revista oficial
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#11 • aNO 3 MarçO DE 2011 • R$
avaiano: O ídolo Marquinhos Santos abre o coração em entrevista exclusiva e garante: “só vou embora quando o Avaí não me quiser mais”
O anjo
loiro voltou
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Silas: O treinador volta para casa e declara todo seu amor pelo Avaí
Avaí, campeão sul-americano Sub-20: jovem goleiro Aleks garante espaço na seleção brasileira e mira as Olimpíadas de 2012
Campeonato Catarinense: O foco agora é no returno
Sérgio da Costa Ramos Amilcar Neves Tércio da Gama Jacque Silva Adílson Heleno Jacaré O fanático Copa do Brasil Conselho Deliberativo Avaianos de berço Avaianos pelo Mundo
...E MAIS Leoa Avaiana – resultado do concurso que escolheu a mais bela de 2010
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revista oficial AVAร F.C.
marรงo 2011
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Com a palavra...
vamos ao tri O
Campeonato Catarinense de 2011 é de suma importância para a história do Clube que busca novamente a conquista de um tricampeonato, fato este que não se repete desde a década de 40. Nos anos 20, obtivemos o tri de 1926 a 1928, fato repetido de 1942 a 1944. Porém, em 1945, o time conquistava o tetracampeonato, ampliando, assim, a sequência de glórias. A hegemonia do futebol catarinense nos últimos dois anos mostra que estamos preparados para qualquer tipo de desafio, afinal, com o apoio desta grandiosa torcida, temos reais condições de projetar o título. No primeiro turno deste ano, repetimos a mesma estratégia de 2010, dando espaço ao time sub-23 nas duas primeiras rodadas. Os resultados foram aquém da expectativa, mas o planejamento executado junto ao grupo principal de atletas irá trazer bons frutos ao longo do returno. A chegada de Silas para a continuidade do campeonato Catarinense foi um tiro certo para retomar o rumo das conquistas. Embora seja preciso reconhecer o belo trabalho realizado pelo técnico Vagner Benazzi, que muito nos ajudou na permanência do Avaí na elite do futebol brasileiro e nos cinco jogos finais do turno do estadual 2011. Silas volta ao Clube que o projetou para o cenário nacional com o status de ter levado o Avaí à série A em 2008, de ter quebrado um tabu de 12 anos sem título regional em 2009 e de ter feito a maior campanha de Santa Catarina na história do campeonato Brasileiro, ficando em sexto lugar também em 2009. Com o aval da diretoria, o treinador foca na conquista do returno e na obtenção da vantagem para decidir a competição na Ressacada. Para 2011 ser um ano de crescimento, desenvolvimento, expansão e glórias, o Clube trouxe de volta o ídolo maior da nova geração: Marquinhos Santos. O nosso grande camisa dez tem a responsabilidade de comandar este grupo e junto com ele buscar o tricampeonato, além de projetar o histórico título da Copa do Brasil. Em 2010, no Santos, Marquinhos conquistou no primeiro semestre justamente essas
duas competições e tem ciência de que a união da equipe é peça chave para o alcance dos resultados. Em 2011, o Clube volta as atenções também para novas convocações à seleção brasileira. Que o digam os goleiros Vítor, Renan e Aleks, convocados em 2010 para as seleções sub-15, principal e sub-20 respectivamente. O último orgulhou a nação avaiana vestindo a camisa da seleção durante o Campeonato Sul-Americano Sub-20 realizado nos meses de janeiro e fevereiro deste ano no Peru. Aleks é candidato ao mundial da categoria no segundo semestre na Colômbia e à equipe que vai para as Olimpíadas de Londres em 2012. Com muito trabalho e humildade, temos a certeza de que o Clube poderá projetá-lo novamente para essas competições de peso. Por fim, destacamos a importância do torcedor. É ele quem faz a diferença, quem canta e vibra nas arquibancadas. O Avaí é grande por causa da sua torcida, aquela que ganhou o número 12 em 2007 em uma união de forças para salvar o time. Portanto, jogue junto, vista o azul e branco e participe dos jogos na Ressacada. Que venham os adversários, aqui eles conhecerão o Leão da Ilha, com seu rugido firme e forte, mostrando porque o nosso amor é azul.
João nilson zunino
Presidente do Avaí f.c.
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editorial
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Ainda estamos na luta.
O tri será nosso!
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ode parecer otimismo desenfreado de um torcedor esperançoso, mas o Avaí Futebol Clube continua como franco favorito ao título estadual de 2011. Mesmo não fazendo um bom 1º turno – terminou na 8ª colocação – o Leão da Ilha, por vários motivos, ainda aparece como protagonista na disputa do Catarinense deste ano. Não acredita, então vamos aos fatos. Apesar das quatro derrotas nas quatro primeiras rodadas da competição, o time reagiu e permaneceu invicto nas últimas cinco partidas. Foram três vitórias e dois empates. Se formos levar em conta a pontuação final, ficamos a míseros dois pontos da zona de classificação para as finais do turno. Um desempenho acima da média. Se você não confia plenamente em números, pode-se registrar o fato de termos apresentado, em campo, um futebol de bom nível nas últimas rodadas. Soma-se a isto, o retorno do técnico Silas e a classificação antecipada na Copa do Brasil, que deu moral e entusiasmo ao grupo de jogadores. É importante destacar que o plantel avaiano está trabalhando intensamente nas últimas semanas visando, em caráter prioritário, a conquista do 2º turno. Além do aprimoramento das partes técnica e física, este período foi fundamental para a recuperação e condicionamento de importantes atletas, como George Lucas e Marcinho Guerreiro. Para finalizar: o Leão da Ilha inicia a segunda etapa da competição com espírito renovado e ânimo reoxigenado. Muito diferente de algumas equipes que disputaram as finais da competição e ficaram pelo caminho. Destaque àquelas equipes tidas como favoritas que sucumbiram de forma acachapante em seus próprios domínios. Com todos estes argumentos, podemos, sem dúvida, confiar que o tricampeonato estadual será nosso!
Ano novo, Revista nova
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Revista Oficial do Avaí F.C. chega a sua 11ª edição de cara nova, com imagem mais moderna e de fácil visualização e leitura. Buscamos, nos últimos meses, estudar as principais tendências de diagramação mundial até chegar à revista que, agora, está em suas mãos, torcedor avaiano! Apesar de apresentarmos significativas alterações no corpo gráfico do material – inclusive no logotipo -, continuamos focados em nosso estilo de apresentar o dia-a-dia do Clube, através das grandes reportagens e de excelente material fotográfico. Em suma, jornalismo de qualidade direcionado à história passada e atual do Leão da Ilha. Esta essência, com certeza, continuará permeando nossa equipe de produção. E para marcar este início de nova era para a Revista, resolvemos fugir um pouco do senso comum e apresentamos, nesta edição, duas capas; uma sobre o retorno do ídolo Marquinhos Santos e outra com a jovem revelação Aleks, campeão Sul-americano sub-20 com a Seleção Brasileira de Futebol. Vocês vão concordar: era muita glória para apenas uma capa, não era? Teremos, também, nesta edição, matéria especial sobre o 1º turno do catarinense – já discutido ao lado-, as novidades no elenco, a bela estreia na Copa do Brasil, o retorno do técnico Silas e as sempre marcantes participações de Sérgio da Costa Ramos e Amilcar Neves. Ainda, você encontrará em nossas páginas reportagens com Adílson Heleno, Jacaré, Tércio da Gama e Jacqueline Silva, além das seções Elite Azul e Branca, Avaianos pelo Mundo, Avaianos de Berço, Leoa Avaiana e muito mais! Torcedor avaiano, esperamos que a Revista Oficial do Avaí F.C. atenda inteiramente as suas expectativas. Ela é feita com muito carinho, dedicação e, acima de tudo, profissionalismo e ética, visando sempre divulgar a história e a potencialidade de nosso Leão da Ilha. E estamos à disposição para sugestões e críticas através do e-mail revistadoavai@avai.com.br. Participe, interaja. A sua participação é de fundamental importância. Boa leitura!
Os editores
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março 2011
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Avaí Futebol Clube
CONTEÚDO DA edição...
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Fundado em 1 de setembro de 1923
EXPEDIENTE Diretoria Executiva
Gerência de Recursos Humanos Ana Paula Laurentino
Presidente João Nilson Zunino Vice-Presidente Nilton Macedo Machado Planejamento Enio Gomes
Gerência de Logística e Infraestrutura Cláudio Vicente (interino)
Superintendência de Negócios Nerto Laudelino Machado
Coordenação de Infraestrutura Cláudio Vicente (interino)
(interino)
Coordenação de Suprimentos Carlos César Souza
Gestão e Finanças Nerto Laudelino Machado Projetos de Engenharia e Arquitetura David Ferreira Lima Patrimônio e Manutenção Odilon Furtado Ação Social, Comun. e de Filantropia Nesi Brina Furlani
Assessorias Especiais Procuradoria Jurídica Tullo Cavallazzi Filho Projetos Especiais Amaro Lúcio da Silva
Secretaria Lúcia Dziedicz
Coordenação de Serviços Gerais Adenir Pedro da Silva Coord. de Log. de Jogos e de Eventos Carlos Eduardo Bonatelli
Gerência de Marketing Sidnei Luiz Speckart Coordenação de Comunicação Vandrei Bion Coordenação de Licenciamento Otília Pagani
Coordenação da Qualidade Ani Souza
Coordenação de Comercialização Carlos Eduardo de Almeida Ramoa
Assessoria Jurídica Dr. Sandro Barreto Dr. Tiago Queiroz
Coordenação de Relacionamento com Sócios Cláudio Vicente (interino)
Assessoria de Projetos David Ferreira Lima Scheyla Vanderlinde
Coordenação de Eventos Sidnei Luiz Speckart (interino)
Conselho Deliberativo
Secretaria Geral Andréia Cristina Seemann Borges
Presidente Alexandre Espíndola
Superintendência de Esportes Luciano Corrêa
Vice-presidente Fábio Botelho
Gerência de Futebol Mauro Galvão
Primeiro secretário Edmundo Simone Neto
Superintendências
Coordenação de Futebol Fábio Araújo
Segundo-secretário Alessandro Abreu
Superintendência Executiva Nerto Laudelino Machado
Coordenação de Saúde Desportiva Dr. Luiz Fernando Funchal
Superintendência de Administração Cláudio Vicente
Coordenação de Esportes Olímpicos Badeko
Gerência Financeira e Contábil Maria de Lourdes da Silva
Assessoria de Imprensa Alceu Atherino Neves Gastão Dubois
Controladoria Interna Francisco José Battistotti Qualidade Terezinha Gartner Relações Internacionais Misaki Tsuruta
Coordenação de Contratos Maria de Lourdes da Silva (interino)
Técnico de Futebol Silas Pereira
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Conselho Fiscal Presidente Valdir João Marques Membros Claudio da Silva Glauco Augusto Vieira Flávio Cruz Henrique Philippi da Luz Rafael Sarda
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Nº 11 — MARÇO 2011 — ANO 3
revistadoavai@avai.com.br Jornalistas responsáveis Nikolas Stefanovich
Foto da capa Rubens Flôres
SC/JP 2122
Foto da contra-capa CBF
Alceu Atherino Neves SC/JP 3245
Editor-chefe Nikolas Stefanovich Editores executivos Alceu Atherino Neves Luciana Pons Editor de arte Isaias Pinto Editor de fotografia Rubens Flôres
Colaboradores Alceu Atherino Neves Alexandrino Barreto Amilcar Neves Edmundo Simone Neto Frederico Tadeu Jamira Furlani Luciana Pons Mausé Manoel Bento Rogério Cavallazzi Sérgio da Costa Ramos
Vandrei Bion Repórteres Celso Martins Carla Cavalheiro Róbinson Gambôa Planejamento gráfico Isaias Pinto Revisão Ana Maria Bessa Colaboraram com fotos Avaí Futebol Clube Carla Cavalheiro Geremia Photography Impressão Coan Indústria Gráfica
A Revista do Avaí é uma edição bimestral. Todos os direitos são reservados. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer artigo ou imagem desta obra sem a autorização por escrito dos editores. A Revista do Avaí não se responsabiliza pelo conteúdo das colunas assinadas e dos anúncios publicitários. Todo conteúdo voltado a publicação na revista do avaí deve ser enviado devidamente identificado.
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Seção cartas
Olá editores da Revista do Avaí!
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primeiro turno do catarinense As expectativas do Avaí para a segunda fase o coração avaiano de tércio da gama A dor de cabeça da mãe e a paixão do filho
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Sou colecionador da revista do Avaí e, infelizmente, perdi a edição nº 9. Já procurei nas lojas do Avaí e não a encontrei. Onde posso comprá-la? Aproveitando, gostaria de informar que acompanho a história do Leão desde 1988, tendo anotados todos os jogos, com datas, locais, resultados e artilheiros, além de pôsteres e outras curiosidades. Se desejarem alguma matéria, estou à disposição.
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Erio Lemonje Kobrasol - São José, SC
NOTA DO EDITOR: Erio, em breve estaremos realizando uma ação de vendas especial com as dez primeiras edições da Revista. Para aqueles que perderam algum número, será a oportunidade de completar a coleção. Aguarde mais informações através do site oficial do Avaí F.C. (www.avai.com.br).
marquinhos santos O Anjo Loiro está de volta à Ressacada manezinha, avaiana e série a Jacqueline Silva retorna à elite do surfe mundial
caros editores!
e mais...
Equipe técnica aproxima categorias Jacaré, por onde anda o atacante
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Gostaria de colocar esta foto na Revista do Avaí. Ela foi tirada na véspera do clássico. Na ocasião vencemos a promoção realizada pelo TVCOM Esporte. Nela, estão vó Dina, Silvana, Júlia, Suzana, Maykon, João Vitor, Zilá, Ana Claudia, Eduardo, Daiane, Luiz Gustavo, Godofredo e Sérgio.
Silas reassume o comando do Avaí Ademir Agenor, avaiano à flor da pele Adílson Heleno, como cativar uma torcida
João Vitor Por e-mail
Seções e colunas
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Cartas....................................... 7 Sérgio da Costa Ramos.......... 10 Súmulas Estadual 2011.......... 18 Crônica Amilcar Neves........... 36 Coluna Elite Azul e Branca..... 48 Aconteceu no Avaí................... 52 Leoa Avaiana........................... 59 Avaianos de Berço................... 62 Avaianos Pelo Mundo............. 63 Shopping Avaiano.................... 64 Humor Azul.............................. 66
Divulgação/Avaí F.C.
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Aleks, um gigante embaixo das traves
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flagrante eternizado
Dois gigantes da raça avaiana
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m é ídolo, retornou ao clube no Natal de 2010 e já está na história como um dos grandes do Leão. O outro, apesar de já ter vestido a camisa “do outro lado”, conquistou, em poucos jogos, os corações dos avaianos com muita garra, determinação e gols. Em comum, técnica apurada, vibração à flor da pele, aquela tradicional raça avaiana e o sangue azul correndo nas veias. Marquinhos Santos e Rafael Coelho. Os adversários que se preparem: esta dupla (um de Biguaçu e outro da praia de Ponta das Canas) promete fazer história na Ressacada. E já começaram!
