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PIRAJU em CENA Trabalho fotográfico de José Carlos Garcia
1.a Edição 2015
Apresentação “Uma imagem fala mais que mil palavras” Baseado nesta frase, resolvi publicar algumas fotografias que considero ser os melhores registros da minha vida. Também fiz uma relação entre a poesia, a música e a fotografia, com versos e letras de músicas. A principal é a Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, música que considero uma das mais belas e que enaltecem as belezas do Brasil. Ainda fiz alguns poemas para várias imagens sempre dando ênfase à natureza. “A natureza sempre se faz presente em nossas vidas, basta que saibamos enxergá-la e valorizá-la como ela merece”
Aquarela do Brasil, homenagem ao grande compositor Ary Barroso e à minha querida cidade de Piraju
“Aqui os erros se escondem e os acertos dependeram de muitas tentativas” José Carlos Garcia
Brasil, Meu Brasil, Brasileiro
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Piraju libertou seus escravos antes da Lei Áurea. (colaboração: Olivier Viana)
O dia 15 de janeiro é uma data histórica para Piraju e merece ser lembrada. Nesse dia do ano de 1888, quatro meses antes da Lei Áurea (13 de maio), a Câmara local decretou a abolição da escravatura no município. Acatou proposta do vereador Benedicto da Silveira Camargo, pai do ex-prefeito Joaquim Ottoni da Silveira Camargo, “Quinzinho Camargo”. Para ser aprovada, precisou do voto de desempate do presidente da Casa, evidenciando tratar-se de assunto bastante polêmico. Uma comissão composta dos vereadores Major Mariano Leonel Ferreira, Tenente Coronel Gustavo Pinheiro de Mello e Dautro José Teixeira Machado ficou encarregada de fiscalizar o cumprimento do decreto. Ao fazer a proposta, Benedicto Camargo salientou tratar-se de “ideia predominante no País”, o “diminuto número de escravos existentes no município” e que tal fato muito viria “honrar a municipalidade”. Decorridos 127 anos, a data, que já se cogitou fosse incluída no calendário de comemorações cívicas do município, é pouco lembrada. A maioria dos pirajuenses, mesmo os representantes da raça negra, desconhece ou pouco valoriza seu importante significado. O decreto de 15/01/1888 revela outro aspecto, também esquecido e não menos importante: a preocupação de seus vereadores com temas de real importância para a comunidade e mesmo para o país. Isso, certamente, contribuiu para a posição de destaque que Piraju ocupava no cenário político e econômico da Nação. Segundo um morador, “resta-nos um consolo, o racismo aqui quase não é sentido, talvez pela consideração que essa parcela de nossa comunidade merece desde aquela época. Maria do Pito, Fernete, Sebastião Procópio, Chupeta e tantos outros, que são lembrados com saudades”. Já o centenário e popular “João Gato” (João Vitor de Castro) mereceu homenagem póstuma ao ser retratado pela artista plástica pirajuense Diva do Val Golfieri, que o fez como “homenagem à raça, através de uma pessoa humilde, mas muito honrada e muito trabalhadora”. O quadro foi doado à Câmara Municipal.
foto: ZecaGarcia
Meu Mulato inzoneiro
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O Rio que Passa José Carlos Garcia
Eu sou o Rio que passa nas matas nas rochas que sobe que desce no meio da praça
que nutre a fauna que molha o chão que mata a sede da população
e todo esse povo me chama ‘panema’ um jeito amoroso de me comentar
eu quero correr prá água subir prá chuva cair não posso parar
Garganta do Diabo - Salto Piraju
Vou cantar-te nos meus versos
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Na beira do Rio tem zueira, tem brincadeira, eu vou me banhar
O Brasil samba que dá
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foto: ZecaGarcia
Peixe Dourado Monumento existente na entrada da cidade de Piraju, ou Pira-yu que significa ‘peixe-amarelo’ em guarani, uma referência a grande quantidade de dourados existentes no Salto Piraju.
