Revista LeYa na Escola Ed. 04 Ano 3

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revista

LEYA > LEYA> NAESCOLA EDIÇÃO 4 | ANO 3

COLÉGIO DANTE ALIGHIERI Ao aliar tradição e modernidade, o Dante é uma escola Nota 10 REDAÇÃO E O ENEM Uma difícil relação que precisa – e muito – melhorar

Jamielton Amorim, professor de História no Centro de Ensino Fundamental do Gama (DF)

DESAFIOS DO NOSSO ENSINO MÉDIO Como combater a evasão escolar e tornar essa etapa mais eficiente

Lições de

atitude Conheça histórias de professores e gestores que buscaram soluções criativas para mudar a experiência entre os alunos e a escola

Maria Cecília Terra, diretora pedagógica do colégio Novo Terra (SP)


PREPARE-SE PARA OS NOVOS TEMPOS DO ENSINO

Educação


Tenha em sua escola o que há de mais moderno em educação: 10 ESCOLA DIGITAL COLABORAÇÃO A plataforma pode criar grupos de trabalho em uma turma, permitindo que os alunos trabalhem de forma colaborativa, em rede, compartilhando recursos, aulas e outros conteúdos.

COMUNICAÇÃO No Mural, todos ficam conectados como se estivessem em uma rede social, podendo trocar mensagens, compartilhar recursos, materiais e outros conteúdos.

FLEXIBILIDADE O aluno pode estudar na versão digital do livro*, baixando o aplicativo no tablet ou smartphone. Pode, ainda, fazer anotações usando o caderno digital e acessar os recursos indicados em cada página. Além disso, conta com um recurso de pesquisa on-line: ao selecionar uma palavra, abre-se uma guia de pesquisa e ele escolhe entre pesquisar na Wikipedia, no Google ou no próprio livro.

GESTÃO Um sistema integrado de avaliação com relatórios detalhados, apresentando o status do aluno, histórico de tarefas e testes, além de mensagens recebidas e enviadas. Um processo ágil e eficaz para acompanhar o progresso de cada aluno e o desempenho geral da turma. Os professores podem recorrer ao vasto banco de questões existentes na plataforma, com avaliação automática. Ou personalizá-las para criar suas próprias questões.

MOTIVAÇÃO Vídeos, animações, gráficos, testes interativos, jogos, atividades, livro digital, entre outros, facilitam os estudos de maneira lúdica.

PLANEJAMENTO Os professores têm à disposição um planejamento diário de aulas, por disciplina, estruturado em planos. Professores e alunos também contam com um calendário escolar on-line.

* Disponível apenas para o Ensino Médio.

O futuro da educação já começou. Prepare sua escola para tirar nota 10! Acesse: www.10escoladigital.com.br


Índice janeiro-fevereiro 2014 I Edição 4

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PROFESSORES DE ATITUDE Conheça exemplos de educadores que saem do lugar comum em busca de novas formas e meios para ensinar. Tudo para incrementar as aulas e melhorar a formação de seus alunos

MEU BRASIL Desvendamos as belezas do estado do Rio de Janeiro. Maravilhas que vão muito além da sua capital mundialmente famosa

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ENSINO MÉDIO DE QUALIDADE No Brasil, de cada cem jovens entre 18 e 20 anos, 59 ainda não terminaram o EM. Entenda por que isso acontece e veja algumas saídas possíveis

ESCOLA NOTA 10 Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, alia tradição e métodos modernos e forma cidadãos prontos para o futuro. São 102 anos de bom exemplo na educação

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36 ENEM E A REDAÇÃO Grande vilã do Enem, a redação acaba sendo o fiel da balança para uma boa prova. Veja o que se espera dos candidatos nesse quesito tão importante

E MAIS

4 Revista LeYa na Escola >> janeiro-fevereiro 2014

8 JORNAL DA TURMA Conheça o projeto educacional do Colégio Santa Marcelina 10 LEYA NA MINHA ESCOLA Educadores opinam sobre as soluções da LeYa 12 MURAL Um giro pelas escolas do país 22 FIQUE DE OLHO Por que é importante ter um bom website 30 FALA, PROFESSOR Eles comentam sobre o assunto “redação” 38 CARREIRA Os diferenciais do ensino a distância 40 PROJETO PIPA Escola de Diadema (SP), usa o lúdico para ensinar 44 REDES SOCIAIS 46 ESTANTE 48 EVENTOS 49 GENTE DO BEM Itaú incentiva leitura para crianças

SEI NA MINHA ESCOLA A SEI oferece cursos a distância para capacitar e dar suporte a professores de todo o país no uso do sistema. Eles mesmos, os educadores, falam a respeito


Canal Aberto Compromisso com a educação de qualidade

A

ssim como tudo o que fazemos, a revista LeYa na Escola reforça nosso compromisso de ser mais do que uma editora. Buscamos estar na vanguarda da educação, oferecendo a base necessária para um ensino de alto nível. Em resumo: contribuímos para que todos tenham acesso a uma educação de qualidade. E nossa revista chega à sua 4ª edição pautada por esse compromisso. Nas próximas páginas você vai conhecer as melhores, mais modernas e eficientes práticas de ensino – como as que fazem do colégio Dante Alighieri uma escola Nota 10 e as que inspiram nossos professores de atitude na matéria de capa. Também vai ler sobre dicas de carreira e gestão, terá acesso a conteúdos relevantes para suas aulas e poderá refletir sobre temas que impactam fortemente o desenvolvimento da educação brasileira. Além disso, apresentamos nossas soluções integradas que aprimoram o potencial das escolas, dos educadores e principalmente dos seus alunos, sempre em linha com as transformações do mundo atual. Boa leitura a todos!

SOBRE A REVISTA

LeYa na Escola é uma revista da Editora LeYa destinada a educadores e distribuída nas instituições de ensino brasileiras

Expediente Conselho Editorial: Equipe de comunicação e marketing da LeYa Brasil Projeto Gráfico e Editorial: Novacia Marketing e Comunicação – (11) 3382-9700 Jornalista Responsável: Anderson Martins Mtb 42.569 Fotos: Bernardo Vaghi, Luiz Roberto Photo e Shutterstock Tiragem: 10.000 exemplares

Rua Dr. Olavo Egídio, 266 Santana - São Paulo - SP CEP 02037-000 www.leyaeducacao.com.br Entre em contato leyaeducacao@leya.com

LeYa Brasil

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Atualidade

Por um Ensino Médio de qualidade

ETAPA FUNDAMENTAL NA FORMAÇÃO, O ENSINO MÉDIO TEM GRANDES DESAFIOS A SEREM VENCIDOS

Q

uando se fala em educação básica, o Ensino Médio desponta como maior gargalo. Entre jovens de 18 e 20 anos, a proporção com EM completo aumentou nas duas últimas décadas – de 13% para 41%. Mas, ainda assim, os números mostram que, de cada cem jovens nessa faixa etária, 59 ainda não tinham terminado o Ensino Médio. Outros dados: segundo o censo escolar (2011), as taxas de abandono e reprovação no EM foram, respectivamente, de 9,5% e de 13,1%. O fraco desempenho dos alunos que terminaram o Ensino Médio no Saeb é outro fator alarmante. Em disciplinas essenciais, como Português e