Onde: Estádio da Ressacada Data: 2 de fevereiro de 2011 Hora: 22h Foto: Rubens Flôres/AVAÍ F.C. Jogo: Avaí 2x1 Joinville Gols do Avaí: Rafael Coelho e Marquinhos Santos
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coluna
sérgio da costa ramos
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A Copa e O Brasileirão, desafios da altura do Leão
As cinco Tarefas de
marquinhos santos no Clássico: superioridade absoluta do Leão da Ilha
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consenso geral, mesmo entre aqueles que escolhem as paixões erradas, que o elenco do Avaí neste ano de 2011 é um dos melhores desta primeira década do milênio. Até mesmo o mais apaixonado avaiano – e as paixões azuis são sempre superlativas – reconhece que a administração do futebol profissional (leia-se o presidente João Nilson Zunino e o superintendente Mauro Galvão) contratou bem. Mas como nada é perfeito, houve notórios erros de planejamento. O maior foi ter desistido dos primeiros seis pontos do campeonato, escalando uma equipe tecnicamente desfigurada. Num turno curto, 20% dos pontos decidem. E o clube foi precocemente desclassificado das finais. Na arquibancada, um time preenchia o inconsciente coletivo da torcida. Nela, há técnicos muito mais sensíveis e ativos do que aquele preguiçoso senhor Benazzi – que felizmente agora empresta sua inapetência aos milagrosos orixás da Bahia. Entre os avaianos, predominava uma escalação que, teoricamente, poderia (e poderá) nos levar ao sonhado tri.
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Vejam que time competitivo: Zé Carlos (Aleks); George Lucas, Cássio, Émerson Nunes e Julinho; Marcinho Guerreiro, Fabiano, Estrada e Marquinhos; William e Rafael Coelho. É time para enfrentar cachorro grande, e com um banco de luxo: Pará, Gian, Leonardo, Batista, Acleisson, Bruno, Evando, Maurício Alves e Marquinhos Gabriel – este, uma grande promessa que chega do Internacional gaúcho. O primeiro bom exemplo do que poderá este time render ficou bem ilustrado no clássico, quando o rival sem brilho escapou de uma derrota, mesmo contra um Avaí sempre discriminado pelas arbitragens. A principal meta avaiana deve ser, em primeiro lugar, encontrar o time ideal para a Série A, que começa já em maio. O tricampeonato é, depois de tudo o que já aconteceu, uma vaga esperança. O maior lucro, hoje, seria deixar o time em ponto de bala para a estreia no Brasileiro e uma grande campanha na Copa do Brasil. O tri - se a esta altura ainda resta alguma esperança - está pedindo alguns “milagres”. Algo como as “Cinco Tarefas de Hércules”. A saber:
Rubens Flôres/Avaí F.C.
hércules 1. Não perder mais nenhum ponto em casa, especialmen2. 3. 4.
5.
te para as chamadas equipes de menor investimento. Vencer todos os jogos na Ressacada, para compensar a baixa pontuação do turno e a má estreia no returno. Vencer clássicos fora, como o marcado para a Arena de Joinville. Um empate em Joinville será um mau resultado, ainda que considerados os conhecidos privilégios do anfitrião com o aiatolá do charuto. Vencer os três clássicos, dois deles na Ressacada, contra Criciúma e Figueirense. (Escrevo antes desses jogos). Não ter jogadores expulsos e saber conciliar o combate esportivo com as arbitragens adversas – que hoje são características “naturais” já incorporadas às regras do esporte bretão em Santa Catarina. Contra o Avaí, pênalti, só “contra”. E já usurparam nada menos que quatro gols. O clube tem que protestar – e, ao mesmo tempo, se acostumar a vencer a aliança dos adversários com os “apitos amigos”. Não permitir armadilhas do tipo antecipação ou postergação de jogos, prejudicando o treinamento e o descanso da equipe, especialmente se avançarmos na Copa do Brasil. A FCF é especialista em antecipar jogos do Avaí e em pressionar juízes para autorizar jogos em campos sem a menor condição de prática do futebol, como aconteceu no turno em Concórdia. O objetivo era “tirar pontos” do Avaí, num jogo que não poderia ter seguimento, depois de uma hora de apagão e num campo embarrado e inundado.
Se perder o Tri, o Avaí terá perdido para si mesmo. Todo time precisa de harmonia em três requisitos essenciais para o sucesso: um bom elenco, um ótimo técnico e o apoio incondicional da torcida. A harmonia com a torcida é ainda mais importante. Mais vale vender “mais” ingressos por “menos” - e para “mais” gente - do que o inverso. É a lei da “escala” em economia – e, claro, lei que também vigora no futebol profissional. Com esse “trio” harmonizado, o Avaí chegará ao céu tri-estrelado. Ou a belas campanhas na Copa do Brasil e no Brasileiro. Então, estará aberto o caminho para o novo sonho: alcançar a Libertadores pelo seu caminho mais árduo, superando a campanha de 2009 e chegando em quarto lugar no Brasileirão 2011. Um desafio e tanto. Vencer um torneio mata-mata como a Copa do Brasil seria o atalho ideal. Mas há grandes adversários pelo caminho, como São Paulo, Palmeiras, Vasco e Flamengo. Um título nacional combina com o Avaí. Pensar grande, com o apoio de uma grande torcida. Haverá melhor música para os nossos ouvidos?
De como o Avaí ‘quase’ subiu em 2004
A “coisa” quase feita, ou, no fim, o Padim Ciço resistiu A
exemplo da ficção de Jorge Amado, em “As mortes de Quincas Berro d’Água”, em que o enredo se dá em duas dimensões, meu primeiro sonho de acesso à série A oscilou entre o sonho e a realidade, e acabou reduzido a uma peça de ficção nunca publicada. Uma espécie de “Waterloo”, que hoje bem reflete a apaixonada angústia dos avaianos, obrigados a adiar o sonho por mais quatro anos de pura aflição. O texto estava de pé até os 36 minutos do segundo tempo, quando, “fazendo coisa”, o Avaí resistia ao Fortaleza no caldeirão cearense do Castelão. Conquistaria a ascensão até mesmo com aquela derrota parcial de 1 a 0. O 2 a 0 classificaria o rival. O Avaí liderava o quadrangular final e poderia até perder pela contagem mínima. Mas o zagueiro Ronaldo Angelim, faltando nove minutos para o fim, adiou o sonho avaiano. No último minuto, num desesperado ataque avaiano, por pouco não saiu o gol salvador, com o 1 a 2 redentor. As “escrituras” reservavam outros planos. 2008 seria a suprema coroação com todos os méritos dos “pontos corridos”. Mas se aquela glória tivesse chegado mais cedo para o Avaí, teria sido assim narrada: “Quando os próprios avaianos não sabem explicar as razões de uma glória, dentre tantas as que foram consagradas ao azurra, apelam para o velho misticismo de que “esse Avaí faz coisa”. Pois acaba de fazer, de novo. Contra toda a lógica perversa e contra o cruel reino das probabilidades, o Avaí foi buscar esse milagre na terra de um milagreiro. O Fortaleza planejou tudo, até mudar o local do jogo para o Alçapão do “Presidente
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Vargas”, um galinheiro onde seria muito mais fácil abater o que consideravam ser a “lebre avaiana”. No Ceará, quando se deseja algum milagre, a prece é sempre dirigida ao Padim Ciço Romão Batista, nascido no Crato e morto em Juazeiro, já “canonizado” à revelia da igreja. A areia do sítio que cerca seu túmulo é trazida numa caixinha e espalhada nos cenários em que o “milagre é esperado”. Neste sábado, o gramado do Castelão recebeu algumas caixas da terra do milagreiro, como um “amuleto” antiavaiano. E o que se viu foi a prevalência da mística ainda maior: a da camisa azul e branca, que foi muito mais forte e muito mais abençoada do que a do outro azul, manchado de vermelho. Que o azul seria o vencedor, com ou sem a vitória, sabia-se desde sempre: afinal, assim como a Terra, dita azul pelo astronauta Gagarin, na primeira visão cósmica de um ser humano sobrevoando o planeta, o Avaí também é azul. O problema é que o adversário, invejoso, também era. Dizer-se que o azul seria vitorioso era, portanto, engenharia de obra feita, bola charlatã de um falso cristal. O que ninguém sabia era “qual” o azul acabaria ungido como o eleito. Muitos espinhos e muitas descrenças superou o Avaí neste campeonato da série B, depois de um momento bem irregular na fase classificatória, durante a qual pareceram falecer a força, a fé e a mística das “coisas feitas”. No primeiro quadrangular, a mística voltou, com vitórias em “campos estrangeiros” e triunfos marcados por atuações épicas, como a vitória contra o Marília, em território inimigo, e o empate com sabor de vitória em plena Fonte Nova. Ali, na capital baiana, bem à margem do “Tororó” e com a torcida “contra” de todos os Orixás de São Salvador. Lúcifer pelado Depois, o próprio Diabo fez-se emissário das forças que combatiam o azul. Belzebu incorporou-se na carcaça e na careca daquele juiz, Héber Roberto Lopes, que tentou modificar pelo apito o resultado que cristalinamente se desenhava no campo. Tivesse aquele Lúcifer pelado cumprido a lei de Deus, o Avaí teria poupado sofrimento à toda a nação celestial e a justiça ter-se-ia feito com maior clareza: mais cedo o Avaí seria ungido campeão da série B, com direito à segunda estrela no peito – mas, em compensação, não teria feito história e honrado o passado de “fazer coisas”, quando dele tanto já não se esperava. Viver o sonho da série A, alcançada com mérito ainda maior ao obtido por seu rival eterno, é um presente de Natal para avaianos “galáticos” como Saulzinho e Nizeta, como Cavallazzi, o endiabrado “Bïtanha”, como Zenon e sua refinada técnica, como o zagueiro Veneza, um estilista, como os bravos Toninho e Juti, e, mais recentemente, como o craque Adílson Heleno. Sem nos esquecermos de Guga Kuerten, craque de outra bolinha, que, coroado Rei de Roland Garros, declarou à imprensa universal, olhos injetados de puro amor ao azul: 12
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- Sou Avaí e meu ídolo é o Jacaré! Todos aprenderam a amar o Avaí, como esses rapazes e esse herói equestre carinhosamente conhecido como Roberto Cavalo. São todos “autores da coisa feita”, que ontem escreveram a maior de todas as façanhas na octogenária história do Clube. O azul chegou É impossível contabilizar méritos neste momento de consagração. Mas há gerações de figuras alpinas neste Avaí guindado à série A . Há Himalaias como Celso Ramos e Aderbal Ramos da Silva. Há Everests como Saul Oliveira e João Salum. Há a generosa entrega cardiovascular do sangue azul que habita as artérias dos irmãos Bastos, José e Fernando – a este creditado, sobretudo, a “Marselhesa” dos hinos de clube no Brasil, o que canta o “Leão da Ilha Formosa”. E há João Nilson Zunino, que contra todos os incréus, venceu o Padim Ciço no seu próprio terreiro. Recuso-me a continuar escrevendo. Vou-me incorporar à próxima passeata, foguete na mão, o Avaí no coração. O azul é a mais profunda das cores: nele, o olhar mergulha sem encontrar qualquer resistência, perdendo-se até o infinito. O azul é “o mais natural dos matizes”, pois a cor nada mais é do que o reflexo do céu. O azul não é deste mundo. Sugere uma idéia de eternidade tranquila e altaneira, que é “sobrenatural”. Está provado: o azul é a proximidade de Deus.
Em pé: Adinam, Júlio César, Marcus Basílio, Juliano, Marquinhos Júnior, Naílton e Badé. Agachados: Tico, Edilson, Marquinhos Paraná e Evando.
Sérgio da Costa Ramos
Jornalista, torcedor do Avaí e colunista do Diário Catarinense/RBS
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campeonato catarinense
o atacante Rafael Coelho é uma das esperanças de gols do Avaí no returno
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Catarinense 2011
Expectativa para o segundo
turno
reportagem: carla cavalheiro Fotos: rubens Flôres
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esmo sendo cotado como um dos favoritos do turno do Catarinense 2011, o Avaí projeta para o segunda etapa da disputa o título e a final. “Vamos buscar o taça”, disse o técnico Silas em seu retorno à Ressacada. Silas, um dos responsáveis pela história recente de glórias do Leão, chegou ao término da primeira fase do estadual. “Ele tem identidade com o Clube e a negociação foi muito rápida”, confirma Mauro Galvão, coordenador de futebol. Silas está de volta à Ressacada para onde também retornaram o meia Marquinhos Santos, os atacantes William e Evando, o zagueiro Cássio e outros
personagens que voltaram ao time após as temporadas 2008 e 2009. O grupo recebeu novos integrantes, entre eles o colombiano Estrada, Gian, George Lucas, Maurício Alves, Leonardo, Fabiano e Rafael Coelho, este último que nos primeiros jogos conseguiu fazer o torcedor esquecer que ele iniciou a carreira no “clube de lá”, como o torcedor avaiano gosta de se referir ao Figueirense. Um time com qualidade, mas que não encaixou quando deveria. “Quando começou a dar certo, não dependia apenas de nós para chegar à final”, lembrou o técnico Vagner Benazzi antes de deixar a Ressacada. www.avai.com.br
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Os jogos A
temporada 2011 do Avaí começou no dia 15 de janeiro. Os dois primeiros jogos foram realizados com o time bem diferente do que deverá ser o titular na segunda fase da disputa. A equipe demorou além do esperado para reagir. Mas nos últimos cinco jogos, um desempenho satisfatório
pode indicar como será o returno. O time disputou 15 pontos e conquistou 11, encerrando com o saldo positivo de dois gols. Foram três vitória, dois empates e nenhuma derrota. “O grupo está motivado e essa situação tende a melhorar. Estão todos empenhados”, afirma o meia Marquinhos Santos.