Igreja Matriz de S達o Sebasti達o
(imagens feitas na torre da Igreja)
Bamboleio, que faz gingar
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Grupo de Moçambique de Piraju - Festa do Senhor Bom Jesus - Bairro do Cágado
O Moçambique é uma dança popular de caráter religioso cheia de crendices. É uma não-criação, ou seja, uma fusão de pequenas danças, que se identifica às congadas. Não se sabe precisamente a sua origem, mas a dança com pauzinhos foi provavelmente incorporada à cultura brasileira pelos escravos, devido à sua temática, à devoção a São Benedito (o santo dos negros) e ao bailado marcado por batuques comuns a danças africanas. fonte: http://www.vozesdomocambique.com
Basta conhecer Piraju para constatar que a sua vocação turística é indiscutível. A cidade de Piraju recebeu o status de Estância Turística, passando assim a ser denominada a partir de cinco de julho de 2002 de Estância Turística de Piraju, devido às suas belezas naturais e ao rio totalmente despoluído. Piraju possui rara beleza natural em todo o município. O clima ameno, em virtude do Vale do rio Paranapanema, a topografia de ondulada a ondulada forte e a existência de extensas matas nativas e áreas reflorestadas, paralelamente a existência de três represamentos por barragem de hidrelétrica, deixam o município com muita heterogeneidade em paisagens, propiciando um turismo dinâmico e rico em ambientes.
O Brasil do meu amor
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Em um lugar distante daqui, nas terras onde pisei foi lĂĄ que conheci, a saudade de alguĂŠm
“Piraju se localiza no quadrante sudoeste do Estado de São Paulo, não muito distante da divisa com o Estado do Paraná e um pouco ao norte do trópico de Capricórnio. Esta posição a coloca em uma faixa de transição ambiental, com características que transitam entre o tropical e o subtropical. O relevo é caracterizado como planalto, o planalto Meridional, com altitudes que variam entre 932m (próximo á Serra de Fartura) e 422m (foz do Ribeirão do Palmital, divisa com timburi) na saída do Paranapanema do território Pirajuense (Cachoeira Palmital). No perímetro urbano, as altitudes variam entre 633 metros (cemitério municipal) e 487 metros no salto do Piraju.
Salto
u
Piraj
Cach
oeira
Palm
ital
Esse modelado movimentado resulta da estrutura geológica comum no Brasil meridional, caracterizada por um grande episódio vulcânico que ocorreu há mais de 120 milhões de anos. Por esta ocasião, gigantescas erupções de lava quente e pastosa afloravam por grandes fendas da crosta terrestre, espalhando-se pela superfície formada por dunas arenosas (naquela ocasião, o clima era desértico). A lava vulcânica consolidada e as intercalações areníticas formaram pacotes rochosos que têm o nome de formação Serra Geral (IPT-SP, 1981 a,b). Desse modo, os terrenos de Piraju são caracterizados como vulcânicos”. (Arqueologia da Arquitetura, Morais, Daisy, 2007)
Terra de Nosso Senhor Brasil!... Brasil!... Prá mim!... Prá mim!... 17
Brilha o sol sobre a brisa Tudo encanta, Tudo é vida
A ESTAÇÃO A estação de Piraju, inaugurada em 1906 como ponta da linha do Tibagi, transformou-se dois anos mais tarde no ponto terminal do ramal de Piraju, visto que o que viria a se tornar o tronco da Sorocabana continuou a partir de Manduri para oeste. Na verdade, o ramal ManduriPiraju foi custeado com a Câmara Municipal de Piraju bancando parte do seu custo, interessada em ter a Sorocabana coletando café em suas terras. A construção segue uma tipologia arquitetônica diferente das demais estações construídas pelo governo, tendo sido projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo. Em 1913, o já ex-Presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt, visita o Brasil, e viajando pelo trem da Sorocabana passou em Piraju para conhecer a ponte de ferro construída pelo seu filho Eng. Kermit Roosevelt. fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/piraju.htm
Episódios que envolveram a construção do ramal ferroviário ligando Manduri à Piraju. - Em 1903, sob a liderança de Ataliba Leonel reuniramse cafeicultores de Piraju e região para solicitar ao presidente do Estado a extensão da Estrada de Ferro Sorocabana. Na época, os cafeicultores se comprometeram a financiar parte dos custos com a construção do ramal ferroviário que ligaria Manduri à Piraju. - Em abril de 1905, o presidente da Câmara, Ataliba Leonel, juntamente com os cafeicultores de Piraju e Fartura assumiram o compromisso com o Governo do Estado de construir, conforme projeto fornecido por esse governo, o leito ferroviário que ligaria Manduri à Piraju. - Em 21 de abril de 1906 comemorou-se o assentamento da pedra fundamental da construção do prédio principal da Estação Ferroviária de Piraju cujo projeto foi encomendado pelo Governo do Estado ao famoso eng. arquiteto Ramos de Azevedo. (Morais, Daisy, 2007)
