E d iç ã o 0 1
Ministério de Comunicação Social nos Grupos de Oração
APRESENTAÇÃO
“Pedro, tu me amas? Apascenta minhas ovelhas”(Cf. Jo 21,17). Com essa motivação a Renovação Carismática Católica do Brasil inicia mais um ano de missão, inspirada pelo Espírito Santo a apascentar e cuidar das tantas ovelhas espalhadas pelos Grupos de Oração desse país. Acolhendo esse chamado do Senhor, o Ministério de Comunicação Social da RCC acredita que a formação é uma das bases que agregam comprometimento e responsabilidade a essa tarefa e, para isso, começa a escrever um novo capítulo na sua caminhada.
Mas será que comunicação restringe-se apenas aos meios? Não têlos significa não necessitar de comunicadores? Quem pode ser comunicador? O Ministério de Comunicação Social está se propondo a tentar responder a esses questionamentos e começa a desenvolver uma apostila de formação que será publicada em 2012. De imediato, apresentamos esta pré-apostila, desenvolvida com foco nos trabalhos dos Grupos de Oração. Além de diretrizes sobre o que é a comunicação e sobre comunicação na perspectiva da Igreja Católica e da RCC, vamos apresentar um novo projeto para ser trabalhado nos Grupos de Oração. Ela é um início de conversa, com caráter orientativo, que será disponibilizada de forma digital para facilitar o acesso de todos os membros do nosso Movimento. No decorrer deste ano, trabalharemos de forma mais aprofundada a evangelização pelos meios e também a parte técnica dos trabalhos do ministério. Ao final deste documento, que ora apresentamos, ainda é possível acompanhar o planejamento estratégico do MCS para o ano de 2012. Manifestamos, dessa forma, o desejo sincero de que esse material possa ser uma lamparina reluzente para contribuir no pastoreio das ovelhas desse país, afinal “Ninguém acende uma lâmpada e a cobre com um vaso ou a põe debaixo da cama; mas a põe sobre um castiçal, para iluminar os que entram”(Lc 8,16). Que nossa comunicação possa ser o reflexo que dispersa a escuridão daqueles que ainda não encontraram a verdadeira Luz, Nosso Senhor Jesus Cristo.
Comissão de Formação Ministério de Comunicação Social
COMUNICAÇÃO E COMUNHÃO Se há uma afirmação incontestável é a de que o ser humano não é capaz de viver sem estar em relação com os outros.
Comunicar-se é inerente à condição humana. Há quem afirme que não apenas nos comunicamos, mas “somos” comunicação. “Dizer 'eu sou comunicação' é tomar consciência de que nos comunicamos de todo o jeito, com o olhar, o tato, a fala, os gestos, os sentimentos, o modo de andar, de vestir; e; enfim, a gente fala o tempo todo. O nosso ser fala, ainda que não 1 diga palavra alguma.” À luz da revelação divina, pode-se ir à origem dessa característica tão própria da natureza humana. Já no primeiro livro da Bíblia, que relata as origens do mundo e da humanidade, temos acesso a informações muito esclarecedoras a esse respeito. O homem e a mulher (Cf. Gn 1, 26-27) foram criados à imagem e semelhança de Deus para receber a revelação divina e para estabelecer um diálogo de amor com Ele.2 Vejamos que interessante: Deus comunica-se com o homem e, ao comunicar-se, revela-se à sua criatura, porque com ela deseja ter comunhão. “A razão mais sublime da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus”.3 Pelos relatos que encontramos no Livro de Gênesis somos informados que o homem é chamado à existência para comunicar-se com o seu Criador e, também, com a natureza e com o seu próximo. Diante disso, iluminados pela fé, é possível afirmar que a comunhão está no centro da vocação humana: “A vocação humana é essencialmente uma vocação para construir comunidade e para viver em comunhão”.4
CORAZZA, H. Comunicação e liturgia na comunidade e na mídia, p. 17. JOÃO PAULO II. O Rápido Desenvolvimento, n. 4. Ibidem n. 27. MARTÍNEZ DÍEZ, F. Op. cit. p. 301.
04
EM BUSCA DE UM CONCEITO... Mas o que é comunicação? Comunicação é uma palavra oriunda do latim: communicatio. De acordo com alguns estudiosos, essa expressão teria surgido em ambiente cristão, entre os monges cenobitas, para designar a prática da refeição da noite feita em comum. A raiz “munis” significa “estar encarregado de”, e, ao ser acrescida do prefixo “co”, expressa simultaneidade, reunião, assumindo o sentido de “tornar comum”, “estabelecer comunhão”. A terminação “tio” reforça a ideia de atividade realizada conjuntamente. E, de acordo com Luiz Martino, foi esse o primeiro significado que o termo teve no vocabulário onde apareceu pela primeira vez. 5
A palavra não existe para descrever o ato de comer, mas de fazê-lo juntamente com os outros, reunindo, então, aqueles que se encontravam isolados. A originalidade fica por conta da ideia de rompimento de uma situação de isolamento, explica Luiz Martino. “E nisto reside a diferença entre a communicatio eclesiástica e o simples jantar da comunidade primitiva.” O autor ressalta que, dentro deste contexto, o termo comunicação não designa todo e qualquer tipo de relação, mas aquela onde haja o conceito de realização em comum. Sendo assim, levando-se em conta a concepção etimológica e histórica da palavra, é possível dizer que quando estamos nos comunicando tentamos estabelecer uma comunidade com alguém. É interessante observar que a palavra comunhão também vem do radical “munis”, acrescido do prefixo “co” (comunis). O que faz de comunicação e comunhão dois termos 'irmãos'.