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Matemática, fica evidente que os alunos não dominam habilidades fundamentais para ter uma vida adulta produtiva. Ou seja, são grandes os desafios para melhoria dessa etapa escolar. E as consequências da deficiência do Ensino Médio são desastrosas para o país. “Hoje não pairam dúvidas sobre a estreita correlação entre os baixos índices de escolaridade de nossa população e os entraves que enfrentamos no processo de desenvolvimento sustentável. Nenhum país tem possibilidades de competição no mundo globalizado sem que a escolaridade média de sua gente seja de, no mínimo, 11 anos. Infelizmente, nossa média nacional ainda é de apenas 7,2 anos de estudo e, mesmo entre jovens de 20 a 24 anos, ela alcança somente 9,6 anos. Ou seja, em média,

nossa juventude consegue apenas terminar o Ensino Fundamental”, disse Wanda Engel, doutora em Educação pela PUC (RJ), em artigo publicado pelo jornal Correio Braziliense. A mesma opinião é compartilhada por Marcos Magalhães, presidente do Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação de Pernambuco (CE): “Nós precisamos preparar os jovens para o novo mundo, o que chamamos de ‘desafio do século 21’. No Brasil, estamos bastante atrasados em relação a esse processo, no que diz respeito ao tipo de escola, o que nós oferecemos, o que o mercado demanda e o modo como preparamos os jovens para encarar esse desafio”, disse em evento sobre o tema. Para Wanda Engel, duas forças levam à evasão escolar no Ensino Médio: a inadequação da escola oferecida


para a maioria dos jovens e questões socioeconômicas que os empurram precocemente para o mercado de trabalho. “Nosso EM tem um currículo enciclopédico sem nenhuma flexibilidade e divorciado do mundo do trabalho. Em outras palavras, mais de 90% de nossos jovens estão sendo ‘preparados’ para uma universidade na qual a maioria não pisará, por meio de uma enxurrada de conteúdos superficialmente tratados e sem nenhuma adequação a seus interesses”. Primeiros passos Mas nem tudo são críticas. Com a conquista da universalização do acesso ao Ensino Fundamental, o Ensino Médio começa a entrar na agenda pública. A Emenda Constitucional nº 59/2009 amplia a obrigatoriedade de escolarização entre 4 e 17 anos de idade, e a Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Educação estabelece as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM). “As novas diretrizes propõem alternativas de flexibilização, mediante a oferta de diferentes formas de organização curricular no âmbito da escola”, analisa Wanda. Outro avanço: a proposta de um exame universal e obrigatório ao final do Ensino Médio, hoje inexistente, já que o Saeb é amostral e o Enem é facultativo. Para que esse exame – ou qualquer outro – tenha maior valia, é preciso que ele responda: que competências um indivíduo precisa necessariamente ter desenvolvido ao final do Ensino Médio para entrar no mercado de trabalho ou prosseguir em seus estudos? Ao esclarecermos isso, o Ensino Médio deve mudar. Abandonar paradigmas sobre ensinar e aprender, trabalhar de modo interdisciplinar e contextualizado. Para se tornar mais atrativo para os estudantes e próximo da realidade do mercado de trabalho.

OS 3 PILARES Segundo o Instituto de Co-Responsabilidade pela Educação de Pernambuco, um Ensino Médio de qualidade deve:

Garantir uma formação acadêmica, na qual o jovem precisa aprender todos os conteúdos

Dar ao jovem um projeto de vida, ou seja, ele precisa ser orientado para que possa caminhar para o que pretende ser no futuro

Preparar o aluno para o mundo do trabalho, ou seja, dar as competências necessária para enfrentar o mercado

ENSINO MÉDIO MINEIRO REVISITADO

Em 2013, o Governo de Minas Gerais lançou o programa “Reinventando o Ensino Médio”, uma nova proposta pedagógica para esse nível de escolaridade a vigorar este ano. O programa cria uma nova identidade e propõe um percurso mais personalizado aos estudantes dessa etapa educacional. “Nós estamos flexibilizando os currículos, trabalhando temas transversais que possam estabelecer relações entre as disciplinas. Estamos aproveitando e conferindo créditos a atividades extraclasses e apresentamos um cardápio de áreas de empregabilidade para que ele tenha um suporte de qualquer que seja a opção do aluno ao ingressar no mundo do trabalho”, disse no evento de lançamento do programa a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola. O Reinventando teve início em 2012 de forma piloto em 11 escolas estaduais da região norte de Belo Horizonte. Em 2013, a iniciativa foi ampliada para mais 122 escolas estaduais. Já em 2014, todas as 2.189 escolas contarão com a nova proposta pedagógica. Fonte: www.educacao.mg.gov.br

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Atualidade

CRIANÇAS DE 5 ANOS SE TORNAM JORNALISTAS-MIRINS EM PROJETO DE APRENDIZAGEM INOVADOR DO COLÉGIO SANTA MARCELINA

A

leitura do livro “O Jornal”, da autora Patrícia Auerbach, inspirou uma turma do Jardim C do Colégio Santa Marcelina (São Paulo, SP). A partir do livro, 14 crianças de cinco anos desenvolveram o projeto Jornal da Turma, liderado pela professora Karina Paolucci Pina de Carvalho. “O principal objetivo foi criar uma identidade para o grupo, praticando alguns valores como amizade, admiração, respeito e o trabalho em equipe. Além de criar oportunidades significativas

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para construção da leitura e escrita”, explica Karina. Jornal que diverte e ensina O trabalho interdisciplinar foi dividido em fases. A primeira, constitiu em transformar pedaços de jornais em divertidas aventuras, trabalhando a imaginação. Depois, o grupo aprofundou seu conhecimento sobre o jornal – para que serve, o que contém, o que são manchetes etc. Na sequência, os alunos trouxeram reportagens de casa que acharam interessantes e compartilharam com os colegas. O passo seguinte foi a confecção do jor-

nal propriamente dito, com matérias sobre a sala de aula e os alunos. Uma história em quadrinhos enriqueceu o trabalho. “Nesse projeto fui surpreendida e, de professora, passei a aprendiz. Mais uma vez pude confirmar a minha crença: quando existe afetividade, existe também aprendizagem. Estou realizada”, afirma Karina. O trabalho não para por aí. A turma se dedicou a gravar um telejornal. O cenário foi confeccionado com materiais reciclados. E, então, aconteceu um dia de estreia e autógrafos, com a presença dos pais.


O PROJETO FAVORECEU UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, RESGATANDO O MUNDO DA LITERATURA E ESTIMULANDO A LIBERDADE DE PENSAMENTO CRIATIVO. KARINA PAOLUCCI PINA DE CARVALHO Professora do Colégio Santa Marcelina

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LeYa na minha escola Por que sua escola adotou as soluções de ensino da LeYa?

Eu quis trazer a 10 Escola Digital exatamente para motivar o aluno. A plataforma me encantou porque, pela primeira vez, eu vi um recurso totalmente ligado ao recurso do livro. Não tenho notas baixas aqui na escola. A partir do uso da plataforma pudemos intensificar alguns exercícios para alunos que vieram de fora ou mesmo aqueles daqui que estavam evoluindo com certa dificuldade. Assim poderão treinar mais e sanar suas dificuldades. Eu consigo muito mais com menos esforço e muito prazer.

RECURSO ADOTADO

10 Escola Digital

Colégio Novo Terra São Paulo-SP

MARIA CECILIA TERRA Diretora do Colégio Novo Terra

RECURSO ADOTADO

10 Escola Digital

Escola Villa Viva Atibaia-SP

Tínhamos a ideia de fazer um ensino diferenciado, forte, sólido, mas que também fosse divertido. Com a plataforma 10 Escola Digital, eu consigo navegar o conteúdo com mais facilidade. Eu posso acessar, por meio da internet, de qualquer lugar, a hora que quero e de vários meios. Além disso, com a plataforma eu consigo mostrar aos pais como os filhos estão se saindo, onde apresentam mais dificuldades. Como gestor, acredito que essa plataforma da LeYa seja a solução que hoje temos em vista para um futuro que está acontecendo. REGINALDO FRANCESCHI Diretor da Escola Villa Viva

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LIVRO ADOTADO

RECURSO ADOTADO

SEI – Solução Educacional Integrada

Escola Líderes do Amanhã Salvador-BA

A Plataforma Digital SEI é um recurso tecnológico que veio acrescentar em nossa escola. Dinamizando o processo de ensino-aprendizagem dentro e fora da sala de aula, como também a práxis pedagógica dos professores. Enfim, é uma ferramenta que se adequa perfeitamente aos novos rumos do processo educativo.

