Zahil Novembro/Dezembro

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NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2014

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Uma publicação ZAHIL VINHOS Conselho Editorial Serge Zehil, Antoine Zahil, Bianca Veratti, Bernardo Silveira

Colaboradores Mirian Ibañez, Regina Bernardi, Bernardo Silveira, Bianca Veratti, Isabel Carvalho

Coordenação Editorial Regina Bernardi (Agência Madalena)

Revisão Técnica Bernardo Silveira, Bianca Veratti

Direção de Arte Leandro Cattani (Agência Madalena) Fotos Gladstone Campos


Caros amigos, Estamos próximos de completar três décadas de história. Nessa trajetória, reunimos memórias de clientes e fornecedores muito queridos e fiéis, além de reforçar laços sociais e familiares. Renascemos a cada ano e, conosco, vai se renovando a Zahil. Negócios familiares estão na raiz da indústria do vinho e trazemos nesta edição um ótimo exemplo, a Maison Drappier. Em Perfil (páginas 20 a 23), Michel Drappier fala da paixão de sua família por fazer, nas suas palavras, “um champanhe que

vai também para o seu coração.” Para fechar 2014 em família e marcar mais um período de renascimento, trazemos inspirações de presentes para quem está sempre ao seu lado, na seção Em Pauta (páginas 6 a 9), e no Em Torno do Vinho um ensaio com o mais natalinos dos produtos, o panetone (páginas 30 a 33). No mundo dos vinhos, as novidades nunca param. É assim também na Zahil. Apresentamos oito novos rótulos que são ótimas combinações para os pratos frugais adequados ao calor

(Novidades, páginas 10 a 15). Em contraposição ao novo, na seção Tendências, falamos sobre as tradicionais barricas de madeira, explicando um pouco mais sobre as nuances que o armazenamento traz para cada um dos rótulos (páginas 16 a 19). Delírios Gastronômicos, nas páginas 34 a 37, reúne experts em cerveja e em vinho para uma conversa recheada de informação, curiosidades e troca de experiências. Não deixe de conferir também em Destilados nove receitas de coquetéis para compartilhar

nas festas (páginas 42 a 45). Anote as receitas, abasteça seu bar com os ingredientes, prepare a coqueteleira e mãos à obra. Fechamos a edição com 61 vinhos recomendados. Cada um foi degustado, analisado, escolhido a dedo para compor nosso portfólio. Cuidado e atenção aos detalhes nunca são demais. Afinal, é assim que se faz nas melhores famílias. Para você e sua família, um ótimo e renovado 2015. Boa leitura! Antoine Zahil e Serge Zehil


VENDA PROIBIDA PARA MENORES DE 18 ANOS

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CERVEJAS, VINHOS E UMA ÓTIMA CONVERSA

ÍNDICE

03

EDITORIAL

CAROS AMIGOS

06

EM PAUTA

QUEM QUER PRESENTE?

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PERFIL

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PARA BRINDAR 2015, 2016, 2017,...

NOVIDADES

ADEGA PRONTA PARA O VERÃO

16

TENDÊNCIAS

MADEIRA NA DOSE CERTA

24

NA COZINHA

PAELLA

4


61

VINHOS NESTA EDIÇÃO

30

EM TORNO DO VINHO

TRADIÇÃO NATALINA

34

DELÍRIOS GRASTRONÔMICOS

CERVEJAS, VINHOS E UMA ÓTIMA CONVERSA

38

A GENTE GOSTA A GENTE RECOMENDA

46

ARTIGO

O DESPERTAR DO DRAGÃO VERMELHO

47

PROMOÇÕES

42

DESTILADOS

VAMOS CELEBRAR!

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EM PAUTA

QUEM QUER PRESENTE?

Família reunida em volta da mesa. Presentes embaixo da árvore. Pratos típicos. E, claro, vinhos especiais. Esse é o cenário perfeito para uma noite de Natal. E nós também queremos participar dela, com dicas para a ceia, para os presentes e até para a decoração. Como os festejos de final de ano começam bem antes da ceia, incluímos dicas de presentes também para amigo-secreto, parcerias empresariais, entre outras. Faça suas escolhas.

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ceia de Natal este ano é na sua casa? Ou você vai para a casa de alguém? Não importa, sempre vale a pena investir um tempo para pensar no que presentear e como receber. Para quem não tem tempo nenhum, tenha em mãos presentes-coringa para a maratona de encontros, típica dessa época do ano. Se você vai receber, tente planejar tudo com antecedência e não deixar escapar nenhum detalhe, começando pela decoração. A protagonista é, sem dúvida, a árvore. Escolha um estilo que combine com você e com a sua casa: tradicional ou alternativa, grande ou pequena, artificial ou natural e coloque ornamentos que criem uma harmonia visual. Um bom complemento é uma linda guirlanda na porta para dar as boasvindas aos seus convidados. E distribuir alguns outros enfeites pela casa mostrará como o espírito de Natal tomou conta de você. Coloque velas vermelhas no lavabo, bonecos de neve nas mesinhas e o que mais a sua imaginação – e o seu bom-gosto – mandarem!

Optar por uma decoração monocromática para a mesa de Natal, em branco e prateado, por exemplo, é um caminho certeiro. Mas você também não corre risco de errar se preferir a tradicional combinação de dourado, vermelho e verde. Mesa farta e boa bebida Não importa a cor ou o adereço, a dobradinha que

garante mesmo o sucesso de qualquer ceia reúne bebida de qualidade e pratos típicos de cada família, conforme suas tradições e cultura. Bacalhau, cordeiro, peru, paella (veja receita na página 24), pernil suíno – não faltam opções de prato principal. Nesta edição, a Zahil traz 61 vinhos que podem compor o cardápio que você escolher. Para

facilitar sua escolha, indicamos um trio pensado para abrir, acompanhar e fechar uma ceia. Aproveite essa combinação ou faça a sua própria. Opções não faltam.

PARA A CEIA

CASTILLO PERELADA RESERVA BRUT CAVA

TREFONTI ROSSO IGT

H&H 5 YEARS FULL RICH

Produzida com a combinação de uvas clássicas para Cavas, é cuidadosamente elaborada conforme técnicas tradicionais da Champagne.

Uma bela surpresa, este IGT combina Cabernet, Sangiovese e Canaiolo para fazer um vinho intenso e complexo, com bela evolução na garrafa.

Vinho leve, pode ser servido nos aperitivos e também acompanhando a sobremesa. Textura sedosa e acidez típica dos vinhos da Madeira.

CASTILLO PERELADA CATALUNHA, ESPANHA R$ 89,00

TENUTA VALDIPIATTA, TOSCANA, ITÁLIA R$ 156,00

HENRIQUES E HENRIQUES MADEIRA, PORTUGAL R$ 87,00 (500 ML)

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EM PAUTA

PRESENTES DIVERSOS FAMILIARES E AMIGOS

Manda a etiqueta sempre levar algo para o anfitrião de uma festa. No Natal, essa regra tem ainda mais força. Então, caso você seja convidado para uma ceia, não arrisque e escolha um vinho de qualidade. Confira dicas para essa e outras ocasiões. AMIGO-SECRETO

ESTEVA MAGNUM (1,5 L)

AQUITANIA RESERVA CABERNET SAUVIGNON

A Casa Ferreirinha é sempre uma aposta certeira, pela força e credibilidade desse produtor e pela gama rica e variada de rótulos. O Esteva é um tinto levemente encorpado, jovem e equilibrado. Em garrafa de 1,5l, a festa vai ficar completa. Consulte outros rótulos deste produtor na seção Promoções, página 47).