5 Martino, L. Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências, p. 13.
05
“Comunhão e comunicação têm algo a ver com a união e a relação entre sujeitos diferentes. (...) O que se diz da comunicação pode-se dizer 6 analogicamente da comunhão”. Dentro da Igreja Católica existe a compreensão de que a comunicação (e é muito importante destacar isso, principalmente quando nos referimos à comunicação social)
não pode reduzir-se aos
instrumentos técnicos de transmissão. A comunicação-comunhão tem sido o conceito mais aceito e propagado pela Igreja Católica, sobretudo após o Concílio Vaticano II. O Magistério pós-conciliar viu na comunhão o termo ideal de toda comunicação, tanto interpessoal como a de massa.7 E é esse sob essa perspectiva, da comunicação-comunhão que vamos desenvolver esse texto. É esse conceito que tem iluminado a Renovação Carismática Católica. Mas terá a comunicação esse caráter nos dias de hoje? É assim que a comunicação é entendida por todos? João Paulo II lamentou o fato da comunicação ter perdido seu significado original. Ele disse que o conceito comunicação em nossa linguagem quase desapareceu e hoje está mais ligado, sobretudo, à esfera dos meios.8
6 MARTÍNEZ DÍEZ, F. Op. cit., p. 301. 7 CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA. Orientações para a formação dos futuros sacerdotes, n 3. 8 JOÃO PAULO II. Audiência Geral. Quarta-feira, 19 de dezembro de 1979.
06
E, de fato, nota-se que a comunicação social tem sido relacionada automaticamente aos instrumentos de comunicação. Como se fossem sinônimos. Uma concepção errônea que o Magistério da Igreja tem buscado corrigir, ao afirmar que o constitui a essência da comunicação é a situação de
diálogo entre as pessoas,
entre sujeitos que intervêm nos processos. Para que haja comunicação é preciso participação ativa e autônoma dos sujeitos em interação.9
Sujeitos conscientes e livres que intercambiam mensagens, não se reduzindo a ser um emissor e outro receptor. Limitando-se este a dar respostas como reação aos estímulos gerados ou promovidos por aquele, mas compartindo ambos ativa, autônoma, criativa e criticamente a revelação e a construção do sentido da realidade a partir do intercâmbio de informação e da expressão recíproca de ideias e sentimentos. Tal forma de inter-relação é a que corresponde a uma situação de “comunidade” ou “comunhão” no sentido originário destes termos (communitas, communio). Este nível de participação dialógica é antes um ideal no horizonte das relações sociais do homem de hoje e de todos os tempos.10
Os meios de comunicação têm uma função extremamente importante, obviamente, porém não se pode esquecer que eles “só expandiram uma função, a de se comunicar, que é essencial, permanente e inerente à natureza
Os novos meios (...) vieram só ampliar uma capacidade preexistente e facilitar uma função essencial, não engendrá-la”. social do homem.
11
Ao tratarmos da relação entre evangelização e meios de comunicação sabemos que os mesmos têm a capacidade de expandir o alcance do Anúncio. Por isso os mesmos se revestem de tanto valor para nós.
9 Cf.CELAM, Op. Cit., p. 22. 10 Ibidem, p. 21. 11 Ibidem.
07
COMUNICAÇÃO E EVANGELIZAÇÃO Quem anuncia, comunica, e a Igreja nasceu se comunicando. 12
Pelo relato dos Atos dos Apóstolos (At 2), somos informados que os discípulos encontravam-se reunidos no cenáculo em um grupo restrito, mas, após a efusão do Espírito, eles, imediatamente, passaram a partilhar com “os de fora” o que estavam vivendo. O que significa que a Igreja se manifestou ao mundo numa “explosão” de comunicação. A Igreja não foi convocada por Cristo para ser uma comunidade de fiéis fechada em si mesma e muito cedo se deu conta disso. O projeto de Jesus deveria ser comunicado a todos, sem distinções. De portas abertas, a jovem Igreja se expande. E, para expandir-se, cumprir a missão de ir levar o Evangelho “até os confins do mundo” (Cf. At 1,8) os primeiros cristãos utilizaram-se desde o ensino oral a todos os recursos e meios de comunicação disponíveis na época. Em matéria de evangelização, o apóstolo Paulo é uma grande referência, exemplo de comunicador da Boa Notícia. Sua vida e sua obra edificaram o cristianismo. O apóstolo dos gentios utilizou-se de todos os meios de comunicação existentes em sua época, à sua disposição, para proclamar o Evangelho. Foi, por exemplo, precursor das cartas como meio de comunicar-se com as recém fundadas comunidades cristãs. Ele “rompeu as barreiras e os preconceitos, empenhou-se em formar discípulos, criar e fortalecer comunhão.13
EA O L U PA ÇÃO A C I N COMU
12 PUEBLA, n. 1063. 13 NEPOMUCENO,L. Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho, in Revista Renovação, ed. n. 53, p.9.
08
E, da mesma forma que a comunidade das origens soube se utilizar dos meios disponíveis em vistas da missão recebida por Jesus, os que deram seguimento ao mandato, também lançaram mão de diferentes recursos para evangelizar. A Renovação Carismática Católica, como expressão eclesial, busca se utilizar de todas as técnicas e recursos necessários para uma comunicação eficaz, sob a luz do Espírito Santo, dentro da identidade carismática. Sempre orientada a respeitar o que realmente determina a comunicação, ou seja, .
a condição de sujeitos em interação.
09
A COMUNICAÇÃO NA RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA E O MINISTÉRIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Na RCC, a visão a respeito da comunicação-comunhão tem iluminado uma série de ações assumidas pelo Ministério de Comunicação Social, as quais abordaremos na sequência deste texto. Durante a primeira Escola Nacional de Comunicação (Enacom), realizada em janeiro de 2011, em Pelotas, cidade sede do Escritório Nacional, uma comissão formada por coordenadores estaduais do MCS reuniu-se para discernir assuntos específicos sobre o Ministério. Tal comissão, tomando por base documentos do Magistério da Igreja Católica e a Missão do Movimento, descrita no Planejamento Estratégico da RCCBRASIL, elaborou um texto contendo uma definição sobre a Missão do MCS, bem como orientações sobre ações pertinentes a esse Serviço dentro da RCC e como o mesmo pode ser implantado no Grupo de Oração. O documento foi submetido à apreciação da presidência do Conselho Nacional e da coordenação da Comissão de Formação da RCCBRASIL. Abaixo, transcrevemos o texto na íntegra. Trata-se de um posicionamento oficial da RCC, devendo ser compartilhado em todas as instâncias do Movimento. Sugerimos que este texto seja trabalhado em formações do Ministério, e que, mais do que isso, seja vivido!
