Revista Zero15 4a edição

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Apresentamos a você leitor, a quarta edição da Revista Zero 15, e com uma boa nova. Passamos os 5.000 acessos na terceira edição, 5317 para ser mais exatos. Sustentavelmente dizendo é motivo de muito orgulho para nós poder levar às pessoas informação sem agredir, ou agredindo o menos possível o habitat natural do ser humano: o nosso planeta. E sobre sustentabilidade, continuamos a observar as dicas da Carol Giuli, que nessa edição nos fala sobre como utilizar esses conceitos de sustentabilidade em nossas ações cotidianas, ajudando o planeta e até mesmo nossos bolsos, rs. Sobre a coluna do Japa, sem comentários ... Estávamos discutindo sobre algo mais diet e tudo mais, ele me aparece no outro dia: “Cara, tem uma receita de costeletas de porco no whiksy ...”, pensei comigo mesmo: “Desisti do regime”. E temos também novos colunistas: o Adonis, que fez uma matéria linda sobre Brechós, e o Alcides, que vai nos fazer uma série de artigos contando a história do Rock (eu sou extremamente suspeito pra falar disso) que ficará show. Acompanhem todos os episódios ! A coluna “Vista-se” fica à cargo de Ursula Alves, e nessa edição não teremos a coluna “Vista-se Plus”, mas na próxima edição teremos algo lindo e mirabolante da cabecinha da Bárbara Tagliatti, que cooperou nessa edição com seus stylings, seu make e seu incrível bom gosto. Nosso muito obrigado à todos os colunistas, sem exceção. O trabalho de vocês é a base da revista ! Agradecemos à Raquel Cioffi, nossa capa, que até o momento do upload da revista não sabia que ia ser capa, pela confiança em nosso trabalho. Também não podemos deixar de agradecer a todos que fotografaram para a nossa revista, que emprestaram suas imagens para que o trabalho pudesse ser realizado. Agradecemos a todos os maquiadores que com sua técnica e gosto apurados puderam fazer com que nossos modelos ficassem ainda mais belos. A entrevista com a escritora prata da casa Samanta Holtz está simplesmente fantástica. Com sua simpatia e seu sorriso, ela nos recebeu em sua casa para nos contar como foi toda a sua trajetória no mundo da literatura. A entrevista foi conduzida pela Rafaela Lara, que também é responsável por toda a parte linguística da revista! Todo esse crescimento da revista é a melhor prova que vocês poderiam nos dar de reconhecimento e confiança no trabalho. Como diria o Professor Girafales: “As estatísticas não mentem”, e nosso crescimento é visível. Na quarta edição, já podemos ver que uma parcela de nosso público-alvo já conhece a revista, já comenta sobre ela. Isso nos deixa muito felizes, mas não vamos nos acomodar ou parar por aqui. A ideia é crescer cada vez mais e mais, e para isso contamos com você. Caso tenha alguma dúvida, sugestão, crítica, ou qualquer coisa que deseje falar sobre a revista, poste em nosso facebook, e também curta nossa página, clicando nesse dedinho aqui: será um prazer ouvir o que tem a dizer sobre nosso trabalho!


Caso prefira escrever um e-mail, escreva para cleber@zero15.com.br. A música de fundo dessa edição é da Banda Cover Hits, que infelizmente deixou os palcos ao final do último mês. Considerem isso como uma homenagem. Nosso muito obrigado pelos anos de contribuição musical, em favor do bom gosto e da sonoridade. As músicas são: Sex in fire, cover da Banda Kings of Leon, e um medley, chamado Give me Everyting, do Ne-yo, Barbara Streisand, do Duck Sauce e Party Rock Anthem, do LMFAO. Muito obrigado a todos que participaram, direta ou indiretamente dessa edição, e até a próxima !

Cleber Martins

Fotógrafo Formado em fotografia pelo CEUNSP atualmente estuda Publicidade e Propaganda na ESAMC - Sorocaba e-mail: cleber@zero15.com.br

Índice História....................................................................................... 4/5 Maquiagem Masculina............................................................. 8/9 Moda - Brechó ........................................................................14/15 Direito ..................................................................................... 20/21 Gastronomia .......................................................................... 24/25 Prata da Casa.......................................................................... 34/41 Vista-se .................................................................................. 44/45 Rock´nRoll ............................................................................ 48/49 Sustentabilidade...................................................................... 52/53 Moda ....................................................................................... 58/59 Sociedade ................................................................................ 60/61 Literatura................................................................................. 64/65 Editorial .................................................................................. 66/84


H Considerações sobre o tempo... N

a coluna passada, descrevi que no âmbito do estudo da História, apenas com um distanciamento em relação ao tempo presente, poderemos compreender e analisar mais claramente os resultados das manifestações que estavam surgindo pelo país. Mas o que é o tempo? Como ele é compreendido? Como ele é visto e entendido pelas diversas culturas? Seria ele condicionado pelas ações sociais, históricas e geográficas de uma determinada época? Neste artigo, analisaremos brevemente como sociedades de períodos históricos diferentes, encaram o passar dos dias, dos meses, dos anos... tempo ligado à cosmologia, ou seja, Ao longo da existência humana, o existia uma ordem universal regida petempo foi percebido de maneiras dife- los movimentos dos corpos celestes. Na rentes, apenas se diferindo pela cultura Idade Média somos levados há um temque o manipulava. As primeiras medi- po eterno e atemporal, graças às ideias das de tempo se devem aos povos An- de Santo Agostinho e outros pensadotigos que usavam o passar do Sol como res do período. Aqueles que seguissem forma medida. Esse mesmo tempo foi os preceitos da submissão, com fé, alencarado de forma antagônica entre o cançariam a vida eterna. Já na Idade Ocidente e o Oriente. No Ocidente, os Contemporânea, a sociedade emerprimeiros conceitos a respeito do tem- gente capitalista, vai ditar os moldes a po surgem na Grécia Antiga e nos re- serem seguidos pelo tempo. Esse penmetem aos filósofos Hesíodo, Platão e samento capitalista vai ajudar a moldar Aristóteles. Suas reflexões sobre o tem- um novo modelo de homem, que seja po levavam em conta questões como a capaz de se desenvolver de acordo com identidade e a memória. Ai surge à no- a conjuntura técno-fabril. O que valia, ção de


História era o apito da fábrica. É um período em que a sociedade, de um modo geral, está passando por transformações tanto no campo politico, econômico e social. Ela teria que se adequar a estes novos paradigmas, se tornando uma grande forma de controle de massa e de disseminação de ideias Capitalismo.

pensar o tempo nas diversas culturas, pois são apenas e somente construções humanas e devem ser respeitadas como tais. O tempo é humano, é moldável. O cientista Albert Einstein, criador da Teoria da Relatividade, por muitas vezes disse que o tempo é uma ilusão.

No Oriente, o tempo é visto como representação de eras, estações e grandes períodos, além disso, o tempo está voltado para o presente, a parte que passou não volta mais, mesmo buscando o tempo perdido, não se pode vivelo novamente, um mesmo momento não se vive duas vezes. Podemos perceber o contra ponto entre o Ocidente (tempo lógico e racional) e o Oriente ( tempo com elementos da natureza). Mas nos últimos anos podemos perceber uma união entre estes “dois mundos”, uma convergência de Mas fica a questão, como fugir desse tempos. É importante ressaltar que: tempo que nos apresenta tão imnão há superioridade nas formas de se placá-vel e tirano?

Daniel Oliveira Piazentin

Graduado em História e Pedagogia Pós-graduado em Língua Portuguesa Atualmente é professor efetivo da rede municipal de ensino de Porto Feliz/SP



Abaré Modas Rua: José Bonifácio, 163 - Centro Porto Feliz (15) 3262-2174

Trabalhamos com numerações do 38 ao 52


V A vaidade masculina

Metrossexual? imperfeições e aumentar a confiança íntima. E, neste quesito, homens parecem precisar se firmar como “macho alfa na beleza” e tornam-se investidores de uma indústria que cresce em números expressivos.

