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Nº 206 | Ano 04 | 04 de março de 2011

litoral norte

Litoral Norte | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Fotos: Ronald Kraag

Regimento Interno, conhecer é preciso O neófito em atuação legislativa, mas que pretenda oferecer o seu nome ao exame do partido para vir a ser candidato a vereador poderá investir seu tempo em aprimorar conhecimentos, buscar orientações da forma de ação, e conhecer um pouco da vida do município. Seria pedir muito a que um pretenso candidato se inteirasse do Regimento Interno da câmara e da própria Lei Orgânica. Contudo, é bom saber que o Regimento Interno é a mola mestra da organização do legislativo de cada município, sendo um instrumento delineador das atribuições dos órgãos do Poder Legislativo. Não é lei, mas sim um regulamento da Câmara e nele são contempladas as funções legislativas, administrativas, julgadoras e fiscalizadoras, sobre as quais falamos no artigo da edição duzentos e quatro. Ele existe porque foi aprovado pelo plenário e é um ato normativo de exclusiva competência da Câmara. Editorial

Para muitos brasileiros, o ano inteiro é carnaval. Para Ilhabela, começa hoje a noite a grande comemoração, outrora pagã, quando Sua Majestade o rei Momo, Ronilan Rodrigues de Oliveira, receberá a chave da cidade das mãos do Prefeito Antonio Luiz Colucci, para reinar durante os folguedos de 2011. Aí sim é que vai “engrossar o cordão”. Milena, a rainha, será o ornamento da avenida. Festejemos com euforia

Moço de Convés “caroço no angu”

Foto: JCA

Pág. 3

Tiririca, integra Educação Nacional Pág. 3

GAC acompanha trabalho legislativo Pág. 3

Mauricio (Finanças), entrevistado no JCA Pág. 4 e 5

Não são poucos os que se intitulam “donos de praias’, quando o espaço, por determinação federal, é de todos. A praia de Santa Tereza, região central de Ilhabela, parece ter dono. Residente nas imediações colocou vários barcos na praia, como se o espaço fosse de sua propriedade, impedindo o acesso e a passagem. A fiscalização faz vistas grossas e já existe bronca de vereadores para o caso. Falta explicação (e solução)

Cetesb respondeu a vereadores ilhéus Pág. 8


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EDITORIAL

FORMADORES DE OPINIÃO

Sempre é bom conhecer o Regimento Interno de uma Câma-

Já é um começo

O editorial de um jornal – apenas para quem ainda desconhece -, é o primeiro artigo de um jornal, normalmente produzido pelo editor chefe (e, quando isso acontece, não precisa, nem deve ser assinado). Pois bem, no editorial da edição número duzentos e quatro – há duas semanas – focalizamos tema que foi bastante comentado por leitores, repercutindo. “Pretensos candidatos a vereador, preparem-se. Há tempo”. Longe do sarcasmo sugerido por alguns mal intencionados, o desenvolvimento da matéria prendeu-se ao fato de que não são poucos os que pretendem oferecer os seus nomes aos partidos políticos, engajando-se na luta político-partidária do município, como pretendentes ao importante cargo de vereador – tão importante que é previsto na Carta Magna – e que poderia, sem medo de errar há quem afirme – ser a base de grandes ações em favor do município, houvesse uma preocupação sólida e pertinente para a execução de um trabalho normatizado pelas regras a ele adstritas. A intenção única é de poder mostrar os caminhos para se exercer um bom mandato, na ação de fiscalização e capaz de legislar, longe de caminhos nem sempre benfazejos ao município e à comunidade, com base em lições de administradores e constitucionalistas que campeiam em órgãos públicos e mesmo no IBAM – Instituto Brasileiro de Administração Municipal ou CEPAM – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal, o primeiro no Rio de Janeiro, o segundo paulista. O neófito em atuação legislativa, mas que pretenda oferecer o seu nome ao exame do partido para vir a ser candidato a vereador poderá investir seu tempo em aprimorar conhecimentos, buscar orientações da forma de ação, e conhecer um pouco da vida do município. Seria pedir muito a que um pretenso candidato se inteirasse do Regimento Interno da câmara e da própria Lei Orgânica. Contudo, é bom saber que o Regimento Interno é a mola mestra da organização do legislativo de cada município, sendo um instrumento delineador das atribuições dos órgãos do Poder Legislativo. Não é lei, mas sim um regulamento da Câmara e nele são contempladas as funções legislativas, administrativas, julgadoras e fiscalizadoras, sobre as quais falamos no artigo da edição duzentos e quatro. Ele existe porque foi aprovado pelo plenário e é um ato normativo de exclusiva competência da

Propriedade da Gráfica e Editora Canal Aberto Litoral Norte Ltda. CNPJ 08.733.712/0001-21 ESCRITÓRIO CENTRAL, REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Rua Morro da Cruz, 241 - conj. 01 Itaguassu - Ilhabela - SP CEP 11630-000 Fone: (12) 3896 3895

Câmara, não podendo, em hipótese alguma, sofrer interferência do Estado ou do próprio Prefeito. Justamente pelo valor jurídico intrínseco, o Regimento Interno deve ser conhecido amplamente pelo Vereador, pois o seu cumprimento é condição primordial para o bom andamento dos trabalhos da Casa e como ato administrativo só é obrigatório para os membros da Câmara, no desempenho das funções que lhes são próprias. Não tem efeito algum para os munícipes, nem conterá disposições a eles endereçadas. Trata-se de um ato regulamentar, e, como tal, o Regimento Interno não pode criar, modificar ou suprimir direitos e obrigações, constantes da Constituição Federal ou das leis, em especial da Lei Orgânica do Município. Disciplina o procedimento legislativo e os trabalhos dos Vereadores, da Mesa e da Presidência, bem como das Comissões – Permanentes ou Especiais – que vierem a ser constituídas para determinado fim. Em seu conteúdo estarão todas as disposições normativas da atividade interna da Câmara, desde que não invadam a área da lei. A função do Regimento Interno não é compor o órgão legislativo do Município, mas sim de reger os seus trabalhos. Toda disposição que escapar desse âmbito deve ser evitada no Regimento, justamente porque, não terá qualquer valor. O Regimento Interno dirá sobre a Câmara, as funções, a sede e a instalação; a mesa, suas funções e modificações, a competência, as atribuições de seus membros, o plenário, as comissões, suas finalidades e modalidades, a formação e modificações, o funcionamento e competências. Cuidará dos Vereadores, exercício, interrup-