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analisar todos os parâmetros. É lógico que garantir uma vaga na final da competição seria o ideal. Por isso fizemos alterações no comando técnico. Não há culpados nisso. Mas as mudanças são necessárias. E esse foi o momento. Vamos seguir com nosso planejamento, agora com o Silas no comando da equipe. Temos a Copa do Brasil, o returno do Catarinense e o campeonato Brasileiro pela frente. O Silas conhece bem o elenco e vai contribuir para o melhor desempenho do time dentro de campo. Com isso a torcida e o time terão mais confiança em buscar as vitórias”, conclui Mauro Galvão.
gols
WILLIAM 8’2T Figueirense 2 X 2 Avaí 27’1T Avaí 2 X 1 Marcílio Dias 17’2T Avaí 2 X 1 Marcílio Dias 36’2T Concórdia 3 X 4 Avaí
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Os números e o torcedor ainda torce o nariz para o desempenho no turno, vamos aos números para convencê-lo de que tudo poderá ser diferente nos próximos jogos. O Avaí marcou, em nove jogos, 11 gols. O time perdeu quatro jogos durante todo o turno. Foram dois empates e três vitórias. O atacante William, que chegou com o campeonato em andamento, é o artilheiro do time. Marcou no empate em 2 a 2 com o Figueirense. Fez dois gols na vitória em cima do Marcílio Dias na Ressacada e mais um na vitória de virada em Concórdia. Marcou quatro gols em três jogos. Rafael Coelho chegou e deixou sua marca registrada. Foi dele um dos gols da primeira vitória do Avaí, no jogo contra o JEC, na Ressacada, placar final 2 a 1. O atacante também marcou no clássico contra o Figueirense e na última rodada contra o Concórdia. Marquinhos perdeu um pênalti na partida contra o Metropolitano. Redimiu-se ao marcar contra o JEC em casa e contra o Concórdia fora. Estrada e Rafael Costa encerram a lista de gols do Avaí no turno. Cada um anotou um. Entre os jogadores que mais atuaram está o atacante Maurício Alves e Émerson Nunes. Os dois foram a campo oito vezes. O goleiro Zé Carlos e os laterais Pará e Gustavo entraram em campo sete. O meia Marquinhos Santos, os volantes Batista e Bruno e o lateral Romano vestiram a camisa do Leão seis vezes cada um. “Não podemos analisar o turno somente como um time não classificado. É preciso
os goleadores
gols
RAFAEL COELHO 36’1T Avaí 2 X 1 Joinville 3’1T Figueirense 2 X 2 Avaí 45’2T Concórdia 3 X 4 Avaí
2
gols
MARQUINHOS 7’1T Avaí 2 X 1 Joinville 18’1T Concórdia 3 X 4 Avaí
1
gol
ESTRADA 21’2T Concórdia 3 X 4 Avaí RAFAEL COSTA 42’1T Avaí 1 X 2 Chapecoense
os aproveitamentos æ
Clube P J V D E GP GS SG AP
Figueirense
16 9 4 1 4 23 12 11 59%
Criciúma
15 9 4 2 3 18 9 9 55%
Chapecoense
15 9 4 2 3 18 16 2 55%
Joinville
13 9 4 4 1 16 20 -4 48%
Marcílio Dias
13 9 3 2 4 15 12 3 48%
Brusque
12 9 3 3 3 18 17 1 44%
Metropolitano
11 9 3 4 2 12 12 0 40%
Avaí
11 9 3 4 2 11 15 -4 40%
Imbituba
9 9 2 4 3 12 18 -6 33%
Concórdia
6 9 1 5 3 15 27 -12 22%
* P = Pontos, J = Jogos, V = Vitórias, D = Derrotas, E = Empates, GP = Gols Pró, GS = Gols Sofridos, SG = Saldo de Gols. ** CRITÉRIOS DE DESEMPATE — ÍNDICES TÉCNICOS: I - Maior número de vitórias; II - Maior saldo de gols; III Maior número de gols pró; IV - Confronto direto, somente no caso de empate entre 2 (duas) associações; V - Menor número de cartões vermelhos recebidos; VI - Menor número de cartões amarelos recebidos; VII - Sorteio.
volante Fabiano traz sua experiência internacional e pela seleção brasileira para a Ressacada
os confrontos 1ª RODADA – TURNO 2011 Jogo Data Hora 1 2 3 4 5
16/01 Dom 16/01 Dom 16/01 Dom 15/01 Sáb 15/01 Sáb
17h 17h 18h 19h30 17h
Mandante Visitante Cidade
Joinville Metropolitano Imbituba Criciúma Avaí
2 X 1 Brusque JOINVILLE 1 X 1 Figueirense BLUMENAU 1 X 1 Marcílio Dias IMBITUBA 6 X 1 Concórdia CRICIUMA 1 X 2 Chapecoense FLORIANÓPOLIS
2ª RODADA – TURNO 2011 6 19/01 Qua 22h Brusque 7 19/01 Qua 19h30 Chapecoense 8 19/01 Qua 20h30 Concórdia 9 19/01 Qua 20h30 Marcílio Dias 10 20/01 Qui 21h50 Figueirense
3 X 0 Avaí BRUSQUE 3 X 2 Criciúma CHAPECÓ 3 X 1 Imbituba CONCÓRDIA 1 X 2 Metropolitano ITAJAÍ 4 X 0 Joinville FLORIANÓPOLIS
3ª RODADA – TURNO 2011 11 23/01 Dom 19h30 Figueirense 12 23/01 Dom 19h30 Joinville 13 23/01 Dom 17h Metropolitano 14 23/01 Dom 17h Imbituba 15 23/01 Dom 17h Criciúma
5 X 2 Brusque FLORIANÓPOLIS 0 X 2 Marcílio Dias JOINVILLE 2 X 0 Concórdia BLUMENAU 2 X 2 Chapecoense IMBITUBA 2 X 0 Avaí CRICIUMA
4ª RODADA – TURNO 2011 16 26/01 Qua 19h30 Brusque 17 27/01 Qui 19h30 Avaí 18 26/01 Qua 20h30 Chapecoense 19 26/01 Qua 20h30 Concórdia 20 26/01 Qua 22h Marcílio Dias
2 X 2 Criciúma BRUSQUE 0 X 1 Imbituba FLORIANÓPOLIS 1 X 0 Metropolitano CHAPECÓ 3 X 6 Joinville CONCÓRDIA 1 X 1 Figueirense ITAJAÍ
5ª RODADA – TURNO 2011 21 30/01 Dom 19h Marcílio Dias 2 X 2 Brusque ITAJAÍ 22 29/01 Sáb 17h Figueirense 3 X 0 Concórdia FLORIANÓPOLIS
23 24 25
29/01 Sáb 19h30 30/01 Dom 17h 30/01 Dom 19h30
Joinville 2 X 1 Chapecoense JOINVILLE Metropolitano 0 X 0 Avaí BLUMENAU Imbituba 0 X 0 Criciúma IMBITUBA
6ª RODADA – TURNO 2011 26 27 28 29 30
02/02 Qua 02/02 Qua 02/02 Qua 02/02 Qua 02/02 Qua
20h 19h30 22h 19h30 20h30
Brusque Criciúma Avaí Chapecoense Concórdia
2 X 0 Imbituba BRUSQUE 2 X 0 Metropolitano CRICIUMA 2 X 1 Joinville FLORIANÓPOLIS 3 X 3 Figueirense CHAPECÓ 1 X 1 Marcílio Dias CONCÓRDIA
Concórdia Marcílio Dias Figueirense Joinville Metropolitano
2 X 2 Brusque CONCÓRDIA 3 X 1 Chapecoense ITAJAÍ 2 X 2 Avaí FLORIANÓPOLIS 0 X 0 Criciúma JOINVILLE 2 X 3 Imbituba BLUMENAU
7ª RODADA – TURNO 2011 31 32 33 34 35
06/02 Dom 06/02 Dom 06/02 Dom 06/02 Dom 06/02 Dom
19h30 19h30 19h30 17h 17h
8ª RODADA – TURNO 2011 36 37 38 39 40
09/02 Qua 10/02 Qui 09/02 Qua 09/02 Qua 09/02 Qua
20h 19h30 22h 19h30 20h30
Brusque Imbituba Criciúma Avaí Chapecoense
3 X 1 Metropolitano BRUSQUE 3 X 4 Joinville IMBITUBA 2 X 0 Figueirense CRICIUMA 2 X 1 Marcílio Dias FLORIANÓPOLIS 2 X 2 Concórdia CHAPECÓ
Chapecoense Concórdia Marcílio Dias Figueirense Joinville
3 X 1 Brusque CHAPECÓ 3 X 4 Avaí CONCÓRDIA 3 X 2 Criciúma ITAJAÍ 4 X 1 Imbituba FLORIANÓPOLIS 1 X 4 Metropolitano JOINVILLE
9ª RODADA – TURNO 2011 41 42 43 44 45
13/02 Dom 12/02 Sáb 13/02 Dom 13/02 Dom 13/02 Dom
17h 19h30 17h 17h 17h
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17
súmulas estadual 2011
æ
AVaÍ 1 X 2 cha Elenco do Avaí 1 Renan 2 Gustavo 3 Emerson Nunes 4 Cleyton 5 Acleisson (15) 6 Julinho (16) 7 Rodrigo Thiesen (17) 8 Medina 9 Laércio 10 Romano 11 Rafael Costa
Elenco DA Chapecoense 1 Nivaldo 2 Thoni 3 De Lazzari 4 Kleber Goiano 5 Marcelo Ramos 6 Xaro 7 Everton Garroni 8 Marcos Alexandre 9 Leandro (16) 10 Cleverson (18) 11 Aloisio (13)
Suplentes 20 Henrique 13 Guilherme 14 Branca 15 Jhonny Gois 16 Hegon 17 Jonatha 18 Cristian
Suplentes 12 Juliano 13 Silvio Dido 14 Marcelo Guerreiro 15 Badé 16 Nenén 17 Valdanes 18 Nelison
Técnico Luis Verdini
Técnico Mauro Grasel
1ª RODADA TURNO — Data e hora: 15/01/2011 — 17h Estádio: Ressacada — Florianópolis-SC Arbitragem: Jefferson Schmidt — Assist.: Nadine Schramm Camara Bastos e Maira Americano Labes
BRU 3 X 0 AVaÍ Elenco do brusque 1 João Ricardo 2 João Neto 3 Vinícius 4 Thiago Couto (13) 5 Fabinho (18) 6 Cris (14) 7 Leandro Leite 8 Têti 9 Aloisio 10 William 11 Kito
Elenco do Avaí 1 Renan 2 Gustavo (13) 3 Emerson Nunes 4 Cleyton 5 Branca 6 Romano 7 Acleisson 8 Rodrigo Thiesen (16) 9 Arthuro 10 Felipe (17) 11 Maurício Alves
Suplentes 12 Wender 13 João Vitor 14 Pedro Ayub 15 Wellington 16 Paulo César 17 Marcelo 18 Leandro Farias
Suplentes 20 Henrique 13 Jonatha 14 Jhonny Gois 15 Julinho 16 Ildemar 17 Rafael Costa 18 Laércio
Técnico Paulo Turra
Técnico Luis Verdini
2ª RODADA TURNO — Data e hora: 19/01/2011 — 22h Estádio: Augusto Bauer — Brusque-SC Arbitragem: João Fernando da Silva — Assist.: Claudemir Mafessoni e Loiziane Aparecida Schappo
X CRI 2 0 AVaÍ Elenco do criciúma 1 Andrey 2 Bigu 3 Rodrigo 4 Rogélio 5 Neto 6 Perão 7 Carlinhos 8 Michael (15) 9 Lincon 10 Roni (18) 11 Lucca (16)
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 32 Medina 2 Rafael 4 Gian 16 Pará (25) 28 Bruno 8 Acleisson (6) 22 Batista 10 Marquinhos 17 Maurício Alves 19 Arthuro (24)
Suplentes 12 Bruno 13 Nirley 14 Ramon 15 Henik 16 Diego 17 George 18 Marcel
Suplentes 20 Renan 3 Emerson Nunes 6 Romano 13 Jonatha 14 Gustavo 24 Johnny Dias 25 Felipe
Técnico Guilherme Macuglia
Técnico Vagner Benazzi
3ª RODADA TURNO — Data e hora: 23/01/2011 — 17h Estádio: Heriberto Hulse — Criciúma-SC Arbitragem: José Acácio da Rocha — Assist.: Helton Nunes e Nadine Scheamm Camara Bastos 18
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março 2011
o jovem atacante Laércio é uma das promessas do elenco avaiano
AVaÍ 0 X 1 IMB
MET 0 X 0 AVaÍ
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 2 Rafael (24) 3 Emerson Nunes 4 Gian 25 Felipe (30) 8 Acleisson 16 Pará (6) 22 Batista 10 Marquinhos 17 Maurício Alves 19 Arthuro
Elenco do imbituba 1 Sérgio 2 Guilherme (13) 3 Roberto 4 Leo Brenno 5 Vinícius 6 Luan 7 Adbson 8 Bruno 9 Alan (17) 10 Tomaz (16) 11 Roger
Elenco do metropolitano 1 Flávio 2 Anderson 3 Teio 4 Marcos Vinícius 5 Nitsche 6 Dudu 7 Marquinho Júnior 8 Alex Albert 9 Jonatas 10 Artur 11 Leonardo
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 14 Gustavo 3 Emerson Nunes 4 Gian 16 Pará 28 Bruno 7 Diogo Orlando 22 Batista 10 Marquinhos 17 Maurício Alves (19) 11 Rafael Coelho
Suplentes 20 Renan 31 Revson 6 Romano 26 Julinho 14 Gustavo 24 Johnny Dias 30 Ildemar
Suplentes 12 João Júnior 13 Geovani 14 Diego 15 Neilson 16 Ederson 17 Baiano 18 Danilo
Suplentes 12 Tiago 13 Diego 14 Leandro 15 Danilo 16 Juliano 17 Matheus 18 Souza
Suplentes 20 Renan 40 Clayton 26 Julinho 35 Fabiano 19 Arthuro 24 Jhonny Dias 8 Acleisson
Técnico Vagner Benazzi
Técnico Luiz Costa
Técnico Cairo Lima
Técnico Vagner Benazzi
4ª RODADA TURNO — Data e hora: 27/01/2011 — 19h30 Estádio: Ressacada — Florianópolis-SC Arbitragem: Rodrigo Ferreira — Assist.: Joel Reias Alves Júnior e Sandro Rodrigues
AVaÍ 2 X 1 JOI
5ª RODADA TURNO — Data e hora: 30/01/2011 — 17h Estádio: SESI — Blumenau-SC Arbitragem: Célio Amorim — Assist.: Marco Antônio Martins e Rosnei Hoffmann Scherer
X FIG 2 2 AVaÍ
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 14 Gustavo 3 Emerson Nunes 4 Gian 16 Pará 28 Bruno 7 Diogo Orlando 22 Batista 10 Marquinhos 17 Maurício Alves (35) 11 Rafael Coelho (24)
Elenco do joinville 1 Paulo Sérgio 2 Eduardo 3 Fernando 4 Souza (17) 5 Tiago Soler 6 Fernandinho 7 Jocinei 8 Dias (13) 9 Lima 10 Ramon 11 Pantico (16)
Elenco do figueirense 1 Wilson 2 Bruno 3 João Paulo 4 Renato 5 Ygor 6 Juninho 7 Túlio (18) 8 Maicon (14) 9 Wellington 10 Breitner (16) 11 Héber
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 14 Gustavo 3 Emerson Nunes 4 Gian 16 Pará 28 Bruno (26) 7 Diogo Orlando 35 Fabiano (8) 10 Marquinhos 11 Rafael Coelho 9 William (17)
Suplentes 20 Renan 40 Clayton 26 Julinho 35 Fabiano 25 Felipe 39 Cristian 8 Acleisson
Suplentes 12 Max 13 Renato 14 Daniel 15 Renan 16 Marcelo 17 Aldair 18 Marcelo
Suplentes 12 Ricardo 13 Edson 14 Helder 15 Rafael Coutinho 16 Fernandes 17 Washington 18 Dudu
Suplentes 20 Renan 40 Clayton 26 Julinho 25 Felipe 17 Maurício Alves 39 Cristian 8 Acleisson
Técnico Vagner Benazzi
Técnico Giba
Técnico Márcio Goiano
Técnico Vagner Benazzi
6ª RODADA TURNO — Data e hora: 02/02/2011 — 22h Estádio: Ressacada — Florianópolis-SC Arbitragem: João Fernando da Silva — Assist.: Maira Americano Labes e Helton Nunes
AVaÍ 2 X 1 MAR
7ª RODADA TURNO — Data e hora: 06/02/2011 — 19h30 Estádio: Orlando Scarpelli — Florianópolis-SC Arbitragem: Roman Marques da Rosa — Assist.: Marco Antônio Martins e Kléber Lúcio Gil
CON 3 X 4 AVaÍ
