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Nº 205 | Ano 04 | 25 de fevereiro de 2011

litoral norte

Litoral Norte | Distribuição Gratuita | Circulação Semanal | www.jornalcanalaberto.com.br Foto: Ronald Kraag

Parceria objetiva, com excelentes resultados para o sistema didático – pedagógico aplicado pela Secretaria de Educação de Ilhabela é desenvolvido pela Forma Escrita, empresa especializada na área, cujo trabalho oferece suporte necessário aos membros do corpo docente da rede. A secretária Lídia Sarmento de Lima tem em Daniel Barone, diretor executivo da Forma Escrita, apoio inestimável para todos os metódos aplicados Foto: JCA

Segurança, uma busca sem fim Não há homens para prestar serviços em nossa região. Ela não os atrai e os governos municipais, desunidos, desarticulados e personalíssimos não têm força para verem atendidas as suas reivindicações. Nem mesmo o “cheio de amores” pelo Litoral Norte – Governador Geraldo Alckmin – tem sido demovido dessa inoperância que nos aflige em termos de segurança, apesar de todo o esforço dos homens que estão à frente das Policias Militar e Civil. Pensemos nisso, nos números que os poucos policiais apresentam em termos de detenções, apreensões, tirando de circulação os bandidos e os fora da lei. Respeitando os policiais, os governantes não estão, entendendo sejam eles subordinados, mas respeitar a população como um todo é uma necessidade premente, e, passa uma, passam duas, passam três eleições, os eleitos seguem a mesma cartilha da inoperância, da intransigência e dos desmandos. Para desgraça de todos nós. Editorial

Ensino Federal no Litoral Norte? Pág. 3

Secretária de Obras fala ao JCA Pág. 4 e 5

Conseg esteve em Castelhanos Pág. 6

Mulheres exigem retratação de edil Pág. 8

O Projeto Orla, chegou ao país e está começando a desenvolver um trabalho que dá o que falar. Reinaldo Redorat, coordenador da iniciativa da Secretaria de Patrimônio da União disse aos presentes reunidos na sede do Parque Estadual “é um absurdo, um crime o que está acontecendo nas praias do Brasil”, como o que se vê acima, no limite dos bairros Itaguassu e Itaquanduba, região central de Ilhabela. Se preciso, acione-se o MP

Time do Emprego bem estruturado Pág. 8


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EDITORIAL

FORMADORES DE OPINIÃO

Segurança, uma busca sem fim. Com trabalho. Eficiente Para onde vamos? Os resultados obtidos pela segurança pública na atual temporada – e ela nem terminou – benfazeja sob vários aspectos, é reflexo sine qua non de todo um ano de preparação, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar, malgrado o desconforto de operar com poucos homens – mesmo aumentando o efetivo, por empréstimo de outras cidades, batalhões e seccionais. Permitindo que se aja dessa forma, bem sabe o alto comando da Segurança Pública do Estado de São Paulo que os grandes equívocos da Secretaria são por demais conhecidos. Certo é, não há sombra de dúvidas que os homens da polícia – tanto da Militar quanto da Civil não querem trabalhar no Litoral Norte. Delegados, escrivães, investigadores de Polícia têm o Litoral Norte como nada atraente – e sem distinção – todas as cidades. Analisando friamente cada uma das cidades e começando por Ubatuba, veremos que, próxima ao Rio de Janeiro, onde o crime tem alicerces por demais conhecidos, prevalecendo na gama plural de incidências com o tráfico, o roubo de cargas e de veículos, está a cidade – uma “tripa” na divisa com acessos ao Vale do Paraíba e saídas para o sul mineiro. Ubatuba tem três delegados na ativa, número insignificante de escrivães e mais limitado, ainda, de investigadores. A proximidade com Caraguatatuba, a “capital regional”, igualmente com fácil acesso ao vale, onde existe um inchado Centro de Detenção Provisória (apenas no nome) e que se transforma num definitivo cárcere diferindo de penitenciária somente no nome, também. Caraguatatuba possui três delegados que estão prestes a se aposentar. Deram muito de si para a Polícia do Estado, mas a carreira profissional está nos estertores. Crucial é o problema relacionado também a escrivães e investigadores. Num caráter geral de avaliação, os seus distritos têm operação efetiva e bem demonstra em suas estatísticas uma atuação eficaz. São Sebastião vive o seu martírio na Costa Sul – de longo tempo a esta parte -. Há policiais que estão anos seguidos operando naquela região sebastianense, outros lá residindo e que conhecem avenidas, ruas, vielas e travessas de seus bairros, já detiveram muitas vezes – cumprindo o seu mister – foras da lei que foram para a cadeia, cumpriram penas, voltaram à ativa criminal e

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foram novamente presos. Essa fixação de policiais na região são pontos favoráveis, sempre se soube. A par da Costa Sul de São Sebastião, Ilhabela é onde reside outro grande nó da Segurança Pública do Litoral Norte. Por quê? É uma cidade que – teoricamente – tem apenas uma entrada, mas que, aos fora da lei o acesso pode ser de helicóptero, lanchas, barcos, além de motos e veículos por balsa. Quando falamos assim e sentimos que na temporada se consegue – a duras penas e alto custo – um contingente superior a cem homens, os resultados se alteram, privilegiam alguns setores criminais, mas há uma peneira, facultando a atuação de “ladrões pés de chinelo”, praticantes de pequenos furtos, para fazer face à compra de suas drogas, principalmente a larga escala do crack, disseminado em meio a população de nenhuma, baixa ou alta renda, porque existem alguns dependentes químicos, “viciados na pedra” que necessitam de vinte ou vinte e cinco, por dia. Cada pedra a R$5,00 em média chega-se a cento e poucos reais/dia para não ficar no vermelho perante o “dono da biqueira”, o que é um perigo fatal. Ilhabela possui dois delegados – dois escrivães, quatro investigadores, quando a necessidade chegaria a um número de quatro delegados de polícia, dez escrivães e quinze investigadores. É uma cidade complexa, município arquipélago, e, por mais que se faça sempre haverá por fazer. Terminada a temporada os plantões efetivos e diuturnos deixarão de acontecer. O efetivo policial Militar já não é o mesmo. Por mais que façam o Comando da PM, com o Tenente Coronel Evandro Góes, o Delegado Seccional Múcio Alvarenga, por mais que se desdobrem o Comandante do Pelotão, Tenente PM Daniel Lemes, Dra. Renata Lourenço

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e Dr. Jairo Pinto, a situação e penúria é incontestável. Vemos a expressiva atuação do Conselho Comunitário de Segurança, sentimos que o Conselho Municipal Antidrogas está com vontade para começar a atuar – a população participando, de forma voluntária e eficaz – mas a inoperância do Estado é maior que as nossas necessidades. O oba-oba da Secretaria de Segurança Pública é inconteste; os tapinhas nas costas, os ofícios que vão e nem sempre têm respostas, não dão em nada, a malemolência do secretário – que continuou no atual governo - bom de papo, é verdade, tudo isso não têm sido suficiente e se transforma num engodo irracional, negligência voraz que aniquila as pretensões que o Litoral Norte apresenta sistematicamente e não atinge a concretude de objetivos reais. Não há homens para prestar serviços em nossa região. Ela não os atrai e os governos municipais, desunidos, desarticulados e personalíssimos não têm força para verem atendidas as suas reivindicações. Nem mesmo o “cheio de amores” pelo Litoral Norte – Governador Geraldo Alckmin – tem sido demovido dessa inoperância que nos aflige em termos de segurança, apesar de todo o esforço dos homens que estão à frente das Policias Militar e Civil. Pensemos nisso, nos números que os poucos policiais apresentam em termos de detenções, apreensões, tirando de circulação os bandidos e os fora da lei. Respeitando os policiais, os governantes não estão, entendendo sejam eles subordinados, mas respeitar a população como um todo é uma necessidade premente, e, passa uma, passam duas, passam três eleições, os eleitos seguem a mesma cartilha da inoperância, da intransigência e dos desmandos. Para desgraça de todos nós. CA