DIREÇÃO GERAL Fernando Siqueira MTB 10.428 redacao@jornalcanalaberto.com.br COMERCIAL Patrícia Pontes comercial@jornalcanalaberto.com.br DESENVOLVIMENTO Guilherme Siqueira | Projeto Gráfico Jaqueline dos Anjos | Diagramadora arte@jornalcanalaberto.com.br

ção e suspensão do exercício da vereança e das vagas, liderança parlamentar, incompatibilidades e impedimentos, fixação de subsídios, assim como das proposições e sua tramitação, modalidades e formas, espécies, apresentação, tramitação e retirada de proposição. Atenção também especial terão as sessões legislativas: ordinárias, extraordinárias e solenes; as discussões, deliberações, a disciplina dos debates; a elaboração de procedimentos de controle, o orçamento, as codificações, o controle, o julgamento das contas, a convocação de autoridades municipais, disciplinando igualmente a ordem regimental, as questões de ordem e precedentes, a divulgação do Regimento Interno e a gestão dos serviços internos da Casa. A representatividade proporcional dos partidos que integram o legislativo será observada por ocasião da constituição das Comissões e da própria Mesa, e, salvo disposição contrária contida na Constituição Federal, as deliberações da Câmara serão tomadas por maioria de votos. Certo é que, Emendas Constitucionais promulgadas nos últimos anos determinaram alterações que têm refletido no Regimento Interno. Não são poucos os municípios que já aplicaram as modificações cabíveis. Ilhabela, não. Daremos novas observações sobre essa questão, importante sob todos os aspectos e que têm despertado a atenção da comunidade, porque nem sempre ela sabe ou conhece o que faz, como faz, pode ou deve fazer um vereador, aquele que “vereia” e que zela pelo bem estar e sossego dos munícipes, vereando, exercendo as funções legislativas no Município. CA

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Zé Paulo Tunísia, Jordânia, Egito, Marrocos, Líbia, Bahrein, Jemen, e com certeza outros virão. Um levante geral! Revoluções aparentemente devidas à opressão sistemática de governos ditatoriais e muitas vezes sanguinários. Os povos desses países, ainda que oprimidos e pobres em suas maiorias, conseguiram se organizar para um basta a esse estado de arbítrio que se sustenta há décadas, amparado pelo absurdo do capital imperialista que coloca interesses financeiros acima de tudo e faz vista grossa aos atentados contra os direitos humanos. Esse crime de lesa humanidade tem seus dias contados, embora não sejam poucas as pessoas que acham que governos têm, em determinadas circunstâncias, o direito à tortura e outras barbaridades mais ou menos devastadoras. A massa está nas ruas com paus, pedras, coragem, determinação, perseverança e põe pra correr seus algozes, ainda que com o sacrifício de muitas vidas. Cada país tem suas particularidades, todavia, ao contrario do que se poderia supor, parece não haver cunho fanático-religioso em tudo isso mas, apenas e tão somente, o anseio pela dignidade humana e a batalha pela justiça social. A coisa tem tudo para se espalhar pelo mundo, incluindo o terceiro. Tanto é que aqui pelos ex campos de Pindoramas já começou. Num país escorchado por impostos e taxas que mantêm, entre outras coisas: 1º- Uma máquina administrativa ineficiente e corrompida cedida gentilmente desde tempos de antanho a oligarcas que se julgam proprietários do patrimônio público e que têm o tempo e a tecnologia não como realidade neutra, mas construídos a seu favor para escravizar pessoas (John Zerzan). 2º- Assembléias legislativas de todos os níveis que se nutrem de conchavos que tornaram crônica a corrupção e que, no cômputo geral, nada produzem ou só produzem porcarias desnecessárias e, via de regra, legislando em proveitos próprios numa falta de vergonha sem precedentes. 3º- Um poder judiciário insuficiente que carece de crédito mínimo para desempenho satisfatório. 4º- Um estado paralelo formado por ladrões, traficantes, escroques de todo tipo, assassinos, etc, que diferem da maioria dos governantes e seus bandos apenas porque têm que, teoricamente, arriscar seus pescoçinhos diariamente. A conseqüência disso é mais que óbvia; o Estado não cumpre com seus deveres básicos e nada funciona a contento – vide educação, saúde, segurança e todo esse lero-lero eterno – enquanto dure – vomitado durante campanhas eleitoreiras. Diante desse quadro, grupos razoavelmente organizados da população de várias capitais, principalmente as do cone sul-sudeste, se mobilizaram. Constituíram uma corrente informal na base do boca-a-boca, bem aos moldes tupiniquins, como

nunca se viu e saíram às ruas! De cara as primeiras centenas de pessoas tiveram que enfrentar os garbosos, educados, preparados, corajosos e impolutos policiais mancomunados à milícia metropolitana, gente de coragem ímpar que só espanca em grupelhos, certos de estarem, no mínimo, sete contra um. O clima foi ficando pesado até que se ouviu o primeiro tiro. Estava formado o pandemônio! Como diria Adoniran Barbosa, “era só brachola que voava”. A turma se defendeu como pode, atirando alambrados, garrafas, quentinhas... um ou outro rojão pipocou aqui e acolá – há quem afirme ter visto gente com pistolas 7.65 e granadas de bolso, mas provavelmente seja coisa de neguinho infiltrado – contra o pelotão com seu gás lacrimogêneo, spray de pimenta, escudos de policarbonato, cassetetes de última geração, bombas de efeito moral, balas de borracha, etc. Teve até deputado e vereador, desses partidos mais defensores do povo, que entraram na pancada e... estava oficializado o hematoma. Gente sangrando, pisoteada, queimada, um horror! Mas, até agora, não se tem notícia de mortos. Os hospitais das cercanias, já com pessoas amontoadas nos corredores, viraram a expressão máxima da humilhação. A coisa se estendeu madrugada afora. O populacho se entrincheirou atrás de carros tombados, apareceram bandeiras de todas as cores e, gritando palavras de ordem noite adentro o contingente de manifestantes foi engrossando. Houve boataria sobre as forças armadas terem sido acionadas, fato que quase desencadeou um início de pânico, mas ninguém arredou pé. Nos telejornais, alguns comentaristas se posicionavam contra, outros a favor, mas a maioria, conforme costume, obrava e andava pra tudo aquilo. Pela manhã do terceiro dia o poder capitulou e propôs o recebimento de palestrantes que portassem bandeiras, brancas e de preferência sem logotipos, para oficializar a queda do presidente, já no cargo sabe-se lá há quantos anos. Dentre as várias medidas acertadas, novas eleições serão marcadas o mais breve possível e a promessa é de que ocorram sem fraudes detectáveis. Vitória afinal! Como as instituições sócio-políticas do país são laicas (hmmm...) com toda certeza não houve cunho religioso nessa revolução. E foi assim que, finalmente, o rei Riciardo Trexeira foi escorraçado do poder e saiu pela porta dos fundos levando apenas uns quatro ou cinco caminhões com parcos pertences acumulados durante sua gestão e algumas dezenas de caixotes contendo caviar iraniano, garrafas de Veuve Cliquot, Chateau Lafite Rothschild-95 e Blue Label. A EFMT (Entidade Futebolística Máxima Tupiniquim) finalmente terá outro soberano, democraticamente escolhido, mas haverá cotas de votos, proporcionais ao tamanho das torcidas organizadas... Claro! Daqui pra frente há chances remotas de que não ocorra muita sacanagem em 2014. Já é um começo. CA José Paulo jpaulo131@itelefonica.com.br


