ARQUITETURA NO ÂMBITO SOCIAL ANTEPROJETO DE UM CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PARA A CIDADE DO NATAL/RN
YASMIM SUASSUNA DUTRA DE OLIVEIRA
UNIVERSIDADE POTIGUAR – UnP PRÓ-REITORIA ACADÊMICA ESCOLA DE ARQUITETURA, DESIGN E MODA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
YASMIM SUASSUNA DUTRA DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PARA A CIDADE DO NATAL - RN
NATAL 2017
YASMIM SUASSUNA DUTRA DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PARA A CIDADE DO NATAL - RN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. Orientadora: Prof.ª Esp. Mônica Rosário Alves
NATAL 2017
YASMIM SUASSUNA DUTRA DE OLIVEIRA
ANTEPROJETO DE UM CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PARA A CIDADE DO NATAL – RN
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Potiguar – UnP, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Aprovado em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________ Prof.ª Esp. Mônica Rosário Alves Orientadora Universidade Potiguar - UnP
_________________________________________ Convidado(a) Interno Universidade Potiguar - UnP
_________________________________________ Convidado(a) Externo
AGRADECIMENTOS
Agradeço às minhas mães, Mariane e Maria; e ao meu amigo Thales, muito obrigada pelo apoio incondicional e por compreenderem minhas instabilidades emocionais e minha ausência ao longo desse ano. Obrigada também aos meus queridos amigos que este curso me trouxe, em especial aos da “Galera da Rodinha” pelo apoio mútuo, pelas risadas mesmo nos momentos de angústia e desespero, conselhos, opiniões e toda a ajuda nessa reta final. Agradeço à minha professora orientadora Mônica Alves, pela disposição em me auxiliar no desenvolvimento deste trabalho, pela paciência e por ter acreditado em mim. Por fim, gratidão aos funcionários e usuários do Centro Pop de Natal/RN, por terem sido tão atenciosos e dispostos em responder minhas perguntas.
RESUMO
OLIVEIRA, Yasmim. Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal-RN. 2017, 118 f. Monografia (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Potiguar. Natal, 2017.
No Brasil, o fenômeno da exclusão social tem origem tanto no período colonial, onde a relação entre o colonizador e o colonizado já trazia as marcas da discriminação, como no processo de escravidão, ambos com a lógica de economia e de cidadania excludentes. A população em situação de rua se constitui como a expressão máxima desse processo de exclusão. Diante da realidade socioeconômica instável do país, o número de pessoas que habitam os espaços urbanos do município do Natal é crescente, enquanto que não existe equipamentos suficientes e/ou apropriados para atender a essa população. Sendo assim, este trabalho corresponde ao desenvolvimento de um anteprojeto arquitetônico de um centro de assistência a população em situação de rua para a cidade do Natal/RN, no qual seus usuários possam desfrutar de um espaço acolhida, convívio, referência domiciliar e acompanhamento de saúde/social. Para a elaboração da proposta foi necessário compreender, através de pesquisas bibliográficas, o contexto no qual estes indivíduos estão inseridos, bem como analisar referências projetuais similares, legislações e normas vigentes. Palavras-Chave: Exclusão Social. População em Situação de Rua. Assistência.
ABSTRACT
OLIVEIRA, Yasmim. Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal-RN. 2017, 118 f. Monografia (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Potiguar. Natal, 2017.
In Brazil, the occurrence of social exclusion has its origins at the colonial period, where the relationship between colonizer and the settle ones had already been marked by the discrimination, just like the enslavement process, both with a excludent logic of economy and citizenship. The homeless population shows up as the maximum expression of this exclusion process. Against the fragile and instable socioeconomic reality of the country, the number of people who inhabit urban spaces in the county of Natal - Rio Grande do Norte keep increasing, while there’s not enough equipment and/or appropriate to attend to this population. Therefore, this project corresponds to the development of a architectonic draft of a homeless people assistance center to the city of Natal/RN, where his users can enjoy a welcoming space with home reference and health and social attendance. To start the elaboration of the proposal was necessary get to know, trough bibliographical research, what type of environmet these people live in, as well as analyse similar project references, laws and current norms. Keywords: Social Exclusion. Homeless People. Assistance.
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO.................................................................................................10
2
REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................13
2.1
OS NINGUÉNS: OS FILHOS DE NINGUÉM, OS DONOS DE NADA..............13
2.2 TERMINOLOGIA ADOTADA PARA DESIGNAR O PÚBLICO ALVO DO PROJETO...................................................................................................................15 2.3
POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL.......................................16
2.3.1 Perfil e Caracterização do Público Alvo.......................................................17 2.3.2 Políticas Públicas...........................................................................................23 2.3.2.1 Equipamentos Sociais para Famílias e Adultos em Situação de Rua............28 2.3.3 População em Situação de Rua em Natal – RN............................................32 3
ARQUITETURA SOCIAL................................................................................33
4
PSICOLOGIA AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS...................38
5
ESTUDO DE REFERENCIAS PROJETUAIS.................................................46
5.1
REFERENCIAIS INDIRETOS..........................................................................46
5.1.1 The Bridge Homeless Assistance Center.....................................................46 5.1.2 CAPSLO Homeless Services Center............................................................46 5.1.3 Oficina Boracea..............................................................................................53 5.2
REFERENCIAL DIRETO.................................................................................56
5.2.1 Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop)..............................................................................................................56 5.3
REFERENCIAIS FORMAIS.............................................................................60
5.3.1 Pavilhão BES..................................................................................................60 5.3.2 Skaeve Huse....................................................................................................53 6
METAPROJETO..............................................................................................65
6.1
CONDICIONANTES PROJETUAIS.................................................................65
6.1.1 O terreno.........................................................................................................65 6.1.2 Condicionantes Legais..................................................................................68 6.1.2.1 Plano Diretor de Natal – Lei Complementar 082/2007...................................68
6.1.2.2 Código de Obras e Edificações do Município de Natal – Lei Complementar 055/2004.....................................................................................................................70 6.1.2.3 NBR 9050/2015 - Norma Brasileira de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos..............................................................................72 6.1.2.4 Código de Segurança e Proteção Contra Incêndio e Pânico do Estado do RN..............................................................................................................................76 6.1.3 Condicionantes de Conforto.........................................................................78 6.2
PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO.................82
6.3
ZONEAMENTO................................................................................................83
6.4
MATRIZ DE RELAÇÕES.................................................................................84
6.5
FUNCIONOGRAMA.........................................................................................86
6.6
PLANO DE MASSAS.......................................................................................87
7
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA..........................................................87
7.1
CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO...................................................87
7.2
EVOLUÇÃO DA PROPOSTA..........................................................................88
8
MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO................................................91
8.1
DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO.............................................91
8.2
IMPLANTAÇÃO DOS BLOCOS.......................................................................93
8.3
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS......................................................................95
8.3.1 Sistema Construtivo......................................................................................95 8.3.2 Cobertura........................................................................................................96 8.3.3 Esquadrias......................................................................................................99 8.3.4 Reservatório d’água.......................................................................................99 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................101 REFERÊNCIAS.............................................................................................103 APÊNDICES..................................................................................................111
10
1 INTRODUÇÃO
A situação de rua é problema social em que parcela da população habita os espaços públicos como forma de abrigo e/ou sustento, constituindo uma subcultura através das dinâmicas adaptativas para sua sobrevivência no meio urbano. Posto isto, este trabalho trata-se de um Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal/RN, onde será estudada a forma mais adequada de acolher essa população. A Política Nacional para a População em Situação de Rua, instituída pelo Decreto n. 7.053 de 23 de dezembro de 2009 define esse grupo como um “grupo populacional heterogêneo que possuem em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas com espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória”. O termo “situação de rua” diferencia-se de outros termos que são utilizados para designar essa população, já que esse grupo é heterogêneo e é importante ressaltar que há indivíduos que não têm anseiam deixar as ruas. O termo utilizado diz respeito à população que está na rua como uma condição provisória e que quer sair dela. Sendo assim, o objeto de estudo desse trabalho de conclusão de curso é estudar uma forma de abrigar essa parte específica da população que vive no meio urbano involuntariamente. De acordo com a Pesquisa Nacional sobre população em situação de rua realizada entre os anos 2007 e 2008, 31.922 brasileiros utilizam as ruas como moradia, sendo esse número ainda maior, pois a pesquisa não abrangeu todas as capitais do país. Na capital potiguar, dados da Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS) mostram que em 2014 o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop) atendia 317 pessoas, e até julho de 2016 foram contabilizados 1.082, ou seja, o quantitativo aumentou 240%. No Albergue Municipal, que só funciona à noite, a estimativa é de que 1.600 pessoas são atendidas por ano. Esse crescimento alarmante aponta que os serviços disponíveis não são suficientes e eficientes para suprir a demanda e, sem
11
a intervenção necessária, essas pessoas acabam por entrar em um ciclo vicioso que não os permite superar sua própria condição. Diante dessa realidade o principal objetivo deste trabalho é projetar um centro de acolhimento e abrigo para as pessoas que vivem em vulnerabilidade social e utilizam as ruas como moradia e fonte de sustento, e assim, proporcionar a esses indivíduos a oportunidade de passar pelos processos de reabilitação e reintegração social. Assim como oferece-los um espaço de acolhida e de acompanhamento social e de saúde, atendendo às suas necessidades básicas e proporcionando um ambiente de diálogo, convívio e referência domiciliar. Além de promover o contato físico e visual com espaços abertos, buscando a integração do ambiente interno com o externo e privilegiando a iluminação e ventilação natural, aplicando práticas sustentáveis na edificação, contribuindo para a redução dos impactos ao meio ambiente. Conforme o Texto de Orientação para o Reordenamento do Serviço de Acolhimento para População Adulta e Famílias em Situação de Rua, desenvolvido pelo Sistema Único de Assistência Social (SUAS), os serviços de acolhimento institucional devem ofertar atendimento integral que garanta ao morador de rua condições de estadia, convívio e referência domiciliar, de modo a dar o apoio necessário a estas pessoas que tiveram uma vida marcada pela negação de direitos. No entanto, na prática, esses espaços apresentam fragilidade tanto na prestação de serviços, quanto na qualidade da edificação, que muitas vezes são improvisados em edifícios existentes que não foram projetados para tal função. Estes problemas acabam fazendo com que as pessoas prefiram manter sua condição de estar na rua do que procurar ajuda. Mediante o exposto, ao analisar os serviços de assistência oferecidos a essas pessoas em Natal/RN, constatou-se que há dois albergues noturnos e o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), que oferece atividades e atendimento durante o dia. No entanto, essas pessoas precisam de um local que além de abriga-los, ofereça todos os tipos de serviços que elas necessitam, levando a necessidade de se pensar em alternativas para enfrentar essa realidade. Quanto ao processo metodológico, este trabalho será organizado em quatro etapas. Primeiramente, para buscar um maior entendimento e familiaridade com o tema estudado, será realizado um levantamento bibliográfico por meio de livros, artigos, censos, revistas, etc., entrevista com profissionais envolvidos com o objeto de
12
estudo,
tais
como:
assistentes
sociais,
coordenadores
de
centros
de
acolhimento/albergues em funcionamento em Natal e arquitetos. Em seguida, serão realizados estudos de caso diretos no Centro de Referência Especializado em População em Situação de Rua (Centro Pop) e nos albergues existentes em Natal, com o intuito de analisar suas condições físicas e espaciais, tanto no partido arquitetônico, quanto administrativo e organizacional. Além de estudos de casos indiretos nacionais e internacionais. Após a análise de dados e estudos anteriores acerca desse tema, será realizada uma pesquisa com os indivíduos que estão em situação vulnerável, onde será feita uma entrevista com parte desse grupo, visando um novo levantamento acerca das causas que os levaram a morar nas ruas, quais são suas necessidades atuais e quais as motivações e perspectivas futuras para uma possível mudança das condições atuais. Por fim, com base nesse levantamento, será possível elaborar um programa de necessidades para um Centro de Assistência à população em situação de rua, determinando se além dos serviços de acolhimento (espaços para dormir e de refeições, por exemplo), esse grupo necessita de atendimento hospitalar básico e de acompanhamento psicológico, quais espaços para atividades o Centro poderá oferecer para propor uma reabilitação e requalificação dessa parcela da sociedade. Com as informações detalhadas das necessidades da População em Situação de Rua e a análise do terreno e de seu entorno, será elaborado o anteprojeto arquitetônico de um Centro de Assistência.
13
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 OS NINGUÉNS: OS FILHOS DE NINGUÉM, OS DONOS DE NADA
A existência de pessoas que habitam o meio urbano é um fenômeno global, que acontece tanto nos países subdesenvolvidos quanto nos países desenvolvidos, embora nos países mais pobres esse número venha crescendo em progressão geométrica, o que chega a causar uma situação alarmante, segundo Quintão (2012), que também afirma que não há dados concretos a respeito do número global, mas existe uma estimativa de que nas metrópoles mundiais 1% da população viva em situação de rua. Essa realidade é decorrente de diversos fatores, no entanto, é reflexo da desigualdade social gerada pela globalização e pelos impactos do capitalismo. O rompimento dos laços afetivos, o uso de drogas, problemas mentais e frustrações pessoais também são fatores que desencadeiam esse problema. Também é relevante informar que em cada país, em cada cultura, esse problema se apresenta de formas distintas, com características, perfis e causas variadas, como mostra as figuras abaixo: Figura 1 – Morador de rua no Japão
Fonte: Jacob Mc Fly (Acesso em 7 mai. 2017)
Figura 2 – Morador de rua no Brasil
Fonte: Black Women of Brazil (Acesso em 7 mai. 2017)
Figura 3 – Morador de rua na Bolívia
Figura 4 – Morador de rua na Austrália
Fonte: Lady Clever (Acesso em 7 mai. 2017)
Fonte: BrisStreet (Acesso em 7 mai. 2017)
14
Em sua obra “O Capital” Marx (1996 apud Silva 2006, p.19) expõe que a história do fenômeno população em situação de rua tem relação com o surgimento das sociedades pré-industriais da Europa no século XVI, no contexto da chamada acumulação primitiva em que os camponeses foram desapropriados e expulsos de suas terras, sem que a indústria nascente nas cidades os absorvesse com a mesma rapidez com que se tornaram disponíveis, seja pela incapacidade da indústria, seja pela dificuldade de adaptação repentina dos trabalhadores a um novo tipo de disciplina no trabalho. Em decorrência disso, muitos se transformaram em mendigos, ladrões, vagabundos, em parte por inclinação, mas na maioria dos casos por força das circunstâncias. Essa parte da população é negligenciada por não fazer parte do mercado de consumo e se configura, segundo Marx (1996) como um “exército industrial de reserva” ou “superpopulação relativa”, uma massa que vive na miséria por falta de trabalho e é responsável por manter sempre barato o acesso da classe dominante ao mercado de trabalho, assim nas eventuais crises e ciclos do sistema capitalista “ela proporciona às suas mutáveis necessidades de valorização o material humano sempre pronto para ser explorado […]” (Marx, 1996, p. 263). A prosa poética de Eduardo Galeano¹ que deu título a este capítulo, “Los nadies” (Os ninguéns), sintetiza a condição existencial dos socialmente excluídos: As pulgas sonham com comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico a sorte chova de repente, que chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chove ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura. Os ninguéns: os filhos de ninguém, os donos de nada. Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos: Que não são, embora sejam. Que não falam idiomas, falam dialetos. Que não praticam religiões, praticam superstições. Que não fazem arte, fazem artesanato. Que não são seres humanos, são recursos humanos. Que não têm cultura, têm folclore. Que não têm cara, têm braços. Que não têm nome, têm número. Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local. Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata. (GALEANO, 2002, p.71)
_______________________ ¹Jornalista e escritor uruguaio nascido na década de 40, Galeano lançou quarenta livros que falavam, sobretudo, da realidade da América Latina.
15
2.2 TERMINOLOGIA ADOTADA PARA DESIGNAR O PÚBLICO ALVO DO PROJETO
Para fazer qualquer projeto arquitetônico é necessário saber quem é seu público alvo e entender a realidade em que vivem. Uma característica que é importante ser destacada entre a população de rua é a sua heterogeneidade, ou seja, são indivíduos de diversas caracterizações, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, de acordo com Costa (2005). São imigrantes, catadores, homens, mulheres, crianças, adultos, albergados, pessoas que estão na rua voluntariamente, ou seja, de forma fixa, embora esta também seja um tipo de segregação, e involuntariamente (de forma passageira), por exemplo. Diante dessa diversidade, existem várias terminologias atribuídas a essas pessoas, como: população de rua, moradores de rua, sem-teto, população em situação de rua, populações adultas de rua, povo de rua. Vítimas de preconceito e do processo de exclusão, no imaginário social, essas pessoas são vistas apenas como “mendigos”, “pedintes”, “maloqueiros”, “nóias”, “vagabundos”, “coitados”, “flagelados”, “loucos”, entre outros termos pejorativos, que infelizmente, acabam por servir como referência para esses indivíduos criarem suas identidades individuais. Sendo assim, o público alvo do anteprojeto deste trabalho de conclusão de curso são as pessoas que estão na rua de forma involuntária, por falta de opção e buscam alternativas para sair delas. O termo mais adequado, ao meu ver, para designar esse grupo é “população em situação de rua”, já que a palavra situação se refere a algo temporário e mutável, além de evitar uma conotação pejorativa. Estar em situação de rua ou habitar o meio urbano é diferente de ser de rua, pois o primeiro caso é circunstancial.
A análise da população dita “em situação de rua” mostra, primeiramente que há pessoas que desejam sair dessa condição ou seja, para quem a situação de estar na rua é circunstancial, e outras continuam a habitar as ruas como morada, por escolha própria. O segundo aspecto mostra que as respostas que têm sido dadas para o primeiro grupo – albergues e casas de convivência – tem sido considerada insatisfatórias. Já para o segundo grupo elas são inexistentes, pois esta hipótese não tem sido considerada (...). Para parte dessa população, a resposta é a oferta de meios que proporcionem sua saída das ruas. No entanto, o grande desafio diz respeito ao grupo que opta por viver nas ruas. Para o este, a cidade teria que assumir sua existência no território urbano e, mais que isso, aceitar o seu direito à cidade com inerente à cidadania plena. (QUNTÃO, 2012, p. 7-8)
16
No Brasil, se tratando de políticas públicas, esse termo é adotado de forma a abranger a população de rua de forma geral, distinguindo-os apenas como “acolhidos” (pessoas sem moradia que pernoitam em albergues) e “moradores de rua” (pessoas sem moradia que pernoitam no meio urbano). Para maior entendimento desse tema é necessário expor essas distinções de termos, pois segundo Quintão (2012) “Para a formulação de propostas inovadoras, faz-se necessário conhecer a fundo a população para a qual se está projetando valendo-nos de conceitos contemporâneos que vão além do campo da arquitetura e do urbanismo”. A importância desse estudo de caracterização, que será mais detalhado no tópico “Perfil e Caracterização da População Alvo”, reside da necessidade de conhecer as pessoas que utilizarão o espaço que será projetado, para que, posteriormente, possa ser apresentada uma solução espacial que contribua para a qualidade de vida nos ambientes de acolhimento.
2.3 POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA NO BRASIL
A população em situação de rua é a expressão máxima do processo de exclusão social. Esse processo, na sociedade brasileira, tem raízes no contexto histórico de desigualdades e exploração, referentes tanto ao período da colonização, na qual a relação entre o colonizador e o colonizado já trazia as marcas da discriminação, quanto ao processo de escravidão, ambos com a lógica de economia e de cidadania excludentes.
A exclusão social, que passamos a conhecer, tem origens econômicas, já referidas, mas caracteriza-se, também, pela falta de pertencimento social, falta de perspectivas, dificuldade de acesso à informação e perda de autoestima. Acarreta consequências na saúde geral das pessoas, em especial a saúde mental, relaciona-se com o mundo do tráfico de drogas, relativiza valores e estabelece padrões e perspectivas de emancipação social muito restritos. (COSTA, 2005, p. 3)
Segundo Maricato (1997 apud Cerqueira, 2011, p. 69-70), após a abolição da escravatura, os negros libertos foram entregues à própria sorte, buscando dar conta de sobreviver e ter dignidade num mundo em que foi subjugado. Não tinham emprego, moradia, nem condições de se sustentarem, então passaram a vagar pelas ruas
17
praticando a mendicância, furtando e se submetendo a péssimas condições de trabalho. Posto isto, a forma como se deu o fim da escravidão no país tem relação significativa com o surgimento da população em situação de rua no Brasil. É importante salientar que o processo de exclusão social também é resultado do fato de que ocupação do solo urbano está baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra. Dessa forma, muitas pessoas não dispõem de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e acabam por utilizar o meio urbano como moradia. Além disso, a População em Situação de Rua também não se enquadra no atual modelo econômico, o qual exige do trabalhador uma qualificação profissional. Por não estarem inseridos no mercado formal de trabalho, para o lado privilegiado da sociedade esses indivíduos são considerados inúteis, invisíveis, ninguéns, e assim, constatamos um modo de produção que que se baseia na meritocracia, e enfatiza erroneamente que todos os cidadãos possuem as mesmas oportunidades, porém sem fazer referência à produção social distribuída de forma desigual, individual, e que, ao longo da história, concentra-se em poder de poucos. No Brasil os censos demográficos não incluem a população em situação de rua, visto que a coleta de dados é realizada com base domiciliar. Porém, entre os anos de 2007 e 2008 foi realizada a Pesquisa Nacional sobre a população em situação de rua realizada a partir da cooperação da UNESCO e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Os dados dessa pesquisa serão detalhados no próximo tópico.
2.3.1 Perfil e Caracterização da População Alvo
Uma vez destacada a terminologia utilizada para tratar do público alvo do anteprojeto, é necessário traçar um perfil geral dessa população e elucidar os motivos que os levaram a rua. Como já relatado, a população em situação de rua é, segundo Costa (2005), um grupo populacional heterogêneo constituído por indivíduos de diferentes realidades, que partilham apenas da condição de pobreza absoluta e do não pertencimento à sociedade formal. São pessoas de diferentes gêneros e idades, famílias inteiras, grupos, que passaram a utilizar as ruas como fonte de moradia e sobrevivência por diversas razões, seja a perda do emprego, seja o rompimento de
18
algum laço afetivo, fazendo com que aos poucos fossem perdendo a perspectiva de projeto de vida.
É a característica que mais se destaca nos estudos e pesquisas sobre o tema. A maioria dos autores descreve a população em situação de rua como pessoas de origens, interesses, vinculações sociais e perfis econômicos diversificados, por isso não constituem um grupo ou categoria profissional. (SILVA, 2009, p.123)
Para Vieira, Bezerra e Rosa (1994 apud Costa, 2005, p 93-95) há três situações em relação à permanência na rua: •
As pessoas que ficam na rua – configuram uma situação circunstancial que reflete a precariedade da vida, pelo desemprego ou por estarem chegando na cidade em busca de emprego, de tratamento de saúde ou de parentes. Nesses casos, em razão do medo da violência e da própria condição vulnerável em que se encontram, costumam passar a noite em rodoviárias, albergues, ou locais públicos de movimento.
•
As pessoas que estão na rua – são aquelas que já não consideram a rua tão ameaçadora e, em razão disso, passam a estabelecer relações com as pessoas que vivem na ou da rua, assumindo como estratégia de sobrevivência a realização de pequenas tarefas com algum rendimento. É o caso dos guardadores de carro, descarregadores de carga, catadores de papéis ou latinhas.
•
As pessoas que são da rua – são aqueles que já estão faz um bom tempo na rua e, em função disso, foram sofrendo um processo de debilitação física e mental, especialmente pelo uso do álcool e das drogas, pela alimentação deficitária, pela exposição e pela vulnerabilidade à violência.
Por não possuírem domicílio fixo o IBGE não faz o censo da população de rua no Brasil. No entanto, conforme os dados do Sumário Executivo da Pesquisa Nacional sobre a população em situação de rua, que serviram como referência para a construção deste tópico, entre os anos de 2007 e 2008 foi realizada uma pesquisa com adultos em situação de rua, promovida pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com a UNESCO, em 71 munícipios brasileiros,
19
destes 23 capitais, dentre as quais São Paulo, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre não foram incluídas por já terem realizado pesquisas semelhantes.
Foram identificadas 31.922 pessoas em situação de rua nas cidades pesquisadas vivendo em calçadas, praças, rodovias, parques, viadutos, postos de gasolina, praias, barcos, túneis, depósitos e prédios abandonados, becos, lixões, ferro-velho ou pernoitando em instituições (albergues, abrigos, casas de passagem e de apoio e igrejas). Conforme destacado na apresentação deste sumário, o número relatado diz respeito aos resultados da pesquisa realizada em 71 municípios. Assim, o total de pessoas em situação de rua vivendo no Brasil é mais elevado. (BRASIL, 2008)
Em relação ao perfil dos entrevistados, a população em situação de rua é formada em sua maioria por homens (82%), sendo mais da metade dessa população (52%) com idades entre 25 e 44 anos, onde esse mesmo percentual recebe entre R$ 20,00 e R$ 80,00 por semana. Embora grande parte (95%) não estudem atualmente, a maioria (74%) sabe ler e escrever. A Tabela 1 apresenta o grau de escolaridade dos entrevistados: Tabela 1 – População em situação de rua segundo escolaridade
Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008
Dentre as razões que os levaram a irem para as ruas, as principais estão relacionadas à drogadição (35,5%); desemprego (29,8%) e desavenças familiares (29,1%). A maioria citou pelo menos um desses três motivos (que podem estar correlacionados entre si ou um ser consequência do outro). Parte considerável desses indivíduos é oriunda do mesmo local em que se encontra, ou de locais próximos (45,8% são do mesmo município e 54,2% vieram de municípios do mesmo estado). A maioria (59,9%) viveu em poucas cidades (até três),
20
sendo 11,9% o percentual de pessoas que se deslocam frequentemente, ou seja, que viveram em seis cidades ou mais, denominados como “trecheiros”. Dos que já moraram em outras cidades, 60,1% não dormiam na rua ou em albergue e 45,3% se deslocaram em busca de emprego ou por desavenças familiares (18,4%). Do total de indivíduos pesquisados, 48,4% estão há mais de dois anos dormindo na rua ou em albergue. Dos que dormem em albergue, estima-se que o tempo de permanência seja elevado: estão no tempo regular de permanência (1 até 6 meses) 30,4%, estão há mais tempo 33,3%, e o restante não informou. No que diz respeito ao local de pernoite (ver Gráfico 1), no geral costumam dormir na rua (69,6%), outros (22,1%) costumam dormir em albergues ou outras instituições e apenas 8,3% costumam alternar entre as ruas e os albergues. Preferem dormir na rua 46,5% dos entrevistados, enquanto 43,8% optam por dormir em albergues. Entre os que manifestaram preferência por dormir em albergue, 69,3% apontaram a violência como o principal motivo de não dormir na rua. O segundo principal motivo foi o desconforto (45,2%). Entre os que manifestaram preferência por dormir na rua, 44,3% apontaram a falta de liberdade nos albergues, seja pela rigidez dos horários (27,1%) e/ou pela proibição do uso de álcool e drogas (21,4%). Gráfico 1 - População em situação de rua segundo local onde costuma dormir (%)
Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008
Quanto aos vínculos familiares e trabalho/renda, pouco mais da metade (51,9%) dos entrevistados possuem algum parente residente na cidade onde se encontram, porém, parte deles (38,9%) não mantêm contato e 14,5% mantém contato em períodos espaçados, sendo os contatos mais frequentes no caso de 34,3% dos
21
entrevistados. Grande parte dessa população é composta por trabalhadores: 70,9% exercem alguma atividade remunerada, como: catador de materiais recicláveis, flanelinha, construção civil, limpeza e carregador/estivador. Poucas (15,7%) são as pessoas das pessoas pedem dinheiro como principal meio para a sobrevivência. Assim, prevalece o número de pessoas que têm profissão (58,6%), destacando-se aquelas ligadas à construção civil, ao comércio, ao trabalho doméstico e à mecânica. Apesar disso, apenas 1,9% dos entrevistados afirmaram estar trabalhando com carteira assinada. Sobre o acesso à alimentação e serviços, grande parte (79,6%) faz ao menos uma refeição por dia e 19% não conseguem se alimentar todos os dias. 29,7% dos entrevistados afirmaram ter algum problema de saúde (ver Gráfico 2), entre eles destacam-se: hipertensão, problema psiquiátrico/mental, HIV/Aids e problemas de visão/ cegueira, onde 18,7% fazem uso de algum medicamentos que conseguem através dos postos/centros de saúde. Os principais locais utilizados pelas pessoas em situação de rua para tomar banho e/ou fazerem suas necessidades fisiológicas são: a rua, os albergues/abrigos, os banheiros públicos e a casa de parentes ou amigos. Gráfico 2 - População em situação de rua segundo declaração de problemas de saúde (%)
Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008
Um fato que dificulta a obtenção de emprego formal, o acesso aos serviços de programas governamentais e o exercício da cidadania, é que há pessoas em situação de rua que não possuem documentos de identificação (ver Tabela 2), assim a grande maioria não é atingida pela cobertura dos programas governamentais: 88,5% afirmaram não receber qualquer benefício dos órgãos governamentais. Além disso,
22
sofrem muitas discriminações, sendo constantemente impedidas de entrar em locais como transporte coletivo, shoppings, órgãos públicos, entre outros (ver Gráfico 3). A grande maioria (95,5%) não participa de qualquer movimento social ou atividade de associativismo, e por não possuírem título de eleitor não exercem (61,6%) o direito de cidadania elementar que é o voto para a escolha dos representantes parlamentares e dos executivos governamentais. Tabela 2 – População em situação de rua segundo posse de documentos de identificação
Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008
Gráfico 3 - População em situação de rua segundo experiências de impedimento de entrada em locais ou para realização de atividades
Fonte: Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, Meta/MDS, 2008
Por fim, tendo exposto as diferentes características das pessoas que habitam as ruas, foi possível descontruir alguns preconceitos que a sociedade estabeleceu em
23
relação a esses indivíduos e, finalmente, saber com exatidão quem é o público alvo do anteprojeto deste trabalho, além de perceber que “a dificuldade em se projetar para esta população se deve ao fato de que o cliente é diversificado, o programa, complexo, pois se abre a infinitas possibilidades. Portanto, o projeto tem que assumir uma flexibilidade: de programa, e de localização”. (Quintão, 2012, p. 123).