C

omo podemos perceber a maquiagem é um assunto que interessa, não apenas as mulheres, muitos homens são adeptos. Aliás, a cada dia os homens têm se tornado mais vaidosos, buscando uma aparência saudável e impecável. Não são só os típicos produtos como cremes de barbear, desodorantes ou pós barba, mas também uma gama de xampus para diversos tratamentos, colorantes para cabelos, cremes antienvelhecimento, loções de depilação e até elementos de maquiagem. Estes produtos cosméticos, dentre tais, os elementos de maquiagem, são usados, além dos eventos festivos, também para o trabalho, para balada e para demais eventos sociais, para que o homem transmita uma imagem de cuidado e bem estar por se disfarçar

Para se ter uma ideia de como é um nicho muito atraente financeiramente, existem sites com setores de venda dedicados a produtos de beleza masculina, como a Amazon. com, e marcas de cosméticos predominantemente femininos que lançaram linhas exclusivas de make up masculina, a exemplo de O Boticário, Natura e outras mais marcas nacionais e internacionais, como Jean Paul Gaultier dentre outras, além de marcas exclusivas para homens, como KenMen, Jack Black etc.

Realidade Recentemente pesquisas feitas na Inglaterra e nos Estados Unidos mostraram quais os principais recursos de beleza utilizados pelos homens na atualidade: - 54% usam produtos para a pele, tais quais hidratantes corporais e cremes para região dos olhos, dentre outros; - 39% usam hidratante labial; - 33% depilam alguma parte do corpo ou fazem as sobrancelhas; - 24% fazem limpeza de pele, incluindo pee-


Vaidade Masculina ling; - 20% fazem as unhas frequentemente; - 10% fazem bronzeamento artificial; - 10% usam corretivos para a tez; - 9% usam algum tipo de base.

Mudança

Mas isso tem se mudado porque os homens são, no geral, muito competitivos e buscam o domínio dos ambientes em que frequentam. Aos poucos, essa competitividade masculina faz com quem muitos aceitem enfrentar Por que não são todos? preconceitos, quebrando tabus, consequenCuidados da aparência masculina são bastan- temente sujeitando-os a conhecer o mundo tes polêmicos, já que em muitos homens ditos dos cuidados da aparência. machões tais cuidados ainda suscitam ideias Muitas vezes, a competitividade é usada de desejos reprimidos da sexualidade, ver- como desculpa, mas é notório que eles detendo-se a estereótipos como drag queens e sejam mascarar as imperfeições e se sentir cross dressers. Além do preconceitos citado, confiantes, não importando a situação, já que homens gostam de praticidade e agilidade no maquiagens masculinas são voltadas para a que fazem, o que torna muito maçante todo praticidade (um dos entraves citados) e para o ritual de vaidade tal qual o ritual feminino. a sutileza (já que para eles o importante é esHomens querem fazer em duas etapas o que conder imperfeições e não combinar cores). as mulheres minimamente fazem em oito. Para a praticidade, sessões de depilação são Lavar cabelo, lavar o corpo, depilar, passar frequentadas por homens para ficarem por creme no cabelo, passar creme antissinais, tempos sem precisar fazer a barba. Para a sufazer escova, passar perfume, vestir-se. Ou tileza, recorrem a academias e xampus que umedecer as cutículas, empurrá-las, apará são vários números em um (xampu, condi-las, cortar unhas, lixá-las, esmaltá-las, retocá cionador, anticaspa, anticoceira, controle de -las, passar cremes. Ou tantos outros rituais oleosidade, antiqueda, tintura, revitalizador que, nós mulheres fazemos e gostamos de etc). São exemplos de como aos poucos hofazer em diversas etapas, como se tudo fosse mens estão aderindo ao mundo da vaidade. parte da diversão.

Eliana Silva Granado

Blogueira e Consultura de Beleza blog: www.fashionlih.com


Rua Santa Cruz, 185 Centro - Porto Feliz

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Usado Cool

Falaremos nessa edição de um tipo de loja que além de render ótimos looks e nos proporcionar verdadeiras descobertas, está super na moda e tem tudo a ver com sustentabilidade. Falaremos hoje sobre os Brechós !

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pesar de seu significado (coisa fora de moda ou usada) a palavra Brechó nunca de fato obedeceu esse conceito. Com origem no século XIX começou com um homem chamado Belchior (daí a derivação brechó) que comercializava peças de roupas e decoração usadas, vendidas e doadas pela alta sociedade carioca. O estabelecimento era um deleite para os as classes menos abastadas que queriam consumir os mesmos objetos das famílias ricas. A loja aparece no conto “Ideias de Canário”, de Machado de Assis, onde o protagonista logo no início adentra um estabelecimento por nome “Belchior”: “Escapei saltando para dentro de uma loja de Belchior... A loja era escura, atulhada das coisas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio.” Como na literatura, brechó e algo que sempre remete a coisas velhas, porém de tempos pra cá com a crescente ideia de sustentabilidade se tornou algo mais do que consciente, de muito estilo e bom gosto. A ideia de utilizar peças já existentes para compor looks pode ser além de fashion super sustentável, afinal se não serve pra você poderá servir para outras pessoas. Os brechós são os estabelecimentos mais aclamados por artistas como Madonna e Lady Gaga e personalidades inusitadas do mundo da moda como Iris Apfel e Anna Dello Russo. Elas frequentam os brechós em Nova York e Paris de nome INA (Nova York) e Wochdom (Paris) , onde podemos encontrar peças de grandes marcas como Versace, Saint Laurent Paris, Chanel, entre outras


Moda - Brechós LOOK 1 Look 1 (Blazer vermelho e shorts de alfaiataria) - Brechós são um verdadeiro baú de tesouros! Conseguimos compor tranquilamente um look super moderno com peças clássicas: um blazer com o Shape dos anos 80 e um shots de alfaiataria super fino deixando a produção mais que fashion ...

LOOK 2 Look 2 (Vestido De Poá Navy ) - Peças chave: O vestido de poá, com look com a pegada navy é um estilo que nunca sai de moda e é facilmente encontrado em brechós vintage. São itens indispensáveis no guarda roupa feminino. Fotos por: Cleber Martins Modelo: Caroline Santinon Roupas: Brechó Neide Rua: Newton Prado, 506 - Centro - Porto Feliz (15) 99712-7558

Adonis Fernandes

Estudante de Moda na ESAMC - Sorocaba Fashion Stylist E-mail: adonis@zero15.com.br






D A Função Social das Empresas

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essoal, é com imenso prazer que esta- ceito aberto (sem definição exata), subentenmos aqui, mais uma vez, para falar um de-se o conjunto de regras a serem observapouco sobre Direito com vocês. das por todos aqueles que sejam proprietário de algo, a ponto de fazer com que o bem conEm função de algumas sugestões, procuratribua para que a sociedade como um todo mos simplificar os temas abordados, busatinja os objetivos estampados no art. 3.º da cando facilitar a compreensão dos textos, Constituição Federal, quais sejam: especialmente pelos leitores que de alguma forma se interessam pela matéria, mas ainda I) Construção de uma sociedade livre, justa e não possuem a intimidade com o universo ju- solidária; rídico. II) Garantia do desenvolvimento nacional; Assim, nesta edição, falaremos sobre a FunIII) Erradicação da pobreza e da marginalização Social das Empresas, tema interessante, ção, bem como a redução das desigualdades mas pouco conhecido pela maioria das pessociais e regionais; e a soas, e para isso começaremos dando uma ideia do significado de “Empresa” e “Função IV) Promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e Social”. quaisquer outras formas de discriminação. CARVALHO DE MENDONÇA, famoso jurista nascido no século 19, definia Empresa como Estabelecidos essas duas premissas, passare“a organização técnico-econômica que se mos a falar sobre nosso tema principal. propõe a produzir, mediante a combinação No geral, a maioria das pessoas sonha em dos diversos elementos, natureza, trabalho ter um negócio próprio e alcançar o tão ale capital, bens ou serviços, destinados à tromejado sucesso; não raras vezes entendem a ca (venda), com esperança de realizar lucros, Empresa apenas como uma possível fonte de correndo os riscos por conta do empresário, renda que lhes permitirá auferir lucros cada isto é, daquele que reúne, coordena e dirige vez maiores e que lhes propiciarão indepenesses elementos sob a sua responsabilidade”. dência financeira, aí incluída a liberdade de Já por Função Social, em razão de ser um con- fazer o que bem entender sem restrição de


Direito horário ou de chefia. Contudo, esquecem ou mesmo desconhecem, o fato de que nossa legislação impõe um ônus ao direito de propriedade, ônus este que afeta principalmente a propriedade imobiliária e a empresarial. Este ônus é o que se denomina de Função Social da propriedade e significa que toda propriedade, além dos fins a que propriamente se destina, também deve servir aos objetivos sociais da Nação.

funções assistenciais para seus empregados, p. ex., formando serviços médicos, fundos de previdência, planos de aposentadoria, promovendo ensino básico, creches, transporte, e, ainda, realizar projetos de recuperação do meio ambiente, e do patrimônio históricocultural”, para concluir que “é preciso compatibilizar essa sua função social, visando o bem-comum, o bem-estar e a justiça social, com a finalidade de produção de lucros”.