10
AÇOES A prática de nossa missão ocorre nas dimensões interna e externa ao Movimento, observadas através de ações como:
Pensar, articular e promover a comunicação, estabelecendo relações e construindo comunhão no seio do movimento e fora dele, para fazer discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo, a partir da experiência do Batismo no Espírito
NOSSA MISSÃO
Ÿ Colaborar com a promoção da comunhão entre os membros; ŸDinamizar a comunicação no Grupo de Oração e entre as demais instâncias,
fazendo com que as moções e direcionamentos sejam conhecidos e vivenciados por todos os membros do Movimento; Ÿ Ajudar a propagar as ações da RCC e dar suporte aos ministérios, visando que a comunicação em seus serviços seja eficaz; Ÿ Zelar pela imagem do Movimento, principalmente nos meios de comunicação; Ÿ Colaborar no planejamento, organização e execução dos eventos, atuando particularmente nos processos de comunicação; Ÿ Dialogar com as demais expressões de Igreja e mídias em geral.
EXEMPLOS DE AÇÕES:
Para tanto, devemos utilizar todos os meios e instrumentos de comunicação ao nosso alcance e desta forma contribuir com a evangelização, propagação da cultura de Pentecostes e fortalecimento da comunhão do Movimento. cadastro dos participantes do grupo, dinamização dos recados (avisos do e no grupo); capacitação e utilização dos meios para potencializar a evangelização (internet, mídias), elaboração de impressos e informativos, divulgação do grupo e demais instâncias na internet, cobertura e divulgação de eventos... 11
COMO
IMPLANTAR O MCS NO GRUPO DE ORAÇÃO
Observadas as demandas e identificada as necessidades pertinentes a cada realidade dentro do grupo de oração, orienta-se os seguintes passos:
1. Entrar em contato com o coordenador do Grupo, que é a pessoa responsável pelo bom funcionamento do Grupo de Oração e deve sempre estar informado das atividades que se pretende desenvolver nele.
2. Comunicar o coordenador diocesano do MCS, que deve estar ciente de implantação e poderá orientar e ajudar nesse processo.
3. Formação: Na implantação, a formação garante uma base no caminhar do Ministério dentro do Grupo e é ela que fornecerá as informações sobre o Ministério, servos e as atividades exercidas. Cabe ao coordenador diocesano o apoio e o encaminhamento da formação.
Sendo a formação uma das bases, tanto da implantação como da atuação do MCS, os coordenadores estaduais do Ministério criaram, em reuniões posteriores, o “Projeto Nacional Comunicadores de Grupo de Oração da RCC”, que apresentamos na sequência desse material. 12
PROJETO NACIONAL
“COMUNICADORES DE GRUPO DE ORAÇÃO” MOTIVAÇÃO Se comunicação tem a missão de gerar comunhão, uma das propostas do servo- comunicador é contribuir para com que as moções e direcionamentos discernidos pelo Conselho Nacional cheguem a todas as instâncias do Movimento, sobretudo à sua base que é o Grupo de Oração. Notemos que a palavra usada aqui foi “contribuir”, porque informar os membros da Renovação a respeito de assuntos relevantes para a sua caminhada ou levá-lo a ter conhecimento a respeito da vida do Movimento deve ser um objetivo de todos, sobretudo dos líderes do Movimento. É um direito de todo carismático saber o que está acontecendo no Movimento ao qual ele pertence, seja em sua cidade, sua diocese, seu estado, país ou no mundo. Lamentavelmente, a falta de entendimento desse direito/dever tem levado muitos Grupos de Oração a caminharem isolados. Todos sabemos que o Grupo de Oração é a célula fundamental da RCC. Sem Grupo, não existe RCC. Mas também temos consciência de que um Grupo sozinho não dá vida a um Movimento inteiro. Ele só é Movimento em relação aos demais Grupos e instâncias. É Grupo da RCC à medida que vive a comunhão. O Ministério de Comunicação pode pensar e desenvolver suportes para que os processos de comunicação, de fato, se estabeleçam, de forma que o Movimento caminhe em total unidade, a partir daquilo que o Santo Espírito suscitar como direcionamento ao seu povo.
13
E se o principal objetivo é fazer com que todos caminhem na mesma direção, nesse contexto, surge a necessidade de se ter um agente facilitador da Comunicação, alguém que possa ajudar a corrigir possíveis falhas de comunicação dentro de cada Grupo de Oração. Este servo é responsável por colaborar de forma efetiva com a promoção da unidade. É chamado a, através de seus trabalhos, gerar comunhão interna, entre os membros do Grupo, bem como do Grupo com as demais instâncias da RCC. Ele poderá auxiliar o coordenador a repassar ao povo de Deus as informações necessárias para que se mantenha atualizada a graça do Senhor naquele Grupo. Para que o seu Grupo saiba o que Deus tem falado ao coração do Movimento, e o que o Movimento tem feito em resposta. E mais, pode ajudar o Grupo a entender qual a importância de fazer parte dos direcionamentos do Senhor.
OBJETIVO DO PROJETO: O “Comunicadores de Grupo de Oração” é um grande projeto de unidade, e tem o objetivo de aperfeiçoar, facilitar, dinamizar e integrar a Comunicação dentro da Renovação Carismática Católica, por meio de um agente facilitador.