O Cabernet de base da vinícola franco-chilena é produzido somente com uvas Cabernet Sauvignon selecionadas no Vale de Maipo. É um vinho elegante, de estilo bastante francês, mas inegavelmente chileno, cheio de fruta, com notas de eucalipto e especiarias, acidez fresca e taninos macios.

CASA FERREIRINHA DOURO, PORTUGAL R$ 125,00

VIÑA AQUITANIA VALE DO MAIPO, CHILE R$ 59,00

CALLIA EXTRA BRUT Nos amigos-secretos, é sempre difícil encontrar a medida certa, especialmente quando não conhecemos bem o presenteado. Este espumante serve para presentear homens e mulheres, agrada paladares diversos e ainda vai garantir o brinde de final de ano.

BODEGAS CALLIA SAN JUAN, ARGENTINA R$ 45,00

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RELACIONAMENTO EMPRESARIAL

AGRADECIMENTOS

DECANTER 1,5 L. + 1 GF. A SIRIO ROSSO IGT O A Sirio é o carro-chefe da Sangervasio: as melhores uvas, produzidas em vinhedos de grande densidade e selecionadas com muito rigor, fazem um vinho intenso, saboroso e especial. A produção reduzida, cerca de 900 caixas anuais, é um sinal da dedicação dos Tommasini à qualidade. Um presente para impressionar!

SANGERVASIO TOSCANA, ITÁLIA R$ 400,00 (KIT COMPLETO)

Médicos, secretárias, advogados, parceiros de negócios engordam a lista de presentes. Buscamos dois kits para esse público: um com uva Tempranillo, que mostra a força do produtor Rioja Alta S. A. na Espanha; do Uruguai, trazemos o vinho de excelência da Bodegas Carrau que é um dos mencionados no livro “1001 Vinhos para beber antes de morrer”. VIÑA ALBERDI + 2 TAÇAS

R$ 194,00

“1001 VINHOS” + AMAT TANNAT R$ 238,00

“O bom vinho é um camarada bondoso e de confiança, quando tomado com sabedoria.” WILLIAM SHAKESPEARE EM OTELO

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NOVIDADES

ADEGA PRONTA PARA O VERÃO

Novos vinhos continuam se incorporando ao portfólio da Zahil para trazer ao seu dia-a-dia rótulos com a qualidade de sempre por um valor acessível. Aproveite a temporada de clima quente e refeições frugais para experimentar esses vinhos leves e refrescantes que combinam com o verão.

SANAMA SANAMA faz referência ao vilarejo de Santa Amalia, onde está sediado o Château Los Boldos. A linha - disponível em vinhos das uvas Carménère, Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Sauvignon Blanc - está passando por uma importante renovação e colocando em evidência a característica jovial, frutada e fresca de vinhos para se desfrutar a qualquer momento com amigos e família. CHÂTEAU LOS BOLDOS VALLE DE RAPEL, CHILE R$ 36,00

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NOVIDADES

GRAN RESERVE ASSEMBLAGE O Gran Reserve Assemblage mostra a nova cara do Château Los Boldos: é perfumado e cheio de fruta, sua textura é macia e seus sabores ficam muito tempo na boca. Impressionante!

CHÂTEAU LOS BOLDOS CACHAPOAL ANDES, CHILE R$ 75,00

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TRINCA BOLOTAS O simpático porco preto é um dos símbolos mais tradicionais do Alentejo: dá cara e nome a este vinho que carrega um pouquinho do espírito da região. Seus taninos são finos e o sabor intenso; é equilibrado e longo, convidando a desfrutar mais uma taça. HERDADE DO PESO ALENTEJO, PORTUGAL R$ 75,00

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VIÑA CANTARERA TEMPRANILLO Cantarera é pura Tempranillo da região de Castilla,região que engloba boa parte do planalto que é a Meseta Central espanhola. Ali, o clima é extremamente propício à produção de tintos macios e frutados, de custo muito amigável e esse é um excelente exemplo de como esses vinhos podem ser frescos e atraentes. VINO DE LA TIERRA DE CASTILLA, ESPANHA R$ 39,00

Viña Esperanza Cercada pelas regiões mais famosas da Espanha por seus vinhos tintos, Rueda é uma área em que reina a Verdejo, uva branca capaz de produzir vinhos vivazes, que combinam fruta fresca a um toque mineral. Viña Esperanza é um dos melhores exemplos de que a região permite fazer vinhos deliciosos com preços acessíveis. RUEDA, ESPANHA R$ 49,00

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NOVIDADES

VOLCANES DE CHILE SAUVIGNON BLANC Com o nome da vinícola estampado no rótulo, este é um delicioso exemplo do trabalho da enóloga Pilar Diaz e uma excelente novidade da bodega chilena que tem seus vinhedos escolhidos a dedo por causa dos solos vulcânicos, que podem trazer frescor e sabores particulares ao vinho. VOLCANES DE CHILE VALLE CENTRAL, CHILE R$ 44,00

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TENDÊNCIAS

MADEIRA NA DOSE CERTA

O uso de madeira na produção e amadurecimento de vinhos é um dos processos mais conhecidos pelo público: a imagem bastante popular das adegas com barricas empilhadas cuidadosamente tingidas e a facilidade em reconhecer os agradáveis perfumes que vão da madeira para o vinho mesmo para os menos atentos e treinados asseguraram um lugar de destaque para essa técnica milenar. Por Bernardo Silveira, AIWS

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lguns dos registros mais antigos que temos da utilização de madeira na produção de vinho vêm de tempos romanos: Plínio, o Velho, escreveu já no primeiro século da nossa era que os bárbaros da Gália francesa armazenavam seus vinhos em barris. Durante a Idade Média, sua mobilidade e resistência foram fundamentais para o desenvolvimento do comércio de vinhos na Europa. Mais leves e duradouros que os jarros e ânforas de cerâmica, os barris ainda por cima demonstraram ser capazes de contribuir para as mudanças que acontecem no vinho com o passar do tempo. No entanto, o uso e a função da madeira somente ganharam reconhecimento do grande público no final do século XX: mudanças profundas tinham tomado lugar nos vinhedos e nas adegas, e o avanço do

conhecimento científico afetou diretamente a produção e seu resultado final. Os vinhos se tornaram mais ricos, seu estilo melhor controlado pelo enólogo, com menos defeitos técnicos e menor necessidade de serem “corrigidos” pelo tempo nas barricas. Ao mesmo tempo, o paladar do público começou a se alterar, dando preferência aos sabores frescos, limpos e nitidamente perceptíveis que se tornaram a regra, ao invés da exceção. Os produtores passaram a buscar dar destaque aos sabores de fruta e acompanhá-los com os sabores provenientes das barricas. Os perfumes tostados e que lembram especiarias como cravo e canela foram rapidamente abraçados pelo público; os vinhos com o sabor de fruta cada vez mais evidente, com taninos cada vez mais maduros e, portanto mais fáceis de beber, também se tornaram capazes de se mesclar bem com esses sabores da madeira. Inevitavelmente, com tendências vêm os excessos:

em alguns casos, a busca por superconcentrar os vinhos e intensificar a marca da barrica chegou a exageros que terminavam por ocultar os sabores da fruta, numa espécie de “chá de barrica”. Ao mesmo tempo, novas técnicas e aplicações para a madeira foram surgindo: os formatos em que as aduelas eram montadas se tornaram cada vez mais variados e inúmeras alternativas às barricas nasceram para compensar demandas específicas de efeito sobre o vinho e especialmente de preço nas prateleiras. Os malfadados “chips” e seus derivados, por exemplo, ganharam máfama entre o público por serem uma forma simples e econômica de adicionar o sabor da madeira ao vinho sem implicar no alto custo das barricas e no tempo prolongado antes da comercialização. O uso dessas alternativas pode não trazer consigo certos efeitos benéficos e importantes das técnicas mais tradicionais, mas sem dúvida permitem que o vinho ganhe alguma complexidade e atenda às demandas de uma audiência sedenta.