Aprender com Alegria (Maternal)

Escola Visão do Saber Recife-PE

Faz alguns anos que resolvi adotar os livros da LeYa. Trabalho com o maternal e o livro “Aprender com Alegria”. Os livros da editora são diferenciados dos outros. São mais avançados e ajudam o professor. Dão dicas aos alunos e possuem bom conteúdo. Contam também com muitas atividades e isso é muito importante. Consigo aplicar o conteúdo de forma diferenciada, não é sempre a mesma coisa. Além disso, o livro trabalha muito bem com as cores e isso é fundamental para crianças que estão no maternal. FERNANDA FALCÃO DE OLIVEIRA Professora da Escola Visão do Saber

GILCÉLIA BRAZ SANTOS FRANÇA Coordenadora e professora do 3º ano do Ensino Fundamental 1

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Mural

Um giro pelas escolas do país

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iás ar de Go gio Milit lé o C o n Campos lávio de Autor F de Diadema oria de educação Palestra na diret

P) CAMPOS FLÁVIO DE Recife (PE) e Diadema (S O), Goiania (G

O autor no colé gio Imaculado Coração de Mar ia em

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Recife

teve em Campos es e d io v lá F elo país. No O autor s eventos p te n a rt o p participou três im e Goiás, ele d u r a it il M utor visito Colégio Recife, o a m e ; ; a o ç ri a o M lm de um a ração de aculado Co para a o Colégio Im , Flávio fez palestra ema município. e, em Diad ucação do d E e d a ri Direto


ICO DAGÓG E P O T MEN TREINA IO MIRANDA ÉG NO COL (RJ)

os Reis Angra d eis (RJ) ra dos R g n A e d l da da la Digita io Miran O Colég taforma 10 Esco rofessores pla ital ou os p adota a o, equip entou lousa dig s is r o p , LeYa e e implem novidade atraiu ebooks A com not s salas de aula. nicípio, a s ar do mu teca it d il M ia em to c o lí o projet ita da Po até a vis nhecer de perto co . que quis da escola o ic nológ

DE NSINO TA E E D MEN ORIA DIRET HOS IMPLE LHOR E UL GUAR R GESTÃO, M O “MELH ” O SP) ENSIN ulhos (

uar ra ino de G inamento pa s n E e e d r t ia r s m o ê A Diret lementando u s de Portugu s, e p r re o o im s t s s á e t e es prof oeg n e a d ° o 9 ã sino”. formaç ática do 6° ao o, Melhor En ão, ã t m aç e Mate “Melhor Ges grama “Educ il o o m r d intitula az parte do p isa treinar 65 f v o e O curs de SP” . omisso todo o estado r p m o c e d s ore educad

SHUN IZUMI DÁ PALESTRA EM SÃO PAUL O O autor do livro infantil “Gu ga e Léo em busca da poção fantástica”, Shun Izumi, esteve no colégio Oemar, em São Paulo (SP), dando palestra sobre sua experiência em escrever. Sua participa ção fez parte do Sarau Literário promovido pela escola.

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Escola nota 10

Dante Alighieri

Jovem aos 102 anos COLÉGIO COMBINA TRADIÇÃO E MODERNIDADE PARA FORMAR CIDADÃOS SINTONIZADOS COM O FUTURO

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H

á um século, um sino toca diariamente no prédio principal do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo. A peça já não é a mesma de cem anos atrás, mas o ritual continua a orientar a entrada e a saída dos estudantes. E costuma emocionar ex-alunos que visitam a escola. Muitos deles ouviram as badaladas pela última vez na cerimônia de formatura. A duas quadras da Avenida Paulista, o conjunto de edifícios do Dante está tão integrado à paisagem da metrópole quanto o logotipo estampado nos uniformes dos alunos e nos ônibus que circulam por São Paulo. A escola foi fundada por integrantes da colônia italiana em busca de uma educação de qualidade que preservasse suas origens culturais. Os valores e parte das tradições foram mantidos ao longo do tempo, mas o colégio sempre apostou na renovação, baseada num modelo de ensino sintonizado com as transformações da sociedade. Hoje, os alunos ainda têm a língua italiana como disciplina obrigatória. Mas já podem cursar o Ensino Médio com currículo norte-americano, por meio de convênio com uma universidade dos Estados Unidos. janeiro-fevereiro 2014 << Revista LeYa na Escola 15


CONVIVÊNCIA DE MODELOS: DA AULA EXPOSITIVA À ROBÓTICA A professora Silvana Leporace passou a maior parte da vida entre os muros do Dante. Do 1º ano do Ensino Fundamental até o vestibular. Voltou à escola como professora e hoje é Diretora-Geral Pedagógica. Na entrevista a seguir, ela fala sobre os rumos da instituição na era digital.

GUERRA FEZ A ESCOLA MUDAR O NOME A assembleia de fundação do Dante Alighieri aconteceu no dia 9 de julho de 1911. O estatuto, escrito em italiano, estabeleceu que o colégio fosse “aberto a todas as nacionalidades e religiões”. Apenas meninos eram admitidos no regime de internato, mas as classes já eram mistas, um fato raro na época, que demonstra o caráter pioneiro dos fundadores. Em 1942, quando Brasil e Itália se viram em lados opostos na Segunda Guerra, a escola sofreu intervenção federal e teve o nome mudado para Colégio Visconde de São Leopoldo. Professores foram acusados de simpatia pelo fascismo e dispensados. Só quatro anos depois, a escola recuperou o nome original dado em homenagem ao poeta florentino (1265-1321).

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Qual a receita para manter uma instituição de ensino sólida e duradoura? Silvana Leporace – Nosso objetivo é a formação do aluno com ensino de excelência, professores de alto nível e uma estrutura invejável. Para alcançar essa meta, sempre nos pautamos por seriedade e planejamento, em conexão com as mudanças na sociedade. A maioria dos nossos alunos entra na Educação Infantil e sai ao final do Ensino Médio. Então temos uma grande preocupação em prepará-los para o futuro. Com a clareza de que eles precisam saber refletir e adquirir competências e habilidades para vivenciar as novas situações. Como foi a evolução do projeto pedagógico da escola? O objetivo da colônia italiana de construir uma escola para suprir necessidades de conhecimento permaneceu como herança. Sempre fomos exigentes. E sabemos os resultados do trabalho que têm a participação do aluno. Seguimos valores básicos, como organização e respeito. Aqui se aprende desde cedo sobre a importância do respeito ao outro, às diferenças e, sobretudo, ao trabalho do professor. A organização nos dá segurança para levar adiante esses valores. Como aliar métodos tradicionais de ensino à evolução da tecnologia? A tecnologia chega como mais uma

ferramenta de ensino. É o que eu chamo de convivência de modelos: o aluno pode ter uma aula expositiva e, em seguida, um trabalho em grupo para desenvolver um robô. O importante é prover meios para ajudar o trabalho pedagógico. Temos um departamento que capacita os professores no uso da tecnologia e dá suporte para a criação de projetos educacionais. São cursos, oficinas e atividades de iniciação científica que mostram aos estudantes como as novas tecnologias ajudam no processo de aprendizagem. A partir de que idade se deve adotar as novas ferramentas tecnológicas? O contato com essas tecnologias já começa nos primeiros anos, porque as crianças já trazem essa realidade de casa. E é importante que esse processo se consolide na escola. Todas as nossas lousas são digitais. Todos os alunos do primeiro e segundo anos do ensino fundamental já realizam projetos utilizando os tablets na sala de aula. Os do terceiro ano podem optar por aulas de robótica. Mas é fundamental ensinar que as tecnologias devem ser usadas positivamente e produtiva-


FORMANDO CIENTISTAS mente para adquirir conhecimento. Qual a importância das atividades extracurriculares? Temos um olhar permanente para o que acontece fora da escola. Sabemos que o nosso aluno precisa ir além do conteúdo curricular. Por isso, oferecemos projetos e oportunidades para ele vivenciar e enriquecer o seu repertório. Parte das atividades serve como orientação profissional e abre portas para o mercado de trabalho.

Laura Tonindanel tem só 17 anos e já conquistou uma bolsa de US$ 48 mil (cerca de R$ 100 mil). Trata-se de uma premiação dada pela Universidade Estadual do Arizona (Arizona State University) para projetos pioneiros de pesquisa científica. Laura é aluna da 3ª série do Ensino Médio e desenvolveu um estudo sobre célulastronco, apresentado numa feira de ciências dos Estados Unidos. A conquista não é novidade no colégio. Vários alunos têm se destacado em eventos científicos no Brasil e no exterior e são incentivados a levar adiante pesquisas iniciadas nos laboratórios da escola. Núcleos e programas como o Cientista Aprendiz e o Grupo de Estudos Experimentais em Tecnologia (GEETec) compõem o ambiente onde proliferam soluções criativas para aplicação em áreas que vão da medicina à engenharia.

Um dos projetos de maior destaque é o Cientista Aprendiz. Como ele surgiu? É um trabalho que chamamos de pré-iniciação científica. Os estudantes buscam temas, aprendem a pesquisar e a coletar dados, levantam hipóteses e fazem relatos em “diários de bordo”. Esse processo desperta neles curiosidade para os fenômenos naturais e desenvolve raciocínio lógico e capacidade de observação. A escola dá total apoio com professores qualificados e laboratórios bem equipados. Quando o trabalho se torna mais sofisticado, buscamos parceria com universidades e outras instituições.

