Revista 015 5a edição

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É isso aí pessoal, trazemos em a nova Revista Zero15. É com muita felicidade que concebemos essa 5ª Edição, pois fizemos o trabalho com muito carinho e o reconhecimento que tivemos na 4ª Edição foi algo fantástico. Quadriplicamos o acesso, batendo a marca incrível de 10.000 acessos em apenas 3 dias, e um total de 24.733 visualizações. Para nós, esse número é a reflexão do sucesso do trabalho, e agradecemos à você, leitor, que faz com que tudo isso se torne possível. E para essa edição, temos uma série de novidades. Baseado nos perigos que a internet pode nos oferecer, resolvemos criar uma coluna de Segurança Digital, onde quem escreve é o Diego Mariano, especialista em informática. Temos também as colunas de saúde, onde a Fisioterapeuta dá dicas importantes sobre como fugir do sedentarismo desde a adolescência e um mix de colunas sobre a importância da leitura para a formação social da pessoa e sua compreensão sobre o mundo. Nesse mix temos a coluna da Ana Paula, que fala sobre a importância de incentivarmos as crianças a lerem desde cedo, a coluna do Mestre em Língua Portuguesa Anderson Fávero, que fala da importância da leitura, mas também de se compreender o que está lendo. Para coroar o time de novos colunistas, temos 2 escritoras: A Samanta Holtz, que passou de “Prata da Casa”, para colunista fixa, e a escritora portuguesa Liliana Oliveira, que nos mostra através de 2 poemas a paixão que tem, tanto por sua terra natal, quanto pelo nosso país. Á todos os novos colunistas, sejam muito bemvindos! Claro que não podemos deixar de agradecer aos colunistas que já vem participando da Revista desde as Edições anteriores. Muito obrigado e parabéns à todos, vocês continuam brilhantes. Ah, temos também a volta da Isadora Cato ao nosso Staff. Isa, bem-vinda de volta! A entrevista com o “Prata da Casa” Tiago Silva está imperdível. Ele conta como saiu de um bairro periférico de Porto Feliz para brilhar nos palcos do mundo todo. Tiago, muito obrigado pelo seu tempo e pela entrevista! Enfim, agradecemos a todos que participaram dessa edição da Revista, seja direta ou indiretamente: colunistas, diagramadores (o pessoal da DUP Studio), modelos, maquiadores e claro à todos os anunciantes, que nos confiam a propaganda de suas marcas. Sem vocês esse projeto com certeza seria inviável. Um agradecimento especial a Natalia Moreno, que revisou os textos da Revista! E ao Gustavo Interlick que sempre dá os pitacos requisitados e me ajuda a fazer algumas escolhas (risos).

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Caso tenha críticas ou sugestões, não hesite em escrever: cleber@zero15.com. br. A trilha sonora fica por parte de misturar o clássico, com o novo: “Simply the best”, da Tina Turner”, com “Wake me up”, do Avicci. Enfim, a Equipe Zero15 deseja a todos um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de Paz, saúde e realizações. Nos vemos em fevereiro !

Cleber Martins

Fotógrafo Formado em fotografia pelo CEUNSP atualmente estuda Publicidade e Propaganda na ESAMC - Sorocaba e-mail: cleber@zero15.com.br

Índice História....................................................................................... 4/5 Maquiagem Masculina............................................................. 8/9 Moda - Brechó ........................................................................14/15 Direito ..................................................................................... 20/21 Gastronomia .......................................................................... 24/25 Literatura ................................................................................ 28/29 Segurança digital .................................................................. 34/35 Saúde ...................................................................................... 38/39 Prata da Casa .......................................................................... 47/55 Vista-se ................................................................................. 58/59 Rock´n Roll ............................................................................ 62/64 Língua Portuguesa ................................................................. 68/70 Sustentabilidade ..................................................................... 75/76 Moda ....................................................................................... 79/80 Sociedade................................................................................. 81/82 Poesia-Literatura .................................................................... 84/85 Páginas Verde e Amarelas ..................................................... 87/88 Editorial .................................................................................. 89/107


H Do atlântico afro brasileiro...

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o mês de Novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra. Para ajudar na reflexão a que essa data nos remete, é necessário ir além, buscar o questionamento, tirar a crítica do senso comum. Entender a escravidão não pode ser um simples achismo. Partindo de estudos realizados desde Gilberto Freire, que buscou analisar o universo dos Engenhos e as relações entre senhores e a senzala, até os estudos mais recentes, percebemos que estes nos ajudam a entender a cultura africana e o modo como os escravos reagiam diante da escravidão, não como seres passivos, mas sim ativos e com uma di-

versidade cultural imensa. É necessário agora entender essa pluralidade cultural que ajudou a formar e a transformar o Brasil não em uma única cultura branca, mas sim em um país multicultural. Esta nova historiografia que coloca o escravo como personagem central, traz uma nova luz para o estudo da África, pois é preciso entender quem é este escravo? De onde ele veio? Seus valores e pensamentos. Estes estudos nos apontam ainda a questão da organização social destes indivíduos no Brasil e a presente rivalidade entre os grupos que haviam chegado da África Ocidental e Central e aqueles que haviam nas-


História cido no Brasil. Nações antes inimigas, agora se viam obrigadas a conviver, mas o exilio forçado era suportado de forma comum criando um novo modo de vida, que tolerava a diferença das origens africanas, mas que continuavam a ser marcadas nos batuques e calundus permitidos. Novos estudos trouxeram a África para o centro das atenções. Percebemos então o aumento da participação social dos movimentos negros e também a participação do governo, através de medidas que promovem o ensino da cultura africana e afro-brasileira nas escolas. Houve, a partir dai uma abertura para a África que veio de encontro a todas essas necessidades de respostas as questões levantadas pela escravidão. Estudando o funcionamento das relações dentro do sistema escravista para poder entender que o escravo não fazia parte de um único centro. Além da religiosidade, assuntos como a musicalidade, idiomas, hábitos alimentares, gostos, ritmos e estruturas sociais, ajudam a desconstruir visões etnocêntricas e eurocêntricas enraizadas na sociedade brasileira ao longo da história. Estes itens ligados nos ajudam a entender e comprovar o quanto a história africana e brasileira se interligam. Dessa forma, para compreender a história brasileira é mister estudar a história africana, desmistificando a ideia de uma única história, ou ainda, que o escravo era desprovido de qualquer cultura útil para o europeu, que o desprezava e tinha olhos apenas para sua utilidade física, parecendo que todo o restante era deixado para trás, no continente africano, no momento do embarque. Pensando dessa maneira, percebemos como

as histórias dos dois lados do Atlântico se permeiam e se constroem interligadas culturalmente. O africano que atravessou o oceano trouxe consigo uma grande bagagem cultural e a manteve mesmo com todas as dificuldades enfrentadas. Devemos então entender a África a partir de olhos plurais e de muito respeito a sua diversidade.

Daniel Oliveira Piazentin

Graduado em História e Pedagogia Pós-graduado em Língua Portuguesa Atualmente é professor efetivo da rede municipal de ensino de Porto Feliz/SP


Abaré Modas Rua: José Bonifácio, 163 - Centro Porto Feliz (15) 3262-2174

Trabalhamos com numerações do 38 ao 52



V A vaidade masculina

MAQUIAGEM N

ão só com os cuidados com o corpo, mas também o uso de maquiagem tem sido administrado pelos homens. Esconder cicatrizes, reduzir aspecto de cansaço, minimizar manchas causadas por acnes, uniformizar a textura da pele, dar equilíbrio ao rosto, tornar-se mais apolínico. Tudo para garantir uma melhor aparência. Um padrão atualmente bem aceito por muitos homens é a maquiagem sutil, isto é, uma make sem que se pareça estar maquiado. Os produtos utilizados para tal fim são, geralmente, base, corretivo e pó translúcido para dar acabamento matte, isto é, retirar o excesso de oleosidade e o brilho, sem interferir no tom da pele.

Passo a Passo

Sempre ao se iniciar o processo de maquiagem da tez, lave o rosto com sabonete específico para a região, secando, sem esfregar, com uma toalha para depois tonificar a pele. Esse processo permite a remoção de sujidades e impurezas até as mais profundas dos poros. Em sequência, deve-se escolher a base e o corretivo e verificar se estão no tom adequado à pele. Com a ponta dos dedos, ou utilizando um pincel adequado, aplique a base principalmente na zona T (testa, nariz e queixo) e no pescoço. Muitas vezes não é recomendado passar no restante do rosto para evitar um ar carregado, de rosto muito maquiado. Lembre-se: homens querem agilidade e praticidade.


Vaidade Masculina Use o corretivo nos casos em que haja manchas, acnes ou quaisquer outras severidades de tom de pele. Aplique com um pincel específico uma pequena quantidade de pó compacto translúcido para assentar, fixar a base. Para boca apenas um bom hidratante labial. Alguns homens costumam ir além e utilizar ainda lápis marrom na raiz dos cílios superiores e máscara para cílios incolor, mas são quesitos opcionais. Uma boa base, um bom corretivo e um bom pó são, em muitos casos, mais que suficientes para uma boa make. O importante é que o resultado final seja o mais natural possível.

Próximas etapas Mesmo que seja um tabu a ser vencido pelos homens, as mulheres de uma forma ou outra também são detentoras de responsabilidade para que muitas barreiras ainda estejam erguidas. Para que os homens possam, finalmente, se sentirem livres da pressão caricata da maquiagem colorida, as mulheres também devem aceitar que eles façam parte do mundo da vaidade, para elas também serem beneficiadas por homens másculos e também bem cuidados, saudáveis e que saibam respeitar nossa dor da depilação e nossa paixão pela maquiagem.

Eliana Silva Granado Blogueira e Consultura de Beleza blog: www.fashionlih.com


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Moda/Publicidade/Eventos Fotografia de Moda: -Books/Ensaios Fotográficos/Desfiles Eventos: Aniversários/Casamentos/Festas Publicidade: Still/Make/Criação e pós-produção (15) 98104-1068/3262-5464 99740-2334


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Verão Clean Falaremos nessa edição, de looks que podem ser comprados e compostos em brechós, que se tornam ideais para o uso em temperaturas altas. Sem perder o estilo, claro

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este verão absurdamente quente, os tecidos e shapes importam muito quando o assunto é se sentir fresca e bem arrumada.

Peças com base em tecidos orgânicos como algodão, linho e seda têm um papel fundamental nessa estação do ano. Como a temperatura sobe, os comprimentos sobem e os detalhes somem. As cores ficam sólidas e leves, brancos, cinzas e azuis no tons suaves tornam a composição mais fresca e com a cara do verão. Para complementar as cores: peças básicas e clean, de uma modelagem apropriada para a temperatura alta são os itens de desejo da estação. Seguir essas dicas torna-se melhor ainda sabendo que dá pra ser e sustentável e elegante ao mesmo tempo. Adquirir peças de brechós que reservam o melhor do clássico e com preços bastantes acessíveis é uma excelente ideia para conseguir encontrar peças de muito bom gosto, que já fizeram muito sucesso nas vanguardas anteriores e que serão muito úteis na hora de compor o look ideal para o verão tupiniquim.