IMPRESSÃO Imperial do Vale TIRAGEM 3.000 exemplares PERIODICIDADE Semanal

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Christian Rocha Em filosofia chama-se de consciência aquela capacidade de saber de onde viemos e, com base nesse conhecimento, saber exatamente para onde vamos. Em outras palavras, ter consciência consiste em ter uma memória saudável e saber utilizá-la para, hoje, fazer os ajustes necessários em nossa trajetória de vida. É a consciência, portanto, que conecta os três tempos que compõem a realidade. Numa cidade as coisas não são diferentes. Qualquer ação que interfira no conjunto da cidade, na forma como seus habitantes interagem ou em seu desenvolvimento depende, é claro, da forma como sua história, seus atributos e seus patrimônios são levados em conta. Se isto pudesse ser resumido com uma expressão, eu a chamaria de “consciência urbana”. Diferentemente da consciência humana, a «consciência urbana» não se limita a uma única pessoa. Por mais simples que seja uma ação e por mais concentrado que esteja o poder — público ou privado — várias pessoas estão envolvidas na tarefa de tornar as decisões e as ações conscientes. É neste ponto que todos os problemas de uma cidade se iniciam. A democracia colocou a ignorância e a estupidez no poder; crimes passaram a ser tolerados; vítimas passaram a ser responsabilizadas pelos atos de seus detratores, que passaram a ser perdoados como vítimas do “sistema”; a história deste país fez as expectativas despenca-

Ilhabela (12) 3896 5820 S. Sebastião (12) 3893 0401 Caraguá (12) 3882 6778

rem. Na escala reduzida de uma cidade como Ilhabela, isto significa aceitar com complacência e até certa alegria o fato de que líderes políticos, intelectuais e empresariais — pessoas teoricamente imbuídas da responsabilidade de conduzir a cidade na melhor direção — demonstram não ter a mais mínima idéia do que acontecerá nos próximos 10 ou 20 anos. É surpreendente que aceitemos ser conduzidos por tais pessoas, que lhes atribuamos alguma autoridade e que, ao mesmo tempo, as dispensemos de responder perguntas tão simples como “para onde vamos?”. Isto se torna ainda mais surpreendente quando lembramos que a resposta a esta pergunta já está dada: estamos seguindo fielmente a linha que foi traçada nas últimas quatro décadas. Neste período, o único “ponto fora da curva” foi a criação do Parque Estadual. É curioso constatar que a pessoa que mais fez em benefício de Ilhabela nestas últimas décadas foi uma pessoa que aparentemente não tinha responsabilidades diretas para com o município: José Pedro de Oliveira Costa, professor doutor da USP, que em 1976 teve a idéia de criar um Parque Estadual no arquipélago. De todas as pessoas que influenciaram a vida nesta cidade, só ele parecia saber exatamente para onde estávamos indo. Quem, hoje, é capaz de entender Ilhabela como o ilustre professor compreendeu? CA Christian Rocha é professor de yoga e aikido www.christianrocha.wordpress.com


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NA PONTA

DO LÁPIS

Projeto Orla

O governo federal está botando pra quebrar, com o Projeto Orla atingindo todo o litoral brasileiro. Semana passada foi a vez de Salvador. Deram um ultimato aos donos de mais de 650 quiosques, dentre eles os de baianas que preparam os tão famosos acarajés. A fiscalização precisa mesmo acontecer, porque os abusos são incontroláveis. As marinas que ferem a legislação vigente continuam imutáveis. Ilhabela vive uma situação muito delicada. “Aquela” marina continua deixando lanchas na praia e impedindo a passagem de pedestres, banhistas ou não.

Aposentadoria

Justa e merecida, publicada no Diário Oficial do Estado a aposentadoria do Major Eduardo Rosmaninho. Suas caminhadas pela praia serão mais alegres, totalmente liberadas e certas do dever cumprido.

quê um rebocador da Petrobras não é liberado para fazer esse trabalho?

Balsa (2)

A população tem razão: não havia água e comida, com crianças a bordo, mas bem pior é a falta de sanitários para as necessidades dos usuários do serviço de travessia. Repensar tudo isso é dever da Dersa. Mais que isso: com a possibilidade da Companhia Docas de São Sebastião assumir o serviço de travessia, será essa uma das necessidades prementes. Sem dúvida.

Balsa (3)

Teve gente que ironizou: O mar é lindo, mas aqui, a estas horas, numa balsa encalhada, com fome, com sede e precisando urgente de um sanitário, é um mar (tírio) esse mar (dito) mar. Fragmentos anotados por um repórter embarcado.

em São Sebastião, no fim de semana. Provando que eleitores acompanham a vida dos políticos – em todos os sentidos – sebastianenses estão atentos à nova pintura – também, verde – de um prédio de alto comércio, nas imediações. É, se tiver ondinhas, vai dar o que falar.

Garagem coberta

O amplo salão de festas do Esporte Clube transformouse, nesta temporada, em estacionamento – garagem dos veículos de associados do Yacht Club Ilhabela. Devagar, devagarinho o clube vai pondo os pés, os carros, daqui a pouco as mãos, no clube que tem tudo para ser um dos melhores do Litoral Norte. Pena!

Universidade (1)

Sonho? E como é bom sonhar com uma Universida-

para as adesões – coletalitoral@hotmail.com. Outra surpresa: Hélio Pedro recebeu ofício do MEC, dia primeiro de fevereiro anunciando que está sendo feito estudo para análise da situação. Se políticos não atrapalharem pode ser que a coisa caminhe, Hélio. Se eles quiserem poderão ajudar.

Mi Buenos Aires...

querida Buenos Aires: Palermo, Recoleta, Puerto Madero recepcionam turistas de todo o mundo. E agora, excepcionalmente, o Museu de Arte Moderna abre espaço, para artistas plásticos desse universo produtivo que encanta, em exposição que vai até 31 de março. Novidade: Ilhabela lá está, com obras de Marcelo Dondi – Bom Custo que se cuide -. A timidez aparente esconde um “workman” de artes que encantam quem as

Hora do padeiro (1)

Nem todos sabem, mas a “hora do padeiro” é ao raiar de cada novo dia. Foi justo numa hora dessas que um traficante peso pesado foi surpreendido pela Polícia, em seu mocó. Com ele, um quilo e meio de pasta de cocaína. Beneficiada renderia alguns quilos de pedras de crack, ponto alto do comércio de entorpecentes. É mais um fora de circulação.