Ah, Abre a cortina do passado
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eu quero correr, pra ĂĄgua subir pra chuva cair, nĂŁo posso parar
Surucuá-variado (Trogon surrucura)
Soldadinho (Antilophia galeata)
A Estância Turística de Piraju já desperta interesse de grande número de observadores de aves. Com 344 espécies de aves já catalogadas, ocupa o 38º lugar entre os municípios brasileiros e o 10° lugar entre os paulistas, no ranking do WikiAves, um site de conteúdo interativo, direcionado aos amantes desse hobby. Piraju faz parte da extensa Área de Proteção Ambiental (APA-Tejupá), abriga o único trecho natural do rio Paranapanema (7 km) e o Horto Florestal do governo do Estado, uma “Área de Refúgio da Vida Silvestre” (quase 3 milhões de metros quadrados), “Reserva Particular do Patrimônio Natural” (perto de 4 milhões de metros quadrados), além de Área de Preservação Permanente tombada por decreto municipal, o Parque do Dourado. Só neste local já foram fotografadas mais de 180 espécies de aves, além de muitos animais silvestres como irara, quati, bugiu, tamanduá entre outros. A PIRAVES tem trabalhado para a preservação das aves e do meio ambiente através do Projeto Aves da Minha Vida, desenvolvido nas escolas Municipais.
Tangará (Chiroxiphia caudata)
Tira a Mãe preta do cerrado
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Maria-preta-de-penacho Knipolegus lophotes, Boie, 1828
O nome popular desta espécie ressalta o característico topete alto. Em voo, mostra uma ampla mancha branca nas asas abertas. Mede cerca de 21 centímetros.
Pica-pau-rei (Campephilus robustus) O Pica-pau-rei é considerado o maior pica-pau do Brasil. De rara beleza, possui a cabeça e o pescoço vermelhos, dorso creme, asas e cauda negras. Assim como as demais espécies de pica-pau. C. robustus possui um canto territorial, diversos tipos de chamados e uma música instrumental, o "tamborilar". Ela é executada através de repetidos golpes do bico sobre a superfície de troncos secos ou ocos, substrato escolhido de maneira a proporcionar boa ampliação da sonoridade e alcance do ruído. C. robustus faz um "tamborilar" bissilábico, que pode soar como uma voz e ser individualmente diferente. Para marcação de território ou para comunicação entre machos e fêmeas, usa valorização e, até certo ponto, também o "tamborilar".
Tico-tico-rei (Lanio cucullatus) Medindo cerca de 13,5cm, tem tamanho semelhante ao do pardal, mas com coloração marrom escura na parte superior e vermelha nas partes inferiores e na cabeça, especialmente no macho, que apresenta uma coloração intensa e um topete vermelho com uma faixa negra. Ambos os sexos apresentam uma linha branca circundando os olhos. A coloração das fêmeas não tem tanto brilho e são mais pardacentas. fonte: www.wikiaves.com.br
Bota o Rei Congo no Congado, Brasil, Brasil!
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Em Piraju a tradicional dança foi preservada pela família do Sr. Baia que até nos dias de hoje procura manter a tradição da família apresentando a dança em festas da cidade.
Curió (Sporophila angolensis) Conhecido também como avinhado, bicudo, papa-arroz e peito-roxo (Pará). Existem parentes próximos do nosso Curió na Nigéria e na Califórnia, porém diferem do nosso na plumagem e canto. O curió é muito estimado por seu canto, por isso é um dos pássaros canoros mais caçados e engaiolados por criadores, chegando ao nível de redução significativa de sua população em seu ambiente natural. Seu nome, na linguagem indígena, significa “amigo do homem”. Por extensão, não podemos afirmar que o homem seja propriamente um amigo do curió, reduzindo seu habitat natural, caçando-o impiedosamente e fazendo desse pássaro um verdadeiro ícone de disputas de canto e de comércio desenfreado, que funciona nos meandros e muitas vezes na marginalidade das leis de proteção ambiental, beirando a imoralidade gananciosa e permissiva. Atualmente o curió, assim como muitos outros pássaros brasileiros, encontra-se ameaçado de extinção, em decorrência da caça e comercialização que visam o mercado dos criadores ilegais e da destruição de seus ambientes naturais. A reprodução em cativeiro é bem sucedida, utilizando-se de tecnologia para distinção do sexo desde filhote através de análise de DNA para ensinar aos machos através de CD/DVD o canto escolhido.