Ou seja, pela simples leitura dessa citação, Em outras palavras, significa dizer que aqueverificamos que a estrutura idealizada para les que exercem uma atividade empresarial nosso Brasil, na teoria, é uma das mais belas tem o dever legal de contribuir para que o do mundo em termos de justiça social, pois país cresça. contém o elemento da COMPOSIÇÃO em sua E não basta que o empresário se limite a abrir formação. um estabelecimento. Haverá de exercer sua No entanto, sabemos que forçar às pessoas a atividade visando, juntamente com o lucro, implantar esses princípios no desenvolvimena promoção da educação, da saúde, da reto de suas atividades (seja com a nomencladução das diferenças, conforme já ensinava tura de comerciante ou de empresário) seria a professora e jurista MARIA HELENA DINIZ: uma tarefa quase impossível, pois muitas de“o empresário deverá exercer sua atividade las possuem limitações, especialmente quaneconômica organizada (...) de forma a preto às dimensões dos seus negócios. valecer a livre concorrência sem que haja abuso de posição mercadológica dominante, Por fim, basta que pensemos da seguinte maprocurando proporcionar meios para a efe- neira: se alguém editou a lei assim, é possível tiva defesa dos interesses do consumidor e ser acionada. Basta ter convicção. a redução de desigualdades sociais, assumir

Paulo Henrique Wilson

Advogado Bacharel em Direito, formado pela Universidade Paulista em Sorocaba Pós-graduando em Direito Civil e Empresarial pelo Complexo Jurídico Damásio de Jesus




G Ribs on the Barb (Ripa na Barbie!) Estamos aqui novamente meus queridos aventureiros da cozinha. Nesta edição falaremos das deliciosas costelinhas ao molho barbecue. No entanto estas são diferentes das do Outback, cuja receita deve estar guardada a sete Chaves (isso, isso, isso...), mas tenham paciência comigo, pois esta receita é excelente também! Esta receita eu encontrei assistido meus grandes ídolos da culinária degradante, gordurosa, violenta, agressiva, mas ABSOLUTAMENTE ÉPICA (não, não é um ramo da gastronomia, foi só uma definição)! Os canadenses do Epic Meal Time. Um grupo de rapazes do grande norte branco que se focam

em fazer receitas absurdas, abusivas e politicamente incorretas. Tendo bacon como seu principal ingrediente, guloseima que infelizmente não acompanha nossas costelinhas, estes rapazes lançaram verdadeiras pérolas, destruíram clássicos, ofenderam culturas inteiras e ainda conseguem fazer sucesso com isso tudo. Em uma época minimalista, contra o desperdício e a favor da comida saudável, o Epic Meal Time confronta tudo isso ao fazer receitas que chegam à contagem de mais de 140 mil calorias e 8 quilos de pura gordura. No entanto não faremos nada tão exagerado por aqui. Costelas de porco são um prato muito popu-


Gastronomia lar na cultura americana, sendo na maioria das vezes servidas como churrasco. Muito apreciada pelos texanos, cuja cultura alimentícia se baseia no consumo de carnes grelhadas sobre a brasa ou assadas em defumadores para que estas ganhem aquele delicioso aroma de fumaça, essa parte do animal é barata e fácil de ser preparada, possibilitando uma grande gama de receitas saborosas. Nossa receita, no entanto, é especial. Os únicos temperos serão whisky (e se prepara, pois vai a garrafa toda) Coca-Cola e molho barbecue.

Vamos à receita! Ingredientes: - 2 peças médias de costela de porco (aprox. 1,5 kg) - 1 garrafa de 1,5l de Coca-Cola

Preparo: Em uma panela grande, colocar uma embalagem de molho barbecue, 700ml de Coca-Cola, 4/5 da garrafa de whisky e levar à fervura. Enquanto essa mistura de molho esquenta, corte as peças de costela em 3, na direção do osso, raciocínio lógico na cozinha aê, galera. Quando o molho começar a ferver, coloque as peças de costela e arrume-as para que fiquem completamente submersas, caso não fiquem, adicione mais Coca-Cola até a altura necessária. Em um copo, adicione gelo, whisky até aprox. ¼ do copo e complete com Coca-Cola, beba enquanto continua a receita. Em uma panela pequena, adicione a outra embalagem de barbecue, o resto do whisky e 300ml de Coca-Cola, misture até ficar homogêneo, leve ao fogo alto até ferver, baixe o fogo e deixe cozinhar em fogo baixo até engrossar, misture algumas vezes e tenha muito cuidado para não queimar.

Coloque as costelas em uma forma, cu- 1 Garrafa de whisky da sua preferência (pode bra com o molho espesso e leve a um forno ser aquele baratão que te deu tanta ressaca aquecido a 200°C durante 15 min ou até que na adolescência, pode ser preferencialmente fiquem douradas e brilhantes. Jack Daniels e não esqueça de me chamar caso seja Jack Daniels, ou pode ser Blue Label Servir com a bebida de sua se tu for do funk ostentação, tá ligado?) - 2 embalagens de molho barbecue

preferência!

Alexandre Takahashi

Formado em Gastronomia pela UNISO - Universidade de Sorocaba E-mail: alexandre@zero15.com.br


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Moda/Publicidade/Eventos Fotografia de Moda: -Books/Ensaios Fotográficos/Desfiles Eventos: Aniversários/Casamentos/Festas Publicidade: Still/Make/Criação e pós-produção (15) 98104-1068/3262-5464 99740-2334


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Beth Levitt ?

De Porto Feliz (SP) para as livrarias de todo o Brasil, a escritora Samanta Holtz conta sobre o início de seu sonho, seu processo de criação e sobretudo sobre seu novo livro: “Quero ser Beth Levitt”, que já está sendo vendido.

Fotos: Cleber Martins

Quem quer ser

Texto: Rafaela Lara

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Prata da Casa

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amanta Holtz começou a escrever muito cedo e, ainda criança, ganhou um prêmio municipal de redação. Isso já lhe mostrava quais caminhos poderia seguir. Pois bem... Algum tempo passou e, hoje, Samanta Holtz é escritora e autora de 2 romances publicados, sendo que um deles já foi premiado como Destaque Literário em 2012. Depois, começou a trabalhar em sua nova obra, “Quero ser Beth Levitt”, que, por sinal, já está pronta e acaba de sair para as livrarias.

Em entrevista à Revista Zero15, Samanta nos contou desde seus primeiros passos dentro do mundo literário até seus próximos romances.

Zero15: Como e por quê você começou a escrever? Samanta: Escrever, para mim, nunca foi uma decisão; foi uma descoberta! Acredito que o amor pelas palavras já residia em mim, e eu fui sentindo-o aos poucos. Primeiro, como um hobby, nos diários e cadernos que eu lotava com textos, contos, poemas e quadrinhos. Então, quando cheguei à adolescência, percebi que esse amor crescia e se desenvolvia e as ideias não paravam de vir. Além disso, aqueles que liam meus textos (os poucos que eu permitia!) realmente gostavam da qualidade do meu texto. Foi quando, aos 14 anos, comecei a escrever meu primeiro romance. Era para ser apenas um conto, tanto que eu o comecei à mão, no final de um caderno velho. A trama e os personagens, no entanto, ganharam tanta força e dimensão que, quando percebi, a história ainda tomaria muita forma antes de chegar ao fim. Então, acidentalmente, eu me peguei escrevendo o meu primeiro livro – intitulado “Renascer de um Outono”, ainda não publicado. Deixei que alguns familiares e amigos próximos lessem e, somando as opiniões positivas ao quanto eu me descobri apaixonada por escrever romances, praticamente não tive escolha a não ser escrever mais e mais! Zero15: Quando você começou a sentir a necessidade de escrever suas histórias e de mostrá-las aos outros? Samanta: Na verdade, como eu comentei anteriormente, eu tinha muita vergonha de falar

aos outros que escrevia. Imagine, então, deixar que alguém lesse meus textos! Eu não me esqueço até hoje de quando um professor de História, no colegial, pegou minha apostila e leu em voz alta, para a sala toda, um texto que eu havia escrito na última página (minhas apostilas viviam rabiscadas com textos e poemas!). Eu afundei na carteira e senti vontade de sumir! Não sei explicar o que sentia quando alguém lia um texto meu; uma sensação de exposição, talvez insegurança. Ainda assim, persistia dentro de mim o sonho da publicação. Apesar da vergonha, eu tinha um enorme desejo de ver meus livros nas livrarias, de saber que minhas histórias haviam provocado lágrimas, sorrisos, mudanças, reflexões. Nunca quis ser escritora por causa de fama, dinheiro, status ou qualquer coisa do gênero; o que eu verdadeiramente queria, desde o começo, era ver minhas palavras espalhadas feito folhas ao vento, semeando amor, inspiração e emoção no coração de pessoas desconhecidas em todas as partes do país – quem sabe, um dia, do mundo! Zero15: Como sua família encarava a sua vontade de escrever ? Samanta: Todos sempre me apoiaram muito, mesmo sabendo o quanto é difícil, em nosso país, conseguirmos um lugar ao sol em alguma atividade artística. Ainda assim, eles jamais deixaram de acreditar que, um dia, eu conseguiria alcançar