Balsa encalhada (1)

Mais uma vez; outra em poucos meses. Muitos já noticiaram, mas nunca é demais falar do descaso da Dersa e suas terceirizadas. Nem bem retornou da reforma (meia boca), uma peça quebrada e a balsa (FB-25) sem rumo acabou encalhando na areia, onde ficou por quatro horas. Manifestação a bordo. Só duas coisas a população não entende: 1ª – por quê a Dersa não manda rapidinho uma balsa socorrer a que está encalhada?; e 2ª – em caso de extrema necessidade, por

Atenção, DST

Não é uma no cravo e outra na ferradura, não. Só pra não incorrer no esquecimento, bem que a fiscalização do trânsito poderia dar uma atenção especial à Rua Olímpio Leite da Silva, onde motoqueiros e motoristas abusam da velocidade e freiam bruscamente na esquina da Rua do Quilombo. Acidentes não acontecem por muita sorte, obra do acaso ou por Deus mesmo. Uma olhadinha naquele pedaço do Perequê renderá bons frutos ($$$$) aos cofres públicos, colocará ordem na movimentada rua e doerá nos bolsos dos péssimos azes do volante.

Estacionamento (1)

Hora (2)

Para quem tem boa memória, nesta temporada foram tirados de circulação mais de cinqüenta pessoas, bem mais e apreendidos muitos quilos de drogas. Está sendo uma atua-ção espetacular; em janeiro foram vistoriados mais de 300 veículos – 52 apreendidos, 14 carros e 38 motos – causa de documentação irregular. Quem atua na hora do padeiro é uma polícia eficiente, que não dorme de touca. Pode até dormir de botina, pronta para sair à caça de marginais. A função policial está sendo cumprida.

desrespeito de alguns, com esses mesmos abusos, em meados de 2008 disseram ser exagero e sensacionalismo. Agora, viram (e sentiram) o problema crescer e desejam providências. Não é sem tempo. É bom que se diga, quando vereador, Marcelo, por dois anos acompanhou mais de uma dezena das 18 reuniões do Conseg. Para quem não sabe e espera convite ou convocação: o Conseg se reúne sempre nas últimas terças feiras do mês. E, para a agenda de todos – as reuniões são anunciadas e têm portas abertas.

Lombadas

Lombadas da Avenida Princesa Isabel são mesmo estratégicas. Extensas, diferenciadas, estão colocadas nas duas mãos de direção. E, com a ciclovia entre elas, proporciona oportunidade a que motoqueiros façam nelas o retorno. Com surpresa, aliás, vimos um Gol “quadrado”, defronte o Auto Peças Estrela da Ilha e Shopping da Construção, fazendo o mesmo, domingo por volta de uma da tarde. Isso dá multa pesada. Que fiquem de olho.

...e as ondinhas?

Sei não, mas parece que elas não virão. Esse era o papo na padaria do Pontal da Cruz, lá

de Federal no Litoral Norte. Isso é coisa de gente jovem, comprometida com a sua geração. Ao ler o pedido de Hélio Pedro Monteiro Filho, nascido em São Sebá e residente em Caraguá, ficamos felizes: esses jovens são surpreendentes. Foram assim lá atrás, na luta contra a ditadura, nas diretas-já, com os caras pintadas, e agora surpreendem com um pedido feito diretamente no Ministério da Educação, em Brasília, dia 12 de janeiro.

Universidade (2)

Lidera um abaixo assinado pleiteando Universidade Federal para o Litoral Norte e já existe endereço eletrônico

conhece. Parabéns, sucesso e sempre o inconfundível despojamento.

Castelhanos (1)

Quem diria...o diretor de Trânsito Marcelo Santos acompanhou a caravana do Conseg a Castelhanos, esta semana. É que a população de lá reclama que, na areia da praia, turistas mal formados fazem cavalos de pau com motos e veículos, colocando em perigo aqueles que procuram o melhor lugar do país para se divertir e banhar-se em suas límpidas águas.

Castelhanos (2)

Quando escrevemos haver

Deveriam ser usados estacionamentos de supermercados e outros estabelecimentos da cidade, só por fregueses (e na hora das compras). Tem gente deixando veículos de manhã à tarde nesses lugares. No do Frade, parece brincadeira. Estão sendo anotadas as placas e a divulgação vai acontecer em breve.

Estacionamento (2)

E as vagas destinadas a idosos e deficientes não ficam atrás. Estão no mesmo gancho. São usadas por gente que não se identifica e seus veículos ficam horas seguidas, prejudicando a rotatividade.

Buracos da Sabesp

Se não são dela, pior ainda, porque os seus terceirizados abrem e não fecham direito. Deixam problemas incalculáveis. Um giro de rotina poderia melhorar o relacionamento “povo-Sabesp” que não vai muito bem, não.


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LINHA DE FRENTE

Secretária de Obras tem sorte porque prefeito é empreended Segundo Kátia Kornetoff, a secretaria que ela comanda tem notoriedade em função da grande demanda de trabalhos que desenvolve. São mais de 100 obras em dois anos e outras estão

Thereza Felipelli Esta semana batemos um papo com Kátia Kornetoff, secretária de Obras de Ilhabela desde o início de 2009. De personalidade forte e pulso firme, ela tem 49 anos e veio para a Ilha aos 22, recém formada em Engenharia Civil. Quando assumiu a Pasta, sua primeira e principal missão, especialmente em obras particulares, foi levantar a bandeira de um trabalho totalmente isento, dar maior credibilidade nas aprovações, para que o trabalho fosse levado a sério tanto pelos profissionais da secretaria quanto pela comunidade como um todo. Ao mesmo tempo, outra meta importante, segundo Kátia, foi a realização de um resgate dos funcionários da secretaria, com o intuito de que se sentissem valorizados. Com relação às obras públicas, existe uma grande necessidade de serviços de manutenção da cidade e muitas solicitações são feitas à secretaria, diariamente. O objetivo é atender o máximo de pessoas também com isenção, tendo o cuidado de priorizar sempre o que é mais urgente e importante, afinal os recursos são pequenos. "Sou muito sortuda porque sou secretária do prefeito Toninho Colucci, que é extremamente empreendedor. Ele vive buscando investimentos, recursos, convênios para trazer mais estrutura para a cidade. Só temos que arregaçar as mangas e desenvolver projetos", diz.

Reurbanização

A secretária fala sobre a reurbanização da Avenida Princesa Isabel, que já está em sua segunda fase, com melhorias entre o Fórum, na Barra Velha, e o Posto BR, no Perequê. Nesta obra, será realizada a duplicação da pista, a continuação da ciclovia, uma nova ponte sobre o córrego Água Branca e uma rotatória próxima ao posto. A primeira fase teve início em junho do ano passado. Trata-se da maior obra de urbanização viária da história do arquipélago. Novas rotatórias e baias de acesso aos bairros Água Branca e Barra Velha, calçadas, ciclovia, pavimentação asfáltica, sistema de drenagem, nova ponte e faixas elevadas de travessia de pedestres são algumas das melhorias. Segundo a secretária, este foi um projeto desgastante porque teve intereferência em áreas que estavam ocupadas. "Deparamo-nos com muitas situações envolvendo ocupações irregulares, o que foi mais fácil desocupar, mas em outros casos as pessoas estavam em áreas próprias, o que gerou a necessidade de negociações, entendimentos", explica.

Cartão Postal

Nesta gestão, também foi feita a reurbanização da praia Garapocaia, ao norte. "Fizemos, ainda, a reurbanização da orla marítima e a execução de belvedere, no bairro Pedras Miúdas", conta. "A orla é uma preocupação muito grande para

a administração porque é nosso grande atrativo, tem que ser bonita, organizada", afirma Kátia. Segundo ela, felizmente existe o governo federal, que está propiciando o Projeto Orla, com a proposta de organizar a orla de forma harmônica. "Ainda há quem ache que pode comprar um pedaço de praia. É preciso conscientizar as pessoas sobre o coletivo", diz a secretária, que lembra que a praia é um lugar sem preconceito algum, racial, social ou qualquer outro tipo de exclusão.