“TEMOS UM OLHAR PERMANENTE PARA O QUE ACONTECE FORA DA ESCOLA. SABEMOS QUE O NOSSO ALUNO PRECISA IR ALÉM DO CONTEÚDO CURRICULAR.” SILVANA LEPORACE Diretora-Geral Pedagógica Colégio Dante Alighieri

A Feira de Ciências, que apresenta trabalhos feitos por estudantes a partir do segundo ano do Fundamental, é uma tradição na escola. O Dante Digital é uma mostra de tecnologia que envolve conteúdos produzidos por grupos de estudos interdisciplinares. O evento deu origem a uma oficina permanente em que os alunos produzem material de fundo jornalístico para mídias impressas e eletrônicas.

DANTE EM NÚMEROS

4.340 alunos

300 professores

776 funcionários

38 ônibus escolares janeiro-fevereiro 2014 << Revista LeYa na Escola 17


Mais um lançamento da SEI – Solução Educacional Integrada Depois do sucesso dos programas inovadores para: Educação Infantil Ensino Fundamental I Ensino Fundamental II

PREPARE-SE PARA CONHECER: Ensino Médio O caminho certo para o Ensino Superior. Um programa completo com módulos para os três anos do Ensino Médio: Conteúdos instigantes Disciplinas integradas Fácil compreensão


Faça parte do universo de instituições que adotam nossas soluções pioneiras em educação. A SEI é um completo programa de ações para toda a escola: gestores, educadores e alunos. Ela oferece: plataforma digital, livros didáticos primorosos, formação para professores, sistema de gestão, Olimpíadas do Conhecimento, assessoria pedagógica e muito mais.

Sua escola conectada com o futuro. SEI – Muito mais que um sistema de ensino. Para saber mais: www.solucaosei.com.br sei@leya.com | 0800-607-7700


SEI na minha escola

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Apoio on-line RECURSO SOLUÇÃO EDUCACIONAL INTEGRADA AJUDA PROFESSORES NA PROXIMIDADE COM OS ALUNOS

A

SEI já é uma realidade para diversos professores, que fazem uso de seus serviços e produtos educacionais diferenciados. Os recursos são muitos: desenvolvimento e gestão, formação de professores, assessoria pedagógica, materiais didáticos modernos e a exclusiva plataforma 10 Escola Digital. Com isso, o docente conta com apoio didático, pedagógico, metodológico e curricular. Não só isso: também dispõe de recurso on-line para trabalhar com os alunos. Além de treinamento e curso, o portal on-line da SEI é uma ferramenta que auxilia o professor a passar sua matéria aos alunos em um campo em que eles estão bem inseridos. Leilamaris Gonçalves de Souza, professora de Matemática do 6º ao 9º ano do Colégio Maria Helena, de Salvador (BA), utiliza o apoio on-line da SEI e já sente os resultados positivos. “Acho ótimo porque ele apresenta as atividades e podemos trabalhar de outra forma. Facilita bastante porque é algo lúdico que os alunos entendem com mais facilidade”, diz. Como os recursos vão além dos simples exer-

cícios, o aluno tem menos dificuldade de entender e absorver o conteúdo. “Para lecionar Matemática, por exemplo, eu conto com questões mais elaboradas da SEI, com imagens e cores, o que facilita bastante”, explica Leilamaris. Os professores também têm à disposição curso EAD sobre Metodologia e Didática, aplicadas à SEI, e diversos artigos e materiais para reflexão, atualização e formação. Isso faz com que ele se contextualize em um campo já bem familiarizado pelos alunos. “Os alunos são nativos da internet. Eles gostam bastante. Por isso, trabalhar em um ambiente no qual estão inseridos faz com que consigam absorver de forma mais clara alguns exercícios”, comenta Leilamaris. Essa identificação do aluno com a internet não é o único ponto positivo da ferramenta. A SEI traz proposta de métodos e organização de planejamento e estratégias que concretizam a proposta pedagógica. “Eu complemento a aula expositiva com a aula do portal. Nós fazemos as atividades juntos na sala multimídia. Os alunos adoram. Já pude perceber mais facilidade deles na hora de entender certos exercícios”, declara Leilamaris. Esse é o objetivo da SEI.

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Fique de olho

Site: a identidade virtual da sua escola MAIS DO QUE TER UM SITE, É PRECISO TER UM BOM SITE. SÓ ASSIM, AS ESCOLAS TIRAM O MÁXIMO PROVEITO DESSE PODEROSO CANAL DE COMUNICAÇÃO E DE NEGÓCIOS

É

notória a importância de toda empresa – e portanto, toda escola – ter seu website. Afinal, estamos cada vez mais conectados, resolvemos quase tudo de forma on-line. Estar acessível no mundo virtual é, portanto, fundamental. Mas o que está em questão é a qualidade e eficiência do site da sua escola. Como é sua escola.com? É tão boa quanto a

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escola física? Traz todas as informações sobre a instituição e vende bem seus diferenciais? Presta serviços aos alunos e pais? Traduz os conceitos e as crenças da escola? Como dissemos, o site é a identidade virtual da escola. “Ter um site é fácil hoje em dia. Mas ele não pode ser apenas um folder eletrônico. O desafio é ter uma presença digital forte, estratégica, que sirva aos interesses de quem navega por ali.

Nesse sentido, é preciso que as escolas reavaliem seus sites e aprimorem suas páginas”, diz Fábio Ribeiro, diretor de arte web e consultor de projetos on-line. E o que é ter um bom site? Segundo especialistas em marketing digital, um bom endereço virtual não deve ser apenas bonito. Ele deve ser planejado para que seu gerenciamento de conteúdo seja simples e flexível. Outra dica importante é pensar mi-


Fonte: Konfide Marketing Digital

nuciosamente na sua arquitetura de informação, conteúdo e navegabilidade. O site deve envolver o usuário, agradá-lo, facilitar sua vida. Em resumo: a visita ao endereço virtual da sua escola deve ser uma agradável experiência.

deve ser mais do que um repositório de informações. É esperado que a página seja um canal de prestação de serviços para professores, alunos e pais. Um facilitador na comunicação entre esses públicos. E um espaço “vendedor”, que encante futuros “clientes”.

No caso específico das escolas, o site

Além de repensar o site, é preciso

cuidar do entorno digital. Ou seja, das redes sociais. “São as mídias sociais que reverberam o conteúdo, que atraem público para o site. Assim, a página serve como matriz de conteúdo densa, mais completa, enquanto Facebook, Twitter e afins trabalham com informações rápidas”, afirma Fábio Ribeiro.

UM BOM SITE EM 7 PASSOS 1. Invista na arquitetura da informação e usabilidade A arquitetura da informação é a definição de como a informação deve aparecer. Ela deve ser estruturada pensando em uma navegação simples, intuitiva. Nada deve estar escondido. Peça para alguém fora dos negócios visitar seu site e observe como ele se movimenta e quais seções passam despercebidas. Use isso como base para rever sua arquitetura.

VOCÊ SABIA?

2. Conte

com um bom fornecedor Ter um bom fornecedor web é um desafio e uma necessidade real. A escolha não deve se limitar ao design e nem ao preço. O fornecedor deve ter pessoas especializadas em design e em programação, de forma que as duas questões fiquem equilibradas no resultado final. Peça referências e opiniões antes de contratar.

3. Traga conteúdo relevante O conteúdo é uma das ferramentas mais importantes para uma escola conquistar seu espaço na internet. Informações úteis, diferenciais da instituição, serviços (como boletins on-line, por exemplo), materiais de apoio às aulas disponíveis para download... Tudo isso é desejável em um site escolar. Ainda sobre conteúdo, a dica é ser suscinto nos textos. É difícil ler conteúdos longos na tela do computador. Leve isso em consideração na hora de escrever.

4. Enriqueça com vídeos, esqueça o Flash Menos é mais. Já se foi o tempo de animações em Flash e pirotecnias. Um bom site é limpo, de fácil entendimento, com um bom design. E quem ganhou força foram os vídeos. Cada vez mais populares – basta ver o crescimento do canal YouTube –, os vídeos são grandes aliados dos sites corporativos. Pense: nada mais eficiente do que um bom vídeo para mostrar aos pais interessados todos os diferenciais da sua escola. E um bom vídeo tem de ser curto, ter belas imagens, ser bem narrado.

5. Otimize

o site para buscas Não adianta ter um site bonito se ele tem poucas visitas. SEO é a sigla de Search Engine Optimization ou otimização de sites. São técnicas para tornar um endereço virtual mais fácil de ser encontrado nos sites de busca, essencialmente, o Google. As estratégias de SEO têm como objetivo posicionar o site nos primeiros resultados dos sites de busca. Criar conteúdo relevante é fundamental se você deseja aparecer no Google com eficiência.