Fotos: Cleber Martins

Texto: Rafaela Lara - Blog da Samanta: www.samantaholtz.com.br

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Prata da Casa meus objetivos, nem de “me exaltar” sempre que tinham a oportunidade. Eu morria de vergonha de contar às pessoas que escrevia, dificilmente falava sobre isso. Eles, porém, enchiam a boca para falar sobre mim e sobre meus livros, rasgando elogios a meu respeito – e me deixando toda sem graça! Jamais recebi desestímulos ou qualquer frase desanimadora dos meus familiares. Pelo contrário, eram eles que me animavam e me ajudavam a voltar a acreditar em mim nos momentos de frustração ou desânimo – como quando recebia recusas de editoras ou enfrentava alguma fase de pouca inspiração. Até hoje, na verdade, são eles os responsáveis por eu persistir e acreditar tanto em mim e na realização dos meus sonhos. Só tenho motivos para agradecê-los! Zero15: Quando você ganhou o prêmio municipal de redação, você já se imaginava como escritora? Samanta: Não, eu era bem nova. Tinha nove anos de idade e, embora ainda não me visse como escritora (não porque não gostasse da ideia, mas porque achava inatingível demais), eu tinha o sonho de, um dia, trabalhar nos Estúdios Mauricio de Sousa como redatora. Ou seja: o que eu queria, desde sempre, era criar! Zero15: Quais foram as maiores dificuldades que você enfrentou para poder publicar seus livros ? Samanta: Escrever é a parte fácil. Embora muitos fiquem admirados com as histórias que crio ou com o tamanho dos meus livros, o mais difícil não é ter ideias ou colocá-las no papel; o desafio é ser aprovado em uma boa editora. Este era um sonho, que, este ano, consegui concretizar: fechar um contrato de longo prazo com uma excelente editora. O que as pessoas não sabem é que, antes de eu alcançar essa conquista, passei quase dez anos tentando, enviando meus originais para análise desde o primeiro livro escrito, ainda na adolescência. Determinada, enviava apenas para as grandes editoras, sonhando alto que, um dia, viria o “sim”! Algumas enviavam respostas

negativas, outras sequer se davam o trabalho de responder – embora eu não as culpe, pois não consigo imaginar a quantidade de originais que recebem para analisar, todos os dias. Era frustrante! E quando, enfim, eu consegui a primeira publicação, percebi que a aprovação, embora difícil, era apenas o primeiro passo! Havia a conquista do público, a consolidação do meu nome no mercado literário, a concorrência, o preconceito de muitos leitores com literatura brasileira... é como conseguir escalar um morro e, antes que possa comemorar a vitória, perceber que há uma montanha ainda mais alta à frente. E eu vou escalar tudo o que aparecer! Zero15: Você acha que literatura ainda são aqueles clássicos que lemos na escola ou os tempos mudaram literariamente também? Samanta: O bom dos livros é que histórias não têm prazo de validade. Podem passar dez, vinte, trinta ou cem anos, uma boa história continua sendo uma boa história. O que acontece é que, com as mudanças que acontecem de geração em geração e os modismos, alguns títulos podem se tornar menos atraentes. É mais ou menos como a moda; enquanto, em uma época, as calças boca de sino são as mais usadas, em outro, ninguém mais usa, ninguém mais quer. Elas não se tornaram menos bonitas ou confortáveis; o que mudou foi o momento, a mentalidade do público. Creio que o mesmo aconteça com os livros, e acho importante as escolas se atentarem a isso e levarem a literatura moderna para dentro da sala de aula, de modo a estimular com ainda mais força o hábito e o prazer pela leitura, oferecendo títulos e autores com os quais eles se identifiquem e empolguem. Zero15: Há uma crítica muito grande por conta da massificação da literatura, assim como aconteceu e vem acontecendo com a música. O que você acha disso? De que opinião você partilha? Samanta: Não tenho nada contra aqueles que preferem ler o que “está na moda”. A mídia influencia esse comportamento, normalmente


E dando destaque aos best-sellers internacionais, e muitas vezes acabamos aderindo ao que ela nos propõe sem nem percebermos. No entanto, desde que seja um bom livro, não vejo qualquer problema. O problema acontece quando o leitor interpreta errado o caminho contrário, e começa a achar que “só é bom o que está na mídia”. O que não é verdade! Acredito que um bom livro é aquele que conta uma boa história. Ponto. Isso pode ser encontrado em qualquer gênero, estilo e autoria. Ultimamente, tenho lido muitos autores nacionais – categoria que, infelizmente, sofre preconceito dos próprios brasileiros. Antes de me tornar parte do mercado literário nacional, eu não tinha o conhecimento e proximidade com todos esses autores e, hoje, minha estante possui muito mais livros nacionais do que estrangeiros. O que estou percebendo é o óbvio: que a boa literatura não tem nacionalidade! Existem livros nacionais bons e livros nacionais ruins, da mesma forma que existem estrangeiros bons e estrangeiros ruins. Simples assim. E a literatura é democrática; você não precisa “escolher” se vai ler este ou aquele autor, este ou aquele gênero; livros diferentes podem conviver harmoniosamente em uma mesma estante! Basta que saibamos dar um voto de confiança a novos autores e gêneros, especialmente os do nosso país.

é que, no mercado literário, existe espaço para todos os gêneros e, uma vez que um modismo é identificado, não há mal algum outros autores aproveitarem o momento. Isso, porém, desde que o modismo coincida com o seu estilo de escrita! O que eu não concordo é quando um escritor escreve uma história que foge completamente ao seu estilo, apenas visando aproveitar o momento. Por exemplo: eu, autora de romances, escrever um livro de fantasia só porque é o que está na moda. Quando escrevemos, é preciso colocar o nosso coração naquilo. De nada adianta escrever uma história adequada ao momento e que venda inúmeros exemplares, mas que não emocione os leitores, não deixe sua marca, apenas mate o tempo deles. Isso acaba até prejudicando o autor, o qual precisa, cada vez mais, surpreender os leitores com boas histórias. Zero15: É possível se manter através da profissão que você escolheu? Samanta: Sim, é possível, embora difícil – especialmente no começo. Conheço autores que, hoje, vivem dos seus livros, mas isso depois de muitos anos de esforço. Geralmente, o retorno financeiro das vendas de livros não é alto para o escritor, e é preciso que haja uma venda bastante significativa no mercado para que o autor possa viver apenas dos livros. O que acontece, especialmente no início da carreira, é que o escritor ainda tem um público pequeno, poucos livros no mercado e investe do próprio bolso em divulgação, viagens a eventos etc. Ao mesmo tempo, ele normalmente tem outro emprego, o que reduz o ritmo de criação de novas histórias. Tudo é conquistado aos poucos – o público, as vendas, novos livros – e não adianta querer tudo rápido. A carreira literária, como tantas outras, exige perseverança e paciência, além, claro, de muita dedicação.