Moda - Brechós LOOK 1 Look 1: Camisa feminina e saia de pregas. Ideal para qualquer ocasião, a camisaria feminina é um item sutil e de uma elegância notável. Com a combinação da saia torna o look com uma pegada colegial; bem fresco e bem humorado.

LOOK 2 Look 2: Bata indiana de algodão - Com o comprimento apropriado para a temperatura, a bata indiana é ideal, também pelo seu tecido de algodão, que torna a peça “fresca” e leve. O cinto marca a silhueta, sempre esbanjando bom gosto. Fotos por: Cleber Martins Modelo: Karolina Azevedo Roupas: Brechó Neide Rua: Newton Prado, 506 - Centro - Porto Feliz (15) 99712-7558

Adonis Fernandes

Estudante de Moda na ESAMC - Sorocaba Fashion Stylist E-mail: adonis@zero15.com.br






D Sobre a cobrança indevida de taxas em financiamentos de imóveis

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aquisição de bens materiais como carros e casas, acaba sendo o maior sonho da maioria das pessoas, e para algumas, trata-se de um verdadeiro objetivo de vida. Deste modo, com a carga de impostos cada vez mais pesada, aliada à ausência de evolução conjunta dos salários, os brasileiros precisam socorrer-se as instituições bancárias ou as chamadas construtoras-financeiras para concretizar suas ambições. Aquelas, por sua vez, valendo-se da fragilidade humana na busca de suas realizações pessoais, aproveitam o estado gerado e os submetem a condições explicitamente abusivas na relação contratual. Por isso, no artigo deste mês trataremos especificamente dos abusos cometidos nas aquisições e financiamentos de bens imóveis, na medida em que nesta modalidade de contrato e na maioria das

vezes, são cobradas as denominadas Taxas de Corretagem e de Serviço de Assessoria Técnica Imobiliária - SATI. De plano, a primeira ideia que se deve ter é que o consumidor, enquanto parte mais fraca na relação contratual, não pode arcar com as despesas administrativas que são próprias da atividade da instituição financeira (construtora). Especificamente, o que se vê nos contratos de compra e venda imobiliária, é a imposição de contratação dos serviços de assessorias, sem permitir que o comprador possa optar pela aquisição deste serviço. Neste ponto, interessante esclarecer que a cobrança pela assessoria não será abusiva desde que o comprador tenha manifestado claro interesse em contrata-la. Do contrário, será ilegítima.


Direito Assim, além de forçar o comprador à ser assessorado, responsabilizam o comprador ao pagamento da Taxa de Corretagem a qual deveria ser suportada pelo vendedor. Nos dizeres da Juíza DANIELA PAZZETO MENEGHINE CONCEIÇÃO, a prática espúria conjunta de construtoras, corretoras, administradoras, imobiliárias e empresas de suposta mediação e assessoria técnica de ‘empurrar goela abaixo’ do consumidor serviços vinculados aos contratos de compra e venda de imóvel não é nova, e vem sendo muito condenada na jurisprudência. Na prática, o que se tem verificado é o repasse destas despesas aos consumidores, caracterizando verdadeiro abuso, pois são gastos decorrentes da atividade empresarial. Para proteger os direitos das pessoas nestes casos, além da própria Constituição Federal assegurar a defesa do consumidor como um dos princípios da Ordem Econômica, o próprio Código de Defesa Consumerista armou o cidadão ao amplificar as possibilidades de exercício de seus direitos.

E nossos Tribunais, visando consolidar um entendimento, bem como restabelecer o equilíbrio contratual além de prevenir a continuidade das práticas abusivas, vem julgando de forma repetida a respeito da necessidade de tais construtoras devolverem os valores indevidamente cobrados, e como penalidade, fazê-lo em dobro, como forma de inibir tais condutas. Por óbvio não podemos nos esquecer que tais empresas tem contribuído e muito para o crescimento de nosso país, em todos seus aspectos, seja ele de ordem econômica, social e até cultural. Contudo, o que não podemos aceitar é que se aproveitem da situação para aumentar suas cifras de forma oportunista e quiçá imoral.

Paulo Henrique Wilson

Advogado (OAB/SP 339 137) Bacharel em Direito pela Universidade Paulista UNIP campus Sorocaba Pós-graduando em Direito Civil Empresarial pelo Complexo Jurídico Damásio de Jesus.




G Porco Agridoce O

lá, meu queridos aventureiros da cozinha. Estamos aqui novamente para realizarmos delícias gastronômicas, aquelas que saltam aos olhos, cujo aroma nos desperta o apetite, o sabor nos alegra, receitas que alimentam nosso corpo e aquecem nossa alma. (Uau! Culinária e poesia, a gente vê por aqui!)

sabores. Eu prefiro me utilizar do gengibre, uma raiz de sabor forte e característico, cheia de propriedades medicinais. Ela vai deixar a nossa receita com uma cara bem peculiar, coisa que o vinagre é incapaz de fazer.

Essa receita é muito popular na China, onde ela é mais picante na realidade. Decidi Trago para vocês uma receita peculiar, fazer uma versão de sabor mais suave, para com a cara do oriente (não, não a minha cara! que não seja agressiva ao paladar. Nós não somos todos iguais, seu racista!). O lombo de porco ao molho agridoce. Muitas pessoas se utilizam do vinagre para dar o sabor agridoce aos molhos, no entanto eu acho o vinagre um tanto quanto agressivo e sem profundidade de aromas e

Vamos à receita então, galera!


Gastronomia Ingredientes:

para dourar a carne).

Para a carne

Após selados, colocá-los em uma panela com o caldo de frango e o saquê, cozinhar até que o líquido reduza até a metade (até que evapore todo, se você tiver paciência).

400gr de lombo de porco cortado em fatias Sal e pimenta do reino para temperar 500ml de caldo de frango

Molho:

200ml de vinho branco seco

Enquanto a carne tá lá na banheira quente dela, relaxando, comece a preparar o molho.

Para o molho:

Moa o alho, descasque o gengibre e pique bem pequeno, corte a pimenta ao meio, remova as sementes e pique. Junte todos esses ingredientes em uma panela com um pouco de azeite, refogue até que eles liberem o aroma. Adicione o shoyu, o mel e o açúcar, dissolva tudo muito bem e deixe cozinhar um pouco. Desligue o fogo, coe o molho para remover os pedaços de alho, pimenta e gengibre. Com a mistura sem pedaços, adicione a colher de amido de milho dissolvida em um pouco de água. Misture até engrossar.

1 dente de alho 1 pimenta dedo-de-moça 1 pedaço pequeno de gengibre 2 colheres de mel 2 colheres de açúcar mascavo 50ml de shoyu 1 colher de amido de milho

Preparo: Carne: Temperar os filés de lombo com sal e pimenta do reino e selá-los (selar consiste em fritar em uma frigideira com pouco azeite, apenas

Para servir, coloque as fatias de lombo intercaladas com fatias de abacaxi e cubra com o molho.

Alexandre Takahashi

Formado em Gastronomia pela UNISO - Universidade de Sorocaba E-mail: alexandre@zero15.com.br




L

Cedo e Certeiro! “É como ensiná-los a andar de bicicleta, é preciso saber a hora de retirar as rodinhas de apoio.”

É

de um consenso geral que o gosto pela leitura se toma ainda na infância. O hábito, se bem cultivado, estimula curiosidade, criatividade e habilidades na escrita que podem ser bastante úteis na vida adulta. Os pais têm um papel indispensável na hora de despertar interesse nas crianças, papel cujos professores colaboram, mas podem não ser suficientes. Neste artigo, trago dicas práticas para que você saiba conduzir seus filhos a ocupar suas mentes com um bom conteúdo.

Primeiramente, é necessário que você conheça as fases da leitura e saiba acrescentar a dificuldade na hora certa a fim de estimular. É como ensiná-los a andar de bicicleta, é preciso saber a hora de retirar as rodinhas de apoio. Com a leitura o processo se dá da mesma forma, é preciso observar os avanços e aumentar o nível de complexidade. À medida que a criança se sentir segura interpretando imagens, pode-se introduzir livros com palavras, depois frases, narrativa, livros não


Literatura ilustrados e assim sucessivamente. E é impor- As opções são infinitas e o interesse tante ressaltar, que, não há um limite, os ob- parte dos pais. Nunca é cedo demais para injetivos mudam conforme as conquistas. cutir a leitura interpretativa nesses garotos. Alfabetizar não é ensinar que “B” mais Com um pouco de dedicação, você pode aju“A” forma “Ba”, e sim ensinar a interpretar. dar seus filhos a alinharem a melhor fase a Portanto, o aprendizado não conclui por um dos melhores hábitos da vida. volta dos 6 ou 7 anos de idade, é preciso garantir que a criança defina conceitos, identifique contextos e faça associações. Para que possa então, depois de alfabetizada, desenvolver-se na escrita.

Ao passo que a criança tiver prazer na leitura, ela desenvolverá seu próprio gosto. Entretanto, se os pais se familiarizarem com a literatura infantil ou infanto-juvenil, poderão fazer boas sugestões. Um macete pode ser se atentar para as adaptações. Há clássicos sendo adaptados com a doçura e fantasia características dos livros infantis. Um exemplo é o livro “Por mares há muitos navegados” de Álvaro Cardoso, uma obra espirituosa e sutilmente intelectualizada que adaptou “Os lusíadas” de Camões com muitas ilustrações e atrativos educativos. Walcyr Carrasco também encanta os olhos dos pequenos com seu livro “O menino narigudo” que adéqua o enredo da maravilhosa peça Cyrano de Bergerac de Edmond Rostand.

Anna Paula Oliveira

Escritora Proprietária do blog: annapaulaoliveira.wordpress.com E-mail: annapaula@zero15.com.br


(15) 9745-8341 (15) 7813-3465



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S Segurança Digital

Muito tem se falado, nos dias de hoje, em segurança digital. O que não sabemos, no entanto, é que geralmente somos nós mesmos que burlamos nossa própria proteção. E você, está seguro?

