Revista MultiFamília – Ed. 28 – Abril+Maio/2020

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Fabiane Horlle Hoff Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff

Estratégia do “cantinho do pensamento”

Q

uando eu era mais jovem, conversava muito com um grande amigo, o Oscar Müller, sobre como estava o mundo, como estava o nosso País, as pessoas. A gente fazia uma troca de ideias bem doidas, bebíamos Martini e nunca chegávamos a uma saída para a problemática toda que víamos na época. Acho que eu nunca confessei a ele, mas intimamente eu pensava que as coisas só se ajustariam se acontecesse uma grande guerra, devastadora, onde pudéssemos destruir um bocado de coisas e pessoas... para que só então fosse possível recomeçar. Fico pensando que Deus, que fez a criação em 7 dias e deve ter tido um trabalho danado - olhando a bagunça em que o mundo se encontra, deve ter pensado algo mais ou menos assim: - Ah é?! Essa galerinha anda muito brigona e mal criada! Ele deve ter pensado (e tentado) várias estratégias, mas nada dando muito certo. Guerra em tempos de evolução é muito bruto, pois em tese, evoluímos. Mudanças internas de pouco em pouco, é muito moroso para o estrago que já estava feito. E detalhe: estrago feito por seus

próprios filhos!!! O amor, que deveria ser o maior valor e o maior laço entre todos, estava indo “ribanceira abaixo”. Creio que a estratégia utilizada por Deus está sendo bem coisa de pai com filhos: bota de castigo e faz respeitar a Sua vontade! E neste momento toda a humanidade perde, por algum tempo (espero!), justamente a possibilidade de estar perto de quem se ama, daquelas pessoas com quem construímos laços individuais de amor, impossibilitando a presença física, a troca de carinhos. E pensem comigo, para retomarmos este direito será preciso amar as pessoas de forma muito mais ampla do que estamos fazendo. Se não expandirmos este amor e este cuidado a TODOS, seguiremos no “cantinho do pensamento” e com medo do bicho papão Coronavírus. E sim, em pouquíssimo tempo, a coisa estará “trash” meeeeeessssmo. E vou contar um segredo: a Mãe Natureza tá super de acordo com o Pai. Então, sugiro que a gente aproveite este tempo para promovermos a mudança dentro de nós e depois externá-la e sim, sermos filhos melhores! Nada é por acaso.


4 Abril/Maio-2020

Satoshi Suzuki Eng. Agrônomo, diretor da Alface Pizza Gourmet e da S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti

Um passo ao Paraíso

E

ra um verão muito quente, aquele no

natureza e observando a vida, conseguimos

final do ano de 2007. Me lembro como se

perceber que os dias são repletos de desafios.

fosse hoje, uma terrível tormenta formou-

A superação dos mais simples aos mais

se no céu e as nuvens, com um único e vigoroso

complexos transformam uma simples existência

assopro, varreram 7 mil metros quadrados de

em vida recheada de plenitude. Uma árvore

área coberta de estufas do nosso viveiro de

igual ao Plátano, frente à chegada do Outono,

mudas. Devido a um motivo incompreensível,

vivenciando a necessidade de uma pausa no

a “bola do sorvete” tinha caído ao chão e

crescimento e no desapego de suas folhas,

assim, havíamos sido expulsos do paraíso. E

utiliza o momento para amadurecer e fortalecer

o que fazer agora? Logo surgiu a sensação de

o seu cerne. O ser humano, deparado com a

que havíamos trabalhado de maneira distraída,

percepção da finitude da vida, experimenta

sem a devida concentração de pensamentos

o desejo de valorizar os laços de fraternidade

naquilo que estávamos fazendo. Mas, entre

e torna-se mais solidário com os seus

várias reações possíveis, decidimos tomar

semelhantes. A humanidade, defrontado com

medidas criativas para administrar os recursos

o naufrágio do trem, sentindo a necessidade

que haviam sobrado no meio do caos, com o

de mudar a sua postura, começa a valorizar as

propósito de manter inabalável o sorriso dos

coisas que realmente têm sentido para a sua

clientes. O esforço realizado permitiu que o

existência na face da Terra.

empreendimento se tornasse mais forte do que

Enfim, as transformações do mundo

era, pois havia determinação e paciência para

obrigam as famílias a uma austera pausa aos

refazer e reconstruir melhor do que o original. A

hábitos de rotina. Assim, desejo a todos um

revolução alcançada inspirou uma impressão de

frutífero momento de reflexão, uma virtuosa

que o renascimento renovou e fortaleceu a alma

transmutação e um glorioso renascimento em

do empreendimento.

um novo amanhã mais justo e harmônico. Uma

Com o passar do tempo, explorando a

ótima Páscoa!!!