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NA PONTA

DO LÁPIS

Preservação (1)

Não são poucos os que reclamam da Taxa de Preservação Ambiental instituída no município e que é cobrada na saída da cidade, antes de entrar na balsa, rumo ao continente. Também não são poucos os municípios que aplicam esse tipo de cobrança. Se falar em Fernando de Noronha, onde o governo de Pernambuco cobra R$40,40 ao dia, com valor fechado para dez dias a R$329,60, pode surpreender. Acima de dez dias os preços sobem bastante, para evitar que permaneçam mais tempo por lá.

Preservação (2)

Ainda neste semestre o valor da taxa será de R$ 65 para brasileiros e R$ 130 para estrangeiros e a cobrança será feita pela Econoronha que venceu a licitação. Paraty (RJ) estuda a aplicação da taxa na Vila de Trindade, Parque Nacional da Bocaina, recanto muito especial. São Luiz do Paraitinga limitou em 1.200 o número de veículos na cidade, sem acesso ao Centro Histórico. Cada um pagará R$ 50,00 de zona azul. Ônibus pagarão R$ 400,00; micros, R$ 300,00; vans, R$ 200,00. A cobrança em Ilhabela tem proporcionado investimento alto na área ambiental, preservando-a e melhorando consideravelmente, em todos os sentidos.

um jornal da região divulgou: “As comunidades de Ilhabela não estão sentindo a falta de melhor atendimento porque a organização ‘São Sebastião tem alma’ tem dado toda assistência que elas precisam. Infeliz a entrevista concedida ao jornalista editor, recentemente desaparecido. A informação era imprecisa, inverídica mesmo.

Humildade (2)

A coerência do jornalista se apresentou num gesto de humildade. A responsável pela de Saúde de Ilhabela foi ao jornal, mostrou a realidade, comprovou que as visitas eram periódicas, com médico, dentista, psicólogo e assistente social, e, o jornal, o jornalista e um vereador ilhéu se retrataram. Há sobreviventes envolvidos: perguntem ao Marco Antonio Mróz que ele confirmará. (É de seu feitio). Como diretor de

Educacional? Realmente, pior que está fica.

O Coral dançou?(1)

Sei não; com dificuldades – sempre – de encontrar locais para os ensaios, os integrantes do Coral Municipal Celina Pellizzari estão às voltas com espaço para as terças feiras, uma vez que utilizavam o recinto da câmara de vereadores. É que, a partir desta semana as sessões do legislativo acontecem justo nas terças feiras (a primeira, a segunda e a quarta do mês), a partir das 18h.

O Coral (2)

Pensar que esses abnegados coralistas são voluntários, deixam seus afazeres, seus lares, suas famílias e representam o município tanto aqui quanto fora, sob o comando de Tarcísio Bruder e Adriana Rêgo... Será que?...bem, deixe prá lá; os coralistas que continuem a

Câmara voltou a se reunir esta semana. É um dos grupos de trabalhos do Instituto Ilhabela Sustentável que começará a questionar projetos inconstitucionais apresentados pelos vereadores. Tá na hora dos senhores representantes do povo começarem a ler (e entender), o Regimento Interno, a Lei Orgânica do Município e a própria Constituição Federal. Ninguém quer ensinar nada para ninguém, pelo contrário, o que nós – povo – queremos é aprender, ouvindo lições de vereadores.

GAC (2)

O Projeto 01/2011, que trata de utilização de espaço público; se passar, a cara da Vila mudará. Tem vício de iniciativa, como tantos outros, fere a CF. Seria bom consultar entendidos. Há, na própria casa. Ou não?

GAC (3)

O GAC vai questionar; vai suge-

Profissões (2)

Feliz da mulher que pode emprestar os seus conhecimentos ao município, à cidade e à comunidade em que vive. Lave roupas, sim, mulher; tricote o mais que puder, aproveite o seu tempo e diga ao mundo que a vida lhe pertence; a sua liberdade é íntegra; que o respeito cabe em qualquer lugar; a educação idem e que todos, sem exceção, até os representantes do povo (e seu também) precisam saber disso.

Humildade (1)

Vai longe o tempo, certa vez

DVD de Ilhabela

Martim Ramos e Zezé, do sempre lembrado Jornal da Ilha, com narração do Prof. Irineu têm, em mãos, um lindo DVD de Ilhabela. Quem viu gostou e está comprando para presentear. Vale à pena (12) 9766 6566 é o celular do “milongueiro” que entregará em domicílio. Vale à pena.

Deficiente?

Sequer idosos veranistas e novos ilhabelenses desobedecendo normas do trânsito, parando em fila dupla, caminhões de entregas abusando, sem fiscalização convincente, um motorista normalíssimo e não deficiente parando em vaga de deficiente (ou mesmo de idoso, sem ser), principalmente na Vila, defronte a Caixa Federal, precisa ter a reprimenda (no bolso) do pessoal do trânsito. A reportagem investigativa está atrás de motivos que levam a não autuação do dito cujo.

Canal da Mancha

Profissões (1)

Muito se tem falado sobre profissões de homens e mulheres; até gente sem formação alguma dá os seus palpites. Porém, atentos a nomes que contemporaneamente tem-se esmerado em estudos sobre o tema, esta semana Marina Bentivoglio – pesquisadora italiana, neurocientista da Universidade de Verona, uma das principais em atividades no mundo, disse: ”não há profissões só para homens ou só para mulheres”. Aliás, segue a mesma lição de Ruth Cardoso que repetia Michel Quoist –“é tão importante descascar batatas quanto erguer edifícios”. Então, o que se dirá de lavar um tanque cheio de roupas sujas?

repórter – que trabalha em turno dobrado – registrou o fato, a placa do carro e sabe muito bem quem é o motorista.

assuntos internacionais do reluzente Partido Verde ele sabe quão importante é reconhecer equívocos, retratando-se. Experientes agem assim.