Zero15: Há uma forte onda pelo erotismo na literatura, com a explosão do romance “Cinquenta tons de cinza”. Qual a sua opinião a respeito disso? Samanta: Nos últimos tempos, vimos a transição de diferentes modismos na literatura: livros de magia, encabeçados por “Harry Potter”; depois, a febre dos vampiros, com séries de sucesso como “Crepúsculo” e “The Vampire Diaries”; a moda dos anjos; e, mais recentemente, o erotismo. O que percebemos é que, depois que um livro de determinado gênero fez sucesso, começam Zero15: Como você lida com as críticas de a “pipocar” títulos e histórias semelhantes. É pessoas que são avessas a esse tipo de profissão o caso dos livros eróticos; nunca se viu tantos ou até mesmo à leitura? lançamentos “hot” como agora! O que eu penso


Prata da Casa Samanta: Eu apenas respeito. Não é porque me tornei escritora que, de repente, todos os que me rodeiam precisam gostar de ler. Há pessoas próximas, até mesmo em minha família, que me apoiam imensamente e estão sempre me prestigiando, porém ainda não leram meu livro. E nem sei se lerão. Não porque não queiram ou não se importem, mas porque não têm o hábito de leitura. Então, não me incomodo ou magoo com isso, apenas compreendo. Ainda assim, mesmo tendo exemplos próximos de pessoas que não gostam de ler, nunca me deparei com alguém avesso à carreira de escritor. No entanto, já recebi “alfinetadas” e provocações de invejosos, pessoas que almejam publicar um livro ou realizar algum outro sonho e, como ainda não conseguiram, vinham desmerecer minhas conquistas. Em casos como esses, não há melhor resposta do que o silêncio. Zero15: No que “Quero ser Beth Levitt” se diferencia de “O Pássaro”? Samanta: Há várias diferenças, a começar pelo tempo em que se passa a história; “O Pássaro” é um romance histórico, que tem a Idade Média como plano de fundo. Já “Quero ser Beth Levitt” se passa nos tempos atuais. Enquanto meu primeiro livro tem uma dose extra de drama e suspense, com sentimentos mais intensos, “Quero ser Beth Levitt” é mais envolto em ternura, como um conto de fadas moderno. É uma leitura mais leve – embora, para minha surpresa, quase todos os que leem tenham confessado chorar muito em várias partes da história. As protagonistas também são praticamente opostas: Caroline Mondevieu, do primeiro livro, é teimosa, ousada, determinada e destemida. Já Amelie Wood, do novo livro, é meiga, doce e, em alguns momentos, quase ingênua. Ambas, no entanto, têm em comum um enorme coração capaz de amar, perdoar e se sacrificar por quem amam. Mesmo com tantas diferenças, já ouvi opiniões diversas: gente que leu os dois e prefere “O Pássaro”; gente que leu os dois e achou “Quero ser Beth Levitt” melhor... isso é o bom de escrever histórias diferentes.

Acabamos com um alcance de público maior, e agradando a diferentes leitores de diferentes maneiras! Zero15: Existe algum aspecto biográfico em “Quero ser Beth Levitt” ou você procura se distanciar ao máximo de suas obras? Samanta: Absolutamente nada biográfico. Eu nem me sentiria bem em fazer isso! Nunca baseei algum personagem em mim nem em ninguém que conheço, pois acredito que isso me limitaria. Personagens precisam ter vida própria e independência para que eu lhes dê sentimentos, falas e atitudes sem me apegar a modelos ou referências – mesmo que inconscientemente. Embora eu não me coloque na personagem, sinto que ela acaba fazendo parte de mim, enquanto escrevo, pois eu mergulho de cabeça no mundo que criei e acabo vivendo todos os sentimentos que coloco ali. É muito intenso e muito bom! Zero15: Como é o seu processo de criação das histórias? Como nasceu o romance “Quero ser Beth Levitt”? Samanta: Muitas coisas no dia a dia podem gerar inspirações – normalmente, nos lugares e momentos em que menos esperamos! As ideias vêm a todo instante; às vezes para um novo livro, outras para um personagem, ou mesmo para tornar uma história em andamento mais interessante. Gosto de pensar nessas ideias e “insights” como peças de quebra-cabeça que, em minha mente, vou guardando em gavetas. Escrever uma história é como montar esse quebra-cabeça: eu escolho uma peça interessante que um dia arquivei para começar a partir dela e vou juntando outras, antigas ou novas. Normalmente, a ideia inicial é do meio da história, e vou construindo o texto a partir dela, como um caracol – como tudo começou, para onde vai, quais detalhes irão prender o leitor. Foi assim com “Quero ser Beth Levitt”; um dia, veio a ideia para um momento romântico. Aos poucos, comecei a dar vida aos personagens que o compunham – quem era ela, quem era ele,


Fotos: Cleber Martins

Texto: Rafaela Lara - Blog da Samanta: www.samantaholtz.com.br

E


Prata da Casa como haviam se encontrado. Coloquei as ideias que eu já tinha em tópicos, para me orientar, e comecei a escrever. É aí que eu dou asas à imaginação, e também é quando nascem as melhores ideias! Zero15: Quais são as suas referências dentro da literatura atualmente? E o que foi inspiração para você lá no início? Samanta: Uma inspiração para meu começo foi J. K. Rowling, a autora de Harry Potter, que, embora hoje seja um fenômeno, foi rejeitada por inúmeras editoras, além de ter passado uma vida muito difícil e sofrida – ela sequer tinha computador; escrevia seus livros à mão, ou em uma velha máquina de escrever. Também me inspirava em Augusto Cury, não somente em suas belas palavras, mas porque ele também passou vários anos escrevendo sem publicar. Outra história que me estimulava era a de William P. Young, autor de “A Cabana”. Após ser rejeitado por 26 editoras (sim: vinte e seis!), ele resolveu abrir a própria editora para lançar seu livro – que, hoje, é best-seller em vários países. Isso me fazia acreditar que não importava quantas vezes eu ouvisse a palavra “não” ou quantos anos demorasse para meu sonho se concretizar: estava nas mãos de Deus e, com meu empenho e dedicação, no momento certo, ele viria. São essas as referências e inspirações do início da minha carreira, e as que ainda carrego em meu coração, hoje somada a novos nomes e histórias.

primeiro romance, no mesmo estilo dos que escrevo atualmente; e “Corpo & Alma”, uma história um pouco diferente das demais, pois também envolve almas e anjos. Pretendo lançálos, sim, mas somente após fazer uma bela revisão – pois, embora eu considere as histórias boas, minha narrativa melhorou e amadureceu muito, nos últimos anos, e eu preciso aprimorálos. “Corpo & Alma” talvez fique para mais tarde, pois tenho planos um pouco maiores para ele, talvez se transformar em uma série. Já “Renascer de um Outono” é um dos próximos títulos que penso em trabalhar, talvez para 2014.

Zero15: Depois de tudo, tem algo que para você marcou positivamente? Que te fez pensar: “Por coisas como essa tudo valeu a pena”? Samanta: Sim: o carinho dos leitores. Não tem preço chegar a um evento gigantesco como a Bienal do Livro e ver leitores correndo em sua direção e te abraçarem chorando. Não tem preço ouvir que o seu livro foi o melhor que eles já leram e que, através das suas palavras, aprenderam boas lições, tiraram sonhos da gaveta e se inspiraram a ser pessoas melhores. Já recebi depoimentos de pessoas que dizem ter realizado um sonho graças ao meu livro, pois a minha história os fez renascerem. Também já recebi homenagens, cartas e presentes de leitores que, mesmo sem nunca terem me visto pessoalmente, declaram todo o seu carinho por mim e por meu trabalho e me agradecem por ter escrito minhas histórias. Isso é muito gratificante e é o que dá sentido a Zero15: Vimos no seu blog que você tem outros tudo o que tem acontecido em minha vida, pois dois livros escritos. Você já pode falar sobre eles? de nada valeria eu realizar um sonho se, através Já existe uma data prevista para publicação? dele, não conseguisse ajudar outras pessoas a Samanta: Aqueles são os dois primeiros livros buscarem os delas também. que escrevi – “Renascer de um Outono”, meu

Rafaela Lara

Estudante e Formanda em Letras pela Universidade Paulista-UNIP E-mail: rafaela@zero15.com.br




M Vista-se Olá ! Meu nome é Ursula e sou nova na Revista Zero15. Espero que gostem dos looks que separamos pra vocês e dos conceitos que procuramos passar. Estou aberta a sugestões, podem escrever: ursula@zero15.com.br

LOOK 1

Blusa listrada preta e branca mais Shorts Jeans com apliques! As listras são estampas que sempre estiveram presentes! Dizem que os desenhos na horizontal engordam a silhueta, enquanto as verticais emagrecem. A verdade é que muitas amam, então é só tomar cuidado na hora de usar essa linda estampa. As cores preta e branca estão super em alta. Podemos usá-las em saias, calças, camisas, t-shirts... O chamado P&B, é um clássico e veio pra ficar! Ele vem com tudo em qualquer estampa, tecido ou modelagen. O shorts jeans já não é mais o normalzinho. E ele também vem com tudo, com spikes, apliques de pedraria e lavagens diferenciadas com tecnologias avançadas. O queridinho Shorts Jeans aceita vários looks diferentes alem de ser super confortável.