O Canto do Curió José Carlos Garcia
Fui fazer uma aventura Lá pra banda do igapó tava cheio de tristeza Triste que dava dó Quando vi que na paiada Lindo canto começou Era o canto tão singelo Do famoso curió Curió ficou sozinho Sua parceira sumiu Isso dá muita tristeza Pois o homem a possuiu Nunca vi tanta maldade Que a gente da cidade Por sua vaidade Natureza destruiu
Curió, curió Vai cantar no igapó Só não quero que cante Na gaiola do vizinho Que isso me causa dó
Deixa, cantar de novo o trovador
foto: ZecaGarcia
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À merencória à luz da lua
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sonho em que se perdeu, a lua o encobriu Queria subir ao céu, queria descer ao rio
Uma FelizCidade José Carlos Garcia Ah essa terra querida Que me enche de paixão Dos rios e verdes matas Lindos como um rincão Eu grito pra todo mundo Enalteço esse chão Seu nome é poesia Natureza e sertão Ooooo Pirajuuuuuuuuuu (bis) O minha terra querida Faz parte de minha vida A vida do interior Quem pode ficar quieto Sem falar dessa beleza Vontade de mostrar ao mundo Toda sua realeza Suas águas transparentes Sem nenhuma poluição Suas matas um presente Pra toda população Ooooo Pirajuuuuuuuuuu... Ooooo Pirajuuu O minha terra querida Faz parte de minha vida A vida do interior Quisera que esta cidade Tenha só prosperidade Que o povo todo atente Para uma só verdade Eu vivo nessa cidade E clamo a população A fazer de Piraju Conhecida da Nação
toda canção do meu amor
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Cidade da vida, da água corrente gente que sonha, e não se acanha
Quero ver essa dona caminhando
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ZecaGarcia
Um sonho, mem贸rias, real莽ando a vida Descobrindo a beleza, e toda natureza
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ZecaGarcia
pelos salões arrastando
A saudade bate no meu coração Não encontra espaço e corre pelos meus olhos
ZecaGarcia
O seu vestido rendado
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Ser feliz, viver a vida, conquistar, conhecer e aprender Mas nunca deixar de observar as belezas da natureza
Brasil!... Brasil! Prรก mim ... Prรก mim!..
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As imagens revelam parte da histรณria Nossa vida revelarรก nosso valor
Brasil, terra boa e gostosa
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A imagem ĂŠ natureza morta Mas ela nos dĂĄ vida E sempre nos recorda
Pedrinha
Prainha
Da morena sestrosa
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Nessas รกguas vou banhar E sonhando vou viver Para nunca esquecer Esse meu bem querer
Somos quatro na beira da estrada pedindo carona vamos viajar Prá terra do Peixe-amarelo arrastando o chinelo vamos chegar lá Passa um carro meio no embalo ficamos olhando o tempo que é bom Mas dinheiro que temos no bolso até dá desgosto o jeito é dedão Eu sou lá da terra do Chico Pipoca somos da patota que sabe viver Pedimos dinheiro emprestado ficando fiado ficamos freguês O pessoal daqui é acostumado falar tudo errado dize uma “co po cê” Se estamos falando ao contrário já dizem os otários tão falando inglês Com a cara de não sei o quê pergunta porque não pode entender “Nóis” responde é vocabulário, que está ao contrário pro “ceis” num “sabê”
De olhar indiscreto
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A luz, a sombra, o colorido o opaco Tudo ĂŠ belo, tudo lindo Caminhamos sem saber pra onde E continuamos indo e vindo
O Brasil, samba que dĂĄ
Ă gua, Ar, Terra...Florestas e campos Flores, aves e animais partes do encanto que vida sempre nos traz
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Para o mundo admirar.