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 14 Gustavo 33 Leonardo (2) 3 Emerson Nunes 16 Pará (6) 28 Bruno 22 Batista 35 Fabiano 17 Maurício Alves 9 William (21) 11 Rafael Coelho
Elenco marcílio dias 1 Márcio 2 William 3 Vitor 4 Diego Correa 5 Flávio (16) 6 Espíndola 7 Leandro (17) 8 Juninho 9 Jeovanildo 914) 10 Maicon 11 Teco
Elenco do concórdia 1 Segala 2 Wagner 3 Sig 4 Dedimar 5 Evandro 6 Mazinho 7 Evanildo 8 Pedro (16) 9 Selmir 10 Thiago Cristian (14) 11 Abel (15)
Elenco do Avaí 1 Zé Carlos 14 Gustavo (25) 33 Leonardo 3 Emerson Nunes 16 Pará (17) 28 Bruno 22 Batista 35 Fabiano 10 Marquinhos (21) 9 William 11 Rafael Coelho
Suplentes 20 Renan 26 Julinho 2 Rafael 6 Romano 39 Cristian 25 Felipe 21 Estrada
Suplentes 12 Sousa 13 Adans 14 Wilson 15 Fabrício 16 Jaimes 17 Dioney 18 José
Suplentes 12 William 13 Tiago 14 Juliano 15 Juliano 16 Rafael 17 Jefferson 18 Gazola
Suplentes 20 Renan 4 Gian 7 Diogo Orlando 17 Maurício Alves 19 Arthuro 25 Felipe 21 Estrada
Técnico Vagner Benazzi
Técnico Gelson da Silva
Técnico Jorge Anadon
Técnico Vagner Benazzi
8ª RODADA TURNO — Data e hora: 09/02/2011 — 19h30 Estádio: Ressacada — Florianópolis-SC Arbitragem: Paulo Henrique Godoy Bezerra — Assist.: Rosnei Hoffmann Scherer e Loiziane Aparecida Shappo
9ª RODADA TURNO — Data e hora: 12/02/2011 — 19h30 Estádio: Domingos Machado Lima — Concórdia-SC Arbitragem: Braulio da Silva Machado — Assist.: Claudemir Mafessoni e José Roberto Carroyd
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elenco avaiano 2011
æ
goleiros
Zé Carlos
01
#
Nascimento: 09/09/1985 Naturalidade: Criciúma–SC Peso: 76kg Altura: 1,84m Clubes: Criciúma–SC. Paraná–PR, Avaí–SC, Seleção Brasileira Sub–17
renan
20
#
Nascimento: 12/12/1990 Naturalidade: São João Batista–SC Peso: 83kg Altura: 1,92m Clubes: Avaí–SC e Seleção Brasileira Principal
Aleks
23
#
Nascimento: 20/02/1991 Naturalidade: Curitiba–PR Peso: 86kg Altura: 1,93m Clubes: Avaí–SC, Seleção Brasileira Sub–20
laterais
Gustavo
14
#
Nascimento: 20/01/1987 Naturalidade: Biguaçu–SC Peso: 74kg Altura: 1,73m Clubes: Bayer Leverkusen–Alemanha, Avaí–SC, Atlético–MG, Cidade Azul–SC, Avaí–SC
julinho
Pará
16
#
Nascimento: 19/09/1987 Naturalidade: Rio Maria–PA Peso: 73 kg Altura: 1,72m Clubes: Grêmio–RS, São Caetano–SP, Bragantino–SP, Vasco–RJ, Paraná– PR, Avaí–SC. 20
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março 2011
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george lucas #
Nascimento: 20/02/1984 Naturalidade: Tapejara–RS Peso: 72kg Altura: 1,76m Clubes: Grêmio–RS, Atlético Mineiro– MG, Celta de Vigo–Espanha, Santos– SP, Braga–Portugal, Avaí–SC
26
#
Nascimento: 05/08/1986 Naturalidade: São Paulo–SP Peso: 77kg Altura: 1,84m Clubes: Atlético de Ibirama–SC, Avaí–SC
romano
06
#
Nascimento: 10/11/1987 Naturalidade: Taquara–RS Peso: 72kg Altura: 1,79m Clubes: Esportivo–RS, Juventude–RS, Universidade–RS, Ypiranga–RS, Veranópolis–RS, Portuguesa–SP, Avaí–SC
zagueiros
03
04
Émerson nunes #
gian
Nascimento: 21/03/1982 Naturalidade: Belo Horizonte–MG Peso: 76kg Altura: 1,79m Clubes: Cruzeiro–MG, Sergipe América–MG, Nacional da Madeira– Portugal, Cruzeiro–MG, Ipatinga–MG, Botafogo–RJ, Avaí–SC
Nascimento: 19/09/1982 Naturalidade: Santo André–SP Peso: 83kg Altura: 1,91m Clubes: Rio Branco–SP, Mogi Mirim– SP, Juventus–SP, Marília–SP, Ipatinga–MG, Vasco–RJ, São Caetano–SP, Avaí–SC
cleyton
40
#
Nascimento: 12/04/1989 Naturalidade: Cantagalo–RJ Peso: 84kg Altura: 1,88m Clubes: Avaí–SC
leonardo
#
34
cássio
#
Nascimento: 08/07/1986 Naturalidade: Porto Alegre–RS Peso: 80kg Altura: 1,82m Clubes: Grêmio–RS, Juventude–RS, Avaí–SC, Fluminense–RJ, Avaí–SC
volantes
33
#
Nascimento: 19/03/1986 Naturalidade: Guarulhos–SP Peso: 72kg Altura: 1,88m Clubes: Santos–SP, São Caetano–SP, Vasco–RJ, Shakhtar Donetsk–Ucrânia, Grêmio Prudente–SP, Avaí–SC
volanteS
diogo orlando #
07
Nascimento: 04/12/1983 Naturalidade: Volta Redonda–RJ Peso: 77kg Altura: 1,79m Clubes: Volta Redonda–RJ, Mirassol–SP, São Caetano–SP, Avaí–SC.
05
08
marcinho guerreiro #
acleisson
Nascimento: 23/09/1980 Naturalidade: Novo Horizonte–SP Peso: 70kg Altura: 1,76m Clubes: Figueirense–SC, Palmeiras– SP, Arsenal Kiev–Ucrânia, Santos–SP, Real Murcia–Espanha, Avaí–SC.
Nascimento: 21/05/1982 Naturalidade: Ribeirão Preto–SP Peso: 81kg Altura: 1,76m Clubes: Botafogo–RJ, São Carlos–SP, Mirassol–SP, Portuguesa–SP, Avaí–SC www.avai.com.br
#
revista oficial AVAÍ F.C.
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elenco avaiano 2011
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volantes
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bruno
#
Nascimento: 03/08/1986 Naturalidade: Nova Lima–MG Peso: 77kg Altura: 1,81m Clubes: Avaí–SC, Vila Nova–MG, Ipiranga–MG, Uberaba–MG, Social– MG, Valerio–MG, Bahia–BA, Avaí–SC
15
Thiesen
batista
22
#
Nascimento: 12/07/1979 Naturalidade: Anguera–BA Peso: 68kg Altura: 1,73m Clubes: ADAP–PR, Palmeiras–BA, Mogi Mirim– SP, Paraná–PR, Avaí–SC, Botafogo–RJ, Avaí–SC.
fabiano
35
#
Nascimento: 06/04/1978 Naturalidade: Marília–SP Peso: 78kg Altura: 1,81m Clubes: São Paulo–SP, Portuguesa–SP, Internacional–RS, Santos–SP, Albacete– Espanha, Necaxa–México, América–México, Puebla–México, Sport–PE, Atlético Mineiro–MG, Avaí–SC, Seleção Brasileira Sub–20, Seleção Brasileira Principal
#
Nascimento: 01/12/1986 Naturalidade: Palhoça-SC Peso: 79kg Altura: 1,80m Clubes: Imbituba-SC e Avaí-SC.
meiaS
25
felipe
#
Nascimento: 05/04/1986 Naturalidade: Imigrante–RS Peso: 79kg Altura: 1,80m Clubes: Avaí–SC
meias
10
marquinhos #
Nascimento: 29/09/1981 Naturalidade: Biguaçu–SC Peso: 80kg Altura: 1,82m Clubes: Avaí–SC, Bayer Leverkusen–Alemanha, Flamengo–RJ, Paraná–PR, São Paulo–SP, Coritiba–PR, Santa Cruz–PE, Atlético Mineiro–MG, Santos–SP, Avaí–SC 22
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março 2011
estrada
21
#
Nascimento: 27/01/1983 Naturalidade: Medellín–COL Peso: 76kg Altura: 1,82m Clubes: Envigado–Colômbia, Real Sociedad–Espanha, Milionarios– Colômbia, Avaí–SC
ildemar
30
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Nascimento: 04/10/1990 Naturalidade: Caçador–SC Peso: 76kg Altura: 1,77m Clubes: Avaí–SC
atacantes
arthuro
19
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Nascimento: 27/08/1982 Naturalidade: Florianópolis–SC Peso: 87kg Altura: 1,93m Clubes: Criciuma–SC, Middlesbrough–Inglaterra, Racing Santander–Espanha, Sporting Gijón–Espanha, Deportivo Alavés–Espanha, Córdoba–Espanha, Steaua Bucureti–Romênia, Terek Grozny, Rússia, Flamengo–RJ, Celta de Vigo–Espanha, Al Dhafra–Emirados Árabe Unidos, União de Leiria– Portugal, Avaí–SC
11
17
rafael coelho #
maurício alves #
Nascimento: 20/05/1988 Naturalidade: Florianópolis–SC Peso: 86kg Altura: 1,74m Clubes: Figueirense–SC, Vasco–RJ, Avaí–SC
Nascimento: 02/01/1990 Naturalidade: Montanha–ES Peso: 72kg Altura: 1,83m Clubes: Fluminense–RJ, Villarreal– Espanha, Avaí–SC
cristian
39
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Nascimento: 07/08/1990 Naturalidade: Araranguá–SC Peso: 69kg Altura: 1,75m Clubes: Atlético Paranaense–PR, Avaí–SC
laércio
18
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Nascimento: 03/03/1990 Naturalidade: Caiabú–SP Peso: 67kg Altura: 1,70m Clubes: Prófut–RJ, Avaí–SC
24
jhonny dias #
Nascimento: 07/05/1993 Naturalidade: Campo Mourão–PR Peso: 74kg Altura: 1,72m Clubes: Avaí–SC
evando
37
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Nascimento: 07/03/1977 Naturalidade: Timóteo–MG Peso: 78kg Altura: 1,77m Clubes: Vitória–BA, Vitória de Guimarães–Portugal, Santa Cruz–PE, Estrela Amadora–Portugal, Santos–SP, Ponte Preta–SP, Fluminense–RJ, Al Shamal–Catar, Mirassol–SP, Náutico– PE, Avaí–SC
william
09
#
Nascimento: 14/05/1983 Naturalidade: Rolândia–PR Peso: 83kg Altura: 1,85m Clubes: Santos–SP, Ulsan–Coreia do Sul, Boa Vista–Portugal, Coritiba–PR, Fortaleza–FOR. Guingamp– França, Grêmio–RS, Ponte Preta–SP, Avaí–SC
Observação: A numeração fixa poderá sofrer alteração no ato de inscrição dos atletas para o Campeonato Brasileiro da Série A.
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matéria de capa
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marquinhos santos
o anjo loiro
voltou
o meia está de volta à Ressacada e, Com ele, o fortalecimento do vínculo do torcedor com o Clube Reportagem: Carla Cavalheiro Fotos: Rubens Flôres
M
arcos Vicente dos Santos determinou na infância: “vou ser jogador de futebol. E do Avaí”. Personalidade forte e determinada, que aquele alemãozinho, que até hoje mora em Biguaçu, carregaria pelo resto da vida. Traços que fariam dele um líder e hoje um dos grandes do time do Sul da Ilha de Santa Catarina. João Gualberto Neiva de Mesquita, o professor Mesquita, lembra bem do início da história do Marquinhos. “Eu iniciava meu trabalho na escola Tânia Mara, em Biguaçu. Estava na sala dos professores quando aquele menino de nove anos se aproximou e se apresentou: ‘Eu sou o Marquinhos’. Percebi algo diferente naquele menino de grandes olhos azuis e sorriso fácil. Ele tinha talento e então o incentivei a participar dos treinos de futsal no Clube 6 de Janeiro, na capital”, recorda.
“Eu só vou embora quando o Avaí não me quiser mais” 24
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Marquinhos começou ali uma carreira vitoriosa. “Venceu em todas as categorias pelas quais passou e na grande maioria sempre foi destaque e artilheiro”, reforça o professor. Mesquita, que sempre foi um estudioso das questões relacionadas à preparação física e desenvolvimento de atletas, viu que estava diante de um grande potencial. “Para ele ter um melhor desempenho, era preciso algumas mudanças. Então, alteramos a programação alimentar e também iniciamos um trabalho específico para melhorar o seu desempenho técnico”. Marquinhos, aquele menino determinado, sabia da importância da dedicação aos treinos. “Ele chegava uma hora antes dos outros meninos para fazer trabalhos específicos e fundamentais”. Não demorou e Marquinhos começou a participar de campeonatos escolares como o Moleque Bom de Bola. “E novamente lá estava ele como destaque”, lembra Mesquita. Foi aos 17 anos que Marquinhos iniciou no futebol profissional. “Em 1999, o Avaí chegava de uma pré-temporada. Conversamos com o Gonzaga Milioli e Marquinhos fez um treino com o time principal. No primeiro coletivo ele mostrou o talento, forçando o goleiro, na época o César Silva, a fazer uma defesa difícil. Acabou o treino e ele assinou o contrato”.
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matéria de capa
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Caminhada M
arquinhos foi um dos destaques do campeonato Catarinense de 1999 e rapidamente chegou na Alemanha. Mais precisamente no Bayer Leverkusen. No retorno da Europa foi para o Paraná, depois para o Flamengo, São Paulo e Coritiba. Em 2006, uma parada inesperada. O atleta ficou no departamento médico por quase um ano para se recuperar de uma cirurgia no joelho. “Nunca sabemos como vamos voltar, se vamos conseguir jogar. O retorno foi o momento mais importante na minha carreira. Era um ponto de interrogação. Demorou, mas veio a confirmação”, recorda Marquinhos. O tratamento junto à família, amigos e no Avaí deu certo. Marquinhos foi para o Atlético Mineiro e, em 2008 e 2009, consagrou-se no Leão. Em 2008, o time garantiu o acesso à série A. No ano seguinte, o título Catarinense adormecido há uma década e o sexto lugar no campeonato Brasileiro. O técnico Carlos Alberto Parreira chegou a declarar na época que Marquinhos era o melhor meia do país. Em 2010, o Santos e dois títulos badalados em nível nacional. Campeão Paulista e da Copa do Brasil. No final do ano passado, Marquinhos retornou à Ressacada em grande estilo. E, segundo ele, veio para ficar.