2.3.2 Políticas Públicas No âmbito nacional, as legislações vigentes e os direitos da população em situação de rua são recentes. Em 2004, o Presidente Luís Inácio Lula da Silva criou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), e a partir deste foi construído o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Antes disso, embora não fizessem referência específica ao público alvo deste trabalho, houve outras regulamentações que definiam garantias que o contemplava, como veremos a seguir. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) afirma que “todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei”. Diz ainda:
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. (ONU, 1948)
O Brasil deu um grande salto nas políticas públicas a partir da Constituição de 1988, pois nesta foi instituído os direitos sociais. Em seu Art. 1º, inciso III, o valor da dignidade da pessoa humana é considerado um dos fundamentos do Estado Brasileiro, objetivando construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional, na erradicação da pobreza e da marginalização social; reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (Art. 3º, inciso I a IV). No que se refere à observação dos direitos sociais para a população em situação de rua, é importante considerar o texto da Constituição Federal, que determina em seu Art. 5º:
24
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade [...] (BRASIL, 1988)
No Capítulo II do mesmo Título, Dos direitos sociais, Artigo 6º, o texto constitucional recomenda que “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados [...]” (Brasil, 1988) O “direito de ir e vir” é assegurado no artigo 5º, no entanto sabemos que para a população em situação esse direito é ferido, devido aos estigmas e preconceitos que sofrem. Ora, o que esperar de uma sociedade onde parte dela cobra aos gestores das cidades soluções higienistas para a problemática da população em situação de rua? Em muitos lugares eles não são bem-vindos, muitas pessoas que estão em condições privilegiadas não querem assumir a existência da população que habita as ruas. O Estado e a cidade - tanto os espaços públicos quanto os privados – têm respondido a isto por meio de mecanismos de evacuação tanto implícitos (desde a expulsão até o reenvio à cidade de origem, com reembolso simbólico), quanto explícitos como, por exemplo, superfícies irregulares, bancos convexos que os impossibilita de se deitarem, grades e espetos. (QUINTÃO, 2012, p. 74)
No Pacto Internacional de Direitos Sociais, Econômicos e Culturais (1966), que no Brasil entrou em vigor em 1992, o direito à moradia é reconhecido como um direito humano:
Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa a um nível de vida adequando para si próprio e sua família, inclusive à alimentação, vestimenta e moradia adequadas, assim como a uma melhoria continua de suas condições de vida. Os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para assegurar a consecução desse direito, reconhecendo, nesse sentido, a importância essencial da cooperação internacional fundada no livre consentimento. (BRASIL, 1992)
Da mesma forma, o artigo 12º reconhece que “os estados partes do presente pacto reconhecem o direito de toda pessoa de desfrutar o mais elevado nível possível
25
de saúde física e menta” (Brasil, 1992), afirma ainda que o Estado deve assegurar o pleno exercício desse direito. Como reflexo das diretrizes da Constituição Federal de 1998, foi aprovada a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), instituída pela Lei nº 8742/1993, que dispõe sobre a organização da política pública de assistência social e prevê em seu Art. 23:
Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. § 1o O regulamento instituirá os serviços socioassistenciais. § 2o Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de amparo, entre outros: I - às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, em cumprimento ao disposto no art. 227 da Constituição Federal e na Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente); II - às pessoas que vivem em situação de rua. (BRASIL - Redação dada pela Lei nº 12.435, de 2011)
Com a LOAS, a assistência social foi consolidada como política, com base nos princípios da Constituição de 1998. Em sua nova redação, alterada pela Lei nº 12.435/2011, prevê claramente o atendimento à população em situação de rua. Em 2004, a criação da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) inaugurou outra perspectiva de análise ao tornar visíveis aqueles setores da sociedade brasileira tradicionalmente tida como invisíveis ou excluídos das estatísticas, entre estes a população em situação de rua. A partir desta Política e do contexto histórico vivido, as demandas da população em situação de rua foram sendo incorporadas, e assim normativas elaboradas e publicadas prevendo a garantia de direitos e situações específicas. Uma das iniciativas que merece destaque é o Decreto de 25 de outubro de 2006. O presidente Luís Inácio Lula da Silva criou um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), coordenado pelo MDS, com a finalidade de elaborar estudos e propostas com participação social na definição do conteúdo da Política Nacional para População em Situação de Rua. Ainda nesse ano, a Portaria do MDS nº 381, de 12 de dezembro de 2006, assegurou o cofinanciamento de serviços de acolhimento institucional para a população em situação de rua para municípios com mais de 300 mil habitantes. Buscando quantificar e conhecer as características o perfil da população em situação de rua, entre os anos de 2007 e 2008 foi realizada a Pesquisa Nacional da
26
População em Situação de Rua. Em seguida, a Política Nacional para Inclusão Social das Populações em Situação de Rua foi aprovada, embora o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) já contemplasse esse segmento nos programas e serviços contidos na Proteção Especial de média e alta complexidade. As propostas contempladas por esta Política Nacional têm por objetivo abarcar questões essenciais concernentes à parcela da população que faz das ruas seu espaço principal de sobrevivência e de ordenação de suas identidades. Estas pessoas relacionam-se com a rua, segundo parâmetros temporais e identitários diferenciados, vis-a-vis os vínculos familiares, comunitários ou institucionais presentes e ausentes. Em comum possuem a característica de estabelecer no espaço público da rua seu palco de relações privadas, o que as caracteriza como 'população em situação de rua'. (BRASIL, 2008)
No ano seguinte, em Brasília, aconteceu o II Encontro Nacional sobre População de Rua em Situação de Rua, onde foi debatida a Política Nacional para Inclusão Social da População em Situação de Rua e também a participação do Movimento Nacional da População de Rua em atividades dos movimentos sociais. Neste Encontro aprovaram-se os princípios² e diretrizes³ de uma Política Nacional para a População em Situação de Rua. Ainda em 2009, foi publicada a Resolução CNAS nº 109, de 11 de novembro, de 2009 – Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais que definiu padrões para cada uma das ofertas de serviço de assistência, entre outras normativas.
_______________________ ² respeito à dignidade da pessoa humana; direito à convivência familiar e comunitária; valorização e respeito à vida e à cidadania; atendimento humanizado e universalizado; e respeito às condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação sexual e religiosa, com atenção especial às pessoas com deficiência. (BRASIL, 2009) ³ promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento; articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal; integração das políticas públicas em cada nível de governo; integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução; participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e organizações da população em situação de rua, na elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas; incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua participação nas diversas instâncias de formulação, controle social, monitoramento e avaliação das políticas públicas; respeito às singularidades de cada território e ao aproveitamento das potencialidades e recursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas; implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito, e de capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento deste grupo populacional; e democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos. (BRASIL, 2009)
27
Ao final desse mesmo ano, foi instituída a Política Nacional para a População em Situação de Rua e o seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, através do Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Esta Política surgiu par orientar a construção e execução de políticas públicas voltadas especificamente para este segmento da sociedade. A partir daí percebeu-se que esse público necessitava está dentro do Cadastro Único⁴ dos Programas Sociais do Governo Federal, surgindo a necessidade de uma normativa que orientasse aos municípios e Distrito Federal a inclusão de pessoas em situação de Rua no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, logo, publicou-se a Instrução Operacional Conjunta – SNAS e SENARC Nº 07, de 22 de novembro de 2010. Em 2010 foi prorrogada a Portaria nº 843, de 28 de dezembro, que: Dispõe sobre o cofinanciamento federal, por meio do Piso Fixo de Média Complexidade - PFMC, dos serviços socioassistenciais ofertados pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social - CREAS e pelos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua, e dá outras providências. (BRASIL, 2010)
Em 2012 a Portaria nº 139 de 28 de junho, alterou o disposto pela Portaria nº 843. Os valores de referência do cofinanciamento de serviços ofertados pelos Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Rua e serviços de acolhimento para adultos e famílias em situação de rua passaram a ser de acordo com o perfil do município. Além disso, esta Portaria também previu inovações importantes para incentivar o reordenamento dos serviços de acolhimento para pessoas em situação de rua, visando à melhoria da qualidade do atendimento. As mudanças contemplam ainda a destinação de mais recursos do cofinanciamento ao Distrito Federal e aos municípios que têm maior número de pessoas em situação de rua a serem atendidas nos serviços do SUAS. Considerando o previsto na nossa Constituição Federal e nas diretrizes relacionadas às políticas assistenciais existentes, a população em situação de rua como parte integrante da população brasileira, tem direitos sociais a serem garantidos
_______________________ ⁴ O Cadastro Único é permite identificar, caracterizar conhecer a realidade socioeconômica das famílias de baixa renda. Por meio de um sistema informatizado, o governo federal consolida os dados coletados no Cadastro Único para formular e implementar políticas específicas, que contribuem para a redução das vulnerabilidades sociais a que essas famílias estão expostas. (BRASIL, 2015)
28
pelo Poder Público, através de políticas públicas gerais destinadas à população como um todo. Porém, nas cidades brasileiras essas pessoas sofrem todo tipo de violação aos direitos sociais previstos.
2.3.1.1 Equipamentos Sociais para Famílias e Adultos em Situação de Rua As informações apresentadas a seguir fazem parte da “Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais, aprovada em 2009 e do “Texto de orientação para o reordenamento do serviço de acolhimento para população adulta e famílias em situação de rua”, elaborado pelo SUAS em 2012, com o objetivo de organizar a implantação, implementação e ainda o reordenamento desses serviços. A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais organiza os serviços proteção social em três níveis:
Tabela 3 – Síntese dos níveis de serviços socioassistenciais BÁSICA MÉDIA COMPLEXIDADE ALTA COMPLEXIDADE
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF)
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos
Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI)
Serviço Especializado em Abordagem Social Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA), e de Prestação de Serviços à Serviço de Proteção Social Comunidade (PSC) Básica no domicílio para pessoas Serviço de Proteção Social com deficiência e idosas. Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Serviço de Acolhimento Institucional, nas seguintes modalidades: - Abrigo institucional; - Casa-Lar; - Casa de Passagem; - Residência Inclusiva. Serviço de Acolhimento em República
Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora;
Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.
Para este trabalho, como será projetado um Centro de Assistência e nosso público alvo é a População em Situação de Rua, serão estudadas as modalidades de serviço de Alta Complexidade contidas na tabela acima. No entanto, é importante
29
ressaltar que no nível médio de complexidade está inserido o Serviço Especializado para pessoas em Situação de Rua, no qual se configura o Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua – Centro POP, que:
É uma unidade pública voltada para o atendimento especializado à população em situação de rua. Deve ofertar, obrigatoriamente, o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua, que realiza atendimentos individuais e coletivos, oficinas e atividades de convívio e socialização, além de ações que incentivem o protagonismo e a participação social das pessoas em situação de rua. (BRASIL, 2015)
Diferente do Centro POP, o Serviço de Acolhimento Institucional é um tipo de acolhimento provisório com estrutura para acolher com privacidade pessoas do mesmo sexo ou grupo familiar. Deve ser ofertado em unidades (mencionadas na Tabela - 3). Em alguns casos, a unidade pode ter espaço para acomodação de animais e guarda de carrinhos de coleta de material reciclável. A seguir, com base no “Texto de orientação para o reordenamento do serviço de acolhimento para população adulta e famílias em situação de rua”, será descrita as modalidades desse serviço que são específicas para o público alvo do anteprojeto: •
Abrigo Institucional: Oferece acolhimento temporário para no máximo 50 usuários por unidade, inserido em locais onde haja maior concentração de pessoas em situação de rua. Deve ter características residenciais, de forma que proporcione um ambiente acolhedor e respeite as condições de dignidade dos seus usuários. É indispensável que o atendimento seja individualizado e especializado, buscando conhecer a história da pessoa que está sendo atendida. É importante também que sejam realizadas abordagens coletivas a fim de favorecer o fortalecimento de vínculos sociais, comunitários e familiares. O público são pessoas adultas ou famílias (com ou sem crianças), que se encontram em vulnerabilidade social. O tempo de permanência no local é estimado seis meses, embora esse período não seja fixo, pois cada pessoa tem suas potencialidades e desafios que interferem no processo de desligamento do serviço. Deve funcionar 24 horas, mas sugere-se que haja horários flexíveis para entrada e saída dos usuários de acordo com a necessidade de cada um.
30
Em relação à infraestrutura, os espaços devem ser aconchegantes, acessíveis e com iluminação e ventilação adequadas. •
Casas de Passagem: Acolhimento imediato e emergencial para famílias ou pessoas do mesmo sexo que estão de passagem/em trânsito. Também deve localizar-se onde haja maior concentração de pessoas em situação de rua. A equipe precisa ser especializada para atender e receber usuários a qualquer horário e realizar estudos de caso para encaminhamentos necessário. O número máximo de usuários é 50 por unidade e seu período de permanência é de três meses, embora esse período não seja fixo, pois cada pessoa tem suas potencialidades e desafios que interferem no processo de desligamento do serviço. Em relação à infraestrutura, os espaços devem ser aconchegantes, acessíveis e com iluminação e ventilação adequadas.
•
República: Oferta proteção, apoio e moradia subsidiada a no máximo 10 usuários por unidade, e deve ser desenvolvido em sistema de autogestão ou cogestão, possibilitando gradual autonomia e independência de seus moradores. Seu público alvo são pessoas adultas que estão em processo de reinserção social, ou seja, estabelecendo seus vínculos sociais e construindo suas autonomias. Propõe-se que a república seja organizada em unidades femininas e masculinas. Deve funcionar 24 horas e os usuários devem permanecer por doze meses, embora esse período não seja fixo, pois cada pessoa tem suas potencialidades e desafios que interferem no processo de desligamento do serviço.
Todas as unidades de serviços citadas precisam fornecer aos usuários kits de higiene pessoal, roupas de cama, banho e o que mais se julgar necessário. Após o acolhimento, a equipe de cada serviço deve elaborar um estudo de diagnóstico, através de escuta qualificada e identificação/análise do perfil das demandas de cada
31
indivíduo, afim de fortalecer suas potencialidades para construção de maior nível de autonomia e seu processo de saída das ruas. Esse processo inicia-se já no primeiro contato com o usuário, onde cria-se um vínculo com o mesmo, seja por meio do Serviço de Abordagem Social ou do Centro POP ou Serviço de Acolhimento, dentre outros. Além de alguns elementos significativos que podem auxiliar, tais como: inserção a programas de transferência de renda; participação em projetos, programas e benefícios da assistência social; aquisição de moradia de interesse social ou aluguéis sociais; fortalecimento dos vínculos familiares, sociais e comunitários, entre outros. Ao sair do Serviço de Acolhimento é necessário que o usuário seja acompanhado pela rede socioassistencial do município ou Distrito Federal pelo período mínimo de seis meses. Após a análise dos tipos de equipamentos sociais para famílias e adultos em situação de rua, é imprescindível apontar que o anteprojeto deste trabalho de conclusão de curso se enquadra no Serviço de Acolhimento Institucional – Abrigo Institucional, no qual os espaços devem ter, segundo as normativas do SUAS, as seguintes características físicas: Tabela 4 – Características essenciais dos espaços de Acolhimento Institucional
Fonte: SUAS, 2012
32
2.3.3 População em Situação de Rua em Natal – RN
Na capital do estado do Rio Grande do Norte, conforme a Pesquisa Nacional sobre População em Situação de Rua realizada pelo MDS entre os anos 2007 e 2008, foram identificadas 223 pessoas em situação de rua. Sendo, desse total, a maioria (83%) se identifica com o gênero masculino. Mais da metade (55%) é adulta, com idades entre 25 e 44 anos, analfabetas ou semianalfabetas. No geral, estão nas ruas devido a conflitos familiares, dependência química e ou/ doença mental. Algumas estão nas ruas desde a infância. Já no ano de 2010, de acordo com Lima (2014), o Centro Universitário da Faculdade de Ciências e Cultura e Extensão do RN (UNIFACEX) em convênio com a Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS) coordenou um projeto de pesquisa sobre a População em Situação de Rua de Natal/RN com o objetivo de analisar o perfil dessas pessoas, suas condições de vida e as estratégias de sobrevivência que adotam. Após a pesquisa, ainda segundo Lima (2010), foram identificadas aproximadamente 2.200 pessoas em situação de rua, onde a maioria se concentra na região central e na Zona Norte da capital. O acompanhamento das Pessoas em Situação de Rua em Natal, é feito através do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e pelo Albergue Municipal.
Tanto o albergue, como o Centro Pop são serviços previstos pela Política Nacional da População em Situação de Rua, instituída em 2009, através do Decreto Presidencial nº 7.053/09. Foi a partir da instituição da referida Política que o Estado passou a se aproximar da população em situação de rua não só através da repressão e violência, mas compreendendo a negação histórica do reconhecimento enquanto sujeitos de direitos. Nesse sentido, foram criados alguns serviços voltados para o atendimento às pessoas em situação de rua, dentre eles o albergue e o centro pop. (CARTA POTIGUAR, 2015)⁵
De acordo com Almeida et al. (2015 apud Costa Junior, 2016, p. 112), o Centro de Referência em Direitos Humanos do Rio Grande do Norte (CRDH/RN)⁶ afirmou que _______________________ ⁵ Disponível em: <http://www.cartapotiguar.com.br/2015/02/12/nota-de-apoio-aos-servicossocioassistenciais-a-populacao-em-situacao-de-rua-de-natalrn/>. Acesso em 11 mai. 2017 ⁶ Órgão nacional com unidades em vários municípios, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Em Natal o centro funciona como um Programa de Extensão da UFRN, atuando na defesa dos direitos dos LGBT, da População de Rua, dos usuários de serviços de saúde mental, no combate a tortura, extermínio da juventude e a intolerância religiosa. (CRDH/RN)
33
não há um número exato de pessoas em situação de rua em Natal/RN, mas estimase que o número é bem maior em relação aos dados das pesquisas anteriores. Dados da SEMTAS mostram que em 2014 o Centro Pop atendia 317 pessoas, e até a metade do ano de 2016 foram contabilizadas 1.082, ou seja, o quantitativo aumentou 240%. O levantamento mostrou ainda que mais da metade (70%) dos usuários são da capital potiguar, enquanto o restante é de municípios próximos. No Albergue Municipal, que só funciona para pernoite, estima-se que 1.600 pessoas são atendidas por ano, uma média de 59 por dia. Com o crescente número dessa população na cidade do Natal e os poucos espaços de assistência destinados à essas pessoas, fica evidente a necessidade de uma nova proposta de espaço de acolhimento. Tendo em vista ainda que os equipamentos existentes apresentam fragilidades tanto na estrutura, quanto na prestação de serviços, como veremos mais detalhadamente no tópico de Referencial Direto.
3 ARQUITETURA SOCIAL
Os arquitetos são hoje forçados, pelo próprio condicionalismo sócio económico em que a sua atividade se exerce, a interrogar-se sobre o tipo de responsabilidade social da Arquitetura e sobre a «rentabilidade social» da sua função de arquitetos. Entendendo a arquitetura como «modelação de espaços praticáveis interiores ou exteriores», ela não pode, porém, ser considerada um «luxo» desde que, através do trabalho de grupo e do diálogo com as Ciências Humanas, se situe numa relação dialética com a realidade social. (ALMEIDA, 1964, p. 237)
Lamentavelmente, apesar dos altos índices de pobreza nas cidades brasileiras, a arquitetura no âmbito social é um assunto pouco discutido no país, tendo em vista que o curso de Arquitetura e Urbanismo atualmente é um dos cursos mais elitizados nas principais universidades brasileiras, e isso reflete também na profissão, os arquitetos e urbanistas estão cada vez mais desligados do seu papel social. Todavia, esses profissionais exercem um papel fundamental na formação das cidades e dos espaços construídos, sendo assim, a existência de pessoas que habitam as ruas não deve ser ignorada. Almeida (1964) declara que os arquitetos devem se questionar, entre outras coisas, a respeito da verdadeira responsabilidade da arquitetura e qual seu papel
34
social. O primeiro questionamento representa mais o ponto de vista do arquiteto, enquanto o segundo refere-se ao ponto de vista da sociedade, onde o arquiteto que é objeto de crítica. Almeida (1964) aponta ainda três níveis fundamentais da responsabilidade social do arquiteto: a arquitetura como uma atividade artística, enquadrando-se em esquemas de estética, filosofia, sociologia da arte; a arquitetura como atividade que reflete vários tipos de preocupações, revela ao arquiteto a gravidade dos problemas à escala nacional (problema da habitação, urbanístico, da planificação do território); e como atividade enraizada sociologicamente, a arquitetura responde e propõe novas formulações das necessidades, comportamentos e aspirações das pessoas. Segundo Ghisleni (2017), em seu artigo “A lei da assistência técnica e a importância social da arquitetura”⁷, o abismo existente entre as pessoas que necessitam de assistência profissional e os escritórios de engenharia e arquitetura, é decorrente do caráter elitista da profissão, onde criou-se uma ideia de que arquitetura “de sucesso” é a de grandes obras de alto padrão, com clientes com grande poder aquisitivo, onde atende-se aos interesses apenas de uma pequena classe, sendo constantemente associada a uma necessidade supérflua, e consequentemente, ignorando a população de baixa renda. “Há uma inversão de valores e o sonho de uma arquitetura democrática e social se afasta cada vez mais da atuação profissional” (GHISLENI, 2017). Como arquitetos, projetamos. Este é um dado importante, pois é o que distingue esta pesquisa – em arquitetura e urbanismo – das outras feitas sobre o tema, que contemplam o sujeito (como as de sociologia, antropologia, psicologia, de saúde, aspectos econômicos, políticos, entre outros). É claro que propostas urbanas direcionadas para a população de rua têm como objetivo “afetar” esta população, mas o trabalho é indireto. Isto o diferencia da ação de outros profissionais que atuam de modo direto com o indivíduo (person-to-person), como aquelas dos que atuam cotidianamente com os moradores de rua e, sem os quais, nenhuma abordagem poderia ser feita: nem de saída das ruas, nem em direção a um maior conhecimento sobre esta população. O trabalho destes profissionais é imprescindível. E sendo este tema interdisciplinar, é necessário conhecer e nos valer destas outras disciplinas e pesquisas nas mais diversas áreas para se ter instrumental suficiente para lidar de modo mais criterioso com esta população. Mas o trabalho que busco fazer aqui, é de outra natureza, com o olhar do arquiteto / urbanista. Assim, se o morar na rua é uma realidade que não se pode mais ignorar, nós arquitetos temos que pensar como as cidades podem acomodar esta população no território urbano. (QUINTÃO, 2012, p. 17-18)
_______________________ ⁷ Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/802978/a-lei-da-assistencia-tecnica-e-a-importanciasocial-da-arquitetura-camilla-ghisleni>. Acesso em 18 mai. 2017
35
Em 2008, um passo importante para tornar a arquitetura acessível para população de baixa renda foi dado. O então Presidente Luís Inácio Lula da Silva decretou a Lei da Assistência Técnica Gratuita n.º 11.888/08, que assegura assistência técnica gratuita no projeto de habitações de interesse social para famílias com renda mensal de até três salários mínimos. Os serviços são custeados através de um fundo de recursos públicos que possibilita a contratação de arquitetos, urbanistas e engenheiros para a construção de habitações e/ou projetos de urbanismo como praças, ruas e parques. “Apesar de estar em vigor desde 2008, o desconhecimento desta lei faz com que ela seja ignorada na grande maioria das cidades brasileiras, aumentando o distanciamento entre o profissional e a comunidade carente” (GHISLENI, 2017). Em 1984, Vilanova Artigas⁸ realizou uma prova didática como requisito para ser professor da disciplina de projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), cujo o tema era “A Função Social do Arquiteto”. Ao início de sua apresentação, Artigas afirmou que a arquitetura é “uma arte com finalidade”, cuja essa finalidade seria “a necessidade social de a arquitetura representar alguma coisa no campo da sociedade”. De acordo com Buzzar (2015), em seu artigo “Vilanova Artigas: A função Social do Arquiteto”⁹, essa representação social, nada mais é que a possibilidade da arquitetura ser usufruída pela maioria da população, incluindo a de baixa renda. Em seu texto de 1952, intitulado de “Os caminhos da arquitetura moderna”, Artigas declara que: Enquanto a ligação entre os arquitetos e as massas populares não se estabelecer, não se organizar, enquanto a obra dos arquitetos não tiver a suma glória de ser discutida nas fábricas e nas fazendas, não haverá arquitetura popular. (ARTIGAS, 1999, p. 43)
______________________ ⁸ João Batista Vilanova Artigas está entre os dos maiores arquitetos brasileiros. Seus trabalhos causam uma reflexão a respeito do sentido da arquitetura e seu papel nas relações humanas e na paisagem urbana. Em suas mais de 700 obras, ele mostrou como a arquitetura pode ser um instrumento de transformação social, capaz de gerar comportamentos e mudar mentalidades, incorporando valores morais e valores políticos como solidariedade e democracia. (ITAÚ CULTURAL, 2015) ⁹ Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/255/vilanova-artigas-a-funcaosocial-do-arquiteto-353374-1.aspx>. Acesso em 13 mai. 2017
36
Apesar de ainda ser considerada uma profissão elitizada, há alguns anos a principal láurea da arquitetura, o Prêmio Pritzker, vem apresentando uma tendência a laurear arquitetos engajados com causas sociais. Em 2016 foi a vez do arquiteto chileno Alejandro Aravena, pela construção de mais de 2,5 mil unidades de habitação social, entre outros projetos. Segundo o júri, o arquiteto foi premiado pela sua capacidade de ampliar as áreas de atuação dos arquitetos e de buscar soluções para contextos urbanos e habitacionais. Frente a realidade do problema das pessoas em situação de rua, como arquitetos e urbanistas, devemos propor soluções tanto na área urbana - pois há indivíduos que não quererem mudar sua condição de habitar as ruas e estes, assim como todos nós, têm “direito à cidade”¹⁰ -, quanto na forma de edifícios específicos para acolher quem deseja sair das ruas. Em seu livro intitulado “O direito à cidade”, de 1968, Henri Lefebrve (2008) explicou como a burguesia, com seu projeto de cidade, aniquilou a vida urbana. O urbanismo, concebido como uma ideologia pelo autor, era o principal instrumento dos burgueses para modificar o espaço urbano. Com o processo de industrialização e consequentemente as mudanças pelas quais a sociedade vinha passando, surgiu, para a burguesia, a necessidade de conter as classes populares e, ao mesmo tempo, criar condições adequadas às demandas do capitalismo industrial. Por essa razão, com o objetivo de preservar seus privilégios, a burguesia age no sentido de expulsar o proletariado do âmago urbano. Esse processo, o autor chamou de “destruição da urbanidade”, que significa a destruição da própria vida urbana, o que pressupõe, “encontros, confrontos das diferenças, conhecimentos e reconhecimentos recíprocos (inclusive no confronto ideológico e político) dos modos de viver, dos ‘padrões’ que coexistem na cidade” (Lefebrve, 2008, p. 20). O processo descrito por Lefebrve ainda ocorre atualmente nas cidades brasileiras com a população de baixa renda, e mais especificamente, com as pessoas em situação de rua. Exemplo disto é o fato do Poder Público (ou até mesmo da própria população) das cidades proporem soluções higienistas para o problema das pessoas
______________________ ¹⁰ Termo utilizado pela primeira vez em 1968 pelo filósofo marxista francês Henri Lefebvre e que vem sendo empregado como bandeira articuladora dos movimentos sociais urbanos nacionais e internacionais. Em seu livro Le Droit À La Ville. Lefebreve aborda o tema da cidade e do direito dos seus habitantes, bem como o fato desta cidade ser uma obra dos mesmos.