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NĂŁo precisamos ser o sol Nos basta apenas ser luz Para que possamos irradiar Seja pouco, mas seja o melhor de vocĂŞ
O Brasil do meu amor, Terra de Nosso Senhor.
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Natureza tão bela, gente fina, camarada Fale o que quiser do mundo Mas não fale da terra amada
Brasil!... Brasil!
Prรก mim ... Prรก mim!...
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terra da รกgua, do rio corrente, do sonho da gente
Ah, Esse coqueiro que dรก coco
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Embora nosso tempo seja curto devemos manter a natureza sempre ela proverรก o necessรกrio para a vida de toda gente
Onde amarro minha rede
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A luz, a sombra, o colorido, o opaco Tudo ĂŠ belo, tudo lindo Caminhamos sem saber pra onde E continuamos indo e vindo
Nas noites claras de luar
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Não é difícil ser feliz basta apenas ver a luz em meio à escuridão
Ah! ouve essas fontes murmurantes, onde eu mato a minha sede 59
A natureza se revela Àqueles que a apreciam E se esconde Daqueles que a judiam
E onde a lua vem brincar
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foto: ZecaGarcia
JĂĄ ĂŠ tarde Cai a noite Dorme a ave Brilha a lua
Cidades maravilhosas José Carlos Garcia Uma é maravilhosa outra a Cidade Jardim as duas com certeza Maravilhosas pra mim Capital do Brasil Apesar da nobreza Não recebeu antes A luz acesa Tu tens Guanabara Também Ipanema Nós Jurumirim e o lindo panema O bonde também Cruzava a cidade Restando apenas A felicidade e para ajudar e dar proteção são abençoadas por São Sebastião e fico pensando com tanta beleza qual é a cidade mais linda pra mim
Ah! Esse Brasil lindo e trigueiro
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O sol, o rio, a lua O ar, a natureza o lugar me diz... O que te faz feliz?
Sanhaçu-papa-laranja (Pipraeidea bonariensis)
Tucanuçu (Ramphastos toco)
No Brasil existem mais de 1.900 espécies de aves, e é o segundo País em espécies do mundo. Piraju está entre os 38 municípios no ranking nacional, o que nos coloca em destaque no ramo da observação de aves. As aves são excelentes indicadores da qualidade de nosso ambiente, funcionando como polinizadores e dispersores de sementes. Uma situação favorável ou não para as aves geralmente reflete uma situação semelhante para outros grupos de animais e plantas, inclusive o homem. As aves são, portanto, essenciais para compreender os desafios ambientais e auxiliar nas mudanças de hábitos necessárias para a continuidade da vida no planeta. (fonte http://savebrasil.org.br/)
Mocho-dos-banhados (Asio flammeus)
É o meu Brasil Brasileiro,
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Sabiá-laranjeira (turdus rufiventris) O sabiá-laranjeira é o mais conhecido entre as espécies de sabiás, sua cor possui uma tonalidade de ferrugem e está localizada em sua barriga. Seu canto é totalmente encantador e ele o declara em dias produtivos. É símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira.
SAUDOSOS CARNAVAIS (Texto: José Carlos Catalá)
BONS TEMPOS e SAUDOSOS CARNAVAIS. Só para as lembrança dos nascidos na 1ª metade do século XX - cinquentões, sessentões e setentões e, dai em diante. Pergunto? Quem desta rica época, não se lembra do Saudoso Procópio e Dona Lurdes, Mario Preto e Dona Jandira, organizadores da Primeira Escola de Samba de Piraju, a desfilar pela ruas de nossa cidade, entoando o refrão "O PROCÓPIO APITOU, O SURDO SOOU - DA LICENÇA MINHA GENTE, QUE ESTA ESCOLA JÁ GANHOU". E com muita energia a escola saía do " BURACO QUENTE do SAMBA" e animava as saudosas noites de carnaval, que hoje, só povoam nossas lembranças, estas diga-se, já acomodadas no fundo do baú. A evolução da ESCOLA trazia a frente a Porta Bandeira - Madalena, que rodopiava com a Bandeira. logo atrás, seguiam as dançarinas - Ireide, Cidinha, Cida e Cida do Paulinho Preto, Lurdinha, Marly, Palmirinha, Tia Nene, Dona Maria e muitas outras, que não me recordo, que, rodopiavam com leveza, graça, alegria e, muito samba nos pés, as ruas ainda, em sua grande maioria sem pavimentação. Era tanta graça e leveza, que encantava os observadores que aplaudiam. A tudo somado a bateria da pesada, e seus componentes, Durango, Mortadela, Pernambuco " no surdo", Machadinho, Pedro Canjica, Jair nas caixas, Paulinho Preto "no cavaquinho", João Moreira, Jonas, Chupeta "na cuíca", Tiãozinho Procópio, Crispim, Pedro Malagodi, caixa, pandeiro e réco. Belos tempos, bons ventos e, saudosa lembranças, que no passado não muito distante e, sem ajuda oficial, atravessaram os anos 50 só trazendo alegria. Esta é minha pequena contribuição, a estas pessoas inesqueciveis. NOTA "contribuição e lembranças de Sebastião Procópio "Tião". "
Fotos: cedidas pela família de Gilberto Polenghi
Terra de samba e pandeiro.