Vista-se! LOOK 2

Look blusa Tay Day com apliques de pedraria e short branco de sarja básico! Esse tingimento da blusa é o famoso Tay Day, uma técnica de tingimento que chegou e ficou. Nesse caso, a peça é marrom com tons de verde, que combina com a pele da modelo, mas pode ser encontradas em várias cores. Alem de a blusa ter Tay Day, ela ainda vem com pedras e strass pra deixar a peça mais rica em detalhes, já que usamos um shorts de sarja branca, super básico.

Fotos por: Cleber Martins Modelo: Mariane Donegall Todas as roupas são da

Fascínio Modas

Ursula Alves

Estudante de Moda na CEUNSP - Salto Stylist E-mail: ursula@zero15.com.br




R Anos 50:

A origem do Rock and Roll

N

a virada das décadas de 1940 para 1950, um movimento deu início à fusão de vários gêneros musicais, muito populares naquela época. Tal como aconteceu no Brasil com o Samba, fortemente fundamentado em raízes africanas, nos Estados Unidos também se verificou fato semelhante: o gospel, a folkmusic e o blues, todos de raízes afro-americanas, foram misturados e adicionados a uma base deboogiewoogie com pitadas de country music, para formar aquilo que passou a ser conhecido como Rock andRoll (ou Rock n’ Roll) – em tradução livre, “Balançar e Rolar”. Essa expressão inclusive tinha, na época, forte conotação sexual, pois na gíria negra da época, tanto podia significar dançar quanto fazer sexo! A expressão Rock andRoll, ou simplesmente a palavra Rock, são termos usados de forma genérica, e isso é perfeitamente natural para um gênero que surgiu a partir de tal fusão de estilos. Justamente por isso, tudo aquilo que foi feito desde a batida rápida de três acordes que marcaram Chuck Berry até o Pop-Rock de Lady Gaga, passando por Beatles, Pink Floyd, Michael Jackson e tantos outros, pode – e simplesmente é – chamado de Rock.

A Gênese do Rock: os anos 1950 Ainda que a expressão rock androlle suas derivadas tenham sido utilizadas nos Estados Unidos desde os anos 1920, foi em 1951 que o DJ Alan Freed (também conhecido como Moondog) – que trabalhava na estação de rádio WJW

em Cleveland, Ohio – começou a tocar rythmand blues para uma audiência multirracial. Abrindo um parêntesis, não podemos esquecer que a questão racial era, naquela época, muito intensa, havendo uma clara separação entre o que seria apropriado para “público branco” ou “público negro”. Muito bem, é creditado a Alan “Moondog” Freed o mérito de ter sido o primeiro a utilizar a expressão rock androll para descrever aquele gênero de música que ele veiculava na rádio. Credita-se ainda a ele a organizaçãodo primeiro grande concerto de rock androll, o “MoondogCoronation Ball”, em março de 1952, seguido de diversos outros concertos, conhecidos como Rock‘n’Roll Jamboree, nos quais a característica era a presença de um público composto tanto por brancos quanto por negros. Isso obviamente provocou fortes reações, tendo em vista o preconceito e as fortes barreiras raciais da época. Ah, e antes que alguém pergunte, Alan Freed era branco! Outra característica histórica importante da época foi a disputa filosófica entre o Capitalismo e o Comunismo, naquele momento representada pela Guerra da Coréia (1950 – 1953), que atingia fortemente os jovens. Foi neste cenário de fortes mudanças que o rock n’ roll surgiu. Nos anos 1950, notava-se um grupo composto por cantores negros, que vieram da tradição do RhythmandBlues negro tradicional, comoFats Domino, Bo Diddley, Chuck Berry e Little Richard, e outro grupo que se desenvolveu no Rockabilly,


Rock n Roll como Elvis Presley, Carl Perkins, Bill Haley, Gene Vincent e Jerry Lee Lewis. Todos esses têm enorme importância no futuro desenvolvimento do Rock, mas trêsmerecem atenção especial: Elvis Presley,Bill Haley e Chuck Berry. Em 1954, num pequeno intervalo de alguns poucos meses, foram lançadas duas músicas consideradas fundamentais para o Rock: Elvis Presley com “That’sallRight (Mama)” e Bill HaleyandhisComets com “(We’regonna) Rock aroundtheclock”. Se você nunca viu ou ouviu essas duas músicas, vale a pena seguir os links: Elvis (numa gravação ao vivo em 1968): https:// www.youtube.com/watch?v=OZszw5ye7Jg Haley (esta versão é de 1955, praticamente da mesma época do lançamento e quem está apresentando é Alan Freed): https://www.youtube. com/watch?v=ZgdufzXvjqw Ah, sim. Faltou o Chuck Berry: mesmo situando-se cronologicamente mais para o final da década (escrita em 1955, mas só lançada em 1958), o lançamento de “Johnnie B. Goode” é um marco considerável no Rock. Essa era a música que o personagem MartyMcFly (Michael J. Fox) tocava no filme “De Volta para o Futuro (Back tothe Future)” (direção de Robert Zemeckis, 1985), quando voltou no tempo. Uma boa versão com o Chuck Berry:https:// www.youtube.com/watch?v=FXLAJeylGIw Esse movimento se popularizou por diversas razões, mas uma delas sem dúvida foi a Televisão. Em agosto de 1957 estreou na rede de TV

ABC o programa American Bandstand, que já existia desde 1952 chamado simplesmente Bandstand e era basicamente um programa de rádio, transposto para o formato de TV. A rigor, formato semelhante a esse foi adotado uma década mais tarde aqui no Brasil, e se chamou Jovem Guarda, apresentando Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléa e os outros membros desse movimento aqui em terras brasileiras. Um vídeo interessante pode ser visto no youtube, mostrando um especial de comemoração dos 30 anos de American Bandstand, em 1982. Vale a pena dar uma olhada: https://www.youtube.com/watch?v=aMv1DQ8OChM Assim vamos chegando ao final da década. Mas tanto movimento, tanta agitação, não podia deixar de ser sentida em outras partes do mundo: todo esse barulho na América do Norte atravessou o Atlântico e chegou ao Reino Unido, inspirandovários grupos, entre elesThe Quarrymen, que contava com dois jovens, chamados John Lennon e Paul McCartney, e esse grupo acabou evoluindo para se tornar The Beatles. E aqui no Brasil, os expoentes da década foram Nora Ney e os irmãos Campello, Tony e Cely, que cantavam basicamente versões das músicas americanas que faziam sucesso por lá. Bom, é isso. Claro que tem muito mais que falar sobre o nascimento do Rock andRoll, mas vamos ficando por aqui, esperando que você tenha se interessado e busque mais informação por aí.

Um abraço!

Alcides Tadeu Gomes Engenheiro Elétrico formado pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI Empresário em tempo integral e DJ nas horas vagas Co-autor do livro “Tecnologia Aplicada à Música” Apaixonado por música e roqueiro das antigas E-mail: alcides@zero15.com.br


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S Desperdício, desperdício AND... um pouco mais de desperdício!

Q

faz com que as populações de algumas regiões tenham mais água do que o necessário e outras precisem sobreviver com volume abaixo do considerado aceitável para uma vida saudável. Os mananciais² do planeta estão secando rapidamente, somado a isso, o crescimento populacional aliado a poluição e aquecimento global, será reduzido para um terço, nos próximos 20 anos, a quantidade de água disponível para cada pessoa Juro que não entendo uma pessoa demora 10 no mundo #tenso. minutos em um banho. É tanta coisa pra lavar assim? Nem eu que sou grande, demoro isso. Em muitos países, foram estabelecidas leis rigoGastamos em média 95 a 180 litros de água lim- rosas para evitar o desperdício doméstico. Nos pa nessa “brincadeira”. Torneira ligada enquanto Estados Unidos, por exemplo, todas as casas se escova os dentes, são 25 litros de água indo construídas depois de 1995 são obrigadas a ter ralo abaixo. Esquecer essa torneira pingando são descargas com caixas de 6 litros. mais 46 litros/dia de água desperdiçados. No Brasil, o preço médio da energia elétrica resiE aquelas pessoas que usam água pra lavar as dencial gira em torno de US$ 0,25 / kWh. É um calçadas e afins . Será que é tão dolorido, pegar dos mais elevados do mundo, só ficamos atrás de uma vassoura e varrer as sujeiras ? E os caras que Alemanha e Áustria. Daí, eu me pergunto: está gastam HORAS lavando o carro, com a mangueira sobrando tanto dinheiro assim para as pessoas ligada eternamente. Em uma lavagem de um car- se darem ao luxo de deixarem as luzes acessas ro em 30 minutos com mangueira, são gastos até sem necessidade? ... não tem explicação ! 560 litros de água. Usando-se balde, economizaO mercado tem nos dado boas opções de ele-se 90% de água. trodomésticos que consomem menos energia Estima-se que o desperdício de água no Brasil (aqueles com o selo tipo A); lâmpadas econômicas ,que mesmo sendo mais caras que as convenchegue a 70%. cionais, consomem muito menos energia e tem As reservas de água potável estão se esgotanmaior vida útil. Deixar aparelhos em “stand by” do rapidamente no mundo todo. A má distribui(aquela luz vermelha que fica ligada na TV quanção natural dos recursos hídricos pelo planeta do você a desliga com o controle remoto) tamuando a tia Cidinha, lá do primário, dizia pra fecharmos a torneira enquanto escovávamos os dentes e não tomarmos banhos demorados , sempre lembrarmos de apagar as luzes de cômodos que não estamos utilizando, separar os restos de alimentos para servir de adubo na horta *____*...sem saber, já estávamos sendo instruídos sobre sermos sustentáveis...