Marquinhos disputa jogada com atleta do Imbituba: reconhecimento pelo talento, comprometimento e raça
Bate-bola com o craque Revista do Avaí: O sonho de criança era ser jogador de futebol? Marquinhos: Eu não me via em outra situação. Meu pai tinha um time de futebol, o Bem Fica, e nos levava para o campo com ele. Peguei carinho. Não consigo me ver em outra profissão a não ser jogador de futebol. E eu queria ser jogador de futebol do Avaí. Queria quebrar esse paradigma de que não é possível ser jogador de futebol do Avaí. Queria ser jogador de futebol do Avaí, do meu time do coração. Revista do Avaí: Então o sonho era ser jogador do Avaí? Marquinhos: A minha mãe é Figueirense, mas meu avô e meu pai sempre me levaram ao estádio. Em 1988 eu assisti à final na costeirinha. Fui criando carinho. Mas não era como é hoje. Hoje é uma paixão. Às vezes eu não consigo segurar essa paixão. Eu sei o quanto foi difícil para o Avaí chegar onde está hoje. 26
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Revista do Avaí: Essa paixão pelo Avaí acabou sendo revelada naquele jogo contra o Santos, quando você chorou no camarote da Ressacada e foi visto pelo Brasil inteiro. Você recebeu muitas críticas. Foi esse o motivo de sua saída do Santos? Marquinhos: Eu saí do Santos porque eu quis. Eu queria vir pra cá. Eu fui para o Santos por causa do técnico Dorival Júnior. Iria ficar dois anos lá. Mas tiveram alguns problemas e ele saiu. A partir daquele momento, eu não me vi mais sendo importante para o clube. Sabia que eu seria mais importante para o Avaí, conversamos e deu tudo certo. Mas eu confesso que meio que forcei minha vinda para o Avaí. O técnico Adilson Batista queria que eu ficasse, mas ele também viu a importância de eu voltar para cá. Revista do Avaí: Você saiu daqui sendo uma referência, um ídolo do Avaí. Foi para o Santos de Neymar, de Ganso. Como foi conviver com isso?
ficha técnica Nome: Marcos Vicente dos Santos Filiação: Luis Carlos dos Santos e Ivonete Pauli Esposa: Jaqueline Chaves Filhos: Marcos Vinícius e Luíza Helena nascimento: 29/09/1981 Altura: 1,82 m Peso: 80 quilos Ídolo: Pelé
Histórico de futebol
1999 – Avaí 2000 a 2001 - Bayer Leverkusen (Alemanha) 2002 – Paraná 2002 – Flamengo 2003 – Paraná 2004 - São Paulo 2004 - Bayer Leverkusen (Alemanha) 2005 a 2006 – Coritiba 2006 – Avaí 2007 - Santa Cruz 2007 - Atlético MG 2008 a 2009 – Avaí 2010 – Santos 2011 – Avaí
Títulos
Campeonato Catarinense 2009 pelo Avaí e Campeão Paulista 2010 e da Copa do Brasil 2010 pelo Santos.
Marquinhos: Eu não me importo com isso porque aqui eu sou o Neymar, o Ganso. Aqui, o que eu falo vira notícia. Foi bom sair um pouco fora disso tudo. Eu saí um pouco do foco. Lá, o assédio nos meninos é muito grande. Mas por trás nós tínhamos como meta segurar os meninos. Eles são diferenciados, todo mundo sabe disso. Todo mundo queria Neymar e Ganso. Todo mundo queria falar com eles, falar deles. O melhor de tudo foram dois títulos em seis meses. Revista do Avaí: Você volta à Ressacada consciente de que é um jogador diferenciado, que poderia estar em outro clube, no eixo Rio-São Paulo, fora do Brasil, recebendo valores superiores. Você é, realmente, um dos poucos que jogam por amor à camisa, que dá mais valor a profissão do que aos lucros? Marquinhos: Hoje as coisas estão diferentes no Brasil. Os contratos são mais longos com alguns jogadores. Se eu tivesse um contrato de cinco anos no Avaí, eu não gostaria
de sair mais. Nós vemos que muitos jogadores preferem ficar em seus clubes em vez de ficar trocando. Nós temos carinho, uns jogam por dinheiro, claro, isso tem em todo lugar, mas a postura de alguns jogadores tem mudado um pouco esse paradigma. Revista do Avaí: O Gustavo carrega um peso por ser seu irmão? Marquinhos: Carrega um peso grande e a maioria das pessoas é injusta. Não o comparam com alguém da posição dele, mas comparam comigo. Ele não é meia. Ele é lateral. Eu acho que ele carrega esse peso por ser meu irmão. Ele é o irmão do Marquinhos. As pessoas não o chamam de Gustavo. Isso é um peso. Mas ele está há nove anos no Clube e isso é porque ele tem alguma coisa boa para mostrar. Revista do Avaí: Você acredita que seja possível a conquista do título do Catarinense 2011? www.avai.com.br
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matéria de capa
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Marquinhos: Acredito que para o início do campeonato temos o grupo mais forte dos últimos três anos. Com o retorno do Silas, que é uma parceria de sucesso, nós vamos nos encaixando. Para quem nunca trabalhou com o Silas, nós vamos dando toques de como ele gosta de trabalhar. Por mais conturbado que tenha sido o primeiro turno, ficamos apenas a dois pontos. Se aquele pênalti que eu perdi contra o Metropolitano entra, a gente estava dentro. Não acredito que o segundo turno vá ser tão ruim. Revista do Avaí: E aquele pênalti? Só o Marquinhos poderia ter errado? Marquinhos: Só duas pessoas poderiam bater aquele pênalti contra o Metropolitano. Eu e o presidente Zunino. Como ele não joga bola, eu bati. Caso colocasse outro jogador poderíamos perdê-lo para o ano todo. O torcedor cobra muito. Por mais que a gente não vá bater para errar, acontece. Alguém quer errar? Agora, se eu não tiver moral de pegar a bola de um pênalti que eu sofri, bater, errar e assumir que errei, que moral que eu tenho? Mas isso passou. No outro jogo eu bati e acertei. Bati com medo, mas bati! (risos). Revista do Avaí: O Silas voltou. Você acredita ser possível reescrever uma história? Marquinhos: O Silas fez um grande trabalho no Avaí. Parte daquele grupo também está de volta e acho que poderemos ajudá-lo com os outros jogadores. Independente de quem seja o técnico, o grupo está decidido a trazer conquistas para o Avaí. Eu vou continuar com meu trabalho de vestiário. Sou um dos que mais fala e tenho o respeito dos colegas. O que o Silas precisar, ele sabe que contará comigo. Vamos 28
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renovar aquela parceria. Friso também que em tudo o que o Vagner Benazzi precisou no primeiro turno do Catarinense eu apoiei. É assim que as parcerias de sucesso acontecem. Revista do Avaí: Silas, quando voltou para a Ressacada, disse que ele é mais torcedor do Avaí que o Guga... Marquinhos: Ele se esqueceu de mim? Eu sou um símbolo do Avaí! Muito legal, ele ter falado aquilo. Isso apaga aqueles problemas do passado. Ele tem um carinho grande pelo Clube. O Silas poderia ter acertado com o Atlético-PR. Ele veio para cá porque aqui ele tem trabalho. Tem história. Quando ele fala que é mais torcedor do Avaí que o Guga ele esqueceu que na frente dele e do Guga estou eu. Eu sou o maior torcedor do Avaí! Revista do Avaí: A quem você dedica sua carreira? Marquinhos: À minha família. Eles foram meu alicerce. São meu alicerce. Quando eu fui para a Alemanha levei todo mundo. Só não levei o cachorro porque não tinha! Levei minha esposa, que era namorada na época, já para garantir (risos). Hoje eles cuidam de tudo para mim. Eu só jogo futebol. Não faço mais nada. Revista do Avaí: Como você se sente hoje? Marquinhos: Feliz. É um momento único. Falei para o Zunino que se o time ficasse na série A, eu voltaria pra cá. Daqui eu não saio. Só saio se o Avaí não me quiser mais. Fico, independente de o Avaí estar no auge ou não.
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atleta da casa
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aleks
Um gigante embaixo das
traves Reportagem: Róbinson Gambôa
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ampeão Sul-Americano Sub-20 com a seleção brasileira, o goleiro avaiano Aleks é uma das maiores promessas surgidas nas categorias de base do Leão nos últimos anos. Em julho, ele deve voltar a vestir a amarelinha da CBF, desta vez para buscar o título mundial da categoria, na Colômbia. Enquanto se prepara na Ressacada para mais essa conquista, esse gigante de 1,93m sonha com seu futuro cada vez mais próximo: ser o titular e dono da camisa 1 do Avaí. Aleks chegou ao Leão da Ilha em 2008, trazido pelo preparador de goleiros Marcos Cardoso, que hoje trabalha nos Emirados Árabes. Cardoso já havia trabalhado com o garoto no Trieste, clube de Curitiba que
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atua somente com categorias de base. Depois de dar os primeiros passos no futebol no Paraná Clube, aos 12 anos, Aleks encontrou no Trieste o apoio necessário para desenvolver seu físico e aprimorar seu talento embaixo das traves. No Avaí, passou a ser observado pelo então técnico da seleção Sub-19, Luis Antônio Verdini, que hoje também trabalha na Ressacada. Verdini encontrou Aleks numa busca pela internet, à procura de um goleiro alto em atividade num clube profissional. O técnico veio a Florianópolis ver de perto a promessa avaiana, e se encantou com uma atuação do garoto num amistoso contra o Santa Maria, da Argentina.
Divulgação CBF
ficha técnica Nome: Aleksander Douglas da Silva Posição: Goleiro Naturalidade: Curitiba–PR Altura: 1,93m Ídolo: Dida
Duas semanas depois, veio a primeira convocação. Aleks, que visitava todos os dias o site da CBF na esperança de ser chamado, viu seu nome na lista e ligou para os pais, no Paraná. “Minha mãe quase morreu do coração, tive de contar com calma”, lembra. O site Globo.com chegou a publicar uma matéria apontando Aleks como o novo Dida, goleiro brasileiro que jogou duas Copas do Mundo e é o maior ídolo do garoto avaiano. Depois disso, vieram outras duas convocações. No Sul-Americano, Aleks foi titular na vitória contra o Equador, por 1 x 0, onde fechou o gol e deixou o técnico Nei Franco em dúvida para escalar o goleiro no jogo seguinte. Mas Aleks permaneceu na
suplência de Gabriel, do Cruzeiro, esperando sua vez de brilhar novamente. No Avaí, Aleks foi reserva de Renan nos juniores em 2008 e virou titular em 2009, quando o colega de posição subiu para os profissionais e chegou à seleção principal. Caso volte para casa campeão do mundo, em agosto, Aleks poderá começar a sonhar mais alto. Com a olimpíada? Copa do Mundo? Um clube da Europa? Nada disso, ele quer mesmo é ser titular no Avaí.
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novo técnico
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Silas
retorna
ao Clube P
Rubens Flôres/Avaí F.C.
Alceu Atherino/Avaí F.C.
aulo Silas do Prado Pereira, o Silas, está de volta ao Clube. O técnico que conquistou o título estadual 2009 - quebrando um tabu de 12 anos -, levou o Avaí à série A em 2008 e em 2009 comandou o time que teve a melhor campanha de Santa Catarina na história do campeonato Brasileiro - sexto lugar - foi apresentado oficialmente às 10 horas do dia 16 de fevereiro, no auditório da Ressacada. “Estamos chegando para buscar o tri. A exemplo de 2009 vamos nos concentrar na união e na força deste elenco”, afirmou o técnico. O treinador, na primeira passagem, acumulou 109 jogos à frente do Avaí, com 52 vitórias, 33 empates e 24 derrotas. Ao todo, foram 200 gols a favor e 125 contra. A estreia do técnico ocorreu em 22 de março de 2008 no jogo Avaí 5 x 0 Juventus válido pelo returno do campeonato Catarinense. A última partida sob o comando de Silas foi em 29 de novembro de 2009 no empate em 2 x 2 do Avaí contra o Santos, em casa, na 37ª rodada da série A. “Se eu não aceitasse o desafio, olharia para trás e veria que o grande trabalho que fizemos não foi completo. Sei que o torcedor ficou chateado comigo por algumas situações, mas quando a gente pede perdão de forma sincera, não hipócrita, ele sabe reconhecer”, completou. Silas tem 45 anos e nasceu no dia 27 de agosto de 1965, em Campinas, no interior de São Paulo. Em 2009, foi técnico do Grêmio, onde conquistou o campeonato Gaúcho, e do Flamengo durante o campeonato Brasileiro.
Silas em dois momentos: durante entrevista coletiva na Ressacada (acima) e em seu primeiro treinamento no CFA (ao lado)
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copa do brasil
Avaí avança na Copa do
Brasil
Rubens Flôres/Avaí F.C.
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O atacante William balançou a rede duas vezes em Rondônia e ajudou a garantir a classificação antecipada
estreia do Avaí na Copa do Brasil 2011, realizada na noite de 23 de fevereiro, foi marcada por muita festa no estádio Portal da Amazônia, no município de Vilhena, em Rondônia. Os torcedores do time local compareceram ao estádio e festejaram, do início ao fim, o confronto diante de um clube participante do Campeonato Brasileiro da Série A. Durante o hino nacional, que foi tocado na íntegra, o respeito foi mantido. Além disso, momentos antes de a bola rolar, os diretores do Vilhena fizeram questão de cumprimentar, um a um, os jogadores do Avaí que entraram em campo com uma faixa, em azul e branco, em agradecimento à recepção do povo Vilhenense. Com a bola em jogo, a iniciativa foi do Vilhena, que teve a saída de bola, mas que foi bem neutralizada pela defesa do Avaí. E se o Avaí buscava a classificação para a próxima fase, Estrada iniciou a caminhada do Avaí em jogada criada aos quatro minutos de jogo, no primeiro ataque do Leão da Ilha. Depois de uma investida pela direita, o goleiro Rocha deu rebote e o meia colombiano colocou no canto direito do gol e saiu para o abraço. Mesmo com a vantagem no placar, o Avaí partiu para cima. O Vilhena, jogando em casa e com o apoio de sua torcida, fez boas tentativas, utilizando bastante a lateral direita. A mais perigosa na etapa inicial foi aos 35 minutos, quando Alex Baiano chutou de fora da área e a bola passou raspando o travessão do goleiro Zé Carlos. Pelo lado avaiano, o lance mais perigoso foi aos 25 minutos, através de Bruno, que invadiu a área e desperdiçou oportunidade clara, para desespero de Rafael Coelho, livre a seu lado. No intervalo, Silas, que fazia sua reestreia, comentou os minutos iniciais. “É um adversário perigoso. O jogo está lá e cá, mas temos de continuar jogando”. Com o reinício de jogo, logo nos primeiros segundos, o Vilhena buscou o gol de empate em um forte chute de fora da área. A bola passou perto, mas saiu pela linha de fundo. Depois do susto, o time comandado por Silas buscou apertar a marcação e equilibrou o jogo. Aos 19 minutos, em cobrança de escanteio, Estrada colocou a bola na área e Rocha fez boa defesa, mas na sobra William chutou forte e fez o segundo do Avaí. Aos 34 minutos, o Vilhena teve uma grande oportunidade em cobrança de escanteio, sem sucesso, e, no contra-ataque, Rafael Coelho tocou para Maurício Alves, que fez grande jogada. O atacante avançou até a entrada da área, driblou Maicon Paulista e tocou para William, livre, marcar o segundo dele no jogo e o terceiro do Avaí. Com a vantagem, o Avaí administrou o resultado até o apito final e eliminou a partida de volta. Na próxima fase, o Leão da Ilha enfrenta o Ipatinga-MG, no dia 16 de março, no estádio Ipatingão.