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Fotos: cedidas pela família de Gilberto Polenghi
"O PROCÓPIO APITOU, O SURDO SOOU, DA LICENÇA MINHA GENTE, QUE ESTA ESCOLA JÁ GANHOU". E com muita energia a escola saía do " BURACO QUENTE do SAMBA" e animava as saudosas noites de carnaval, que hoje, só povoam nossas lembranças, estas diga-se, já acomodadas no fundo do baú
“O Rio Paranapanema é o orgulho da comunidade local, idéia totalmente consolidada desde há muito tempo. O arranjo da cidade, em acrópole sobre o rio, compõe o cenário de perfeita harmonia. Para os pirajuenses, o rio Paranapanema é sinônimo de meio ambiente, de ecologia. É um bem de uso comum da sociedade local, que serve das suas águas em múltiplo sentido.
A bacia do Paranapanema, especialmente os compartimentos diretamente decorrentes da ação do rio, também guarda um patrimônio cultural extremamente valioso: os sítios arqueológicos pré-históricos, que registram um povoamento humano de antiguidade ao redor de sete milênios. (Arqueologia da Arquitetura, Morais, Daisy, 2007)”
BRASIL, PRA MIM, PRA MIM, BRASIL, BRASIL...
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Nรฃo quero o dia sem sol Rio sem รกgua, noite sem lua nem a falta da presenรงa sua
Localizada na região sudoeste do estado de São Paulo, às margens do rio Paranapanema - único rio não poluído do estado, o município de Piraju caracteriza-se pela grande extensão de áreas verdes e exuberantes paisagens naturais. O Clima tropical, agradável durante todo o ano, as inúmeras cachoeiras e cascatas, corredeiras e remansos, represa locais para pesca e prática de esportes náuticos, tornaram possível para este município ser considerado Município Turístico, com registro na EMBRATUR.
Piraju comemora seu aniversário em 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, com uma festa tradicional e procissão fluvial, onde participa toda comunidade com embarcações enfeitadas, atletas da canoagem , rafting e stand up acompanham o festejo dando ainda mais brilho ao lindo cenário
PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO
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Com as doações das famílias Arrudas, Gracianos e Faustinos (1859), assim foi fundado o patrimônio a que foi dado o nome de São Sebastião, uma honra do santo de quem provavelmente imagem encontrada com os índios era devota a família Arruda, tanto que trouxera consigo um imagem esculpida em madeira, e que ainda hoje existe na Matriz local. Como havia outras localidades chamadas de São Sebastião, apelidaram a nossa de "São Sebastião do Tijuco Preto", pela razão de existir aqui esse "tijuco preto" em quantidade. Só mais tarde recebeu o nome atual de Piraju, assim vindo a ser chamado por ser este o nome que os indígenas davam ao peixe "dourado" que abundava no rio, sendo em breve oficializado. A primeira construção do recém-fundado patrimônio foi uma capela. Era bem rústica inicialmente - um simples rancho coberto de taquaras. Achava-se, aproximadamente, na atual Esaldivar Serra Braga em frente à Praça Joaquim A. Arruda (brasilinha) e o primeiro cemitério ficava ao seu lado. A primeira missa foi rezada no dia de São Sebastião, 20 de janeiro, e a lógica nos diz que isto aconteceu no ano de 1861, sendo oficiante o Frei José Loro, de Itaporanga. Mais tarde, foi construída outra capela, um pouco abaixo da Matriz atual, e era bastante tosca, com esteios nos cantos, grossos baldrames de madeira lavrada e parte de paredes de tijolos e parte de barro. A construção desta segunda igreja foi terminada em 1866. Somente seis anos depois de construída, tornou-se Igreja Matriz a segunda capela de São Sebastião do Tijuco Preto. Assim, em 29 de agosto de 1872, por determinação do Bispo Diocesano de São Paulo, deu-se a criação da Paróquia de São Sebastião do Tijuco Preto. No ano de 1900, foi iniciada a construção da terceira igreja, já um edifício majestoso, com torre e que foi terminada em 1906, durante o paroquiato do Padre Zacharias Gióia. Em 1924 foi iniciada a reforma com a ampliação das naves e que prosseguiu até meados do século.