Marinas

Com relação às marinas fixadas no arquipélago, Kátia comenta que existem dois aspectos. Primeiro, são importantes como geradoras de emprego. "Estamos numa ilha, embarcações tem tudo a ver", diz. "Por outro lado, existe indisciplina nessa ocupação e essas marinas terão que se disciplinar. É uma questão de logística", diz a secretária, que afirma ter certeza que a convivência com os projetos na orla será pacífica.

Além do Cartão Postal

Segundo a secretária, também existe uma grande preocupação da prefeitura em melhorar os locais mais afastados da orla, onde a população propriamente dita vive. "Quando a gente vai visitar um lugar, o que mais nos encanta, normalmente, é ver como as pessoas vivem, não só seu cartão de visitas. Também queremos mostrar que as pessoas vivem bem aqui, estão felizes, contam com boas escolas. Têm uma vida de simplicidade com qualidade", comenta. A secretária conta que o bairro Camarão, que fica no Alto da Barra Velha, onde será construida uma escola, tem se mostrado com uma ocupação cada vez maior. "Queremos uma ocupação organizada, pois a desordenada já prejudicou muito nossa cidade. Esse bairro vai crescer e temos que levar infraestrutura para lá", comenta Kátia, que conta que o prefeito quer fazer também um Pólo de Educação Integrada (PEI) na Barra Velha, bairro mais populoso, além de bem localizado na região central.

A favor da Educação

Kátia explica que a secretaria de Obras está diretamente ligada à Educação, Saúde, Cultura, enfim, todas as

Engenheira Civil Kátia Kornetoff desenvolve trabalho, prestigiando cada integrante de sua equ

demais secretarias, no desenvolvimento de projetos. Em prol da Educação, por exemplo, muito foi feito. Algumas obras importantes foram a construção das escolas municipais “Iracema França Lopes Corrêa”, na Água Branca, e “Profª Maria Thereza de Freitas Vidal”, no São Pedro. Também foram reformadas as escolas “Eva Esperança Silva” e “Waldemar Belisário”, além das escolas da “Ilha de Vitoria”, “Ilha de Búzios” e de Serraria. Foram ampliadas e reformadas as escolas municipais “Severina Barbosa de Faria, Tia Zoca”, no Itaquanduba, e “Antonio Honório dos Santos”, no Bonete. Também passaram por reformas as creches “Profª .Maria Leonor Morais Fazzini”, na Armação, e a “Luiza Aparecida Souza Tangerino”, no Itapecerica.

Pró Saúde e Idoso

Sob o comando de Kátia, está sendo construída no arquipélago uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS) e o Centro do Idoso, do "Projeto Quero Vida”, ambos na Barra Velha. "O

Posto de Saúde novo se justifica porque o outro prédio que temos lá é pequeno e não podia ser ampliado por falta de área. Nesse último será implementado algum tipo de atendimento social e de apoio à população", conta a secretária.

Pavimentações

Desde 2009, muitas ruas vem sendo pavimentadas, principalmente na Barra Velha, o bairro mais populoso. Foram beneficiadas ruas como Pernambuco, Hilda de Jesus e um trecho da Virgilio Basílio da Silva. “Pavimentação sempre aconteceu em Ilhabela e nós continuamos pavimentando uma série de trechos da malha que ficaram falhos. Estamos fechando", comenta Kátia.

Saneamento

Kornetoff acredita que o maior legado dessa administração reside na questão do saneamento básico. "Outros já haviam trabalhando nisso, mas agora o empenho é muito forte do Colucci, que colocou a Sabesp 'na parede'. Coisas que vinham em um ritmo moroso se aceleraram", frisa a secretária. "Pavimentar sem ter uma rede de esgoto também não faz muito sentido. Depois teríamos que abrir tudo de novo", ressalta.

De mãos dadas com o Turismo

Kátia faz questão de lembrar que Ilhabela é um grande polo de desenvolvimento turistico, sendo um dos 65 destinos


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dor e diz que sua função e da equipe é arregaçar as mangas programadas. A continuar assim, o canteiro de obras dotará a cidade de progresso sem precedentes em toda a sua história. A comunidade aprova, participa e aplaude o trabalho realizado Foto: Ronald Kraag

Ciclovia

Segundo Kátia, diversos trechos foram feitos anteriormente, tendo sobrado os mais dificeis por fazer, porque são principalmente locais onde existem conflitos de ocupação. "Estamos fazendo um projeto de interligação de todos os trechos. O sonho do prefeito é fazer com que a ciclovia venha da Vila até a balsa, pelo menos, principalmente pela orla", diz. "Muita gente acha que a população não vai utilizar, mas nós moramos dentro de um cartão postal. Temos que olhar para ele", comenta Kátia, que acredita que muita gente trata a porta da frente como se fosse um fundo de quintal. Um novo trecho que está sendo feito no bairro Saco da Capela, na avenida Pedro de Paula Moraes, vai desde o Pindá Iate Clube até a rua Padre Bartolomeu Gusmão e permitirá uma interligação com o trecho existente.

Obras irregulares

uipe, ouvindo sempre a todos, discutindo a melhor forma para a execução de todos os projetos

indutores de Turismo do país, o que traz mais visibilidade e recursos para a realização de melhorias, demandando mais projetos, mais trabalho. "Já que a cidade tem vocação de atrair turismo e vivemos quase que totalmente em função dele, temos que melhorar nossa estrutura para que o visitante venha, se encante e volte", diz.

Amiga do Meio Ambiente

"Esta administração se preocupa muito com o Meio Ambiente", dispara Kátia. "Desde o começo, o objetivo sempre foi desenvolvimento com preservação. Todos os projetos são trabalhados com o pensamento de que é preciso melhorar a infrastrutura da cidade preservando o que ela tem de melhor, que é a natureza", garante.

Turismo pelo mar

"Quando a gente assumiu a administração, recuperamos o píer da vila, aumentando o número de paradas de navios, algo polêmico, mas importante para nós, visto que aquela é uma das portas de entrada da Ilha", diz Kátia. "Vamos fazer mais píeres. Estamos licenciando três, um na Praia Grande, um próximo à balsa e um perto do Campo de Aviação", comenta a secretária. Segun-

do ela, isso vai possibilitar uma benéfica interligação maritima, o que será mais um atrativo para a cidade, que contará com mais vias de acesso.

Centro de Eventos

"O Centro de Eventos, no Campo de Aviação, é um projeto que ainda não conseguimos concretizar porque precisa de um investimento muito grande. Uma só linha de crédito não é suficiente para pagar", diz Kátia. De acordo com ela, além das dificuldades técnicas do projeto, o casamento de recursos para viabilizar esse projeto é muito trabalhoso. "Mas vai sair", garante.

Centro Cultural

"No sul, na Praia Grande, fizemos um Centro Educacional e Cultural em uma escola que estava praticamente abandonada. É um espaço público interessante, bonito. O pessoal do bairro se sente mais valorizado", avalia a secretária.

"A administração está sendo bem exigente com relação a isso", garante Kátia. "Uma obra que começa sem alvará pode obter um, desde que seja compativel com a legislação, mas certamente será penalizada por não ter tido a autorização antes do início da obra", afirma. De acordo com a secretária, as construções que estiverem agredindo a legislação têm que se adaptar. Ela acredita que, conforme as construções vão passando por reformas, fica mais fácil procurar o proprietário e solicitar que as mesmas sejam adequadas à legislação.