A

trouxe inúmeras facilidades A Amodernização modernização trouxe inúmeras facili-para o nosso contas, trocade de dades paradia-a-dia. o nossoPagamento dia-a-dia.dePagamento mensagens, acesso à conta bancária, envio e recebicontas, troca de mensagens, acesso à conta mento de documentos... Tudo o que antes exigia pebancária, envio e recebimento documengar filas ou enfrentar estradas, hoje, éde resolvido com tos... que antes exigia pegar filas ou alguns tudo cliqueso na Internet. enfrentar estradas,nohoje, é resolvido A facilidade, entanto, não veiocom apenas para os cliques bons cidadãos. Os mal-intencionados tamalguns na Internet.

dados pessoais, quebra de barreiras de segurança, de roubar, criando uma nova categoria de entre muitos outros. Para proteger os usuários da crimes, que hoje conta com invasão de Internet, sistemas de segurança são criados e aprimocomputadores, roubo de informações e darados todos os dias e, ainda assim, parece que nunca dos pessoais, de barreiras seguestamos segurosquebra o suficiente. E qual seriade o motivo? entre muitos outros.com Paraumproteger Arança resposta pode ser explicada exemplo os do usuários da Internet, sistemas de segurança nosso cotidiano. são criados Muitasevezes, ao nos depararmos com notícias aprimorados todos os dias bém modernizaram seu jeito de roubar, criando sobre roubos em condomínios de luxo nos jornais e, ainda assim, parece que nunca estamos e A facilidade, no entanto, não veio apenas uma nova categoria de crimes, que hoje conta com na televisão, ficamos chocados. Como é que um lugar seguros o suficiente. E qual seria o motivo? para osde bons cidadãos. Os mal-intencioinvasão computadores, roubo de informações e com sistemas tão avançados de tecnologia para segu-

nados também modernizaram seu jeito

A resposta pode ser explicad


Segurança Digital rança dos seus moradores pôde ser invadido? O queteria falhado? A verdade é que não importa o quanto se invista em segurança; a falha, quase sempre, está externa a eles, como podemos ver neste trecho do jornal Folha de São Paulo de 19/09/2012: “O porteiro do prédio, ao ser questionado por policiais sobre a rápida abertura do portão para os suspeitos que não moravam no local, confessou envolvimento com a quadrilha. Ele disse aos policiais que ganharia R$ 6.000 para facilitar o roubo”. Esse é um caso em que todo o investimento tecnológico se tornou indiferente, dado que a porta de entrada era controlada por uma pessoa que toma decisões de acordo com o que julga mais sensato naquele momento para ela. No mundo digital, não é muito diferente: são feitos milhares de investimentos em tecnologia de segurança da informação, antivírus ultramodernos e com uma interface que chama a atenção e nos traz a sensação de segurança. Porém, assim como no caso do condomínio de luxo, há uma porta de entrada que é controlada por uma pessoa e, nessa porta, nenhuma tecnologia tem controle. Essa porta é aberta quando clicamos em um link de um e-mail que julgamos ter vindo do Facebook, de um amigo próximo ou do nosso banco. E, no momento em que é feito o clique, abrimos a porta para a “quadrilha” – que aqui chamamos de malware – entrar em nosso condomínio e roubá-lo. Nossa segurança digital está frequentemente em risco. Para se ter uma ideia, a cada 15,6 segundos, um consumidor no Brasil é vítima de tentativa de fraude por roubo de dados pessoais para uso indevido em obtenção de crédito ou realização de negócios, segundo pesquisa do Serasa Experian no ano de 2013. Quantos e-mails com links suspeitos você

já recebeu em sua caixa de entrada? E quantos dos seus amigos já não caíram em armadilhas como essa, abrindo as portas para o ladrão virtual? Nesse momento, não importa que programas você usa para proteger a sua máquina; ela depende exclusivamente da sua decisão de clicar ou não naquele link. De abrir ou não abrir a porta. E é exatamente aí que o ataque é feito, utilizando-se do que é chamado de “engenharia social”. A engenharia social trata-se, essencialmente, da arte de ganhar acesso a construções, sistemas ou dados através da exploração da psicologia humana ao invés de usar alguma técnica de hacking para invasão – como, por exemplo, encontrar uma vulnerabilidade de software. Os sites de redes sociais têm sido uma grande e nova porta para essa engenharia, de acordo com Graham Cluley, consultor sênior de tecnologia da Sophos. Uma tática popular usada recentemente envolve fraudadores se passando por amigos no Facebook e enviando uma mensagem dizendo estar preso em uma cidade estrangeira e que eles precisam de dinheiro. A pessoa pensa que é verdade, dado que o fraudador está se passando por um amigo, e efetua a transferência do valor para a sua conta. Portanto, ao navegar na Internet, lembre-se de que está em suas mãos a decisão de abrir ou não a porta para os invasores. Desconfie de e-mails e mensagens duvidosos e, se achar necessário, confirme o envio com o remetente antes de clicar nos links ou abrir anexos. Por melhor que seja, atualmente, a tecnologia disponível para protegê-lo, a sua melhor defesa continua sendo o bom e velho bom senso.

Diego Mariano

Mestre em Engenharia da Computação Escola Politécnica da USP MBA em Tecnologia de Software pela Escola Politécnica da USP Bacharelado em Ciência da Computação pela UNESP e-mail: diego.br@gmail.com


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Adolescência x Sedentarismo D

e acordo com a Organização Mundial de Saúde OMS), menos da metade das crianças e adolescentes brasileiros podem ser considerados ativos do ponto de vista físico, sendo que quase um terço deles já está acima do peso. Neste mundo pós-moderno, podemos notar vários fatores que predispõe à má qualidade de vida já desde a infância: o avanço acelerado da tecnologia, redução de espaço e insegurança em centros urbanos, necessidade de um bom aprendizado para o mercado de trabalho, ou seja, uma competição para a busca de um futuro melhor. Os maus hábitos são desde ir à escola de carro, ao invés de uma bicicleta, má alimentação, horas frente ao computador, televisão ou videoga-

me, até a falta de tempo para atividades de lazer como: futebol, voleibol, natação, andar de bicicleta, entre outras. Sendo assim, os adolescentes acabam ficando mais de 8 horas por dia sentados e inativos, acarretando em aparecimento de doenças relacionadas à saúde, tais como: Diabetes, Hipertensão, Obesidade, Redução dos Hormônios de Crescimento, Distúrbio do Humor e do Sono, Desordens Respiratórias, Problemas Ortopédicos e Posturais, entre outras. A inatividade física e a obesidade por exemplo, está diretamente relacionada com as alterações posturais, sendo as principais a Hipercifose Torácica, Escoliose Tóraco-Lombar e a Hiperlordose Lombar. Portanto, considerando


Saúde que essas alterações são fatores que predispõe a condições degenerativas da coluna vertebral na fase adulta, torna-se necessário estabelecer mecanismos de intervenção preventiva já nessa fase de vida. O Pilates entra como uma atividade física funcional alternativa que é importante para a prevenção e correção dessas alterações. Outras modalidades também podem prevenir, por exemplo, a natação, ginásticas, danças, caminhada e musculação, porém, vale ressaltar a atenção quanto à qualidade do exercício e se há orientação adequada e capacitada para tal, caso contrário, podem ser instaladas lesões musculoesqueléticas não encontradas até então, ou até mesmo o agravamento da mesma. Exercício físico e uma boa alimentação na infância e na adolescência são importantes para defi-

nir a pessoa adulta que se transformarão, e consequentemente, as doenças relacionadas terão pequenas chances de instalação. Devemos dar muita atenção para nossa qualidade de vida hoje, pois se as crianças não as apresentam desde já, como poderão passar a mesma para seus futuros filhos?

Jéssica Campos

Fisioterapeuta Bacharel em Fisioterapia pelo CEUNSP Proprietária da Clínica Espaço Saúde




Rua Cardoso P Por

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Pimentel, 34 - Centro rto Feliz

13-6506 ID: 959*28535


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(15) 9601-4088 - 7813-6506 ID


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PARA O MUNDO Da periferia de Porto Feliz (SP), Tiago hoje é considerado um dos melhores bailarinos do país, já tendo viajado por inúmeros países apresentando sua arte. No Brasil, participou do espetáculo Thriller, que recontou a vida e obra de Michel Jackson.

Foto: Cleber Martins

UM SALTO

Texto: Rafaela Lara

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Prata da Casa

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iago Silva Dias tem 24 anos e nasceu na periferia da cidade de Porto Feliz. Desde muito cedo sempre gostou da dança, mas quase desistiu pela falta de certeza no futuro profissional. Graças ao apoio que teve, isso não aconteceu, e hoje é considerado um dos melhores bailarinos do país. Ele conta em uma entrevista leve e descontraída desde como foram os primeiros passos no caminho da dança, até a participação em um musical mundialmente reconhecido, o “Thriller”, que conta a vida e obra de Michael Jackson.

Zero15: Você sempre quis ser bailarino, ou foi algo que apareceu com o tempo? Tiago: Desde criança, eu sempre gostei de dançar. Mas como eu também gostava de desenhar, havia colocado na cabeça que iria ser engenheiro. Eu sabia que viver da dançar não seria nada fácil, e eu já pensava em um plano para ter estabilidade financeira. Fiz várias coisas quando criança: treinei futebol, handball, mas sempre gostei da dança, sempre pensando na dança. Até que apareceu em Porto Feliz um projeto social de dança de rua, que foi o primeiro contato que tive com a dança de uma forma mais profissional, através de aula. Eu tinha 11 anos e fiz as aulas durante 1 ano que foi a duração do projeto.

com a dança e cada vez mais tive certeza que era isso que eu queria. Zero15: E você já pensou em parar, em desisitr? Tiago: Sim, quando eu tinha 18 anos eu pensei seriamente em parar. Pensei comigo: “Para, você não tá tendo recursos financeiros, e não dá pra continuar fazendo dança.