PROPOSTA: Que todos os Grupos de Oração do Brasil tenham, ao menos, um servo atuante no Ministério de Comunicação Social, escolhido pelo coordenador do Grupo de Oração e ligado às coordenações diocesana, estadual e nacional do Ministério de Comunicação Social.
14
CARACTERÍSTICAS DO COMUNICADOR DE GRUPO
Antes de tudo, é importante que apresentemos
algumas características desse servo. Em primeiro lugar, é bom explicarmos que o comunicador de Grupo de Oração não precisa ser um profissional da área de comunicação social. Não é necessário ser um jornalista, um publicitário ou um profissional de relações públicas para realizar esse serviço. Basta que a pessoa escolhida seja uma serva fiel, com um perfil comunicativo, espontâneo e que esteja disposta a viver a comunhão e estabelecer relações. Claro, há alguns outros atributos que esse servo deve apresentar, afinal comunicar é um papel muito importante em qualquer instituição, e na RCC não seria diferente. Vamos comentar sobre algumas destas características: 1. Pessoa de oração e vida sacramental: Talvez não se fizesse necessário falar sobre isso aqui, pela obviedade: todos devemos ter vida de oração e sacramental. Porém, se o fazemos é para reforçar a necessidade que o servo escolhido para esse serviço seja pessoa de total intimidade com Deus e que busque sempre viver os sacramentos.
2. Testemunho de vida. Todo serviço ao Reino dos Céus deve ser acompanhado pela coerência de vida. A mensagem que comunicamos, sob inspiração do Espírito Santo, pode conduzir à cura, à libertação, à conversão. Só uma profunda escuta de Deus possibilita tais resultados.
15
3. Motivação: Ser uma pessoa determinada, que motive os que estão à sua volta. Pessoa de visão, que possua uma profunda capacidade de partilhar, levando outras pessoas a se comprometerem com todos os trabalhos que envolvam o Ministério.
4. Vive a Unidade: Se tem uma coisa para que um comunicador é chamado, certamente é viver e ajudar a construir a unidade. O comunicador deve estar sempre em comunhão com o coordenador e o núcleo do Grupo de Oração e, sempre que possível, ao corpo paroquial. Outro ponto importante é a unidade nas relações. Um bom comunicador é aquele que não segrega ninguém e nem toma partidos, posicionando-se de um lado e esquecendo-se dos demais. Viver a unidade é prezar pelo bom relacionamento com todas as pessoas. Fofocas, contendas, mentiras, injúrias, nenhuma dessas coisas podem fazer parte da vida do comunicador de Grupo de Oração.
5. Humildade: Uma pessoa que não demonstre vaidade, necessidade de aparecer, exibicionismo. Alguém consciente que é necessário, a exemplo de João Batista, que ele próprio desapareça para que o Senhor, sim, apareça, seja honrado e glorificado. 6. É bem informado: Ninguém pode falar sobre aquilo que não sabe ou que não conhece. Mais que saber, o comunicador deve sempre procurar se aprofundar sobre os assuntos que difunde, deve ir direto às fontes certas e pesquisar em locais de credibilidade. Nesse contexto, fica como responsabilidade do comunicador repassar informações corretas, bem apuradas, para que o conteúdo não seja de caráter duvidoso. Quem comunica para um povo sabe que este povo deve ser respeitado em sua capacidade de pensar e discernir. Lembremos sempre que a comunicação a ser praticada na RCC é aquela que leva em conta a condição de sujeitos de todos envolvidos nos processos comunicacionais. Não importa se estivermos comunicando diretamente, ao vivo, ou se o fazemos a partir dos meios.
16
7. Pessoa com senso crítico. Quanto menos deslumbrada melhor. A comunicação dentro da RCC não é manipulativa e nem se deixa manipular. Repetimos: Somos chamados a desenvolver uma comunicação considerando todos como sujeitos do processo. Trabalhamos “com” e “para” o povo de Deus. Sempre que estiver ao nosso alcance devemos levar as pessoas a pensarem criticamente sua postura em relação às mensagens que recebem, sobretudo da mídia secular. Incentivar que avaliem com lucidez os meios de comunicação e os seus conteúdos.
8. Conhece o Movimento: O comunicador de Grupo é chamado a saborear, experimentar e conhecer com profundidade a vida da Renovação Carismática Católica. Deve ser uma espécie de “perito” no que diz respeito à essência da RCC e falar com propriedade das particularidades do movimento: projetos, formações, Moções Proféticas, acontecimentos e estruturas. É muito importante que busque constantemente formação.
9. Disposição em servir o próximo. Profundo interesse pelo Ministério do irmão. Sim, porque o Ministério de Comunicação irá trabalhar para promover ações que digam respeito à vida do Grupo e da RCC como um todo. Esse Ministério deve estar sempre a serviço dos demais Ministérios.
10. Tem acesso e conhece os meios de comunicação: A orientação aqui não é para que o comunicador de Grupo possua um domínio pleno sobre todos os meios de comunicação. Contudo, os meios de comunicação podem contribuir fortemente para a evangelização e atividades relacionadas à Missão, por isso é importantes entendê-los. Sobre essa formação técnica falaremos, em outra oportunidade, na continuidade de nossos materiais de formação.