O País merece

Acreditem: integra a comissão de educação e Cultura da Câmara Federal o deputado Francisco Everardo de Oliveira Silva, considerado pelo TRE paulista um “analfabeto funcional e não absoluto” o campeão de votos e do PR (partido do Valdemar Costa Neto, o Boy, de Mogi das Cruzes), Tiririca. Merecemos. Cada povo tem o governo que merece. O que dirá ele no Plano Nacional de Educação, em breve, e logo mais na formatação da Lei de Responsabilidade

sua busca por um espaço para os seus ensaios. O espaço para ensaio do Coral foi para o espaço. Literalmente. O ensaio desta semana foi na Comidaria Donabela.

Praça, que praça?

Tudo é permitido para quem tem grana? É o que dizem pescadores de Ilhabela. Principalmente aqueles que vêem barcos na areia da praia, ali em Santa Tereza, centro da cidade. E há, no imóvel uma placa proibindo a permanência de veículos. Pelo que se sabe, barco também é veículo.

GAC ativo (1)

Recomeçando a sua tarefa, o Grupo de Acompanhamento da

rir, vai usar dos aparatos eletrônicos para informar a população, e, se necessário irá ao Ministério Público. Rapidinho, rapidinho.

Com técnico internacionalmente conhecido, (Igor de Souza), comprometido com a sua realidade, amplia-se o leque de preparação física, técnica e psicológica do competidor de grandes percursos de águas abertas, Harry Finger, disposto a atravessar o Canal da Mancha. Problemas no joelho, excesso de peso, mas com ritmo destemido para ano e meio de preparação e patrocinadores, Harry tem encontrado apoio de amigos, competidores que sabem de suas performances, e, principalmente da família. É um “tour de force”, mas valerá muito. Apoiemos, pois!

Hum, mau exemplo! Caroço no angu 19h45 de segunda (28), chinelos nos pés, autoridade fora do horário de trabalho estacionou o carro nas proximidades do Frade – defronte ao Foto Central; desceu, fez compras, retornou, entrou no carro, faróis apagados e deu ré, na Avenida Princesa Isabel; defronte a entrada do estacionamento do supermercado, sem dar seta, acendeu os faróis e entrou na Rua Olímpio Leite da Silva, sem o cinto de segurança. Essa não! Coincidentemente,

Esse tal de curso de Moço de Convés para alguns parece ser um bicho de sete cabeças. Há muitos querendo – principalmente de Ilhabela, e as dificuldades sempre aparecerem – de todas as formas. À boca pequena comenta-se que, no continente ilhéus são menosprezados e as dificuldades se avolumam. Está parecendo um angu, e, com muito caroço. Fosse argentino o encarregado de todo o problema existente, diria: no hay la plata. Será?


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LINHA DE FRENTE

Secretário de Finanças de Ilhabela fala sobre mudanças n

Quando aceitou sua função na prefeitura, a condição era poder avançar em áreas além de sua Pasta. Tratava-se de um compromomisso moral de abraçar um pouco mais que as pared

Thereza Felipelli Esta semana, nosso entrevistado especial é o secretário de Finanças, Maurício Burizik Calil, 47 anos. Ele, que trabalha desde os 14 anos de idade, veio para Ilhabela há 25, quando - enquanto cursava o segundo ano de Ciências Sociais na Unesp de Marilia, passou como escriturário em um concurso do antigo Banespa, carreira que duraria 20 anos, tendo sido encerrada no banco já privatizado, o Santander, como gerente de negócios e administrativo. Ainda em Marilia, em 1981, como estudante, participou da formação do PT (Partido dos Trabalhadores) na cidade, partido que também ajudou a fundar em Ilhabela. "Encerramos a existência legal do partido no arquipélago em 1994, quando um grupo julgou que ele estava caindo em mãos não muito próprias", disse Maurício, que desde então não é filiado a nenhum partido. De 2004 a 2008, o atual secretário também foi gerente administrativo do Ilhabela Shopping da Construção. Maurício explica que a secretaria de Finanças lida com a questão orçamentária, de pagamentos, e engloba as diretorias de Receita e Cadastro. Sua condição, quando aceitou ser secretário, foi poder avançar em áreas além de sua Pasta. Tratava-se de um compromisso moral de abraçar um pouco mais que as paredes de sua secretaria, pois ele acredita que está tudo integrado e que pode ajudar em outras áreas. E é por isso que, durante a entrevista ao canalAberto, ele fala dos mais variados assuntos.

Reforma Política

Do ponto de vista nacional, Maurício acredita que precisamos, com urgência, de reformas, como a politica e a tributária, sendo a primeira a mãe de todas as outras possíveis. Segundo ele, o Brasil vive um momento especial, no qual os paises emergentes constituem realmente a bola da vez. "O Brasil hoje é autosuficiente em petróleo, urânio, tem uma matriz energética muito interessante. Temos, ainda, um povo ávido por trabalhar, mas que tem amarras

feito essa questão mal resolvida do desenvolvimento politico", comentou. "O fato de haver mais de 30 partidos politicos gera desmandos e confusões, como o mensalão, que acabam por contaminar todo o processo", continuou. Ainda de acordo com Maurício, é pouco lógico ver o prefeito Toninho Colucci, por exemplo, "de pires na mão", indo na União, no Estado, atrás de verbas. "Os recursos nascem nos municípios, seguem um caminho federativo e aí a gente tem que ir lá esmolar algo que é nosso", declarou o secretário, que entende que, como o Brasil está em um bom momento macroeconômico, com um posicionamento global muito interessante, com Copa do Mundo e Olimpíadas chegando, ter uma reforma política nesses quatro anos de governo Dilma seria perfeito. "Seria muito bom se houvesse um sistema com meia dúzia de partidos politicos, eleições distritais (ou um voto distrital misto), onde se teria participação regional - parte dela vinculada da sigla de partidos, com um prazo de mandatos de seis anos, sem reeleição. Talvez tivéssemos algo mais puro, prefeitos, governadores e presidente com uma administração mais técnica", avaliou Maurício, que acredita que, com isso muitos problemas administrativos também se resolveriam. "As eleições seriam gerais. Num mesmo final de semana, haveria eleições em níveis federal, estadual e municipal. Teriamos todo mundo atrelado e mudando o pais de uma vez só", avaliou.