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equipe técnica
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Modernização n Mauro galvão À frente da Coordenação Geral de Futebol do Avaí, o ex-jogador da Seleção anuncia mudanças
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os bastidores Profissional e base muito mais próximos Reportagem: Róbinson Gambôa fotos: rubens Flôres
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s torcedores que frequentam a Ressacada para acompanhar jogos e treinos do Avaí não têm ideia das mudanças que vem sendo promovidas nos bastidores do estádio. Nesse ano, uma reformulação no departamento de futebol está ajudando a modernizar o Clube, acompanhando uma tendência administrativa trazida da Europa. A ideia foi integrar o profissional com a base numa única estrutura. Documentos, filmagens e relatórios sobre o desempenho das equipes agora são elaborados e arquivados num único espaço e avaliados de perto por uma só equipe. “Os mais jovens podem ver o quanto terão de trabalhar para chegar ao profissional”, explica o coordenador de futebol Fábio Araújo, que se integrou à equipe no ano passado. Com a experiência trazida de passagens por Flamengo, Kashima Antlers, do Japão e Fenerbache, da Turquia, Fábio observou que nos clubes europeus profissionais e as categorias de base são dirigidas por uma única estrutura. A profissionalização do setor trouxe outra novidade neste ano, quando todos os jogos dos garotos, da categoria mirim ao Sub-23, serão filmados. Numa moderna sala de edição, estão sendo produzidos DVDs que servirão de arquivo para facilitar transferências para fora do país, incrementando os cofres do Clube. As imagens passam também a fazer parte da rotina do grupo profissional, com a produção de DVDs dos próximos adversários do Leão, para ser analisados pela comissão técnica e jogadores na preparação para o jogo. No comando dessas mudanças está Luciano Corrêa, 36 anos, ex-gerente administrativo do Clube que nesse ano foi conduzido à superintendente de esportes. Luciano atua no Avaí desde 2002, onde trabalhou como coordenador da base, gerente administrativo e supervisor do profissional. Uma reforma nas salas junto à entrada dos profissionais criou um novo espaço onde todos agora trabalham mais próximos. Também foram construídas uma sala de massagem, recepção e uma nova rouparia. O coordenador geral de futebol Mauro Galvão, que disputou duas Copas do Mundo como jogador, aprova as mudanças, mas pede paciência até que os resultados comecem a aparecer. “É uma coisa nova, é preciso tempo para ocorrer resultados esportivos. Mas eles são importantes para que se possa manter o trabalho”, lembrou. Para Galvão, a integração de profissional e base deve
superintendente Luciano Corrêa
Coordenador Fábio Araújo
facilitar a transição dos atletas formados no Clube enquanto se preparam para chegar ao time principal. Também integram a equipe o coordenador técnico Robson Tavares, o coordenador administrativo Diogo Fernandes, o supervisor Joel Broering, o fisiologista Alexandre Souza e o cinegrafista Ricardo Henry. Para comandar o time júnior, foi trazido o técnico Hemerson Maria, que se notabilizou atuando no clube do Estreito. Caco Espinosa, ex-Duque de Caxias e CFZ, é o novo técnico do juvenil.
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crônica
amilcar neves
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atletas saúdam a massa avaiana no Clássico
REFAZER, RECONSTRUIR SEMPRE C
erta ocasião (era fevereiro de 2008), publiquei em minha coluna das quartas-feiras no Diário Catarinense uma crônica falando das virtudes do Avaí de então: uma equipe que “atua afinadíssima, com padrão de jogo, alternativas de ataque, muita técnica, muita garra e muito entusiasmo”. O time era disparado o melhor do campeonato catarinense, e só não levantou a taça por esses azares que dão graça ao futebol. Acontece que, de forma inesperada e improvável, havíamos perdido em casa, no domingo, exatamente para o nosso rival maior, aquele que mora do outro lado das pontes. Foi um 3 a 0 que levou muita gente ao desânimo, temendo já a repetição do que vinha ocorrendo há anos: a falta de conquistas e títulos. Naquela quarta-feira o jogo seria em Tubarão. Um bom resultado era fundamental para reerguer o moral de jogadores e torcedores. De manhã, o primeiro telefonema que recebi veio da Nesi Furlani, diretora social do Avaí: gostara muito da crônica e me dizia que já ligara para Gravatal, onde o time estava concentrado, pedindo ao técnico Sergio Ramirez que desse uma espiada no texto. À noite, na entrevista coletiva após uma retumbante vitória, Ramirez falou sobre a crônica, citando o nome do autor, que ele queria conhecer pessoalmente. Meses depois, com a tão almejada classificação à série A já bem visível no horizonte das possibilidades
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concretas, encontro em uma praça de alimentação da cidade os zagueiros Cássio e Rafael. Falamos da importância do acesso à primeira divisão do futebol brasileiro: importância para o Clube, para os próprios jogadores e, especialmente, para o dedicado, apaixonado e sofrido povo que torce pelo Avaí. Antes, porém, me apresentei, e um deles lembrou (nunca se saberá ao certo se o Cássio ou o Rafael, gêmeos univitelinos, idênticos em tudo, inclusive no vistoso futebol): - Claro, aquela crônica sobre o riacho rápido e impetuoso que o professor leu para nós antes do jogo! Ele se referia à citação feita ao torrente Avahý, o arroio em cujas margens se deu a batalha da Guerra do Paraguai que leva o seu nome, a qual batizou o Clube de futebol fundado em 1923. Pois essa surpreendente “corrente de água muito rápida e impetuosa” tem de ser constantemente refeita e reconstruída: após cada campeonato, após cada insucesso e, mesmo, após cada vitória. Como se faz agora, com o retorno do técnico Silas. Para manter “muita técnica, muita garra e muito entusiasmo”. E assegurar muitas conquistas. Sempre! Amilcar Neves
Avaiano, escritor de crônicas, contos e romances, e colunista do Diário Catarinense
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o amor de
tércio da gama
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A dor de cabeça da mãe e a paixão avaiana do filho Reportagem e fotos: Celso Martins
painel de Tércio da Gama exposto na Ressacada: amor ao Leão da Ilha traduzido em pinceladas
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ércio era um menino com cerca de 10 anos de idade, nascido e criado na Praia de Fora, atual avenida Rubens de Arruda Ramos. Nas imediações havia o popular Campo da Liga, esquina da avenida Mauro Ramos com a rua Bocaiúva, mesmo local onde foi erguido o Shopping Beiramar. Dentro do estádio brilhava uma equipe dos sonhos dos avaianos, composta por ninguém menos que Adolfinho, Fateco, Diamantino, Galego Beck, Chocolate, Felipinho, Nizeta, Bráulio, Tião, Saul e tantos outros, verdadeiras lendas do futebol. A fama do time campeão nos primeiros anos da década de 40 corria a cidade e, claro, chegava aos ouvidos do jovem Tércio da Gama, filho do pescador, marceneiro e carpinteiro Bráulio da Gama, e de dona Felicidade da Gama. Foi ela quem um dia mandou o menino ao armazém em frente ao Campo da Liga comprar um analgésico. Ao chegar notou a movimentação que antecedia um jogo entre Avaí e América do Rio. “Eu conhecia o porteiro Valdemar e pedi a ele para entrar”, recorda Tércio. Terminada a partida e tomado de emoção, ele retornou para casa sem levar o analgésico da mãe, que continuava sofrendo com dor de cabeça. “Levei uma surra por causa disso”, lembra Tércio. Mas isso não o afastou dos estádios. Continuou a ser torcedor apaixonado do Avaí tetracampeão da década de 40. Nascido em 9 de julho de 1933, auditor aposentado da Receita Federal, reside hoje na Praia Comprida (Caminho dos Açores), em Santo Antonio de Lisboa, onde desfruta de uma visão privilegiada da paisagem marinha. E ali, cercado pela família e três cães, ele pinta os quadros que o tornaram conhecido no mundo das artes plásticas, apontado como mestre das cores, ou melhor, um colorista, segundo a crítica especializada. Quase sempre ele infiltra um azul e branco nos quadros, mas com ressalvas. “É preciso diferenciar as coisas”, ou seja, num lado está a paixão futebolística e no outro o labor artístico. Mas um olhar atento localiza um leão azurra infiltrado entre pequenas esculturas. No quarto do casal, outras peças confirmam a avaianidade do artista, além das muitas camisetas do time e duas cadeiras cativas na Ressacada.
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reconhecimento Tércio é um dos maiores artistas plásticos de Santa Catarina
Charme avaiano ultrapassa divisas
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iferentemente de quando executa suas pinturas, momentos em que se concentra e mantém o silêncio, Tércio fala pelos cotovelos quando o tema é o Avaí. Desde o momento da chegada em sua residência até a despedida, o artista-torcedor insistiu numa tecla – a de que a torcida avaiana forma a grande maioria de torcedores. Está presente na classe média e no povão. Dos ex-prefeitos de Florianópolis apenas dois torciam pelo time do Estreito. “Na eleição passada os sete candidatos à prefeitura revelaram que torcem pelo Avaí, todos eles”, observa. Esse carinho avaiano ultrapassou as divisas e chegou a outras regiões, como o Rio de Janeiro. “Fui a uma butique de jogos de botão que me informaram existir em Ipanema. Olhei o mostruário e não havia nenhum do Avaí. Reclamei e informaram não haver mais estoques, todos saem com grande rapidez”. Passado algum tempo e com o time na elite do futebol nacional, Tércio retornou ao mesmo local. Para sua surpresa, não havia nenhum jogo de botão do Avaí na vitrine. Nova cobrança e resposta semelhante – agora nem dá tempo de colocar no mostruário, pois as pessoas compram tudo em pouco tempo. “Encontrei jogo de todos os times, menos do nosso”, exemplifica. “O Avaí hoje é a paixão do carioca. Se ele sair na rua com uma camisa do Flamengo,
Vasco ou Botafogo corre o risco de ser hostilizado, mas se colocar uma do Avaí não há nenhum problema”, garante. Argumenta que até mesmo o ex-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), na gestão 2008-2009, Cícero Sandroni, tornou-se um aficionado pelo Leão da Ilha. “Ele e a família inteira”, enfatiza o artista. “Aqui em Santa Catarina temos como grande avaiano nosso maior cronista, Sérgio da Costa Ramos”. Entre os intelectuais catarinenses, em geral, a maior simpatia é avaiana, “desde muito tempo”. Os integrantes da primeira exposição de arte moderna em Santa Catarina, realizada em Florianópolis em 1958, eram torcedores do mesmo time e foi com eles que Tércio ingressou no mundo dos cavaletes, pincéis e tintas. O grupo era formado por ninguém menos que Hassis, Meyer Filho, Vichietti, Aldo Nunes (“foi também um grande atleta”), Rodrigo de Haro, Thalles Brognolli, Hugo Mund e o próprio Tércio. “É preciso citar outros dois grandes intelectuais que estavam com a gente e eram avaianos – os escritores Salim Miguel e Eglê Malheiros”, enfatiza. As lembranças de fatos e personagens que surgem na fala do artista são todas nessa linha, ou seja, “o Avaí tem a maior torcida” e o time do Estreito deve se contentar com um contingente menor de torcedores.
“Um setor da crônica”
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último cartucho ficou guardado para “um setor” da crônica esportiva local que, segundo Tércio da Gama, não simpatiza com o Avaí. Cita como exemplo o esforço avaiano no final de 2010 para se manter na primeira divisão do futebol, principalmente nas vitórias contra o Internacional e o Santos. “Fomos todos acom-
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panhar os comentários no horário habitual, era um momento de exaltação avaiana, todos aguardando na frente do aparelho de televisão. E o que disse o comentarista? Que o Avaí tinha mais sorte que juízo, desmerecendo completamente a garra, a fibra dos jogadores e o incentivo da torcida”.
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Jacque
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manezinha,
avaiana
e série A Reportagem: Róbinson Gambôa fOTOS: RUBENS fLÔRES
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Marcelo Mancha
e volta à elite do surfe mundial, a manezinha Jacqueline Silva se prepara para buscar, em 2011, o título de campeã do mundo. Após nove anos surfando na primeira divisão do planeta, Jacque caiu em 2009, mas voltou em 2010, numa recuperação sensacional em sua carreira profissional. Antes de embarcar para Sidney, local da primeira etapa, ela revelou sua paixão pelo Avaí. Mais do que torcer pelo Clube desde criança, Jacque mostra que o seu esporte tem muito em comum com o do Leão: a capacidade de dar a volta por cima, superar desafios e mostrar que a série A é o seu lugar. Jacque virou avaiana por causa do pai, seu Zé Irineu, e do irmão, Leandro, que também a ensinou a surfar. “Quando estou fora do país, surfando, meu pai me liga pra falar sobre o Avaí”, lembra. Não por acaso, outro Havaí – esse com H – também faz parte da sua vida. Foi na capital Honolulu que Jacque venceu três etapas do circuito mundial em 2000, 2001 e 2002. Uma das imagens que Jacque traz da infância é a da mãe escutando os jogos do Avaí no radinho de pilha. Apesar de não frequentar o estádio, por causa da rotina puxada de treinos e competições, Jacque mantém seu carinho pelo Leão. O Clube, segundo ela, perdeu uma jogadora para seu time feminino quando Jacque começou a surfar. “Senão fosse surfista, eu seria jogadora de futebol”, revela. “Quando era menina, jogava todos os dias, com meus irmãos”, conta.
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trabalho social Jacque uniu-se a amigos para levar meninos e meninas da comunidade para o mundo do surfe
N “Quando estou fora do país, surfando, meu pai me liga pra falar sobre o Avaí”
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o começo do mês, Jacque encontrou tempo para uma tarefa especial. Num domingo pela manhã, recebeu um grupo de crianças na beira da praia para uma oficina de surfe, em conjunto com a Salva-surf, escolinha mantida pelo amigo André Barcelos. Diante de meninos e meninas da comunidade, de todas as idades, ela conversou sobre o esporte, a relação íntima do atleta com o mar e ainda caiu na água para ensinar as primeiras braçadas. Mas também aproveitou para falar da importância da escola e dos estudos. “O trabalho social é fundamental, todos aqui têm carinho por mim. É uma forma de retribuir tudo isso”, confessa. Nas areias da Barra e na praia Mole, onde costuma treinar, Jacque é um ídolo. Reconhecida por todos, costuma distribuir abraços e autógrafos, como se fosse um centroavante do Avaí. Com a humildade típica dos manezinhos, Jacque volta a sonhar alto. Nesse ano, quer voltar a figurar entre as cinco melhores surfistas do planeta. Para isso, já conta com o apoio do Fundesporte, do Governo do Estado, e também da Star Point, surf shop que a patrocina. Nos próximos dias, ela será convidada pelo presidente João Nilson Zunino para assistir uma partida nas tribunas de honra da Ressacada, e se juntar ao grupo de craques avaianos fora dos gramados, na companhia de Guga Kuerten, Pedrinho Barros e tantos outros.
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o fanático
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recordação: lembranças da história avaiana guardadas como verdadeiras relíquias pelo fanático Mi. Abaixo, o convite para inauguração da Ressacada em 1983
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paixão pelo avaÍ À flor da pele
o fanático mi com sua família avaiana na Ressacada
amor ao leão: torcida “turma do Mi” estampada na pele
Reportagem: Róbinson Gambôa fotos: alceu atherino
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uando Ademir Agenor da Silva, o Mi, 43 anos, tentava estacionar seu carro junto à Ressacada para acompanhar mais um jogo do Avaí pelo campeonato catarinense, foi abordado pelo manobrista do Clube, que perguntou: - O senhor é sócio? A resposta deixou o rapaz perplexo: - Sim, sou sócio há 20 anos. Considerado o mais avaiano dos avaianos, Mi só perdeu três partidas do Leão nos últimos 27 anos. Justamente no seu casamento e no nascimento das filhas, o que impediu o fanático apaixonado de cumprir sua rotina de ir ao estádio nos dias de jogos. Aos 12 anos, já frequentava sozinho os jogos no antigo estádio Adolfo Konder. Ao contrário da maioria dos torcedores, Mi não virou avaiano por influência do pai ou do tio. “Nasci assim, está no sangue”, explica. Por causa dessa paixão, Mi já conheceu o Brasil inteiro, acompanhando o time. “Quando falta dinheiro a minha mulher me ajuda”, revela. Para Mi, foi uma vergonha o time ficar fora do quadrangular final do primeiro turno. “Erraram no planejamento”, condena. Mas garante que o Leão tem totais condições de reverter a situação no segundo turno. Numa vida inteira dedicada ao Avaí, Ademir mantém em casa uma coleção com 50 camisas do Clube, além de objetos e documentos históricos, como jornais antigos, discos de vinil com o hino e pôsteres. Muita coisa foi perdida na enchente de 1995, como o pedaço da grama da Ressacada do título de 88, parte da rede do gol e um calção usado pelo lateral Nelsinho. Alguma coisa Ademir conseguiu preservar, como um ingresso de um jogo contra o São Caetano, que marcou a primeira vez em que foi usada a catraca eletrônica no Brasil, e um panfleto de divulgação da inauguração da Ressacada, do início dos anos 80. Quanto a sua rotina no estádio, Mi revela o costume de circular pelas arquibancadas durante o jogo. “Não consigo ficar parado”, conta. A paixão pelo Avaí foi registrada na própria pele em 93. Logo após a queda para a série B, naquele ano, Mi resolveu mostrar que é ainda mais avaiano quando o time perde, e fez uma tatuagem no peito e no braço. Além do escudo do Clube, ele escreveu uma frase lembrando o grito de guerra da torcida: “É só coração, a turma do Mi”, ao lado dos nomes dos filhos Vanessa, Alessandra e Ian. Não por coincidência, as iniciais, junto com a sua, formam a palavra avaí. No momento em que o Clube atinge um novo patamar no cenário nacional, estabelecendo-se definitivamente na série A, Mi revela seu sonho de ser presidente do Clube algum dia. “Por que não?”, indaga. Se depender do tamanho da sua paixão, podem apostar que ele consegue. www.avai.com.br
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coluna
elite azul e branca
æ In memoriaM Tullo CavallazZi
Bandeira ou biruta?