Zero15: E por que não desistiu? Tiago: Meus pais me apoiaram desde o início. Eles me falaram: “Tenta por mais um ano, a gente dá um jeitinho, você é bom, é seu sonho, não desista.” Logo após isso, surgiu o teste, pelo qual passei, para dançar no Criança Esperança. Foi o meu primeiro trabalho grande com dança. Depois, Zero15: E depois que o projeto acabou ? apareceu um teste para eu trabalhar dançando em Tiago: Assim que o projeto social acabou, algumas navios. Também passei e então eu comecei a rodar pessoas continuaram uma parte dele no Externato o mundo, fazendo musicais nos cruzeiros. São José. Lá tinha aula de Jazz, Sapateado, e foi realmente uma experiência brilhante para mim, Zero15: Em que lugares você já esteve? pois pude ver como é a dança, quando encarada de Tiago: Fiz essa primeira temporada nos cruzeiros, uma forma profissional e resolvi que era isso que depois fui para Europa com um musical e fiz uma eu queria pra minha vida. Eu fazia só o hip-hop, turnê pela Europa. Depois disso, trabalhei em um mas diante de tudo aquilo, eu fiquei deslumbrado. cruzeiro, por toda a costa brasileira, onde tive um Porém ainda era um pouco limitado por causa reconhecimento muito bom, pois fui considerado o de recursos financeiros, pois teria que pagar melhor bailarino do ano pelo diretor coreográfico academia, essas coisas, e eu não tinha condição na da CVC. Já estive no Uruguai, Argentina, Espanha, época. Quando eu já estava um pouco desanimado, França, Itália, Reino Unido e fiz um tour grande por surgiu uma bolsa de dança, através da Alessandra toda a Ásia. Através desses contatos que fiz, fui Moreau. Então eu fui me envolvendo cada vez mais


Foto: Willian Machado

Texto: Rafaela Lara -

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Prata da Casa indicado para trabalhar no Teatro Municipal em São Paulo, que era um de meus grandes sonhos, e acho que, talvez, seja o sonho de muitos bailarinos pelo país. Foi então que a grande coreógrafa Din Perry me convidou para fazer parte do elenco e dançar essa ópera com ela, pois ela confiava e acreditava no meu trabalho. Zero15: E isso te abriu portas? Tiago: Sem dúvidas! No decorrer desse trabalho surgiu o teste para o Thriller, que foi um grande marco na minha carreira. Esse espetáculo acontece no mundo desde 2007 e nessa época estava no Brasil fazendo as seleções dos candidatos interessados. Zero15: Como foram as seleções? Tiago: A produção queria trazer o elenco todo de Londres, mas o coreógrafo optou por não fazerisso. Ele falou que queria um desafio, trabalhar com os bailarinos brasileiros, mas para isso ele queria os melhores dançarinos do país. Eles receberam 2600 currículos, destes, selecionaram 700 para a segunda fase para audição. Entre esses 700 foram 3 dias de testes, para escolher 14, 7 homens e 7 mulheres. Ele queria, realmente, os melhores do Brasil! Sinceramente, eu sabia que tinha chances, mas se não passasse não iria ficar triste porque sabia que tinha muita gente boa, de todos os cantos do país. Zero15: Essa foi a experiência mais marcante da sua carreira? Tiago: Sim!! Foi uma experiência incrível em ver em uma entrevista, do coreógrafo para mídia, que eles estava trabalhando com os melhores bailarinos do país e eu estava fazendo parte daquilo. E também estar em um espetáculo que conta a história do Michael, alguém que também foi reconhecido pela dança foi algo maravilhosos em minha vida. Fazer parte em algo que foi assinado e autorizado pelo Michael (ele assistiu o Thriller em Londres, e autorizou a equipe a viajar e apresentar o espetáculo). Essa foi a maior experiência da minha carreira, sem dúvida.

Zero15: Você disse que tudo começou por causa de um projeto social. Como você ve esse cenário, a nível municipal, estadual, ou até no Brasil como um todo. Tiago: Há uma falta de incentivo cultural muito grande. O Brasil é o país do futebol e mesmo assim muitos atletas de outros esportes tiram dinheiro do bolso para competir. Acho vergonhoso a falta de incentivo. Quando trabalhamos com estrangeiros, eles adoram trabalhar com os brasileiros, pois reconhecem nosso talento e eu vejo esse fato com muita tristeza. Por exemplo, o projeto onde eu descobri a dança durou um ano. Mas e depois, e daí ? Deveria haver mais projetos permanentes, para que as pessoas pudessem descobrir e desenvolver seus talentos. A falta de incentivo é muito grande não só na dança, mas cultural e em outros esportes que não seja o futebol. Zero15: Você já deixou de ir a testes por falta de dinheiro? Tiago: Sim, porque tudo acontecia e acontece em São Paulo e Rio de Janeiro. Não tinha de onde tirar o dinheiro, não dava pra ficar indo e voltando de São Paulo. Quando tinha dinheiro para a passagem, era só pra passagem, para comer tinha que se virar, levar algo. Era muito complicado. Nesse ponto tenho que agradecer a Dona Lia (Maria de Lourdes), avó do Jean, um garoto que dançava no Raul Gil. Ela começou a levá-lo para testes, então ela me contratou como professor de dança para seu neto. Dona Lia me levava nos testes do Jean, eu aprendia as coreografias e passava para ele depois. Muitas vezes ela me deu carona para os meus testes. Foi um tipo de “patrocínio” para mim, e sou muito grato a ela. Zero15: Você já viu pessoas com o potencial tão grande quanto o seu desistirem por falta de incentivo? Tiago: Sim, muitas vezes, mas no meu caso o fator decisivo foi o apoio dos meus pais. Muitas vezes eu estava sem dinheiro, para comprar uma sapatilha, para fazer a inscrição em algum


E concurso ou algo do tipo. Eles que não me preconceito é mais moderado. deixaram desistir e sem o apoio deles hoje eu não seria nada. Zero15: Dos países que você visitou quais te chamaram mais atenção ? Zero15: Você já esteve em vários países, Tiago: A Itália, especialmente Roma. Outro país conheceu diversas culturas. Por você ser negro, que eu sem dúvida moraria é o Japão, pela forma, voce já sofreu preconceito racial? organização e disciplina com que o povo japonês Tiago: Na minha primeira viagem pra fora do vive a vida. Foram esses dois lugares que mais país, eu achei que iria sofrer preconceito, pois me marcaram. não havia nenhum outro negro da equipe de dança, então imaginei que o contratante não Zero15: Você saiu de Porto Feliz com que idade? queria negros. A pessoa que me indicou fez um Tiago: Foi com 19 anos. Fui para Campinas, vídeo meu dançando e na hora ele falou: “Pode depois para São Paulo. Então comecei a viajar mandar ele vir”. Sinceramente, eu achei que com os cruzeiros. Fui pra Recife, Fernando de iria sofrer preconceito, mas foi exatamente o Noronha, comecei a trabalhar mais com os contrário que aconteceu. A recepção do público cruzeiros nacionais, depois fui pra Europa. foi maravilhosa. Ao fim de cada espetáculo eles vinham pra junto da gente, queriam tirar foto, Zero15: Qual a maior dificuldade em sair de conhecer. Nem em países onde praticamente não uma cidade pequena e ir para um metrópole há negros nativos, como no Japão onde eu achei como São Paulo que iria sofrer preconceito isso não aconteceu. Tiago: A rotina, a correria que é em São Paulo. Acho que o preconceito foi mais de minha parte, Quando se está em Porto Feliz é tudo muito por eu já ter ido com a defesa um pouco armada. perto. Em cidades como a nossa dá pra ir a pé Hoje, tem fãs do Japão que me perguntam no ao centro, ou pegar somente um ônibus. Em Facebook, quando voltaremos para lá. Enfim, São Paulo, tem que pegar um ônibus, um metrô, acho que a forma que você trata as pessoas deve depois outro ônibus... ser a mesma que você quer ser tratado. Zero15: Se não fosse o trabalho, você moraria Zero15: Quando se está no palco, são todos em São Paulo? iguais principalmente para a platéia, estão Tiago: Eu acho que não pois se não fosse o todos no mesmo patamar. Não dá pra você trabalho eu nem teria ido para lá a primeira vez. imaginar a origem de cada um. Por você ser de Mas hoje, se eu pudesse escolher, não moraria. uma origem humilde, você já sofreu algum tipo de preconceito social? Zero15: Como você esteve em muitos países, Tiago: Creio que não. No início as pessoas te você teve que passar por vários processos de olham um pouco diferente, mas não é por você adaptação. Teve algo ou alguma situção que te ser rico, pobre, é porque você não faz parte do marcou por isso? mesmo círculo social deles, então eles não te Tiago: Sim, mas mais relacionado a alimentação. conhecem. Às vezes não é nem preconceito, nem às vezes chegava em um lugar com uma culinária nada disso, às vezes as pessoas olham você um totalmente diferente da nossa, eu parava e pouco a mais, mas é porque você passa a ser um pensava: “E agora, o que eu vou comer?”. Até em concorrente a mais (risos). Creio que no meio um dos navios onde estive, o chef era Filipino e artístico isso é bem pouco, porque muita gente usava uns temperos que eu não conseguia comer. que está lá saiu do nada, então, pelo menos Até que algumas pessoas me aconselharam, na minha opinião é um meio onde esse tipo de a comprar alguns temperos quando o navio


Prata da Casa aportasse e ir adaptando a minha própria comida. fazer praticamente nada. Foi então que surgiu o trabalho no Teatro Municipal, e depois o Zero15: E em relação ao idioma? Thriller, que foi o ponto incial para tudo começar Tiago: Não foi tão difícil. Embora eu não fale a acontecer de forma mais impulsionada. Hoje fluentemente, hoje entendo bastante do inglês. O eu entendi que o mercado é assim, que início espanhol tive que aprender porque a companhia de ano e final de ano é melhor, mas no meio em que eu fui para a Europa era espanhola e a do ano é um pouco mais fraco. O mercado é tripulação também. Mas, teve várias situações assim mesmo, o que não pode é se desesperar. engraçadas em relação ao idioma. Uma delas foi Hoje, entendo que quando o mercado está bom, em relação a um boné. Eu entrei em sala, para temos que guardar um dinheiro para quando o uma audição, com um americano e ele elogiou mercado der uma parada, você investir em você, meu boné. Só que na hora eu não entendi aproveitar o tempo e estudar, fazer cursos de totalmente o que do meu boné ele tinha falado. aperfeiçoamento. Ao invés de se desesperar, o Acabei tirando o boné e falei: “Sorry, Sorry”. melhor é investir em você mesmo. Achei que eletinha achado falta de educação eu Creio que foi só essa vez, pois, eu morando em ter entrado na sala com boné, quando na verdade São Paulo, tendo que pagar aluguel, contas, ele só estava elogiando. Foi bastante engraçado, cheguei a pensar em procurar outra coisa principalmente depois quando a situação ficou enquanto não melhorasse. Mas Graças a Deus esclarecida. Aí eu peguei o boné e coloquei de isso não aconteceu. volta na cabeça. Outra muito engraçada é que em espanhol, Zero15: Você já trabalhou na TV? pescoço é “cuello”, só que falando rápido, fica Tiago: Sim, já trabalhei no SBT, na Eliana, em “cuei”. Pra quem fala português, lembra “coelho”. alguns quadros onde precisavam de dançarinos. Então estávamos dançando e o professor falava: Fiz o último capítulo de “Pé na cova”, onde teve “Cuei pra cá, cuei pra lá”, “Mexe o cuei”. E eu: um pequeno espetáculo de dança e no início da “que diabos é esse coelho?”. carreira no Criança Esperança. No avião, já teve vezes de a aeromoça falar o cardápio, e eu olhar o nome mais bonito e pedir Zero15: Já trabalhou com famosos? por ele, repetindo o que a aeromoça disse, sem Tiago: Fiz parte do corpo de dança da Cláudia não ter nem noção do que era. Aí a hora que Leite, fiz vários shows da virada, e fiz alguns chega o prato, você pensa: “Nossa, o que eu pedi shows grandes, um deles em Belo Horizonte, pra comer?”. Então, você olha para o lado e vê no Axé Brasil. Com ela também fiz um show em seu amigo comendo uma coisa deliciosa, e ele te Copacabana, que foi inesquecível! Trabalhei com pergunta: “por que você não pediu um também”, a Leila Moreno, quando ela estava saindo em e você responde: “Porque eu não sei como é o turnê e com o Thriller trabalhei com ela de novo, nome disso.” com o Juan Albas e com a Alexandra Maestrin. Zero15: Teve alguma situação específica, depois que você começou a dançar profissionalmente que fez com que você pensasse em parar? Tiago: Sim, logo que eu me mudei pra São Paulo, que tinha voltado dos cruzeiros, muita gente tinha me aconselhado a tentar fazer meu nome no Brasil primeiro. Então eu decidi tentar isso. Porém foi muito difícil e eu fiquei 3 meses sem

