95
y a
96
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
97
y a
98
c
a
m
i
M
VERÃO
/
1 7
99