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erto dia, assim que levantou, seu Tullo tomou o 109 - ônibus Circular - e foi até o centro da cidade comprar tecido azul e branco, bem fininho - parecido com filó, mas não era filó - para fazer uma grande bandeira do Avaí. Retornou com urgência, para que a Dona Maura, costureira ali da travessa Stodieck, fizesse a nova bandeira que, segundo ele, seria a mais linda do Adolfo Konder. Logo em seguida voltou para buscá-la e, quando abriu a bandeira, “tchan, tchan, tchan, tchan!” Devido à urgência, D. Maura acabou costurando as extremidades e transformou a bandeira numa grande biruta! Seu Tullo ficou “passado” e só teve coragem de estreá-la no jogo seguinte, devidamente reparada.
Comparações e ironias
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maestro Tullo exercia muito bem seu papel de torcedor e não deixava de “cornetear” a diretoria, ainda que no ambiente familiar. - Andrey, tu achas que eu prefiro a Aracy Balabanian ou uma daquelas dançarinas do Faustão? Pronto, bastou uma lida na página de esportes do jornal para se constatar que o Avaí havia contratado um jogador que, digamos, estava mais para Aracy Balabanian (experiente, em final de carreira) do que para dançarina do Faustão (mais em forma, vigor físico...). Dois meses depois do anúncio da contratação, não deu outra: “Aracy Balabanian” anunciava a sua aposentadoria.
Adolfo Konder
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o charmoso estádio Adolfo Konder, seu Tullo desfilou durante anos sua paixão pelo Avaí. Era ali, nas tardes de quarta-feira, pertinho da avenida Beira-mar Norte, que ele se juntava à gurizada da rua Souza França – hoje rua Maestro Tullo Cavallazzi – para picar papel, misturá-los com farinha de trigo e fazer a festa junto à ATA – Associação de Torcedores Avaianos. Num desses jogos, entrou mais cedo no estádio e deu de cara com uma grande confusão, perto do carrinho de cachorro-quente que ficava atrás da trave que dava para a rua Altamiro Guimarães. Era um “secador” descoberto previamente pela turma do alambrado. Para sorte dele, seu Tullo o reconheceu como colega de repartição e conseguiu conduzi-lo são e salvo para fora do estádio.
Em defesa do Leão
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Maestro sempre desconfiou que muitas mensagens mandadas pelo torcedor avaiano à imprensa – seção de cartas, e-mail ou fax – eram escolhidas conforme o gosto do repórter que as recebia. Por exemplo: ele jurava que a seção de cartas de um determinado jornal não publicava os elogios feitos ao Avaí, insistindo, no entanto, em publi-
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car críticas e ironias feitas ao Clube. Assim, para provar sua tese, Tullo armou uma cilada. Utilizando-se de um codinome, enviou para o jornal, durante vários dias, alguns elogios ao Avaí que, como ele já esperava, não foram publicados. Em seguida, com o mesmo codinome, enviou uma crítica - bem picante - ao mesmo jornal. Adivinhem? Isso mesmo, a crítica foi publicada. Tempos depois o referido jornal interrompeu a publicações de cartas que tivessem como tema clubes de futebol...
Agoniado com o novo estádio
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ssim que iniciou a demolição do velho estádio Adolfo Konder, seu Tullo já começou a contar nos dedos o dia para a inauguração do novo estádio no bairro da Ressacada. Assim, enquanto o imóvel do velho estádio abrigava o circo Vostok, as obras do novo estádio iniciavam e ele fez questão de acompanhar cada passo. Todos os finais de semana, lá estava ele, fotografando a construção do estádio Aderbal Ramos da Silva, que começou, segundo ele atestava, pela colocação do gramado.
Na arquibancada e no engarrafamento
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transição para o novo estádio deixou o Maestro com um nó na cabeça. Onde ele assistiria aos jogos? O primeiro jogo definiu o local em que ele estrearia na Ressacada. Como sempre, chegou cedo naquele fatídico Avaí x Vasco. Posicionou-se na parte mais alta do estádio, na arquibancada descoberta, bem ao centro do gramado. Foi ali, onde hoje fica o setor D, que ele assistiu grandes jornadas do Leão, como aquelas comandadas por Adílson Heleno no ano de 1988. De lá pra cá “muita coisa mudou” dizia ele, orgulhoso, fazendo sempre uma ressalva: “menos o engarrafamento”.
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conselho deliberativo
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alexandre espíndola e Presidente Zunino: união de forças em prol do Avaí
conselheiros do leão,
avaianos apaixonados
Reportagem: Róbinson Gambôa fotos: alceu atherino
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debate apaixonado sobre o futebol entre torcedores avaianos, que se reúnem pela cidade todos os dias em rodas de conversa para discutir sobre o Clube e o time, tem um espaço privilegiado na própria Ressacada. É o Conselho Deliberativo, grupo formado por 230 avaianos apaixonados, que dedicam parte de suas vidas ao Clube. Com o crescimento no número de sócios, a ideia é abrir mais 70 vagas, atingindo 300 conselheiros. Quem aceita o desafio? Encarregado de fiscalizar as finanças do Clube, o conselho acompanha a prestação de contas da gestão e observa a previsão de gastos para o novo ano. Ali também se discute o valor dos ingressos e mensalidades, com poder de aprovar ou não qualquer reajuste ou desconto.
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Desde 2007, o conselho é presidido pelo administrador Alexandre Espíndola, 38 anos. Segundo ele, não é função do conselho interferir na gestão do futebol. Mesmo assim, durante as reuniões do grupo sempre sobra tempo para falar do time, do esquema, da escalação. “É inevitável que se discuta futebol. Os debates são acirrados e relevantes. Somos a voz representativa do torcedor, a coletividade dos avaianos”, definiu o presidente, que desde 98, quando passou a colaborar no Clube, já atuou no conselho fiscal, foi diretor de futebol e supervisor geral. Para Alexandre, o conselho nunca foi tão democrático e aberto a discussões como agora. Segundo ele, outra função dos conselheiros é fazer a informação positiva funcionar.
Orçamento cresceu 10 vezes em seis anos
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secretário Alessandro Abreu lê a ata da última reunião
mesa representativa da direita para a esquerda: vice-presidente do conselho Fábio Botelho, presidente Zunino, Alexandre Espíndola e Alessandro Abreu
lexandre lembra que as cifras na economia do Clube cresceram muito com a série A, o que dá mais responsabilidade ainda à análise das contas, até hoje aprovadas. Em 2004, o orçamento anual do Avaí foi de R$ 3,8 milhões. Dois anos depois dobrou para R$ 6 milhões. Para 2011, a previsão é de R$ 37 milhões. Para Alexandre, o importante é que o conselho tem acesso aos números e esse processo ocorre com total transparência. “Esse cuidado gera competência, exige a boa gestão dos recursos”, explica. As mudanças nos últimos anos também estão na estrutura do Clube, que cresce a cada dia, com conforto e tecnologia para atletas e funcionários. Alexandre explica que todos estão aprendendo a lidar com a nova realidade. “Essa formatação ainda está acontecendo. E o foro de discussão é aqui (dentro do conselho) e não lá fora”, lembra. No ano passado, o conselho inaugurou um espaço próprio, a Sala de Documentação Walter Lange, que vem resgatando a história do Clube, recuperando documentos antigos. Entre reuniões estatutárias e extraordinárias, o conselho é convocado em média uma vez por mês. Para entrar nesse grupo seleto é preciso primeiro ser indicado por algum conselheiro. A seguir, a proposta entra em votação no próprio conselho e precisa ser aprovada. O candidato ainda tem de ser sócio a pelo menos um ano e ter mais de 18 anos de idade. Outra forma de ingressar no conselho é integrar uma chapa durante as eleições, que ocorrem a cada quatro anos. A próxima será em novembro de 2013. Até hoje, a disputa sempre terminou em consenso, sem embate entre chapas distintas.
Em cada conselheiro, uma história de amor ao Clube C ada um dos 230 conselheiros tem uma história de vida ligada ao Avaí que começa na infância. O secretário da entidade, o advogado Alessandro Balbi Abreu, 35 anos, foi um dos meninos que entravam no gramado do estádio Adolfo Konder no intervalo dos jogos, o que ainda era permitido na época. O vice-presidente do conselho, Fábio Murilo Botelho, 40 anos, esteve em campo na última partida realizada no mesmo estádio, antes da demolição. Foi num amistoso entre Avaí e Colegial, e Fábio enfrentou o Leão. O vice-presidente, Edmundo Simone, 62 anos, também tem historias pra contar.
Em 2005, o hoje presidente do conselho, Alexandre, ajudou a evitar uma greve de funcionários por salários atrasados. Na época, o técnico Vagner Benazzi se pronunciou contrário às folhas de pagamento de atletas e funcionários ser pagas em datas diferentes. Desde então, há seis anos, todos recebem no mesmo dia no Clube. Alexandre se tornou avaiano por causa do tio, Jair José de Brito, hoje com 60 anos. “Ele me levava nos jogos e me fez ser um viciado pelo Avaí”, lembra o presidente. Seu Jair se recupera em casa de um AVC que sofreu no ano passado. www.avai.com.br
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Jamira Furlani/Avaí F.C. Alceu Atherino/Avaí F.C.
aconteceu no avaí
Adolfinho recebe homenagem
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nota do editor
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Jamira Furlani/Avaí F.C.
oi com grande pesar que a equipe de produção da Revista Oficial do Avaí F.C. recebeu, já em fase de conclusão desta edição, a triste notícia do falecimento, no dia 9 de março, do grande e inesquecível Adolfinho. Prestamos nossa solidariedade à família e à toda nação avaiana.
Notebook Intelbras
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sócio do Setor B, João Paulo Martins, foi o grande ganhador do notebook oferecido pela Intelbras, empresa patrocinadora máster do Avaí Futebol Clube. O sorteio foi feito pelo site www.random.org. Participaram da disputa os sócios do Clube que compareçam ao jogo Avaí 1 x 2 Chapecoense, que marcou a estreia do Avaí no estadual 2011. Na foto, ele recebe o notebook do superintendente administrativo do Avaí, Cláudio Vicente (à esquerda) e do diretor de marketing da Intelbras, Ricardo Gutierrez.
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Ressacada recebe o busto de Aderbal Ramos Silva
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o dia 2 de fevereiro, aconteceu, na Ressacada, a solenidade de inauguração do busto do Dr. Aderbal Ramos da Silva. Diante de políticos, personalidades da cidade, autoridades, sócios, conselheiros e torcedores do clube, a cerimônia de descerramento durou uma hora e trouxe ao público fatos históricos da vida de Aderbal e discursos emocionantes. O presidente João Nilson Zunino, em seu discurso, citou o nome de grande parte do público presente, evidenciando a necessidade de lembrar daqueles que fazem e fizeram a história do Avaí Futebol Clube. Para o presidente, o Avaí será sempre grande com a união que existe entre as diversas gerações. “O clube é eterno. Nós vamos embora. Mas a essência do Avaí está na união de todas as gerações. Dos mais jovens aos experientes, o clube é um só e o espírito é de união e força”. Sílvia Hoepcke da Silva, uma das filhas do Dr. Aderbal, fez um discurso emocionante que trouxe o orgulho de herdar o sentimento avaiano do pai. “Tenho a honra de ter sido contaminada pelo sentimento azul o qual meu pai nos passou. O Avaí corre em nossas veias. E nosso pai sempre deixou claro isso nos transmitindo o positivismo”. Alceu Atherino/Avaí F.C.
Adolfinho com sua esposa, Zilda Cidade Camilli, e Zunino
o dia 16 de dezembro de 2010, o ex-goleiro Adolfo Martins Camilli, o Adolfinho, foi homenageado com a inauguração de uma obra de arte que retrata a história de um dos maiores personagens da gloriosa trajetória do Clube. O painel, em formato vertical, traz a imagem de Adolfinho, que foi o maior goleiro da história do Avaí e do futebol catarinense. O retrato, idealizado pelo artista Mauro José Pereira, o Mausé, é de 1942, ano em que Adolfinho iniciou a carreira no Avaí, aos 16 anos.
colaborou: vandrei bion
Fotos: Alceu Atherino/Avaí F.C.
Zunino toma posse na Associação de Clubes
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o dia 4 de fevereiro, o presidente João Nilson Zunino tomou posse como presidente da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina. A cerimônia aconteceu no Majestic Palace Hotel, em Florianópolis. A reeleição aconteceu em 10 de dezembro de 2010 e o exercício é 2011/2012. Zunino terá como vice o representante do Clube Atlético Metropolitano, de Blumenau. Compõem o conselho fiscal os diretores do Joinville, Marcílio Dias e Figueirense.
Ciclistas do Avaí convocados para a Seleção Brasileira
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equipe de ciclismo do Avaí/ FME/Florianópolis iniciou a temporada de 2011 com dois atletas sendo convocados para a Seleção Brasileira adulto. Rafael de Barros Gasparini e Raul Guilherme Malaguty (foto) foram chamados e no dia 25 de janeiro se apresentaram no Velódromo de Maringá, no Paraná, onde acontecem os treinamentos dos atletas para os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. A Seleção Brasileira participará de algumas competições internacionais visando conquista de medalhas no México. Rafael e Raul são duas grandes promessas do ciclismo nacional. Eles têm apenas 18 anos e já estão na Seleção Brasileira adulto, o que comprova o talento dos atletas.
Conselho aprova o orçamento para 2011
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Conselho Deliberativo do Avaí Futebol Clube, em reunião realizada no dia 8 de fevereiro, aprovou o orçamento do Clube para o exercício 2011. A peça orçamentária foi aprovada com três alterações e é 38% maior, em termos de receita, em relação ao exercício de 2010. A reunião começou com a aprovação, por unanimidade, da ata da reunião do dia 28 de dezembro de 2010. Em seguida, os jornalistas Alceu Atherino e Niko-
las Stefanovich entregaram ao conselho um livro com as dez edições da Revista do Avaí, que completou dois anos de existência. Em seguida, o superintendente do Clube, Nerto Machado, expôs o orçamento 2011 e apresentou uma prévia das contas de 2010, que serão submetidas ainda ao conselho para apreciação e votação. A reunião contou com a presença do presidente do Clube, João Nilson Zunino, que assistiu grande parte das discussões.