Zero15: Ao final de tudo, teve alguma situação que marcou você positivamente, que você parou e pensou e disse: “Só por isso, tudo já valeu a pena?” Tiago: Com o Thriller, fizemos uma apresentação com o pessoal do GRAAC, o Hospital que cuida de crianças com câncer. Ao fim do show, ver todas aquelas crianças dançando, vindo pedir foto, foi


Fotos: Cleber Martins

Texto: Rafaela Lara

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Prata da Casa muito emocionante eu nunca vou esquecer! Ao fim de cada espetáculo, quando você vê a plateia te aplaudir em pé, te elogiar e te dizer: “Você fez meu dia valer a pena” é fantástico. Não dá para explicar como é maravilhoso você ver alguém sorrir através da sua dança. Isso não tem preço. Zero15: Existe no Brasil, uma condição histórica de profissões do meio artístico e cultural serem encaradas um pouco com ressalvas, como se não fossem profissões de verdade. Você sente que isso está mudando? Tiago: É bem lento isso, mas sinto que isso aos poucos está mudando. Apesar de ainda muita gente pensar que por trabalharmos a noite, aos finais de semana, e em dia de semana estarmos mais tranquilos, acha que a gente não trabalha. Só que essas pessoas não vê o quanto ensaiamos durante horas e horas a fio para deixar um espetáculo pronto. O pessoal costuma ver e julgar quando tudo já está pronto, mas muita gente não vê a quantia de trabalho que teve de ser feito pra isso acontecer. Às vezes, há meses de trabalho e ensaio duro concentrados naquelas 2 horas de espetáculo. E mesmo na hora do espetáculo, as pessoas não veem, mas atrás do palco está a maior correria. É muita coisa envolvida para um espetáculo acontecer, e não é só prazer e felicidade como parece. Também há muita responsabilidade envolvida. Hoje, tem muitos sindicatos profissionalizados, como o da dança. Tenho DRT e na carteira de trabalho sou registrado como Bailarino, ou seja já é uma profissão reconhecida pelas Leis trabalhistas. Creio que isso já foi um avanço enorme para o reconhecimento da profissão. Falando sobre reconhecimento como profissional, tem muitos bailarinos levando o nome do Brasil por aí e que não são reconhecidos como deveriam, justamente pelo fato de o Brasil ser muito focado no futebol. O futebol também é arte, também é entretenimento, mas não podemos esquecer as outras áreas.

Zero15: O que a dança te trouxe? O que você pode dizer que a dança acrecentou a sua vida ? Tiago: Tudo, desde a questão financeira, cultural, amadurecimento pessoal. Mudou a minha vida! Esses dias, estava conversando com um amigo que disse: “Quem diria, você era um molequinho que tava aí, brincando na rua, dançando pra cá e pra lá, quem diria que iria viajar o mundo?”. Foi através da dança que tudo isso aconteceu. Quando eu saí do país pela primeira vez e depois voltei, até na forma de conversar com as pessoas eu mesmo notei uma diferença, parecia que eu estava mais velho. Mas é o amadurecimento, você conhece outras coisas, não fica ali com a cabeça fechada para sua cidade, para o seu bairro. A dança mudou, pegou aquele Tiago, que nasceu lá no Jardim Vante e transformou no homem que já conheceu boa parte do mundo. Adoro o lugar onde nasci, tenho meus amigos, meus pais, mas as pessoas aqui ainda tem a visão um pouco limitada. Tem muita gente aqui com sonhos, com potencial, com possibilidade de dar passos grandes, porém tem medo. Sempre quando alguém vem me perguntar sobre morar fora, estudar fora, eu sempre incentivo: “Vai, conhece o mundo, amplia a sua visão! Não se aliena e não pensa pequeno!” A vida não é somente Porto Feliz. Eu conheci, tive a oportunidade e quero que as pessoas também conheçam e ampliem sua visão, seus conhecimentos. Zero15: Você, como já foi dito, nasceu em um bairro de periferia. Você acha que o impacto da falta de projetos sociais na periferia causa mais impacto na vida de quem mora na periferia? Tiago: O impacto é muito maior. Quem tem mais dinheiro, tem mais oportunidades de se conhecer, de frequentar algo, pode pagar por isso, e o jovem de periferia não. Com isso, o jovem da periferia é privado de se conhecer, de descobrir algo que goste de fazer e que tem talento pra aquilo. Não podemos colocar toda a culpa na falta dos projetos sociais, mas a ociosidade facilita muito para o jovem cair em


Fotos: Cleber Martins

Texto: Rafaela Lara

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Prata da Casa extremamente importantes seja para a socialização da criança e adolescente, para eles aprenderem a conviver com pessoas de opiniões diferentes, jeitos diferentes. Você vai não somente para aprender a dançar, aprender algo que gosta. Você vai para se relacionar com outras pessoas. Zero15: Você já perdeu amigos com talento, e aptidão artística para as drogas? Tiago: Já, vários, não a ponto de perder a pessoa totalmente, de a pessoa morrer, mas perde-se em partes, porque a pessoa toma um caminho e você outro. Teve pessoas que dançaram comigo, que poderiam ter tido o mesmo futuro que eu, mas por falta de incentivo, seja social, seja dos pais, perdeu o foco e acabou se enveredando por esses caminhos. Hoje, o acesso à droga é muito fácil. Mas não é só isso que contribui. O apoio dos pais é fundamental. Teve amigos que dançavam comigo, que os pais pressionavam: “Você vai ficar dançando, até quando vai colocar comida em casa?”. E comigo foi diferente, meus pais me apoiaram até onde deu, mesmo quando eu não tinha forças eles me fizeram continuar. Falar sobre isso é complicado, pois há uma série de coisas que podem causar. Enfim, em tudo que você for fazer, se não tiver o apoio da família, não vai!

Tiago: O principal que se deve ter é foco e vontade de lutar. Se você tem foco, você tem um objetivo e algo pelo que lutar, algo à alcançar. Identifique-se com algo que goste bastante e coloque como uma meta. E vá atrás, não desista dos seus sonhos! Zero15: Cite algumas pessoas que foram essenciais para tudo isso acontecer. Tiago: Além dos meus pais, todo o pessoal do Centro Cultural Irmã Eliza Ambrosio, a Alessandra Avancini Moreau, Denise Sanches, a Dona Maria De Lourdes (Lia). Essas pessoas estiveram sempre do meu lado, me ajudando, seja financeiramente, seja me aconselhando. Para mim, eles foram a base fundamental para o meu crescimento. Zero15: Quais os planos para o futuro? Tiago: Quero me engajar em algum projeto, pois assim como eu fui descoberto, muitas crianças e adolescentes também podem ser. Quero continuar dançando e quero fazer mais musicais. Hoje meu foco é musical, sou apaixonado por isso. Me cuido muito fisicamente, a disciplina tem que ser forte, pois a dança é como se fosse um esporte de alta performance, exige muito do corpo, e quero dançar até onde eu conseguir, levando o nome de Porto Feliz ao resto do mundo!

Zero15: O que você diria pra molecada que tá querendo começar, que veem em voce um espelho? Especialmente para aqueles que não tem nenhuma espécie de incentivo?

Rafaela Lara

Estudante e Formanda em Letras pela Universidade Paulista-UNIP E-mail: rafaela@zero15.com.br




M Vista-se Olá meninas, estou de volta na coluna VISTA-SE e quero fugir de algo que usamos sempre que a gente pensa em final de ano: O BRANCO. Dezembro é o mês de baile do Hawaii, Natal e Ano Novo, além de inúmeras festas. A dica de hoje é fugir do branco e espero que vocês gostem! Inspirem, procurem e VISTAM-SE!

LOOK 1

Baile do Hawaii Como já sabem o baile do Hawaii do Porto Feliz Tênis Clube está ai. Sendo assim, decidi montar um look para as meninas que não sabem o que usar no mesmo. Não podendo faltar o florido, abusem nas estampas coloridas florais! Neste look, usei uma blusa de cetim floral super colorida e alegre, e para combinar, coloquei um shorts verde água para quebrar o tom alaranjado e dar um toque de modernidade no look. Escolhi peças que vocês podem usar no dia a dia após o baile, ou seja, NÃO vão precisar deixar esse look para o próximo Hawaii! O maxi brinco está super em alta e para ficar confortável, nada melhor que um bom chinelinho todo trabalhado para arrasar! Dica: Se você tem muito busto, evite colocar o floral na parte de cima: use uma blusa lisa e abuse na saia/shorts florido. Se tiver bastante quadril, inverta colocando uma blusa estampada e uma saia lisa.


Vista-se! LOOK 2 Reveillón

Desde que me conheço por gente, quase todas as pessoas usam branco na Virada. Este ano, vamos usar dourado! Além de ficar super chic, para os supersticiosos o dourado irá trazer uma vibração elevada além de atrair nobreza ($$). Esse vestido é de paetê dourado com uns toques em marrom. Como acessório, o maxi brinco não pode faltar deixando você super elegante! Uma maxi bolsa branca para arrasar e uma sandália de salto! As dicas terminam aqui nessa edição. Até 2014 meninas e arrasem no ano novo!

Fotos por: Cleber Martins Modelo: Flávia Sampaio Todas as roupas são da

Mari Modas

Isadora Cato

Estudante de Moda na ESAMC - Sorocaba Stylist E-mail: isadora@zero15.com.br




R Anos 60:

REBELDIA E RUPTURA SOCIAL Oi, galera do Rock. Previously on Rock & Roll... estávamos falando que o movimento havia atravessado o Atlântico e chegado ao Reino Unido. A partir de agora, ficamos com um pé em cada continente.