37
que vivem nas ruas. Tanto é que, durante os preparativos para a Copa do Mundo de 2014, assim como nas Olimpíadas de 2016 (ver Figuras 5-6), o interesse do Estado em “limpar” as ruas para receber os turistas foi exposto nos diversos meios de comunicação. A lógica higienista presente na história da política de segurança pública visa excluir a populações em situação de rua numa tentativa de maquiar a cidade. Figura 5 - Notícia sobre retirada de Figura 6 – Noticia sobre a insatisfação dos moradores moradores de rua durante a Copa de 2014 de rua com o tratamento recebido durante as Olimpíadas
Fonte: BBC Brasil, 2014
Fonte: UOL, 2016
A sociedade precisa aceitar a realidade das pessoas que habitam o meio urbano, reiterando que há indivíduos que mesmo se tivesse oportunidade de sair das ruas, não querem. Para lidar com as pessoas que querem mudar sua condição, um projeto de arquitetura social para pessoas em situação de rua é parte integrante, mesmo que de forma indireta, do processo de reabilitação e reintegração social desses indivíduos. Assim, como etapa intermediária do processo de criação do anteprojeto, é essencial a aproximação e o diálogo com pessoas que estão nessa condição de vulnerabilidade. “Mudar a vida de uma pessoa através da arquitetura é o melhor reconhecimento que poderíamos ter dentro da nossa profissão" (GHISLENI, 2017). Ao lidar com clientes de renda baixa em projetos urbanísticos, os arquitetos ou engenheiros devem posicionar-se politicamente a favor ou contra a desigualdade social, a segregação, a valorização fundiária e a mercantilização das relações sociais. Segundo, em projetos arquitetônicos devemos posicionarmos no degrau na escada de participação do processo: vamos escutar o cliente e apoiar suas aspirações criativas, ou vamos elaborar um projeto autoral para que o cliente ratifique-o no final? Estes posicionamentos condicionam a possibilidade da assistência técnica contribuir ao direito à cidade. Este é o principal desafio que os arquitetos e engenheiros devem afrontar ao trabalhar com população de baixa renda. (CUENCA, 2017)¹¹
______________________ ¹¹ Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/867391/reflexoes-sobre-o-papel-da-assistenciatecnica-na-realizacao-do-direito-a-cidade-jordi-sanchez-cuenca>. Acesso em 18 mai. 2011
38
4 PSICOLOGIA AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS
Segundo Cavalcante e Elali (2011 apud Dalcin, 2015, p.38), o surgimento da psicologia ambiental veio da necessidade de analisar e estudar as relações das pessoas com o ambiente em que estão inseridas, incluindo as relações socioespaciais e psicoespaciais, no qual o comportamento humano é baseado. No Brasil, esse tema começou a ser abordado em meados da década de 70, no entanto só nos anos 90 ganhou força nas universidades. Não posso deixar de evocar que este campo do conhecimento é interdisciplinar, tendo relação com as áreas de Psicologia, Arquitetura e Urbanismo, Sociologia, Geografia, Paisagismo, entre outras. No âmbito da arquitetura, é fato que os espaços construídos onde são realizadas atividades diárias são capazes de influenciar diretamente no sucesso ou não das atividades ocorridas em seu interior, atuando também no comportamento do público alvo do projeto.
Muitos estudos têm sido feitos sobre a influência do espaço como atuação do comportamento humano, e observa que o espaço arquitetônico pode influenciar reações positivas ou negativas sobre as pessoas. A arquitetura pode criar espaços que auxiliem no tratamento, permitindo ver de outro modo as sensações e percepções da vida, agindo diretamente em seu íntimo, pois a percepção desafia reações afetivas com a saúde mental e seu valor recuperativo. (DEL RIO, 2016 apud CADINHO, 2016, p. 89)
Assim, na proposta de um projeto arquitetônico de um Centro de Acolhimento para Pessoas em Situação de Rua, é relevante que se estude o impacto que ambientes físicos podem causar em seus usuários, através da identificação de características físicas que podem prejudica-los ou favorece-los. Aliando isso ao uso de estratégias sustentáveis, pois além de minimizar os danos ao meio ambiente, proporciona conforto ambiental – seja térmico, luminoso e/ou acústico – aos seus usuários, de forma a gerar efeitos positivos aos mesmos.
Em linhas gerais, a arquitetura, em sua essência, tem o papel de manter e gerar o bem-estar da sociedade, promovendo meios de garantir a satisfação dos aspectos sociais, culturais e econômicos. A Arquitetura Sustentável deve não só minimizar os impactos gerados ao Meio Ambiente, mas, especialmente, integrá-la aos ciclos naturais da biosfera de forma a criar efeitos positivos, sendo um agente renovador, reparador e restaurador. (COSTA e SCOCUGLIA, 2008)
39
O livro “Introdução à Psicologia do Ser”, do psicólogo norte-americano Abraham Maslow, traz algumas contribuições importantes em relação a temática do bem-estar humano. Maslow desenvolveu a “Teoria das Necessidades Humanas”, onde ele afirma que há uma ordem hierárquica das necessidades, onde as pessoas buscam a satisfação dessas necessidades e avançam para o próximo grau de hierarquia até que, após satisfeitas as necessidades básicas, podem chegar a satisfazer as necessidades das condições motivadoras para a realização pessoal. Maslow definiu um conjunto de necessidades descritas na pirâmide abaixo: Figura 7 – Pirâmide de Maslow
Fonte: Mood, 2013
Em sua base encontram-se as necessidades básicas (necessidades fisiológicas e de segurança), e na parte superior estão as necessidades secundárias (sociais, de autoestima e de autorrealização). Segundo Cury (2015), ao trazer a teoria de Maslow para o âmbito da arquitetura, é possível agregar ao campo das necessidades pessoais os critérios de conforto térmico, acústico, luminoso e visual. Desta forma, um projeto arquitetônico poderia oferecer espaços para atendimento desde as necessidades fisiológicas – sede, fome e abrigo – até necessidades de segurança – sentir-se seguro ou encontrar um espaço para sentir-se abrigado – e necessidades sociais que permita a promoção de atividades que também forneçam vínculos de amizade e a sensação de pertencente a um grupo de pessoas no qual tem suas dificuldades compreendidas. (CURRY, 2015, p. 24)
40
Outra teoria importante a ser exposta é a dos Ambientes Restauradores (Restorative Environment), que busca identificar quais fatores ambientais afetam o bem-estar e redução da fadiga do ser humano. A partir da década de 80, de acordo com Gressler e Gunter (2013), surgiram diversas pesquisas em algumas áreas da Psicologia que atribuíam características ambientais ao estresse. Buscava-se compreender os fatores que diferenciavam as sensações de prazer ou desprazer experimentadas em determinado ambiente, assim como sobre apego e desapego ao lugar, identidade e significado do lugar, ambientes calmos ou estressantes, dentre outros. Duas
linhas
de
pesquisa,
conduzidas
separadamente,
colaboraram
diretamente para formar o conceito de ambientes restauradores: A primeira delas é a “Teoria da Recuperação Psicofisiológica ao Estresse”, proposta por Roger Ulrich (mestre e doutor em comportamento humano), onde segundo Gressler e Gunter (2013) ele afirma que o ser humano usa estratégias comportamentais que requerem decisões afetivas, como aproximação ou repulsão, além de uma mobilização simultânea de recursos fisiológicos para atender a tais estratégias, e que ao ser submetido a tomar decisões em excesso tende ao estresse, e consequentemente, emoções negativas, mudanças negativas do sistema fisiológico e aumento da atenção automática, ou seja, da vigilância. Urich (1983 apud Gressler e Gunter, 2013) afirmou ainda que os ambientes físicos visualmente prazerosos, podem reduzir o estresse, pois causam emoções positivas, mantêm o estado de atenção não vigilante, diminuem os pensamentos negativos e possibilitam o retorno à excitação fisiológica para níveis mais moderados. Uma vez que as propriedades visuais influenciam preferências estéticas e despertam o interesse, elas podem ter moderada profundidade, moderada complexidade e presença de um ponto focal. Ulrich (1983) considerou alguns aspectos da natureza como capazes de promover recuperação psicofisiológica ao estresse, como a água e a vegetação, principalmente gramados e árvores. (GRESSLER E GUNTER, 2013, p.489)
A outra teoria é da “Restauração da Atenção”. Os psicólogos Stephen e Rachel Kaplan (apud Gressler e Gunter, 2013, p. 489) postularam que depois de horas de atenção concentrada, ou de exposição ao estresse, pode ocorrer fadiga no processo de atenção, então o cérebro humano passa a necessitar de um momento para descansar, antes de retomar a atenção. Os Kaplan, (1995 apud Gressler e Gunter,
41
2013), apontam quatro fatores que promovem a restauração da atenção: a fascinação (atenção involuntária, que não exige esforço ou inibição de estímulos concorrentes, que permite ao sistema de atenção fatigado descansar e restaurar a capacidade de atenção dirigida), o afastamento (envolve possibilidades geográficas e/ou psicológicas de estar afastado do contexto usual, das experiências da vida cotidiana, da necessidade de atenção direta, focalizada), a extensão (refere-se às propriedades de conectividade e alcance em um determinado ambiente, que possua alcance suficiente para manter a interação sem provocar tédio, durante um período de tempo) e a compatibilidade (refere-se ao encontro entre as inclinações pessoais, os propósitos e o suporte do ambiente para determinadas atividades e as possíveis ações no ambiente ao cabo de evitar o esforço mental exaustivo). Com base nestas teorias, entendemos o ambiente restaurador como esteticamente prazeroso, capaz de estimular experiências restauradoras, isto é, experiências de recuperação e reestabelecimento dos aspectos físicos e psicológicos ou da capacidade social perdidos devido aos processos psicológicos de estresse e fadiga da atenção. Outro ponto a ser abordado é a influência psicológica das cores nos seres humanos.
Evidências científicas sugerem que a luz de diversas cores, ao entrar pelos olhos, afeta diretamente o centro das emoções. Embora a maioria das pessoas enxergue a cor da mesma maneira, cada um de nós responde a esse estímulo de formas diferentes. Ou seja, é um fenômeno subjetivo e individual. (CORREIA, 2015)¹³
No âmbito da arquitetura e do design de interiores, as cores podem nos atrair ou não para determinado local e transmitir diferentes sensações. Em um projeto arquitetônico é relevante fazer um estudo de cores, saber o que realmente aquele lugar quer transmitir para as pessoas, quais as características do público alvo do projeto e com qual frequência permanecerão no local, e assim estudarmos qual cor usar e com qual proporção. Segundo Pereira (2012), podemos classificar as cores em: quentes e frias. As primeiras são excitantes, e influenciam a movimentação e desperta emoções fortes, já as cores frias são calmantes e traz harmonia ao local, como mostra a tabela abaixo: _______________________ ¹³ Disponível em: <http://www.revistaplaneta.com.br/a-logica-da-cor/>. Acesso em 21 mai. 2017
42
Tabela 5 – Sensações causadas por cores quentes e frias
Fonte: Pereira, 2012
Para a proposta de projeto que será desenvolvida neste trabalho de conclusão de curso, onde seus usuários são pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social, ainda conforme Pereira (2012) é preciso ter cautela com algumas cores frias, como a cor preta e cinza, pois podem causar sensações melancólicas, e também com algumas cores quentes, como a cor vermelha, que podem tornar o ambiente estressante. Além disso, quem vive nas ruas não está acostumado com espaços de cores vibrantes, e como algumas dessas pessoas estão com a saúde mental afetadas, sentem bastante os efeitos transmitidos pelas cores e materiais usados no local. Por isso o uso de diferentes cores na edificação é importante para trazer alegria, mas precisa ser usado de forma moderada para não trazer uma sensação de surrealidade para eles. Ao tratar desses assuntos e relaciona-los aos equipamentos sociais voltados para pessoas em situação de rua, percebe-se que explorar o potencial da análise do comportamental dos indivíduos nesse tipo de ambiente através das teorias expostas e aplicar os dados obtidos no desenvolvimento de um projeto, pode trazer ganhos e influenciar na forma que o espaço é vivenciado pelas pessoas. Devemos levar em consideração que o público alvo do projeto estará em fase de formação moral, social e psicológica, e que o tempo todo as pessoas estabelecem relações de troca com os ambientes em que vivem. O projeto idealizado para esse tipo de instituição é uma arquitetura que transpasse o conforto de uma residência, que os cômodos e setorização sejam projetados com o mesmo objetivo de um domicilio, usando mesmos mobiliários e suas disposições e funções, que tenha local adequado para execução de trabalhos para auxílio na formação profissional, psicológica, entretenimento e educação, com uma fachada convidativa e interior aconchegante. (PEREIRA, 2012, p. 11-12)
43
A tabela abaixo apresenta uma síntese de informações importantes ligadas ao conceito de Psicologia Ambiental, que serão utilizadas para a elaboração da proposta do projeto deste trabalho de conclusão de curso: Tabela 6 – Resumo dos aspectos relacionados à humanização dos espaços
Fonte: MELO, 2015
O planejamento consciente de um projeto arquitetônico determina um diferencial na obra e no meio ambiente, e pode ser feito, além do estudo da Psicologia Ambiental, através de algumas estratégias sustentáveis.
44
Segundo a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA), em seu guia intitulado de “Sustentabilidade na Arquitetura”, o conceito de sustentabilidade atualmente é aplicado de modo inadequado. Originalmente, a palavra sustentabilidade está associada ao termo “desenvolvimento sustentável”, que foi definido em 1987 relatório de Brundtland¹⁴, como “o desenvolvimento que supre as necessidades atuais sem comprometer o atendimento das necessidades das futuras gerações em atender às suas”. De modo geral, por sustentabilidade se pressupõem três dimensões claramente definidas: ambiental, social e econômica. Estas dimensões devem ser devidamente estudadas na elaboração de projetos arquitetônicos. A arquitetura sustentável é a busca por soluções que atendam ao programa definido pelo cliente, às suas restrições orçamentárias, ao anseio dos usuários, às condições físicas e sociais locais, às tecnologias disponíveis, à legislação e à antevisão das necessidades durante a vida útil da edificação ou do espaço construído. Essas soluções devem atender a todos esses quesitos de modo racional, menos impactante aos meios social e ambiental, permitindo às futuras gerações que também usufruam de ambientes construídos de forma mais confortável e saudável, com uso responsável de recursos e menores consumos de energia, água e outros insumos. (GUIA DE SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA, 2012, p. 14)
A maior dificuldade de incluir práticas sustentáveis no dia a dia da sociedade está ligada às culturas do consumo exacerbado e do desperdício, porém, verificamos que diariamente muitos moradores de rua é comum exerce como forma de remuneração a profissão de catador de material reciclável. “O lixo de consumo da sociedade torna pedra fundamental para a vida na rua”, como afirma Eichemberg (2004). Assim, em um projeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua, é importante que seus usuários continuem sendo incentivados na educação contra o desperdício. Enquanto que na edificação, algumas estratégias sustentáveis podem ser aplicadas. É aí que entra a contribuição da Bioarquitetura, que segundo Cavalaro (2013), é a arte de projetar em respeito à vida e ao meio-ambiente, buscando a construção de edificações que estejam em harmonia com a natureza e proporcionem a redução tanto dos impactos ambientais quanto dos custos operacionais.
____________________ ¹⁴ Documento elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
45
Desta forma, a Bioarquitetura vem em busca da aplicação materiais simples, aliados ao conforto e a tecnologia, como por exemplo, a utilização de materiais encontrados no local: terra, madeira e pedra, retiradas corretamente pela mão-de-obra local para evitar prejuízos ao meio ambiente e reduzir o custo da construção e da emissão de poluentes. (CAVALARO, 2013, p. 131)
O saber-fazer humano primitivo aliado à tecnologia atual, que representa este ramo da arquitetura, prioriza o uso de técnicas construtivas sustentáveis como tijolo adobe, cimento queimado ou taipa de pilão e matérias-primas naturais, recicláveis, de fontes renováveis e que não possam ser aproveitadas integralmente. Materiais como bambu, palhas e madeira reflorestada, ou proveniente de manejo certificado, são bastante utilizados. Alguns conceitos básicos importantes que podem ser utilizados no anteprojeto em questão constam na Figura 8. Figura 8 – Esquema de casa construída usando os fundamentos da Bioarquitetura
Fonte: Bussoloti, 2007
46
3 ESTUDO DE REFERENCIAS PROJETUAIS
Para auxiliar na elaboração do anteprojeto do Centro de Assistência à População em Situação de Rua, foram selecionados alguns projetos, com o objetivo de analisar aspectos relacionados à funcionalidade e às qualidades estéticas das edificações. Primeiramente serão apresentadas três referências projetuais indiretas, a partir de fontes da internet, onde duas são internacionais e uma nacional e apenas um não foi executado. Depois será apresentada a referência projetual direta, com base na visita realizada ao edifício que abriga os serviços assistenciais à população de rua da cidade do Natal/RN, que também servirá de suporte para projetar um novo equipamento voltado para este público alvo. Em seguida, por fim, será apresentado um referencial formal, que auxiliará na definição da forma da edificação.
5.1 REFERENCIAIS INDIRETOS
5.1.1 The Bridge Homeless Assistance Center
Projetado pelo escritório Overland Partners Architects, no centro da cidade de Dallas (Texas, EUA), concluído em maio de 2008 e situado em um terreno de cerca de 3,41 hectares, o The Bridge (ver Figura 9) oferece, durante 24h do dia, serviços de assistência, incluindo habitação e cuidados de emergência para mais de 6.000 pessoas. Figura 9 – Fachada do The Bridge Homeless Assistance Center
Fonte: Archdaily, 2011
47
A edificação é modelo mundial em design para os centros de atendimento à população de em situação de rua, tendo em vista que conquistou o prêmio Best Entry Architectural no International Rebranding Homelessness Competition, organizado pela South Africa’s Tshwane Leadership Foundation, no qual homenageia projetos que buscam desenvolver uma nova linguagem, visão e abordagem para lidar com esse grupo de pessoas que estão desabrigadas. O The Bridge conta com cinco edifícios e um pátio central descoberto e arborizado (ver Figura 14). Há um edifício de serviços de três andares, um edifício de boas-vindas de um andar, um edifício de armazenamento, um pavilhão ao ar livre e um local para refeições que serve como um ponto focal para o pátio central, como mostra a Figura 10: Figura 10 – Planta de Situação do The Bridge
Fonte: Archdaily, 2011, editado pela autora
De acordo com o texto Gold Medal Winner: The Bridge Homeless Assistance Center¹⁵ e a partir das análises das plantas baixas, alguns pontos foram destacados (Ver Figuras 11 – 12 e 13): _______________________ ¹⁵ É importante ressaltar que as informações contidas neste texto foram traduzidas pela própria autora.
48
•
No edifício principal (edifício de boas-vindas), localizam-se as lavanderias, correios, barbearia, creche, biblioteca e salas de aula. Também é o lugar – uma espécie de “concierge” - onde os hóspedes podem se reunir com os funcionários para planejar o próximo passo em um processo de transição.
•
O edifício de serviços inclui, no primeiro andar, clínicas, espaço para realização de exames, aconselhamento e formação; no segundo andar: serviços de apoio, tais como assistência jurídica, ajuda aos viajantes, ingresso no mercado de trabalho, auxílio-moradia e administração; no terceiro andar: espaços para residentes de longo prazo - um dormitório masculino, um dormitório feminino e quartos para hóspedes com necessidades especiais.
•
O pavilhão de alimentação e cozinha, localiza-se na área central no complexo, criando o centro social do local. Fornecendo três refeições por dia preparadas por uma instituição de caridade.
•
Há banheiros e chuveiros ao ar livre que dão oportunidade às pessoas, independentemente do tempo de permanência, de cuidar de suas necessidades pessoais básicas.
•
O pavilhão de dormitórios (ver Figura 15) é um armazém adaptado reutilizado, fornecendo abrigo de emergência para cerca de 300 pessoas. As portas de garagem do edifício são deixadas abertas para os residentes que se sentem mais confortáveis ao dormir ao ar livre.
•
O edifício oferece espaço seguro para os pertences dos hóspedes. Também inclui um canil, já que muitas pessoas que vivem em situação de rua têm companheiros caninos que viajam com eles.
•
Os pátios são uma parte crucial do projeto: o primeiro emoldura a entrada pelo qual os hóspedes chegam através de um portão na Entrada Pátio; o segundo engloba um espaço ao ar livre para a sala de jantar, uma extensão do refeitório; o terceiro é destinado para os residentes; e o quarto "jardim secreto" é reservado para hóspedes menores de dezoito anos de idade.
49
Figura 11 – Planta Baixa (Pav. Térreo) do The Bridge
Fonte: Archdaily, 2011 Figura 12 – Planta Baixa (Seg. Pavimento) do The Bridge
Fonte: Archdaily, 2011 Figura 13 – Planta Baixa (Ter. Pavimento) do The Bridge
Fonte: Archdaily, 2011
50
O edifício foi premiado com certificação LEED (Leadership in Energy & Environmental Design), por apresenta várias estratégias de sustentabilidade, como: reutilização de um edifício existente, coberturas e pavimentação de baixo albedo, plantações nativas, sistema de reaproveitamento de águas cinzas, uso de materiais reciclados, uso de luz e ventilação naturais, entre outros. Segundo o artigo do Archdaily (2011), o diretor da Overland Partners Architects, James Andrews, afirmou que desde a inauguração da edificação mais de 2,5 milhões de refeições foram servidas e cerca de 750 desabrigados foram colocados em habitação e o número da população em situação de rua em Dallas reduziu em cerca de 57%. Além a população em situação de rua não foi a única beneficiada pelo projeto, uma vez que a taxa de criminalidade na cidade também sofreu uma redução de cerca de 20%. Figura 14 – Pátio Central do The Bridge
Figura 15 – Dormitórios do The Bridge
Fonte: Archdaily, 2011
Fonte: Archdaily, 2011
O ponto de maior relevância desse projeto como referência é a ideia de um pátio central aberto com áreas verdes concebida pelo posicionamento das edificações ao redor, criando espaços acolhedores para permanência e convivência entre os usuários. Outra característica importante é a criação de um espaço de dormitórios ao ar livre, que proporciona uma sensação de maior liberdade aos que optaram por não usar os dormitórios.
51
5.1.2 CAPSLO Homeless Services Center
O escritório Gwynne Pugh Urban Design Studio, em parceria com o garcia architecture + design , foi selecionado de para projetar o novo CAPSLO Homeless Services Center (ver Figura 16), localizado em San Luis Obispo, Califórnia. O projeto, que não foi construído, inclui vários espaços como: salas comunitárias, áreas de serviços, escritórios, áreas médicas, dormitórios, entre outros. O projeto geral é estruturado em torno de um eixo longitudinal que orienta a organização do programa e distribuição de serviços de acordo com as direções cardeais. A segurança dos espaços aumenta das áreas públicas situadas no Oeste até as áreas mais íntimas no lado Leste do edifício. Assim como, à medida que os espaços se tornam mais informais quando se caminha de norte a sul dentro do prédio. Figura 16 – Fachada do CAPSLO Homeless Services Center
Fonte: Archdaily, 2011
De acordo com o Gwynne Pugh Urban Design Studio¹⁶, o projeto se desenvolve em um edifício de dois andares, acomodando até 110 camas para adultos solteiros, famílias e crianças. O prédio também abriga uma grande sala multiuso, lavanderia, chuveiros, uma área polivalente, uma biblioteca, computadores e escritórios para funcionários. Faz parte do programa também, sala de exames médicos, instalações de saúde mental, uma grande sala de jantar, uma cozinha, áreas de recreação e canis (ver Figuras 17-18)
_________________ ¹⁶ É importante ressaltar que as informações contidas neste texto foram traduzidas pela própria autora.
52
Figura 17 – Planta Baixa (Pav. Térreo) do CAPSLO
Fonte: Archdaily, editado pela autora
Figura 18 – Planta Baixa (Pav. Térreo) do CAPSLO
Fonte: Archdaily, editado pela autora
O esquema de design proporciona uma fachada graciosa para a comunidade, bem como a privacidade para os moradores. O projeto tem uma sensação acolhedora, não-institucional que se estende ao longo do projeto, incluindo a paisagem ao ar livre. (GWYNNE PUGH URBAN STUDIO, 2015)¹⁷
______________________ ¹⁷ Disponível em: <http://www.gwynnepugh.com/project/CAPSLO%20Homeless%20Center>. Acesso em 23 mai. 2017
53
Figura 19 – Visão externa do CAPSLO
Figura 20 - Visão interna do CAPSLO
Fonte: Archdaily, 2011
Fonte: Archdaily, 2011
5.1.3 Oficina Boracea
A Oficina Boracea foi projetada pelo escritório Roberto Loeb e Associados, como parte do Programa Acolher – Reconstruindo Vidas lançado em 2002 pela Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Município de São Paulo (SAS/PMSP). Ocupando um terreno de 17.000m², na região da Barra Funda, antigos galpões de transporte da prefeitura foram reformados, a fim de comportar o novo programa. A proposta era oferecer um local aberto 24h que serviria de pernoite e diversas atividades para 680 pessoas em situação de rua. Nas palavras do autor do projeto: “Esse centro social converge uma série de atividades e espaços de convivência visando restituir a dignidade a moradores de rua.” No projeto original, há um acesso principal, onde localiza-se a Recepção e um túnel (ver Figura 21) que dá acesso ao pátio (ver Figura 23) e aos espaços para diversos serviços (ver Figura 22), tais como: oficinas profissionalizantes, restaurante, abrigo para idosos, abrigo para animais, albergues, oficinas temáticas, lavanderia, entre outros. Há também um núcleo de atendimento aos catadores de material reciclável, disponibilizando espaço para carrinhos e coleta seletiva (ver Figura 24). O dormitório é a chamada “Taba”, onde inicialmente a ideia era fazê-lo repleto de redes de dormir.
54
Figura 21 – Acesso principal
Fonte: LoebCapote, 2004 Figura 22 – Planta Baixa do Projeto Oficina Boracea
Fonte: LoebCapote, 2004
Figura 23 – Salão multiuso
Fonte: LoebCapote, 2004
Figura 24– Espaço para carrinhos
Fonte: LoebCapote, 2004
55
Apesar da estrutura do projeto ter atributos para obter sucesso, infelizmente o projeto inicial sofreu algumas desconfigurações, como a ideia das redes na “Taba”, que depois foram substituídas por dezenas de camas (ver Figura 25), uma ao lado das outras, sem privacidade. Além disso, devido principalmente, ao descaso das autoridades, a instituição se tornou um antro abandonado, como afirma Paula Quintão (2012): O processo, no entanto, mostrou-se outro. A verba não foi repassada a alguns profissionais, ratificando a posição de “caridade” ou “trabalho voluntário”, como quase todo projeto ligado à população em situação de rua, ao menos na cidade de São Paulo. Parece lógico que no momento em que a questão de “prover teto, banheiro, comida e roupa” para o morador de rua deixar de ser uma questão de caridade, e se deslocar para uma posição que os considere clientes, o processo poderá ser legitimado e a questão ser vista sob outra ótica que possibilitará resultados mais legítimos, mais eficazes. (QUINTÃO, 2012, p. 102)
O projeto hoje recebe críticas no que diz respeito à dimensão e administração, pois tenta acolher um número muito elevado de pessoas com interesses diversos em um único local, reiterando que a principal característica da população de rua é o fato de ser um grupo heterogêneo. No entanto, escolhi a instituição como referência projetual pois há alguns pontos que considero positivos, como o estacionamento para carroças dos catadores e o atendimento aos animais de estimação, além de oficinas profissionalizantes (Ver Figura 26). Figura 25 - Taba
Fonte: LoebCapote, 2004
56
Figura 26 – Publicação em revista sobre o Projeto Oficina Boracea
Fonte: Revista Arquitetura & Construção, 2004
5.2 REFERENCIAL DIRETO
A cidade do Natal tem um número restrito de estabelecimentos voltados para o o atendimento à População em Situação de Rua. Por isso para o estudo referencial direto foi realizada visita in loco em apenas um desses estabelecimentos, previamente escolhido com a finalidade de avaliar o ambiente construído.