Reforma Tributária

"Em um segundo momento, uma reforma tributária seria necessária", disse Maurício. "Aí gradativamente as pessoas estariam sendo consumidas pelo mercado de trabalho que há de vir", disse. "A partir daí, acho que teríamos uma saída técnica, não traumática, para dentro de um circulo virtuoso que contemplaria coisas que não passam hoje de boas intenções, como, por exemplo, o Turismo, que, no Brasil, ainda é algo bastante primitivo", continuou o secretário, que acredita que, comparados com vizinhos, como a Argentina, nos falta tudo porque falta dinheiro, que se perde pelos corredores

dessa falta de lógica administrativa, que nasce da necessidade de reformas.

Transformações

"Em Ilhabela, no que diz respeito à máquina pública, acho que quando deixarmos o governo, a população vai conseguir enxergar uma série de transformações que a gente vem operando", afirma Maurício. "Eu e o prefeito, por exemplo, às vezes somos tidos como pessoas duras, mas somos comprometidos não só com o presente mas também com o futuro, o que nem sempre aconteceu por aqui. Muitas vezes o remédio foi amargo porque a doença que a gente vivia aqui era grave", comentou o secretário. Ele acredita que existia na administração pública uma grande colcha de retalhos, e que os sistemas de informação não conversavam entre si. "Dentro da secretaria de Finanças, por exemplo, quando eu assumi, os saldos bancários eram trabalhados naqueles livros pretos de contabilidade antigos, onde se anotavam créditos, faziam contas. Tem sido muito dificil sair da 'idade da pedra'. São estoques de informações de muitos anos", disse. "Será que faziam isso por comodismo? " perguntou o secretário.

Exigente e econômico

"Tenho perfil de banco, um centavo tem que bater com um centavo", disse Maurício, que afirma querer deixar um legado para seus sucessores. "Estamos fazendo mudanças estruturais irreversíveis. Temos um compromisso com a verdade, mesmo que doa", disse. O secretário conta, ainda, que negociou, junto aos bancos estatais – Brasil e Caixa Econômica Federal – isenção de tarifas bancárias que, hoje não são pagas pela prefeitura. "Tudo isso graças à modernização. Um cheque acima de R$ 5 mil obriga o pagamento de uma sobretaxa de 0,11. Quando faço pagamento via planilha, não emito cheque, e sim um TED, ou um DOC. Assim, economizamos todos esses 0,11, além de não pagarmos as tarifas bancárias. Essa economia passa de R$ 100 mil por ano", contou.

Secretário de Finanças, Maurício Burizik Calil, traz da iniciativa privada conhecimentos aplic ridade a vários setores, cujos reflexos já são conhecidos e ficarão para sempre, utilizáveis, pa

Modernização

Hoje, a prefeitura conhece quem deve para o município, e os devedores recebem cartinhas sobre dívidas, parcelamentos, acordos. Segundo o secretário, se perdeu muito dinheiro por prescrição de débitos graças a uma cultura de falta de acompanhamento. "O dinheiro que às vezes falta para a escola, a creche e demais investimentos vaza pelos vãos dos dedos com uma facilidade enorme", comentou Maurício, que garante que a cidade está passando por mudanças técnicas importantíssimas. De acordo com o secretário, o sistema de compras e o controle de frota também estão sendo modernizados. Segundo Maurício, o sistema de entrada e saida de produtos nos almoxarifados contará com controle de código de barras. "Estamos acabando de implantar no Central, no da Saúde, da Educação e nos materiais de informática", contou.

Geoprocessamento

O secretário acredita que possivelmente a mais polêmica de todas as transformações que estão sendo promovidas – a "menina de seus olhos" (embora muita gente talvez queira furar seus olhos por causa disso) é um programa de geoprocessamento contratado pela prefeitura, licitado no inicio do governo, que está custando aos cofres públicos de forma parcelada, em quatro anos, R$ 494 mil reais. "Como administrar uma cidade se não se conhece seus limites geográficos?", perguntou. Maurício conta que o Cadastro Municipal era um conjunto de arquivos enferrujados, com várias fichinhas trazendo as informações sobre os terrenos e casas e suas possiveis mudanças com o tempo. Grande parte dos loteamentos feitos na cidade não possuia planta efetiva; alguns nem possuiam planta, sem contar as áreas de invasão. "Se você não tem controle sobre a propriedade pública, tem tudo isso aberto para quem quiser colocar a mão. Isso explica a quantidade de ocupações irregulares na Ilha", disse. O geoprocessamento – que já tem 82% de implantação - além de trazer justiça do ponto de vista tributário, inibirá a ocupação de áreas de mananciais, propiciando


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necessárias no arquipélago e no Brasil. Todas importantes

des de sua secretaria, pois acredita que está tudo integrado e que pode ajudar em outras áreas. Devagar, seguindo planejamento eficaz, alcança objetivos previstos. Ilhabela agradece Fotos: Ronald Kraag

"No entanto, com a secretaria de Saúde, para a qual se preconiza 15%, gastamos 40,5. Isso é encrenca",afirmou. O secretário comenta que o grande problema é o hospital, mas diz que não podemos tratá-lo dessa forma. "Como pode uma cidade que chega a ter 120 mil pessoas circulando no carnaval não ter hospital?", perguntou. Ele explica que o Estado e a União dizem que uma cidade com o perfil da Ilha não deveria ter hospital. "Acho que devemos insistir que temos que ser tratados de forma diferente. Não há, no Brasil, cidade com caracteristicas semelhantes a Ilhabela“, garantiu.

Um pouco mais dele

Ele veio de Marília aos 21 anos com uma mala na mão. Hoje, dentro de principios éticos e morais, conseguiu – juntamente com sua esposa, Ione, que também era funcionária do banco constituir um patrimônio. "Minha esposa já estava havia cinco anos quando eu cheguei. Com ela, tenho um filho adotivo, da terra, o Lucas, que tem 15 anos", disse. Nas horas de lazer, Maurício adora viajar. "Gosto muito de

Trindade, Ilha Grande, Visconde de Mauá", contou. Aos finais de semana, ele vai à praia, joga futebol com os amigos, cuida de seu pomar. Na Água Branca, ele diz ter também um bom fundo de quintal, onde gosta de descansar com a família. "Tenho hoje muito mais do que sempre pensei que teria, acho que é tratando bem o dinheiro. E tudo está na minha declaração de Imposto de Renda", disse o secretário.