A resposta do público aos excessos veio gradualmente, demandando que os produtores buscassem reequilibrar a influência da madeira em seus vinhos. Certas regiões em que a produção é regulamentada foram pressionadas a reduzir seus prolongados tempos de envelhecimento obrigatório, em busca de adequar os vinhos ao paladar contemporâneo. Um exemplo famoso entre outras regiões clássicas é Montalcino, na Itália: sua legislação original ditava um mínimo de 4 anos de envelhecimento em madeira para os Brunello, o que foi sendo aos poucos reduzido para os atuais 2. Em outros casos são os próprios produtores a tomar a iniciativa nessa redução: no caso do Domaine La Soumade, renomado produtor sediado em Rasteau, a principal área de produção de Côtes du Rhône , a maioria dos vinhos nada tem de contato com madeira ou ainda somente uma pequena porcentagem do que será engarrafado tem estágios curtos em barricas. É da experiência da família

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TENDÊNCIAS Casa Marin Laurel Sauvignon Blanc Maria Luz Marin fermenta uma pequena porcentagem das uvas Sauvignon Blanc destinadas a este vinho em barricas, ajudando a dar volume e a tornar a textura do vinho mais untuosa, além de complementar seus sabores.

Romero, proprietária do Domaine, que os vinhos só devem passar por barricas tempo o suficiente para que se tornem melhores - e em alguns casos, é nada! Muitas vezes a surpresa vem com o movimento contrário: mais madeira pode trazer melhores resultados! A enóloga chilena Maria Luz Marin usa barricas na fermentação de um de seus Sauvignon Blancs mais renomados, o Laurel, técnica pouco comum para a variedade. É uma forma de alterar a textura e os sabores, mas com o devido cuidado para que as barricas não se sobreponham às características da variedade. Como de hábito, o segredo não está em simplesmente anular ou ressaltar uma técnica ou característica, como se houvessem apenas duas opções. Assim como um chef dosando ingredientes na cozinha, cabe a cada enólogo decidir enquanto faz e prova seus vinhos qual será o papel da madeira em sua “receita”. Em cada região, para cada variedade e, acima de tudo, de acordo com o objetivo pretendido para aquele vinho o contato com a madeira será diferente e, idealmente, deverá servir para ressaltar o que há de melhor ali.

CASA MARIN, CHILE R$ 125,00

Château de Mauves Bordeaux é um dos redutos mais tradicionais do uso de barricas. Pode ser uma surpresa para muitos descobrir um vinho da região que não as usa em sua produção, mas recebe uma pitadinha do seu sabor na forma de lascas adicionadas aos tanques de fermentação. CHÂTEAU DE MAUVES, FRANÇA R$ 87,00

La Soumade Côtes du Rhône O cuidado de André Romero com seus vinhos passa pela utilização de pouquíssima – ou nenhuma – madeira. Seu Côtes-du-Rhône é rico e estruturado e não dá nenhum sinal de que lhe falta o tempo em barrica. DOMAINE LA SOUMADE, FRANÇA R$ 125,00

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Viña Ardanza Reserva A Rioja é outro bastião do uso das barricas e a bodega La Rioja Alta S.A. é das mais tradicionalistas: envelhece os vinhos longamente antes de entregá-los ao público. Ainda assim, em busca de ressaltar o frescor e a fruta, reduziu o estágio em barricas de clássicos com o Viña Ardanza.

DESCUBRA AS DIFERENTES NUANCES DA MADEIRA

RIOJA ALTA S. A., ESPANHA R$ 275,00

Poggio Scalette Chianti Classico Vittorio e Jurij Fiore são dois nomes importantes na enologia italiana: são audaciosos e focados em absoluta qualidade. Seu Chianti Classico contradiz todos os instintos, pois é feito com pura Sangiovese e não tem nenhum dia de contato com madeira. POGGIO SCALETTE, ITÁLIA R$ 156,00

Tosca Chianti Colli Senesi

The Footbolt Shiraz

Uma das melhores formas de calibrar a influência da madeira é usar diferentes tamanhos de barris. Este delicioso Chianti amadurece por 6 meses em tonéis, de 5.000 litros, de forma a ganhar polimento e textura, mas adquirir poucos sabores da madeira.

Chester Osborn, o chefe de enologia da d’Arenberg, é desses que fazem novidade de coisa velha. No coração de South Australia, região famosa por vinhos superconcentrados e cheios de madeira, Chester usa barricas de carvalhos de diferentes origens, usos e tamanhos para enriquecer seus vinhos sem excessos.

TENUTA VALDIPIATTA, ITÁLIA R$ 87,00

D’ARENBERG, AUSTRÁLIA R$ 128,00 19 ZAHIL


PERFIL

PARA BRINDAR 2015, 2016, 2017, ...

Autenticidade. Essa é a palavra que define os champanhes da Maison Drappier. Estabelecida em 1808, tem vinhedos em Urville, Cramant e Reims. A Pinot Noir, cultivada de forma orgânica, “corre nas veias” de três gerações e produz cuvées excepcionais. No comando da empresa independente está Michel Drappier, o oitavo de uma dinastia de “champanhólogos”, que privilegia pequenas produções e busca ao máximo não interferir no trabalho da natureza, confiando em seu terroir. Michel concedeu esta entrevista com exclusividade.

Na sua opinião, quais são as características para um champanhe perfeito? Tecnicamente, eu diria que são bolhas leves, uma complexa mistura de cores de amarelo e cinza dourado com reflexos de cobre, aromas florais e frutados no palato e uma finalização longa e seca. Na prática, o champanhe perfeito é aquele que você pede a segunda taça assim que termina a primeira! E quais são os segredos do sucesso dos champanhes da Drappier? Em primeiro lugar, a lealdade de uma família à sua terra, onde são

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cultivadas excelentes uvas Pinot Noir. Isso significa respeitar o terroir, ter uma relação de estreita cooperação com a natureza e compartilhar com os amantes de vinho do mundo todo a paixão de três gerações de Drappiers por grandes champanhes. Como vocês mantêm uma fantástica posição de mercado sendo produtores independentes? Independência é o nosso lema. Nós não queremos receber ordens nem mesmo simples diretrizes de acionistas. Só obedecemos aos exigentes amantes do autêntico champanhe. Temos um relacionamento

Michel Drappier


Mas vocês nunca se sentiram tentados a vender a Maison Drappier para um grande investidor? Nunca! Sinto que sou apenas uma pequena parte de uma longa história, de uma cadeia. Meus ancestrais fizeram essa Maison que eu vou passar para os meus filhos. Se eu vendesse a empresa, eu quebraria essa corrente. Hoje em dia, as pessoas costumam eleger um produto para ser cultuado por um tempo e, em

seguida, colocam outro no lugar. Como vocês lidam com esses “modismos” e se mantêm na preferência dos consumidores? É porque somos fiéis ao nosso terroir que nossos champanhes são tão bem sucedidos. Drappier não está na moda! Acreditamos – e esperamos – que produtos autênticos sempre sobrevivam aos altos e baixos do mercado.