5.2.1 Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop)
O Centro Pop (ver Figura 27) da capital potiguar, inaugurado pela Prefeitura do Natal no início de 2016, está localizado na Região Leste, no bairro Barro Vermelho, próximo ao Viaduto do Baldo¹⁸ (ver Figura 28). Os dados que serão apresentados neste tópico foram colhidos através de um instrumento de avaliação chamado de walkthrough¹⁹ e entrevistas semiestruturadas²⁰ com os usuários do local, que se encontram nos apêndices deste trabalho. _______________________ ¹⁸ O Baldo é um viaduto localizado na cidade do Natal que liga o bairro da Cidade Alta à Zona Sul. Muitos moradores de rua ocupam a parte de baixo do viaduto e seus arredores. ¹⁹ O Walkthrough (que pode ser traduzido como “passeio”) é um método de análise que combina simultaneamente a observação e a entrevista, sendo complementado ainda por fotos e/ou croquis, além de fichas de registro. É muito utilizado na avalição de desempenho do ambiente construído e do programa arquitetônico. ²⁰ Foi realizada com os usuários do local entrevistas semiestruturadas do tipo clínica, ou seja, seguiuse um roteiro básico e um conjunto de perguntas previamente programados e impressos, onde as perguntas dizem respeito, principalmente, à “história pessoal” dos respondentes.
57
Figura 27 – Fachada do Centro Pop
Figura 28 – Viaduto do Baldo
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Fonte: Acervo pessoal, 2017
O espaço volta-se, especificamente, para o atendimento especializado à população em situação de rua e funciona de segunda à sexta das 8h às 17h, atendendo em média 70 pessoas por dia (adultos e/ou famílias), sendo a maioria do gênero masculino. Não foi possível obter as plantas baixas/cortes do local, porém, foi elaborado um croqui (ver Figura 29), e segundo a coordenadora Renata Penha, o centro foi implantado em uma edificação com espaço menor que o desejado, pois há uma grande dificuldade de alugar espaços para esse tipo serviço, tendo em vista que existe muito preconceito voltado para o público alvo deste espaço. Os usuários podem chegar a utilizar o serviço tanto de forma espontânea, como através dos serviços de abordagem social, encaminhamentos através de outros serviços e por meio da indicação de outros usuários. A equipe conta com um (01) coordenador, um (01) técnico de nível superior, três (03) assistentes sociais, quatro (04) psicólogos, dois (02) auxiliares de serviços gerais, uma (01) cozinheira, um (01) auxiliar de cozinha, dois (02) assistentes administrativos, oito (08) cuidadores e quatro (04) vigilantes. Nas entrevistas realizadas com os usuários do local, todos afirmaram que não tinham o que reclamar sobre a forma que são tratados pela equipe, e sim o oposto: a equipe foi muito elogiada. O serviços e atividades ofertadas no local são: atendimento psicossocial; encaminhamentos para redes socioassistenciais e documentação; acesso a banho e à alimentação (almoço e lanches); além de oficinas educativas. Em relação ao programa arquitetônico (ver Figura 29), há: uma recepção (ver Figura 30); sala para atividades referentes à coordenação; sala para técnicos (ver Figura 31); sala de atendimento individualizado e/ou familiar (ver Figura 32); cozinha
58
(ver Figura 33); despensa; banheiros: um masculino, um feminino, e um adaptado para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, sendo este último inadequado (ver Figura 34); lavanderia; refeitório (que também é utilizado para as atividades coletivas dos usuários, como as oficinas; ver Figura 35); espaço para convívio entre os usuários (ver Figura 36); e guarda de pertences, com armários individualizados para 32 pessoas.
Figura 29 – Croqui do Centro Pop (Sem escala)
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Os materiais e recursos da unidade são, basicamente, computadores com acesso à internet, impressoras, telefones, materiais para desenvolvimento de atividades, mobiliários, artigos de uso e higiene pessoal, veículo para utilização da equipe, dentre outros.
59
Figura 30 – Recepção
Figura 31 – Sala dos técnicos
Figura 32 – Sala de atendimento
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Figura 34 – BWC “adaptado”
Figura 35 – Espaço multiuso
Figura 33 – Cozinha
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Fonte: Acervo pessoal, 2017
Figura 36 – Espaço de convívio entre os usuários
Fonte: Acervo pessoal, 2017
60
Apesar do serviço oferecido por parte da equipe ser de excelência, como afirmaram alguns de seus usurários, a infraestrutura do local é inadequada, principalmente em relação ao tamanho, que é insuficiente para a quantidade de pessoas que o frequenta diariamente. Além disso, não se adequa às normas da NBR 9050/2015, que trata da acessibilidade em edificações.
5.3 REFERENCIAIS FORMAIS sua forma visual, suas dimensões e escala, a qualidade de sua luz – todas essas qualidades dependem de nossa percepção dos limites espaciais definidos pelos elementos da forma. À medida que o espaço começa a ser capturado, encerrado, moldado e organizado pelos elementos da massa, a arquitetura começa a existir (CHING, 2008, p. 92).
Sendo assim, para propor um projeto arquitetônico é imprescindível que haja uma pesquisa a respeito da forma que será dada à edificação. Este estudo tem como finalidade apresentar elementos arquitetônicos que se assemelhem à linguagem formal que será adotada no projeto proposto.
5.3.1 Pavilhão BES
Situado no centro da cidade de Ha Tinh, Vietnã, o Pavilhão BES (Bamboo + Earth + Stone)²¹ foi projetado em 2013 pelo escritório H&P Architects e consiste em um espaço aberto de 123m² (ver Figura 37) que oferece serviços à comunidade, focado na arte e na cultura. O pavilhão conta com seis blocos (que se assemelham a cabanas) separados dispostos livremente em torno de um pátio central (ver Figura 39), com o objetivo de criar vários pontos de vista, bem como a interação entre luz e sombra. Fazem parte do programa do projeto: duas entradas – que se dão através de um caminho estreito entre dois blocos e se abre para o pátio interior –; espaços comunitários; jardins; pátio central; área de serviço; cozinha e banheiro (ver Figura 38). ______________________ ²¹ Tradução: Bambu + Terra + Pedra. O pavilhão se configura a partir de materiais locais e métodos tradicionais de construção.
61
Figura 37 – Vista externa do Pavilhão BES
Fonte: Archdaily Brasil, 2013 Figura 38 – Implantação
Fonte: Archdaily Brasil, 2013
62
Figura 39 - Arranjo de blocos separados em torno de um pátio central
Fonte: Archdaily Brasil, 2013
De acordo com os autores do projeto, o benefício que o espaço confere aos seus visitantes se dá através do processo de construção, que é focado em torno da interação do usuário e participação - na esperança de ensinar as pessoas sobre os benefícios de um bom design com uma abordagem de "aprender fazendo". As mesmas soluções de desenho do pavilhão se convertem em algumas lições úteis: aerodinâmica (ventilação), física (difusão da luz – ver Figura 40), biologia (fotossíntese, plantio – ver Figura 41). Estes fatores ajudarão a dirigir os comportamentos dos usuários na posteridade - para um entorno de vida mais verde. Figura 40 – Vista interna da cabana
Fonte: Archdaily Brasil, 2013
Figura 41 – Vista externa (jardim) do pavilhão
Fonte: Archdaily Brasil, 2013
63
5.3.1 Skaeve Huse
O escritório de arquitetura holandês Elmo Vermijs em parceria com a Trudo Housing Corporation, uma organização de habitação social, projetou um espaço em forma de vila com várias casas coloridas cercada por áreas verdes (ver Figura 42), na cidade de Eindhoven, Holanda, para abrigar pessoas em situação de rua. Segundo os arquitetos, a inspiração para a aldeia veio de uma expressão dinamarquesa Skaeve Huse, que pode ser traduzido como “casas especiais para pessoas especiais”. Em geral, este termo faz referência a uma espécie de casa de emergência, sempre pequena e temporária, no entanto neste projeto específico os usuários podem permanecer por tempo indeterminado, mas precisam ajudar a comunidade com os gastos.
Figura 42 – Vila com casas coloridas
Fonte: Studio Elmo Vermijs, 2017
Ainda de acordo com os arquitetos o projeto também busca ser autossuficiente e sustentável em termos de energia. Todas as casas têm painéis de energia solar no telhado, além de grandes janelas que propicia entrada de luz natural (ver Figura 43). Além disso, há caminhos que ligam uma casa para outra (ver Figura 44). Assim, apesar de cada residência ter sua privacidade garantida, ela não é isolada, pois a intenção é que os usuários consigam, aos poucos, superar suas dificuldades e estabelecer uma vida em comunidade.
64
Figura 43 – Casas com painéis de energia solar e grandes aberturas
Fonte: Studio Elmo Vermijs, 2017
Figura 44 - Implantação
Fonte: Studio Elmo Vermijs, 2017
65
6 METAPROJETO
6.1 CONDICIONANTES PROJETUAIS
Para auxiliar nas decisões iniciais da elaboração do anteprojeto, tais como: a distribuição do programa de necessidades; a implantação; os acessos; zoneamento e a volumetria, é imprescindível que os aspectos ambientais, urbanísticos e legais do terreno escolhido sejam estudados. Portanto, a seguir, será apresentada a devida análise destes aspectos.
6.1.1 O terreno
De acordo com o Texto de Orientação para o Reordenamento do Serviço de Acolhimento para a População Adulta e Famílias em Situação de Rua, do SUAS, as unidades de Abrigos Institucionais devem ser inseridas em locais onde haja a maior concentração de pessoas em situação de rua. Sendo assim, o terreno (ver Figura 45) escolhido para a implantação do anteprojeto está localizado no bairro das Rocas (Região Administrativa Leste da capital potiguar) – bairro de uso predominantemente residencial, segundo dados da SEMURB –, no cruzamento da Av. Gustavo Cordeiro de Farias com a Rua Miramar, ocupando uma área de 3.515m². Em seu interior há arvores de grande porte e algumas edificações em estado de ruína. Figura 45 – Localização do terreno onde será implantado o anteprojeto
z Fonte: Google Maps, editado pela autora, 2017
66
Como mostra a Figura 46, o terreno está próximo a vários equipamentos importes, inclusive os destinados para a população em vulnerabilidade social, como o Albergue Municicipal, o Centro Pop e o CREAS II. Esse aspecto foi decisivo para a escolha dessa área, que fica perto do centro da cidade (local de maior concentração de população em situação de rua).
Figura 46 – Equipamentos próximos ao terreno
Fonte: Google Maps, editado pela autora, 2017
A topografia do terreno é acidentada (ver Figuras 48-49), pois se encontra em meio a dois declives. No sentido Norte-Sul a diferença de nível é de 7 metros, e a de Leste-Oeste é 4 metros, enquanto na extremidade Norte há uma parte do terreno mais plana. Dependendo da solução espacial escolhida, é possível que haja necessidade de movimentação de terra. Em seu entorno imediato predomina-se o uso habitacional, com presença de edificações verticalizadas. Dentre os usos que não são habitacionais, destaca-se a presença de comércios e imóveis fechados. O gabarito do entorno é variado (ver Figura 47), desde edificações térreas (uso de serviços), blocos de quatro pavimentos
67
(uso residencial) e torres entre 15 e 43 pavimentos (também de uso residencial), influenciando nas condições de insolação incidentes no terreno. Figura 47 – Mapa de Gabarito do entorno imediato
Fonte: Google Maps, editado pela autora, 2017
Figura 48 – Terreno com curvas de nível
Fonte: SEMURB, editado pela autora, 2017
68
Figura 49 – Perfis topográficos das faces do terreno
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
6.1.2 Condicionantes Legais
Para elaboração do anteprojeto é imprescindível que algumas leis e/ou normativas sejam consideradas, como as leis municipais (Plano Diretor e Código de Obras); a NBR 9050, referente à acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos; e a NBR 9077, que trata de Saídas de emergência em edifícios, bem como a Portaria 191/2013 do Corpo de Bombeiros Militar do RN (CBMRN). Dessa forma, neste tópico serão apresentadas todas essas legislações que servirão como base para a criação da proposta que será desenvolvida neste trabalho de conclusão de curso. 6.1.2.1 Plano Diretor de Natal – Lei Complementar 082/2007
O bairro das Rocas, conforme o Plano Diretor mais recente da cidade, se insere na Zona Adensável. Por apresentar disponibilidade de infraestrutura e necessidade
69
de diversificação de uso que possibilitem um adensamento maior, foi estabelecido para as Rocas um coeficiente de máximo de aproveitamento de 2,5. O bairro em questão pertence à Área Especial de Interesse Social (AEIS 2) – áreas sob influência de equipamentos de impacto socioeconômicos, culturais e paisagísticos. As prescrições urbanísticas adicionais do Plano Diretor, estabelece ainda para as zonas adensáveis: gabarito máximo de 90m – no entanto por ser uma AEIS não regulamentada, o gabarito máximo permitido é 7,5m; taxa de ocupação de 80% - acima do 2º pavimento será em função da área resultante da aplicação dos recuos previstos na Tabela 7; permeabilidade mínima de 20% do terreno; recuo frontal mínimo de 3,00m e nas laterais e fundos do terreno medindo 1,50m (ver Tabela 7). Ainda de acordo com o Plano Diretor, área está passível de uma Operação Urbana Consorciada (OUC), que é definida como: Conjunto integrado de intervenções e medidas urbanísticas que definem um projeto urbano com objetivo de promover melhorias urbanas, incentivar a fundo sócio ambiental da propriedade, promover a justiça social, gerar habitabilidade digna, preservar valores histórico-culturais, cênicopaisagísticos e ambientais significativos para o patrimônio da cidade, promover adequação viária, produção ou melhoramentos na infraestrutura dos equipamentos coletivos e dos espaços públicos. (NATAL, 2007
Tabela 7 – Recuos segundo o Plano Diretor de Natal/RN
Fonte: SEMURB, 2007
70
Com base nestas diretrizes, e sabendo que o terreno escolhido para a implantação do Centro de Assistência a População em Situação de rua, tem uma área de aproximadamente 3.515m², e apresenta 03 (três) frentes, devido ser margeado por 03 (três) vias – R. Ferro Cardoso (local), R. Gen. Gustavo Cordeiro (coletora) e R. Miramar (coletora), considerou-se os seguintes dados, durante o processo projetual: Tabela 8 – Síntese das prescrições urbanísticas segundo o Plano Diretor de Natal/RN Coeficiente máx. de Aproveitamento
2,5 x 3.515m² = 8.787,5m²
Taxa máx. de Ocupação
80% = 2.812m²
Taxa mín. de Permeabilidade
20% = 703m²
Recuos Mínimos (até o 2º pav.)
Frontal: 3,00m Fundos: Não obrigatório
Gabarito máximo
7,5m
Fonte: Elaborada pela autora com base nos dados da SEMURB, 2007
6.1.2.2 Código de Obras e Edificações do Município de Natal – Lei Complementar 055/2004
O Código de Obras e Edificações, normaliza juntamente com o Plano Diretor da cidade e as demais normas ambientais e urbanísticas, toda e qualquer obra de construção, ampliação, reforma ou demolição, através de seu licenciamento. Após analisa-lo foram observados pontos de extrema importância referentes aos muros, acessos,
estacionamentos,
calçadas,
dimensionamentos
dos
ambientes,
acessibilidade, circulações verticais e horizontais, e ainda dados direcionados ao conforto térmico e a implantação da edificação no terreno. Tais pontos serão expostos a seguir: •
Estabelece, a respeito do fechamento dos terrenos, que nas Zonas Adensáveis a altura máxima dos muros, pode ser de até 6,00 m;
•
Prever áreas destinadas ao estacionamento ou à guarda de veículos, cobertas ou não, sendo as dimensões mínimas admitidas para cada vaga são de dois metros e quarenta centímetros (2,40 m) de largura e quatro metros e cinquenta centímetros (4,50 m) de comprimento. No entanto a reserva de área para estacionamento pode ser dispensada no caso de a área ser uma AEIS;
71
•
Para o cálculo do número de vagas no estacionamento: 1 vaga / 50m², e ainda conter local para carga e descarga, taxi, embarque e desembarque, e local destinado à casa de lixo;
•
Nos locais públicos ou privados de uso coletivo deve ser reservado o número de vagas às pessoas portadoras de deficiência física, conforme estabelecido na NBR específica;
•
Os acessos, entrada e saída do estacionamento e do pátio de carga e descarga, devem ser projetados de modo a não criar ou agravar problema de tráfego nas vias que lhe dão acesso. Estes acessos devem garantir ainda, a circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, atendendo as normas da ABNT. Nos casos em que o lote apresentar frente para mais de um logradouro, que é o caso do lote em estudo, recomenda-se que os acessos sejam feitos, sempre que possível, pela via de menor hierarquia;
•
A execução das calçadas que circundam o terreno, deve obedecer à largura mínima de dois metros e cinquenta centímetros (2,50 m), e permitindo o rebaixamento do meio fio, apenas nos casos que necessitam dar acesso ao lote, usando uma dimensão mínima e suficiente para o tráfego seguro de veículos;
•
Em relação aos ambientes das edificações, estes devem ter dimensões e formas adequadas. Para isso, a Lei normaliza uma área mínima exigida, variando de acordo com o uso de cada ambiente, conforme a Tabela 9: Tabela 9 – Dimensões mínimas dos compartimentos segundo o código de obras de Natal/RN
Fonte: SEMURB, 2004
72
•
Todos os compartimentos da edificação devem dispor de abertura direta, que proporcione iluminação e ventilação natural, e estas não podem ser inferior a um sexto (1/6) da área do compartimento, quando se tratar de ambientes de uso prolongado, e de um oitavo (1/8), quando se tratar de ambientes de uso transitório;
•
São dispensados de iluminação e ventilação direta e natural os ambientes que se destinam a: corredores e halls de área inferior a cinco metros quadrados (5,00m²); compartimentos que pela sua utilização justifiquem a ausência dos mesmos, conforme legislação própria, mas que disponham de iluminação e ventilação artificiais; depósitos de utensílios e despensa.
6.1.2.3 NBR 9050/2015 - Norma Brasileira de Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
A NBR 9050/2015 estabelece condições exigíveis, padrões e medidas com o objetivo de propiciar às pessoas com limitações de suas capacidades físicas e/ ou mentais, condições adequadas de acesso às edificações e/ ou mobiliário urbano. Portanto, a partir desta lei, foram estudadas as prescrições: • As portas, inclusive de elevadores, devem ter vão livre de no mínimo 0,80 m e altura mínima de 2,10 m, podendo serem abertas com um único movimento através de maçaneta do tipo alavanca, instalada a uma altura entre 0,90 m e 1,10 m. Para as portas de sanitários e vestiários, deve-se utilizar o puxador horizontal associado à maçaneta (ver Figura 50). Figura 50 – Maçanetas e puxadores
Fonte: ABNT, 2015
73
• As mesas e/ou superfícies de trabalho (ver Figura 51) devem ter uma altura livre de no mínimo 0,73 m entre o piso e a sua parte inferior, e altura de 0,75 m a 0,85 m entre o piso e a sua superfície superior; Figura 51 - Mesas – medidas e área de aproximação
Fonte: ABNT, 2015
• Para as instalações de lousas, recomenda-se altura inferior máxima de 0,90m do piso, não esquecendo a acessibilidade de elementos do mobiliário urbano da edificação como bebedouros, guichês e balcões de atendimento, bancos de alvenaria, entre outros. • A norma aponta o Módulo de Referência (MR), para auxiliar durante a concepção dos ambientes, que corresponde a um módulo de 0,80 m x 1,20 m. Assim, é possível projetar corretamente os ambientes, permitindo o acesso, a permanência e o deslocamento, seja para pessoas em pé, seja para cadeirantes, para as pessoas com deficiência visual, ou ainda para aquelas com deficiência auditiva. Todavia, as medidas necessárias para a manobra das cadeiras de rodas, sem e com deslocamento, também devem ser seguidas: rotação de 90º (MR 1,20 m x 1,20 m), rotação de 180º (MR 1,50m x 1,20 m), rotação de 360º (MR ø 1,50 m). Conforme a Figura 52: Figura 52 – Módulos de Referência de acordo com a NBR 9050
Fonte: ABNT, 2015
74
•
Em ambientes como bibliotecas e centros de leitura, os locais de pesquisa,
fichários, salas para estudo e leitura, terminais de consulta, balcões de atendimento e áreas de convivência, a norma exige pelo menos que uma das mesas sejam acessíveis, além de considerar a distância entre estantes de livros, que deve ser de no mínimo 0,90 m de largura. Nos corredores entre as estantes, a cada 15 m, deve ser destinado um espaço para a manobra da cadeira de rodas. • A existência de corrimão e barras de apoio nas circulações, rampas e escadas, é imprescindível. O corrimão e as barras de apoio devem ser projetados com seção circular de diâmetro entre 30 mm e 45 mm, seguindo o afastamento de no mínimo 40 mm da parede ou de outros obstáculos. • Deve haver sinalização visual e tátil na borda do piso de todo degrau ou escada, devendo apresentar cor contrastante com a do acabamento, medindo entre 0,02 m e 0,03 m de largura, com a finalidade de destacar a presença do degrau. Além disso, a sinalização tátil pode ser do tipo de alerta ou direcional, sinalizando situações de risco. O primeiro tipo deve ser instalado para anunciar obstáculos suspensos, rebaixamentos de calçadas, junto às portas de elevadores, no início e término de escadas, junto a desníveis, tais como plataformas de embarque e desembarque, palcos, vãos, entre outros. O segundo tipo, deve ser utilizado em áreas de circulação na ausência ou interrupção da guia de balizamento, indicando o caminho a ser percorrido e em espaços amplos. Também pode ser feita uma composição unindo os dois tipos de sinalização tátil; • Nas áreas destinadas aos acessos e circulações, os pisos devem ter superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, que não provoque trepidação com o uso de cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê. Todas as entradas devem ser acessíveis, bem como as rotas de interligação às principais funções do edifício. A norma exige que as rampas tenham uma inclinação entre 6,25% e 8,33%, prevendo áreas de descanso nos patamares, a cada 50 m de percurso. A largura livre mínima recomendável para as rampas é de 1,50 m, sendo admissível ainda o mínimo 1,20 m. Só será permitido degraus e escadas fixas em rotas acessíveis, caso estas sejam associados à rampa ou ao equipamento de transporte vertical, este deve ser realizado por elevadores e plataformas elevatórias, que deve vencer desníveis de até 2,0 m em edificações de uso público ou coletivo.
75
• Os corredores em edificações de uso público devem ter largura mínima de 1,50 m. Em edifícios de mais de um pavimento, quando não for possível projetar-se rampa, é indispensável à instalação de elevador, devendo estar situado em locais acessíveis às pessoas deficientes. A área mínima exigida para transporte de cadeiras de rodas, é de 1,54 m², e a cabine com profundidade mínima de 1,40 m. • Em relação aos sanitários (ver Figura 53) e vestiários acessíveis de uso comum ou uso público, é exigido que haja no mínimo um sanitário acessível para cada sexo. Esses ambientes devem ser implantados em rotas acessíveis e próximos à circulação principal, obedecendo ainda aos parâmetros da norma no que diz respeito à instalação de bacia, mictório, lavatório, boxe de chuveiro, acessórios, barras de apoio (ver Figura 54), bancos, além das áreas de circulação, transferência, aproximação e alcance. Para isso, a orientação de instalação das barras de apoio, deve seguir as normas. Os espelhos devem ter sua borda inferior a uma altura de 0,3m e a superior a uma altura máxima de 1,80 m do piso acabado. Os cabides, saboneteiras e toalheiros, devem ter sua área de utilização dentro da faixa de alcance confortável.
Figura 53 – Medidas mínimas (m) de um Sanitário acessível
Fonte: ABNT, 2015
Figura 54– Dimensões (mm) das barras de apoio
Fonte: ABNT, 2015
• No que diz respeito à sinalização, a norma estabelece o uso de textos, caracteres em relevo, braile ou figuras em relevo, e ainda de recursos auditivos,
76
dispositivos de comando e controle, entre outros. A indicação de acessibilidade da edificação, do mobiliário, dos espaços e dos equipamentos urbanos deve ser feita por meio da sinalização, fazendo uso do símbolo internacional de acesso, já prédefinido. • O uso do símbolo internacional de acesso deve ser afixado em local visível ao público, tais como, entradas, áreas e vagas de estacionamento de veículos, áreas acessíveis de embarque/ desembarque, sanitários, áreas de assistência para resgate, áreas de refúgio, saídas de emergência, áreas reservadas para pessoas em cadeira de rodas, equipamentos exclusivos para o uso de pessoas portadoras de deficiência. O símbolo internacional de pessoas com deficiência visual e o de pessoas com deficiência auditiva, também devem ser utilizados em todos os locais, equipamentos, produtos, procedimentos ou serviços para pessoa com tais deficiências, e que para indicar a facilidade existente nas edificações, no mobiliário e serviços oferecidos, deverão ser usados os símbolos complementares, estes afixados próximos aos sanitários, escadas, rampas, elevadores e outros. • O estacionamento deve contemplar vagas próprias para veículos que conduzam ou sejam conduzidos por pessoas com deficiência. A norma exige sinalização horizontal, e também vertical – placa de sinalização, seja em via pública, seja em espaços internos. A vaga deve contar com um espaço adicional de circulação com no mínimo 1,20 m de largura, esse espaço pode ser compartilhado por duas vagas, no caso de estacionamento paralelo, não sendo recomendável o compartilhamento em estacionamentos oblíquos. O número de vagas destinadas aos Portador de Necessidades Especiais, deve seguir o cálculo de 1%, quando o total de vagas existentes for acima de 100 vagas.
6.1.2.4 Código de Segurança e Proteção Contra Incêndio e Pânico do Estado do RN
O Código institui critérios básicos indispensáveis à segurança contra incêndio nas edificações, além de auxiliar as ações de socorro e assegurar a evacuação de forma segura dos ocupantes das edificações. Na proposta do Centro de Assistência a População em Situação de Rua, aqui exposto, por se tratar de uma ocupação caracterizada como componente do grupo I -
77
Residencial, apresentando uma edificação com altura inferior a nove metros (9 m), e área construída superior a 750 m², deve-se atender às seguintes exigências:
• Prevenção fixa (hidrantes): pontos de suprimento d’água de uma rede fixa de proteção contra incêndio das edificações, dotados de reservatório, bomba, válvulas, tubulações, registros, mangueiras e esguichos, capazes de proporcionar a extinção de incêndios; •
Prevenção móvel (extintores de incêndio): dispositivos portáteis, destinados a combater princípios de incêndios;
•
Sinalização: sistema instalado nas edificações, indicando aos seus ocupantes as rotas de escape, a localização dos equipamentos de combate a incêndios e procedimentos individuais em caso de sinistro;
• Escada convencional: as portas quando abrirem para a circulação, não diminuirão, durante a abertura, a largura mínima exigida; os lances serão retilíneos; os pisos dos degraus ou patamares serão revestidos com materiais antiderrapantes; a dimensão dos degraus deve ser de acordo com a soma de duas alturas (espelhos) e uma largura (piso) dos degraus e deve estar entre sessenta e três e sessenta e quatro centímetros (63 a 64 cm), sendo que a altura máxima será de dezessete centímetros (17 cm), e o piso com largura mínima de vinte e oito centímetros (28 cm); a altura máxima entre patamares consecutivos será de dois metros e setenta centímetros (2,70 m); a largura mínima da escada deverá ser de um metro e vinte centímetros (1,20 m); corrimãos em ambos os lados com altura entre setenta e cinco e oitenta e cinco centímetros (75 a 85 cm) do piso, fixados na face interior, largura máxima de seis centímetros (6,0 cm) com afastamento de quatro centímetros (4 cm) da face das paredes; a distância máxima a ser percorrida para atingir a escada deverá ser menor ou igual a vinte e cinco metros (25 m) em edifício residencial ou quinze metros (15 m) nos edifícios comerciais; todos os pavimentos devem ter acesso livre, através de área de uso comum, entre o hall de serviço e o hall social, exceto nas edificações que possuam elevador de segurança.
78
6.1.3 Condicionantes de Conforto
O atendimento às exigências de conforto ambiental na proposta de um projeto arquitetônico é de extrema importância, principalmente no Brasil, por ser caracterizado por um clima tropical, com temperaturas bastante elevadas na maior parte do país. O clima de Natal é classificado, segundo Vianello e Alves (1991), como tropical chuvoso quente com verão seco, também denominado “quente úmido”, o que contribui para ocorrências de temperaturas elevadas o ano todo. A proximidade com a Linha do Equador é um fator que justifica os altos índices de irradiação solar, que garantem cerca de 300 dias de sol por ano, segundo o anuário da cidade (2016). Para Szokolay (2004 apud Trindade, 2006, p. 31) o clima quente e úmido é o mais difícil para se projetar, devido as características de alta umidade e amplitude térmica diária baixa, limitando as opções de condicionamento passivo ao uso de ventilação natural. Givoni (1998 apud Trindade, 2006, p.31) enfatiza problemas relacionados a incidência de chuvas e presença de insetos que devem ser evitadas, além da entrada de radiação pelas aberturas sem prejudicar a penetração dos ventos no interior dos edifícios. Sendo assim, Bittencourt (1993 apud Lima, 2015, p.87) destaca a importância da ventilação natural para o resfriamento fisiológico da pele, que promove a evaporação da umidade presente na pele humana e as trocas de calor por convecção, ao entrar em contato com o corpo humano, sendo este resfriamento fundamental nos climas quentes e úmidos, pois a principal causa do desconforto em tais regiões é a umidade presente na pele. Lengen (2014) afirma que as formas de construção das moradias no clima tropical úmido são definidas de acordo com diversos fatores, como a disponibilidade de materiais; o tipo de mão-de-obra; os costumes e tradições locais; a situação financeira da comunidade, dentre outros. Em seu livro, Manual do Arquiteto Descalço, Lengen (2014) destaca algumas estratégias de construção para esse tipo de clima, dentre elas: •
Os tetos devem ser mais inclinados para que a chuva escorra com mais rapidez e o sol não esquente muito os materiais do teto.