Sustentabilidade bém consome energia a toa. Roupas penduradas atrás da geladeira aumenta bastante o consumo. Outro exemplo é o desperdício de alimentos. Ir ao mercado uma vez ao mês, e deixar comida estragar na geladeira, é muito pecado .Caso faça uma refeição e sobre muita comida, congele. Reaproveite talos e cascas, são sempre ricos em nutrientes. OK...sobrou comida assim do mesmo jeito, ou estragou... Junte tudo isso e coloque na horta do quintal da vó. Será um adubo incrível! <3 Na hora de ir ao mercado, opte por sacos de compra reutilizável ou leve o seu próprio de casa. Existem supermercados que dão desconto se você não utiliza sacolas plásticas.

² Mananciais são todas as fontes de água, superficiais ou subterrâneas, que podem ser usadas para o abastecimento público. Isso inclui, por exemplo, rios, lagos, represas e lençóis freáticos.

Prefira sempre produtos que usam baterias ou FONTES : pilhas recarregáveis

- Água hoje e sempre: consumo sustentável. Secretaria de Estado da Educação,

Opte sempre por produtos com rótulos ecológicos e com menos embalagem. Evite produtos Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. – descartáveis ou de uso único. São Paulo: SEE-SP/CENP, 2004. Achei genial a lei que alguns municípios brasileiros estão adotando, de multarem pessoas que forem flagradas jogando lixos nas ruas. É como dizem : “já que não é por amor, que seja pela dor “ e não tem “dor mais dolorida” do que a quando mexem nosso bolso ... quem sabe assim as pessoas aprendam o mínimo de educação, higiene e respeito pelo espaço próprio e compartilhado. E passem essa educação e nova mentalidade as próximas gerações.

- Educação Matemática 6ª série. Célia Carolino Pires, Edda Curi, Ruy Pietropaolo. – São Paulo: Atual, 2002. - Guia do Estudante Atualidades Vestibular 2008. – São Paulo: Abril, 2008 - http://www.posnutri.ufsc.br/guiaalimentar.pdf

Carolina Carolina G. Menk G. Menk Pós graduada Pós graduada em Engenharia em Engenharia de Segurança de Segurança do Trabalho do Trabalho Pós graduada Pós graduada em Gestão em Gestão Ambiental Ambiental Graduada Graduada em Engenharia em Engenharia Florestal Florestal E-mail: E-mail: menk@zero15.com.br menk@zero15.com.br






M Moda - Biquíni Nessa edição, traremos a vocês um pouco sobre a história do Bikini, peça tradicional em nosso guarda-roupas, já que o verão está chegando. Essa peça causa “frisson” não somente nos homens, mas também nas mulheres, que geralmente nessa época do ano começam a corrida às academias para entrar em forma e perder os quilinhos ganhos no inverno até chegar o verão .Espero que gostem !

Era um biquíni de bolinha amarelinha? A próxima frase seria: “mal cabia na palma da mão”. Quando pensamos em biquíni como peça importante na moda, esquecemos que ele também teve sua história e um salto para a revolução. O biquíni nos dá aquela visão de que é uma peça de extrema importância na emancipação da mulher, e tudo começou com o Francês Louis Réard que em 1946 literalmente explodiu no mundo com o seu invento “o menor traje

de banho do mundo”, e foi tão explosivo que o nome do traje foi inspirado na explosão de um teste nuclear na ilha Bikini, quatro dias antes. A “explosão escandalosa” foi proibida em vários países e rejeitada pelas modelos que Réard procurava, já que nenhuma aceitava mostrar o umbigo, visto que na época era inaceitável. O papel de modelo ficou para Micheline Bernardini, Bailarina do Teatro de revista (ou stripper como


Vista-se! é dito em algumas fontes), que o apresentou ao público pela primeira vez na piscina Molitor de Paris. O Biquíni teve um grande aliado, o cinema, que adotou a roupa de banho, sendo a parte de baixo com cintura alta, para dar aquela escondidinha no umbigo, aos poucos à censura foi sendo quebrada e o biquíni diminuindo. Quem deu uma grande ajuda para impor a moda dos trajes de banho, foi Brigitte Bardot, que em 1956 estreava no filme de Roger Valim “E Deus criou a Mulher”, em um arquétipo de sensualidade feminina. E nosso querido biquíni estoura de vez pouco tempo depois e ficam populares nos anos 60, junto com os movimentos juvenis, a liberação sexual e as reivindicações feministas. O biquíni começa a ficar menor em 1962, e um bom exemplo disso é Marilyn Moroe, que aparece em seu ultimo filme, o inacabado “Something’s got to give” de George Cukor com o cós do biquíni escondendo apenas o umbigo. E Ursula Andrews, em 007 contra o satânico Dr. No, saindo do mar, e indo até Bond. Mas o que a cena quis mostrar mesmo é a representação da beleza. O fato de ela sair da água igual à Afrodite e segurando as conchas, fazendo menção ao quadro do Botticelli que é o nascimento de Afrodite a deusa do amor e de tudo que é belo. Em 1970 a fome de evolução foi mais forte, o conceito “escandaloso” já havia sido esquecido, e nas praias mais famosas do mundo as mulheres aboliram a parte de cima. (e ai surgiu o topless?),

enquanto no Brasil a tanguinha se popularizava. E isso é tudo? Não! Na Grécia em 1.400 a.C. já eram usados trajes de banho de duas peças, e existem mosaicos romanos do século 4 que mostram mulheres fazendo exercícios físicos trajando o que chamaríamos de biquíni. Isso sem contar que esse era o traje tradicional de muitas mulheres em ilhas do pacifico. Isso torna a explosão de Réard uma reinvenção, e não uma invenção. De qualquer forma no meu ponto de vista e levando em consideração a época e os costumes, Réard foi um grande “reinvetor”.

Gabriela Avancci

Estilista e consultora de Moda Formada em Design de Moda pela CEUNSP E-mail: avancci@zero15.com.br


S

Mídia x Sociedade: A tendenciosidade midiática e o papel do cidadão.

V

ivemos em um mundo onde a tecnologia cresce a cada dia que passa e juntamente com ela o alcance de notícias e reportagens envolvendo diversos temas chegam a milhares de casas do nosso país. Temas polêmicos como política estão sempre em pauta e são capazes de gerar discussões entre todas as faixas etárias graças á esse importante alcance que os meios de comunicação possuem. A mídia tem a capacidade de informar as pessoas e muito mais do que isso: ela é uma importante ferramenta de formação de opiniões. A questão que rodeia diversos debates entre intelectuais é até que ponto a mídia pode interferir nas “escolhas políticas” da população? Não somente em termos de escolha de candidatos, mas também em situações em que o povo acaba escolhendo “de qual lado” ficará. Será que todas as notícias são passadas de forma imparcial?