Royalties

"Temos aqui um paradoxo. Não somos iguais a outros pontos do Brasil, mas, por outro lado, tivemos a bênção de receber royalties. No entanto, agora estão vindo demandas do Congresso para que esses royalties sejam divididos por todas as cidades do país, o que lutamos para que não aconteça", comentou o secretário. "Petroléo, présal, são bens finitos. É preciso pensar no futuro. Cortar despesas de compromissos já assumidos é muito dificil", completou.

cáveis à administração pública e revoluciona o setor da prefeitura de Ilhabela, aplicando celeara as gestões vindouras do arquipélago. Acredita-se que essa evolução seja sempre lembrada

ao município a possibilidade de vigiar tudo o que há nele. Além disso, esse sistema traz uma série de outras possibilidades, basta usar a criatividade. "Será possível fazer planejamentos estratégicos, ver se um determinado núcleo precisa de um posto de saúde, acompanhar focos de dengue. Terá mil e uma utilidades esse brinquedo", avaliou. Segundo ele, a fiscalização fez um trabalho recentemente com relação a acessibilidade na Ilha. "Usando essa ferramenta, já temos mapeadas todas as calçadas com problemas na cidade", disse.

Regularização Fundiária

Maurício comenta que são 15 os núcleos de ocupação desordenada no arquipélago. "Redistribuiremos posses para que as pessoas paguem IPTU, tiraremos pessoas de áreas de risco", afirmou. De acordo com o secretário, hoje a

prefeitura tributa cerca de 9.200 imóveis prediais. "O IBGE, no último censo, apontou Ilhabela com 27 mil habitantes, tendo visitado 14 mil famílias. Desses, acho que se tem, no mínimo, três mil propriedades que deveriam estar sendo tributadas e não estão, e justamente nas areas que mais demandam serviço", declarou Maurício, que acredita que o caminho é fazer a regularização fundiária e inserir o cidadão na sociedade de forma plena.

Recursos Próprios

Em Ilhabela, preconizase, para a Educação, 25% de recursos próprios. "Gastamos 29,9 e gradativamente temos diminuído essa utilização, trabalhando melhor com recursos carimbados", contou Maurício.

Funcionalismo

"Hoje a gente paga servidores e fornecedores em dia, temos uma administração ética. No entanto, reconheço que, com relação ao funcionalismo, é necessário ainda um plano de carreira mais adequado", afirmou Maurício. Segundo ele, as pessoas precisam de algo que as motive.

Social

Católico, Maurício sempre esteve envolvido com a Pastoral da Criança, cuja liderança já foi assumida por sua esposa Ione, que até hoje continua atuando no projeto Viva Vida, no alto do Morro dos Mineiros, que há bastante tempo atende crianças em estado avançado de desnutrição criados pelas agentes da pastoral e médicos do PSF.

A equipe da Secretaria de Finanças é enxuta, coesa e bastante experiente


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ESPORTE

FORMADORES DE OPINIÃO

Ciclistas do Tebar visitam Trilha da Água Branca, em Ilhabela

Privatização das águas públicas

Liderados pela professora de Educação Física Marcela Cury, do Tebar Praia Clube, ciclistas de São Sebastião visitaram sábado último a trilha da Água Branca, em Ilhabela. “Foi um passeio agradável e muitos não conheciam a trilha que integra o Parque Estadual de Ilhabela, um local agradável, de vegetação das mais exuberantes e com uma vista panorâmica para o canal de São Sebastião”, disse um dos integrantes da caravana, o Oficial de Justiça Gilson, que presta relevantes serviços à Vara Distrital de Ilhabela. As visitas às trilhas que o Parque Estadual possui são

Foto: Divulgação

Antes das pedaladas, os ciclistas se reuniram defronte ao Tebar, clube 10

muito boas, abrem espaço para a prática esportiva e turística e desenvolvem um bem estar muito grande aos envolvidos. Ilhabe-

la tem, ainda, guias que podem orientar e acompanhar cada um dos passeios em suas trilhas, que não são poucas. CA

Roberto J. Pugliese O decreto lei nº9760 de 5 de setembro de 1946 ainda em vigência prevê a cobrança de taxa que incide sobre construções existentes e o simples uso para trafego e fundeação de embarcação no espelho d’água fluvial, lacustre e marítimo.A incidência se dá sobre aguas públicas pertencentes a União. Desse modo, portos privados, marinas, plataformas, estaleiros, decks, docas, pontões, entre tantas outras obras particulares e ainda o uso do leito aquático passará a sofrer a incidência de cobranças previstas pela referida legislação e reguladas pela Portaria n. 24, expedida em 26 de janeiro último, pelo Ministério do Planejamento e Gestão. O referido ato administrativo, expedido por agente da burocracia politica federal, de um lado amplia caminhos de caça valores, aumentando a arrecadação já bastante elevada, mas por outro, favorece aos particulares que se encontram em situações irregulares sobre a plataforma hídrica federal. Aqueles que se instalaram em áreas de preservação ou locais que deveriam estar livres de obras humanas, para que a fauna e a flora permanecessem inalteradas, com a edição da portaria referida, poderão requerer administrativamente solução para coadunarem-se as exigências

fiscais e administrativas e de vilões ambientais, tornaremse guardiões do bom direito ecológico. Basta pagar e enfrentar procedimento administrativo que se impõe, o utente terá alvará concedendo-lhe o uso exclusivo de canais, poitas de atracação, fundeadoros, decks, pontões, rampas de acesso a garagens de barcos e inúmeras obras outras dispostas ao longo de praias, barrancos e penhascos do litoral e interior. Clubes de pesca e náuticos, restaurantes, hotéis, residências particulares, colônias de pescadores e entidades privadas unifamiliares populares ou nobres estarão aptas a se tornarem apropriadas as exigências impostas, e haverão de se livrar do fantasma de ações civis públicas demolitórias e imposições de penas pleiteadas pelas autoridades públicas competentes. Enfim, os ribeirinhos que vivem a sensação constante da insegurança jurídica, dispõe agora de instrumentos para consolidarem oficialmente direitos inerentes a obras realizadas e terem garantias de uso de áreas públicas com exclusividade, facultando-lhes receber apenas quem desejar e impedir o acesso de terceiros e cobrar pelo uso desses bens erguidos na orla ou leitos aquáticos marítimos ou não. CA Roberto J. Pugliese é autor de terrenos de marinha e seus acrescidos, Letras Jurídicas, São Paulo