De volta aos Estados Unidos, um novo movimento se formava, com acentuada característica social, liderado basicamente por Bob Dylan. Levada por violão e gaita, a voz de Dylan era a pura expressão da folk song americana. Suas letras politizadas falavam de liberdade e combatiam basicamente duas coisas: o preconceito racial e a Guerra do Vietnã, que havia começado em 1955 e na qual os Estados Unidos ingressaram efetivamente em 1963. Junto com Dylan, outra voz marcou esse movimento, a de uma cantora de ascendência mexicana chamada Joan Baez. Existe ao menos uma canção de cada um deles que todos devem conhecer:

Diferentemente da América, no Reino Unido o desenvolvimento do Rock & Roll não teve conotação racial ou social. Ao contrário, o Rock britânico teve sua origem no skiffle, uma música basicamente folk, com influências de jazz, blues e country, que se caracterizava pelo uso de instrumentos quase sempre improvisados. No início da década de 1960 esses instrumentos toscos já não eram mais utilizados, e a guitarra elétrica já era popular, tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido. Bob Dylan cantando “Like a rolling stone”, de 1965;


Rock n Roll o vídeo é bem mais recente. https://www.youtube.com/watch?v=4F0ytNzHDj8 Joan Baez cantando “Blowing in the Wind”, canção escrita por Bob Dylan em 1962, que na voz dela se tornou um verdadeiro hino; vídeo da época. https://www.youtube.com/watch?v=DFvkhzkS4bw Enquanto isso, despontava no Reino Unido Cliff Richard, que gravou aquele que pode ser considerado o primeiro rock made in UK: Move It, em 1958. Você pode ver Cliff apresentando Move It com sua banda The Shadows, na televisão em 1960: https://www.youtube.com/watch?v=985tHD1Pw5w A importância de Cliff Richards and the Drifters, que depois de tornaram Cliff Richards and the Shadows, é enorme, pois praticamente “inventaram” um novo som, que passou a ser conhecido como Rock Britânico, com guitarra-base e baixo elétrico, coisa que não se via no Rock Americano. Na sequência, já em 1962, quatro rapazes de Liverpool lançavam seu primeiro single de sucesso: era o surgimento dos Beatles para o cenário do rock, com Love me Do: https://www.youtube.com/watch?v=Jbt8oH5Lxto

do que posteriormente ficou conhecido como Invasão Britânica. A noite de 9 de fevereiro de 1964 é conhecida como o “marco zero” desta invasão, pois foi nesta noite que os Beatles tocaram ao vivo no The Ed Sullivan Show, alcançando a maior audiência de televisão da história e fazendo o single I Want to Hold Your Hand, lançado em dezembro de 1963, sob pesada campanha de marketing, pular instantaneamente para o primeiro lugar das paradas de sucesso americanas. Logo depois, em abril de 1964, os cinco primeiros lugares da Billboard já eram ocupados pelos Beatles! Em paralelo, nos Estados Unidos, o movimento hippie, com suas roupas coloridas e seus cabelos longos, ganhava espaço: na base do “paz e amor”, pregavam o pacifismo, o amor livre e se entregavam às “viagens” de LSD (conhecida simplesmente como ácido), uma das mais potentes substâncias alucinógenas conhecidas. Nesse contexto de liberdade total acontece um marco da história do rock: o Festival Internacional de Música Pop de Monterey, entre 16 e 18 de junho de 1967, em Monterey, Califórnia.

O Festival de Monterey revelou duas personalidades marcantes do Rock americano do final da década de 1960: Jimi Hendrix e Janis Joplin. Hendrix Nessa mesma época, surgiam também The era um verdadeiro gênio, que aperfeiçoou técnicas Rolling Stones, The Kinks, The Who e The Yarbirds de uso da distorção dos amplificadores e da microem Londres, e The Animals em Newcastle. Merecem fonia para caracterizar seu som, ao qual acrescentou destaque os Stones, cuja importância não se limita a o uso frequente do pedal wah-wah e de uma técnica terem sido pioneiros, mas principalmente por esta- refinada na execução das notas. rem ainda em atividade, com mais de cinquenta anos de estrada! Enquanto os Beatles faziam o papel de O vídeo a seguir mostra The Jimi Hendrix Experience bons moços, os Stones já partiam pro escracho, culti- tocando Purple Haze ao vivo: vando uma imagem proposital de rebeldia. Em 1965, https://www.youtube.com/watch?v=mcBflSi_3fA lançam a música que seria seu maior sucesso de todos os tempos: (I can get no) Satisfaction, que ve- E aqui temos Janis Joplin, cantando Piece of My mos numa apresentação ao vivo de 1965, do acervo Heart ao vivo na Alemanha, em 1968: Reeling in the Year Archives: https://www.youtube.com/watch?v=7uG2gYE5KOs https://www.youtube.com/watch?v=NEjkftp7J7I Ambos têm em comum um fato trágico: Essas bandas britânicas foram em busca do morreram muito jovens, Hendrix aos 28 e Janis aos mercado norte-americano, rico e com enorme von- 27 anos. Ele, em circunstâncias não muito bem extade de consumir novidades, e isso marcou o início plicadas (Suicídio? Overdose de comprimidos? Porre


R Bom, vamos chegando ao final de mais uma de vinho, sufocando no próprio vômito? Esta última década. A esta altura, no Reino Unido o som das guié a mais aceita), ela por overdose de heroína combi- tarras já estava ficando mais pesado, que deu origem ao heavy metal, e um outro movimento mais erudinada com álcool. to iria depois gerar o progressivo. E aqui no Brasil o Os outros dois festivais emblemáticos desta movimento Jovem Guarda e o gênero musical que década foram Woodstock, de 15 a 18 de agosto de ficou conhecido por ie ie ie (tirado da música She 1969 no estado de Nova York, Estados Unidos, e o da Loves You, dos Beatles: “She loves you, yeah yeah Ilha de Wight, no Reino Unido, realizado inicialmente yeah...) faziam a cabeça da garotada, com Roberto e de 1968 a 1970, cada ano num lugar diferente. A Erasmo Carlos e mais a Ternurinha Wanderléia manedição de 1970 foi, de longe, a maior e mais famosa, dando uma brasa, mora. Mas o rock no Brasil vai ser com um público aproximado de 600.000 pessoas. Em assunto de um artigo exclusivo... 2002, foi retomada a realização deste festival que, desde então, acontece anualmente.

Aguarde!

Tá a fim de saber o que foi Woodstock?

Dá só uma olhada nessa playlist: https://www.youtube.com/watch?v=dWjt5wl_ P00&list=PLBF26EABE1225FF55 E um showazaço de quase uma hora de The Who no festival da Ilha de Wight em 1970: https://www.youtube.com/watch?v=O6gjgJ5mS48 “- Ah, mas já é em 1970 e você tava falando dos anos 60”... tá bom, mas esta foi a edição do festival!

Alcides Tadeu Gomes Engenheiro Eletricista formado pela Faculdade de Engenharia Industrial FEI Empresário em tempo integral e DJ nas horas vagas Co-autor do livro “Tecnologia Aplicada à Música” Apaixonado por música e roqueiro das antigas E-mail: alcides@zero15.com.br





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Saber Ler “[...] A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele” (Paulo Freire) Saber ler é, além de uma exigência da sociedade moderna, uma dinâmica experiência existencial. Contudo, há uma importante diferença entre saber ler e a prática efetiva da leitura: a efetiva leitura vai além do texto verbal e começa - na palavra-mundo antes mesmo do contato com ele. Referindonos tão somente ao texto verbal, o ato deler está invariavelmente relacionado ao processo de escrita, e o leitor, na maioria das vezes, é visto como um mero agente “decodificador” de letras, num gesto simples e puramente mecânico de decifração de sinais e códigos. Porém, esse posicionamento submisso frente à decifração de signos linguísticos e à desenfreada recepção de informações não confere, a quem quer que seja, a qualidade e a competência de leitor, tal como hoje as entendemos ou o entendemos. Ao contrário, uma patente passividade leitora vem fazendo com que muitos assumam,

cada vez mais, uma postura suscetível e vulnerável a quaisquer práticas ou intenções de dominação e/ou manipulação.

Para que ocorra, então, uma prática concreta de libertação, a compreensão das mais diversas linguagens, expressões e formas simbólicas, configuradas quer por palavras, quer por imagens, exige de qualquer leitor, hoje, um caráter reflexivo e um papel mais do que ativo. Essa constante “atuação” se faz necessária para que haja a produção de múltiplas possibilidades de leitura e para que essas se multipliquem e se tornem novas a cada experiência de “confronto” e de interação textual, levando em consideração a surpreendente diversidade de fenômenos que podem, enfim, ser chamados de texto. Assim, apreciações interpretativas, críticas e sensíveis por parte dos leitores tornamse, cada vez mais, componentes ativos na (e para a) consolidação de qualquer leitura.


Língua Portuguesa Sendo assim, abdicar de posições e posturas “inertes” é uma das características que permitem ao leitor proficiente ser levado em conta como parte integrante não só do atoda leitura, mas também dos textos. Uma leitura eficiente pressupõe sucessivos instantes de construção e de desconstrução de significados, ou seja, momentos de preenchimento de espaços vazios ou em branco dos textos, abertos a várias interpretações. Além disso, essa eficaz leitura deve ser entendida como um momento de apropriação e incorporação de saberes, bem como de participação afetiva e efetiva numa realidade (quase sempre) alheia. A predisposição e a empatia do leitor para entregar-se ao universo apresentado no texto, para mergulhar e se aprofundar nas entrelinhas e nos subentendidos são, também, fundamentais para uma leitura polivalente, multidirecional e aberta à flexibilidade. Todo texto é plural, assim como os sentidos e os significados desse texto. Basta que o leitor esteja atento a todas as peculiaridades textuais e que associe ou atribua a elas significância por meio do que está explícito e, principalmente, implícito. Nenhuma leitura deve ser compreendida como um processo e/ ou um ato estático; deve, sim, ser enxergada através de diversos ângulos, como uma atividade instigante e doadora de significação. Dotar o signo de uma nova vibração vital é, portanto, um “maquinismo” que quase sempre leva o leitor a desenvolver mecanismos de construção de sentidos nos textos, cujo exame deve transpor ou romper as barreiras da aparência e do próprio signo, o qual, com base na definição do semioticista Charles Sanders Peirce, “intenta

representar, em parte pelo menos, um objeto que é, portanto, num certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente”. Nota-se, então, que interagir objetiva e subjetivamente, em conformidade com o seu repertório, seu contexto e seu leque ou horizonte de expectativas é fundamental para o leitor desencadear e desenvolver uma fecunda leitura, haja vista a mutabilidade e a multiplicidade de significados do objeto lido, além de sua constante (re)elaboração. Nessa complexa trama de inter-relações que se estabelecem e que possibilitam aos leitores uma aproximação ao objeto certo sentido, a causa ou determinante do signo, mesmo se o signo representar seu objeto falsamente”. Nota-se, então, que interagir objetiva e subjetivamente, em conformidade com o seu repertório, seu contexto e seu leque ou horizonte de expectativas éfundamental para o leitor desencadear e desenvolver uma fecunda leitura, haja vista a mutabilidade e a multiplicidade de significados do objeto lido, além de sua constante (re)elaboração. Nessa complexa trama de inter-relações que se estabelecem e que possibilitam aos leitores uma aproximação ao objeto lido, acrescentam-se, ainda, alguns aspectos que muito interferem no interativo ato de ler/ver: as relações cotidianas, humanas, o contexto pessoal do leitor e, fundamentalmente, as experiências (d)e confrontos com o mundo e com outras obras ou leituras. Um abrangente processo de compreensão rege constantes exercícios de resgate, de atualização e de reordenação textual. A partir de indícios, pequenas unidades de sentido, é que o leitor presume e formula hipóteses de


