Zine XXT (Foi à Feira, 2014)

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Aline Lemos


Bรกrbara Cani


Maiara Moreira


VerĂ´nica de Oliveira


Bia Oliveira


Barbara Londe


Filipe Mecenas // Grupo Parthos


Isabela Bimbatto


num choro, o médico dizia é menina! noutro, o tapa ardia isso não é coisa de menina

aos 30, feliz em poder tomar suas própria decisões, ouvia é lésbica é puta é louca

em vez de vestir a camisa, tirou-a pintou o rosto como bem quis e disse: se ser livre é se vadia, então somos todas vadias

Isabella Mariano texto + Laíssa Gamaro ilustração


Nilvya Cidade


Camila Saplak


Fabíola Melca // PorNoporSi - DOCuerpo


Amanda Brommonschenkel


Prazer, eu sou o seu EspĂ­rito Santo


A CARNE

e o que ela era? se não uma buceta encharcada de sangue uma vez por mês, tendo sido olhada, observada e ouvida como uma buceta. há séculos seu corpo, a carne no espeto sobre a qual se debruçaram os homens do mundo, desde o começo dos tempos. e agora eu a vejo e nada mais enxergo... mas também vejo os outros e as outras como a carne do desejo que em vão se debate na terra nua e nela irá findar, sem sementes ou flores. e agora eu vejo a POSSIBILIDADE de comunicação desta carne com outra carne através do sexo... uma boa trepada então, pra mim, pra você e pra todo mundo. Sáskia Sá texto + Rayza Mucunã ilustração


Kika Carvalho


Laura Athayde


Hanna Halm



Natanael de Souza



Juliana Pina


Ana Mastrochirico


Daniel Rangel


Hanna Torres


Bรกrbara Cani


Cometi um crime. Pena: uma vida de opressão, Submissão que restringe. Minha liberdade ficou refém. Liberdade de ir e vir, De andar no metrô ou no trem. Liberdade de ser quem sou, para conseguir me enquadrar. Tati Hauer fotografias


Liberdade de mostrar quem sou De poder andar com a roupa que ousar. Liberdade de me permitir, De transar e de gozar. Cometi um crime: tornei-me mulher. Rayane Marinho


marias Ave maria, mulher, cheia de graça do Senhor deixei de ser cruz bendita não sou entre as mulheres puta, vadia, cachorra, vagabunda bendito não é meu ventre me libertei pois meu nome é latrina pois nem ele possuo os homens do Senhor arrancaram de meu seio filhos amados e me mataram quando recusei os indesejados mãe de deus, mãe da terra, mãe dos homens mãe daqueles que em mim cospem meu corpo é meu templo serei dona da terra que tiraste de mim e a ela, no fim, retornarei letícia lima

Flora Gurgel ilustração


Subtil Jéssica


LetĂ­cia Dadalto


Lorena Bonna


Kivia Tosta


Amanda Brommonschenkel



Fabíola Melca // PorNoporSi - DOCuerpo


muito prazer eu sou mulher mãe meu corpo não é atributo sou produto bruto interno de alma palavra inteira minha bunda meus seios são meus não pertencem a nenhuma religião estado preconceito habito um lugar que repito é só meu muito prazer, mulher sou também homem centauro metade cavalo outra aranha água marinha me multiplico em dois em três de quatro esperando você me comer por trás muito prazer sou mulher vadia, volúpia sou bicho, bicha me multiplico no ar aqui vai um aviso meu corpo, amigo pode ser seu mas só se eu deixar

Rafael Magalhães


a minha vulva é válvula é uva só minha pode ser sua rua

grua eu como um drone te sobrevoando posso ser sua te filmar dentre escuras vielas

Elza dos Santos texto + Kiko Dinucci ilustração

ser vadia to livre me telefona sou sua


tiragem especial marcha daS VADIAS vitoria - es 2014 facebook.com/foiafeira Foiafeira.com.br


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