Um dos principais diferenciais do champanhe de vocês é o pouco uso de sulfitos. É verdade que isso se deu devido ao fato de seu pai ser alérgico a essa substância? Meu pai e eu somos, sim, alérgicos a enxofre. Nossa filosofia de vinificação, portanto, acabou se tornando um pouco egoísta, afinal, queremos usufruir

Fotos: divulgação.

direto com eles e isso provavelmente se dá pelo fato de a Drappier permanecer independente. Nossos importadores, como a Zahil, são as famílias que entendem isso e repassam a nossa filosofia para o consumidor.

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PERFIL

do que produzimos! Mas, com o passar dos anos, descobrimos que milhares de pessoas ao redor do mundo também são alérgicas a enxofre ou, simplesmente, não gostam de vinhos muito sulfurosos. Assim como muitos outros produtos químicos, o dióxido sulfuroso (SO2) – um dos sulfitos – tem sido usado em excesso nos últimos 200 anos. E o

champanhe tem um sabor diferente com menos ou nenhum sulfito: fica mais generoso, mais complexo. Passa a ir não apenas para o seu estômago, mas também para o seu coração. Qual champanhe você recomenda para as festas de final de ano no Brasil, levando em conta que tempos um clima bastante quente nessa época do ano e muitas pessoas vão para a praia? Brut Nature para começar, como uma bebida refrescante, então Carte d’Or Brut tanto para o dia como para a noite. Agora, se você estiver com sede no meio da madrugada, escolha La Grande Sendrée Vintage, pois é o cuvée perfeito para ajudar os seus sonhos se tornarem realidade. Quais são seus pratos preferidos para acompanhar cada tipo de champanhe da Maison Drappier?

Carte d´Or R$ 265,00

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Rosé R$ 295,00

Zèro Dosage R$ 275,00

Brut Nature com ostras ou com queijo de cabra fresco. Carte d’Or com peixe grelhado. Rosé com cordeiro. La Grande Sendrée com lagosta, com caviar ou com um simples risoto.


FAMILIAR E ÚNICA Se você tivesse que escolher uma única garrafa de champanhe para ser salva do fim do mundo, qual seria? Uma só garrafa? A maior! Uma de Melquisedec de Carte d’Or, que eu poderia compartilhar com tantos amigos quanto possível. Quais foram as lições mais importantes que você aprendeu com seu avô e com o seu pai? Trabalhar e amar, mas não ao mesmo tempo! •

A Drappier é a única maison do mundo a realizar as duas fermentações na garrafa original em toda a sua linha de produção, desde a meia garrafa até as raras Primat de 27 litros. O rémuage é feito manualmente em praticamente toda a linha, e o licor de expedição, envelhecido em carvalho, é uma receita secreta da família. Empresa familiar, a Drappier possui uma história recheada de personagens famosos: seus vinhedos foram plantados ainda no século I por mãos galo-romanas; durante a Idade Média, monges cistercienses tomaram para si a cura das plantas e diz-se que São Bernardo em pessoa participou da construção das caves de Urville, durante o século XII; o general francês Charles de Gaulle elegeu-a sua Champagne favorita e, em homenagem a ele, a casa produz a Cuvée Charles de Gaulle. •

Fotos: divulgação.

La Grande Sendrée R$ 455,00

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NA COZINHA

PAELLA

Saudar o começo de um novo ano ao estilo descontraído do verão, com parentes e amigos reunidos em volta da mesa, combina com pratos completos, de sabor e aroma bem marcantes. A paella é uma ótima pedida, mais ainda se feita com esmero e arte, a partir de uma receita de família e com todos os segredinhos capazes de torná-la inesquecível. Foi justamente a que preparou Luisa Zuniga, consultora de vinhos da Zahil. Seguiu cuidadosamente o que aprendeu com sua mãe catalã, seu pai madrilenho e seu avô, que preferia realizar essa receita espanhola ao ar livre, sobre uma fogueira improvisada.

Ingredientes:

(Para dez pessoas) 2 L. de água 1,5kg. de vôngole fresco, com as conchas 1/2 xícara de azeite 4 dentes de alho inteiros sal a gosto 15 camarões rosa frescos, inteiros 1kg. de sobrecoxa de frango sem pele nem osso, em cubos 1/2kg. de lombo suíno, em cubos 1kg. de lulas frescas e limpas, em rodelas

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1/2kg. de mexilhões pré-cozidos, com as conchas 4 tomates picados, sem as sementes 1 pimentão vermelho picado 1 pimentão amarelo picado 250g. de cenoura picada 250g. de vagem picada 2 colheres de sopa de colorau 1 colher de café de açafrão espanhol em pó (ou em pistilos) 3,5 xícaras de arroz

1/2 pimentão vermelho fatiado no sentido do comprimento (para decoração) 1/2 pimentão amarelo fatiado no sentido do comprimento (para decoração) limões galegos cortados, para temperar o prato pronto, individualmente Barbante culinário ou arame para amarrar o bouquet garni


Caldo de vôngole Antes de iniciar o preparo da paella, faça o caldo de vôngole. Coloque água para ferver, mergulhe os vôngoles frescos e cozinhe até que todos se abram. Descarte os que permanecem fechados. Coe o caldo e reserve por uns vinte minutos, até que os sedimentos existentes (areia) fiquem no fundo da vasilha. Ele será a base para o cozimento do arroz.

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NA COZINHA  Enquanto o caldo permanece no fogo, salgue as carnes separadamente, inclusive os camarões. O mexilhão, pré-cozido, pode ser mantido na geladeira até o momento de entrar na preparação (pouco antes do final).

 Junte os anéis e as patinhas de lula ao frango e lombo selados. A água que soltar deve ser mantida. 26


 Deixe o arroz, misturado aos outros ingredientes,  Frite ligeiramente os dentes de alho inteiros e,

depois,os camarões inteiros, de ambos os lados. O ponto: a coloração rosada. Uma vez obtida, retire os camarões do fogo e reserve.

 Acrescente 7 e 1/2 conchas do caldo de vôngole.

cozinhar cerca de 10 minutos, até que a água se reduza à metade.

 Acrescente o vôngole e corrija o nível da água para que se iguale ao anterior.

 Desligue o fogo, cubra a paejera com papel alumínio e deixe descansar por 15 minutos. 27 ZAHIL


NA COZINHA

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paella é um prato originário da região de Valência, na Espanha, na área de Albufeira, onde se plantava muito arroz e verduras. Reza a lenda que começou a ser preparada entre os séculos XV e XVI, pelos

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PAELLA

camponeses, com sobras de alimentos, entre carnes e legumes. É feita em uma grande frigideira, chamada de paejera, para acomodar seus diversos ingredientes, acrescentados em uma ordem que começa por selar as carnes e termina com a

colocação do arroz e os toques finais, para garantir a decoração. Por ser um prato que tem variedade de carnes, sabores e texturas, a diversidade também é encontrada na harmonização com vinhos

que podem ir desde espumantes até brancos encorpados e tintos leves. Mas não é só. Além deles, a paella também combina com uma frutada e colorida sangria que você poderá preparar seguindo a receita da página 45. Bom apetite!