17
A MISSÃO DO COMUNICADOR Pensar, articular e promover a comunicação, estabelecendo relações e construindo comunhão no seio do movimento e fora dele, para fazer discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo, a partir da experiência do Batismo no Espírito Santo. O termo é exatamente esse: “missão”. O comunicador na RCC é alguém que recebeu um chamado de Deus. Ele não é um mero “fazedor” de alguma coisa: um texto, um site, um programa de TV ou de rádio, como fins em si mesmos. Ele pode fazer tudo isso, e é muito bom, mas se o faz é com vistas ao anúncio do Evangelho. Por isso, comunicar na Renovação Carismática Católica é uma MISSÃO. Quem é comunicador é missionário. É um servo com um chamado específico. E esse chamado não pode ser subestimado. Tal missão pode ajudar a resolver grande parte dos problemas da RCC relacionados a falhas em seus processos comunicacionais. Por exemplo: quantos Grupos não são conhecidos em seus bairros, cidades? Nem mesmo na sua paróquia, porque não existem pessoas para trabalhar na divulgação deles? Quantos Grupos que ainda vivem fora das moções simplesmente porque não foram informados a respeito delas? Basta olharmos ao nosso redor e veremos quantos servos e coordenadores ainda desconhecem tantos trabalhos que hoje são desenvolvidos por mandato de Deus. Quantos Grupos de Oração que desconhecem músicas, projetos bonitos que deveriam ser assumidos por todos, ou melhor, que só terão êxito se forem assumido por todos? Talvez, por estarem fora de todas as maravilhas deste tempo e por não estarem atualizados da graça de Deus, muitos tenham, inclusive, abandonado a missão e se perdido em suas próprias vidas. A comunicação que é comunhão pode restaurar e fortalecer o povo de Deus. 18
COMUNICAÇÃO E O GRUPO DE ORAÇÃO
DIVULGANDO NOSSOS GRUPOS
Uma grande missão do servo do MCS é ajudar a divulgar o Grupo de Oração. Imagine saber que, graças ao nosso empenho, pessoas descobriram a existência de um Grupo e tiveram suas vidas transformadas ao viverem a experiência do Batismo no Espírito Santo?
Quando divulgamos nossos Grupos e os tornamos conhecidos, estamos sendo agentes de evangelização. Só por essa razão já deveríamos nos sentir totalmente motivados a trabalhar para que nossos Grupos sejam conhecidos. Porque, lá, as pessoas poderão ter um encontro pessoal com Jesus Cristo. Que grande alegria saber que podemos ter colaborado para que uma pessoa encontrasse o caminho da Verdade, por ter sido incentivada a ir ao um Grupo. Quantas vezes olhamos para o nosso Grupo e nos entristecemos porque ele está vazio? Isso pode estar acontecendo por uma série de razões, claro, mas uma delas pode estar relacionada a falhas de comunicação. Esperamos que as pessoas venham até nós, mas não atentamos para tornar nosso Grupo conhecido. Outro problema é a falta de mecanismos para mantermos contato com os irmãos que participam do Grupo. Se eles deixam de vir ao Grupo, ficamos sem saber a razão, e o pior, não sabemos como localizá-los. A comunicação pode auxiliar no trabalho de pastoreio (como veremos abaixo). Eis uma boa prática de missão. Em resumo: temos de ir em busca das pessoas, e não ficar acomodados esperando que elas venham ao nosso encontro, e se as ovelhas partem, devemos saber onde encontrá-las. 19
Uma série de ações podem ajudar, tanto na divulgação como no pastoreio. Podemos nos engajar em campanhas, ajudando a organizá-las. Seja num trabalho corpo a corpo, de casa em casa, ou de por meio de diferentes instrumentos a que tivermos acesso. Com ou sem recursos. Como veremos, a partir de agora, são muitas as possibilidades.
Muitas vezes, colocamos diversos empecilhos: não temos dinheiro, não temos servos para esse trabalho, não sabemos como fazer, etc. Mas, com boa vontade, podemos sim reverter muitos problemas. Como cristãos, não podemos perder o ânimo diante das adversidades. Temos de superá-las na força do Espírito. Precisamos olhar para nossa realidade e descobrir possibilidades.
Bem, podemos fazer
cartazes, usar a internet, faixas, banners, camisetas, panfletos, usar alto-falantes de carros, ou de bicicletas. Basta que escolhamos o que for mais acessível e coloquemos mãos à obra. Certamente existe um meio apropriado ao seu Grupo de Oração. Vejamos algumas possibilidades. Quem tiver ideias, ou testemunho de ações que estão dando certo, pode partilhá-las para que acrescentemos em futuros materiais. 20
COMUNICANDO SEM RECURSOS
Te m o s a l g u n s exemplos muito interessantes de alguns Grupos que superaram muito bem a falta de recursos.
Um bem ilustrativo é o Grupo de Oração da Arquidiocese de Recife que, sem dinheiro nenhum para evangelizar, procurou na lista telefônica do bairro possíveis nomes e endereços e enviou para essas pessoas uma Carta social dos Correios. Imagina chegar uma carta Social em nome de seu Grupo de Oração à casa de seus vizinhos ou familiares que não conhecem ou não participam do Grupo? Interessante, não é mesmo? Este mesmo Grupo, com a venda de bolos, levantou recursos e contratou algumas horas no serviço de publicidade volante. No caso, uma bicicleta de som para anunciar a existência do Grupo de Oração, horário e local. Algo simples que pode dar bons resultados. Outro meio barato: com consentimento do seu pároco, ao fim da Santa Missa ou na rua, distribua folhetos com horário do Grupo. Valem até convites feito à mão.
Utilize a internet. Divulgue seu Grupo de Oração nas redes s o c i a i s , c o m o Tw i t t e r, Facebook, Orkut, Youtube e outras. Não custa nada. Faça o cadastro de seu Grupo e distribua mensagens.
INTERNET
Selecione textos, imagens e/ou vídeos e envie tudo de forma clara e querigmática. Utilize a internet de maneira responsável.