5 Abril/Maio-2020

Michele Zamboni De Boni Psicóloga | CRP 07/09159 Atua na Clínica Mais Saúde

Efeitos psicológicos da quarentena

S

e o objetivo é reduzir as infecções pelo Coronavírus, há os efeitos psicológicos da quarentena. Não existe uma receita, especialmente porque cada pessoa passará por circunstâncias particulares. As únicas referências científicas de que dispomos foram publicadas há alguns dias na revista The Lancet baseada nas quarentenas do SARS, do Ebola, da influenza A e do MERS. Ninguém nos preparou para uma pandemia. Estamos preparados para quase tudo, desde que aceitemos a realidade. A melhor defesa contra qualquer circunstância adversa é a informação e a capacidade de reagir. Compartilho aqui 5 situações: 1. A angústia causada pela incerteza. Não sabemos quantos dias nosso confinamento pode durar para achatar a curva de contágio. A ansiedade se alimenta da dúvida. Lembremos a razão pela qual estamos em quarentena: reduzir o contágio, proteger a nós mesmos e as pessoas mais vulneráveis. Ocupemos nossa mente para focarmos no momento presente: ler, assistir filmes, montar quebra-cabeças, conversar… 2. Medo de ser infectado, de perder alguém que amamos. Como controlar esses pensamentos? Precisamos aceitar esse medo e validá-lo, mas sem entrar em pânico: a doença é contagiosa e há perdas. Uma vez que assumimos esse fato, dispomos de mecanismos para enfrentálo. Devemos tomar as medidas para evitar o contágio, sem que isso nos leve a comportamentos obsessivo-compulsivos. Porém, se você testar positivo, lembre-se de que a doença pode ser transmitida em casa ainda que as medidas sejam tomadas. Esteja ciente dos sintomas.

3. Estresse por falta de contato social. Os seres humanos estão acostumados a hábitos e rotinas. Quando isso se quebra repentinamente, o cérebro dispara um alarme e experimenta um alto nível de estresse. Essa mudança abrupta e inesperada pode ser bem administrada por 5 ou 10 dias. Após 12 dias, podemos sentir como a angústia aumenta. A tecnologia está a nosso favor. Para aliviar, é essencial ter rotinas em relação ao trabalho em casa, ao lazer, ao descanso e aos exercícios físicos. 4. O que será de mim quando isso acabar? Perderei meu emprego? O que será da economia global? E se eu perder um ente querido? A angústia psicológica em relação ao futuro pode ser imensa. Devemos evitar pensar em eventos negativos que ainda não aconteceram. 5. A convivência em casa ou o isolamento solitário. Ficar em quarentena com a família pode ser uma bênção ou uma maldição. Se tivermos filhos, devemos entretê-los para evitar o tédio e despertar sua alegria em dias difíceis. A chave nessas circunstâncias é a atitude. Mantenhamos uma abordagem construtiva e positiva para fortalecer ainda mais nossos laços. Usemos também a criatividade para que cada dia seja único. Estarmos juntos e cuidarmos uns dos outros é o melhor que podemos fazer. Por outro lado, também vale lembrar que muitas pessoas passam esses dias em solidão. Nesse casos, é vital fortalecer o contato por meio da tecnologia para que a pessoa se sinta conectado, apoiado e amado à distância. Fiquem bem, senão, peçam ajuda. * Confira o texto na íntegra em www. revistamultifamilia.wordpress.com.


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Abril/Maio-2020

Fernanda Maria Cassel

Bruna Ávila

Professora e terapeuta holística

O que te move?

O

que te move? Como te moves? Tens medo? "Pois em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível" (Mt 17.20). Crês nisto? Tens FÉ? Mas o que é a fé? Fé é dar o passo sem saber o que há no chão. É saber que há uma força maior que nos guia. É simplesmente SABER. E seguir. E neste período tão delicado que o planeta atravessa, em que tantas mudanças estão acontecendo, a fé se faz necessária. A fé é uma experiência. Independentemente de sua crença religiosa, ela é uma força que nos faz seguir em frente e acalma nossos medos, nossas dores, na certeza de que nenhuma folha cai de uma árvore sem que o Criador o permita. É tempo de crer, de se unir em um propósito maior, de ser solidário, ajudar o próximo e reacender nos corações humanos a fé, a solidariedade e o amor. É tempo de perceber que não há rico, pobre, branco, negro, amarelo... Todos somos Um. É tempo de tratar nosso planeta, Gaia, com mais amor e respeito. A unidade é entre todos os seres, entre todos os reinos e todas as criaturas. Que o AMOR prevaleça. Todos somos Um.