VINHA GRANDE BRANCO

AQUITANIA ROSÉ

CÔTES DU RHÔNE ST. ESTÈVE D’UCHAUX

FINCA SAN MARTIN CRIANZA

Versão branca de um clássico do Douro, é de corpo médio, untoso, saboroso e marcado pelas frutas brancas e pela nota de baunilha da rápida passagem por barricas.

É um vinho saboroso e intenso, levemente encorpado, combinação de Cabernet Sauvignon temperada com Syrah. Perfeito para quem aprecia os perfumados.

As uvas Grenache (80% da composição) e Syrah (20%) criadas sob cultivo orgânico resultam em um vinho leve e frutado, com toques de especiarias e ervas aromática.

Vinho da região de Rioja, produzido a partir de lotes selecionados da variedade Tempranillo. Delicioso Crianza com envelhecimento prolongado.

CASA FERREIRINHA DOURO , PORTUGAL R$ 118,00

VIÑA AQUITANIA VALE DO MAIPO, CHILE R$ 53,00

SAINT ESTÈVE D’UCHAUX CÔTES DU RHÔNE, FRANÇA R$ 79,00

TORRE DE OÑA RIOJA , ESPANHA R$ 87,00

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EM TORNO DO VINHO

TRADIÇÃO NATALINA

Foto: divulgacão

Natal sem panetone não existe! O bolo foi criado em Milão (Itália), provavelmente no século XV. Conta a lenda que um jovem nobre da família Atellini se apaixonou pela filha de um padeiro chamado Toni e, para impressioná-lo, criou um pão-doce de frutas com o topo em forma de cúpula de igreja e o batizou de ‘Pan de Toni’.

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Tudo começa com uma mistura de fermento vivo com água e farinha, que descansa em temperatura ambiente entre seis e

nove horas. A partir daí, acrescentam-se óleos essenciais, açúcar (algumas receitas levam ovos) e frutas ou chocolate, e os ingredientes são misturados por cerca de meia hora. A etapa seguinte é dividir em porções individuais já nas suas formas para o crescimento final em estufa com temperatura média de 35°C e umidade de 75% pelo tempo de seis a 12 horas. Caso não seja utilizada uma estufa, o período de crescimento é, pelo menos, o dobro. Depois disso, os

bolos já se transformaram no clássico panetone e vão ao forno (temperatura entre 170º e 180º) por uma hora. Mais quatro horas de descanso, tempo necessário para resfriar completamente, e o panetone já pode ser embalado um a um, manual­ mente. É incrível pensar que essa delícia tão presente nas mesas dos brasileiros no final de ano tenha um preparo tão acurado. Aliás, o que não faltam são fãs do bolo por aqui. Em 2013, mais de 26 milhões

de toneladas de panetones foram comercializadas no mercado brasileiro, o que significa um consumo médio de três unidades de 500 gramas por domicílio. Por tudo isso, é fácil afirmar que pode haver Natal sem Papai Noel, mas não sem panetone! Afinal, anualmente, o brasileiro consome em torno de 105 milhões de unidades dessa delícia italiana.

Foto: divulgação Bauducco

S

eiscentos anos depois da sua criação, o panetone ainda é feito de forma quase artesanal, mesmo pelos grandes fabricantes do produto. Claro, cada um tem seu segredo de sucesso, mas o processo é sempre longo – leva de um a três dias – e baseado na fermentação natural, fundamental para garantir a maciez da massa.

Buscamos ótimas combina­ ções para você desfrutar do panetone de sua preferência neste final de ano.

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EM TORNO DO VINHO

PROCESSO QUASE ARTESANAL Nas quatro plantas da Bauducco, a primeira etapa da fabricação dos panetones é o crescimento do chamado fermento vivo.

O passo inicial é acrescentar água e farinha à massa madre.

Deixa-se descansar para, só então, levar a um misturador.

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Na sequência, são acrescidos todos os outros ingredientes.

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Líder de Mercado Para entender melhor o processo de produção, consultamos a Bauducco, a mais tradicional produtora de panetone no Brasil. É também a maior do mundo. Carlo Bauducco, fundador da empresa, foi o responsável por trazer a receita para o Brasil em 1948. Mais do que isso, na sua mala, estava a massa madre, cultivada, alimentada e conservada até hoje! Carro-chefe da empresa, o produto leva as marcas Bauducco, Visconti e Tommy (todas da Pandurata Alimentos) e conta com 62% de participação de mercado, o que faz com que a companhia fabrique 65 milhões de bolos por ano. E o Estado de São Paulo detém o recorde de maior consumo per capita do planeta, muito provavelmente pela ainda tão forte presença da colônia italiana. “Do Brasil saem pane­ tones para outros 50 países”, afirma Renata Del Claro, gerente de Marketing de Produtos Sazonais da empresa.

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04 O passo seguinte é a entrada na chamada linha de produção.


NIVOLE MOSCATO D’ASTI (375 ML) MICHELE CHIARLO PIEMONTE, ITÁLIA R$ 88,00

DON ABEL MOSCATEL

SANDEMAN TAWNY

DON ABEL SERRA GAÚCHA, BRASIL R$ 36,00

SANDEMAN PORTO, PORTUGAL R$ 98,00 Fotos: divulgação Bauducco

CALLIA AMABLE DULCE NATURAL BODEGAS CALLIA SAN JUAN, ARGENTINA R$ 31,00

05 A massa é dividida e colocada em formas individuais de papel.

06 Depois de mais uma fase de crescimento, leva-se ao forno.

07 E, finalmente, o bolo é embalado em sacos plásticos e caixas.

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DELÍRIOS GASTRONÔMICOS

CERVEJAS, VINHOS E UMA ÓTIMA CONVERSA.

Vinho e cerveja são duas bebidas deliciosamente diferentes, mas com muito em comum. Afinal, acompanham a humanidade desde seus primórdios! Se você gosta de vinho, olhe o que a cerveja tem para lhe oferecer. Se sua praia é cerveja, veja só como o vinho também pode lhe agradar em cheio.

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C

onvidamos especialistas de ambas para um animado bate-papo, regado a uma degustação alternando tipos diferentes das bebidas, aos pares (confira a sequência, no quadro “Estrelas da Degustação”). Pelo lado da cerveja, participaram Estácio Rodrigues, do Instituto Brasileiro da Cerveja; Norberto d’Oliveira, do bar especializado em cervejas Frangó; Eduardo Passarelli e André Clemente, ambos colunistas de cerveja da revista Prazeres da Mesa e sócios do bar também especializado em cervejas Aconchego Carioca. Experts e apreciadores de vinhos formaram o outro grupo, composto por Jorge Lucki, consultor de vinhos e colunista do jornal Valor Econômico; Marcel Miwa, especialista em vinhos e colunista do jornal O Estado de S. Paulo; Bernardo Silveira, diretor técnico da Zahil, e Bianca Veratti, coordenadora de comunicação da Zahil. O mediador da conversa foi o jornalista Ricardo Castilho, editor da Prazeres da Mesa. No universo dos bons bate-papos, cerveja e vinho podem render longas, divertidas e entusiasmadas conversas. Foi assim no encontro promovido pela Zahil em São Paulo, em setembro, para explorar as nuances que encantam os experts dos dois tipos de bebidas. Para garantir a surpresa, cada integrante do grupo apresentou aos demais uma bebida escolhida ora para surpreender ora para encantar ou confrontar sabores e aromas tão distintos quanto podem ser os de cervejas e vinhos. O encontro revelou que apurar o paladar