6. Conheça os visitantes do seu site Conhecer os visitantes do seu site é fundamental para avaliar se todas as estratégias estão gerando resultados. Quem tem um site, deve saber quantas visitas tem, de onde vieram, que páginas são mais visitadas etc. Aprenda a usar de forma inteligente o Google Analytics.

7. Divulgue seu site O uso dos links patrocinados (anúncios pagos) garante uma quantidade de visitas qualificadas ao seu site. Entre as opções, considere os links patrocinados do Google (AdWords) – eles funcionam bem em campanhas de baixos orçamentos. Outra dica: coloque o endereço do seu site em todas as comunicações da sua escola.

Sobre buscas on-line: estatísticas mostram que, ao realizar uma pesquisa no Google, 60% das pessoas clicam nos três primeiros resultados e 80% não vão para a segunda a página de resultados. Sobre o Google Analytics: este serviço gratuito do Google permite analisar detalhadamente as estatísticas de visitas ao seu site. De onde vem os visitantes? Quanto tempo eles permanecem no site? Que palavras são utilizadas para chegar ao site? Que páginas são mais visitadas? Pesquise sobre o uso dessa ferramenta. janeiro-fevereiro 2014 << Revista LeYa na Escola 23


CAPA

Eles fazem a diferença QUANDO O SUCESSO NA APRENDIZAGEM DEPENDE DA CRIATIVIDADE E DO ENTUSIASMO DOS EDUCADORES

N

inguém se esquece dos professores que marcaram a nossa trajetória escolar. Aqueles que nos cativaram com respeito, carinho e, na maioria das vezes, um jeito especial de ensinar. Hoje, apesar das mudanças nos processos pedagógicos e dos avanços da tecnologia aplicada à educação, esses profissionais ainda fazem a diferença. Principalmente, em países como o Brasil, onde não somente a escola pública sofre de carências que comprometem a qualidade do ensino. Afinal, ninguém aprende simplesmente ouvindo e copiando lições no caderno. O aluno precisa ter acesso a materiais didáticos diversificados que o estimulem a comparar, avaliar e interpretar dados e informações. Na falta desses recursos, é essencial que o professor use a criatividade. Para a fundadora da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), Solange Wechsler, o professor criativo “é aquele que está aberto a novas experiências e, assim sendo, é ousado, curioso e apaixonado pelo que faz. Trabalha com idealismo e prazer, adotando uma postura de facilitador e quebrando paradigmas da educação tradicional”. Nesta reportagem, você vai conhecer iniciativas exemplares para estimular e influenciar o aprendizado. São histórias de sucesso, que incentivaram o desenvolvimento, a cidadania e a criatividade de muitos jovens brasileiros.

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DO BOLSO PARA A SALA DE AULA PROFESSOR PRODUZ EQUIPAMENTO PARA ENSINAR HISTÓRIA “Uma imagem vale por mil palavras” é o ditado que o professor Jamielton Amorim usa para justificar a importância de um equipamento audiovisual na sala de aula. Há três anos, ele usou R$ 3 mil de suas economias na fabricação de uma lousa digital para as aulas de História no Centro de Ensino Fundamental do Gama, escola pública do Distrito Federal. O equipamento consiste numa tela com tecnologia digital que permite exibir e manipular arquivos a partir de um computador. Jamielton explica que desenvolveu o produto a partir de um modelo fabricado na China e que utiliza como sensor o controle remoto de um videogame. “Quando descobri a ferramenta numa escola particular”, conta, “percebi que não poderia mais lecionar de outra forma.”

Jamielton, de 47 anos, afirma que, entre os alunos do CEF, o ganho foi fabuloso. “O rendimento e o interesse nas aulas mudaram completamente. Nunca mais tive problema de disciplina.” Segundo ele, os jovens de hoje já estão habituados às novas tecnologias e aos recursos audiovisuais. E isso faz uma enorme diferença no ensino de qualquer disciplina, sobretudo durante as aulas expositivas. A iniciativa teve tanto impacto que chamou a atenção de emissoras de TV de Brasília, interessadas em mostrar a novidade. E, para satisfação do professor e dos estudantes, a escola decidiu investir em outros sete equipamentos semelhantes, que poderão ser adotados por outras unidades de ensino. Jamielton não tem dúvida: valeu a pena usar o próprio dinheiro para ajudar a inserir o colégio na era digital.

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CAPA

+

ESCOLA COMUNIDADE

= PARCERIA

DE SUCESSO MUDANÇAS DE GESTÃO TRANSFORMARAM A “MALOQUINHA” EM REFERÊNCIA DE ENSINO

Era uma vez uma escola na zona norte de São Paulo conhecida como “maloquinha”. O apelido dava uma ideia do contexto em que o colégio estava inserido: uma região dominada por pobreza e altos índices de violência. “As pessoas tinham vergonha de dizer que estudavam ou trabalhavam aqui”, conta Waldir Romero, que assumiu a direção da EMEF Comandante Garcia D’Ávila em 1995. Entre desistir e arregaçar as mangas, Romero e um grupo de professores decidiram pela segunda opção. Eles partiram do princípio de que só com o envolvimento de toda a comunidade seria possível tocar um projeto de transformação. O primeiro passo foi estabelecer novas formas de diálogo com os estudantes, que começaram a usar a escola para atividades extracurriculares, como música e esportes – inclusive nos finais de semana. A vizinhança foi convidada a participar por meio de entidades e organizações de bairro. Em parceria com escolas de samba, os estudantes passaram a confeccionar fantasias de carnaval e a discutir letras de músicas nas aulas de Português. O ambiente ficou mais acolhedor para que estudantes, professores, funcionários e até as famílias se unissem em torno de um projeto de formação. Todos compartilharam experiências que estimulavam não só a produção de conhecimento, mas, sobretudo, a reflexão. “Formação precisa de tempo” ensina o diretor. “Por isso, ela tem de estar enraizada na comunidade.” Em uma década, a escola registrou queda nos índices de violência e deixou de ser vista como a “maloquinha”. “As pessoas têm o desejo de crescer como cidadãos”, conclui Romero. “E quando elas participam do processo de maneira ativa e afetiva, se sentem muito mais motivadas.”

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A VIDA QUE VEM DOS LIVROS COM SARAUS LITERÁRIOS, ALUNOS ENXERGAM O MUNDO COM OUTROS OLHOS

As festas temáticas sempre foram uma tradição na Escola Estadual Profª Anna Pontes Natali (SP). Mas os eventos nunca despertaram entusiasmo nos professores e alunos. Quando Tieko Fujye foi nomeada diretora da escola, logo percebeu que deveria propor um projeto de enriquecimento curricular que “ampliasse os horizontes dos estudantes e da comunidade”. A solução, que surgiu dentro da biblioteca e foi batizada de Sarau Literário, deu novos rumos à rotina dos cerca de 500 alunos do ciclo Fundamental I. A ideia era simples: dar vida ao conteúdo dos livros escolhidos pelos alunos e apresentar as histórias por meio de música, dança, leitura ou qualquer outra forma de expressão. “Os alunos descobriram um universo totalmente novo, que os levou a pesquisar não apenas conteúdos, mas também materiais que poderiam ser usados nas apresentações. Até panelas viraram instrumentos musicais”, conta. Tieko garante que o desempenho dos alunos em Matemática e Português melhorou bastante. “Mas o objetivo principal não era elevar as notas e sim proporcionar às crianças uma leitura diferenciada do mundo”, afirma.

NO EMBALO DO RAP PROFESSOR ENSINA QUÍMICA COM RIMAS QUE NINGUÉM ESQUECE Nas aulas do professor Silvio Predis ninguém fica parado. O som que domina a sala é a batida do funk. Com um jeito inusitado de ensinar Química em escolas particulares do Rio de Janeiro, Predis ganhou fama. E virou sucesso na internet. Dezenas de vídeos com o Rap da Pilha, um “batidão” que ele compôs a partir de conteúdos dos livros didáticos, já

foram vistos mais de um milhão de vezes no YouTube e têm mais de 300 mil compartilhamentos no Facebook, de acordo com o portal de notícias UOL. Para Predis, o aprendizado nunca é um processo simples e a música é uma ferramenta facilitadora que permite aos alunos não apenas memorizar, mas entender Química de uma maneira descontraída.