O Brasil acompanhou recentemente as manifestações que ocorreram em diversas capitais e muitas delas possuíam críticas á emissoras de televisão e revistas de grande circulação. As principais críticas da população eram relacionadas com notícias tendenciosas que não demonstravam o verdadeiro porque das manifestações. Outro exemplo bastante conhecido de debates contra – e a favor – da grande mídia foi o caso da PM no campus da Universidade de São Paulo, diversos estudantes protestaram que a mídia distorcia os reais motivos dos alunos não aceitarem a PM dentro do campus. Estes são apenas dois grandes exemplos da magnitude que a discussão sobre o poder que a mídia tem de influenciar os lares brasileiros vem tomando. Essas discussões tornaram-se presentes em diversos locais, pessoas de todos os cantos do país sabiam o que estava ocorrendo e muito mais que isso, se posicionavam contra ou a favor dos temas que a


Sociedade mídia propunha como “temas do momento”. É importante destacar a necessidade de que a mídia transmita a a informação como ela é sem posicionar-se contra ou a favor determinado acontecimento, o papel dela é apenas informar, o posicionamento ficará por conta do cidadão. O que ocorre atualmente em nosso país – e com certeza em outros países pelo mundo – é a parceria e/ou preferência, obviamente que ocultas, entre empresas midiáticas e partidos políticos/religiões/grupos de interesse fazendo com que muitos desses “gigantes da mídia” organizem as informações de tal forma que façam o telespectador/leitor/ouvinte acreditar na “realidade” que os convém. Esse tipo de parceria acaba sendo extremamente perigosa, pois, infelizmente, uma parcela da população não procura saber mais sobre os assuntos, não procura outras fontes de informação, não busca entender as raízes dos problemas e acaba aderindo aquela “opinião formada” que esse tipo de mídia tendenciosa vende. Obviamente, nem todo jornal, nem toda revista, emissora de rádio, TV, ou portal de internet fazem parte dessa triste realidade que nosso país vive.

que ele perceba que quer manipular sua opinião, que quer transmitir uma informação maquiada para que o leitor/telespectador/ouvinte acredite e concorde naquilo que ela quer passar. Uma importante ferramenta que vem crescendo muito e que vem ajudando a população a entender e debater diversos temas que são lançados são as mídias sociais. As mídias sociais permitem que o cidadão debata idéias, demonstre seu ponto de vista para outras pessoas e acima de tudo possibilita a geração de conteúdos e informações diferentes daquelas que a parte tendenciosa da mídia transmite, fazendo com que as pessoas questionem determinadas notícias e reportagens e comecem a observar os dois lados de cada situação apresentada e á partir disso possa encontrar o posicionamento que lhes deixa mais confortável. Os questionamentos contra a mídia tendenciosa que começam a ser apresentados nas manifestações pelo país são uma prova de que o cidadão está começando a mudar seu modo de pensar e de agir. O indivíduo está cada vez mais tomando consciência de que para mudar um país é necessário ser parte da mudança e

principalmente questionar. O questionamento O principal desafio que envolve essa questão e a formação da própria opinião são os primeiros é a conscientização e mudança por parte do cipassos para que melhoras possam ser vistas no dadão, ele deve ter em mente que é necessário Brasil. pesquisar antes de posicionar-se contra ou a favor determinado assunto, ele deve buscar formular sua própria opinião e principalmente deixar de dar credibilidade á qualquer tipo de mídia

Ana Carolina Felipe Estudante de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo -USP Atualmente trabalha na Secretaria de Desenvolvimento Social e Sustentável daPrefeitura Municipal de Porto Feliz




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A Era da Auto Ajuda J

á usei esse espaço pra falar do que nos move, ou o que deve nos mover, a escolher os livros. No geral obtive respostas positivas sobre o artigo que falava de evitar ler Best Sellers e saber selecionar bons conteúdos nas prateleiras. Hoje, vim falar indiretamente sobre o mesmo assunto, porém no segmento Auto Ajuda que tem tido grande repercussão. Minha primeira observação no tema é incentivar quem julga a categoria como dispensável ou demasiada apelativa, a questionar se a má impressão se deve a triagem pouco criteriosa. Explico:

Grandes nomes têm deixado seus conceitos não mais apenas contidos em seus divãs. Fato formidável, já que incentiva direta ou indiretamente que o leitor aprimore seu autoconhecimento e seja capaz de fazer pequenos reparos em seu comportamento que melhoram sua forma de vida. O que dá margem para a assoladora opinião sobre o gênero é a popularização do mesmo. Muitos autores adotam o estilo “água-com-açúcar” na escrita e acabam por fazer as noções mais acessíveis, todavia desinteressantes para o público de maior quociente intelectual.

Há uma gama enorme de psicólogos, psiUm modelo de sucesso é o documentário e quiatras e psicanalistas fazendo literatura. livro The Secret (2006)- O segredo, de Rhona


Literatura Byrne. Ela apresenta a ideia de que nossas emoções - produto dos nossos pensamentos- geram os acontecimentos de nossas vidas sejam eles favoráveis ou não. A partir disso, Rhonda propõe a manipulação do pensamento, a condução que faça das emoções mais positivas possíveis a fim de atrair fatos convenientes, ou seja, a Lei da Atração que segundo ela é tão irrefutável como qualquer outra lei do universo comparada inclusive com as leis gravitacionais. Além de repetitivos, o livro e o documentário (de conteúdos inteiramente semelhantes) vulgarizam o conceito. Dá ao leitor o efeito contrário ao desejado, que ao invés de impressioná-lo o faz achar utópico. Em contrapartida, ainda no gênero da Auto Ajuda, estão ficando cada vez mais conhecidos os livros sobre Programação Neurolínguistica, cuja visão também é modificar o pensamento visando o sucesso pessoal. Embora esteja tomando maior dimensão, o assunto não é recente. Considera que o pensamento é formado a partir da linguagem e a reformula com técnicas práticas e versáteis. Possuem uma linguagem apropriada, não é para leigos nem experts, e um sistema de fixação de conteúdo muito poderoso capaz de fazê-lo lembrar das técnicas nas situações cotidianas. Melhora a comunicação, sem contar que gera bons resultados tanto no desenvolvimento

pessoal , educação e nos negócios. Para os iniciantes indico: Introdução à Programação Neurolinguística(1990), de Joseph O’Connor e John Seymour; Sapos em Príncipes (1982) de Richard Brandler e John Grinder e Porder sem limites(1987) de Anthony Robbins.

As obras de Auto Ajuda que você conhece e/ou leu, podem ser apenas a ponta do iceberg, a categoria vai muito mais além e explora maneiras cada vez mais atualizadas de dar retoques comportamentais de grande utilidade. Explore mais os temas que contém esse tipo de procedimento, pois sem dúvidas você pode encontrar ao menos um que se aplique a sua forma de viver e lhe dê atalhos para seus objetivos. Auto Ajuda também é erudição literária.

Anna Paula Oliveira

Escritora Proprietária do blog: annapaulaoliveira.wordpress.com E-mail: annapaula@zero15.com.br


Editorial - Moda That´s all .... Mais uma vez, esse Editorial é a nossa forma de dizer muito obrigado a todos os patrocinadores e lojas, e também aos modelos, stylists e maquiadores. Fica também aqui o nosso agradecimento ao pessoal da Dupstudio (www.dupstudio.com) que diagramou a nossa revista, trabalhando com profissionalismo e eficácia.

Esperamos que gostem das fotos! Obrigado e até a próxima!

Modelos Amanda Semi-Jóias: Bia Moraes Mari Modas: Raquel Cioffi e Laryssa Isabel Elegance Noivas: Beatriz Segato, Vivian Wanessa e Caroline Pauleto Martins Abaré Modas: David Luciano e Larissa Costa Coluna Vista-se: Mariane Donegall Coluna Brechós: Caroline Santinon

Makers

Aline Corrêa: Elegance Noivas e Mari Modas Isadora Cato: Paca Nóia Barbara Tagliatti: Fascínio Modas

Muito obrigado a todos, e até a próxima.


Felipe Ramos Veste: Mari Modas Fotos/Styling: Cleber Martins



Nathally Cazelato veste: FascĂ­nio Modas Fotos: Cleber Martins Make e Styling: Barbara Tagliatti


Laryssa Isabel veste: Mari Modas Fotos: Cleber Martins Make: Aline CorrĂŞa




David Luciano e Larissa Costa vestem: AbarĂŠ Modas



LetĂ­cia Paranhos Veste: Priscila Camargo Moda Intima Maquiagem: Dilli



Wanessa veste: Elegance Noivas Make: Aline CorrĂŞa



Caroline veste: Elegance Noivas Make: Aline CorrĂŞa


Nathally Cazelato Veste: FascĂ­nio Modas Make/Styling : BĂĄrbara Tagliatti


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Mariane Donegall Veste: FascĂ­nio Modas Make/Styling : Ursula Alves



Beatriz Moraes para: Amanda Semi J贸ias Foto: Cleber Martins Make: Thiago Bonf谩


Raquel Cioffi veste: Mari Modas Make: Aline CorrĂŞa



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