ao longo do tempo é o caminho mais seguro – e divertido – para curtir ótimos goles de cerveja e de vinho. “Estamos falando de dois mundos que são e estão muito próximos”, comentou Jorge Lucki, consultor e um dos maiores especialistas brasileiros em vinhos. Enófilos e cervejeiros descobriram mais afinidades do que distâncias. Consensos? Alguns. Vinho é mesmo a melhor companhia para refeições, já que é impossível não dar uma “estufadinha” com cerveja. Em compensação, os enófilos encontram grande prazer em uma boa cerveja compartilhada com amigos, como é o caso de Bernardo Silveira; com familiares, caso de Bianca Veratti; sempre com hambúrgueres, na mesa de Marcel Miwa; “nunca nas refeições”, para Jorge Lucki. Ricardo Castilho não deixou de lançar a pergunta que todo mundo quer fazer para um expert em cerveja de primeira linha: “Cerveja com ou sem colarinho”? Com, ensinou Clemente, mas para ser bebido rapidamente porque oxida mais rapidamente do que o líquido. “Sobrou cerveja na garrafa, dá para guardar para o dia seguinte?”, perguntou Bernardo. “Sobrou cerveja joga na panela para fazer molho. Mas cervejeiro nunca deixa sobrar...”, brincou Clemente. Entre um gole e outro, as semelhanças foram ficando cada vez mais evidentes, ao contrário do que o senso comum imagina. Enófilos e cervejeiros se irmanam em um claro sentido: o refinamento contínuo. Quanto mais se conhece uma bebida, mais se anseia e procura a melhor.

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DELÍRIOS GASTRONÔMICOS

Estrelas da Degustação Pedimos aos convidados que escolhessem a bebida do “outro time” que mais gostaram durante o encontro. Veja o resultado. CERVEJAS ESTRELLA INEDIT, ESPANHA

Vinho e cerveja podem conviver muito bem em uma ceia de Natal. Marcel Miwa

CORSENDONK AGNUS TRIPEL ALE – BÉLGICA

A escolha de Marcel Miwa RODENBACH GRAND CRU, BÉLGICA

A escolha de Bianca Veratti ARMAND’4 OUDE GEUZE LENTE, BÉLGICA

A escolha de Bernardo Silveira ST. BERNARDUS ABT 12 BÉLGICA

A escolha de Jorge Lucki

Quando bebo vinho, bebo vinho. Fecho uma porta, a da cerveja, e abro outra. André Clemente

Abro um vinho em casa, sossegado, descansando. Norberto d’Oliveira, para quebrar a rotina da vida cercada de cervejas e inesquecíveis petiscos do Fangó.

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HOPPING FROG BARREL AGED B.O.R.I.S. OATMEAL IMPERIAL STOUT - EUA

VINHOS DOMAINE LA HAUTE FÉVRIE MUSCADET DE SÈVRE-ET-MAINE SUR LIE

R$ 75,00

DON ABEL BRUT

R$ 39,00

INOCENTE JEREZ FINO

R$ 138,00

Escolha de Estácio Rodrigues VIÑA ARDANZA RIOJA RESERVA

R$ 275,00

Escolha de de Norberto D´Oliveira DOMAINE HENRI GOUGES, NUITS SAINT GEORGES

R$ 315,00

Escolha de André Clemente e Eduardo Passarelli


PALADAR MAIS APURADO Pela ordem, a partir da esquerda, estão Bernardo, Lucki, Miwa, Bianca, Castilho, Clemente, Norberto, Fernando e Estácio, na degustação promovida pela Zahil em São Paulo. Esse time de paladar apurado conversou ao longo de três horas sobre

os novos caminhos que a cerveja trilha no Brasil e nos Estados Unidos, mercados onde o domínio das pilsen é acentuado. O paladar do brasileiro está mudando e um novo caminho vem se abrindo para as cervejas gourmet.

Para vários dos presentes, a cerveja vem seguindo os passos do vinho no mercado nacional, onde os consumidores passaram, nos últimos anos, a se interessar por mais informações, a se arriscar mais na compra de rótulos menos conhecidos.

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A GENTE GOSTA A GENTE RECOMENDA

Convocamos um time de craques para ajudar você a ter ótimas – e variadas opções – para o período de festas de final de ano e férias de verão. Experimente as recomendações da equipe da Zahil no Brasil. Você vai encontrar vinhos leves, encorpados e fortificados e, claro, aquele champanhe que não pode faltar para brindar a chegada de um novo ano.

Neste ano, meus eleitos são o Château des Laurets 2010, pela tipicidade, frescor, equilíbrio e elegância; e o ‘G’ de Guiraud 2009, um branco que passa despercebido por ser de Bordeaux, mas que tem força com boa acidez e amplidão na boca.

CHÂTEAU DES LAURETS PUISSEGUIN ST. ÉMILION CIE. VINICOLE EDMOND DE ROTHSCHILD BORDEAUX, FRANÇA R$ 179,00

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“G” DE GUIRAUD CHÂTEAU GUIRAUD SAUTERNES, FRANÇA R$ 178,00


Um dos vinhos que eu mais gosto é o Nuits Saint Georges do Henri Gouges. Sou apaixonada pela elegância da Borgonha e pelas diferentes nuances que a Pinot Noir mostra quando vem de lá. A acidez gostosa, força, volume e profundidade somados à fruta e às notas terrosas que o Gouges tem resultam em um vinho complexo, que enche a boca, cheio de diferenciais e super gastronômico! NUITS SAINT GEORGES HENRI GOUGES BORGONHA, FRANÇA R$ 315,00

CHIANTI CLASSICO POGGIO SCALETTE, TOSCANA, ITÁLIA R$ 156,00 QUINTA DA LEDA CASA FERREIRINHA DOURO, PORTUGAL R$ 342,00

Gosto muito do Chianti Classico porque ele tem o poder de me impressionar sempre! E em qualquer ocasião...seja acompanhando uma refeição, seja bebericando com a família. Para mim, é um vinho completo, aquele que sempre queremos mais! Sempre pede mais um gole... Bem estruturado e com uma acidez deliciosa, ele me fascina.

Embora o universo de vinhos que gosto seja realmente abrangente, e no portfólio da Zahil não faltem vinhos maravilhosos, dos mais simples aos grandes vinhos, há um em especial que mexe com as minhas emoções: o Quinta da Leda! É o meu vinho de preferência, que me remete às minhas raízes, às datas felizes, aos bons momentos. É o vinho que faz com que uma simples taça torne qualquer hora especial.

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A GENTE GOSTA A GENTE RECOMENDA

Este ano, fui gratamente surpreendida pelos fortificados. Os que mais me marcaram foram o H&H Verdelho pela sua complexidade, acidez vibrante e refinamento, e o Sandeman LBV 2009, pela intensidade de sabores que vão evoluir maravilhosamente com o tempo.