21
Tudo que é edificante deve ser propagado. Portanto, produza vídeos sobre seu Grupo. Deixe o Espírito Santo lhe conduzir e solte sua criatividade. Há programas de edição de vídeos muito fáceis de serem utilizados. Fotos, imagens em movimento e música compõem um bom vídeo, ou um vídeo slide OBSERVAÇÃO: Tenhamos bom senso. Existem momentos que ficam descontextualizados fora do Grupo de Oração. E servem como motivo muito mais para controvérsias do que para a edificação de outros irmãos. Não devemos confundir evangelização com exposição sem sentido. Existem momentos de nossa espiritualidade que “recortados” do todo da reunião de oração ficam incompreensíveis para quem está vendo pela primeira vez. Pense nisso, na hora de postar um vídeo no youtube, por exemplo. É importante que tenhamos senso crítico, que nos perguntemos se aquilo vai gerar apenas curiosidade, ou poderá levar pessoas à conversão, ao desejo de viver a mesma experiência. Façamos essa pergunta, e deixemos o Espírito nos dar a resposta. Esse é um grande filtro em nossos trabalhos.
Algo muito importante é descobrir se seu Grupo de Oração está registrado no cadastro Nacional dos Grupos da RCCBRASIL feito hoje no portal da RCC: www.rccbrasil.org.br. Já existem muitos testemunhos de pessoas que conseguiram localizar um Grupo mediante essa ferramenta de comunicação.
TELEFONE
Outra solução pode ser o telefone celular. Faça ligações para os membros de seu Grupo de Oração e/ou distribua mensagens via SMS, convidando-os para a reunião de oração, de núcleo e outras atividades. Faça isso todas as semanas e estabeleça uma relação com os irmãos de Grupo. 22
OUTROS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Há ainda alguns Grupos que conseguem ter horários em rádios, ou canais de televisão. Essa ideia também é muito válida, embora não seja a realidade da grande maioria dos nossos Grupos. Mas, se isso estiver ao alcance de seu, não pense duas vezes. É também importante que servos de outros ministérios façam parte dessa iniciativa, de acordo com a proposta do programa a ser veiculado em determinada mídia.
No caso dos eventos de seu Grupo, se deseja divulgá-los na mídia, basta enviar uma nota à imprensa (release) para os veículos de comunicação cadastrados e aguardar o contato do profissional de comunicação.
Se houver um jornal do bairro, ou mesmo da cidade, as notícias do Grupo de Oração podem ser divulgadas nele também. Basta ter os contatos necessários para o envio das notícias sobre o Grupo. Cadastre as principais informações dos jornais, sites e os demais veículos de comunicação que achar úteis. Isto se chama mailing. Mantenha este banco de dados atualizado e utilize-o sempre que for necessário.
EVENTOS
Nesses casos, o coordenador do Grupo ou o comunicador será procurado para uma entrevista com um jornalista. Prepare-se e tenha em mãos as principais informações sobre o evento. Dê apenas as informações necessárias e relacionadas ao encontro. Não procure responder questões de fé ou sobre a doutrina da Santa Igreja, não é nossa obrigação. Se o profissional insistir, você pode educadamente lembrá-lo que o convite foi feito para que o encontro em questão fosse divulgado e não temas polêmicos e encaminhá-lo a alguém com autoridade para tratar do tema proposto. Ainda sobre eventos, algo merece destaque e muita atenção da nossa parte, porque temos falhado muito nesse sentido. 23
Devemos aproveitar em todos os nossos eventos, feitos fora do local da reunião de oração, para divulgar aos participantes a existência de nossos Grupos. Criar mecanismos de divulgação, no palco, por meio de panfletos, de cartazes fixados em locais estratégicos. Sempre orientando as pessoas nesse sentido, para que elas saibam onde podem continuar experimentando as graças que desfrutaram naquele Encontro da RCC.
Em eventos da cidade, da diocese ou mesmo do estado, é muito importante lembrarmos com frequência aos participantes que aquele Encontro é da Renovação e que nossa forma ordinária de vivência de nossa espiritualidade é nos Grupos. Não podemos nos contentar com o anúncio do Evangelho apenas em eventos. Devemos criar mecanismos que nos permitam pastorear as pessoas que foram aos nossos encontros. Incentivá-las a participar de um Grupo de Oração.
Registrar a vida do Grupo de Oração é utilizar-se de diversos meios para deixar gravadas as atividades que o Grupo realiza. Isso garante que nossa história não se perderá. Para isso, é bom termos
REGISTRAR A VIDA DO GRUPO DE ORAÇÃO:
em mãos uma câmera fotográfica, algumas noções de como redigir uma notícia e muita criatividade. 24
REGISTRO: E MERECEM U Q S E D A ID UMAS ATIV GORA, ALG cial, CITAMOS, A ter espe á r a c m ção co ões dos s de ora esentaç ; r p a reuniõe , o rup exemplo es, por rio do G t á r s a r s e a iv d e an ana, rianças ção hum ara as c o p m s o io r r p é de inários, minist inistério ios, sem r m é t o is d s in m açõe utros. res e/ou entre o denado d r , o s o o c ir t e re visitas d oração, cias de n iê PO. r e p ex CA TEM
ME-SE ROGRA
E NÃO
PER
P
Outro recurso muito utilizado é o esquema de Jornal Mural, cuja notícia redigida nos padrões jornalísticos e/ou fotos é colocada num mural fixado na parede da Igreja, salão ou local externo. É preciso lembrar que esse mural deve ser colocado somente com a autorização do pároco ou do responsável pela comunidade. Redigir um Jornal Mural não é muito difícil. Utilize-se de programas como Word ou Publisher, que fazem parte do pacote básico do Office. Podem-se utilizar também programas próprios de diagramação, como o Pagemaker, Indesign ou o Corel Draw. Na hora da diagramação, priorize fontes que inspirem a confiança dos leitores. A tipologia da família futura é ideal, pois oferece variados estilos dentro de uma só fonte.