Os Tramways de Piraju (bondinhos) Piraju uma pequena cidade na região cafeeira, 340 km a oeste de São Paulo, não muito longe da fronteira com o Paraná. A localização é remota e a população que era somente de 4000 em 1915, é hoje por volta de 29000. Piraju era a segunda menor cidade do Brasil – Após Bom Sucesso em Minas Gerais – a ter um bonde elétrico. Também teve umas das poucas linhas intermuni-cipais de bonde elétrico do Brasil que ia de Piraju até Sarutaiá. Na foto ao lado Ataliba Leonel, os construtores do bonde, políticos locais e suas famílias posando antes da viagem inaugural. A linha da Estrada de Ferro Sorocabana passa através de Manduri, 20 km ao Norte de Piraju, e em 1906 um ramal ferroviário foi aberto de Manduri até um ponto situado 3 km ao Norte de Piraju, conhecido como Vila Tibiriçá. A Estrada de Ferro Sorocabana abriu um ramal em 1906 de Manduri até um ponto 2 km ao norte de Piraju chamado Vila Tibiriçá. O Ramal de Piraju não foi construído ao longo de toda Piraju pela presença de um vale largo, muito profundo ao longo do rio Paranapanema. Em 1911 a Caisse Générale de Prêts Foncier et Industriels (Caixa Geral de Empréstimos Fundamentais e Industriais) da França levantou fundos para construir um bonde elétrico da estação ferroviária para a cidade e além de Piraju para a zona rural rica em café. Em 1912 Bromberg, Hacker & Cia. de São Paulo, um agente da Siemens-Schuckerwerte de Berlim, instalou uma usina hidro-elétrica na Fazenda Boa Vista, 15 km a oeste da cidade, que ainda gera energia até hoje. Em 1913 Guinle adquiriu outro bonde de passageiros de 4 eixos da Brill, o número 10, e um vagão de 2 eixos menor para 9 passageiros, de número 9, de uma fonte não identificada. O Tramway Eléctrico Municipal de Piraju começou seus testes em 1º de agosto e foi formalmente inaugurado em 15 de agosto de 1915. O intervalo entre os trilhos da linha era um metro e os vagões levavam postes de bonde de estilo americano. A linha começava na estação ferroviária, onde a foto acima foi tirada no dia da inauguração. Da Vila Tibiriçá a linha contornava o monte no seu sentido natural, cruzava o rio Paranapanema em uma ponte de aço e circulava pelas ruas de Piraju. A linha interurbana deixava a linha urbana próximo da ponte. A ponte que o bonde costumava cruzar foi construída pela Companhia de Ferro Anglo-Brasileira sob a supervisão de Kermit Roosevelt, filho do presidente americano Theodore Roosevelt. Roosevelt visitou seu filho em outubro de 1913, e ambos deixaram a área pouco antes do bonde ser inaugurado.
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A Pesca em Piraju Piraju sempre esteve associado a pesca, e sem dúvida, é hoje um dos poucos locais do estado de São Paulo que proporciona aos adeptos da pesca amadora e esportiva e, aos amantes da natureza, momentos inesquecíveis e belas pescaria. Há no município várias opções de pesca para você conhecer e se divertir bastante. Piraju já despertou o interesse do Programa "Terra da gente" e da revista Pesca & Companhia que, registraram a pesca do Dourado, Piracanjuba, Tabaranas, Piapara, e outros peixes.