Galerias

"Com relação a galerias de águas pluviais, estamos tentando fazer o melhor possível com as novas", comenta. Segundo ela, na rua da balsa, quando se fizeram as galerias, não houve muito cuidado e hoje se paga o preço por isso. "Foi feito um tamponamento para a construção de uma laje e não há abertura removível para fazer desobstrução e limpeza. Por fora ficou bonito, mas debaixo do tapete..."

Sobre ela

Kátia veio por acaso para a Ilha com seu então namorado, hoje marido, que é construtor. Seus sogros moravam aqui, e o casal acabou ficando até hoje. Muito jovem, Kátia era muito acostumada com São Paulo e Ilhabela tinha um estranho sossego para ela. "Ilhabela era uma vila naquela época e eu sou muito agitada", diz Kátia, que hoje garante que jamais iria embora daqui. Com seu marido, tem uma construtora, através da qual conheceu o prefeito Colucci. Além da construção, Kátia também é professora de Matemática do Estado. Lecionar é sua segunda paixão e ela já faz isso há mais de 20 anos. "Muitos alunos meus hoje são engenheiros, advogados. O contato com a molecada me integrou à comunidade e isso foi muito importante na minha mudança total de vida", diz. Kátia acredita que esses anos como secretária farão muita diferença em seu futuro. "Acho que vou entender as pes-

soas de outra forma quando voltar a ser somente a engenheira Kátia", avalia ela, que tem dois filhos. Paulo mora em São Paulo e o mais novo, Antonio, junto com ela e seu marido, no Perequê. "Meu caçula joga na seleção de Rugby da Ilha, tem a vida de caiçara que pediu a Deus", diz. "Nós moramos no paraíso. No meu quintal tem abacate, coco, banana, mixirica, laranja, carambola. A casa infelizmente nao é minha, mas será um dia, se Deus me ajudar. Estou encantada com o lugar onde moro e quero comprar aquele pedaço de chão pra minha família", continua. "Não dá mais pra voltar pra São Paulo. Acho que já virei caiçara. Vou lá só pra passear, depois volto pra casa, pra dentro deste cartão postal". CA


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SEGURANÇA

FORMADORES DE OPINIÃO

Castelhanos conseguiu, o Conseg fez uma reunião lá

“Senhora, vai pegar um tanque de roupa e vai lavar”

A Comunidade Tradicional da Baía dos Castelhanos foi mais uma visitada, em menos de dois anos de administração do Conselho Comunitário de Segurança – Conseg –, reativado em abril de 2009, depois de muito esforço, vontade política e desprendimento incomum (como jamais visto) por parte de abnegados voluntários que se dedicam a esse operoso trabalho para buscar maior segurança para o povo. Da discussão sempre nasceu a luz, e de muitas discussões, debates sérios e de respeito e ordem em cada uma das reuniões, sempre formais, com a abertura oficial e o entoar cidadão do Hino Nacional Brasileiro, a leitura da ata da reunião anterior e as palavras das autoridades civis e militares da Polícia local tem-se encontrado melhores resultados na ação da segurança pública. Deslocaram-se para Castelhanos, na manhã da terça feira todos os diretores, Onofre Sampaio Júnior (presidente), Abílio Alves de Lima Júnior (vice), Claudia Adami e Luiz Antonio Braga de Siqueira (secretários), Guilherme Galvão, Marcelo (Caiçara) Silva representante do Parque Estadual) fazendo-se acompanhar dos secretários da administração Lídia Sarmento de Lima (Educação), Harry Finger (Meio Ambiente) e Cristobal Parraga (Administração), dos diretores Marcelo dos Santos (Trânsito), Sérgio do Vale -Badito – (Promoção Ambiental), Gerson Margarido (Comunidades Tradicionais), Jorge Guaracy (presidente do Conselho do Desenvolvimento Sócioambiental), Caio Kugelmas (futuro presidente do Conselho Municipal Antidrogas –Comad), diretora Pedagógica, Profa. Olga Guazzelli de Siqueira, assim como o presidente da Câmara, Carlos Alberto de Oliveira Pinto. As autoridades policiais, Delegado Jairo Pinto e Tenente PM Daniel Lemes, comandante do Pelotão da Polícia Militar em Ilhabela marcaram presença e puderam sentir “in loco” os problemas que os seus homens já conheciam de há muito, ouvindo os reclamos da população (mais de sessenta pessoas) acotovelaram-se no estabelecimento comercial gentilmente cedido pelo proprietário Wanderlei Valério, o Alemão. Para marcar presença

com todos e não causar constrangimentos, a comitiva almoçou em outro estabelecimento que se dispôs a recebê-los. A população foi ouvida, as reclamações registradas e ficou determinada uma série de providências, como: a presença de policiais durante os dias de carnaval em Castelhanos (com os anfitriões oferecendo refeições e estadias); a possibilidade de um curso para guarda e salva vidas dos Bombeiros, para os caiçaras que se dispõem a participar de operações de salvamento para as eventuais necessidades. O ponto alto, entretanto, é o consumo de drogas: e, onde há consumo é porque a oferta acontece, todos sabem. A oferta está incomodando tanto quanto a demanda. Todos, Polícia, administração pública e membros do Conseg tinham conhecimento desses problemas que afligem aquela população, daí o agendamento dessa reunião itinerante, a exemplo de quase duas dezenas que já aconteceram. A título de informação, apenas e tão somente, as reuniões do Conseg acontecem sempre nas últimas terças feiras do mês, sendo que, a de 29 de março (possivelmente será realizada no Perequê) contará com a presença do coordenador geral dos Conselhos Comunitários de Segurança do Estado de São Paulo. O eficiente trabalho do Conseg em Ilhabela e os resultados alcançados com a interação da administração e de ambas as polícias (Civil e Militar) despertou o interesse do Estado que prestigia a atual diretoria. “Este, sem dúvida, é um ‘bonde’ que está nos trilhos, aberto a todos, bem arejado, transparente e quem quiser poderá tomar o seu assento, rumo à busca de maior segurança para a comunidade; não se omitam”, diz um dos diretores do órgão. CA

Em maio o Supermercado do Frade vai comemorar 40 anos, não bastasse ser reconhecido como o mais tradicional da cidade, ganhará o melhor presente que uma empresa poderá ganhar; seus funcionários e colaboradores idealizaram e se organizaram para uma homenagem bem autêntica, na sexta feira de carnaval. Lançarão o Bloco Carnavalesco Frade Folia, uma iniciativa que revela o envolvimento e a satisfação da grande equipe que mais parece uma família, com samba enredo de Joãozinho do Pagode e a presença ilustre da figura tradicional do carnaval de Ilhabela – a Maria do Frade -. O bloco nasce com uma tradição e promete muito mais para os próximos anos. Todos são convidados para a noitada de abertura do carnaval de Ilhabela com o Bloco Frade Folia, uma grande alegria que virá para ficar.