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CAPA

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O EXEMPLO QUE VEM DO OUTRO LADO DO MUNDO DIRETORA BUSCA NA CHINA INSPIRAÇÃO PARA PROJETO PEDAGÓGICO O país que, meio século atrás, tinha metade da população analfabeta e hoje atinge os melhores índices de qualidade na Educação chamou a atenção de Maria Cecília Terra, diretora pedagógica do colégio Novo Terra (SP). Ela integrou uma comitiva de 90 profissionais de educação que foi à China conhecer de perto o sistema de ensino seguido por todas as escolas do país. E ficou impressionada com as metas audaciosas estabelecidas pelo governo, como o aprendizado obrigatório do inglês e a adoção do nove como nota mínima de aprovação. Outros aspectos que chamaram a atenção de Maria Cecília foram o currículo enxuto e o grande número de horas que os alunos dedicam aos estudos. “Eles passam pelo menos oito horas na escola e ainda têm de estudar bastante em casa”, observa. De acordo com a diretora do Novo Terra, também merece destaque o programa que visa multiplicar os

resultados positivos – os melhores professores recebem prêmios, bônus financeiros e até viagens ao exterior, mas depois são deslocados para as escolas de pior desempenho, como uma forma de levar o conhecimento para áreas mais carentes. Maria Cecília aponta que a inovação é outra preocupação do governo chinês. Por isso, os jovens são incentivados a antecipar pesquisas de âmbito universitário. Entre os colégios visitados pela comitiva, um desenvolvia o protótipo de um avião. Outro produzia estudo sobre agrotóxicos. “As escolas estimulam os estudantes a criar, em vez de apenas copiar”, conta a diretora. Nesse contexto, segundo ela, o apoio de atividades artísticas e esportivas é fundamental. Apesar dos avanços e esforços das autoridades, o modelo de ensino chinês ainda enfrenta enormes obstáculos, como o número ainda insuficiente de escolas. São desafios que não se

superam apenas com investimentos em infraestrutura. Um exemplo disso, anota a diretora, é que todas as escolas têm computadores conectados à internet, mas a maioria ainda realiza atividades manuais. Para Maria Cecília, o resultado da viagem foi inspirador. “Pude comprovar o quanto é benéfica a participação do Estado na formação dos jovens naquele país”, conclui, “porque garante a todos acesso a uma educação de alto nível”. Inspirada no modelo chinês, Maria Cecília pretende estimular, no Colégio Novo Terra, a cultura da meritocracia e da reciclagem profissional. Tudo isso em um ambiente que, segundo ela, sempre pregou valores como respeito aos mestres e comprometimento familiar. Mas nada disso se aplica, diz Maria Cecília, sem o empenho dos educadores. O professor é estimulado, por meio da meritocracia, a estudar, inovar e buscar novas possibilidades de ensino.

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professor Fala,

Por que os alunos têm tanta dificuldade em fazer boas redações?

“Hoje em dia nossas crianças têm dificuldade para redigir porque leem pouco ou quase nada. Não porque haja livros de menos. Mas porque há televisão e videogames demais!” AURÉLIO DE OLIVEIRA Professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio no Colégio Mundaí, em Porto Seguro (BA)

“O ALuNO quE NãO Lê NãO CONSEguE ESCREVER. ALéM DISSO, Há A quESTãO DESSA ‘NOVA’ LíNguA quE CORRE SOLTA PELAS REDES SOCIAIS. ISSO SEM fALAR NA fRAgMENTAçãO E NA SuPERfICIALIDADE DA INfORMAçãO. TAMBéM OBSERVO, NA ATuALIDADE, uMA gRANDE AuSêNCIA DE ESTíMuLOS CuLTuRAIS POSITIVOS PARA ESSES JOVENS. ELES PRECISAM SAIR DA LETARgIA EM quE SE ENCONTRAM. fAçO ESSAS REfLExõES NO MEu BLOg www.vejaisse.com.br” EDSON D. ISSE Professor de Língua Portuguesa na Escola Suíço-Brasileira de São Paulo (SP)

“Cada um de nós cria seu estilo próprio de escrever, mas todos partimos de textos com os quais nos identificamos. Vivemos numa civilização em que predomina a cultura de mosaico. São tantas as informações visuais, não discursivas, que a conexão verbal, o encadeamento lógico, vão se tornando cada vez mais difíceis. E isso sem falar que a sociedade não incentiva pelo exemplo a leitura e a reflexão.” MENALTON BRAFF Escritor e professor aposentado de Literatura Brasileira, em São Paulo (SP) 30 Revista LeYa na Escola >> janeiro-fevereiro 2014


VOCÊ AQUI Mande seu e-mail para leyaeducacao@leya.com e dê seu depoimento

“PRODUÇÃO TEXTUAL NÃO DEVERIA ESTAR CENTRADA SOMENTE EM LÍNGUA PORTUGUESA. TODOS OS PROFESSORES, EM TODAS AS DISCIPLINAS, TÊM DE LEVAR AS CRIANÇAS A DESENVOLVEREM O HÁBITO DE EXPRESSAR SUAS APRENDIZAGENS E REFLEXÕES POR MEIO DO TEXTO ESCRITO. NÓS, PROFESSORES, DEVEMOS TER TEMPO PARA LER, CORRIGIR, PARTILHAR, APONTAR O QUE FALTA E O QUE PRECISA MELHORAR.” TATIANE M. O. MARTINS Coordenadora Pedagógica e professora de Língua Portuguesa do Colégio Militar do Rio de Janeiro (RJ)

“Para escrever bem é preciso ler, mas também é necessário conhecer a teoria do gênero textual, assim como conhecer bem a gramática da Língua. Esse é o grande desafio do professor e da educação: unir a leitura, a escrita e a gramática, sem preconceitos.” JOSELIA APARECIDA PIRES VICENTE Professora de Língua Portuguesa e Literatura da Escola Estadual Afonso Pena – Três Lagoas (MS)

“OS ALUNOS NÃO ESTÃO MAIS ACOSTUMADOS A LER LIVROS, JORNAIS OU REVISTAS PARA SE INFORMAR OU SIMPLESMENTE PELO PRAZER DA LEITURA. NA ERA DA TECNOLOGIA, TUDO ACONTECE ELETRONICAMENTE E DE FORMA MUITO RÁPIDA. ISSO SEM FALAR DO CORRETOR ORTOGRÁFICO DOS COMPUTADORES E DOS CELULARES, QUE CONTRIBUI PARA QUE OS ERROS DE ORTOGRAFIA CONTINUEM A ACONTECER. OS JOVENS NÃO TÊM MAIS PACIÊNCIA EM ESCREVER UM TEXTO MAIS ELABORADO. É PRECISO ESTIMULÁ-LOS CONSTANTEMENTE PARA CONSEGUIRMOS ALGUM RESULTADO.” MARIA THEREZA P. A. CAMPOS Professora de Francês da Escola Suíço-Brasileira de São Paulo (SP) janeiro-fevereiro 2014 << Revista LeYa na Escola 31


Meu Brasil

Rio

Janeiro Estado maravilha de

ESTADO DO SUDESTE BRASILEIRO É RICO EM BELEZAS NATURAIS, EM CULTURA E TEM GRANDE POTENCIAL ECONÔMICO. DESCUBRA O RIO DE JANEIRO ALÉM DA SUA CAPITAL FAMOSA

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Fonte: Guia Oficial do Rio: www.rioguiaoficial.com.br | Prefeitura: www.rio.rj.gov.br | Secretaria de Turismo: www.rj.gov.br/web/setur/principal

E

ngana-se quem pensa que as belezas do Rio de Janeiro se limitam a sua famosa capital. Em todo território flumimense existem concorridas atrações turísticas, maravilhas naturais e culturais importantes, além de potenciais econômicos diversos. São eles que garantem ao estado o posto de segunda maior economia do Brasil e quarta maior da América do Sul. Na Serra do Mar, ficam Petrópolis e Nova Friburgo, com suas paisagens que conservam os costumes dos imigrantes alemães e suíços. O primeiro parque nacional brasileiro, Itatiaia, é destino certo para o ecoturismo. No interior do estado, o destaque é o rico conjunto cultural com vários sotaques próprios. Sem contar seu litoral extremamente recortado e composto por belas praias, como Angra dos Reis, Paraty, Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio.

Por ter sido capital do país, o Rio de Janeiro é formado por uma grande gama de etnias e povos, o que garante uma pujança cultural, especialmente na cidade carioca. Em Niterói, cidade com maior Índice de Desenvolvimento Humano do estado, está em curso uma grande revolução nesse setor, que começou com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea da Cidade, obra de Oscar Niemeyer, entre outros projetos ligados às artes. Economia O Rio de Janeiro tem atuações de destaque em vários setores da economia: comércio, indústria, cultura, setor marítimo, pesca e, em especial, a extração de petróleo e gás. O estado tem cerca de 90% das reservas de petróleo do país e mais da metade das reservas de gás.