OFICIAL DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E TABELIÃO DE NOTAS DO MUNICÍPIO DE ILHABELA - Rua Dois Coqueiros, 216, salas 1 a 4 - Perequê - Ilhabela EDITAL DE PROCLAMAS EDITAL DE PROCLAMAS Nº 3178 - LIVRO D - 004 *PÁGINA. 121 Faço saber que pretendem se casar FILIPE DA SILVA OLIVEIRA e ANDREIA JESUS DOS SANTOS para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro. ELE é de nacionalidade brasileira, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, nascido a 13 de novembro de 1987, de profissão auxiliar de escritório, domiciliado e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Avenida Ernesto de Oliveira, nº 1.159, bairro Barra Velha, filho de WALDYR DE OLIVEIRA FILHO e ARLETE LUCINDO DA SILVA OLIVEIRA. ELA é de nacionalidade brasileira, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, nascida a 02 de agosto de 1984, de profissão operadora de caixa, domiciliada e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Avenida Ernesto de Oliveira, nº 1.151, bairro Barra Velha, filha de ANTONIO BASTOS DOS SANTOS e ROSALINA VIEIRA DE JESUS. EDITAL DE PROCLAMAS EDITAL DE PROCLAMAS Nº 3180 - LIVRO D - 004 *PÁGINA. 122 Faço saber que pretendem se casar VITOR MEIRELLES e REGINA CELIA MASSARO para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro. ELE é de nacionalidade brasileira, natural de Limeira, Estado de São Paulo, nascido a 24 de janeiro de 1963, de profissão advogado, domiciliado e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Rua Solar dos Bandeirantes, nº 82, chalé 41, bairro Itaquanduba, filho de ALTILINO MEIRELLES e ALICE MAROCHIDES MEIRELLES. ELA é de nacionalidade brasileira, natural de Araras, Estado de São Paulo, nascida a 08 de junho de 1965, de profissão farmaceutica, domiciliada e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Rua Solar dos Bandeirantes, nº 82, chalé 41, bairro Itaquanduba, filha de FERNANDO NORBERTO MASSARO e LUIZA LYGIA DE LUCA REGITANO MASSARO. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavro o presente para ser fixado em Cartório no lugar de costume e enviada cópia para ser publicada pela Imprensa Local.


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AQUI | MULHER

CLASSIFICADOS EMPREGOS

Precisa-se de jardineiro/caseiro. Para trabalhar em casa de família, na Cocaia e outro no norte da ilha. Registrado. Marcar entrevista pelo telefone (12) 3896 2113 Precisa-se de empregada doméstica. Vagas para trabalhar na Cocaia e na Vila, todo serviço de casa (cozinhar, lavar e passar). Registrada. Marcar entrevista pelo telefone (12) 3896 2113 Precisa-se de recepcionista masculino com experiência comprovada. Tratar (12) 3896 2009 em horário comercial OPORTUNIDADE

Vendo filhotes de Golden Retrivier, Poodle micro toy, Lhasa-apso, Shih-tzu, Pequines, Chiuahua e Sharpei, com vacina importada e pedigree. Entrego no litoral e vale. Tratar (12) 8166 2398 Vendo Montana 1.8, Flex, 2007, prata, DH, 50.000km. R$ 24.500 Tratar (12) 9103 8368 IMÓVEIS

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Parabéns, mulher! Fernando Siqueira Ouvindo, outro dia, comentário de que um representante do povo havia mandado mulheres lavar um tanque de roupa suja que era o que realmente elas precisavam fazer, ao invés de exercer a sua liberdade e fazer o que bem entendessem, toda a comunidade ficou perplexa. Não pode ser verdade, muitos disseram. Por incrível que possa parecer, era verdade. Tanto assim que não foram poucas as mensagens eletrônicas na caixa de entrada de muitos ilhabelenses, até mesmo deste semanário. Já havia escrito outro artigo especialmente para o Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado mundialmente a oito de março corrente, mas deixei-o de lado e saí em busca de outras luzes para preencher o espaço que, há quase quatro anos (faltam duas semanas apenas para atingir a marca), à mulher dedicamos. Até que foi fácil e vinculo esta crônica numa homenagem sem precedentes à mulher, essa admirada figura humana – pobre ou rica, branca ou negra, alta ou baixa, magra ou gorda, pecadora (e quem não é?), santa, mãe, irmã, religiosa ou prostituta, sobretudo mulher – cuja voz inebria, acalanta a apazigua, tolerante, mas principalmente dona de um descortino insuperável, capaz de romper montanhas, mares, abismos, desfiladeiros, quando se sente atingida em seu âmago, em sua retidão, sem deixar de ser terna, reverente, envolvendo e perfumando a um só tempo, aquecendo com o olhar, e, com o beijo úmido só com o gesto, prova amar, incondicionalmente. Foram mulheres capazes de “ser”, embora tenham, fruto do trabalho constante comprovado por gerações desta terra atingidas de forma vil, estúpida, irresponsável, autêntico despau-

tério. Inaceitável, merecedora de reprimenda exemplar. Pois bem, mulheres precisam lavar roupas mesmo, embora essa tarefa não lhes seja exclusiva, porque famílias que se prezam têm tarefas divididas nos difíceis dias de hoje – em lavadoras automáticas, em tanques sempre repletos de peças sujas – fraldas, cueiros, babadouros, shorts, bermudas, meias, cuecas, calcinhas, sutiãs, camisas, calças, vestidos, toalhas e mais o que necessário seja, mas sempre farão sobrar um tempo para fazer o que, onde e com quem quiserem. Na busca da homenagem à mulher e nessa divagação lembrei-me que, certa vez, voltando do nordeste, passando por Jequié (terra do ex-vice Simões), a caminho de Belo Horizonte, época de seca, lá embaixo da ponte sobre o Rio de Contas estavam mulheres lavando roupas de suas e de outras famílias; mais de trinta, em batedores – uma prancha apoiada num toco, à beira da água corrente. Falei com elas, fotografei, guardei. Bem antes disso, em Ilhabela, ali próximo à cachoeira da Água Branca, não havia tanques nas casas, vi mulheres lavando roupas, batendo-as nas pranchas encostadas na margem. A roupa sobre a relva recebia o sol forte,

quarando. Não eram lavadeiras apenas - eram donas de casas, servidoras da prefeitura, professoras – cumprindo a sua missão, importante sob vários aspectos, além de serem mães, donas de casas, esposas. Essas mulheres ofendidas repudiaram a indelicada manifestação. Razão não lhes falta. Sobra-lhes, apesar de serem tolerantes e medirem as suas ações, mas uma delas eleita para falar em nome de todas usou espaço deste semanário e encaminhou a carta aos líderes do partido Verde, ao qual pertence o ofensor. Marina Silva, líder inconteste, alfabetizada aos dezesseis anos às margens dos rios de seu estado, o Acre, lavou muita roupa suja nos igarapés de seu povoado, também leu a carta de dona Verinha – Vera Alvarenga Freire – que, nos idos de 1960 passeava com o pai na praia (ainda havia areia por ali) da Vila. A coluna feminina dos verdistas igualmente sabe da carta, mas principalmente do indelicado ato de seu representante na casa de leis de Ilhabela. Que sintam todas as mulheres, a justa homenagem ao oito de março, Dia Internacional da Mulher. Embora extensa, preferi pecar por excesso, enaltecendo a brava mulher brasileira de Ilhabela. CA