Psicóloga do NAP (CRP 07/32487)

Pânico

E

m tempos de Covid-19, muitos são os efeitos emocionais desencadeados nas pessoas. Algumas conseguem lidar de maneira mais tranquila, outras, no entanto, se sentem mais ansiosas, angustiadas com seu “sistema de alerta” acionado, o que pode ser um dos gatilhos desencadeadores de uma crise de ansiedade ou um ataque de pânico. Esses surtos abruptos possuem características como taquicardia, sudorese, tremores, sensação de falta de ar, náusea, sensação de tontura, desmaio, parestesias, dentre outros, e emocionais, como medo de perder o controle ou de “enlouquecer”, medo de morrer e sensação de irrealidade ou despersonalização. Esses sintomas têm duração curta, atingindo seu pico em minutos, mas podem voltar a ocorrer. O que fazer?

Para quem acompanha alguém que está tendo um ataque de pânico: - Deve-se manter a calma e se mostrar disponível; não dizer que é besteira; não tratar com insignificância. Para quem está enfrentando um ataque de pânico: - Procure respirar, sente ou deite-se se for possível; peça ajuda e, se o ataque persistir, procure um prontoatendimento. Posterior ao ataque, procure ajuda, como um psiquiatra e, se necessário, um psicólogo. Pode parecer que a crise se desencadeou sem nenhum motivo, mas ao fazer terapia, esses momentos começam clarear, o autoconhecimento produz bons frutos a curto, médio e longo prazo. Faça o que for possível para promover a sua saúde e da família.


7 Abril/Maio-2020

Ricardo Cataneo Psicólogo do NAP (CRP 07/23433)

Temos tempo?

E

m tempos de globalização, o saber, o fazer e o executar de maneira rápida parece ter se tornado premissa de uma vida contemporânea. A impressão que temos é de que estar ocupado é o cerne do cotidiano. Logo nos falta tempo. Quantas vezes escutamos “estou sem tempo”, ou ainda, “o tempo parece que voa”? Conseqüentemente, essas expressões levam a uma reflexão, ou pelo menos a uma sensação, de que algo falta, de que não conseguimos atingir o que precisávamos, de que não damos conta de tudo. Essa percepção, muitas vezes inconsciente, exige um esforço maior para suprir uma demanda que não se sabe muito bem de onde vem e por qual razão. Muito ocupados em tentar dar sentido ao que está sem sentido, atendendo as exigências de forma rápida, não sobra tempo. Mas afinal de contas, para o quê não está sobrando tempo? Em seu livro "O Tempo e o Cão", Maria Rita Kehl nos faz refletir sobre a atualidade das depressões, questionando a que se deve a pressa do sujeito contemporâneo. Entende que não seria ao valor que o tempo tem para o sujeito, como costumamos pensar, mas sim ao contrário, a sua desvalorização. As pessoas não

se questionam sobre a ideia que o tempo hoje se mede pelo dinheiro – temos aí a expressão “tempo é dinheiro”- e há um horror a ideia de perda de tempo que seria sinônimo de perda de dinheiro. Até mesmo o pouco tempo ocioso deve ser preenchido com alguma atividade interessante, o que torna - do ponto de vista do funcionamento psíquico - o tempo livre idêntico ao de trabalho. Como tem se tornado uma experiência angustiante para as pessoas em geral a ideia de não ter nada para fazer! Quando não estamos “trabalhando”, surge o tempo ocioso e a estranheza, porque teremos que nos ocupar com outra coisa: nós. Se o ritmo imposto e a premissa da vida contemporânea se sustenta pela ocupação, quando este contexto não está presente, surge a impressão de que não há sentido. O homem contemporâneo necessita dar-se tempo para poder devanear, sonhar, imaginar e com isso prover um sentido à sua vida. São estes momentos que nos permitem entrar em contato com nossas necessidades e desejos, ou ao menos, construílos, para que se possa ir ao encontro daquilo que poderá dar sentido e preencher o espaço que se deixa vazio quando não damos espaços para nós mesmo em nossa vida.