RIO DE JANEIRO EM DADOS Localizado na região Sudeste, o estado do Rio de Janeiro possui 16 milhões de habitantes, área total de

43.780 km² e 92 municípios. A capital é a cidade do Rio de Janeiro.

Seu relevo é composto principalmente por planícies litorâneas, com morros, manguezais e lagos. Ao norte, encontra-se a Serra da Mantiqueira e, a oeste, a Serra do Mar. O clima é tropical e o bioma principal é o característico da Mata Atlântica.

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UM POUCO DE HISTÓRIA Quando o sistema de Capitanias Herediátias foi estabelecido na colônia do Brasil, o território atual do estado do Rio de Janeiro encontrava-se entre os trechos da Capitania de São Tomé e de São Vicente. A Baía de Guanabara foi ocupada por um grupo de colonos franceses que pretendiam instalar uma colônia de povoamento chamada de França Antártica. Para evitar essa ocupação e assegurar a posse do território para a coroa portuguesa, em 1º de março de 1565 foi fundada por Estácio de Sá a cidade do Rio de Janeiro. Em 1763, o Rio de Janeiro tornou-se a sede do vice-reino do Brasil e capital da colônia. Em 1808, a região foi bastante beneficiada com reformas urbanas para abrigar a corte portuguesa, transferida para o Brasil. Aconteceu, então, um processo cultural, influenciado pela presença da família real e também pelos artistas europeus que vieram com ela. Em 1960, a capital do Brasil foi transferida para Brasília. Cidade mais que maravilhosa Difícil descobrir o que mais encanta no Rio de Janeiro. Se são as mundialmente famosas belezas naturais, o jeito despojado dos cariocas ou o ritmo contagiante do seu carnaval. Pode ser ainda sua riqueza cultural ou a vocação 34 Revista LeYa na Escola >> janeiro-fevereiro 2014

para os esportes. O Rio é uma cidade singular. Um lugar onde convivem, em perfeita harmonia, a infraestrutura da metrópole e uma das maiores florestas urbanas do mundo; as lojas mais caras do país e várias comunidades carentes, entre outros pontos que acabam por tornar a capital fluminense única. Assim, mantém um estilo de vida inconfundível, com paisagens diversas e atrações para todos os gostos. O centro carioca é um lugar que transpira história. Um passeio pelos principais pontos dessa região leva o visitante a uma viagem ao Rio antigo, que traz a forte influência europeia. O Rio é cheio de lugares pitorescos. Um deles é o bairro da Urca, com casario conservado que data das primeiras décadas do século 20. A Lapa é conhecida como berço da boemia, com bares e casas de shows sempre lotados. No bairro de Santa Teresa, situado em uma colina, predomina um clima parisiense em seus inúmeros ateliês e ótimos restaurantes. Vale destacar ainda a Tijuca com sua floresta urbana, uma das maiores do mundo. Ela foi criada em 1861 pelo imperador Pedro II para reflorestar a área atingida pelo desmatamento causado pelo cultivo de cana e café.

SAMBA NO PÉ (E NA ALMA) O samba nasceu na Bahia. Mas foi no Rio de Janeiro que ele tomou as proporções que conhecemos hoje e se tornou o ritmo que representa o país. Em cada canto do Rio, existe uma roda de samba em ação. No Carnaval, acontece o megaevento considerado o maior espetáculo popular do mundo: os desfiles das escolas de samba. Em paralelo, cerca de 400 blocos saem pela cidade durante os dias de folia – são blocos de todos os tipos e para todas as idades.



Enem

Os desafios de uma boa

redação SAIBA O QUE O ENEM ESPERA DOS CANDIDATOS NO QUESITO MAIS TEMIDO DA PROVA

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Fonte: www.ogloboonline.com.br

A

preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) requer muito estudo e entendimento de todas as matérias. Entretanto, uma parte importante da prova foge do padrão de analisar opções e escolher a resposta certa: a redação. Por se tratar de um momento em que o aluno precisa expor seus pensamentos e conhecimentos sobre atualidades, a redação traz desafios e armadilhas que se transformam em erros comuns. Pensando nisso, o Ministério da Educação criou o Guia do Participante – a Redação no Enem 2013. Disponível para consulta e download, o material explica a metodologia da correção nas redações e traz dicas do que garante boas notas nesse quesito. “O guia explica de forma detalhada tudo o que os corretores esperam de uma boa redação, com dicas de como o estudante deve construir o texto, os argumentos que ele deve utilizar, o desenvolvimento do tema, o domínio da norma culta”, disse o Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, no lançamento do Guia. Dicas para um bom texto Para realizar uma boa redação no Enem, é fundamental acompanhar os noticiários e se manter atualizado. Na prova de 2013, por exemplo, o tema da redação foi “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”, assunto amplamente debatido em todo o país. Esperava-se dos candidatos propostas de ação social relativas ao tema e questionamentos a respeito da lei, sempre com bons argumentos. Mas de nada adianta um bom poder de argumentação se o aluno não consegue se fazer entender de maneira clara. O certo é utilizar a norma culta, sem, no entanto, rebuscar a escrita. Também é muito importante que sejam evitadas frases prontas ou expressões comuns. O candidato será avaliado por sua criatividade e pela personalidade colocada no texto. Apesar da correção da redação ser subjetiva, ela está mais rígida, especialmente depois das polêmicas recentes em textos com receitas culinárias e hinos de times de futebol. Fugir do tema, escrever textos muito curtos, impropérios, piadas e desrespeitar os direitos humanos podem zerar a redação.

Na hora de escrever... • Não faça períodos muito longos: prefira frases simples • Não use marcas de oralidade, como gírias • Não use o mesmo argumento repetidas vezes • Evite expressões como “eu acho” • Use sinônimos para não repetir palavras • Seja coerente com a proposta que defenderá Fonte: www.ogloboonline.com.br

O que o Enem espera de uma redação - É preciso defender uma opinião a respeito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes estruturados de forma coerente, formando, assim, uma unidade textual - Deve-se elaborar uma proposta de intervenção social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto que respeite os direitos humanos Competências analisadas pelo Enem 1. Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa 2. Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema 3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista 4. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos Fonte: O Guia do Participante – A Redação no Enem 2013 http://portal.inep.gov.br/enem

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Carreira

Educação

sem fronteiras COM A EVOLUÇÃO DO ENSINO A DISTÂNCIA, É FUNDAMENTAL PARA OS EDUCADORES ENTENDEREM AS DIFERENÇAS ENTRE ESSA FORMA DE EDUCAR E O MÉTODO TRADICIONAL

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A

Era Digital proporcionou a experiência da quebra de barreiras em relação ao acesso à informação. Não apenas isso, mas os avanços tecnológicos permitiram a incorporação de novos métodos para o aprendizado. O Ensino a Distância (EAD) se mostrou extremamente viável e também necessário para suprir uma demanda cada vez mais exigente em relação à aprendizagem. Em texto intitulado “EAD – vantagens da educação a distância”, publicado no Portal Educação, o educador e consultor educacional Enderson Lara atenta para a utilização das NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação) para unir o professor ao aluno e transmitir os conteúdos educativos. Entre eles, estão os computadores pessoais, a internet, as webcams e a telefonia móvel. Sem a necessidade do encontro presencial entre aluno e professor, não é mais preciso dissociar os ambientes familiares, culturais ou profissionais do aprendizado. Essa mudança não diz só respeito ao aluno, mas também ao professor. Há uma nova maneira de repassar conteúdo, e o profissional da

educação também precisa entender esse conceito. Em texto intitulado “A evasão escolar e o ensino a distância”, publicado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), a Diretora de Ensino a Distância da Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (UTRAMIG), Rosangela Maluf, defende a necessidade de aperfeiçoar cada vez mais a metodologia do ensino a distância. Segunda ela, precisamos de mais pesquisas voltadas para os processos de comunicação mais modernos e para as metodologias pedagógicas mais eficientes e eficazes. Em entrevista ao Portal do Professor, a Presidente da Fundação Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro (Fundação Cecierj), Masako Oya Masuda, aponta que pesquisas demonstram que alunos egressos dos cursos de licenciatura e que fizeram concurso para professores foram aprovados nos próprios locais onde residem e estudaram e vão atuar profissionalmente nesses locais. Além disso, Masako entende que professores formados pelo EAD estarão mais familiarizados com essa estrutura, podendo utilizar com segurança mais essa ferramenta como auxiliar no seu trabalho com os alunos.