•
Os beirais devem ser salientes, pois protegem as paredes do desgaste causado pelas chuvas e pelo sol.
79
•
Para uma boa ventilação, pode-se separar as duas águas do teto. Assim, o ar quente sai pela janela de cima, e ar fresco entra pela janela de baixo.
•
O forro deve ser fechado, mas o espaço entre o forro e o teto deve ser aberto e ventilado.
•
Os melhores pisos são os de tijolos, pedras, cimentos ou cerâmicas, pois são fáceis de limpar, além de serem mais frescos e de difícil desgaste.
A ventilação, conforme a Rosa dos Ventos do município (ver Figura 55) é predominantemente vinda do Leste e Sudeste, que coincide com uma das esquinas do lote em questão, possibilitando assim uma melhor distribuição dos ventos nos ambientes.
Figura 55 – Rosa dos Ventos de Natal/RN
Fonte: SOL-AR, 2017
Contudo é necessário que, para cada fachada do terreno se apresente um estudo de carta solar, ou seja, uma representação gráfica do percurso do sol nos principais períodos do ano: Solstício de Inverno (22/06); Equinócios (21/03 e 2409) e Solstício de Verão (22/12), no caso do Hemisfério Sul. Dessa forma, as figuras
80
seguintes mostram os resultados desses estudos, as cartas solares para cada face do terreno (ver Figuras 56-57) e o quadro resumo que apresenta horário de insolação nas quatro fachadas (ver Tabela 10), que são capazes de revelar a necessidade ou não do uso de mecanismos de bloqueios, além de auxiliar na disposição dos setores estabelecidos no programa de necessidades, exercendo influência no conforto térmico da edificação.
Figura 56– Insolação nas fachadas Leste-Oeste
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Como mostra a Tabela 10, a fachada Leste recebe incidência solar direta durante o ano todo no período da manhã, sendo a fachada mais favorável do terreno, enquanto que a fachada oeste é a mais desfavorável por levar sol durante o ano todo no período da tarde. A face Norte não recebe incidência solar durante o solstício de verão, sendo que o solstício de verão a incidência solar ocorre o dia todo. Na face Sul predomina-se a incidência solar no período da tarde.
81
Tabela 10 – Horários de insolação nas fachadas nos principais períodos do ano FACHADAS
SOLSTÍCIO DE INVERNO
EQUINÓCIOS
SOLSTÍCIO DE VERÃO
LESTE
06h15 às 11h30
06h00 às 11h55
05h45 às 12h25
OESTE
12h10 às 17h45
12h00 às 18h00
11h55 às 18h15
NORTE
06h15 às 18h15
06h00 às 14h00
-----
SUL
14h30 às 17h45
12h40 às 18h00
10h40 às 18h15
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Figura 57– Insolação nas fachadas Norte-Sul
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
82
6.2 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Para a elaboração do programa de necessidades e pré-dimensionar suas respectivas áreas (ver Tabela 11), utilizou-se além dos referenciais projetuais já citados, o Texto de Reordenamento do Serviço de Acolhimento para a População em Situação de Rua, que visa organizar a implantação, implementação e ainda o reordenamento dos serviços voltados a este público. Vale salientar que as dimensões foram previstas de acordo com a quantidade máxima de usuários do local, incluindo os funcionários (60 pessoas). Tabela 11 – Programa de Necessidades e Pré-Dimensionamento Setor
Administrativo
Ambiente
Quantidade 1
Área por unid. (m²) 30
Área Total (m²) 39
Recepção/ Sala de Espera Sala de Funcionários
1
13
16,9
Coordenação
1
11
14,3
Sala de Reuniões
1
19
24,7
Almoxarifado
1
4
5,2
Sala de Doações
1
12
15,6
Copa
1
4
5,2
WC
2
5
13
Área Total do Setor (m²)
Acolhimento
133,9
BWC/Vestiários Coletivos
4
25
130
Suítes dupla feminina
1
24
31,2
Suítes individuais masculinas Quartos familiares (no máx. 4 pessoas) Quartos coletivos (no máx. 4 pessoas) femininos Quartos coletivos (no máx. 4 pessoas) masculinos Anfiteatro
4
12
62,4
3
25
97,5
3
25
97,5
5
25
162,5
1
70
91
Área Total do Setor (m²)
Educacional
586,6
Sala para Oficinas/Espaço Multiuso Ateliê de Artes
1
45
58,5
1
40
52
Biblioteca
1
40
52
Depósito Geral
1
10
13
WC
4
10
52
Área Total do Setor (m²)
232,6
83
Atendimento
Psicológico
2
10
26
Enfermaria
1
20
26
Assistência Social Individual Assistência Social em Família/Grupos
2
10
26
1
17
22,1
Área Total do Setor (m²)
Serviço/Apoio
100,1
Cozinha comunitária
1
55
71,5
Despensa
1
5
6,5
Lavanderia
1
30
39
DML
1
8
10,4
Secagem
1
35
45,5
Refeitório Coberto
1
35
45,5
Abrigo para animais
1
30
39
Depósito Carrinhos
1
45
58,5
WC
2
9
23,40
Bicicletário
1
30
39
Casa de Lixo
1
3
3,9
Área Total do Setor (m²)
382,3
Área Total + 30% de Circulação (m²)
1,427.2
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
6.3 ZONEAMENTO
O zoneamento tem a finalidade de estudar a disposição dos setores no terreno, de acordo com os cuidados como insolação e ventilação, dando funcionalidade aos ambientes do Centro de Assistência. Os fatores mais importantes que foram levados em consideração para a elaboração do zoneamento (ver Figura 58) foram a posição do terreno em relação ao norte, ficando os principais ambientes de permanência prolongada o mais distante da porção oeste e passíveis de receber a ventilação natural predominante vinda de sudeste; a disposição dos setores ao redor de um pátio central arborizado; e o aproveitamento máximo da porção plana ao fundo do terreno. Os acessos principal e de serviço se dão através da R. Ferro Cardoso (via local).
84
Figura 58 – Disposição dos setores do anteprojeto no terreno escolhido
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
6.4 MATRIZ DE RELAÇÕES A Matriz de Relações (ver Figura 59) é um importante instrumento na fase projetual, principalmente durante a elaboração das plantas baixas, pois expressam o grau de relacionamento desejado para os ambientes propostos no programa de necessidades e apontam com antecipação a disposição dos mesmos. O diagrama consta dos elementos do programa, de um lado, dispostos numa listagem vertical, pautada e, do outro, as linhas de interseção feitas a partir da pauta, em direções diagonais nos dois sentidos, de baixo para cima e de cima para baixo, até se encontrarem formando um triângulo com figuras de losangos nas interseções. (NEVES, 1998, p.51)
85
Elaborou-se então uma matriz para demonstrar a relação – que pode ser: indispensável, desnecessária, desejável ou indesejável -, entre os diversos ambientes do anteprojeto.
Figura 59– Matriz de Relações
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
86
6.5 FUNCIONOGRAMA
O funcionograma (ver Figura 60) é um recurso gráfico de análise das interrelações dos ambientes do programa de necessidades caracterizando as relações funcionais pelo grau de intimidade entre os elementos desse programa. Segundo Neves (1998), este recurso diz apenas o grau de afinidade das ligações existentes entre os elementos do programa, ou seja, não expressa nada relacionado com o tipo de ligação que será adotado na solução arquitetônica, nem da posição do elemento no terreno, nem a distância entre os cômodos, informa apenas se estão ligados ou não.
Figura 60 - Funcionograma
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
87
6.6 PLANO DE MASSAS
Partindo do zoneamento e dos decorrentes estudos apresentados neste trabalho, foi desenvolvida uma proposta da expressão perceptível dos volumes da edificação de modo simplificado, utilizando das mesmas cores dos estudos anteriores para identificar cada setor (ver Figuras 61-62). Todos os setores apresentarão apenas um pavimento, que estão dispostos em sua maior parte na área mais plana do terreno. No entanto, em algumas áreas haverá a necessidade de fazer movimentações de terra (cortes/aterros). As diferenças de níveis serão vencidas através de rampas e escadas, facilitando o acesso na circulação do Centro de Assistência. As áreas livres do terreno serão arborizadas para convívio social, dando apoio para atividades específicas e a sensação de integração entre o ambiente externo e o interno.
Figura 61– Volumetria em perspectiva
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
7 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA Nesta fase será apresentada a proposta arquitetônica elaborada, mostrando o partido arquitetônico, evolução do projeto e demais etapas até o resultado final, que está detalhado no memorial descritivo e justificativo. Este último, por sua vez, aponta todos os detalhes relacionados ao anteprojeto: os materiais, as soluções funcionais, assim como a escolha da cobertura, estrutura e dimensionamento do reservatório d’água.
88
7.1 CONCEITO E PARTIDO ARQUITETÔNICO
O primeiro passo para iniciar o desenvolvimento do projeto é a definição do conceito. De acordo com Mahfuz (1995), qualquer obra arquitetônica deve apresentar um conceito central que será um fio condutor para a concepção do edifício. Ele é transmitido ao projeto a partir do partido arquitetônico que define as premissas que serão utilizadas no desenvolvimento do projeto. Assim sendo, o conceito que define o projeto é o acolhimento de pessoas em situação de rua: todo o projeto baseia-se na ideia de promover a reintegração social dos usuários. Partiu-se da ideia de uma forma que trouxesse a sensação de um ambiente acolhedor aos seus usuários, um espaço em que as pessoas em vulnerabilidade social se sentissem livres para escolher se querem utiliza-lo como moradia provisória ou se irão frequenta-lo apenas para descansar nas áreas livres do centro, considerando a heterogeneidade da população em situação de rua. O partido arquitetônico é importante para se começar o desenvolvimento do projeto, visto que proporciona as diretrizes para a elaboração da proposta arquitetônica final: Partido, na arquitetura, é o nome que se dá a consequência formal de uma série de determinantes, tais como o programa do edifício, a conformação topográfica do terreno, a orientação, o sistema estrutural adotado, as condições locais, a verba disponível, as condições das posturas que regulamentam as construções e, principalmente, a intenção plástica do arquiteto (SILVA,1984, p.84)
Considerando a topografia acidentada do terreno e o controle de gabarito da área, como partido foi definido a criação de sete blocos térreos interligados por caminhos localizados ao redor de um grande pátio central arborizado, com o objetivo de criar um ambiente de vila, fazendo com que a arquitetura seja parte do processo reabilitação dos indivíduos, tendo em vista que ambientes visualmente prazerosos reduzem o estresse e os pensamentos negativos. Além disso, o pátio também pode ser utilizado como dormitório ao ar livre, para proporcionar um sentimento de liberdade para aqueles já estão habituados a viver nos espaços urbanos das cidades.
7.2 EVOLUÇÃO DA PROPOSTA A proposta apresentada neste trabalho foi desenvolvida através dos estudos de zoneamento e volume que levaram em consideração o partido adotado capítulo
89
anterior, aliado a condições ambientais/legais, topografia, dimensões do terreno e localização em relação às vias de acesso, programa de necessidades e prédimensionamento. Do ponto de vista volumétrico, a topografia do terreno foi determinante na implantação dos blocos. Tentou-se, desde a primeira proposta (ver Figura 62) ocupar o máximo da porção plana do terreno, visando reduzir as movimentações de terra nas áreas de declive. Além disso os blocos propostos apresentavam, desde o princípio, grande horizontalidade por dois principais motivos: promover maior relação com o entorno, não causando grande impacto visual e atender à legislação existente que define um gabarito máximo de 7,5 metros para a área. Figura 62 – Estudo volumétrico da primeira concepção
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Nesta proposta inicial (ver Figura 62), o acesso principal se daria pela R. Miramar (via coletora), enquanto que o de serviço se daria pela R. Ferro Cardoso (via local). Entretanto, na segunda proposta (ver Figura 63) decidiu-se que os dois acessos se dariam pela R. Ferro Cardoso, por ser uma via de pouca movimentação, facilitando o acesso das pessoas que usam bicicleta como meio de transporte. O bloco de acolhimento (masculino, feminino e família), que na proposta inicial era um só, foi subdividido em três, com o objetivo de tornar o ambiente o mais próximo possível de uma vila. Após a definição dos acessos, foi necessário alterar o posicionamento do bloco administrativo, já que é o primeiro setor que os usuários terão contato ao entrarem no centro.
90
Figura 63 – Croqui da Implantação (2ª proposta)
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Após a elaboração das baixas e o dimensionamento das rampas e escadas, foi necessário
fazer
algumas
modificações
na
implantação
em
relação
ao
posicionamento dos blocos, resultando na concepção final do anteprojeto (ver Figura 63). O bloco Administrativo passou para uma área mais central do terreno, enquanto que os blocos de acolhimento (Masculino, Feminino e Familia) foram posicionados de modo a ficarem mais próximos e serem privilegiados em relação à ventilação predominante. O pátio central, que antes seria só um local de encontro, tornou-se também um dormitório ao ar livre, de maneira que os usuários não se sintam na obrigação de utilizar os dormitórios fechados. Abaixo do bloco Família, que foi implantado numa parte de declive de 4m, havia um vazio que foi preenchido com um anfiteatro com quatro arquibancadas.
91
Figura 63 – Implantação: Proposta Final
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
8 MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO
Neste capítulo serão apresentados dados técnicos e funcionais da proposta arquitetônica, com as justificativas das escolhas arquitetônicas adotadas e, por fim, o resultado formal do projeto.
8.1 DESCRIÇÃO GERAL DO EMPREEDIMENTO
O Centro de Assistência à População em Situação de Rua (ver Figuras 65 e 66) divide-se em sete blocos que comportam, além de abrigo (hospedagem), uma série de outras atividades e serviços que auxiliariam aos usuários (homens, mulheres
92
e famílias) que assim desejassem, obter uma nova vida, tais como: atendimento psicossocial, enfermaria, abrigo para animais, anfiteatro, ateliê de artes, refeitórios, biblioteca, dentre outros. A ideia é que o espaço funcione como uma junção dos equipamentos existentes na cidade (Centro POP e Albergue Municipal), também servindo de apoio a estes, uma vez estão próximos ao terreno escolhido e apresentam problemas de funcionamento. As áreas referentes ao empreendimento e demais informações urbanísticas estão apresentadas no quadro a seguir: Figura 64 – Quadro de Áreas e Prescrições Urbanísticas
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
Figura 65 - Volumetria Final
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
93
Figura 66 – Volumetria Final
Fonte: Elaborado pela autora, 2017
8.2 IMPLANTAÇÃO DOS BLOCOS Conforme apresentado no capítulo anterior (Evolução da Proposta), a implantação (Ver Figura 63) foi definida por dois principais fatores: a topografia e os acessos. Esses últimos, tanto o principal quanto o de serviço se dão pela Rua Ferro Cardoso, porém apresentam 1m de diferença de nível. A proposta foi pensada de forma a atender cerca de 50 pessoas adultas ou grupo familiar com ou sem crianças em situação de rua em um espaço com grande quantidade de áreas livres, de maneira que essas pessoas não se sintam confinadas. O Centro foi formado a partir de blocos (com diferentes funções) correspondentes aos grupos do programa de necessidades, considerando as relações entre eles e seus ambientes, e a preocupação com sua disposição para proporcionar conforto. Próximo a entrada de serviço, localizam-se, além das casas de lixo e gás, dois blocos: Serviço e Administrativo. Como o público alvo do projeto muitas vezes sobrevive nas ruas coletando materiais reciclados, um dos ambientes do bloco de
94
Serviço é um depósito para carrinhos/carrocinhas, para que não haja necessidade dos usuários se livrarem dos seus pertences antes de entrar no centro. Neste mesmo bloco há ainda um abrigo de animais de estimação com lavatório, cozinha comunitária, refeitórios, banheiros e lavanderia com área de secagem. No mesmo nível deste bloco, está o anfiteatro, o pátio central e os blocos de Acolhimento feminino e masculino, os quais juntos contém sete quartos coletivos (para no máximo quatro pessoas), duas suítes individuais (sendo uma delas adaptada para P.C.R, obedecendo as normas da NBR9050/2015), três suítes duplas (sendo uma delas adaptada para P.C.R, obedecendo as normas da NBR9050/2015) e dois banheiros coletivos com vestiários. No pátio central, é possível caminhar e até dormir, seja em colchonetes ou em redes. Esta opção existe, porque há casos de indivíduos que preferem dormir ao relento. Deste nível, o acesso para o bloco Administrativo se dá através de uma rampa acessível de 1m de altura e uma escada. O bloco Administrativo foi implantado próximo ao bicicletário e ao acesso principal, já que quem deseja utilizar o centro deve passar por uma triagem na recepção, o primeiro ambiente deste setor. É também nesse bloco que estão a coordenação, almoxarifado, a sala dos funcionários (com copa), lavabos, a sala de reuniões e um depósito para guardar os produtos doados ao centro, como roupas, livros, alimentos, entre outros. Os demais blocos (Atendimento, Educacional e Acolhimento – Família), têm acesso através de uma rampa acessível de 3 metros de altura e uma escada. Os três blocos são interligados por meio de uma passarela. É no bloco de Atendimento que estão as salas onde os usuários poderão receber apoio psicossocial e de saúde: salas de assistência social em grupo/família e individual, duas salas de atendimento psicológico e uma enfermaria. Enquanto que no bloco Educacional os usuários poderão participar de oficinas, especialmente artísticas, com o objetivo de fazer com que eles se sintam produtivos e possam até comercializar e/ou expor suas produções. Neste bloco há também uma biblioteca, banheiros e um depósito geral. A ideia é que a arte, além de servir como terapia, também possa atrair pessoas a visitarem o centro, para que assim haja uma troca de contato dos usuários com o restante da comunidade e diminua o sentimento de exclusão e os preconceitos. Vale ressaltar que a implantação de um anfiteatro na proposta é um fator de extrema relevância para que este objetivo seja alcançado. Considerando que há famílias vivendo em situação de rua, foram criados dormitórios específicos para estes grupos. O bloco de Acolhimento – Família conta
95
com quatro dormitórios coletivos (para no máximo quatro pessoas) e dois banheiros com vestiários. Todos os dormitórios dos blocos de Acolhimento têm espaço para acomodar camas e armários para guarda de pertences de forma individualizada. A caixa d’água foi locada próxima aos blocos que mais serão abastecidos por ela. Apesar de não ser o foco da proposta, a integração dos ambientes com as áreas verdes torna necessário a sugestão de cobertura vegetal para as áreas em questão. Em relação as espécies de vegetação escolhidas, sugere-se a utilização de árvores nativas de diversos portes e vegetações rasteiras e arbustivas, estas últimas mais próximas das fachadas de modo a não interferir na visibilidade das mesmas. Todas as rampas e escadas foram dimensionadas de modo a atender as normas da NBR9050/2015. Tendo em vista a segurança dos usuários e a permeabilidade visual do projeto, o terreno foi circundado com um gradil de ferro com 2 portões de acesso
8.3 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
8.3.1 Sistema Construtivo
De modo a possibilitar a execução de uma obra mais econômica, tendo em vista que a cerâmica é uma das maiores produções industriais do Rio Grande do Norte, o sistema estrutural adotado para a execução das edificações do anteprojeto foi a alvenaria estrutural de bloco cerâmico (ver Figura 67), estes ficam aparentes nas fachadas. Este sistema, uma vez que este processo não utiliza fôrmas, evita-se o desperdício de materiais. Além disso, é autoportante, dispensando o uso de vigas e pilares; apresentam bons resultados com relação ao conforto térmico; é mais leve comparado ao sistema construtivo convencional de concreto armado moldado in loco e esteticamente tem um bom acabamento. As lajes (para os blocos sem telhas-vãs) e vigas são de concreto armado préfabricados.
96
Figura 67 – Componentes básicos da alvenaria estrutural
Fonte: Cerâmica Salema, acesso em 14 nov. 2017
Nas fachadas dos blocos de Serviço, Acolhimento – Masculino e Feminino, assim como na sustentação do bloco Família, foram utilizados pilares de 20cm por 20cm, de Madeira Laminada Colada (MLC). Este material é concebido a partir da técnica de colagem aliada à laminação, no qual as ‘tábuas’ constituem a madeira e seus benefícios vão além do valor estético da madeira: a MLC se destaca pela alta capacidade de carga e baixo peso próprio, permitindo grandes envergaduras e formas mais flexíveis. Além disso, apresenta alta resistência ao fogo e estabilidade dimensional, características decorrentes do seu processo de fabricação. Este material também consome pouca energia na sua fabricação em relação aos outros materiais construtivos.
8.3.2 Cobertura
Exceto no bloco de atendimento, o sistema de cobertura utilizado é a telha ecológica Onduline Clássica na cor vermelha (ver Figura 68), feita a partir de fibras vegetais recicladas e impermeabilizadas. A escolha deste tipo de telha se deu pois, além do seu valor estético, são sustentáveis, apresentam facilidade no manuseio e instalação, além de serem mais econômicas em relação aos outros sistemas de cobertura, pois por serem mais leves consomem menos madeira na estrutura.
97
Figura 68 – Características técnicas da telha Onduline Clássica
Fonte: Onduline Brasil
A sustentação deste tipo de cobertura deve ser feita a partir de ripões, distanciados 45cm (eixo) e caibros, distanciados 1m (eixo), conforme mostra a figura abaixo: Figura 69 – Guia de instalação do madeiramento
Fonte: Onduline Brasil
Para as amarrações deste tipo de cobertura foi proposto a utilização de tesouras tipo “Howe”, pois este tipo de tesoura é o mais comum em vãos de até 18 metros devido a sua simplicidade e facilidade de execução. Todos os blocos, exceto o de Família e o Atendimento, possuem tesouras visíveis nas fachadas, vedadas com vidro temperado, garantido a entrada de iluminação natural e evitando a entrada de animais no interior das edificações. No bloco família, além do sistema de cobertura anteriormente falado, também se utilizou telhas de fibrocimento com inclinação de 6%, com platibanda em alvenaria
98
e marquises impermeabilizadas. Sugere-se a telha da marca Brasilit, conforme Figura 70. Figura 70 - Telha de Fibrocimento Ondulada – Marca Brasilit
Fonte: Brasilit Saint-Gobain
A cobertura verde do bloco Atendimento, propicia algumas vantagens para o projeto como a ampliação das condições de conforto térmico, o aumento da umidade relativa do ar nas áreas próximas a sua instalação, além da sua beleza. Neste tipo de cobertura (ver Figura 71) a laje é revestida por uma membrana a prova d’água, a qual proverá a impermeabilização da laje, conseguinte de uma camada de drenagem, solo para plantio, que é uma camada de solo fértil para a plantação da vegetação, uma tela para proteção contra erosão solar e vento, tendo por fim, plantas gramíneas ou rasteiras, utiliza-se somente vegetações rasteiras e gramíneas para se evitar a sobrecarga e danificação da estrutura.
Figura 71 – Esquema da cobertura verde
Fonte: oeco, 2017
99
8.3.3 Esquadrias
Para este projeto optou-se por esquadrias metálicas com venezianas e vidros. As venezianas facilitam a entrada de ar, mas também reduzem a entrada da luminosidade excessiva do sol, bem como impede que haja uma visão de quem está do lado de fora do cômodo. Os portões de acesso ao centro são de ferro. 8.3.4 Reservatório d’água Os Reservatórios d’água são regulamentados pela NBR 5626 – Instalação predial de água fria, de 30 de outubro de 1998. Para o dimensionamento deste, foi levado em consideração três aspectos: quantidade de usuários, área verde e reserva de incêndio. Desta forma, considerando a presença de aproximadamente 65 pessoas (usuários + funcionários) por dia, cerca de 1000 m² de área verde, e utilizado os valores de consumo de diário 250 litros por hóspede, referentes a “hotéis com cozinha e lavanderia”, e 1,5 litros por m² de jardim, estima-se que o reservatório deve disponibilizar 17.550 litros por dia. A esse valor, é adicionada a reserva de incêndio definida pelo Código de Segurança e Prevenção contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte, que, nesse caso, consiste em 7.200 litros, prevendo-se a utilização de dois hidrantes funcionando simultaneamente durante 30 minutos (definido de acordo com o grau de risco em que se enquadra a edificação), cada um com vazão de 120 litros/minuto. Totalizando 24.750 litros. Para armazenar a quantidade total de água necessária para o abastecimento do equipamento durante dois dias, ou seja, (2 x 24.750 litros), foi previsto um castelo d’água com volume cilíndrico com capacidade mínima de 49.500 litros. Logo, o modelo escolhido para o reservatório foi a torre tubular 5005 da Faz Forte com capacidade para 50.000 litros. Esta caixa d'água Tubular é feita em aço carbono de grande qualidade e durabilidade, sendo a pintura externa em esmalte sintético e pintura interna em Epóxi. Em relação a suas dimensões, apresenta altura de 6,30 metros e diâmetro de 3,18 metros.
100
Figura 72 – Caixa d’água tubular 5005 Faz Forte
Fonte: FAZFORTE, 2016
101
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O anteprojeto do Centro de Assistência a População em Situação de Rua se constitui na concretização de um ciclo de pesquisas, em que a proposta final buscou aliar todos os conceitos estudados na fase de análise. Tais estudos apontaram para a necessidade de uma instituição deste tipo para a cidade do Natal/RN, pois as existentes são poucas e inadequadas. Deste modo, a solução funcional e plástica buscou atender o programa de necessidades resultante da trajetória de pesquisa, adaptando-o aos condicionantes ambientais, legais e físicos do terreno escolhido. Durante o processo projetual, o maior obstáculo foi encontrado logo na fase inicial da elaboração da proposta, uma vez que o programa é extenso e implantado num terreno de grande desnível. No entanto no decorrer dos estudos de evolução da proposta essa dificuldade foi vencida. Como vimos, ao estudar a heterogeneidade do público alvo do projeto, há pessoas que desejam sair das ruas e as que continuariam a utilizar o meio urbano como moradia e fonte de sustento, por escolha própria. Portanto, a proposta deste Trabalho de Conclusão de Curso visa dar assistência e acolher quem faz parte do primeiro caso. Não deixando de esquecer que, é também papel do Arquiteto e Urbanista, pensar em uma estrutura que acomode e dê apoio a quem quer ficar nas ruas, respeitando a sua existência no espaço urbano. O interesse pelo papel social da arquitetura, um tema pouco estudado nas universidades e nos escritórios de arquitetura da cidade, foi fundamental para que o trabalho fosse desenvolvido de modo prazeroso, representando uma experiência importante para toda formação profissional. Concluo este trabalho com a satisfação de projetar, não somente edifícios, mas um conjunto arquitetônico – que envolve tanto o espaço interno como o externo – como forma de possibilitar a reintegração social de pessoas que, apesar de fazerem parte do nosso cotidiano, são marginalizadas e excluídas do convívio pleno de seus direitos e deveres. Este tipo de equipamento proposto juntamente com a intervenção de outros profissionais (como os assistentes sociais, por exemplo), são capazes de resgatar a realização de cada indivíduo como cidadão parte da sociedade e do meio em que vivemos.
102
Figura 72 – “Não se atreva a ignorar minha existência”
Fonte: Fauxreel, “The Unadressed”, Canadá, 2009
103
REFERÊNCIAS ALBA, Samuel. Centro de Integração a Pessoas em Vulnerabilidade Social. 2016. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Caixias do Sul, 2016. Disponível em: < http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/147911/000998502.pdf?sequence= 1>. Acesso em: 15 mar. 2017 ALVAREZ, Aparecida; ALVARENGA, Augusta; DELLA RINA, Silvia. Histórias de vida de moradores de rua, situações de exclusão social e encontros transformadores. Saude soc., São Paulo, v. 18, n. 2, Jun. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902009000200009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 abr. 2017. ALMEIDA, Pedro. Da Utilidade Social da Arquitectura. Análise Social. Lisboa, v. 2, n. 6, 1964. Disponível em: < http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1224162206R5yQG5ap5Hu31ID0.pdf>. Acesso em 23 mai. 2017. ARTIGAS, Vilanova. A Função Social do Arquiteto. São Paulo: Nobel, 1989. 91p. ARTIGAS, Vilanova. Caminhos da Arquitetura. São Paulo: Cosac & Naify Edições, 1999, 176p. ARCHDAILY. The Bridge Homeless Assistance Center / Overland Partners. Disponível em: <http://www.archdaily.com/115040/the-bridge-homeless-assistancecenter-overland-partners>. Acesso em 22 mai. 2017 ABNT NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 3 ed. Rio de Janeiro, 2016. 148 p. ANUÁRIO NATAL, 2016, Organizado por: Carlos Eduardo Pereira da Hora, Fernando Antonio Carneiro de Medeiros, Luciano Fábio Dantas Capistrano. Natal: SEMURB, 2016. 400 p. BRASIL. Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, DF, 2014. Disponível em: < http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/tipifica cao.pdf>. Acesso em 29 abr. 2017 ______. A história da Assistência Social Brasileira. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília. Disponível em: < http://www.mds.gov.br/suas/conheca/conheca09.asp>. Acesso em 30 abr. 2017 ______. Lei da Assistência Técnica Lei nº 11.888, de 24 de dezembro de 2008. Brasília, 2008. ______. Constituição da República Federativa do Brasil. Texto constitucional promulgado em 5 de Outubro de 1988, com alterações adotadas pelas Emenda Constitucionais n° 1/92 a 44/2004 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão n°1 a 6/9. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2004.