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Abril/Maio-2020

Lila Coelho

Psicomotricista e terapeuta integrativa ABP n° 309/2014 - CBO 2239-15

Sandra Regina Linck Secretária da Associação dos Amigos Autistas de Ivoti (AMAI)

Corpo-Presente! Os caminhos do mundo azul

L

embra da hora da chamada na escola? Fulana... presente! Beltrano... presente! Hoje, 2020, vivemos um tempo de chamada tão memorável quanto a chamada escolar. Somos chamados à Vida, a viver o presente todos os dias: presentes em casa, presentes no trabalho, presentes nas plataformas digitais, presentes em si mesmos. Vou driblar o velho dicionário e ir direto ao ponto que a licença poética me permite: ser presença, exercer presença, viver presença em todos os cantos do templo-corpo, da casacorpo, do planeta-corpo. Ou seja, como diz a música “Tempo de amar mais | Por a vida pra quarar | Acalmar o coração | Aclarar a alma (...) Inverter a direção | E se olhar com calma” (Vinheta do Amor Urgente, de Zé Modesto). A experiência contemporânea do distanciamento social nos convoca, de fato, a invertermos a direção de nossas atenções e olharmos para dentro e para o próximo, ainda que distante. Tempo de se sentir e ser sentido em família, entre vizinhos, no cuidado consigo, com o outro e com o meio. Refletir sobre esse momento me faz pensar: estamos renascendo!

Q

uando recebemos o diagnóstico de TEA (Transtorno do Espectro Autista), nos deparamos diante de

um mundo desconhecido e muitas vezes, ficamos sem ajuda para seguir nessa nova jornada. Por conta disso, várias associações estão sendo criadas Brasil afora, para dar representatividade a essas famílias que por muitas vezes, sozinhas, não são ouvidas pelos órgãos responsáveis. Essas entidades batalham diariamente pelos direitos do autista, dando apoio psicológico às famílias, unindo forças por um bem comum, que são nossos anjos azuis. Em Ivoti, existe uma associação em formação, a AMAI (Associação Amigos dos Autistas de Ivoti) . Há 2 anos, ela está juntando forças para dar voz e vez a essas famílias vinculadas. O grupo serve de apoio e suporte para os pais, dividindo suas experiências e expectativas e deixando bem claro que não estamos sozinhos. E que essa instituição, no futuro, será de grande ajuda para tantas outras famílias autistas que surgirão.


9 Abril/Maio-2020

Fábia Lumertz Psicopedagoga e neuropsicopedagoga ABPq-RS 4527

Autismo – sintomas e tratamentos

O

Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento cujos sintomas principais são prejuízos na comunicação e interação social e a presença de comportamentos e/ou interesses restritos e repetitivos. Atualmente, o autismo é classificado em nível 1 ou leve, 2 ou moderado e 3 ou severo. Quanto maior for a dependência de suporte que o autista necessite para gerir a própria vida, maior é o seu grau. Concomitante a classificação, considera-se que muitos autistas sofrem de comorbidades, como deficiência intelectual, epilepsia, transtorno obsessivo compulsivo, déficit de atenção e/ou hiperatividade, entre outros, o que agrava os sintomas já tão limitadores expressos no autismo. O autismo não tem cura até o momento, mas existem tratamentos e terapias que ajudam a diminuir os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa e de sua família. O primeiro procedimento para ajudar é o diagnóstico ou pelo menos a identificação de que existe um atraso no desenvolvimento da criança. Em geral, os caso leves podem

ter diagnóstico tardio, mas os de nível moderado e severo existe a possibilidade de diagnóstico até os 3 anos de idade. Partindo desta identificação, a família deve buscar profissionais como o médico pediatra para colocar as suas suspeitas e profissionais terapeutas como psicopedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais ou outros, para traçar um plano de intervenção precoce que potencialize o desenvolvimento da criança e diminua os sintomas. A intervenção precoce e intensa com a criança autista pode trazer ganhos significativos para o seu desenvolvimento neuropsicomotor, pois, quanto mais precoce se começam as intervenções, mais se aproveita o potencial de plasticidade neuronal, reordenando as redes neurais sobre as quais se construirão as aprendizagens do infante. Em qualquer fase da vida é possível fazer intervenções e diminuir a sintomatologia do autismo, mas quanto antes elas começarem melhor, sendo mais rápida e eficiente a diminuição dos sintomas. Quando se melhora a condição do autista, melhora a condição da família envolvida no processo.


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Abril/Maio-2020

Leanges Filter

Ademar Pedro Scheffler

Psicopedagoga (ABPp 0413)

ABA - Terapia comportamental do Autismo

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BA é uma ciência, um conjunto de técnicas, já comprovadas através de pesquisas como eficazes no tratamento do autismo. São usadas técnicas de modificação de comportamento, onde é feito um programa de intervenção para cada criança com autismo. A melhor maneira de aplicar o ABA é utilizando a rotina da criança: escola, casa e consultório. O ideal é tornar a terapia o mais natural possível, colocar o ABA no contexto da criança, dentro das atividades da vida diária. No processo de inclusão escolar, o trabalho deve ser feito em parceria com o professor, muitas vezes é necessário ajustar o material didático para garantir melhores oportunidades de aprendizagem. O analista de comportamento tem o papel de mediador entre o que a criança já aprendeu na terapia, e, o que ela precisa aprender no ambiente escolar. O terapeuta ABA traça objetivos e metas, onde a criança é estimulada a reproduzir comportamentos, seguir comandos, interagir e brincar. Esses são os principais objetivos colocados dentro do programa feito de ABA.