10 YEARS VERDELHO (500 ML) HENRIQUES & HENRIQUES MADEIRA, PORTUGAL R$ 223,00 SANDEMAN LBV SANDEMAN PORTO, PORTUGAL R$ 187,00 Um vinho que me marcou foi o Barbera d’Asti Le Orme. Michele Chiarlo foi o primeiro produtor a visitar a Zahil Santos, a degustação comandada por ele foi um sucesso, conquistou a todos com sua elegância e seus vinhos – em especial o Le Orme, apontado por todos como melhor custo-benefício. Desde então, é um vinho que sempre revisito, pela sua qualidade e por ter marcado aquele momento. Santos é uma cidade quente e o Le Orme tem um frescor ideal para nosso clima, vinho que marca pela sua elegância. Murilo Rodrigues Proprietário Zahil Santos

“LE ORME” BARBERA D’ASTI MICHELE CHIARLO PIEMONTE , ITÁLIA R$ 89,00

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Eu tenho preferência por vinhos brancos e o Blanc Fumé de Pouilly é uma grata surpresa do Loire. É um vinho muito elegante, que encanta pelo seu toque defumado. Sempre que recomendei, meus clientes aprovaram!

Adoro champagne Drappier, por ser muito festivo, e porque posso tomar a qualquer momento: como entrada em jantares com carne, para acompanhar toda refeição com peixes... e porque é maravilhoso!

Christine Pilon Loja Zahil São Paulo

Teresa Miyamoto Comercial São Paulo, SP

BLANC FUMÉ DE POUILLY DOMAINE DU PETIT SOUMARD LOIRE, FRANÇA R$ 167,00

DRAPPIER CARTE D’OR MAISON DRAPPIER, CHAMPAGNE, FRANÇA R$ 265,00

A melhor surpresa do ano pra mim foi a receptividade que o Lupi branco teve no Brasil. Os novos vinhos da Valle Reale (de fermentação natural, frescos, perfumados, de acidez vibrante) me encantam, mas os Lupi são grandes compras pelo preço, e o Trebbiano sai completamente do habitual dessa variedade, fazendo um vinho interessante e agradável. LUPI REALI TREBBIANO D’ABRUZZO VALLE REALE ABRUZZO, ITÁLIA R$ 56,00

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DESTILADOS

VAMOS CELEBRAR! Final de ano é uma época maravilhosa! É quando a gente revê amigos e reúne a família para comemorar... Que tal, então, surpreender seus convidados servindo, antes do vinho que acompanha a refeição, coquetéis especiais?

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o tradicional Dry Martini às modernas misturas enfumaçadas, a coquetelaria está sempre se reinventando. Tem origem provavelmente na Idade Média. Naquela época, durante as festas de Natal, era um costume misturar sucos e frutas secas aos destilados e vinhos. Populares mesmo os coquetéis ficaram nas décadas de 20 e 30 do século passado, durante a Lei Seca imposta pelas autoridades nos Estados Unidos.

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Foto: divulgação.

Misturar bebidas era um meio de amenizar o terrível gosto daquelas fabricadas ilegalmente em fundos de quintal e também uma maneira disfarçada de beber

sem chamar a atenção das autoridades. Assim nasceu, por exemplo, o Bloody Mary. Além de ingredientes, métodos e conceitos, os coquetéis também são resultado de fatores culturais, como costumes, clima e até modismos. Portanto, mesmo com total influência europeia e norte-americana, temos uma escola brasileira de coquetelaria. Isso vale, claro, para a caipirinha, mas também para outros drinques que combinam demais com o clima do nosso País. Pensando nisso, escolhemos algumas receitas para você arrasar na hora de receber nas festas de final de ano!


Holy Summer com Grappa Cleopatra Amarone

Duas partes de grappa Cleopatra Amarone Quatro partes de suco de laranja fresco Uma parte de licor anisado de sua preferĂŞncia

Combine os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e bata. Transfira para um copo filtrando o gelo e decore com uma casca ou rodela de limĂŁo.

Grappa Poli Cleopatra Amarone. Produto em prÊ-venda. Faça jå sua reserva!

Dry Martini com Gin The London N°1

Bloody Mary com Vodka Druide

Duas doses de gin

Duas partes de Druide Mystical Vodka

Um lance de vermute branco seco

Quatro partes de suco de tomate

Guarnição de sua preferência

Uma parte de suco de limĂŁo fresco

Um lance de molho Worcestershire Molho de pimenta e pimenta preta moĂ­da a gosto

Adicione o gin e o vermute a uma coqueteleira com bastante gelo e misture com vigor. Transfira sem o gelo para o copo jĂĄ gelado. Adicione uma azeitona, cebola em conserva ou uma tira de casca de fruta cĂ­trica, conforme sua preferĂŞncia. Se quiser, altere a proporção: quanto mais vermute, mais doce, ou “wetâ€? (molhado); quanto menos, mais seco, ou “dryâ€?.

The London No. 1 Gin Londres, Inglaterra R$ 218,00

Druide Mystical Vodka Inglaterra R$ 218,00

Adicione os ingredientes na ordem em um copo com gelo, temperando com molho picante de sua preferĂŞncia e pimenta moĂ­da conforme o seu paladar. Decore com um talo de salsĂŁo ou bastonetes de cenoura e pepino.

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Black Russian com Vodka Druide

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Sidecar com Adonis com Cognac Drouet VSOP Jerez Fino Real Tesoro

Duas partes de Druide Mystical Vodka

Uma parte de licor de cafĂŠ

Uma parte de Cognac Drouet VSOP Uma parte combinada meio-a-meio entre suco de limĂŁo fresco e licor de laranja de sua preferĂŞncia

Uma parte de Fino Real Tesoro Uma parte de vermute tinto doce de sua preferĂŞncia Um lance de bitter de sua preferĂŞncia

Adicione os ingredientes na ordem em um copo com gelo e misture, decorando com grĂŁos de cafĂŠ. Para transformar esse coquetel no renomado White Russian, adicione uma parte de creme de leite fresco antes de misturar e uma raspadinha de noz moscada ao final.

Combine os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e misture ou bata, como preferir. Transfira para um copo filtrando o gelo e decore com casca de laranja.

Combine os ingredientes em uma coqueteleira com gelo e misture. Transfira para um copo filtrando o gelo e decore com casca de laranja ou um ramo de uma erva de cozinha de sua preferĂŞncia.

Druide Mystical Vodka Inglaterra R$ 218,00

Cognac Drouet VSOP Cognac, França R$ 265,00

Real Tesoro Jerez Fino Jerez, Espanha R$ 65,00


Mimosa com Callia Extra Brut

Champagne ou espumante da sua preferência bem gelado, como o Callia Extra Brut (veja a promoção na pågina 50)

Sangria com Callia Alta Shiraz

Suco de laranja fresco e bem gelado

Preencha um terço da taça com suco de laranja e complete com o espumante.

Callia Extra Brut San Juan, Argentina Veja promoção na pågina 50.

Uma garrafa de vinho tinto leve e frutado, de boa qualidade, como o Callia Alta Shiraz Uma laranja e uma maçã cortadas em meias fatias. Duas doses de licor de laranja e duas de licor de cassis de sua preferência.

Adicione todos os ingredientes a uma jarra de 1,5 L com bastante gelo e misture bem. Deixe descansar em geladeira por algumas horas antes de servir.

Callia Alta Shiraz San Juan, Argentina R$ 31,00

Kir com Callia Alta TorrontĂŠs

Uma garrafa de vinho branco leve e frutado, de boa qualidade, como o Callia Alta TorrontĂŠs Licor de cassis de sua preferĂŞncia

Adicione pouco licor de cassis à taça e complete com o vinho branco jå gelado. Descubra o ponto de equilíbrio para obter a cor e sabor ideais para seu gosto, corrigindo o licor com cuidado.