104
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 08 mai 2017. ______. Lei Orgânica da Assistência Social Lei nº. 8.742. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União. 1993. ______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social/PNAS. Brasília, 2004. ______. Decreto nº 7.053, de 23 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional para População em Situação de Rua. Brasilia, 2009. ______. Decreto Presidencial, de 25 de outubro de 2006. Criou um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI). Brasília, 2006. ______. Portaria MDS nº 381, de 12 de dezembro de 2006. Brasília, 2006. ______. Portaria Nº 139, de 28 de junho de 2012, altera a Portaria Nº 843, de 28 de dezembro de 2010. Brasilia, 2012 ______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Sumário executivo Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua. Brasília, 2008 BITENCOURT, Karina. Arquitetura dos Excluídos: Por um Novo Habitar para a População em Situação de Rua. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Coronel Fabriciano, nov. 2016. Disponível em: <https://issuu.com/karinabitencourt/docs/para_publicar>. Acesso em 16 mar. 2017 BUZZAR, Miguel. Vilanova Artigas: A função Social do Arquiteto. aU Educação, São Paulo, 225 ed., jun. 2015. Disponível em: <http://www.au.pini.com.br/arquiteturaurbanismo/255/artigo353374-4.aspx>. Acesso em 13 mai. 2017. CADINHO, Aline. Centro de Reabilitação para Dependentes Químicos. 2016. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Senac, 2016. Disponível em: < https://issuu.com/senacbau_201201/docs/alinecadinho_tcc_caderno/35>. Acesso em 21 mai. 2017 CAMPOS, Ana Paula. Arquitetura da Inclusão: Proposta de Rede de Equipamentos para Moradores de Rua. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2015. Disponível em: < https://issuu.com/anapaulanigro/docs/merged__2_>. Acesso em 10 mai. 2017 CARTA POTIGUAR. Nota de Apoio aos Serviços Socioassistenciais à População em Situação de Rua de Natal/RN. Disponível em: <http://www.cartapotiguar.com.br/2015/02/12/nota-de-apoio-aos-servicossocioassistenciais-a-populacao-em-situacao-de-rua-de-natalrn/>. Acesso em 11 mai. 2017
105
CERQUEIRA, Amarantha. Evolução do Processo Social População em Situação de Rua: Um estudo sobre pobreza, necessidades humanas e mínimos sociais. 2011. Monografia (Curso de Serviço Social) – Universidade de Brasília, 2011. COSTA, Ana Paula. População em situação de rua: contextualização e caracterização. Revista Virtual Textos & Contextos. nº 4, dez 2005. COSTA JUNIOR, João. Histórias de Vida de Pessoas em Situação de Rua em Natal/RN: Fotografias do trabalho de construção identitária individual. 2016. Dissertação (Pós-Graduação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016. Disponível em: < https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/21409/1/JoaoBatistaDaCostaJun ior_TESE.pdf>. Acesso em 03 mai. 2017 COSTA, Suerda; SCOCUGLIA, Jovanka. Diretrizes de Sustentabilidade na Arquitetura. Arquitextos, São Paulo, ano 09, n. 098.04, Vitruvius, jul. 2008. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.098/127>. Acesso em 20 mai. 2017 CORREIA JUNIOR. A lógica da cor. Revista Planeta, 740 ed, nov. 2011. Disponível em: <http://www.revistaplaneta.com.br/a-logica-da-cor/>. Acesso em 21 mai. 2017 CUENCA, Jordi. Reflexões sobre o papel da assistência técnica na realização do direito à cidade, 2017. ArchDaily Brasil. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/867391/reflexoes-sobre-o-papel-da-assistenciatecnica-na-realizacao-do-direito-a-cidade-jordi-sanchez-cuenca>. Acesso em 18 mai. 2017 CURY, Paula. Arquitetura e Humanização. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Barão de Mauá, 2015. Disponível em: < https://issuu.com/paulacury.arq/docs/tfg__tudo_junto_>. Acesso em 21 mai. 2017 DALCIN, Maria. A cura através da arquitetura: Casa de apoio ao paciente em tratamento de câncer. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Vila Velha, 2015. Disponível em: <https://issuu.com/esterfardin/docs/tcc_arqurb_a_cura_atrav__s_da_arqui>. Acesso em 21 mai. 2017. DELAQUA, Victor. Pavilhão BES/H&P Architects. Archdaily Brasil, 2013. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/01-141323/pavilhao-bes-slash-h-and-parchitects>. Acesso em 28 mai. 2017. COLEÇÃO PROARQ. Observando a qualidade do lugar: procedimentos para a avaliação pós-ocupação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2009, 117p. Disponível em: <http://www.gae.fau.ufrj.br/assets/obs_a_qua_lugar.pdf>. Acesso em 28 mai. 2017. CICLO VIVO. Vila colorida e com energia solar é criada para moradores de rua. Disponível em: < http://ciclovivo.com.br/noticia/vila-colorida-e-com-energia-solar-ecriada-para-moradores-de-rua/>. Acesso em 02 ago. 2017.
106
EQUIPE EDITORIAL. Alejandro Aravena vence o Prêmio Pritzker 2016. ArchDaily Brasil. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/780248/alejandro-aravenavence-o-premio-pritzker-2016>. Acesso em 16 mai. 2017. GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. 9. ed. Porto Alegre: L&PM, 2002. 270p. GARCIA, Marília. Centro de Apoio ao Morador de Rua. 2014. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Centro Universitário Belas Artes, São Paulo, 2014. Disponível em: < https://issuu.com/mariliamrgarcia/docs/tfg_marilia_garcia>. Acesso em 16 mar. 2017 GHISLENI, Camila. A lei da assistência técnica e a importância social da arquitetura. Archdaily Brasil, jan. 2017. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/802978/a-lei-da-assistencia-tecnica-e-a-importanciasocial-da-arquitetura-camilla-ghisleni>. Acesso em 18 mai. 2017. GOMES, Ana. Morador de Rua e Drogadição: Um estudo sobre a situação de rua dos usuários do Centro Pop – Natal/RN. 2012. Monografia (Curso de Serviço Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012. GRESSLER, Sandra Christina; GUNTHER, Isolda. Ambientes restauradores: definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estud. psicol. (Natal), Natal , v. 18, n. 3, Set. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413294X2013000300009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 20 mai. 2017 GWYNNE PUGH. CAPSLO Homeless Center. Disponível em: <http://www.gwynnepugh.com/project/CAPSLO%20Homeless%20Center>. Acesso em 23 mai. 2017. LEFEBRVE, Henri. O direito à cidade. 5. ed. São Paulo: Centauro Editora, 2008. 141p. LOEBCAPOTE. Edifício para moradores de rua na região central de São Paulo. Disponível em: <http://www.loebcapote.com/projetos/19>. Acesso em 25 mai. 2017. KARL, Marx. O capital: Livro 1. 13. ed. São Paulo: Círculo do Livro Ltda, 1996. 394p. LIMA, Bruna. Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir: Direito à Cidade e População em Situação de Rua em Natal/RN. 2014. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2014. Disponível em: < https://repositorio.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/22815/1/BrunaMassudDeLima_ DISSERT.pdf>. Acesso em 06 mai. 2017 LIMA, Jorge. Anteprojeto arquitetônico de um centro cultural de eventos e exposições. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Potiguar, 2015. LENGEN, Johan. Manual do Arquiteto Descalço. I. ed. São Paulo: B4 Ed.,2014
107
MAZDA, Aura. Quantidade de moradores de rua aumenta 240%. Tribuna do Norte, Natal, ago. 2016. Disponível em: <http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/quantidade-de-moradores-de-ruaaumenta-240/355828>. Acesso em 09 mai. 2017. MATTOS, Ricardo; FERREIRA, Ricardo. Quem vocês pensam que (elas) são? Representações sobre as pessoas em situação de rua. Psicol. Soc., Porto Alegre, v. 16, n. 2, ago. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010271822004000200007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 abr. 2017 MACHADO, Thayse. População em Situação de Rua e Sociedade: Uma relação marcada por preconceito e estigma. 2014. Monografia (Curso de Serviço Social) – Universidade Federal de Santa Catarina, 2014. MENTZ, Letícia. Abrigo para Adultos em Situação de Rua. 2013. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: < https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/95628/000917641.pdf?sequence= 1>. Acesso em: 12 mar. 2017 MELO, M.H. Pop Rua: Espaço de Referência em Assistência Social para Pessoas em Situação de Rua. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015. MAHFUZ, Edson da Cunha. Ensaio sobre a razão compositiva: uma investigação sobre a natureza das relações entre as partes e o todo na composição arquitetônica. Belo Horizonte: AP Cultural, 1995. NATAL. Lei Complementar nº 055 de 27 de janeiro de 2004. Natal, 2004. NATAL. Lei Complementar nº 082 de 27 de junho de 2007. Natal, 2007. NEVES, Laert. Adoção do Partido na Arquitetura. Salvador: Centro Editorial e Didático da UFBa, 1989. 206p. OGG, Helena. Centro de Assistência à População em Situação de Rua. 2014. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em: < http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2985/1/CT_COARQ_2014_1_01. pdf>. Acesso em 12 mar. 2017 OLIVEIRA, Evlyn. Arquitetura & Cura: Humanização da Arquitetura Hospitalar no Processo de Cura. 2014. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Vila Velha, 2014. Disponível em: < https://issuu.com/evlyndalmaso/docs/tcc_site>. Acesso em 21 mai. 2017. OLIVEIRA, José. A rua na pobreza e a pobreza na rua. Um estudo das relações entre moradores de rua e espaço urbano. Arquitextos, São Paulo, ano 15, n. 169.02, Vitruvius, jun. 2014. Disponível em
108
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/15.169/5223>. Acesso em 12 mar. 2017 ONU, 1948. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: <http://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10133.htm>. Acesso em 13 mai. 2017. OVERLAND PARTNERS. A Comunnity Comming Totgether to Adress Homelessness. Disponível em: <http://www.overlandpartners.com/projects/thebridge-homeless-assistance-center/>. Acesso em 22 mai. 2017. PAIVA, Irismar et al . Direito à saúde da população em situação de rua: reflexões sobre a problemática. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 21, n. 8, Ago. 2016 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232016000802595&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 abr. 2017 PEREIRA, Ludmila. Albergue para pessoas em situação de rua. Revista On-Line IPOG, dez. 2014. PINHEIRO, José. Psicologia Ambiental: a busca de um ambiente melhor. Estudos de Psicologia, v. 2, n. 2, 1997. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/epsic/v2n2/a11v02n2.pdf>. Acesso em 20 mai. 2017 POUSA JUNIOR, Efren. Políticas públicas para inclusão social dos moradores em situação de rua. Disponível em: http://jus.com.br/artigos/18448/politicaspublicas-parainclusao-social-dos-moradores-em-situacao-de-rua#ixzz3YQETJtkp. Acesso em 10 mai. 2017. PEREIRA, Felipe. Olimpíada faz moradores de rua sentirem falta de quando eram “invisíveis”. UOL Olimpíadas, Rio de Janeiro, ago. 2016. Disponível em: <https://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/08/olimpiada-faz-moradorde-rua-ter-saudade-do-tempo-em-que-era-invisivel.htm>. Acesso em 24 mai. 2017 PUFF, Jefferson. MP diz que rio tirou 669 mendigos das ruas para a Copa apesar da proibição. BBC Brasil, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/07/140628_rio_mendigo_wc2014_jp> . Acesso em 24 mai. 2017. PREFEITURA DO NATAL. Natal oferece atendimento de excelência à população de rua. G1 – Espaço publicitário, Natal, 2016. Disponível em: < http://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/especial-publicitario/prefeitura-donatal/natal-a-nossa-cidade/noticia/2016/03/natal-oferece-atendimento-de-excelenciapopulacao-de-rua.html>. Acesso em 31 mai. 2017. QUINTÃO, Paula. Morar na rua: há projeto possível?. 2012. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2012. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-07082012122947/pt-br.php>. Acesso em: 20 mar. 2017.
109
RIBAS, Luciana. O combate à invisibilidade da população em situação de rua: orientação jurídica e empoderamento da pessoa. Aracê – Direitos Humanos em Revista, São Paulo, v. 2, n. 3, set. 2015. RUDY BRUNER AWARD. Gold Medal Winner: The Bridge Homeless Assistance Center. Disponível em: <https://www.rudybruneraward.org/wpcontent/uploads/2016/08/03-The-Bridge-Homeless-Assistance-Center.pdf>. Acesso em 22 mai. 2017. RIO GRANDE DO NORTE (Estado). Decreto nº 6.576, de 03 de janeiro de 1975. Regulamenta a Lei nº 4.436, de 09.12.71, que cria o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado, o Serviço Técnico de Engenharia – SERTEN e dá outras providências. Código de Segurança e Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio Grande do Norte. Natal, RN, 03 jan. 1975. SALOMÃO, Luísa. Viver na Rua: Arquitetura, Urbanismo e Vida Cotidiana. 2014. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de Ouro Preto, 2014. Disponível em: < https://issuu.com/luisacangussu/docs/tfg_viver_na_rua_-_arquitetura__urb>. Acesso em 16 mar. 2017. SILVA, Maria. Mudanças Recentes no Mundo do Trabalho e o Fenômeno População em Situação de Rua no Brasil 1995 – 2005. 2006. Dissertação (Pós – Graduação) – Universidade de Brasília, 2006. Disponível em: < http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/1763/1/2006_Maria%20Lucia%20Lopes%20 da%20Silva.pdf>. Acesso em 22 abr. 2017. SILVA, Janaina. População em Situação de Rua: Uma análise da implementação da política nacional de assistência social no âmbito do Centro Pop – Natal/RN. 2012. Monografia (Curso de Serviço Social) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Texto de Reordenamento do Serviço de Acolhimento para População Adulta e Famílias em Situação de Rua. Disponível em: < http://cimos.blog.br/wp-content/uploads/2014/03/texto-deorientacao-reordenamento-pop-rua-08-05-2012.pdf>. Acesso em 29 abr. 2017. SOUZA, Íris. Centro de Acolhimento e Apoio ao Morador de Rua. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2015. Disponível em: < https://issuu.com/irisdeoliveira1/docs/tfg3_final_mudado_final_web>. Acesso em 16 mar. 2017. STUDIO ELMO VERMIJS. Skaeve Huse. Disponível em: < http://www.elmovermijs.com/projecten/skaeve-huse/?lang=en>. Acesso em 02 ago. 2017. TOKUGAVA, Vanessa. A Arquitetura como Ponte para a Inclusão Social: Centro de Reabilitação para Pessoas com Deficiência. 2015. Monografia (Curso de Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2015. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg2WwAE/a-arquitetura-como-ponte-a-
110
inclusao-social-projeto-centro-reabilitacao-pessoas-com-deficiencia-fisica>. Acesso em 15 mai. 2017. TRUBILHANO, Amanda. Rua dos bobos, número zero: As estratégias de sobrevivência de pessoas em situação de rua. 2011. Monografia (Curso de Psicologia) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2011. Disponível em: < http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/CCBS/Cursos/Psicologia/2012/BIBLIO T_DIG_LEVV/JUSTICA_E_CID/Amanda_Gongora_Trubilhano.pdf>. Acesso em 28 abr. 2017. TRINDADE, Sileno Cirne. Ventilação natural em edifícios tipo galpão no clima deNatal/RN: aplicação de simulação computacional. 2006. Dissertação (Curso deArquitetura e Urbanismo) - UFRN, Natal, 2006. UNIVERSIDADE POTIGUAR. Manual de Normatização para Trabalhos Acadêmicos. AnaVirgínia de Queiroz Melo Leite... [et al]. – Natal, 2013. VARANDA, Walter; ADORNO, Rubens. Descartáveis urbanos: discutindo a complexidade da população de rua e o desafio para políticas de saúde. Saude soc., São Paulo , v. 13, n. 1, Abr. 2004 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010412902004000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 28 abr. 2017. VASCONCELOS, Sara. Natal tem 223 moradores de rua. Tribuna do Norte, Natal, jul. 2010. Disponível em: <http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/natal-tem-223moradores-de-rua/154470>. Acesso em 09 mai. 2017. WINSTANLEY, Tim. Design for Homeless Shelter in San Luis Obispo Awarded. Archdaily, dez. 2011. Disponível em: <http://www.archdaily.com/195063/design-forhomeless-shelter-in-san-luis-obispo-awarded>. Acesso em 23 mai. 2017.
111
APÊNDICES
FICHA DE ANÁLISE - WALKTROUGH CENTRO POP FICHA DE REGISTRO DA ANÁLISE Modalidade de Serviço: Média Data: 30/05/2017 Complexidade - Serviço Especializado Área aprox.: 315m² para Pessoas em Situação de Rua Horário/Dias de Funcionamento: Segunda à Sexta (08h00 às 17h00) Como ocorre a abordagem ao usuário do serviço? - Espontaneamente - Serviço de abordagem social - Encaminhamento - Indicação de outros usuários Usuários (idade) – Capacidade de atendimento da unidade: Média de 70 pessoas por dia (adultos e família. Sendo a maioria do sexo masculino. Funcionários (Equipe): - 01 técnico; - 03 assistentes sociais - 04 psicólogos; - 02 assistentes de serviços gerais; - 04 vigilantes; Serviços/Atividades Ofertadas:
- 01 cozinheira; - 01 auxiliar de cozinha; - 02 assistentes administrativos; - 08 cuidadores.
- Atendimento psicossocial; - Encaminhamento para redes socioassistenciais e documentação; - Acesso à banho e almoço/lanches; - Oficinas educacionais. INFRAESTRUTURA O lugar foi adaptado ou construído do zero? Adaptado. Programa arquitetônico: (X) Recepção e acolhida inicial; (X) Sala para atividades referentes à coordenação, reunião de equipe e/ou atividades administrativas; (X) Sala de atendimento individualizado, familiar ou em pequenos grupos; ( ) Salas e outros espaços para atividades coletivas com os usuários, socialização e convívio; (X) Copa/cozinha; (X) Higiene pessoal (banheiros individualizados com chuveiros, inclusive); (X) Banheiros masculinos e femininos com adaptação para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida; (X) Lavanderia com espaço para secagem de roupas; (X) Refeitório; (X) Guarda de pertences, com armários individualizados;
112
( ) Espaço para guarda de animais estimação e/ou carrinhos ( ) Outros (Quais?)
Recursos e materiais da unidade: (X) Mobiliário, computadores, impressora e telefone; (X) Acesso à internet; (X) Material de expediente e material para o desenvolvimento de atividades individuais e coletivas (pedagógicos, culturais, esportivos etc.); (X) Veículo para utilização pela equipe; (X) Arquivos, armários ou outros, para guarda de prontuários físicos em condições de segurança e sigilo; (X) Armários individualizados para guardar pertences das pessoas atendidas; (X) Materiais para a produção e realização de lanches; (X) Artigos de uso e higiene pessoal; ( ) Outros (Quais?)
Habitabilidade/ Higiene/ Salubridade/ Segurança/ Privacidade
(X) Satisfatório ( ) Insatisfatório ( ) Muito insatisfatório
Acessibilidade (acessos, salas de atendimento, refeitório, banheiros)
( ) Satisfatório (X) Insatisfatório ( ) Muito insatisfatório
Ventilação/Iluminação
(X) Satisfatório ( ) Insatisfatório ( ) Muito insatisfatório
Comentários: A infraestrutura do local é insuficiente para a quantidade pessoas que o frequenta diariamente. No entanto, segundo a coordenadora Renata Penha, estão à procura de um espaço maior.
113
ENTREVISTA DESTINADA AO MORADOR DE RUA - 01
1. Perfil: •
Idade: 43 anos
•
Gênero: ( ) Feminino
•
Onde nasceu? Natal/RN
•
Há quanto tempo está em situação de Rua e Porquê? 1 ano e 5 meses,
(X) Masculino
devido a problemas com o alcoolismo e desentendimentos familiares. •
Tem algum documento de identificação? Sim, todos.
•
Usa algum medicamento? Sim, para o tratamento do alcoolismo: carbamazepina.
•
Usa álcool ou outro tipo de drogas? (X) Sim - Alcool
•
Você está:
(X) Solteiro(a)
( ) Casado (a)
( ) Não
( ) Viúvo
( ) Outro: •
Tem filhos: ( ) Sim – Quantos?
(X) Não
•
Exerce alguma atividade remunerada?
(X) Sim – Qual? Reciclagem de
materiais. ( ) Não •
Qual é a sua escolaridade? ( ) Nunca estudou
( ) E. Médio Incompleto
( ) E. Fundamental Completo
( ) E. Superior Completo
(X) E. Fundamental Incompleto
( ) E. Superior Incompleto
( ) E. Médio Completo
2. Acesso a direitos e a organização coletiva •
Já sofreu algum preconceito e/ou violência por estar na rua? Sim.
•
Para onde vai quando precisa de atendimento médico? Encaminhamentos através do Centro PoP.
•
Quais os principais problemas de saúde enfrentados?
114
Insônia, alcoolismo e problemas relacionados ao sistema respiratório devido ao vício em cigarro •
Há dificuldade para obter assistência médica? Se sim, quais? Sim, devido ao preconceito por parte de alguns médicos – dizem que não têm vaga.
•
Participa ou já participou de algum programa de assistência social? Se sim, qual? Participo do Movimento Pop Rua.
•
Frequenta ou já utilizou o Albergue Noturno de Natal? Se sim, como você avalia esse serviço? Já frequentei, porém além de ter muitas regras para utilizar do serviço, a infraestrutura não é adequada.
•
Como você avalia os serviços oferecidos no Centro Pop (o que considera importante, o que parece funcionar, o que deve ser modificado)? Como você chegou até aqui? Em relação ao atendimento não tenho do que reclamar, mas precisa-se de mais profissionais e de um espaço maior. Cheguei aqui por meio da indicação de outros moradores de rua.
•
Você votou nas últimas eleições? Sim.
ENTREVISTA DESTINADA AO MORADOR DE RUA - 02
1. Perfil: •
Idade: 33 anos
•
Gênero: ( ) Feminino
•
Onde nasceu? Natal/RN
(X) Masculino
115
•
Há quanto tempo está em situação de Rua e Porquê? 20 dias, devido ao vício em drogas.
•
Tem algum documento de identificação? RG, CPF e cartão do Bolsa Família.
•
Usa algum medicamento? Não
•
Usa álcool ou outro tipo de drogas? (X) Sim - Cola
•
Você está: (X) Solteiro(a)
( ) Casado (a)
( ) Não
( ) Viúvo
( ) Outro: •
Tem filhos: ( ) Sim – Quantos?
•
Exerce alguma atividade remunerada? (X) Sim – Qual? Vendo pipoca Bokus.
(X) Não
( ) Não •
Qual é a sua escolaridade? ( ) Nunca estudou
( ) E. Médio Incompleto
( ) E. Fundamental Completo
( ) E. Superior Completo
(X) E. Fundamental Incompleto
( ) E. Superior Incompleto
( ) E. Médio Completo
2. Acesso a direitos e a organização coletiva •
Já sofreu algum preconceito e/ou violência por estar na rua? Já, cheguei a levar três tiros na cabeça.
•
Para onde vai quando precisa de atendimento médico? UPAs ou encaminhamentos através do Centro PoP.
•
Quais os principais problemas de saúde enfrentados? Vício em droga.
•
Há dificuldade para obter assistência médica? Se sim, quais? Não.
•
Participa ou já participou de algum programa de assistência social? Se sim, qual? Já frequentei o CAP e passei um mês internado no Hospital João Machado.
116
•
Frequenta ou já utilizou o Albergue Noturno de Natal? Se sim, como você avalia esse serviço? Já frequentei, mas por haver muitas regras para frequentar o serviço, preferi dormir nas ruas.
•
Como você avalia os serviços oferecidos no Centro Pop (o que considera importante, o que parece funcionar, o que deve ser modificado)? Como você chegou até aqui? Nota 10. Cheguei aqui de forma espontânea.
•
Você votou nas últimas eleições? Sim.
ENTREVISTA DESTINADA AO MORADOR DE RUA - 03
1. Perfil: •
Idade: 57 anos
•
Gênero: ( ) Feminino
•
Onde nasceu? Natal/RN
•
Há quanto tempo está em situação de Rua e Porquê? 21 anos, por causa
(X) Masculino
de desentendimentos familiares. •
Tem algum documento de identificação? Sim, todos.
•
Usa algum medicamento? Não
•
Usa álcool ou outro tipo de drogas? (X) Sim - Crack
•
Você está: (X) Solteiro(a)
( ) Casado (a)
( ) Não
( ) Viúvo
( ) Outro: •
Tem filhos: (X) Sim – Quantos? 2
•
Exerce alguma atividade remunerada?
( ) Não (X) Sim – Qual? “Flanelinha”. ( ) Não
•
Qual é a sua escolaridade? ( ) Nunca estudou
( ) E. Médio Incompleto
( ) E. Fundamental Completo
( ) E. Superior Completo
(X) E. Fundamental Incompleto
( ) E. Superior Incompleto
117
( ) E. Médio Completo
2. Acesso a direitos e a organização coletiva •
Já sofreu algum preconceito e/ou violência por estar na rua? Já, escapei de morrer três vezes.
•
Para onde vai quando precisa de atendimento médico?
•
Procuro o Centro PoP. Quais os principais problemas de saúde enfrentados? Gastrite e o vício em drogas.
•
Há dificuldade para obter assistência médica? Se sim, quais? Sim, não conseguiu receber o cartão do SUS.
•
Participa ou já participou de algum programa de assistência social? Se sim, qual? Sim, das atividades no Centro PoP e algumas atividades como mestre sala.
•
Frequenta ou já utilizou o Albergue Noturno de Natal? Se sim, como você avalia esse serviço? Já, mas o serviço é desorganizado, o acesso é difícil e humilhante. Já chegaram a matar gente em frente ao local.
•
Como você avalia os serviços oferecidos no Centro Pop (o que considera importante, o que parece funcionar, o que deve ser modificado)? Como você chegou até aqui? Maravilha, tudo funciona, as pessoas são muito caridosas. Cheguei aqui através de encaminhamento.
•
Você votou nas últimas eleições? Sim.
c
02/10
B
0 02/1
N
CAIXA D'ÁGUA TUBULAR FAZFORTE 50.000L SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
ESPIGÃO ESPIGÃO
L
.85
ESPIGÃO
N
5.95
L
O
O MURO DE ALVENARIA
ABI RME IMPE LAJE
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
D LIZA
I = 27%
3.05
S
S
2.28
MI= A CO
CUMEEIRA
1.09
I = 27%
I = 27%
COB ERTU
7%
3
7.81 DECK DE CONCRETO BETONART NA COR AMADEIRADO
RUFO
3.14
4.70
PISOGRAMA BETONART
1.40
5 A RTUR COBE
ELHA
AD LÓGIC
6 5 4 3 2 1
CUMEEIRA
EM T
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
URA
RT COBE
VEGE
ICA D
OLÓG
A EC
ELH EM T
TAL
AL EGET
sobe
RA V
E FIB
ECO % I = 27
TALUDE
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
I=6%
CALHA
O
PISO INTERTRAVADO TECPAVI NA COR CINZA
RA E FIB
RUFO
ERVIÇ %
I = 27
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
A = 122,83m²
2.20
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
GRADIL DE FERRO
PÁTIO CENTRAL/ DORMITÓRIO AO AR LIVRE
RAMPA ACESSO 1M
P05
SO S ACES
A
10
21.99
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
02/10
7.01
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
L
% I=6
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL
.15
CASA DE LIXO COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO I=6%
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
CUMEEIRA
ETAL VEG
GETA A VE
2.50
.15 .8
1.42
I = 35%
12.58 REFEITÓRIO AO AR LIVRE
IBRA DE F
FIBR
.15 .15
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
2.17
GICA COLÓ
A DE
1.00
CASA DE GÁS
CUMEEIRA
ÁGUA FURTADA
5 I=2
E LHA M TE RA E
IC LÓG ECO LHA M TE 7% RA E I=2 ERTU COB
1.35
GRADIL DE FERRO
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
5
4
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
2%
18.1 2.40
Escala 1/1000
2.15
CUMEEIRA
RUFO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
be so
02 PLANTA DE SITUAÇÃO
A 02/10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11121314
sobe
M
2%
I=
15 16 17 18 19 20 21 22 23
TALUDE
D
ZA
BIL I
RINC
PE R
IPAL
AJ E
SO P
PASSARELA
ME A
ACES
P08
AC O
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
PISOGRAMA BETONART MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL
13.39
0m 0,8 so es % c - a ,33 A 0m 8 1,6 MP i = so RA s ce % - a ,33 m A 8 ,40 MP i = A o2 R ss e c % - a ,33 m A 8 ,00 MP i = o3 RA ss e c % - a ,33 A 8 MP i = RA
IM
L
.28
14
VE RD E
GE T RA
I=
DE
VE G
ET
AL
CA
RA
27 %
FIB DE CA
%
Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
Material
1,00m x 2,10m
-
Giro
Gradil de ferro
2,00m x 2,10m
-
Abrir - 2 folhas
Gradil de ferro
HA E
CO L
ÓG I
27 I=
Quant.