Advogado OAB 77.635

Pandemia Jurídica

O

Coronavírus (Covid-19), além de provocar uma grande crise mundial, também causou uma catástrofe na área jurídica. As relações e os conflitos nessa seara terão que ser resolvidos com valores e princípios um pouco esquecidos nos últimos tempos: bom senso; boa fé; tolerância; razoabilidade e equilíbrio. Enganam-se aqueles que acham que o Judiciário, que já está a beira do colapso, vai ter condições de trazer a solução para todos os problemas derivados da Pandemia. O espírito conciliatório das partes e a mitigação das perdas recíprocas serão fundamentais para resolver e interpretar, da maneira menos traumática, as cláusulas escritas ou verbais nos contratos existentes entre pessoas físicas e jurídicas (civis, comerciais, administrativas, trabalhistas, desportivas etc). Até porque não se trata de caso fortuito ou força maior, como alguns juristas têm classificado o “fenômeno”. E mais: os entes de Direito Público (União, Estados e Municípios) têm participação direta nas condições em que as obrigações das partes deixaram de ser cumpridas. A recuperação da normalidade das relações em geral passará por turbulências em que todos, ou quase todos, terão perdas. Os próximos meses certamente indicarão caminhos ou luzes para aplicação de princípios jurídicos modernos em busca do equilíbrio social e econômico da sociedade.


11 Abril/Maio-2020

Edemar Tarcio Nodari Produtor de suculentas Presidente da Associação de Floricultores da Encosta da Serra (Afloreser)

Um toque verde e criativo no nosso lar

A

s plantas são uma forma de se

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reconectar com a natureza, com as pessoas e com nós próprios. Esse

otimismo e esperança tão necessários para a atualidade podem ser conseguidos com o uso de muito verde dentro de casa ou do apartamento. As suculentas podem ser o ingrediente dessa boa energia. Em uma sacada, crie uma tela verde através de uma pequena prateleira de MDF de 20 centímetros de largura, com espaçamento de 30 centímetros entre cada tábua. Utilize, por exemplo, minicactos variados, em vasos de tamanhos, cores e texturas iguais ou diferentes.

camada mais superficial da terra estiver seca. Estantes, aparadores, mesas de centro ou sua mesa do escritório podem ganhar um toque

O ideal é evitar o plantio diretamente

especial com elas. Vasos e cachepôs misturados a

em cachepôs ou bases sem furo. Como já

outros objetos, como livros, quadros e esculturas,

tem água no corpo, o excesso de umidade

dão significado para as histórias de seus

nas raízes apodrece a planta. Se suas

moradores.

suculentas parecem meio “caidinhas”,

Se não tiver experiência com suculentas, vale

experimente triturar a casca dos ovos e

conversar com o produtor de flores onde você

jogar o pó na terra. Só regue quando a

comprou.


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Tatiane Bagatini

Psicóloga (CRP 07/14798) Arteterapeuta (AATERGS 187/1119) Mestre em Saúde Coletiva

Voltar para casa, retornar ao essencial

A

pandemia do coronavírus é um período para cada um fazer a sua parte pela saúde individual e coletiva, conectar consigo, com o interno, a essência/alma, a vida, a luz pela recuperação de cada ser humano e do planeta. Essa pandemia implica não só em cuidar da saúde física, mas da evolução emocional, mental e espiritual. É um momento de aceitar o que não se pode mudar, superar as vulnerabilidades e desenvolver as potencialidades para seguir em frente vivo, fortalecido e com saúde integral. O isolamento social propicia olhar para o nosso corpo como a casa de nossa essência, a partir da qual nos conectamos com nosso coração, que indica o caminho a seguir! Mantenha a casa e o corpo limpos, bons pensamentos, sentimentos, frequência energética elevada, desligue a televisão e o celular e retorne ao essencial. Quando um vírus invisível mostra nossa finitude, temos nossa contribuição única e intransferível a dar. Que cada um faça sua parte, com o que sente, sabe e é! Vai passar!