S O ÇÃO S A I R O AV O DE RUP G O N
, da Grupo á o d r o ser enad ente, m l coord a o r e m o ,g tos e o. Ele s dos even ente c ã ç m a a r t eO ata , jun cuida rupo d gando as d r G es. o e l d a e l qu ividad nic vu i t a u a d d s m s S a o o Oc ar d VISO vent r os A articip a de e a p d d a n r r e a o g a el p us p onsáv de De o resp ndo o povo ca 25 convo
Há algumas considerações sobre o convite para eventos e outros avisos: Reserve um momento do Grupo, de preferência no final e de maneira ordenada, para dar os avisos. Lembre-se de que avisos não são para superlotar a vida e a agenda das pessoas. Estabeleça critérios. Têm prioridade os eventos nacionais, estaduais e diocesanos da RCC, os eventos do Grupo de Oração e os que têm importância máxima para a Igreja, bem como para a comunidade paroquial.
Aviso é coisa séria. O responsável por dá-lo deve adequar a sua postura de acordo com a mensagem. Seja sempre sincero e procure gesticular na medida certa. Apresente entusiasmo.
Ÿ Lembre-se que o aviso deve ser sempre dinâmico,
envolvente, claro, conciso, espontâneo e alegre. ŸOs primeiros 10 segundos sãos os mais importantes, eles
prendem a atenção do povo. Procure ser criativo e atrativo. ŸProcure ser breve. Cuidado com os exageros e a prolixidade,
ou seja, fale o necessário. ŸProcure estabelecer silêncio absoluto para iniciar. Acalme o
ambiente antes de começar a falar. Ÿ No momento de dar informações práticas seja claro e objetivo. Informe corretamente locais, horários, preços, etc. Se tiver material com informações para entregar é melhor para que as pessoas não esqueçam o que você disse.
26
GERANDO COMUNHÃO COM AS DEMAIS INSTÂNCIAS DO MOVIMENTO
Como já comentamos, ao comunicador de Grupo de Oração também foi reservada uma tarefa muito importante: colaborar para reparar um problema recorrente em nosso meio: a lacuna que muitas vezes existe entre “o Deus que fala” ao Movimento e que chega até o seu Povo espalhado pelos milhares de Grupos de Oração existentes no Brasil hoje. Como vimos, além de trabalhar dentro do Grupo, no sentido de ajudar a promover a comunhão interna entre os membros, através dos fluxos de comunicação, é tarefa do comunicador contribuir para que aquele Grupo viva a comunhão com irmãos de caminhada através da vivência dos direcionamentos que são destinados a toda RCC. Todos os membros da RCC merecem saber o que está acontecendo no Movimento ao qual eles pertencem. Portanto, fique atento às publicações nos sites diocesanos, estaduais e no Portal Nacional da RCC. Leve sempre as mensagens atualizadas para o Grupo de Oração.
Uma missão muito importante do comunicador do Grupo de Oração é colaborar na divulgação dos projetos e das moções proféticas da RCC: É preciso lembrar-se de que esta partilha pode representar vida nova para muitos corações e um vigor novo para muitos Grupos de Oração. Semanalmente, no Portal da RCC Brasil – www.rccbrasil.org.br, são divulgadas partilhas das moções proféticas destinadas ao Movimento. 27
Veja abaixo, al, ion em nível nac e projetos, plos d alguns exemas e moções a campanh ulgadas: iv d e r p m e s serem
ŸCampanha Nacional de Mobilização de Oração (continuidade ao Projeto Amigos de Deus); Ÿ Partilhar informações a respeito da construção da Sede
Nacional: “Nossa casa Nossa benção”; ŸInstituto de Educação à Distância da RCCBRASIL – IEAD; ŸTrabalhar o Tema da RCC do ano presente; ŸDivulgar a Revista Renovação; ŸReforçar as campanhas organizadas pelo Movimento; Ÿ Divulgar os produtos da Editora RCCBRASIL, produzidos sempre dentro da identidade carismática. ŸDivulgar a missão Marajó para que os membros da RCC sabiam desse lindo trabalho de Missão ad gentes que o Movimento desenvolve. ŸIncentivar que o povo e os ministérios de música aprendam e cantem nossas canções.
Ajude o coordenador do seu grupo de oração. Faça material informativo explicando sobre as diferentes atividades desenvolvidas pela RCC. Crie, solte a criatividade e deixe o Espírito agir. Fique sempre bem informado sobre as atividades da sua Diocese e Estado, para, da mesma forma, partilhar com todos os integrantes do seu Grupo de Oração. 28
COMUNHÃO E OBEDIÊNCIA O comunicador de Grupo de Oração deve ter um compromisso com a RCC. Ele, a partir de orientações do Coordenador do Grupo poderá pensar em formas de levar ao Grupo de Oração notícias importantes sobre a vida do Movimento além daquilo que é vivido dentro do próprio Grupo. Poderá ajudar a partilhar os projetos nacionais, estaduais e diocesanos, além de partilhar periodicamente as moções proféticas que Deus tem revelado ao movimento.
MAS ATENÇÃO: O comunicador deve sempre combinar com o coordenador do Grupo de Oração quais as notícias devem ser partilhadas. Deve trabalhar em total comunhão com o coordenador e em obediência. Ele pode ajudar o próprio coordenador que tenha certa dificuldade com alguns meios de comunicação, orientando e assessorando. Exemplo: Cadastro Nacional do Grupos, acesso ao Sávio (Sistema de Apoio à vida Carismática), uso de redes sociais. Para viver a comunhão é preciso estar sempre em contato com as equipes estadual e diocesana de comunicação: Este contato é muito importante para o desenvolvimento deste projeto, pois através dele o estado estará interligado, como em uma rede carismática de trabalho. As equipes dessas instâncias (diocesana e estadual) são responsáveis por monitorar e auxiliar cada comunicador de Grupo de Oração. Além disso, as notícias dos Grupos, de acordo com um determinado grau de importância estarão sempre nos canais de comunicação das dioceses e do estado ou nacional possibilitando assim uma maior interação entre os Grupos de oração. Isso também possibilitará uma cobertura mais completa do que acontece na RCC de nosso País. 29
UMA PALAVRA A MAIS SOBRE O PASTOREIO
Cadastre o e-mail de toda a assembléia; em seguida envie a agenda de atividades do grupo; encontre os membros do seu Grupo de Oração nas redes sociais da internet e desenvolva laços com eles. Faça as pessoas se sentirem lembradas sempre. Logicamente que todas essas estratégias devem ser previamente combinadas com o coordenador do Grupo.