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leitura e de interpretação. Tal prática, porém, requer, na maioria das vezes, uma apurada interação entre o eu-leitor e o eu-autor/ obra; nessa interação, vigoram (ou deveriam vigorar) o repertório cultural do leitor e suas experiências prévias de leitura - caráter histórico-retrospectivo - e sua capacidade inferencial - aspecto progressivo -, que permitem ao sujeito leitor o vislumbramento e a construção de seus próprios textos. A formação de um leitor (pleno) deve valer-se, pois, de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o seu ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação. A compreensão isolada do texto em si tende a eliminar a dinâmica ou relação entre leitor, texto e contexto; e, na atual conjuntura, torna-se cada vez mais difícil conceber qualquer texto isoladamente, sem um contexto que desperte questionamentos e estimule respostas e reações nos leitores-apreciadores. Efetivamente, a prática de releituras e a reflexão acerca da multiplicidade de linguagens são alternativas que podem apontar novas direções aos leitores, de modo a esclarecer dúvidas e evidenciar quesitos antes despercebidos ou subestimados. Muitos aspectos psicológicos e fenomenológicos decorrentes do ato de (re)leitura resultam de experiências anteriormente realizadas, mas que num segundo momento ampliam desejos e insinuações de comportamento, abrindo caminho para futuras experiências e renovando percepções de mundo. Segundo Maria Helena Martins, autora de “O que é leitura”,

“assim como há tantas leituras quantos são os leitores, há também uma nova leitura a cada aproximação do leitor com um mesmo texto, ainda quando mínimas as suas variações”. Enfim, conforme Irandé Antunes, em seu livro “Aula de português: encontro & interação”, a prática efetiva da leitura consiste em “uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos”. É preciso sobrepujar inúmeros percalços e estar apto a trafegar por uma gama incrivelmente emaranhada deformas sociais e comunicação, de representação e de significação.Frente a essa perspectiva, pode-se inferir, portanto, que o leitor pleno é aquele que lê, seleciona, compreende, interpreta,deduz, relaciona, verifica suas propostas e intenções de leitura e faz apreciações críticas pertinentes; é, também, aquele que se compromete, sempre, com as relações dialógicas e dialéticas presentes no texto em questão, que, num sentido amplo, independe unicamente do contexto escolar e extrapola as amarras e os limites da linguagem e da leitura verbal. Mais uma vez, a formação de um leitor deve valer-se de vivências sistemáticas de leitura, carregadas de significados e de sentidos que contribuam para o ser/estar no mundo, numa perspectiva de interação entre o mundo do leitor e o do autor do texto (ou da obra); deve envolver práticas sociais em que o indivíduo sinta a necessidade de ler. E deve, ainda, fazer do ato de ler um momento de apropriação de saberes, de conhecimento de si e do mundo e, sempre que possível, um momento de puro prazer.

Anderson Favero Rodrigues Professor Universitário nas disciplinas de Língua Portuguesa na ESAMC Sorocaba Pós-Graduado em Comunicação com o Mercado (MBA ESAMC) Pós-Graduado em Docência no Ensino Superior Mestre em Comunicação e Cultura E-mail: anderson.rodrigues@esamc.br





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Áreas verdes urbanas. Por quê? A

s discussões dos problemas ambientais vêm se tornando uma temática obrigatória no cotidiano citadino. E assim, as áreas verdes acabam se tornando os principais ícones de defesa do meio ambiente, pela sua degradação e pela diminuição do espaço que lhes é destinado nos centros urbanos. A crise estrutural que as cidades têm sofrido, em decorrência dos problemas de ordem econômica, política, social e cultural, tem conduzido o fenômeno urbano em seu ritmo acelerado a um destino incerto. Cidades brasileiras, em sua grande maioria, estão passando por um período de acentuada urbanização, o que tem refletido negativamente na qualidade de vida de seus moradores, boa parte, resultado do mau planejamento e por não considerarem os elementos naturais.

A qualidade de vida urbana está ligada a vários fatores na infraestrutura, no desenvolvimento econômico social e aos ligados a questão ambiental. Com relação ao ambiente, as áreas verdes públicas constituem elementos imprescindíveis para o bem estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população. Agem simultaneamente sobre o lado físico e mental do Homem, absorvem ruídos; atenuam o calor do sol; atenua o sentimento de opressão do Homem com relação a grandes edificações; filtra partículas sólidas suspensas no ar; contribuem para formação e aprimoramento do senso estético entre outros. A qualidade ambiental urbana é dependente de processos socioambientais e está ligada ao conforto, em termos ecológicos, biológicos, econômicos, tipológicos, tecnológicos e estéticos, no am-


Sustentabilidade biente urbano. Seu estudo pressupõe uma análise cuidadosa de caráter quanti-qualitativo. Uma cidade arborizada proporciona a população controle da umidade atmosférica, filtra os ruídos sonoros, reduz a velocidade dos ventos, fornece sombra, melhora a qualidade do ar etc. Por esses e muitos outros exemplos, a arborização urbana se faz tão necessária nos dias atuais. É preciso envolvimento e comprometimento do poder público com iniciativas privadas, além de interesse e empenho da comunidade, para cobrar dos poderes públicos uma melhor qualidade de vida em suas cidades.

Recentemente, eu (Carolina Menk) e um grande amigo, (Caio Prado), criamos uma petição pública e divulgamos em redes sociais, para incentivar a Recuperação Ambiental e a criação de uma Pista de Caminhada, na praça em frente ao Tênis Clube de Porto Feliz. Essa petição está online, e todos que puderem ler assinar e divulgar, estarão de certa forma, incentivando a melhoria da qualidade de vida em nossa cidade. Precisamos reunir o maior número possível de assinaturas, para então entregar ao Prefeito, e cobrarmos atitude.

https://secure.avaaz.org/po/petition/Recuperacao_Ambiental_e_ criacao_de_Pista_de_Caminhada_ na_Praca_do_Tenis_Clube/?copy

Carolina G. Menk Pós graduada em Engenharia de Segurança do Trabalho Pós graduada em Gestão Ambiental Graduada em Engenharia Florestal E-mail: menk@zero15.com.br




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Maquiagem: a história do seu rosto E

sconder as olheiras, marcar os olhos, dar um realce nos lábios e dar uma escondidinha nas imperfeições, até ai tudo bem, mas da onde vem isso tudo que usamos no rosto? Será que sempre foi usado como produtos de estética? Podemos dizer que foi mais ou menos isso... As primeiras aparições da maquiagem foram por volta de 3000 antes de Cristo no Egito. Originada do Kohl – uma mistura do mineral malaquita com carvão e cinzas – servia para dar aquele realce nos olhos. Além da beleza, para os egípcios a maquiagem tinha propósitos medicinais e espirituais, o Kohl também servia para evitar moscas, proteger

os olhos do sol e tratar doenças dos olhos. Mães aplicavam Kohl nos olhos de bebês desde o nascimento, para prevenir doenças e evitar pragas. O pai do blush que conhecemos hoje em dia era feito artesanalmente com argila vermelha, ou hidratavam metal enferrujado em solo, e lavavam. Eles secavam o ocre no sol ou queimavam para realçar a cor. Uma vez o ocre seco, era moído até virar pó, misturavam com gordura, óleo ou água para criar uma pasta e aplicavam nas bochechas e até nos lábios, e está ai, também, o primórdio do batom!


Moda foi mais forte que a vaidade, e a maquiagem foi abandonada durante toda a Idade Média na maior parte do continente europeu,ressurgindo a partir do século XV, nessa época o uso de maquiagem era privilégio dos reis, cortesões e aristocratas que faziam uso principalmente de pó-de-arroz e pomadas coloridas nos lábios. Em 1826, Georges Méliès introduziu a maquiagem no cinema pela primeira vez no filme “Um petit diable”, mas só no inicio da década de 1920, nossa querida maquiagem de cada dia se transformou no queridinho das mulheres, e daí por diante passamos a olhar diferente para as maquiagens que recheiam nossas necessaires. Hoje, mais do que tudo a maquiagem se tornou parte do que somos e da nossa personalidade, em cada risco, em cada cor expressamos e pintamos o que sentimos e o que queremos demonstrar.

Boa pintura! Já na Grécia antiga, segundo relatos do dramaturgo Aristófanes, na Atenas do século V a.C. as mulheres já utilizavam matérias-primas como gordura e tintura obtida de raízes vegetais para produzir o efeito de faces rosadas. Na Roma antiga, as mulheres misturavam ingredientes como papa de cevada, chifre de veado moído, mel e salitre para produzir pastas à base de gordura para aplicar nos lábios, essa mistura servia mais para proteger os lábios do ressecamento do que para ornamentá-los. Durante um tempo o pensamento religioso

Gabriela Avancci

Estilista e consultora de Moda Formada em Design de Moda pela CEUNSP E-mail: avancci@zero15.com.br




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VEREADOR Qual é sua função?