UNYLEYA A Editora LeYa dispõe de uma das mais avançadas ferramentas de ensino a distância, a UnYLeYa. Ela conta com mais de 500 cursos de capacitação profissional, preparatórios para concursos, pós-graduação e muitos outros. São mais de 90 títulos compondo 30 coleções de livros didáticos para a Educação Infantil, Fundamental I e II e Ensino Médio. Além disso, a UnYLeYa possui a SEI (Solução Educacional Integrada), uma ferramenta que já apoia cerca de 90 escolas e proporciona novas experiências de aprendizagem a quase 20 mil alunos.

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Atualidade

Pipas para aprender ESCOLA DE DIADEMA (SP) SE INSPIRA EM REPORTAGEM DA REVISTA LEYA E REALIZA, COM SUCESSO, O PROJETO EDUCACIONAL PIPA

Q

uando li a reportagem, achei muito interessante. Fiz cópias para todos os professores e levei para nossa reunião. Sabia que todos iriam gostar do projeto Pipa e que seria algo muito interessante para fazermos na nossa escola”. O depoimento é de Ester de Jesus Brijeiro Diogo, Coordenadora do Ensino Fundamental da EE Prof. Oswaldo Lacerda Gomes Cardim, em Diadema, São Paulo. A reportagem em questão é “Um novo jeito de educar e aprender”, matéria de capa da edição número 3 da revista LeYa na Escola, que trouxe informações sobre o projeto Pipa, realizado pelo SESI Carapicuíba, que

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utiliza a construção de pipas para ensinar disciplinas, especialmente Matemática. O projeto foi realizado pela turma do 8º ano do Ensino Fundamental e também pelas classes do Ensino Médio noturno. “Fizemos apenas com essas séries em caráter de experiência e os resultados foram os melhores possíveis. Agora, em 2014, iremos aplicar em toda a escola”, revela a Coordenadora. O professor de Matemática do Ensino Fundamental e Médio, Mauro de Paula, foi um dos responsáveis pela implementação do projeto. “Tínhamos de desenvolver algo que contemplasse o conteúdo das aulas, mas que também motivasse o aluno a aprender. O projeto Pipa foi perfeito para isso”, comemora. Primeiramente, a ação foi


apresentada aos professores de Matemática da escola. “Depois, expandimos para outras disciplinas, como Sociologia, História, Português e Artes. Houve também um jornal, um programa de rádio e um blog desenvolvidos pelos alunos. O envolvimento foi total e os resultados os melhores possíveis”, vibra o professor. O projeto, inclusive, foi apresentado pelos professores no curso Melhor Gestão, Melhor Ensino, oferecido pela Secretaria da Educação. “Trouxemos o projeto Pipa no último dia do curso, como exemplo de aulas diferenciadas implantadas na escola”, esclarece Ester. “Há vários projetos Pipa, mas o nosso envolveu diversas disciplinas e nossa ideia é que mais matérias aproveitem o projeto”, orgulha-se o professor Mauro. E tudo começou com a nossa revista.

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Estante

Guia Politicamente Incorreto da História do Mundo Autor: Leandro Narloch Editora: LeYa

Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil Autor: Leandro Narloch Editora: LeYa

Cintos de castidade na Idade Média? Eles nunca existiram – pelo contrário, manuais de medicina da época diziam que o prazer sexual era essencial à saúde das mulheres. E lembra aquela história de que as guerras e a miséria da África são consequência das fronteiras artificiais criadas pelos europeus? Há quase 30 anos, historiadores e economistas africanos deixaram de acreditar nela. Abaixo da superfície, a história não é tão simples quanto aquele professor militante costumava nos ensinar.

Considerando que existe um esquema repetido para contar a história do Brasil, o autor propõe rever alguns conceitos sobre o tema. Por exemplo, o ideal do bom selvagem e o massacre da Guerra do Paraguai. A obra está dividida em nove capítulos - Índios, Negros, Escritores, Samba, Guerra do Paraguai, Aleijadinho, Acre, Santos Dumont e Comunistas.

Guia Politicamente Incorreto da América Latina Autores: Leandro Narloch e Duda Teixeira Editora: LeYa

Guia Politicamente Incorreto da Filosofia Autor: Luiz Felipe Pondé Editora: LeYa

Leandro Narloch e Duda Teixeira retomam alguns dos personagens e fatos marcantes da história da América Latina. “Fidel Castro foi capitalista”, “Che Guevara ordenava torturas” ou “Os Incas aprovaram a dominação espanhola” são algumas das afirmações que os autores defendem e explicam por meio de outras correntes de pesquisa histórica rejeitadas como oficiais.

Luiz Felipe Pondé busca desbravar a história do politicamente correto por meio do pensamento de grandes filósofos, como Nietzsche, Darwin e o escritor Nelson Rodrigues, entre outros. Dividido por temas, a obra se baseia em conceitos defendidos por grandes filósofos do mundo inteiro para abordar assuntos como capitalismo, religião, mulheres, instintos humanos, preconceito, felicidade e covardia.

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Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil A LeYa esteve presente novamente com estande no Salão FNLIJ, que visa promover a leitura e divulgar o livro de qualidade para crianças e jovens. Apresentamos nosso catálogo de literatura infantojuvenil, ajudando a promover e incentivar a leitura de qualidade e formar novos leitores. O evento ocorreu em dezembro de 2013 no Centro de Convenções SulAmérica. O endereço é Av. Paulo de Frontin, 1 – Cidade Nova, no Rio de Janeiro. Mais informações pelo site http://www.fnlij.org.br ou pelo e-mail leyaeducacao@leya.com.

LIVRARIA DA VILA SHOPPING JK IGUATEMI – SÃO PAULO/SP

Lançamento do livro São Rio A LeYa realizou, no dia 31 de agosto de 2013, o lançamento do livro infantil “São Rio”. O evento ocorreu na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo, e contou com apresentação de teatro musical, contação de história, oficina de pintura e sessão de autógrafos com o autor e ilustrador Cadão Volpato. Mais informações no site www.leyaeducacao.com.br.

PARATY/RJ

Flipinha 2013 Pela primeira vez, a LeYa participou da Flipinha, que ocorreu entre os dias 3 e 7 de julho de 2013. O evento é o eixo educacional da FLIP, a Festa Literária Internacional de Paraty. Apresentamos os livros de literatura infantojuvenil por meio de pés de livros e mediadores de leitura que convidavam a ouvir uma boa história. Mais informações no site http://www.flipinha.org.br. 48 Revista LeYa na Escola >> janeiro-fevereiro 2014


Gente do bem

Leia para iança CAMPANHA DO ITAÚ INCENTIVA A LEITURA PARA OS PEQUENOS

SAIBA MAIS

O

Itaú Unibanco criou um programa que incentiva a leitura de uma forma diferente. Não são os pequenos que realizam a tarefa, e sim os adultos que contam as histórias para eles. É o “Leia para uma criança”, iniciativa que faz parte do Programa Itaú Criança da Fundação Itaú Social e que tem como objetivo sensibilizar os adultos a lerem para os menores. Assim, o banco espera garantir os direitos da criança e do adolescente e seu pleno desenvolvimento. O programa “Leia para uma Criança”

quer promover a formação do indivíduo por meio da cultura e informação. Por isso, tem na mobilização da sociedade um dos seus pilares. E esse movimento começa dentro do próprio banco. No início da ação, os colaboradores do Itaú esgotaram as seis mil Bibliotecas Itaú Criança e organizaram ações voluntárias de incentivo à leitura. O programa ofereceu gratuitamente 2,34 milhões de Coleções Itaú de livros infantis, totalizando sete milhões de livros. A campanha conta, ainda, com oficinas de capacitação para mediação de leitura em cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Brasília e Manaus.

Acesse: www.itau.com.br/ itaucrianca e participe!

Incentivo fundamental Segundo a pesquisa Leitura Infantil realizada pela Fundação Itaú Social e Datafolha, 96% dos entrevistados disseram que incentivar crianças de até cinco anos de idade a gostar de ler é importante (20%) ou muito importante (76%). Isso significa que é praticamente consenso entre a população brasileira a importância de levar a leitura aos pequenos desde cedo.

janeiro-fevereiro 2014 << Revista LeYa na Escola 49


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