Justa homenagem, a que a Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela rende às mulheres – todas desta cidade -, por ocasião do transcurso do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado a 8 de março fluente, terça feira. Não são poucas as mulheres empresárias, algumas casadas e que participam da sociedade com o marido, ou mesmo sozinhas; não são poucas as mulheres que possuem empresas e que tocam o seu negócio – comércio ou prestação de serviços – de forma a não deixar dúvidas quanto à sua capacidade, exemplo para a atual conjuntura. Onde quer que atuem, são sempre cumpridoras de seus deveres, participativas, com iniciativa própria e isso dignifica a classe. Cumprimentamos a todas nesta oportunidade, agradecemos a presença na associação de classe e podemos dizer que, sem exceção, são importantes para a nossa entidade, cada qual à sua maneira. Parabéns! Salve o Dia Internacional da Mulher! Av. Princesa Isabel, 3.039 loja 02 - Barra Velha - Tels. (12) 3895 7102/3895 8523 Fax 3895 8607 E-mail: acilhabela@acilhabela.com.br - Site: www.acilhabela.com.br


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MEIO AMBIENTE

Cetesb não brinca. Age dentro da lei Sempre se disse que depois da tempestade vem a bonança, e, em seguida à desordem, vem o progresso. Ambientalistas (estes mantêm plantão permanente) bateram firme no processo de reurbanização da Avenida Princesa Isabel, desde a primeira fase, sobretudo após o início da segunda fase, alegando que houve uma destruição de mata ciliar, manguezal e derrubada descontrolada de árvores à beira do Ribeirão Água Branca. Entretanto, a cautela da administração foi reivindicar o licenciamento a tempo e a hora, junto ao órgão especial da Secretaria do Meio Ambiente, a Cetesb, em São Sebastião. A obra define como segunda fase da reurbanização o trecho compreendido do fórum local até o Posto BR, duzentos metros à frente, com a necessidade da construção de uma nova ponte (a segunda, para

receber o fluxo de veículos que demanda à balsa e vice versa. Conforme o Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental número 0000000077/2011 expedido pela Cetesb, a prefeitura de Ilhabela deverá plantar quatrocentas espécies de árvores às margens do ribeirão. Mesmo assim houve contestação, inclusive de vereadores, surpresos com a determinação do órgão estadual. O escritório regional expediu comunicado oficial, respondendo aos questionamentos e afirmou que toda autorização expedida

só é feita de acordo com a legislação vigente. Outrossim, o plantio das mudas originárias do viveiro municipal será feito com o apoio do Grupo de Escoteiros Maembipe, cujo trabalho ambientalista em Ilhabela se reveste de grande importância, não apenas pela participação como pelas inúmeras iniciativas meritórias e comunitárias. Essa obra – a maior da urbanização viária de Ilhabela – faz parte de todo o conjunto que implementa um novo aspecto à entrada e saída da cidade, um moderno cartão postal.

ETERNO APRENDIZ

Sexto sentido? A franqueza daquela mulher de meia idade deixava todos atônitos. Os que não a conheciam, mais ainda. Os de seu convívio sabiam que ela, na sua experiência de vida mestra em psicologia – tinha um “faro” excepcional. Ao ser apresentada a quem quer que fosse, batia os olhos e sentia no rápido olhar ou no educado aperto de mão que alguma coisa não lhe “cheirava” bem. Na simplicidade de sua franqueza, silenciava diante do fato, mas ficava com aquele episódio martelando na cabeça e passava a prestar atenção no (a) apresentado (a). Não foram poucas as vezes que se comprovou suas previsões. Estudiosos da espiritualidade volta e meia diziam que era o florescer de sua mediunidade e ela precisava aprofundar-se nos estudos para conhecer melhor, entregar-se ao preparo e poder conviver com essa questão; afinal, até certo ponto ela se incomodava. Passava a pensar com receio num possível encontro fortuito, haja vista residir numa cidade pequena, onde quase todos se conheciam. Com os mais íntimos comentava, chegando ao ponto de dizer: “os olhos de fulano não são puros, eles escondem algo profundo e quando se passa (pelo menos eu, dizia) sinto um arrepio nada bom, que aborrece e isso não é normal”. Coisa incrível, mas explicável por quem entende. Certa vez comentou com um pastor evangélico e ele disse que “isso é normal, justamente porque cada ser humano reage de diferente maneira ao ser apresentado a um estranho”. Um padre, tempos depois, não falou especificamente para ela, mas disse no púlpito de sua capela, quando pregava, durante a missa: “pode ser que vocês, meus irmãos sintam algo estranho

ao conhecer uma pessoa, às vezes até um arrepio sentem, mas nesse momento é preciso rezar, orar para um Deus único que está em todos os lugares e ele não os desamparará”. Na verdade não deu para entender muito bem, ficou o dito pelo não dito. Amigo da família, espiritualista de longa data, foi taxativo: “a tendência que entendo para a vida espiritual deixa-me a vontade para lhe dizer que a doutrina filosófica que tem por base a existência da alma e de Deus proporciona a oportunidade para abençoá-la, mediunicamente; aceite um passe”. As três respostas para a questão do “arrepio” ao cruzar com alguém que tenha um olhar ameaçador e de princípios duvidosos creditam a essa sentida manifestação um poder sobrenatural incomum à mulher franca e decisiva em seus atos, causando variantes em seu rol de amigos: uns aceitam a sua maneira de ser, objetiva, verdadeira, sem engodo e com um único peso; outros encaram a seriedade, a objetividade e a verdade com certa dúvida. Falam até em falta de cordialidade ou educação. Nua e crua, entretanto, a verdade se contrapõe à mentira, e, sabendo até mesmo qual é o seu signo, não são poucos os que passam a comparar atos de pessoas de seu relacionamento e que pertençam ao mesmo signo que o seu. Ficam boquiabertos, mas passam a crer nos astros, querendo conhecer sobre o zodíaco, a zona da esfera celeste que congrega as trajetórias aparentes do Sol, da Lua, e dos principais planetas, dividida em constelações. Talvez por isso seja bom ouvir sempre com bastante atenção essa mulher franca, que vai direto ao assunto, sem rodeios. Conhece alguém assim? Experimente dar-lhe atenção.


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