O respeito à natureza é essencial para a preservação Muito antes de o conceito de pesca esportiva existir, esse pedaço do Paranapanema já era habitado por um dos dois peixes mais cobiçados pelos adeptos dessa modalidade de pesca: o saltador e briguento Dourado. Daí o nome da cidade ser Piraju, que significa ‘peixe-amarelo’ em guarani, numa referencia a grande quantidade de dourados que existia ali. A partir de 1958, o rio começou a ganhar novos contornos com a instalação de usinas hidrelétricas. A primeira foi a de Salto Grande e, passado quase meio século, hoje são 10 usinas em operação nos seus 930 km de extensão, restando pouquíssimos trechos de rio natural, mais ainda capazes de proporcionar grandes emoções para o praticante de pesca esportiva. O trecho do Paranapanema menos tocado pelo homem conserva varias espécies de peixe. ‘Os pescadores que vem até aqui estão interessado em determinados peixes que estão ameaçados de extinção no Estado de São Paulo, como é o caso do dourado’, conta João Kleber Dealis, guia de pesca esportiva e ex-presidente da ONG Ambientalista Teyquê-pê, sediada em Piraju. ‘Mais não é só o dourado que os atrai’, diz Dealis. Esse trecho do Panema tem outras espécies consideradas de extrema esportividade, como o Piapara, a Piracanjuba, o Pacu e o endêmico *Surubim-do-Paranapanema. "De Novembro a Fevereiro, no período da desova, essas espécies se movimentam bastante entre as barragens de Piraju e de Chavantes, pois necessitam de água ligeira para produzir hormônio de reprodução. Já no Inverno eles preferem os poços profundos de leito pedregoso, locas e cavernas’, orienta o guia de pesca e ambientalista Miguel Pereira, que nos últimos cinqüenta anos observa as mudanças da Fauna e Flora ocorridas no Paranapanema. Conforme os guias de pesca, o dourado só conseguiu sobreviver no trecho justamente porque eles oferecem águas rápidas." É o desafio que acaba trazendo as pessoas para cá’, diz Dealis.
PIRAJU FAZ PARTE DE ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)
A APA Corumbataí, Botucatu e Tejupá foi criada através do Decreto Estadual Nº 20.960 em 08 de junho de 1983, com o objetivo de proteger os seguintes atributos: as Cuestas Basálticas; Morros Testemunhos das feições geomorfológicas locais, exemplares significativos da flora e fauna regional; o Aqüífero Guarani e o Patrimônio Arqueológico e Cultural da região. O perímetro de Tejupá, possui uma área de 158.830 ha, contendo parte dos territórios de 10 municípios começando em Piraju, Timburí, Sarutaiá, Tejupá, Fartura, Taguaí, Taquarituba, Barão de Antonina, Coronel Macedo, Itaporanga. Pertence à UGRHI 14 (Alto Paranapanema). Este perímetro está localizado na região da Serra da Fartura, na faixa das Cuestas Basálticas entre a Depressão Periférica e o Planalto Paulista. É envolvido pelos rios Verde, Taquari e com maior presença o Paranapanema e suas duas represas, a Jurumirim e a Xavantes, em sua porção paulista. Estes elementos juntos, formam um conjunto cênico expressivo com potencial turístico de grande importância para a região.
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Agradecimentos
Agradeço a todos que colaboraram para que este livro fosse impresso, principalmente aos que o adquiriram antecipadamente, em especial ao Prefeito de Piraju Dr. Jair César Danato, ao amigo José Carlos Pozza, ao Dr. Samuel dos Santos Guerra e ao amigo Rodnei Vecchia. Também agradeço aos que colaboraram com textos e poesias os quais faço questão de enumerar a seguir: o eterno compositor Ary Barroso Daisy de Morais Luiz de Almeida Olivier Viana José Carlos Catalá Agradecimento especial ao Sr. Gilberto Polenghi (in memóriam) por ter registrado ao longo dos anos todos acontecimentos de nossa cidade e pela gentileza da Professora Jane Polenghi em ceder um grande acervo de fotos das quais pude selecionar algumas. Agradeço à minha esposa e minha família que sempre apoiaram meus projetos, não esquecendo de agradecer a Deus porque sem ele nada seria possível. José Carlos Garcia