Clau Kunst Psicóloga Especialista CRP 07/27438 Professional & Self Coach

Isolamento e depressão

S

egundo a Ciência, a higienização e o isolamento social são fundamentais na pandemia de Covid-19, porém muitas pessoas sofrem pela mudança de rotina. A alta exposição das redes sociais e a quantidade de notícias podem potencializar o medo e resultar em transtornos psicológicos. “Depressão não se cura com a força de vontade”, afirma o psiquiatra Neury Botega, autor do livro “A tristeza transforma, a depressão paralisa”. Imaginar que depressão é uma onda de baixo astral é um equívoco. Cobranças pouco ajudam, nem as frases “Você consegue”, ou “você precisa reagir”. Elas não contribuem nos momentos mais agudos, pelo contrário! Fazem com que a culpa seja ainda maior e gere, inclusive, pensamentos como “só atrapalho”. Se fosse tão fácil, a depressão não atingiria hoje mais de 300 milhões de pessoas no mundo e mais de 11,5 milhões de brasileiros! Depressão não é fraqueza, mas tem tratamento! Os quadros leves costumam responder bem ao tratamento com a Psicologia e nos outros mais graves a indicação é o uso de antidepressivos e Psicoterapia. Cuide da saúde mental adequadamente!!


13 Abril/Maio-2020

Paulo Link Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Convívio com os netos”

Reclusão (in) voluntária

U

ma sensação estranha! Doença produzida pelos humanos. Voluntário ou não, faz com que todos fiquem recolhidos em suas casas. Uma recomendação em especial aos grupos de risco, os idosos e doentes crônicos. Em geral, é a partir dessa faixa etária que o ser humano fragiliza no processo de autodefesa. Aos idosos recomendo: nada de afrontamento às recomendações dos profissionais da saúde. Penso que foi criada uma situação de pânico na sociedade. Estamos numa batalha contra um inimigo invisível, por isso, muito forte. Impossível falar em guerra. Longe desse mal. Guerra é quando soldado mata soldado, civil mata civil e outras atrocidades. A humanidade está doente. Uma verdadeira endemia (veja diferença para pandemia). Sentimento estranho: em quem confiar, a quem seguir. Ficar em casa não é tão difícil. A busca desenfreada pelo poder e recursos materiais certamente ainda vai gerar muitas ondas caóticas. Sempre se lê que, na guerra, a primeira a morrer é a verdade. Como dizia, a humanidade está enferma. Ganância, falta de religiosidade, humildade, fraternidade e outros. Por trás do conoravírus, há uma politização. Até a eleição de 2022,

descobriremos quem tentou tirar vantagem. O povo é sábio! A mídia mostra um batalhão de pessoas fazendo suas boas ações. Logo aí à frente vamos comemorar a vitória. O vírus continuará circulando, mas surgirão vacinas e medicamentos. Os sentimentos mais fortes são a solidariedade e a união. Volto ao ambiente do lar. É um momento para reaprender a convivência familiar. As grandes prejudicadas são as crianças, pois nem sempre entendem. Como não posso visitar o vô e a vó? A tecnologia abranda um pouco a separação. Tenho um neto que vai fazer um aninho em abril. Quando falamos via WhatsApp com ele e seus pais, ele age e interage como se o contato fosse pessoal. A doença é grave, mas juntos vamos vencer essa! “A imaginação é a metade da doença; a tranquilidade é a metade do remédio; e a paciência é o primeiro passo para a cura.” Ibne Sina – Avicena, médico,1037.


14 Abril/Maio-2020

Cris Oliveira Técnica de projetos | Designer de interiores Proprietária da Realiza Ambientes Planejados | Duo Móbile

Ambiente organizado e acolhedor

A

circunstância levou profissionais de diferentes áreas a trabalharem em suas casas e apartamentos. Como tornar esse momento ainda mais produtivo e acolhedor? Criar um espaço para o home office tornou-se necessário e, quanto mais organizado, mais motivado a pessoa fica para trabalhar. Os espaços pequenos oferecem desafios que podem ser resolvidos com móveis planejados ou sob medida. Além da mesa e da cadeira, pode-se planejar nichos, prateleiras com iluminação e armários com portas horizontais e verticais para guardar objetos que não são tão bonitos para deixar exposto. A ideia é harmonizar com os demais ambientes, pensar na funcionalidade e planejar um espaço de acordo com o jeito do trabalho e da área em que atua. Foi assim que criamos um home office para um músico, que, além dos espaços para guardar seus instrumentos, nos pediu uma mesa ampla para apoiar seus equipamentos de áudio e edição, onde o

