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guém conseguia ganhar. Um dia resolveram convidar a nossa turma para um campeonato com o pessoal mais velho. Fui com o meus santos Gulliver e, depois da fase de grupo e os mata-matas, cheguei à final justamente contra o Dorival. Ele cantou vitória no começo do jogo, mas ganhei por 3 a 0. Pediu, então revanche numa outra oportunidade, mas ela nunca aconteceu. Até então só jogava pastilha, até que conheci um garoto que se chamava Milton e que me incentivou jogar bolinha. E aí abandonei a pastilha.
Na fase adulta fui procurar um hobby para aliviar a pressão do trabalho e resolvi jogar bola no meio da molecada no meu prédio, e só via a molecada de 20 anos voar na quadra e eu com os meus 40 anos, sem condições. Aí resolvi voltar a jogar botão e comecei a procurar na internet. Encontrei o Wendel, que me convidou para ir no Cereda e no Pátria.
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Eu me inscrevi nos dois campeonatos. No Cereda os campeonatos aconteciam lá no salão de festa do prédio dele, com os hot dogs. No começo era uma derrota atrás da outra. Acho que que passei seis meses apanhando (risos). Só consegui ser campeão no sexto campeonato. Mas nem tudo foram flores. Eu era extremamente competitivo e chato. Com o tempo e com o Zanga no meu ouvido, entendi que o que havia de melhor em jogar botão eram os amigos que eu fazia. Hoje eu me sinto mais feliz em estar com os meus colegas e disputar partidas apertadas com muitos gols. Vencer hoje é o de menos. Eu me sinto mais feliz quando eu faço grandes partidas com pessoas que eu gosto.
Você costuma chegar um pouco antes dos campeonatos e treinar como forma de aquecimento para as competições. Você treina muito em casa? Hoje eu tenho um mesa semioficial e treino mais com bolinha em casa. A pastilha eu treino próximo das datas dos campeonatos, os quais eu faço questão de chegar mais cedo e treinar. Mas normalmente só pego a mão durante o campeonato. E o que observo e que, quando eu jogo muito bem na primeira fase, eu sou eliminado na oitavas (risos). É batata! Como o Vitor e o Caio, respectivamente, seu filho e seu afilhado, se interessaram pelo futebol de botão? Foi vendo você jogar? Como você fez a introdução deles no hobby?
O Vitor não ficou empolgado no começo. Nós jogávamos bolinha, mas é difícil competir com o videogame. O Gerson me deu a ideia de fazer um goleiro de 5 cm de comprimento para facilitar para o Vitor fazer o gols, e foi aí que ele começou a gostar de jogar botão. Hoje ele fala categoricamente prefere jogar pastilha. Já o caio foi fácil. Ele gosta de pastilha e de bolinha e se envolveu rapidamente nesse mundo.
Neste ano você foi eleito o melhor jogador do ano. Como você avalia esse ano que passou e o que foi decisivo para esse título?
Como o Vitor gosta de jogar pastilha e eu não tinha muita disponibilidade para os campeonatos, fui deixando a bolinha e comecei a praticar mais a pastilha com ele. Por isso eu tive um bom início nos campeonatos de 2022. Cheguei a ter uma boa vantagem sobre o meu amigo Mauro, que me alcançou e gentilmente deixou eu vencê-lo por 1 ponto (risos).
Quais adversários você mais gosta de jogar e quais as diferenças do estilo deles em relação à sua forma de jogar?
Tenho dois adversários mais difíceis: o menino que me ensinou a jogar botão e o Gerson. Com quem eu mais gosto de jogar são o Vitor e o Mauro Silveira. O Mauro representa aquele jogo que eu tenho que me superar para poder jogar no nível dele. Eu gosto desse desafio dessa adrenalina!
Quais benefícios o futebol de botão trouxe e ainda traz para sua vida?
Futebol de botão é uma válvula de escape, é um momento meu que me desconecto dos problemas da vida, um momento q estou com os meus amigos e que posso desfrutar de um momento de satisfação.