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s eleições para prefeitos e vereadores já passaram, mas saber o que eles fazem não deixou de ser importante, pois bem... As redes sociais nos fazem ter uma ideia geral sobre diversos assuntos e em um determinado dia resolvi ler alguns comentários referentes a política e pude perceber inúmeras – quando eu digo inúmeras, acredite, era um número realmente grande - pessoas equivocadas em relação a real função de um vereador, a partir disso pensei: “ Por que não falar um pouco sobre isso e tentar esclarecer as pessoas o que um vereador pode ou não pode fazer?”. Primeiramente é importante saber como eles são eleitos: para que uma pessoa possa se candidatar a vereador é necessário que ela seja brasileira, que seja filiada a um partido políti-

co, tenha pleno exercício dos direitos políticos, precisa ter no mínimo 18 anos e por fim, precisa residir (ter domicílio eleitoral) no município em que está concorrendo ao cargo. A duração do mandato de um vereador é de quatro anos, eles são eleitos juntamente com os prefeitos, sua reeleição é permitida e ilimitada – caso diferente de prefeitos e presidentes que só podem permanecer no cargo por 8 anos. O que determina a quantidade de vereadores de um município é a quantidade de moradores dele, ou seja, quanto maior for o número de moradores de uma cidade, maior será o número de vereadores, mas vale destacar que é obrigatório que cada município possuano mínimo 9 vereadores e no máximo 55. Vereadores fazem parte do poder legis-


Sociedade lativo que é responsável pelas leis e também pela fiscalização do executivo. Ao assumir o cargo de vereador a primeira responsabilidade dele é, juntamente com os demais eleitos, elaborar a Lei Orgânica do Município, de forma simples, essa Lei consiste em medidas que devem ser tomadas para proporcionar melhorias para os habitantes da cidade. Os vereadores devem conhecer as principais necessidades da população, pois é através disso que eles poderão determinar o que é necessário acrescentar na Lei Orgânica Municipal. Além de elaborar essa Lei os vereadores devem fiscalizar se o Poder Executivo (Prefeito) está cumprindo-a. Entra aqui uma obrigação do cidadão: conhecer a Lei Orgânica de seu município, pois somente conhecendo-a é que o cidadão poderá cobrar de seu vereador e de seu prefeito as melhorias ali solicitadas. A segunda parte do trabalho dos vereadores é fiscalizar as contas municipais, verificar se o Prefeito e sua equipe estão gastando corretamente o dinheiro público. O vereador precisa saber interpretar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual do Município para verificar se o Poder Executivo está gastando o dinheiro naquilo que planejou, além disso, é através da análise dos gastos das Prefeituras que o vereador poderá dar um retorno a população sobre quais áreas a administração está investindo mais dinheiro, quais os projetos etc. A fiscalização orçamentária é de extrema importância, pois é graças a ela que o vereador poderá detectar possíveis irregula-

ridades na administração municipal e á partir daí tomar as providências necessárias junto aos órgãos responsáveis ( tópico para um próximo artigo). Vale destacar que o vereador não deve fiscalizar somente os gastos é sua atribuição também verificar se o Poder Executivo está exercendo corretamente suas funções administrativas. A terceira parte é a legislativa, os vereadores podem – e devem- criar Leis que visem melhorias para a população. Eles são o intermédio entre Poder Executivo e população, e devem estar sempre prontos para receber os cidadãos, ouvir críticas e elogios e transmiti-los à administração municipal, e é justamente por ter essa proximidade com a população que tem o poder de criar Leis que possam trazer benefícios para o município que representa. O vereador é uma espécie de mediador, ele tem extrema importância, pois é através dele que chegam os diversos problemas que muitas vezes a administração municipal desconhece. É importante destacar que vereadores não têm o poder de SOLUCIONAR diretamente os problemas, como destacado anteriormente eles dão INDICAÇÕES ao prefeito, transmitem a ele os principais problemas da população. Vereadores não dão casas, carros, remédios, churrascos ou qualquer outro tipo de bem material, sua função é LEGISLAR E FISCALIZAR, portanto, fique de olho nos vereadores do seu município, pois se algum deles tem esse tipo de atitude: DESCONFIE!

Ana Carolina Felipe

Estudante de Gestão de Políticas Públicas na Universidade de São Paulo -USP Atualmente trabalha na Secretaria de Desenvolvimento Social e Sustentável da Prefeitura Municipal de Porto Feliz


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Intercâmbio Literário ão é (nem um pouco) nova a relação entre Brasil e Portugal. Temos relações que vão muito além da língua e do gosto pelo Futebol. Quando falamos de literatura, muitas vezes partilhamos das mesmas preferências. Pode ser pela proximidade linguística. Ou não ! De qualquer forma, ficamos honrados em receber a nossa primeira colunista internacional.

Facebook. Embora seja jovem ainda no mundo da literatura, já possui um livro publicado: “Recomeçar” - clique aqui e curta a fan-page. Liliana nos enviou 2 poemas. Um deles, inclusive, fala sobre essa sua proximidade com o Brasil e com o público brasileiro.

Muito obrigado Liliana (seja bem Liliana Oliveira é portuguesa, mora vinda!) em Porto (Portugal, e não Porto Feliz, rs) (A redação) e conheceu a Revista Zero15 através do


Poesia - Literatura Portugal

Para o Brasil

Árvores, cidades, pontes e flores Infinita beleza Assim se caracteriza o meu Portugal Que de tudo tem um pouco Da mais deslumbrante beleza

Nasci em Portugal Com uma paixão desigual Trago o Brasil no coração E quando em mim pairava a solidão Foi o Brasil que me deu a mão.

Oh Portugal Que és a Porta da Europa Com toda a tua pompa Sou portuguesa com orgulho E nesse mar de aventuras Eu mergulho

Não existem palavras para agradecer Todo o carinho que estou a receber Em palavras trocadas Sentimentos são compartilhados E com muitos sorrisos despertados.

No banco dos amores Deposito a minha fé Esqueço os fracassos e horrores E escrevo uma nova história Para que fique na memória. Liliana Oliveira

Obrigada de coração Por me afastarem da desilusão Sou um ser em crescimento Que espera que todos vocês acompanhem Todo este meu processo de amadurecimento! Liliana Oliveira

Liliana Oliveira

Escritora Autora do Romance: Recomeçar E-mail: liliana@zero15.com.br




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A nova cara da literatura nacional Nos últimos anos, novos escritores deram as caras no mercado literário e estão fazendo bonito nas livrarias de todo o país. Boas histórias, nós temos de sobra; só é preciso o espaço na estante dos leitores!

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uando se fala em literatura brasileira, logo nos vêm à mente os grandes clássicos que estudamos na escola: Drummond, Machado de Assis, Manuel Bandeira, Monteiro Lobato, Jorge Amado, Cecilia Meireles entre outros grandes nomes que marcaram nossa História. No entanto, ao falarmos em literatura brasileira da atualidade, as respostas normalmente giram em torno de nomes de maior destaque na mídia, como Thalita Rebouças ou Paulo Coelho. Embora sejam merecedores de tamanho destaque, essa restrição de referências nos dá a falsa impressão de que o Brasil de hoje não produz tantos escritores quanto antigamente, quando, na

verdade, o que se vê é o contrário: tem muita gente nova aparecendo – e, mais que isso: muita gente boa.. Nos últimos anos, iniciou-se um verdadeiro movimento em prol da nossa literatura. Campanhas em blogs literários para divulgação de livros nacionais, autores unidos com descontos coletivos em seus livros e um número crescente de eventos literários com foco em autores brasileiros é o que se tem visto por aí. Grandes exemplos são a “Semana do Livro Nacional”, idealizada pela escritora Josy Stoque (que ganhou repercussão nacional, inclusive espaço no site Amazon.


Páginas Verde-Amarelas com), e a “Campanha Conheçam os Autores Nacionais”, da blogueira Letícia Kartalian, do blog “Literature Diary”. Ambos ganharam a adesão e apoio de escritores de todo o país, e fazem parte de um movimento que está ajudando a quebrar o preconceito cego que a maioria dos brasileiros ainda alimenta em relação ao que aqui é produzido na cultura e na arte. Indiretamente, esse movimento afeta também as livrarias e editoras do país; as livrarias porque, com o aumento da procura por livros nacionais, dão-lhes maior destaque em seus expositores. E as editoras, enxergando esse potencial de mercado, não perderam tempo e abriram suas portas aos talentos da nossa terra que estão apenas esperando por uma boa oportunidade de se lançar no mercado. É nessa onda que vimos ganharem destaque nomes como Marina Carvalho, Carina Rissi, Laura Conrado, Eduardo Spohr, Carolina Munhoz, Raphael Draccon, Tammy Luciano, Patrícia Barboza entre muitos outros. Muitos mesmo. Que, contudo, nem todos conhecem.

soas possam conhecer nossos tesouros. Foi por isso que, quando surgiu a oportunidade de ter um espaço na Revista Zero15, decidi que seria este o tema que eu adotaria: a nova literatura nacional. Isso para dar a mais pessoas a oportunidade de conhecerem nossos escritores, os quais têm tão alta qualidade literária quanto os best-sellers internacionais que ocupam o topo de vendas das nossas livrarias. Então, nas próximas edições, aguardem novidades! Entrevistas, resenhas, lançamentos e muita informação para você tingir suas leituras de verde e amarelo. E perceber, assim como eu tenho percebido, que os novos autores do nosso país merecem todo o nosso respeito. E um espaço cada dia maior em nossa estante.

Confesso que eu mesma, antes de imergir no mercado literário com a publicação dos meus livros, não tinha ideia de como o nosso país era rico em autores. Quando os descobri, fiquei fascinada com a qualidade literária que nossa terra produz e, desde então, venho alimentando o desejo de que mais pes-

Samanta Holtz

Escritora Autora de: “O Pássaro e “Quero ser Beth Levitt E-mail: samanta.holtz@yahoo.com.br


Editorial - Moda That´s all .... Mais uma vez, esse editorial misto é a nossa forma de agradecer a todos os profissionais de moda que contribuiram e deram o apoio necessário para que a parte visual da Revista pudesse ser um sucesso. Agradecemos a todos, sejam patrocinadores, makers e modelos, que foram selecionados pela nossa equipe para emprestar um pouco da sua beleza às nossas lentes.

Esperamos que gostem das fotos! Obrigado e até a próxima!

Modelos Amanda Semi-Jóias: Bia Moraes Mari Modas: Giovanna Vetrano e Diego Corrêa Fascínio Modas: Nathally Cazelato Abaré Modas: Fernanda Gonzales Garcia Coluna Vista-se: Flávia Sampaio Coluna Brechós: Karolina Azevedo

Makers

Mayara Letícia: Mari Modas Isadora Cato: Coluna Vista-se Tiago Bonfá: Amanda Semi-Joias Fascínio Modas: Bárbara Tagliatti

Muito obrigado a todos, e até a próxima.


Beatriz Moraes para: Amanda Semi-J贸ias Make: Mayara Let铆cia Fotos: Cleber Martins



Nathally Cazelato veste: FascĂ­nio Modas Fotos: Cleber Martins Make e Styling: Barbara Tagliatti


Fernanda Garcia veste: AbarĂŠ Modas Fotos: Cleber Martins Assistente de fotografia: LetĂ­cia Hidalgo




LetĂ­cia Paranhos veste: Vado Sports



Larissa Diniz Veste: Priscila Camargo Moda Intima Maquiagem: Vanessa Santos



Gabriela Borin veste: Vado Calรงados/Carmen Steffens


Giovanna Vetrano e Diego Correa vestem: Mari Modas Make: Mayara LetĂ­cia


Moda/Publicidade/Eventos Fotografia de Moda: -Books/Ensaios Fotográficos/Desfiles Eventos: Aniversários/Casamentos/Festas Publicidade: Still/Make/Criação e pós-produção (15) 98104-1068/3262-5464 99740-2334


Giovanna Vetrano Veste: Mari Modas Foto: Cleber Martins Make: Mayara LetĂ­cia





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