Vera Alvarenga Freire Lavar um tanque de roupas nunca foi encarado por nenhuma mulher como algo depreciativo na sociedade brasileira e tampouco em Ilhabela. Mulheres ilhabelenses notáveis, muitas delas, viúvas, se tornaram empreendedoras de sucesso o que lhes permitiu criar e formar todos os filhos e de quebra, lavar belos tanques de roupa para atender as diferentes necessidades domésticas de suas respectivas famílias. Exemplos como o de dona Cristina, de dona Alice Ribeiro, de dona Eva Esperança e de tantas outras mulheres devem ser lembrados com reverência. Outras eram desbravadoras como Alice Coelho que veio de São Paulo na década de 50, para estabelecer aqui o Maembi Hotel, que administrava sozinha, numa Ilhabela onde só se chegava por lanchas. E todos que a conheceram puderam testemunhar os inúmeros tanques de roupas que ela lavava em seu hotel para dar o conforto e a limpeza que seus hóspedes requeriam. Foram tantas as desbravadoras e lutadoras como Biria, Cidoca, Izanil, Helena, dona Dedé França, dona Hilde do Hotel Mercedes, Carmem Barbosa - a nossa primeira vereadora mulher que, sem sombra de dúvida, abriu caminho para Nilce Signorini, Nanci Zanato, Dra. Rita e Gracinha que enobreceram a Câmara Municipal de Ilhabela com os seus conhecimentos e dedicação aos trabalhos que realizaram na comunidade de Ilhabela, além de tocarem as atividades domésticas demandadas por suas famílias que, certamente, incluíam sempre que necessário, a lavagem de um belo tanque de roupas sujas. Vale lembrar ainda, somente para quem parece ter esquecido, que Ilhabela já teve uma prefeita mulher: Nilce Signorini cuja administração é lembrada com saudade por uma imensa fatia da sociedade desta cidade e é claro que durante o seu mandato exemplar ela também lavou algum tanque de roupas usadas e sujas. Por isso, causa espanto, o posicionamento assumido pelo ilustre vereador Marinho, que em 3 de fevereiro de 2011, destilou todo o seu veneno contra uma mulher na tribuna da Câmara Municipal de Ilhabela, questionando seus comportamentos e escolhas pessoais e sugerindo a ela “Pegar um tanque de roupa e lavar”(sic). O vereador não nomeou a senhora ou jovem a qual ofendeu, como deveria ter feito, para dar a ela o direito de defesa, mas questionou algumas de suas condutas ou escolhas pessoais, na visão dele desabonadoras, como tomar lanches de R$ 30,00 num “boteco de alta classe” (sic) e no Yacht Club, “comendo cascata de camarão e champanhe”(sic) enquanto fazia fofocas, entendidas aqui, como críticas referentes à implantação da zona azul na Vila; Se refere ainda, a fofocas nas casas de meia dúzia de

mulheres, manipuladas pelos respectivos maridos, que não fazem nada a não ser tricotar. E, finalmente se perde, pois não há como identificar se o vereador se refere a homens ou mulheres pertencentes à sociedade civil organizada, que segundo ele têm a pretensão de se candidatar a um cargo eletivo no município, como se isto não estivesse aberto a todo e qualquer cidadão brasileiro, maior de 18 anos, pertencente ou não a uma ONG, Conselho ou organização da sociedade civil com interesse público. Por outro lado, ele menciona que se essa mulher ou esse homem, como membro de um Conselho ou da sociedade civil organizada até agora não fez nada, poderia se imaginar o que essa pessoa faria na Câmara. E, aqui cabe uma pergunta: o que é que o vereador Marinho tem com isso? Desde quando as cidadãs ou cidadãos de Ilhabela precisam de autorização da Câmara ou dos vereadores para freqüentar uma lanchonete ou “boteco de alta classe”(sic) ou estar num clube da cidade “comendo cascata de camarão com champanhe”, fazendo tricô e mais nada, se candidatar a um cargo eletivo no município ou ainda, gastar a quantia que querem de suas economias pessoais e não do dinheiro público? Cuidado, vereador, isto é cerceamento de liberdade e de escolhas (Constituição Federal,Cap I, Art 5º). O senhor deveria dar uma re-visitada a este artigo 5º, da Constituição Federal que trata dos direitos individuais e coletivos de todo e qualquer cidadão brasileiro, homens e mulheres. Feio, muito feio e muito grave. A verborragia do vereador denota falta de equilíbrio, de jogo de cintura, de respeito às mulheres e à sociedade civil em geral, de educação, e até de conhecimento da nossa Carta Magna, além de discriminação de gênero que, como toda discriminação, é crime inafiançável. Mais grave ainda, é que este jovem que se enaltece abundantemente em sua fala na tribuna e que pouco conhece a história das mulheres ilhabelenses é do PV, partido político que lançou como candidata à Presidência da República, a senadora Marina Silva, mulher vencedora, que já lavou também vários “tanques de roupas” em sua vida. E isto não a desqualifica, mas a enobrece ainda mais. Logo a postura assumida pelo vereador Marinho só pode ser considerada uma vergonha e uma lástima para Ilhabela, para a Câmara Municipal como um todo e para o partido político ao qual é filiado. Será que o moço esqueceu que recebeu votos de mulheres para chegar aonde chegou? Será que essas mulheres gostariam de ver o gênero feminino diretamente e unicamente vinculado a um tanque de roupas sujas, trabalho que deveriam dar conta simplesmente porque são mulheres? Será que Marina Silva sabe que existem machistas deste naipe nos quadros do PV? Será que

o PV de Ilhabela tomou alguma providência em relação ao falastrão que tropeçou na língua? Pois é, em pleno 2011 quando temos a primeira mulher, Dilma Roussef, na Presidência da República do país, llhabela se encontra na contramão da história, com a presença na Câmara Municipal de um vereador ET, retrógrado, mal informado e atrasado cabendo aqui colocar uma analogia à frase dita por ele: Nós, cidadãos ilhabelenses, mulheres discriminadas e homens que condenam a discriminação de gênero efetivada na tribuna da Câmara Municipal de Ilhabela em 3 de fevereiro de 2011, podemos imaginar quais contribuições o vereador Marinho trará com seu mandato para Ilhabela... Quem sabe, não seja o caso de sugerirmos, como ele o fez, que largue o que está fazendo e assuma uma tarefa eminentemente masculina, que seja exclusiva somente – redundância aqui necessária, dos homens.... Seria bom, mas ela não existe, uma vez que as mulheres estão em todos os lugares no mercado de trabalho: nas forças armadas, na construção civil, nas polícias civil e militar, nas montadoras e nas metalúrgicas, nos hospitais e nas escolas, no mercado financeiro, trabalhando com máquinas pesadas, etc, etc... e, também, nas ONGs, nas organizações sociais de interesse público e em vários Conselhos Setoriais de Políticas Públicas, onde desempenham tarefas importantes sem qualquer remuneração. Apesar disso e de toda a modernidade, que parece estar passando longe deste arquipélago, ainda existe um trabalho que compete somente às mulheres que é o trabalho de parto que traz à luz e a este mundo milhares de indivíduos do sexo masculino, como é o caso do próprio vereador Marinho. Era bom que ele se lembrasse disto. Este sim, é um trabalho exclusivamente feminino e que compete somente às mulheres e que o senhor ou nenhum outro homem será capaz de fazer e que foi conferido somente às mulheres não pelo senhor, nem pela sociedade e tão pouco pelo mercado de trabalho. Ele nos foi conferido pela natureza e, para aqueles que acreditam, por Deus. Em vista do exposto, repudiamos a postura assumida pelo vereador Marinho e: • sua imediata retratação na mesma tribuna da Câmara Municipal, onde todo o gênero feminino foi ofendido e discriminado, precedido de leitura e divulgação da matéria em todos os meios de comunicação públicos e privados de Ilhabela e da região; • que a Câmara Municipal de Ilhabela, formada por representantes de homens e mulheres do município não extrapole as suas funções institucionais para evitar este tipo de ocorrência. O abaixo assinado está sendo feito e chegará breve, aos seus destinos. CA Vera Alvarenga Freire - verafreire@terra com.br