Callia Alta TorrontĂŠs San Juan, Argentina R$ 31,00

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ARTIGO

O despertar do dragão vermelho Bianca Veratti

Quando comecei a fazer o Diploma, o curso de especialização em vinhos da Wine and Spirit Education Trust, no início deste ano, não esperava que a Ásia fosse se tornar um dos assuntos do meu estudo, mas foi exatamente o que aconteceu: a China foi o tema de uma das minhas provas e tive que sair atrás de dados sobre esse país tão poderoso e desconhecido. Uma das primeiras informações que recebi de profissionais que atuam naquele mercado é que o vinho era comumente comprado para presentear altos funcionários do governo ou para estreitar relações corporativas. O presente, na cultura asiática, mais do que um simples gesto de respeito e amizade, pode adquirir um sentido especial dependendo do que e da quantidade em que é dado. Dar um presente que remeta a números auspiciosos como o três (que indica vida), oito (prosperidade) ou nove (eternidade) faz com que o ato adquira outra dimensão. O mesmo ocorre com o objeto em si: nunca se deve dar um relógio, pois a palavra “relógio” em chinês remete à morte; nem uma faca, cujo significado seria o corte da relação. Voltando ao vinho, ele somente começou a ganhar espaço na cultura chinesa após a abertura do país ao mercado internacional. Os chineses, surpresos em descobrir os hábitos de outras nações, viram no vinho um símbolo do estilo de vida ocidental que muitos deles ambicionavam depois de anos dentro de um regime fechado e autoritário. Dar uma garrafa de vinho é como brindar à saúde do presenteado, mas o mais interessante é que eles conseguiram passar por cima do simples ato de

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presentear para se tornar grandes consumidores e, hoje, a China é o quinto país do mundo no consumo de vinho! Se pensarmos puramente no simbolismo do vinho, na cultura ocidental, o seu princípio fundamental é de ser uma bebida para ser partilhada, de preferência, ao redor da mesa. Ela transforma uma simples refeição em festa e talvez seja isso que encante os chineses: a possibilidade de usar essa bebida para agradecer pelos amigos, pela família e pelo alimento que estão comendo. O presente sofisticado que era dado ao outro se torna um presente que compartilhamos no dia-a-dia. Podemos ainda tentar traçar um paralelo entre a China e o Brasil. Percebemos que, apesar do nosso país ter um contato mais estreito com o vinho, esse ainda é visto como uma bebida com a mesma sofisticação dos presentes chineses. Também nós costumamos dar vinho de presente, mas ao contrário, bebemos pouco. O custo, de fato, é um limitador para boa parte da população. Por outro lado, vemos o desenvolvimento do paladar do brasileiro com a gastronomia e o desejo de provar algo novo. Nós, como os chineses, adoramos descobrir as últimas tendências e essa novidade pode estar no vinho: na sua diversidade de estilos, de uvas, de origens e até de preços! Por que nós não podemos, então, nos tornar uma nação tão poderosa no mundo do vinho como os chineses? Bianca Veratti é formada em Hotelaria e, desde 2011, faz parte da equipe da Zahil. Com certificação de Sommelier Profissional pela Associazione Italiana Sommelier, atualmente, é estudante do Diploma, curso de especialização do Wine & Spirits Education Trust em Londres.


PROMOÇÕES O fim de ano é sempre repleto de festas e encontros e, para deixar cada uma dessas ocasiões ainda melhor, selecionamos seis promoções irresistíveis. Portugal está presente com vinhos da Casa Ferreirinha, sempre referência em qualidade, e da Herdade do Peso, que se destaca pela sua intensidade e frescor. Do Chile, escolhemos o Vieilles Vignes, um vinho que mostra a complexidade que as vinhas velhas podem trazer para as taças, e o espumante Callia Extra Brut garantirá festas a um preço imbatível.

CHÂTEAU LOS BOLDOS Cachapoal, Chile

O renovado Château Los Boldos usa varietais nobres para a linha ultrapremium Vieilles Vignes. Sua produção, na região andina de Chapoal, é baseada na cuidadosa seleção de uvas extraídas das mais antigas plantações desse vinhedo, que datam de 1936. As Merlot, que compõem 100% desse vinho, datam de 1959. Depois de 12 meses em carvalho francês, o resultado é um vinho elegante, complexo e balanceado.

DE

125,00 POR

100

Foto: divulgação.

Vieilles Vignes Merlot

,00

47 ZAHIL


PROMOÇÕES

CASA FERREIRINHA Douro, Portugal

Esteva é aquele rótulo para você ter sempre na adega e abrir em situações corriqueiras, que pedem um vinho jovem, rico em aromas de frutas e toques florais e de muito fácil harmonização. O mesmo produtor nos apresenta um clássico do Douro, de sabor intenso e caráter bem marcado. Degustar o Vinha Grande, produzido a partir dos melhores lotes colhidos pela Casa Ferreirinha, é sempre uma oportunidade para entender toda a riqueza e qualidade do Douro, região demarcada há mais de 250 anos, uma das mais antigas da história do vinho.

DE

62,00

49

POR

,60

Esteva

DE

POR Vinha Grande 118,00 ,40

94

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HERDADE DO PESO Alentejo, Portugal

O Alentejo é a região vinícola de Portugal com as maiores taxas de crescimento. Levemente encorpado, Vinha do Monte, concebido em 1991, é um clássico da região na categoria de vinhos mais acessíveis, com notas características das terras alentejanas.

Da mesma vinícola, para quem gosta de rótulos mais encorpados, vale saborear o Colheita. É produzido apenas com uvas perfeitamente maduras, de sabor vivo, que dão volume e complexidade ao vinho. Os meses de amadurecimento em carvalho tratam de afinar o vinho e polir seus taninos.

Vinha do Monte 59,00 DE

POR

47

,20

Herdade do Peso Colheita 108,00

DE

POR

86,40

49 ZAHIL


PROMOÇÕES

CALLIA EXTRA BRUT Bodegas Callia San Juan, Argentina

Espumante que combina Chardonnay e Pinot Gris, de corpo leve, adapta-se muito bem a ocasiões diversas. Vai bem na composição de drinques variados, como os que recomendamos na página 45. À beira mar, na piscina, ou nas refeições típicas de verão, acompanha petiscos e refeições leves. Nas celebrações de final de ano, encanta pelo aroma perfumado. É comprar, abrir e aproveitar!

45,00

cada garrafa

50


A CADA COMPRA DE R$ 350,00 VOCÊ GANHA UMA GARRAFA DE CALLIA * EXTRA BRUT. *A cada R$ 350,00 por compra você ganha um Callia Extra Brut (750 ml.). Oferta válida de 15 de Novembro a 24 de Dezembro de 2014 ou término do estoque. Válido somente para compras feitas na loja Zahil da cidade de São Paulo, localizada na Rua Manoel Guedes, 294 ou através do telefone (11) 3071-2900.

51 ZAHIL


Loja São Paulo R. Manoel Guedes, 294 São Paulo - SP www.zahil.com.br (11) 3071.2900

Aprecie com Moderação. Venda proibida para menores de 18 anos. Se for beber, não dirija. Preços sujeitos a alteração sem aviso prévio. Consulte-nos sobre as safras disponíveis. Ofertas válidas de 15 de Novembro a 24 de Dezembro de 2014 ou término do estoque. Todas as garrafas contêm 750 ml., exceto quando indicado o contrário. Imagens meramente ilustrativas.

SE FOR BEBER, NÃO DIRIJA


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