TE L
2%
Nº
PORTAS P05 01 P08 01
3.5 8
EM
I=
SILHUETA DA EDIFICAÇÃO
UR A
M
CO
CO
BE
RT
ZA
DA
I=
CO LÓ GI LH AE TE UR AE
AB ILI
LA
3.4
0
ME
JE
PE R
M
IM
TABELA DE ESQUADRIAS
FIB
M CO DA IZA BIL RM EA PE IM
JE
2.83
VE
2%
RT BE CO
TALUDE
LA
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL
AL
UR A
IO ÁR ET m² ICL32,38 BICA =
RAMPA DE ACESSO 3M COM ACABAMENTO ANTIDERRAPANTE ECOEX
6
TALUDE
BE
RT
PISOGRAMA BETONART
4.6
3
1.9 1
CO
7
QUADRO DE ÁREAS E PRESCRIÇÕES URBANÍSTICAS
CUMEEIRA
EMPREENDIMENTO: ANTEPROJETO DE UM CENTRO DE ASSISTÊNCIA A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PARA A CIDADE DO NATAL/RN
c
0 02/1
8
USO: INSTITUCIONAL
ZONA : ADENSÁVEL - AEIS 2 ENDEREÇO: RUA MIRAMAR, 278, ROCAS - NATAL/RN EXIGIDO QUADRO DE ÁREAS
PISO CIMENTO QUEIMADO
2.5
2
GRADIL DE FERRO
B
02/10
9
ÁREA DO TERRENO
-
3.515m²
100%
ÁREA PERMEÁVEL
20% (mín.)
2.026m²
57%
TAXA DE OCUPAÇÃO
80% (máx.)
-
33%
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
2,5 (máx.)
0,3
-
7,5m
5,30m
-
3,0m
3,0m
-
GABARITO MÁXIMO RECUOS (Obs.: obrigatórios somente os frontais)
11 10
PROJETO
ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL
-
1.167m²
-
ÁREA ÚTIL TOTAL
-
1.055m²
-
ÁREA COBERTA TOTAL
-
1.397m²
-
Obs.: De acordo com o código de obras do município pode ser dispensada a reserva de área de estacionamento e guarda de veículos nas áreas especiais de interesse social.
Universidade Potiguar
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal/RN
01PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA Escala 1/150
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN ASSUNTO:
ESCALA:
PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTURA PLANTA DE SITUAÇÃO
1:150 1:1000
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
01/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
A1 - 84,00 X 59,40
N 0
c
02/1
B
02/10
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
L GABARITO MÁXIMO
O PERFIL DA EDIFICAÇÃO
S
7.50
+ 4.00
PERFIL DA EDIFICAÇÃO R. MIRAMAR
+ 8.00
+ 8.00
R. FERRO CARDOSO
+ 5.00 + 4.00
+ 4.00
PERFIL DO TERRENO NO PROJETO
+ 4.00
PERFIL NATURAL DO TERRENO
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
04TOPOGRAFIA - CORTE AA' Escala 1/200
+ 4.00
GABARITO MÁXIMO
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
+ 5.00
A
+ 4.00
PERFIL DA EDIFICAÇÃO
02/10
7.50
A 02/10
+ 8.00
R. GENERAL GUSTAVO CORDEIRO DE FARIA
PERFIL DA EDIFICAÇÃO
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
+ 8.00
+ 8.00
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
+ 4.00
+4.00 + 5.00 PERFIL DO TERRENO NO PROJETO
PERFIL NATURAL DO TERRENO
05TOPOGRAFIA - CORTE BB' Escala 1/200
+ 8.00
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
+ 5.00 + 8.00
+ 8.00
c
02/1
0
PROJEÇÃO DA CURVA DE NÍVEL NATURAL DO TERRENO
B
02/10
LEGENDA
ATERRO
03
CORTE
PLANTA TOPOGRÁFICA - Movimentações de Terra Escala 1/200
7.50
GABARITO MÁXIMO
PERFIL DA EDIFICAÇÃO
R. GENERAL GUSTAVO CORDEIRO DE FARIA
PERFIL DA EDIFICAÇÃO
+8.00
+5.00 +4.00
Universidade Potiguar PERFIL NATURAL DO TERRENO
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua
PERFIL DO TERRENO NO PROJETO
para a cidade do Natal/RN
06TOPOGRAFIA - CORTE CC' Escala 1/200
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN ASSUNTO:
ESCALA:
PLANTA TOPOGRÁFICA TOPOGRAFIA - CORTE AA' TOPOGRAFIA - CORTE BB' TOPOGRAFIA - CORTE CC'
INDICADAS
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
02/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
A1 - 84,00 X 59,40
B
I = 27% I = 27%
%
.80
.80
I = 27 VE FIBRA L
GETA
.15 .80
ICA DE
1.50
6 5 4 3 21
be so
IM
ER DE
LA
L TA VE GE IBR A
27 %
EF GIC AD CO LÓ
27 %
LH AE
2%
TE
I=
EM
AC OM
1.70
.15
J07
TU CO BE R
12.00
+ 5.15
13.60
RA
AD
I=
UR A
ILIZ
CO BE RT
EA B
LA
JE
EM
IM PE RM
EA B
TE LH AE CO LÓ GIC
ILIZ AD
AD
EF
AC OM
IBR
I=
AV
2%
EG ET AL
RA V RT U BE CO
.30
1.60
IM PE RM
I=
.10
2%
13.60
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
.15
.15
1.85
6.00
JE
I=
1.55
OM
AC
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL JE
2 1 1 A = 13.13m²
RUFO
I = 27%
LA
SALA FUNCIONÁRIOS
E01
I=6%
sobe
J08
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
CALHA
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 9 10 11 12 13 14 15 16 17
ILIZ
1.75
OLÓG A EC
2.30
TELH
.30
A EM
J08
+ 5.15
1 2 3 4 5 6 7 8
PAL PRINCI
+ 5.15
TAL
+ 5.15
+ 5.15
2 1 1 A = 10.35m²
RUFO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
CIRC.
2 1 1 A = 19.32m²
sobe
ACESSO
SALA DE REUNIÕES
J08
VEGE
1.20
RTUR
.15 .80
COBE
FIBRA
1 1 1 A = 3.33m²
4 1 1 A = 3.15m²
I = 27%
RVIÇO SO SE ACES
COPA
WC PCR
P03
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
RUFO
J01
P3.1
P03
ICA DE OLÓG %
J01
+ 5.15
+ 5.15
EC LHA
J01
EM TE
2 1 1 A = 12.70m²
I = 27
4 1 1 A = 2.70m²
P3.1
S
IMP. LAJE I = 2% COM
WC PCR SALA DE DOAÇÕES
A RTUR COBE
E02
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
L
.80
I = 27%
10.90
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
.80
.15 .80
AD
1.80
I = 27%
O
PE RM EA B
.15
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
2%
3.10
I = 27%
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
MI=
.15
ESPIGÃO
DA CO BILIZA RMEA IMPE LAJE
03/10
B
03/10
4.60
SOLÁRIO
11.70
11.70 .80 .15
N
CUMEEIRA
.15
P03
1.25
ALMOXARIFADO 2 1 1 A = 4.62m²
P02
2 1 1 A = 32.42m²
09
I = 27%
6.00
.15
RECEPÇÃO/ESPERA
5.45
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
+ 5.15
P03
LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO Escala 1/500
+ 5.15
.80 .15
.80 .15
P07 J13
.80 .15
4.08
1.88
.15
A 03/10
+ 5.15
3.70
A
A
03/10
03/10
.15 .80
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
08
PLANTA BAIXA - BLOCO ADMINSTRAÇÃO Escala 1/75
J07 J08 J09 J13
Quant.
Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
PLANTA DE COBERTURA - BLOCO ADMINSTRAÇÃO Escala 1/75
Material
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES PAREDE 1. Revestimento de granilite fulgê
0,70m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro - PNE
Madeira
1,80m x 2,10m
Abrir - 2 folhas
Alumínio - veneziana
0,60m x 0,60m
1,50m
Basculante
1,20m x 1,10m
1,00m Correr - 2 folhas Alumínio - veneziana
01 1,50m x 1,10m 04 1,80m x 1,10m 01 3,50m x 1,10m 01 ELEMENTOS VAZADOS 2,00m x 0,40m E01 02 3,00m x 2,30m E02 01
B
03/10
B
03/10
07
Nº
PORTAS P02 01 P03 04 P3.1 02 P07 01 JANELAS J01 03
PROJEÇÃO COBERTURA
.80
E01
03/10
TABELA DE ESQUADRIAS
3.00
A
J09
2 1 1 A = 11.10m²
J08
.80
COORDENAÇÃO
Alumínio e Vidro
1,00m Correr - 3 folhas Alumínio - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 6 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 2,10m
-
Concreto
0,20m
-
Concreto
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
QUADRO DE ÁREAS ÁREA COBERTA
159.08m²
ÁREA CONSTRUÍDA
121.20m²
ÁREA ÚTIL
112.82m²
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
1.97
1.95
ESTRUTURA DE MADEIRA
4.85
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.75
1.87
TESTEIRA DE MADEIRA
RAMPA ACESSO 0,65m - I = 8,33%
RECEPÇÃO/ESPERA
COORDENAÇÃO
+ 5.15
+ 5.10
BLOCO CERÂMICO RAMPA ACESSO 0,65m - I = 8,33%
.10
.15
+ 5.00
PASSEIO
+ 5.15
.92
JARDIM
10
JARDIM
12
CORTE AA' - BLOCO ADMINSTRAÇÃO Escala 1/75
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
PASSEIO INTERNO
FACHADA SUL- BLOCO ADMINSTRAÇÃO FACHADA SUL
Escala 1/75
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
VIDRO TEMPERADO
1.95
1.95
ESTRUTURA DE MADEIRA
4.85 2.75
2.75 MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h= 1m RAMPA ACESSO 0,35M - I= 8,12%
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
TESTEIRA DE MADEIRA
ESTRUTURA DE MADEIRA COM ACABAMENTO DE ESMALTE SINTÉTICO NA COR IPÊ-ROXO
BLOCO CERÂMICO
Universidade Potiguar CORRIMÃO AÇO INOX JARDIM RAMPA ACESSO 0,35M - I= 8,12%
CIRCULAÇÃO
.10
.15
+ 5.10
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h= 1m PASSEIO INTERNO
+4.10
11
CORTE BB' - BLOCO ADMINSTRAÇÃO Escala 1/75
para a cidade do Natal/RN
PASSEIO INTERNO
PASSEIO
+5.15
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua
13 FACHADA OESTE - BLOCO ADMINSTRAÇÃO Escala 1/75
ASSUNTO:
ESCALA:
BlOCO ADMINISTRAÇÃO
INDICADA
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
03/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
A1 - 84,00 X 59,40
ESPIGÃO
IM LAJE
L
N
B
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
PERM
04/10
I = 27% I = 27%
IZADA EABIL COM
.15
.15
1.20
7.63
.15
1.20
A EC
ICA DE FIBRA
1.40
I = 27%
OLÓG
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
TAL
VEGE
1.40
TELH
VEGE
1.40
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
A EM
FIBRA
.15
.15
TAL
.15
RTUR
ICA DE OLÓG A EC TELH % I = 27
1.40
COBE
A EM RTUR
J10
RUFO
P03
FIBRA
VEGETA
L
A DE
J09
TURA
EM TEL
HA
COBER
GIC ECOLÓ
FIBRA
VEGETA
6 5 4 3 2 1
2.55
A DE
LÓGIC
sobe
I = 27%
RUFO
HA ECO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
EM TEL
I=6%
CALHA
RVIÇO
SO SE ACES L
I = 27%
TURA COBER
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
P03
COBE
IMP. LAJE I = 2% COM
J08
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
I = 27%
3.93
I = 27%
.15
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
1.65
% I = 27
.10
S
1.80
O
.15
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
I = 2%
I = 27%
9.13
9.13
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
B
04/10
SOLÁRIO
RUFO
so
be
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 1 2 3 4 5 6 7 8 sobe
2 1 2 A = 9.36m²
J09
11.70
COBERTURA VERDE
PSICÓLOGO 2 1 2 A = 10.41m²
+8.15
2.85
J09
+8.15
.15
P03
.15
P03
PSICÓLOGO
2 1 2 A = 8.64m²
2 2 2 A = 5.16m²
2 1 2 A = 9.75m²
+8.15
J07
+8.15
+8.10
.15
1.20
.15
3.25
.15
1.20
IBR AV EG ET AL
EG ET AL
AD EF
DE FIB RA V
%
CO LÓ GIC
27
AE
I=
TE LH
%
GIC A CO LÓ
27 I=
TE LH AE M RT UR AE CO BE
Escala 1/500
1.20
15
Escala 1/75
ver Detalhe 1
-
Giro
Alumínio - veneziana
1,00m Correr - 2 folhas Alumínio - veneziana 1,00m Correr - 3 folhas Alumínio - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 2,10m
-
Concreto
Escala 1/75
ÁREA COBERTA
133.33m²
ÁREA CONSTRUÍDA
95.18m²
ÁREA ÚTIL
82.27m²
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
.15
.15.40
TERRA (15cm) MANTA DRENANTE
1.73 2.90 2.60
3.30
MEMBRANA À PROVA D´ÁGUA LAJE (15cm)
PLATIBANDA COM PINTURA ACRÍLICA NA COR PITAIA ROSA
COBERTURA VERDE MARQUISE
DETALHE 1 - Cobertura Verde Escala 1/25
VARANDA
+ 5.15
.10
.15
+ 5.10
BLOCO CERÂMICO
.92
ENFERMARIA
+ 5.15
0,80m x 2,10m
QUADRO DE ÁREAS
PLANTA DE COBERTURA - BLOCO ATENDIMENTO
PAREDE
GRAMA ESMERALDA COBERTURA CONTRA AÇÃO EROSIVA
COBERTURA VERDE
ASSIS. SOC. EM GRUPO
Material
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES 1. Revestimento de granilite fulgê
1,20m x 1,10m 04 1,50m x 1,10m 01 1,80m x 1,10m 03 2,00m x 1,10m J10 01 ELEMENTOS VAZADOS 2,00m x 0,40m E01 02
04/10
PLANTA BAIXA - BLOCO ATENDIMENTO
Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
J07 J08 J09
1.20
7.93
B
PINGADEIRA DE CONCRETO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
04/10
B
14
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h = 1m
M
.15
.15 1.20
1.20
2.88
PROJEÇÃO COBERTURA
Quant.
PORTAS P03 06 JANELAS
J07
J07
.15
RT UR AE
Nº
P03
.15
P03
TABELA DE ESQUADRIAS
3.00
CIRC.
J07
16
LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO
E01
E01
ASSIST. SOC. INDIVIDUAL
1.20
2.85
ASSIST. SOC. INDIVIDUAL
3.00
14.60
.15 1.70
.15
14.60
E01
BE
+8.15
2.10
+8.15
CO
2 1 2 A = 21.82m²
12.00
2 1 2 A = 17.13m²
A 04/10
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
.90
ENFERMARIA
A 04/10
PAL PRINCI
J09
ASSIST. SOC. EM GRUPO
A 04/10
ACESSO
5.55
A 04/10
9 10 11 12 13 14 15 16 17
GUARDA CORPO DE AÇO INOX
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h = 1m
17 CORTE AA' - BLOCO ATENDIMENTO Escala 1/75
19 FACHADA SUDOESTE - BLOCO ATENDIMENTO Escala 1/75
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
COBERTURA VERDE
PINGADEIRA DE CONCRETO
.15.40
.15
.15.40
GRAMA ESMERALDA
PLATIBANDA COM PINTURA ACRÍLICA NA COR PITAIA ROSA
1.73
ENFERMARIA
PSICÓLOGO +8.15
+ 8.15
+ 8.10
.92
+ 8.15
.10
+ 8.10
PSICÓLOGO
.15
VARANDA
2.60
2.90
1.73 .10
.92
3.30
MARQUISE BLOCO CERÂMICO
Universidade Potiguar
CORRIMÃO DE AÇO INOX
GUARDA-CORPO DE AÇO INOX
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal/RN
PASSEIO INTERNO
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
18
CORTE BB' - BLOCO ATENDIMENTO Escala 1/75
20
FACHADA SUDESTE - BLOCO ATENDIMENTO
Escala 1/75
ASSUNTO:
ESCALA:
BLOCO ATENDIMENTO
INDICADA
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
04/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
A1 - 84,00 X 59,40
L
N
05/10
2.85
.15
8.20
5.75
.80
ESPIGÃO
.15 .80
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
MI=
.80 .15
5.75
DA CO BILIZA RMEA IMPE LAJE
.80
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
B
B
05/10
SOLÁRIO
13.10
I = 27%
I = 27%
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
OLÓG
ICA DE OLÓG A EC TELH % I = 27
I = 27
%
A EC TELH
A EM
ICA DE
CUMEEIRA
P03
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
S
O
.80
.15 .80
A EM RTUR COBE
RTUR
P07
COBE
.15 .80
2%
J07
FIBRA
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
VEGE
TAL
VEGE
FIBRA TAL
IMP. LAJE I = 2% COM
FIBRA
VEGETA
6.35
DE GICA ECOLÓ TELHA I = 27% RA EM BERTU
FIBRA
sobe
6 5 43 21
L VEGETA
CO
3.85
RUFO
A DE
EM TEL
I=6%
+8.15
LÓGIC
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
L
I = 27%
HA ECO
TURA COBER
0 0 0 A = 40.19m²
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
BOBLIOTECA
+8.15
CALHA
RVIÇO SO SE ACES
0 0 0 A = 10.97m²
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
RUFO
DEPÓSITO GERAL
RUFO
so
be
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 1 2 3 4 5 6 7 8 sobe
J16
CO M
I=
2% ACESSO
IZA
BIL
PAL PRINCI
EA
PE RM
JE
IM
0 0 0 A = 43.88m²
WC FEM.
+8.15
J03
J15
18.40
J02
18.40
3.28
+8.15
16.80
4 1 1 A = 11.29m²
J03
.15
.15
P02
.90
4 1 1 A = 2.70m²
P3.1
+8.15
1.50
WC PCR
E03
J01
CIRC.
E02
.15
+8.15
.15
1.65
.15
VE R UR A
4 1 1 A = 2.70m²
J01
OM
Escala 1/500
TABELA DE ESQUADRIAS
Nº
Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
Material
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES PAREDE 1. Revestimento de granilite fulgê
0,70m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro - PNE
Madeira
0,90m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
1,80m x 2,10m
-
Abrir - 2 folhas
Alumínio - veneziana
0,60m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
0,70m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
0,90m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
2,50m x 0,60m
1,50m
Basculante
1,20m x 1,10m J07 01 4,60m x 1,10m J15 01 6,15m x 1,10m J16 01 ELEMENTOS VAZADOS 3,00m x 2,30m E02 01 4,00m x 0,40m E03 01
Alumínio e Vidro - veneziana
1,00m Correr - 2 folhas Alumínio - veneziana 1,00m Correr - 8 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 8 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 0,20m
-
Concreto
2,10m
-
Concreto
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
QUADRO DE ÁREAS
.80
.80 .15
.50 .80 .15
3.45
Quant.
PORTAS P02 02 P03 01 P3.1 02
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
.15
2%
23LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO
P04 01 P07 01 JANELAS J01 02 J02 01 J03 02 J05 01
.80
7.75
I=
A
+8.15
.80
I=
AC
1 1 1 A = 11.29m²
J05
AC OM
AD
3.28
1.70
WC MASC.
IM PE RM EA BIL IZA D BIL IZ
.80
3.13
PROJEÇÃO COBERTURA
LA JE
EA
P02
+8.15
PE
RM
.15
2 1 1 A = 49.98m²
IM
05/10
+8.15
S. PARA OFICINAS/MULTIUSO
2%
ER T CO B JE
1.80
WC PCR
P3.1
.90
7.45
LA
1.50
3.45
1.35
2 1 1 A = 4.75m²
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
A
.50
5.78
ATELIÊ DE ARTES
I= 27%
.15
A
A
I = 27%
05/10
05/10
05/10
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
DE
LA
P04
DA
.15
9 10 11 12 13 14 15 16 17
11.50
.80
.15 .80
13.10
241.04m²
ÁREA CONSTRUÍDA
193.20m²
ÁREA ÚTIL
177.75m²
05/10
B
B
05/10
21PLANTA BAIXA - BLOCO EDUCACIONAL
ÁREA COBERTA
22PLANTA DE COBERTURA - BLOCO EDUCACIONAL
Escala 1/75
Escala 1/75
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
ESTRUTURA DE MADEIRA
1.97
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.78
2.73
4.85
1.97
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
TESTEIRA DE MADEIRA
BLOCO CERÂMICO
PASSEIO
BIBLIOTECA
ATELIÊ DE ARTES
+ 8.15
+ 8.15
.10
.15
+ 8.10
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h = 1m
24
26FACHADA NORDESTE - BLOCO EDUCACIONAL
CORTE AA' - BLOCO EDUCACIONAL
Escala 1/75
Escala 1/75
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
1.95
ESTRUTURA DE MADEIRA
PASSEIO INTERNO
Universidade Potiguar
4.85
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
TESTEIRA DE MADEIRA
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
2.75
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h =1m
JARDIM
+ 8.15
BIBLIOTECA
ATELIÊ DE ARTES + 8.15
+8.15
PASSEIO + 8.10
.15
+ 8.00
S. OFICINAS/MULTIUSO
BLOCO CERÂMICO MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL h =1m
25 A1 - 84,00 X 59,40
Escala 1/75
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN ASSUNTO:
ESCALA:
BlOCO EDUCACIONAL
INDICADA
JARDIM
PASSEIO INTERNO
CORTE BB' - BLOCO EDUCACIONAL
para a cidade do Natal/RN
27
FACHADA NOROESTE - BLOCO EDUCACIONAL Escala 1/75
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
05/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
B
06/10
B
06/10
N
SOLÁRIO
.15
2.48
.15
.15 2.00
.55 .15
1.02
5.95
.15
1.02
.15 .55
1.60
14.75
.15 .80 .15
2.48
1.20
.15 .80
.15
6.10
L
.15
6.35
.80
O
ESPIGÃO
I = 27%
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
1.20
6.50
MI= A CO ILIZAD
.15
MEAB IMPER LAJE
1.20
I = 27%
.80
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
%
be so
ER DE
ET AL EG
% 27 I=
TU RA
LH AE
BE R CO
EM
TE
2%
CO LÓ GIC AD EF IBR AV
27 %
AE TE LH EM
I=
RM EA BIL IM PE LA JE
I=
CO BE RT UR A
Quant. Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
PORTAS P03 10 JANELAS J03 01 J04 01 J06 02
.40 6.35
CO LÓ GIC
IZA DA
AD
EF
CO M
IBR
I=
AV
2%
EG ET
AL
UR AV BE RT CO
14.00
CO
M
.80
12.00 5.65 .15 1.20
1.20
11.99
.15 3.90 .15 3.90 .80 .15
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
6.05
1.40
.15 1.20
6 5 4 3 21
3.60
1.07 .15 1.00 .15 3.90 .15 .93 2.97
I = 27
.80
.80
.15 .80
.15 .80
.15 .80 1.38
1.38 2.22 .15 3.90 .15
ILIZ A
DA
.80
B
06/10
B
06/10
J10 J12
29PLANTA DE COBERTURA - BLOCO FAMÍLIA
Escala 1/75
IM
AB
.15 .80
28PLANTA BAIXA - BLOCO FAMÍLIA
IM
PE RM E
Nº
6.40
JE
JE
RUFO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 1.20
.15 .80
5.95
LA
5.30
.15
LA
30
CUMEEIRA
.65 .15 .65
14.75
A 06/10
LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO Escala 1/500
TABELA DE ESQUADRIAS
PROJEÇÃO COBERTURA
6.35
9 10 11 12 13 14 15 16 17
2%
J10
1 2 3 4 5 6 7 8
I=
J10
sobe
RA VEG
DE FIB
OM
P03
ETAL
A LÓGIC HA ECO EM TEL I = 27% TURA COBER
AB ILIZ AD AC
J10
+8.15
+8.15
VEGETA
PE RM E
2 1 2 A = 22.43m²
FIBRA
sobe
4.05
L
QUARTO FAMÍLIA
P03
1.20
GETA
14.00
RA VE DE FIB
P03
5.70
TAL
P03
P03
2 1 2 A = 24.04m²
.15
VEGE
P03
QUARTO FAMÍLIA
.15
ÓGICA ECOL
FIBRA
P03
A DE
EM TEL
PAL PRINCI
+8.15
L
I = 27%
LÓGIC HA ECO
TURA COBER
ACESSO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
+8.15
RVIÇO
2 1 2 A = 20.54m²
RUFO
QUARTO FAMÍLIA
2 1 2 A = 16.66m²
I=6%
CIRC.
2 1 2 A = 22.15m²
CALHA
QUARTO FAMÍLIA
SO SE
06/10
06/10
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
E01
+8.15
A
A
J12 E01
1.20
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
ACES
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
P03
J12
1.20
I = 27%
J04
P03
J10
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
+8.15
.80
P03
LHA
DE ÓGICA ECOL LHA % I = 27
.20
1 1 2 A = 19.96m²
2.20
06/10
EM TE
EM TE
.50
5.60
IMP. LAJE I = 2% COM
+8.15
J03
.30
BWC/VESTIÁRIO MASC.
1 1 2 A = 21.43m²
A RTUR
RUFO
1.70
BWC/VESTIÁRIO FEM.
A RTUR COBE
J06
COBE
.15 .80
2%
J06
S
Escala 1/75
04 02
Material
PAREDE 1. Revestimento de granilite fulgê
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,90m x 0,60m
1,50m
Basculante
1,20m x 0,60m
1,50m
Pivotante
Alumínio e Vidro - veneziana
3,50m x 0,60m
1,50m
Pivotante
Alumínio e Vidro - veneziana
2,00m x 1,10m 2,80m x 1,10m
1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana
ELEMENTOS VAZADOS 2,00m x 0,40m E01 02
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES
2,10m
Alumínio e Vidro
-
Concreto
QUADRO DE ÁREAS ÁREA COBERTA
190.16m²
ÁREA CONSTRUÍDA
152.97m²
ÁREA ÚTIL
130.57m²
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
RUFO METÁLICO
2.65
CIRC.
QUARTO FAMÍLIA
+ 8.15
QUARTO FAMÍLIA
4.95
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
PLATIBANDA COM PINTURA ACRÍLICA NA COR VERMELHO GOYA
TESTEIRA DE MADEIRA
MARQUISE
PASSEIO
+ 8.15
BLOCO CERÂMICO
+ 8.10
.10
.15
+ 8.15
7.80
2.05
2.05 .15
CALHA METÁLICA
2.90
.15 .80
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO - I = 6%
2.60
2.90
.80
PINGADEIRA DE CONCRETO
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.35
ESTRUTURA DE MADEIRA
GUARDA CORPO DE AÇO INOX
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
ARQUIBANCADAS DE CONCRETO
.45
.45
4.00
4.10
2.20
PASSEIO INTERNO
33FACHADA SUL- BLOCO FAMÍLIA
.45
.10
.20
+ 4.10
.45
ANFITEATRO
PALCO DE CONCRETO
Escala 1/75
31 CORTE AA' - BLOCO FAMÍLIA Escala 1/75
1.20
1.20
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
PLATIBANDA COM PINTURA ACRÍLICA NA COR VERMELHO GOYA
.15
.15
1.20
ESTRUTURA DE MADEIRA
2.65
BWC/VEST. FEM.