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Precisa-se de empregada doméstica. Vagas para trabalhar na Cocaia e na Vila, todo serviço de casa (cozinhar, lavar e passar). Registrada. Marcar entrevista pelo telefone (12) 3896 2113 Precisa-se de recepcionista masculino com experiência comprovada. Tratar (12) 3896 2009 em horário comercial OPORTUNIDADE

Vendo filhotes de Golden Retrivier, Poodle micro toy, Lhasa-apso, Shih-tzu, Pequines, Chiuahua e Sharpei, com vacina importada e pedigree. Entrego no litoral e vale. Tratar (12) 8166 2398 Vendo Montana 1.8, Flex, 2007, prata, DH, 50.000km. R$ 24.500 Tratar (12) 9103 8368 DOAÇÃO

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Vendo terreno no Borrifos, 1600m². IPTU de 2011 pago. Tratar com Sueli no telefone (12) 3894 9464 Vendo terreno de 730m², na Água Branca. R$ 65 mil. Tratar com Junior nos telefones (12) 7850 9982 ou (11) 8104 1085 Vendo casa próximo ao colégio Objetivo, área do terreno 300mts, escritura definitiva, doc. ok, para financiamento. R$ 150 mil. Tratar no telefone (12) 3895 8397 Vendo terreno no sul da Ilha, 429,57m², IPTU pago. R$ 26 mil. Tratar no telefone (12) 3894 9244 Vendo terreno no Bonete 800m². Com levantamento topográfico. Preço de ocasião. Tratar nos telefones (12) 8144 4481 ou 8191 9769

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Fernando Siqueira Primeiramente o respeito. Este não pode faltar jamais, para com a mulher. Por várias razões. Pode-se destacar que a mulher é capaz de fazer tudo o que o homem faz, em todas as profissões. Num aspecto apenas ela não se iguala ao sexo masculino. Supera-o e é única. Ela tem a felicidade maior que é dar vida ao ser humano, procriar, gerar um filho e o carrega em seu ventre durante nove meses, passando às vezes por uma necessidade extrema; a de manter repouso absoluto para enfrentar uma complicada gestação. Esse respeito que se deve à mulher, até mesmo pela suas conquistas e igualdades de condições alcançadas com muito esforço, alguns se esquecem. Esquecer apenas não seria de todo mal. Contudo, além de esquecer passam a desmerecer o trabalho heróico de quem cumpre funções fora de casa, no trabalho, e, em casa zelando pelo conforto da família, marido e filhos, cozinhando, lavando, passando, arrumando a casa, sempre com aquele esmero incomum e que poucos percebem, a não ser quando elas “faltam ao serviço”. Houve um tempo em que mulher nem marido escolhia; era atribuição do pai. Nem votavam para escolher mandatários do País, dos Estados, dos Municípios. No fim do século XIX algumas mulheres começaram a exigir respeito, tratamento favorável diante da família, direito à educação, desenvolvimento pleno de suas faculdades,

dentro e fora do lar. Dentre os direitos, queriam votar como os homens. Nas primeiras décadas do século passado (XX), número crescente de mulheres defendeu, em praça pública, o voto feminino, negado na Constituinte de 1891, com argumentos preconceituosos de membros machistas. No decorrer de 1927, um deputado federal – Juvenal Lamartine de Faria – teve como plataforma de campanha ao governo do Rio Grande do Norte, não só o voto feminino, como também que a mulher tivesse o direito de ser votada, e, já naquela época a população tinha mais da metade de mulheres. Aprovada a sua proposta, Mossoró, cidade potiguar alistou a primeira eleitora (Celina Guimarães). Ano seguinte, Alzira Soriano de Souza, apoiada pelo mesmo político elegeu-se prefeita de Lajes, tendo sido a primeira prefeita eleita no Brasil. Getúlio Vargas aprovou a medida, e, de lá para cá, apesar de muitas mudanças, a mulher pode votar e ser votada. Não foi por deixar a casa e ir à luta anos depois que a mulher deixou de ser feminina, porque a sua capacidade lhe permite tomar conta do lar, dos filhos, do marido e galgar postos importantes, seja no trabalho, na vida pública, no trabalho vo-

luntário (não são poucas as que encontram tempo, também, para essa tarefa) de forma contributiva para a cidade onde vivem. Quando se vê ou se ouve alguém maltratando mulheres – de qualquer forma – nem precisa ser violência física, um asco toma conta do ser humano normal, aquele que se lembra de sua mãe, de sua irmã, de sua esposa, de sua filha. É fato mais natural deste mundo. Com a mulher no trabalho, a casa não fica abandonada, nem filhos e marido, porque ela é capaz de se organizar e dar atenção a tudo e a todos. Profissionais de gabarito, dedicadas e capazes, mulheres há que não descansam enquanto não concluem a sua tarefa. Não se pode e não se deve permitir quem quer que seja maltrate mulheres e as menospreze ou achincalhe, sob pena de merecer repúdio, este sim, desprezo e desconsideração, sendo relegado a um plano inferior por não respeitar aquele ser humano que é superior aos homens. Se não for em tudo, pelo menos no mais nobre que se possa imaginar – a tarefa grandiosa e singela a um só tempo; maravilhosa e singular de ser mãe. Guerreira é o que você é, mulher! CA

As maiores dificuldades que a Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela enfrenta são a falta de participação de associados, a informalidade, a sazonalidade e a qualificação profissional. Para combater essas dificuldades não são poucas as iniciativas da entidade, dentre elas os cursos profissionalizantes, as promoções fora da alta temporada , o diálogo com os associados no sentido de evitar a informalidade, fazendo com que cada membro da entidade – associado ou diretor – se aproxime dos informais, para que eles se enquadrem na realidade empresarial, fortalecendo a classe, gerando oportunidades de novos empregos e proporcionando o surgimento de novos colaboradores. Faça parte, integre-se à entidade de classe que trabalha cada vez mais por você. Av. Princesa Isabel, 3.039 loja 02 - Barra Velha - Tels. 3895-7102, 3895 8523 e tel/fax 3895 8607 E-mail: acilhabela@acilhabela.com.br - Site: www.acilhabela.com.br


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ADMINISTRAÇÃO

Time do emprego vai bem. Obrigado A estrutura do PAT, Posto de Atendimento ao Trabalhador de Ilhabela permite efetiva produção de suas atividades, num relacionamento saudável para a execução do programa “Time do Emprego”, idealização que beneficia milhares de pessoas. O reconhecimento dessa tarefa acontece a cada dia, com os resultados obtidos em toda a atividade supervisionada pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, do governo estadual, à frente o deputado Davi Zaia. Esta semana a secretaria lançou um novo site do programa Time do Emprego e Ilhabela esteve em São Paulo prestigiando o evento. Fez questão o prefeito Antonio Luiz Colucci de saudar o secretário Zaia pela iniciativa e levou consigo Alda Torres e

Foto: Divulgação

O secretário Estadula Davi Zaia recebeu ilhabelenses, prefeito Colucci e comitiva

André Luiz Maia Vieira respectivamente coordenadora e diretor do PAT local. Foi uma oportunidade para Ilhabela registrar a atenção do titular da Sert para com o município que agradeceu a visita e lembrou aos presentes as conquistas do arquipélago no

setor de atendimento ao trabalhador. A secretária de Turismo e Fomento, Djane Vitoriano de Jesus acompanhou-os à secretaria do Trabalho e manteve outros importantes contatos na paulicéia, cuidando de reivindicações de sua pasta. CA

É BOM SABER...