Ambientes personalizados: do home office ao ambiente corporativo, como a JR Imóveis, de Estância Velha monitor foi substituído por um televisor de tela grande. Por estes e outros motivos é que vale a pena investir em ambientes planejados. Assim é pensado nos espaços corporativos. Já elaboramos projetos para empresas que têm longa história. Documentos de décadas precisam ser bem guardados e outros devem estar à mão para facilitar a rotina de trabalho. Além do profissional, consideramos o cliente e a dinâmica da empresa. Somado a isso, é possível ser ágil graças a profissionais qualificados. Atuamos há 3 anos no setor e isso significa contar com um processo fabril de última geração, equipes de montagem exclusivas que se responsabilizam pela execução de um investimento e um sonho concretizado. Na nova sede da JR Imóveis, de Estância Velha, por exemplo, tivemos 30 dias para garantir que o amigo Ciro Ferretto e Romeu Pelz pudessem abrir a sua imobiliária na data prevista. Cada pessoa é única e criar um espaço que gera boas energias é fundamental.


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Ailim Schwambach

Doutora e mestre em Educação em Ciências Graduada em Biologia Professora do Curso de Pedagogia e de Ciências do Curso Normal do Instituto Ivoti*

A Antártica e seu Tratado

Arquivo pessoal

I

r para a Antártica era um grande sonho. Nos últimos 10 anos, passei por várias escolas sensibilizando crianças e jovens sobre a sua importância para o planeta, como regulador térmico, pois este é o continente mais frio, mais seco e com maior altitude média do globo, além de ter aqui as maiores reservas de gelo (90%) e água doce (70%) do planeta. Você sabia que a Antártica tem um Tratado e que este foi assinado em 1º de dezembro de 1959 nos EUA, junto à 12 países: Nova Zelândia, Reino Unido, União Soviética, África do Sul, Argentina, Austrália, Bélgica, Chile, Estados Unidos, França, Japão e Noruega? O tratado estabeleceu o uso pacífico e a desmilitarização do continente combinado à liberdade de realizar pesquisas científicas. O tratado entrou em vigor em 1961 e o Brasil fez parte deste em 1982 dentro do PROANTAR. Foi neste ano que nasci e posso compartilhar que sonhos se tornam reais, e a luta pela preservação deste ambiente irá permanecer por tantos anos quantos forem os necessários para conhecermos e cuidarmos deste lugar fantástico, chamado Antártica.

* Participante da Operantar XXXVIII, a bordo do "Tio Max" (Navio Polar Almirante Maximiano - Punta Arenas Chile e Antática) em 2020. * Ouça o Quadro Vida Sustentável, na União FM 105.3, nas segundas-feiras, às 11h35.


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Abril/Maio-2020 Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

De repente, um vírus

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otícia urgente vindo da China, um vírus altamente letal identificado como Coronavírus (covid 19). “De repente” são atingidos outros países asiáticos. E o medo se amplia. “De repente”, a Europa começa a ser atingida. E as notícias tomam outras dimensões. O alarde aumenta, e de repente, os países das Américas são atingidos também. As mortes aumentam a cada dia. A Organização Mundial da Saúde determina: estamos vivendo uma pandemia. Autoridades de saúde, mundiais e locais divulgam informações desencontradas e não sabemos em quem acreditar. Vários especialistas de saúde divulgam informações que acreditamos e ficamos otimistas. “De repente”, outras notícias divergem de tudo que ouvimos. O que fazer, nós, leigos? O mínimo de contato físico, além de outros hábitos. Nós, brasileiros, um dos últimos países a receber e comprovar pessoas infectadas. A televisão e as redes sociais transformaram-se em uma pandemia de informações. As pessoas adoecem só pelo que ouvem e veem, a contaminação é geral. E o pior não é isto, acreditem, o pior ainda está por vir. Lamentável essa conclusão.

Dionni Fioravante Pastor titular na 1ª Igreja Batista Reformada em Dois Irmãos, bacharel em Teologia e mestrando em Teologia Pastoral pelo Seminário Concórdia

H

Esperança

á sim, escondido dentro de cada um de nós uma centelha de fé, não importa quais os meios que há sustentam, mas está lá. Lemos o texto do apóstolo Paulo aos Romanos, que diz: “E não somente isto, mas também nos alegramos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão. Romanos 5:3-5”. Entendemos que períodos difíceis são inevitáveis e como ciclos, vem para nos ensinar lições valiosíssimas. Observe que a cada um dos acontecimentos narrados, uma característica é acrescentada, dando com isso equilíbrio em momentos ruins. Quando estamos no olho do furacão, não conseguimos ver um palmo a frente do nosso nariz, porém, quando ele passa já não somos mais inexperientes em furacões, no próximo, teremos paciência para agir com cautela, e já teremos experiência para reconstruir tudo outra vez, e por conseguinte a esperança brota naturalmente em nossos corações. Sustente a esperança, com sua experiência, mesmo que para isso seja necessário enfrentar tribulações!