2.60
2.90
4.10
MARQUISE
BLOCO CERÂMICO
QUARTO FAMÍLIA + 8.15
+ 8.15
PASSEIO
Universidade Potiguar
+ 8.10 GUARDA CORPO DE AÇO INOX
.10
8.20
.15
+ 8.15
QUARTO FAMÍLIA
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal/RN PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
4.00
ARQUIBANCADAS DE CONCRETO
.10
+ 4.00
A1 - 84,00 X 59,40
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN ASSUNTO:
ESCALA:
BlOCO FAMÍLIA
INDICADA
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA PALCO DE CONCRETO
.45
JARDIM
.45 .45
.45
4.10
ARQUIBANCADAS DE CONCRETO
2.20
TALUDE
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
06/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
32
CORTE BB' - BLOCO FAMÍLIA
Escala 1/75
34FACHADA OESTE- BLOCO FAMÍLIA Escala 1/75
B
07/10
B
07/10
N SOLÁRIO
.80
I = 27% I = 27%
7.75
A LÓGIC HA ECO EM TEL I = 27%
sobe
6 5 4 3 21
L VEGETA
RUFO
be so
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 1 2 3 4 5 6 7 8
I=
2%
JE
.15
M
LA
.15
CO
PE RM EA B
20°
AD A
ILIZ
PAL PRINCI
IM
E01
E01
.50 .15
+4.15
.15
1.95
.15
2.45 P03
J02
E RD VE
+4.15
.15
1.30
.80
3.85
J11
.15
1.85
.15
J10
J01
.15
1.25
3.25
.15 .15
.15 3.75
1.30
6.40
6.40
.15 .80
5.75
.60
11.30
EG ET A EF IBR AV
2%
RA VE GE TA L
GIC AD LÓ
% 27
FIB DE GIC A
27 %
UR AE M
TE LH
CO
AE CO
BE RT
I=
LÓ
AE CO TE LH
I=
RM EA IM PE LA JE
RA EM
2%
BE RT U
I=
CO
.80
.15 .80
B
07/10
B
07/10
PLANTA BAIXA - BLOCO MASCULINO
36
Escala 1/75
PLANTA DE COBERTURA - BLOCO MASCULINO Escala 1/75
Quant.
PORTAS P02 08 P03 41 P3.1 06 JANELAS J01 03 J02 03 J03 01 J08 01 J09 01
Escala 1/500
Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
Material
0,70m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro - PNE
Madeira
0,60m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
0,70m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
0,90m x 0,60m
1,50m
Basculante
Alumínio e Vidro
1,50m x 1,10m
1,00m Correr - 3 folhas Alumínio - veneziana
1,80m x 1,10m
1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana
2,00m x 1,10m 0,90m x 2,00m
1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 0,10m Pivotante Alumínio - veneziana
2,80m x 1,10m J12 01 3,50m x 1,10m J13 01 ELEMENTOS VAZADOS 2,00m x 0,40m E01 02
1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 6 folhas Alumínio e Vidro - veneziana
J10 J11
35
I= BIL IZA DA
14.75 6.58
1.35 3.65
J01
2.30
Nº
.80
+4.15
J01
2.25
.60
.15
BWC 4 1 1 A = 2.81m²
M
LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO
TABELA DE ESQUADRIAS
I = 35%
2.15
BWC 4 1 1 A = 2.71m²
P03
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
.80 .15
BWC
J10
5.75
P02
4 1 1 A = 2.81m² +4.15
.60 .15
P02
+4.15
+0.00
P03
5.07
2 1 1 A = 10.42m²
.80 .15
3.80
P02
+4.15
.52 .15
SUÍTE DUPLA
2 1 1 A = 8.67m²
2 1 1 A = 10.16m²
L
RA TU BE R CO
37
.15
.15
.15 5.60
SUÍTE INDIVIDUAL
SUÍTE DUPLA
CO
CUMEEIRA
J01
P03
CO M
.92 1.80
J08
2 1 1 A = 14.12m²
2.48
.98
.80
1.20
.15
SUÍTE INDIVIDUAL
+4.15
.15
2.45
2.22
.15
1.40
IZA DA
BWC/VEST.
1.80
PE R
AB IL
P3.1
J02
IM
ME
4 1 1 A = 20.39m²
1.65
.15
JE
1.70 J02
LA
.80
.15
.80 .15
1.20
J03
+4.15
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
2.70
+4.15
4 1 1 A =4.43m²
.15
70
BWC PCR
P03
1.00
2 1 1 A = 10.43m²
2.08
°
4.80
1.55
P03
J09
2.00
7.75
8.35
6.95
TURA COBER
RA DE FIB
9 10 11 12 13 14 15 16 17
CIRCULAÇÃO
PROJEÇÃO COBERTURA
.80
VEGETA
ACESSO
14.75
FIBRA
EM TEL
P03
P03
.50 .15
TURA
sobe
P03
A DE
LÓGIC
HA ECO
COBER
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
4.43
L
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
I=6%
J10
RUFO
+4.15
+4.15
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
+4.15
+4.15
I = 27%
CALHA
2 1 1 A = 22.24m²
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
QUARTO COLETIVO
2 1 1 A = 14.78m²
RVIÇO SO SE
QUARTO COLETIVO
2 1 1 A = 18.54m²
RUFO
ACES
QUARTO COLETIVO
2 1 1 A = 22.27m²
4.43
A
4.65
07/10
A
L
07/10
A QUARTO COLETIVO
GETA
07/10
A
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
L GETA
VE FIBRA
VE FIBRA
DE ÓGICA ECOL LHA % I = 27
DE ÓGICA ECOL
% I = 27
A TELH
EM TE
IMP. LAJE I = 2% COM
07/10
I = 27%
I = 27%
.60
S
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
O
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
17.05
.60
J10
.15 .60
J12
J13
.60
.15 .80 .15 .60
4.55
A EM RTUR COBE
.15 .60
.15
A RTUR COBE
.15 .60
3.35
2%
.15
J10
.15
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
MI=
4.20
L
A CO
4.20
18.45
AD ABILIZ PERME
.60 .15
ESPIGÃO
IM LAJE
18.45
05 01
QUADRO DE ÁREAS ÁREA COBERTA
235.60m²
ÁREA CONSTRUÍDA
184.56m²
ÁREA ÚTIL
164.78m²
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES
2,10m
-
Concreto
PAREDE 1. Revestimento de granilite fulgê 2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
5.00
2.10
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
VIDRO TEMPERADO
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
ESTRUTURA DE MADEIRA
ESTRUTURA DE MADEIRA COM ACABAMENTO DE ESMALTE SINTÉTICO NA COR AMARELO GIRASSOL
2.75
TESTEIRA DE MADEIRA
BLOCO CERÂMICO
JARDIM
QUARTO COLETIVO
QUARTO COLETIVO
+ 4.15
QUARTO COLETIVO
+ 4.15
QUARTO COLETIVO
+ 4.15
+ 4.15
PASSEIO + 4.10
.15
+4.00
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
PASSEIO INTERNO
38
40
FACHADA OESTE - BLOCO MASCULINO
CORTE AA' - BLOCO MASCULINO
Escala 1/75
Escala 1/75
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.10
ESTRUTURA DE MADEIRA
5.00
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
CIRC.
TESTEIRA DE MADEIRA
Universidade Potiguar
JARDIM
+ 4.15
+ 4.15
BWC/VEST.
SUÍTE DUPLA
+ 4.15
+ 4.15
39
para a cidade do Natal/RN
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
+ 4.10
CORTE BB' - BLOCO MASCULINO Escala 1/75
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua
VARANDA .10
.15
+ 4.00
QUARTO COLETIVO
.90
2.80
2.75
BLOCO CERÂMICO
JARDIM
PASSEIO INTERNO
ASSUNTO:
ESCALA:
BlOCO ACOLHIMENTO - MASCULINO
INDICADA
41
FACHADA NORTE - BLOCO MASCULINO
Escala 1/75
PRANCHA:
07/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017
A1 - 84,00 X 59,40
B
4.15 3.28
.15 .70 .15
4.20 .85
.15
3.20
.15
4.20
.15 .60
.15
4.20
.15 .60
L
14.35 .60
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
2%
.60 .15
.15
SOLÁRIO
MI= DA CO BILIZA RMEA IMPE LAJE
.60 .15
08/10
08/10
B
14.35
N
13.15
.60
O
% I = 27
.60
.60
.15 .60
.15 .60
.15 .60
ICA DE OLÓG
ICA DE OLÓG A EC TELH % I = 27
ESPIGÃO
I = 27%
EC LHA EM TE
E03
A RTUR COBE
J13
A EM
J10
RTUR COBE
.15 .60
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
S
FIBRA
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
TAL VEGE
TA VEGE FIBRA L
IMP. LAJE I = 2% COM
RUFO
TA L GE VE
2%
FIB RA
I=
2.55
.15 .60
.15
2.55
.15 .60
DE
TA L
GIC A
VE
GE
LÓ
%
FIB RA
CO
27
DE GIC A CO
I=
LÓ
27 %
M AE RT UR
AE
BE
TE LH
CO
EM
2% RT U
RA
I=
BE
44LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO Escala 1/500
5.82
TABELA DE ESQUADRIAS
Nº
.65 .15
1.05
.20
3.00
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
4.20
.20 .50
5.75
3.80
.60
5.75
CUMEEIRA
B
08/10
08/10
B
42
Material
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro - PNE
Madeira
0,90m x 0,60m
1,50m
Basculante
1,20m x 0,60m J04 02 1,50m x 1,10m J08 01 2,00m x 1,10m J10 03 3,50m x 1,10m J13 01 4,00m x 1,10m J14 01 ELEMENTOS VAZADOS 2,00m x 0,40m E01 02 4,00m x 0,40m E03 01
1,50m
Pivotante
43PLANTA DE COBERTURA - BLOCO FEMININO
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES PAREDE 1. Revestimento de granilite fulgê
0,70m x 2,10m
Escala 1/75
PLANTA BAIXA - BLOCO FEMININO
Quant. Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
PORTAS P02 08 P03 41 P3.1 06 JANELAS J03 01
.60
J03
.15
I=
LH AE TE
IM PE R
AD
A
.60
.60 .15
.30.15
ILIZ
CO
+4.15
5.15
AB
08/10
P03
4.40
RM E
ESPIGÃO ÁGUA FURTADA
1.80
4 1 1 A = 4.58m²
.60 .15
OM IZA DA C ME AB IL
BWC PCR
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
+4.15
I = 27%
.15 1.90 .15
.80 .15
5.82
.15 2.15
P3.1
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
1.65
A 08/10
I = 27%
.80
A 08/10
10.58
.45 .20
1.12 1.38
PROJEÇÃO COBERTURA
J08
J10
PE
OM
+4.15
2 1 1 A = 27.36m²
IM
AC
0 1.2
E01
SUÍTE DUPLA
ER DE
JE
14.78
155º
.50
CO BE RT UR AV
LA
LA JE
3.00
º
+4.15
P03
1.40
.15
65
0 5.1
3.65
2.05
2 1 1 A = 6.06m²
4 1 1 A = 23.41m²
J04
1.05
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
be so
7.76
5º
.95 .15 .95
.15 2.22
6 5 43 21
3.60
3.95
4.42 .15
LA
1.38
JE
I = 27%
2%
IM
.15
I=
EA
RM
PAL
2.15
CO
IZA
BIL
PRINCI
J04
P03
.15
.80
I = 27%
J14
CIRC.
1.70
.80 .15
M
DA
11
9 10 11 12 13 14 15 16 17
ACESSO
P03
BWC/VEST.
1.50
RUFO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2% 1 2 3 4 5 6 7 8
J10 E01
14.77
LÓGIC HA ECO EM TEL I = 27%
sobe
CUMEEIRA
sobe
PE
5.52
TURA
ETAL RA VEG
RUFO
FIB A DE
I=6%
EM TEL
COBER
A
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
L VEGETA I = 27% FIBRA A DE LÓGIC HA ECO
TURA
COBER
P03
08/10
CALHA
+4.15
+4.15
+4.15
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
2 1 1 A = 20.41m²
RVIÇO
QUARTO COLETIVO
2 1 1 A = 18.58m²
SO SE
QUARTO COLETIVO
2 1 1 A = 23.83m²
ACES
QUARTO COLETIVO
3.95
ESPIGÃO
Alumínio e Vidro Alumínio e Vidro - veneziana
1,00m Correr - 3 folhas Alumínio - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 6 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 6 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 2,10m
-
Concreto
2,10m
-
Concreto
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
QUADRO DE ÁREAS
Escala 1/75
ÁREA COBERTA
175.11m²
ÁREA CONSTRUÍDA
131.94m²
ÁREA ÚTIL
117.89m²
1.30
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
VIDRO TEMPERADO TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
ESTRUTURA DE MADEIRA
+ 4.15
BLOCO CERÂMICO
+ 4.10
PASSEIO INTERNO
.10
.15
+ 4.10
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
VARANDA
.90
2.75
BWC/VEST.
REFEITÓRIO
BETONART TIPO COLMÉIA
ESTRUTURA DE MADEIRA COM ACABAMENTO DE ESMALTE SINTÉTICO NA COR AZUL MAR
1.20
4.30
TESTEIRA DE MADEIRA
TESTEIRA DE MADEIRA
45
47FACHADA SUL - BLOCO FEMININO
CORTE AA' - BLOCO FEMININO
Escala 1/75
Escala 1/75
1.30
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
Universidade Potiguar ESTRUTURA DE MADEIRA
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua
CIRC.
2.80
SUÍTE DUPLA
.10
+4.10
QUARTO COLETIVO
BWC ADAP. + 4.15
+ 4.15
+ 4.15
+ 4.15
+ 4.15
PASSEIO + 4.10
COBOGÓ DE CONCRETO BETONART TIPO COLMÉIA NA COR NATURAL
TESTEIRA DE MADEIRA
ASSUNTO:
ESCALA:
BLOCO CERÂMICO
BlOCO ACOLHIMENTO - FEMININO
INDICADA
46
CORTE BB' - BLOCO FEMININO
Escala 1/75
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
08/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira
JARDIM PASSEIO INTERNO
48
FACHADA NORTE - BLOCO FEMININO
Escala 1/75
A1 - 84,00 X 59,40
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
.15
REFEITÓRIO
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.75
4.30
para a cidade do Natal/RN
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Data: Novembro/2017
L
N
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
S
I = 27%
I = 27%
I = 27%
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
A
09/10
I = 27% COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
21.95
L
ESPIGÃO
O
.15
O
PROJEÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DA EDIFICAÇÃO
09/10
B
N
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL I = 27%
S
13.0
9
E04
RUFO
SO ACES FIBRA
sobe
6 5 4 3 2 1
1.35
3.12
TURA COBER
L VEGETA
LÓ HA ECO I = 27%
EM TEL
be so
1 2 3 4 5 6 7 8
.60
9 10 11 12 13 14 15 16 17
6.85
5.40
5.40
PROJEÇÃO COBERTURA
.15
.15
SECAGEM
EG ET A AV AD EF IBR
OM AC
TA VE GE EF IBR A AD GIC
%
CO LÓ
27 I=
TE LH AE
2%
UR AE M
I=
BE RT
M
L
GIC LÓ
IZA
CO
27 %
TE EM BE RT UR A
BIL
DA
I=
LH AE CO
RM E PE IM JE LA
RM EA
13.70
1 2 0 A = 36.50m²
IM PE
CO
5.35
+4.15
LA JE
CO
2.35
1 2 2 A = 16.32m²
AB ILIZ AD
CUMEEIRA
LAVATÓRIO ANIMAIS
I=
CO BE R
2%
TU R
L
AV
ER DE
.15
D
AB IL
ME
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
P01
PE R
P01
IM
P01
LA
P01
PAL PRINCI
P01
IZA
1.18
JE
.10 1.00 .10 1.00 .10 1.00 .10 1.00 .10
P01
RUFO
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
I = 27%
3.45
DE GICA
2%
3.80
VEGETA
I=
4.15
FIBRA
AC OM
4.50
L
A DE
ACESSO
1.35
E04
LÓGIC
RUFO
E04
HA ECO EM TEL
I=6%
CALHA
E04
TURA COBER
sobe
1.10
I = 27%
+4.15
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
.15
IÇO SERV
3 2 2 A = 25.64m²
COBERTURA EM TELHA DE FIBROCIMENTO
ABRIGO ANIMAIS
I = 27%
MURO EXISTENTE COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL
E04
3.55
E04
IMP. LAJE I = 2% COM
E04
.60
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
+4.10
DEPÓSITO DE CARRINHOS 2 1 2 A = 45.52m² +4.15
3.35
5.25
I = 27%
LAJE IMPERMEABILIZADA COM I = 2%
6.25
3.30
J07
.15 .15
7.10
6.80 .15
.15 .60
5.40
.15 .15
51
COBERTURA EM TELHA ECOLÓGICA DE FIBRA VEGETAL P04
.55 P06
TABELA DE ESQUADRIAS
Nº
J08
.15
.60 P03
.60
15.05
.60
A
09/10
.15
.15
50
P04 PROJEÇÃO COBERTURA
.80
2.75
5.70
P04
1.70 J02
J02
.50
+4.15
.40
DESPENSA
0,60m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,70m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,80m x 2,10m
-
Giro
Alumínio - veneziana
0,90m x 2,10m
Giro
Alumínio - veneziana
1,60m x 2,10m
-
Abrir - 2 folhas
Alumínio - veneziana
1,80m x 2,10m
-
Abrir - 2 folhas
Alumínio - veneziana
0,70m x 0,60m
1,50m
1,20m x 1,10m
1,00m Correr - 2 folhas Alumínio - veneziana
1,50m x 1,10m
1,00m Correr - 3 folhas Alumínio - veneziana
2,00m x 1,10m 2,80m x 1,10m
1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana 1,00m Correr - 4 folhas Alumínio e Vidro - veneziana -
Basculante
-
Alumínio e Vidro
2. Pintura acrílica 3. Tela de arame 4. Revestimento de granilite fulgê em meia parede (h=1,5m) 5. Bloco cerâmico aparente PISO 1. Granilite polido 2. Cimentício TETO 1. Telha vã 2. Pintura acrílica
Tela de arame
ÁREA COBERTA
262.61m²
ÁREA CONSTRUÍDA
288.05m²
ÁREA ÚTIL
269.24m²
COZINHA COMUNITÁRIA
4 1 1 A = 5.43m²
.85
PAREDE
QUADRO DE ÁREAS
09/10
4 1 1 A = 57.22m²
+4.15
.40
+4.15
.55 .20
P02
VIDRO TEMPERADO
9.05
P03
QUADRO DE ESPECIFICAÇÕES
Escala 1/75
4.60
4 1 1 A = 9.06m²
Material
Escala 1/500
1. Revestimento de granilite fulgê
ELEMENTOS VAZADOS E04 07 Indicadas em planta
PLANTA DE COBERTURA - BLOCO SERVIÇO
A
WC MASC.
09/10
.15
B
21.75
+4.15
.50
2.75
2 1 1 A = 9.18m²
J02
1.65
B
DML
J02
.15
09/10
J08
4 1 1 A = 9.06m² +4.15
A
09/10
.60
+4.15
WC FEM. P03
5.70
.15
25.65
LAVANDERIA 4 1 1 A = 29.89m²
Quant. Dimensão (LxH) Peitoril Mecanismo
PORTAS P01 06 P02 01 P03 04 P04 03 P06 01 P07 01 JANELAS J02 04 J07 01 J08 02 J10 01 J12 02
LOCAÇÃO DO BLOCO NO TERRENO
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
REFEITÓRIO COBERTO .20 P03
5 1 1 A = 35.49m²
.20
ESTRUTURA DE MADEIRA COM ACABAMENTO DE ESMALTE SINTÉTICO NA COR BRANCO NEVE
TESTEIRA DE MADEIRA
+4.15 BLOCO CERÂMICO
4.20
3.85
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
PASSEIO INTERNO
.60 .15
J12
3.30
J10
.15
.60 .15
4.80 8.25
FACHADA SUL - BLOCO SERVIÇO Escala 1/75
.60
J12
54
.20 .20
.60 .15
.60
P07
.15
3.75
.60
.15
3.75
.60
13.70
09/10
B
PLANTA BAIXA - BLOCO SERVIÇO
49
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
Escala 1/75
LAJE IMPERMEABILIZADA I = 2%
TESTEIRA DE MADEIRA BLOCO CERÂMICO
MURO DE DIVISA ENTRE LOTES
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
PASSEIO INTERNO
55
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
Escala 1/75
TELHA ECOLÓGICA ONDULINE CLÁSSICA COM MANTA TÉRMICA I=27%
2.00
Universidade Potiguar
52 A1 - 84,00 X 59,40
PASSEIO
CORTE AA' - BLOCO SERVIÇO Escala 1/75
+ 4.10
+4.10
COZINHA COMUNITÁRIA +4.15
DESPENSA + 4.15
+ 4.15
+ 4.15
DEPÓSITO DE CARRINHOS
1.85
2.75
PASSEIO
para a cidade do Natal/RN
LAV. ANIMAIS
ABRIGO ANIMAIS
+ 4.15
+ 4.15
ASSUNTO:
ESCALA:
BlOCO SERVIÇO
INDICADA
+ 4.15
.15 .30
+ 4.15
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
.15
REFEITÓRIO COBERTO
+ 4.15
MURO DIVISA ENTRE LOTES
WC FEM.
2.80
3.42
COZINHA COMUNITÁRIA
.10
+ 4.15
.90
2.80 .10
+ 4.10
WC MASCULINO
TELA DE ARAME
2.30
.65
WC MAS.
2.75 1.20
ESTRUTURA DE MADEIRA
PASSEIO
.15
.52
LAJE IMPERMEABILIZADA
.15
4.90
FACHADA LESTE - BLOCO SERVIÇO
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
09/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira
53
CORTE BB' - BLOCO SERVIÇO Escala 1/75
Data: Novembro/2017
CAIXA D'ÁGUA TUBULAR FAZFORTE 50.000L DECK DE CONCRETO BETONART NA COR AMADEIRADO
B
06/10
N
L
PROJEÇÃO DO CARAMANCHÃO O
12.75
S
.40 .40 .40
MURO DE ALVENARIA
GEM SECA 0m² 6.5
TELA DE ARAME
A=3
S IMAI
QUARTO COLETIVO
A = 20.41m²
A = 18.58m²
A = 23.83m²
O AN TÓRI 2m²
QUARTO COLETIVO
QUARTO COLETIVO
QUARTO COLETIVO
QUARTO COLETIVO
5.00
2.00
0 .2
2.45
1.52
Ø
QUARTO COLETIVO
QUARTO COLETIVO
A = 18.54m²
A = 22.27m²
.15
6.80
20 Ø.
.15
AIS NIM GO 5A.64m² I R B A A=2
A = 22.24m²
A = 14.78m²
LAVA A = 16.3
PALCO DE CONCRETO
A
SUÍTE DUPLA
BWC
5.00
2.60
12.00
A = 2.81m²
BWC
BWC
A = 2.71m²
A = 2.81m²
CR WC P.70m² RAM
3
CIRC.
A COP.33m²
A=
OS NÁRI
IO FUNC 3m² SALA = 13.1
² 9.32m A=1
h=
A
1m
DO RIFA OXA m² ALMA = 4.62
A SPER ÃO/.E42m² Ç P E REC = 32
A = 20.54m²
57PLANTA BAIXA - ANFITEATRO Escala 1/75
sobe
6 5 4 3 2 1
IÕ EUN DE R
QUARTO FAMÍLIA
A = 22.15m²
. CIRC 5m² 0.3
ES
SALA
A = 122,83m²
QUARTO FAMÍLIA
A=1
PISO INTERTRAVADO TECPAVI NA COR CINZA
PÁTIO CENTRAL/ DORMITÓRIO AO AR LIVRE
B
ÇO
ERVI
A=3
06/10
CR WC P.15m²
A=
,65m so 0 aces PA - 8,12% i=
SO S
DE SALA ES ÇÕ m² A O D 12.70
A = 19.96m²
PISOGRAMA BETONART
A=2
ACES RAMPA DE ACESSO 1M COM ACABAMENTO ANTIDERRAPANTE ECOEX
A = 21.43m²
ÃO JEÇ A PRO RTUR COBE
A = 16.66m²
E SOB
PROJEÇÃO COBERTURA
BWC/VESTIÁRIO MASC.
BWC/VESTIÁRIO FEM.
m
Ø.20
5.00 ARQUIBANCADAS DE CONCRETO
.50 .50
0 Ø.2
0,35
5.00
1.62 2.45
DECK DE CONCRETO BETONART NA COR AMADEIRADO
P03
4.07
C. DE LIXO
A=3
² .54m
GRADIL DE FERRO P03
5 .5
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
A=5
TALUDE
8 .2
7.2 A=5
so aces PA RAM i = 8,33%
5 .5
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL
8
ENSA DESP .43m²
A=1
REFEITÓRIO AO AR LIVRE
.2
C
GÁS C. DE .50m²
O
8 .2
A=
ERT COB² ÓRIO 9m T I .4 E 5 F RE A = 3
20 2.
8
GRADIL DE FERRO
NHA COZI TÁRIA NI m² U M 2 O
5 .5
.2
PROJEÇÃO DA COBERTURA
ASC.² m WC M 9.06
A 06/10
5 .5
BWC PCR
A = 4.58m²
PROJEÇÃO PAV. SUPERIOR
20
06/10
SUÍTE DUPLA A = 27.36m²
+4.10
1.
A = 10.42m²
A = 80.15m²
9. 90
20
A = 8.67m²
A = 10.16m²
R1
Ø.
SUÍTE INDIVIDUAL
SUÍTE DUPLA
.1
A=9
.0 A=9
4.40
A = 23.41m²
DML8m²
EM. WC F 6m²
A = 14.12m²
.4 0
BWC/VEST.
ANFITEATRO
SUÍTE INDIVIDUAL
BWC/VEST.
A = 20.39m²
16
A=
A =4.43m²
9. 87
RIA NDE LAVA29.89m²
A=3
BWC PCR
A = 10.43m²
7.00
DE SITO DEPÓRINHOS R CA 5.66m²
+4.30
CIRCULAÇÃO
CIRC.
A = 6.06m²
QUARTO FAMÍLIA
QUARTO FAMÍLIA
A = 22.43m²
A = 24.04m²
TALUDE
O
AÇÃ RDEN ² COO 11.10m A=
be so
A
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10111213 14
sobe
GUARDA CORPO DE AÇO INOX
m
,80
o0 ss ce 3% a ,3 PA i = 8 AM
PROJEÇÃO DA COBERTURA
m ,60
o1 ss ce 3% a A 8,3 MP i =
R
MURO DE ARRIMO PEDRA NATURAL 0m
,4
o2 ss ce % - a ,33 A 8 MP i =
RA
TALUDE
m
0 3,0 so es % c - a ,33 A 8 MP i =
RA
15 16 17 18 19 20 21 22 23
PISOGRAMA BETONART
ACES
PASSARELA
R SO P
RA
PAL
INCI AS S
IST
IO ÁR ET m² ICL2,38 BICA = 3
RAMPA DE ACESSO 3M COM ACABAMENTO ANTIDERRAPANTE ECOEX
DE
TALUDE
P
Ó A = GER SIT 10 AL O .97 m²
.
A = GR SOC 17 UPO . EM .13 m²
EN
A = FER 21 MA .82 RIA m²
AS IN SIST
A =DIVI . SO 9.3 DU C. 6m AL ²
AT E
AS IN SIST A =DIVI . SO 8.6 DU C. 4m AL
TALUDE
A = LIÊ D 43 E A .88 RT m² ES
P
S A = ICÓ 10 LOG .41 O m²
²
MURO DE ARRIMO DE PEDRA NATURAL
BO
A = BLI 4 OT
0.1 EC 9m A ²
PROJEÇÃO DA COBERTURA
PS
A = ICÓL 9.7 OG 5m O ² A =WC 11 FEM .29 . m²
OF ICI
S N .P
5m A=
4.7
PISOGRAMA BETONART
CIR C
²
A = AS/ ARA 49 MU .98 LT m² IUS O
.
A =WC 2.7 PC 0mR ²
A =WC 2.7 PCR 0m ²
GUARDA CORPO DE AÇO INOX
W
PROJEÇÃO COBERTURA
A= CM 11 AS .29 C. m²
PISO CIMENTO QUEIMADO
GRADIL DE FERRO
Universidade Potiguar
PROJETO: Anteprojeto de um Centro de Assistência a População em Situação de Rua para a cidade do Natal/RN
LOCALIZAÇÃO: Rua Miramar, 278, Rocas - Natal/RN
56 A1 - 84,00 X 59,40
IMPLANTAÇÃO E LAYOUT Escala 1/140
ASSUNTO:
ESCALA:
IMPLANTAÇÃO E LAYOUT
1/150
PLANTA BAIXA - ANFITEATRO
1/75
LAUREATE INTERNATIONALuNIVERSITIES
Curso de Arquitetura e Urbanismo Disciplina: TCC II Orientadora: Mônica Alves
PRANCHA:
10/10
AUTORA: Yasmim Suassuna Dutra de Oliveira Data: Novembro/2017