Seminário de integração
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Avaí realizou, no dia 18 de fevereiro, no restaurante da Ressacada, seminário de Integração que reuniu todos os funcionários do clube para conhecer e discutir o planejamento e as metas para 2011. O objetivo do seminário foi promover a integração da estrutura organizacional das atividades Fim (futebol), Meio (negócios) e de Apoio (administração), buscando o crescimento do clube e a harmonia entre os segmentos. O presidente João Nilson Zunino fez o uso da palavra para ressaltar a necessidade de união entre todos os funcionários para que o clube atinja todas as metas em 2011. O presidente destacou, também, o projeto de implantação da ISO 9001 que deverá ser concluído este ano com a obtenção do certificado.
Avaí adere à numeração fixa
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esde 21 de janeiro, dia da partida Criciúma 2 x 0 Avaí, o Avaí utiliza numeração fixa dos jogadores para a temporada 2011. O objetivo da medida é facilitar o processo de logística e contribuir com o trabalho da imprensa na identificação dos atletas. Além do número definitivo, a camiseta recebe o nome específico de cada profissional. A numeração de cada atleta pode ser conferida no site do Clube (www.avai.com.br) e também nesta edição da Revista. www.avai.com.br
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Jacaré
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UM herói
que Ninguém
esquece Reportagem: Róbinson Gambôa fOTOS: RUBENS fLÔRES
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m dos maiores ídolos que já vestiu o manto azul e branco do Avaí, o atacante Jacaré, hoje com 39 anos, acompanha atento o crescimento do Clube. No gramado onde Jacaré reinou nos anos 90, hoje desfilam os maiores craques do país, nas disputas pela série A, campeonato catarinense e sul-americana. Enquanto o número de sócios cresce a cada dia, o estádio também se amplia para receber a nação avaiana, que não esquece seus heróis do passado. Ermison José Leopoldo, o Jacaré, saiu das categorias de base para brilhar nas conquistas da segundona em 94, marcando o retorno do Avaí à elite do estadual e, mais tarde, no título de 97. Jacaré marcou dois gols em cada uma das finais, mas se notabilizou mesmo quando foi lembrado pelo amigo Gustavo Kuerten, campeão em Roland Garros no mesmo ano. Guga chegou ao topo do mundo no tênis e revelou que seu ídolo era o atacante avaiano Jacaré. Destaque em torneios juvenis pela Astel, Jacaré foi levado para a Ressacada ainda garoto, época em que trabalhava como gandula nos treinos de tênis. Foi lá que conheceu o garoto Gustavo, quatro anos mais jovem. “Ele já tinha talento e esse jeitão desleixado. Mas não gostava de perder e chorava de verdade”, lembra. Logo após ter feito os dois gols na final de 97 contra o Tubarão, Jacaré foi negociado com o Boa Vista, de Portugal. Por pouco, não foi parar no Flamengo, sua paixão de infância. “Era para eu ser o suplente do Romário. Mas o Flamengo quis pagar parcelado. O Boa Vista pagou a vista e levou”, lembra.
Aqueles dois gols que deram o título de 97 ao Avaí também deram projeção nacional a Jacaré. Do Boa Vista, voltou para o Grêmio, onde foi campeão da Copa do Brasil. Também jogou na Malásia e em quatro clubes de Pernambuco, onde encerrou a carreira cedo demais, em 2003, aos 33 anos. Por sorte, Jacaré foi incentivado pelo pai a seguir os estudos antes de se tornar profissional. Quando parou de jogar, voltou para a sala de aula, entrou para a faculdade e se formou em Administração, profissão que exerce há seis anos, na secretaria municipal de saúde de São José. Quem quiser encontrar o ídolo, pode vê-lo na sede da AABB de Coqueiros, onde passa a maior parte do tempo disponível. “É minha segunda casa”, revela. Ali, disputa partidas de tênis com os amigos e relembra seus momentos de glória no futebol. Mas nem mesmo a fama o fez abandonar suas raízes. Jacaré ainda reside na mesma casa, em São José, há 30 anos, com a família. Fora dos gramados, Jacaré também se dedica ao Carnaval, acompanhando uma paixão de toda a família. Seu pai foi presidente da Copa Lord, do Morro da Caixa, onde nasceu, escola hoje comandada pelo tio. A destreza com a bola nos pés, que fez de Jacaré um dos maiores ídolos da história do Avaí, ainda pode ser vista na passarela do samba, todos os anos. Futebol, mesmo, só com o grupo chamado Amigos do Cobra Criada, que se reúne todas as quartas-feiras na cabeceira da ponte.
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Adílson Heleno
Como cativar uma torcida
inteira Reportagem: Celso Martins fotos: rubens flôres
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az pouco tempo, o ex-jogador Adílson Heleno recebeu uma camisa do Flamengo, enviada pelo Museu do Futebol instalado no estádio paulista do Pacaembu (SP), com o número 10. Junto, uma caneta especial para autografar a peça que vai integrar o acervo da instituição. “Um abraço do Adílson Heleno”, escreveu. Apenas isso, nenhum autoelogio ou confete sobre a cabeça, confirmando uma das suas principais qualidades – a humildade. Foi isso o que ele aprendeu em casa, na Baixada Fluminense, e depois no Flamengo, onde foi testemunha direta das trajetórias de Zico, Adílio, Andrade e Tita, entre outros. Filho de Bráulio Heleno e de dona Manoelina Marciano, nascido no dia 7 de outubro de 1962, Adílson saía da escola direto para os campinhos de pelada, chegando em casa com o uniforme sujo, para desespero e bronca da mãe. É sobre esse passado que Adílson fala ao nos receber na unidade de ensino de futebol do Canto - Estreito, pouco depois de uma atividade de campo com a garotada. Na secretaria da escolinha há um banner com a trajetória profissional, troféus, medalhas, marcos de lembranças que começam por volta de 1979 e incluem o lendário Garrincha. “Ele fazia a supervisão das escolinhas de futebol mantidas pela Legião Brasileira de Assistência - LBA e fui aluno dele”.
virtudes Seriedade e simplicidade são as principais qualidades de Adílson
Camisa 10
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oi nesse espaço que o atleta se revelou, escolhido para o selecionado da LBA, até chegar ao Flamengo. “Fiz toda a trajetória no Flamengo, desde o infantil até o profissional. Ao chegar ao time principal a camisa 10 já tinha um dono, Zico”. Assim, sem muito espaço, mas com as qualidades confirmadas, Heleno acabou sendo emprestado ao Fortaleza, depois ao Vitória (fez parte da negociação para a ida de Bebeto ao time carioca). Toda essa trajetória vinha sendo acompanhada de perto pelo então diretor de futebol do Avaí, Mario Cezar Campos. Corria o ano de 1987 quando ele apareceu na Ressacada. A vez de Adílson Heleno deixar sua marca chegou em 1988, através de uma sucessão de partidas vitoriosas e de adversários históricos, como o Joinville, batidos com brilhantismo. Nesse tempo todas as jogadas nasciam de seus pés. Fazia gols de atordoar goleiro e arrepiar torcida. “Dos 17 gols que fiz naquele campeonato, 12 foram de falta”, recorda. A memória marcante de sua presença no Avaí é desse tempo. Pelo tamanho do reconhecimento e o carinho devotado da torcida, parece que ele atuou por uma década no Clube, mas não foi isso que aconteceu. A torcida foi cativada e se lembra dele, até hoje, por alguns meses de atuação. Pouco tempo, mas suficiente para recarregar a autoestima dos torcedores e dirigentes. Nesse mesmo ano de 1988, ele foi disputar a Copa União pelo Criciúma onde, apesar do rebaixamento do time, Adílson Heleno recebeu o troféu Bola de Prata da revista Placar como melhor ponta de lança. www.avai.com.br
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Passe A
s qualidades do filho de dona Manoelina e do senhor Bráulio foram mais uma vez reconhecidas com a ida para o Grêmio, onde conquistou os títulos do estadual gaúcho e Copa do Brasil (1989). As duas faixas são mantidas a vista na secretaria da Escolinha de Adílson Heleno no Canto. Depois do Grêmio, passou pela Portuguesa Paulista, Figueirense (1991), Atlas (Guadalajara, México), Avaí (cerca de quatro meses). Em 1994, após perambular por outros times, adquiriu seu próprio passe. Foi então que decidiu passar uns tempos no Barcelona de Guayaquil (Equador), depois no ABC de Natal (1995, campeão e craque do campeonato), Fluminense de Feira de Santana-BA (1996) e Tubarão (SC), quando viu chegar o momento de se aposentar. Após ter passado por todas estas cidades e clubes, resolveu se estabelecer em Florianópolis, passando as festas de fim de ano com os familiares no Rio. “Quem toma da água dessa Ilha não sai mais”. orgulho Adílson exibe o troféu Bola de Prata da Placar como melhor ponta de lança de 1988
Humildade e garra, as características
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Em agosto de 2009, os jogadores Zenon e Adílson Heleno foram chamados à Ressacada para uma missão especial – deixar seus pés na Calçada da Fama do Clube. O reconhecimento aproximou ainda mais o ex-atleta com o Leão, num momento de esforço por chegar à elite do futebol brasileiro. Isso fez com que ele passasse a prestar maior atenção nas atuações do time, formando opiniões sobre o futuro do Leão da Ilha. Também aqui ele se mostra ponderado, equilibrado, sem mesuras. Ao mesmo tempo em que credita ao grupo os sucessos de 1988, carregado de simbologia para a torcida por significar a saída de anos de letargia, se coloca numa eventual seleção avaiana de todos os tempos. “É preciso reconhecer que sem colegas como Fossati e Belmonte, por exemplo, não teríamos chegado aonde chegamos”. Hoje, com 48 anos de idade e com muito gás, lamenta que o atual time do Avaí tenha começado tão mal no Estadual de 2011, “o que não é admissível para um clube bicampeão”. Espera que a situação se modifique no returno, pois existem muitos “jogadores com bagagem” e que “precisam mostrar serviço”, além do técnico Silas, recém-chegado. Deixa como sugestão
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um incremento nos treinos com bola parada, levando a gols que “podem fazer a diferença”. O Avaí é hoje um Clube “muito bem estruturado” e “todas as vezes que vou ao estádio me surpreendo com as mudanças. É um campo moderno, bonito e aconchegante”. Por isso espera que “no returno a equipe consiga se superar” para enfrentar os principais adversários da atualidade – Chapecoense, Joinville, Criciúma e o time do Estreito. “Todos eles, mais o Avaí, têm mostrado condições de chegar ao titulo”. Na despedida fica a certeza de que além de craque em campo, Adílson Heleno é um cavalheiro também fora das quatro linhas do gramado. Isso fica evidente na humildade com que fala em si, o hábito de dar o crédito a quem de direito, a clareza de objetivos, a persistência no trabalho. “Estou sossegado”, diz ele. “Não digo que esteja satisfeito”, acrescenta, pois se assim estivesse, talvez já houvesse deixado de lado as escolinhas onde atua. Mas ele nem demonstra intenção de abandonar o ofício.
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leoa avaiana
Paula
Gonçalves de Almeida www.avai.com.br
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Resultado concurso Leoa Avaiana
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Fotos: Geremia Photography/Avaí F.C.
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Parabéns, Ana Paula! A
avaiana Ana Paula Coutinho é a grande vencedora do concurso Leoa Avaiana 2010. Ela conquistou 39% dos votos. O segundo lugar ficou com Cláudia Santos, com 31,7% dos votos. A camisa oficial do Avaí F.C autografada pelo elenco de 2011 foi sorteada para Fabiano Gaspar, de Florianópolis. O manto sagrado avaiano deve ser retirado até o dia 31 de março na sala da Assessoria de Imprensa do Leão, na Ressacada. A Revista Oficial do Avaí F.C. agradece a participação das Leoas, que abrilhantaram nossas páginas com muita beleza e simpatia, e também aos leitores que enviaram seus votos por e-mail.
‘Tenho meu amor pelo Avaí estampado na pele’ A
Campeã 60
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técnica de nutrição Paula Gonçalves de Almeida, 18 anos, é a Leoa Avaiana da 11ª edição. Natural de Florianópolis, Paulinha não perde os jogos na Ressacada e, quando possível, vai às partidas fora. “Meus familiares sempre me levavam na Ressacada quando era criança e o meu amor foi crescendo a cada dia”, afirma a Leoa, que eternizou sua paixão pelo Clube numa tatuagem. O fotógrafo Geremia assina o ensaio exclusivo realizado nas dependências do estádio Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis.
Troca de passes Nome: Paula Gonçalves de Almeida Apelido: Paulinha Data nascimento: 04/10/1992 Naturalidade: Florianópolis Signo: Libra Altura: 1,55 m Peso: 48 kg Cintura: 82 cm Profissão: Técnica de Nutrição Música: Armandinho - Ana lua Filme: Sempre ao seu lado Comida: Lasanha Jogador que mais gosta: Meu ídolo, Marquinhos Santos Sonho: Ver o Avaí ser campeão brasileiro da série A Fotos: Geremia - www.photogeremia.blogspot.com Produção de Moda: Marisa Remor Make up: Nana Souto Cabelo: Alex Noronha & Robson Leno Assistente de produção: Vanderlei Jr.
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Fotos divulgação/Avaí F.C.
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Pedro Henrique Pons Stefanovich Filho de Nikolas e Luciana, em dois momentos: no dia de seu nascimento (18 de dezembro de 2010), com o presidente Zunino e, hoje, com dois meses, trajando seu tip-top avaiano (Fotos 1 e 2)
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3) Matheus Graça da Costa, 4 anos; 4) Vicente B. Martins, com 4 anos; 5) Laura Cataneo Freitas e Gustavo Cataneo Freitas; 6) João Vitor Maciel, 3 anos, com Amanda e Thamirys; 7) João Vitor Jacques, 11 anos; 8) Amanda e Isabela com o pai Alexandre, nascidas em julho de 2010; 9) Isadora Cardoso da Silva, 5 anos; 10) Arthur Porto Schnaider, nascido em julho de 2010; 11) Arthur Bueno Mohr de Carvalho, com 10 meses 62
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1) Maurício Roberto Piazza, em frente a Fontana di Trevi, em Roma - Itália; 2) Mauri e Nestor, em Aparecida - SP, pela manutenção do Leão na série A em 2011; 3) Mateus Vieira Carlesso, em Bremen - Alemanha; 4) Nathália Reitz Francener, em Cuba; 5) Maria Raquel Silveira Hoepers, na Irlanda; 6) Maria Luiza Pinheiro de Souza com Alexandre Pinheiro de Souza, na Tower Bridge, em Londres - Inglaterra; 7) Marcus Tavares Vieira, no Empire State, em Nova Iorque - Estados Unidos; 8) Elis Dutra e Diego Oliveira, num cruzeiro marítimo; 9) Conselheiro Renato Teive e Eliane Silvy Teive, no Teatro Amazonas, Manaus - AM; 10) Caroline Isabel Ventura, na Praça das Nações, em Buenos Aires - Argentina; 11) Bernardo Pessi, no estádio La Bombonera, Buenos Aires - Argentina; 12) Alysson Mattje e Mariana Narloch Lenkaitis, em Salvador - BA; 13) Vilsoney Hames, no estádio Azteca, Cidade do México - México www.avai.com.br
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da casa: jovem goleiro garante espaço na seleção brasileira e mira as Olimpíadas de 2012
O anjo loiro voltou: O ídolo Marquinhos Santos abre o coração em entrevista exclusiva e garante: “só vou embora quando o Avaí não me quiser mais” Silas: O treinador volta para casa e declara todo O seu amor pelo Avaí Campeonato Catarinense: O foco agora é no returno
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