Fluido de freio tem validade? Existem vários tipos de fluidos de freio e a contaminação desses fluidos se processa de forma semelhante. Todos são mais ou menos higroscópicos, isto é, absorvem água. Os produzidos á base de glicol são altamente higroscópicos e se misturam mais facilmente com a água, formando emulsões que podem levar a falha total do sistema de freios, inclusive travando cilindros de roda, por oxidação. Os fluidos à base de silicone têm menor absorção

de umidade, uma vez que não emulsificam facilmente, mas podem se contaminar e perder eficiência. A presença de 3% ou mais de água no sistema de freio pode levar à falha total do sistema, pois o ponto de ebulição do sistema baixa muito produzindo o famoso fading, tornando o pedal borrachudo e provocando acidentes. Os fabricantes de automóvel e dos fluidos de freio recomendam que se troque todo o fluido a cada 12 meses. Outra

coisa importante é que não se devem misturar diferentes tipos de fluidos de freio. Mas, sobre isso, falaremos na próxima edição. CA

ETERNO APRENDIZ

Professor de Deus Existe? Não acredito. Isso é história pra boi dormir, é conversa de pescador, igualzinha aquela que um dia contaram lá na Lagoa Seca, pertinho de Lucélia – cidade à beira mar plantada, dizia um candidato a prefeito, quando fazia comício próximo ao Salto Botelho, no Rio Aguapeí, mais conhecido como Rio Feio, fundão do Estado de São Paulo, pela paulista nova. Marino era bom pescador, morava com a família na margem esquerda do piscoso rio. O filho mais velho deixou a cidade e foi para a capital. Havia passado no concurso do Banespa – naquele tempo concurso do Banespa era melhor que do Banco do Brasil. Nas férias do filhão levou um relógio Tissot – desses de dar corda – para o velho. Disse que não carecia, agradeceu, meteu no pulso, todas as manhãs dava corda e só o tirava antes de ir para a pesca; precisava cavar um pedaço de terra com enxadão para apanhar algumas minhocas que recolhia e colocava numa latinha de óleo, daquelas redondas, e vazia; sempre com um pouco de terra, para as minhocas não secarem. Certo dia esqueceu-se de deixar o relógio em casa, foi para o campo pegar as minhocas, viu o relógio e o pendurou no galho de uma goiabeira. Seguiu adiante, foi pescar e uma chuva torrencial o fez esquecer o relógio no galho da árvore. As chuvas não cessaram dias seguidos. Depois de quase uma semana, o velho Marino aproveitou a estiada e foi em busca do relógio: lá estava

ele, reluzente sob a luz fraca de um sol tímido depois de dias seguidos de chuvas -, e funcionando-. Mas como? Sabe meu filho, é que batia um ventinho que relava na corda e fazia o relógio funcionar. O que tem a ver isso com o professor de Deus? Tem sim, e muito. Professor de Deus, leitor é aquele que consegue apresentar fatos que derrubam quaisquer argumentos. As suas mentiras são tão sérias que passam a ser recebidas como verdades; mentem com convicção. Por incrível que pareça, acreditam em suas mentiras e - memórias boas – guardam detalhes das mentiras narradas, não se esquecem de jeito nenhum que acabam contagiando os seus ouvintes, amigos, companheiros ou mesmo alunos de um aprendizado sem fim. Neófitos, os que os ouvem ficam boquiabertos e nem sempre descobrem as verdades e continuam tendo êxito nas suas artimanhas desses professores. Por incrível que pareça eles são teimosos e se apresentam como certos, perfeitos, diante de toda a plêiade que os acompanha. Quando descobrem a história verdadeira, os alunos, eternos aprendizes nem questionam, simplesmente porque não querem ter a certeza de que os professores erraram: deve ser só um equívoco, dizem entre si. E os docentes continuam as suas lições, incorrigíveis lições, sempre com a mesma empáfia, realmente como se fossem professores de Deus. Pior ainda, eles têm certeza de que Deus sabe disso.

OFICIAL DE REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS E TABELIÃO DE NOTAS DO MUNICÍPIO DE ILHABELA - Rua Dois Coqueiros, 216, salas 1 a 4 - Perequê - Ilhabela

R. Dois Coqueiros, 45 - Perequê - Ilhabela - Tel: (12) 3896 5195

EDITAL DE PROCLAMAS EDITAL DE PROCLAMAS Nº 3176 - LIVRO D - 004 *PÁGINA. 118 Faço saber que pretendem se casar LUIZ HENRIQUE SINA TELLES e MELISSA LEIGHANNE DUFF para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro. ELE é de nacionalidade brasileira, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, nascido a 20 de abril de 1987, de profissão autônomo, domiciliado e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Avenida Leonardo Reale, nº 2.222, bairro Viana, filho de LUIZ HERCULES BASTOS TELLES e ARLETE SINA. ELA é de nacionalidade canadense, natural de Toronto, Canadá, nascida a 02 de março de 1978, de profissão professora, domiciliada e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Avenida Leonardo Reale, nº 2.222, bairro Viana, filha de LINDA JEANNE DUFF. EDITAL DE PROCLAMAS EDITAL DE PROCLAMAS Nº 3177 - LIVRO D - 004 *PÁGINA. 119 Faço saber que pretendem se casar STEFANO WULZER e CLAUDIA DE FÁTIMA FOGAÇA para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro. ELE é de nacionalidade italiana, natural de Roma, nascido a 25 de agosto de 1964, de profissão empresário, domiciliado e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Rua Pernambuco, nº 527, bairro Barra Velha, filho de ERNESTO WULZER e ANNA CERMINARA. ELA é de nacionalidade brasileira, natural de São Paulo, Estado de São Paulo, nascida a 08 de junho de 1971, de profissão técnica de segurança no trabalho, domiciliada e residente em Ilhabela, Estado de São Paulo, na Rua Pernambuco, nº 527, bairro Barra Velha, filha de JOSÉ ANTONIO FOGAÇA FILHO e MARIA APARECIDA FOGAÇA. EDITAL DE PROCLAMAS EDITAL DE PROCLAMAS Nº 3178 - LIVRO D - 004 *PÁGINA. 120 Faço saber que pretendem se casar ANTONIO CARLOS DE LIMA e THAÍS OLIVEIRA DE SANTÂNA para o que apresentaram os documentos exigidos pelo artigo 1.525, nºs I, III e IV, do Código Civil Brasileiro. ELE é de nacionalidade brasileira, natural de Taiaçupeba, Estado de São Paulo, nascido a 09 de junho de 1966, de profissão empresário, domiciliado e residente em Mogi das Cruzes, Estado de São Paulo, na Rua Major Arouche de Toledo, nº 471, bloco Roma, Apto. 53, bairro Centro, filho de MIGUEL RODRIGUES DE LIMA e TERESA MARIA DE LIMA. ELA é de nacionalidade brasileira, natural de Mogi das Cruzes, Estado de São Paulo, nascida a 01 de agosto de 1984, de profissão aeronauta, domiciliada e residente em Mogi das Cruzes, Estado de São Paulo, na Rua Major Arouche de Toledo, nº 471, bloco Roma, Apto. 53, bairro Centro, filha de JOSÉ MARIA APARECIDA DE SANTÂNA e RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA DE SANTÂNA. Se alguém souber de algum impedimento, oponha-o na forma da Lei. Lavro o presente para ser fixado em Cartório no lugar de costume e enviada cópia para ser publicada pela Imprensa Local.


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