Algo importante em nossos Grupos é quando há a sensação de que estamos sendo cuidados, não é verdade? Através da comunicação podemos sim exercer um esquema de pastoreio de nosso povo. Quantas vezes há alguém ferido no meio de nós? Quantas vezes há alguns irmãos passando por necessidades em nossos Grupos de Oração e nem sabemos? Juntamente à Promoção Humana, o MCS pode desenvolver um trabalho muito frutífero.
ACOLHIDA, DE QUEM É, AFINAL?
E a Acolhida? Esse assunto tem provocado bastantes dúvidas entre nós. Afinal, a acolhida é papel do Ministério de Comunicação ou da promoção humana? Promoção Humana. Depende muito da realidade. Entende-se que, a acolhida é muito mais que receber as pessoas na porta do Grupo de Oração. É um gesto de amor e de responsabilidade. Quem acolhe é responsável também por cadastrar todos os novatos do Grupo e acompanhar passo a passo sua caminhada, e identificar as dificuldades desses novos servos. É possível verificar, ainda, se há pessoas faltando às reuniões e o porquê, no sentido de reparar as brechas. Diante disso, fica uma sugestão: que essa questão seja decidida caso a caso, de acordo com a necessidade, número de servos, demandas de cada Grupo. Os servos do MCS poderão ajudar dando formação, dicas de materiais, formas de acolhida. Ou seja, esse é um trabalho feito entre irmãos. Todo Grupo deve ser acolhedor. E como em todas as demais atividades do Grupo o ideal é que todos estejam sempre dispostos a ajudar uns aos outros, em espírito de paz, como convém aos cristãos.
30
E por fim....
COMO TER UM COMUNICADOR EM SEU GRUPO DE ORAÇÃO?
Dicas aos coordenadores de Grupos Aqui apresentamos algumas sugestões àqueles coordenadores que ainda não tem um servo do MCS em seu Grupo e desejam ter.
1 – O coordenador do Grupo de Oração deve escutar Deus em seu coração, pedindo-o que mostre um servo que possa desempenhar este papel. Lembrese de que é bom que esse servo esteja dentro das características apresentadas há pouco.
2 – Após a escolha, comunique-o sobre a nova função que irá desempenhar no Grupo. O ideal é que este servo não tenha outras funções no Grupo, se possível.
3 – Estudem e partilhem o conteúdo desta pré-cartilha. Não deixe de oferecer também outras formações, a fim de aprimorar a técnica e a espiritualidade do comunicador. Encaminhe-o às formações oferecidas pelas equipes estadual e diocesana de comunicação. Fique atento às agendas da RCC. Esse servo deve ser incentivado a buscar formação que dizem respeito a outros ministérios, afinal ele terá de ter conhecimentos sobre a vida da RCC como um todo, para poder comunicar com segurança. 31
4 – Trace um planejamento, analisando os recursos disponíveis, os públicos a serem atingidos e de que forma o comunicador irá agir no Grupo de Oração, quais meios de comunicação irá utilizar, como fará as partilhas e repassará as informações. É importante pensarem juntos em estratégias de como será feita a divulgação do Grupo para a comunidade.
5 – Separe um momento da reunião de oração do Grupo para a comunicação. Essa é a hora de partilhar as moções, projetos e divulgar as atividades do Grupo e da RCC daquela diocese, estado ou do país.
7 – É importante que o comunicador faça parte do núcleo do Grupo e participe das reuniões.
8- É essencial que o comunicador seja pessoa que tenha vivido de fato uma experiência de conversão e que testemunhe com a vida a sua fé.
M C S R C C 32
CONCLUSÃO É Deus em sua infinita misericórdia que nos contempla com a graça de repararmos as brechas, de endireitarmos veredas. Esse projeto representa isso para a comunicação em nosso país. Nascido no coração de Deus, ele visa a verdadeiramente auxiliar nossos Grupos de Oração na missão de levar a cultura de Pentecostes a cada dia para mais pessoas, mas sem deixar de contemplar com qualidade os que já participam de nosso Movimento. Ao renovar a Comunicação, busca-se renovar também a maneira como enxergamos nosso Grupo: ele merece ser tratado com mais zelo, com mais amor. Devemos zelar por Sua imagem. E que imagem é essa que o seu Grupo de Oração passa para as pessoas? Dificilmente paramos para pensar e analisar sobre o que as pessoas acham de nossos grupos; sobre o que as pessoas pensam do nosso Movimento.
33
14 . PONTIFÍCIO CONSELHO PARA AS COMUNICAÇÕES. Communio et Progressio, n.11. 15 . Cf. MARTÍNEZ DÍEZ, F. Op. cit., p. 279. 16 . JOÃO PAULO II. O Rápido Desenvolvimento. n. 5.
Se fizermos esta revisão certamente vamos verificar que temos muitos pontos a serem melhorados, e que a comunicação pode dar grandes contribuições. Podemos fazer mais do que fizemos até hoje. Consagremos nosso Ministério ao Espírito Santo, “Espírito vivificador, princípio de unidade e fermento de congregação”. 14 Ele que é o “agente da comunicação interna que circula entre os membros da comunidade”. Sejamos sempre dóceis ao “Espírito de amor, de reconciliação, de pacificação, de união nas diferenças” aquele que constrói, anima e sustenta a comunidade.15
Cheios do Espírito poderemos, então, poderemos viver a comunicação conforme Jesus, Comunicador Perfeito, Verbo comunicar que veio nos ensinar a nos comunicarmos com o Pai e com nossos semelhantes.16
34
WWW.RCCBRASIL.ORG.BR