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Abril/Maio-2020

Denise Kern

Vice-diretora da EEEB Mathias Schütz Professora e escritora de livros de Educação Financeira, de Ivoti

Os que não podem parar

E

m 2018 escrevi um artigo sobre a greve dos caminhoneiros e o intitulei: Paralisado! Hoje, me sentindo paralisada, compartilho esta reflexão sobre o momento que atravessamos. Uma das primeiras reportagens sobre o Covid-19 dá fama à Wuhan, cidade chinesa onde surgiu a epidemia e que foi isolada. Isto foi em janeiro de 2020 e hoje sobrevivemos com uma pandemia que chega em nossas cidades. Trago para reflexão uma classe que não pode parar, os profissionais de operações de limpeza. Os garis estão fazendo o serviço essencial para toda a população. Como educadora, desenvolvi projetos sobre separação e destino dos resíduos. Agora, como cidadã, sugiro que tenhamos todo cuidado com o lixo que produzimos. Estamos tendo a oportunidade de colaborar com estes trabalhadores que, enquanto estamos “em casa”, estão “lá fora” correndo riscos para que continuemos com higiene e saúde em nossas residências. Lembre-se que “lixo vale dinheiro” e que existem muitas famílias “lá fora” que sobrevivem dele.

Vicente Fleck Advogado - OAB 73.662

Posso atrasar os boletos?

A

grande dor e preocupação nesse momento é com a nossa saúde e as pessoas que amamos. Porém não deixamos de nos preocupar com nossas obrigações financeiras, os diversos pagamentos que temos que fazer e não iremos conseguir cumprir. Não existe uma regra específica sobre pandemia e falta de renda devido a confinamento. O Código Civil diz que o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, desde que expressamente não se houver por eles responsabilizado. Ocorre que a lei não trata do caso de pagamento de aluguéis, prestação de financiamentos e outras dívidas, mas apenas do prejuízo que uma pandemia gera, ou seja, caso houvesse algum prejuízo pelo atraso, porém a dívida continua sendo exigível. Há propostas de leis que tratem sobre o tema, não isentando de pagamento, mas permitindo o atraso no pagamento e que o valor das obrigações sejam pagos após a volta a normalidade da sociedade. Mais importante que uma lei que trate sobre o tema, o que não existe até agora, é que credores e devedores conversem e cheguem a um acordo. Nenhuma lei irá punir alguém que perdeu o emprego por uma pandemia e não conseguiu pagar sua dívida para garantir a comida de sua família. Um acordo estabelecido pelas partes sempre será mais rápido e positivo do que uma decisão judicial demorada e, por vezes, sem condições de ser cumprida. Diálogo sempre foi e sempre será a melhor forma de resolver os conflitos.


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Abril/Maio-2020

Abril/Maio-2020 Itamara Scherer Óptica Santa Luzia, de Dois Irmãos

Tatiana Graebin Médica veterinária, pós-graduada em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos CRMV 7431

Higienização de joias e óculos

A

néis, pulseiras, colares, fitinhas do Bonfim, relógios. Bijuterias e outros objetos como estes, que costumam passar batidos na rotina de higienização das pessoas, também merecem atenção em tempos de da Covid-19. O ideal é que não usem esse tipo de acessório durante o período. Se for usá-los, lembrar de lavar tudo com água e sabão. Se não tiver acesso ao sábado, use álcool gel 70% quantas vezes por dia for possível. É comum que as pessoas não lembrem de limpar, por exemplo, a área onde está o brinco na orelha, ou embaixo dos relógios no pulso. Em relação aos óculos de grau, é preciso ser higienizado continuamente por ficar perto dos olhos, uma área de fácil penetração do vírus. Os óculos até podem funcionar como proteção em geral, mas é preciso lembrar de lavá-los com frequência, pelo menos as vezes em que for tirá-los e colocá-los. Quanto menos superfícies e locais pelo corpo para acumular o vírus, melhor. O celular, a carteira, tudo que é usado com frequência precisa também ser higienizado e evitar contato com objetos de terceiros.

N

Nossos pets transmitem o Coronavírus?

ão, nossos cães e gatos não transmitem a doença para os humanos. Cada espécie tem o seu Coronavírus. Este que nós, humanos, estamos sendo afetados, não tem relação com o dos nossos pets. Os cães precisam ser vacinados uma vez ao ano contra a Raiva e contra 10 tipos de doenças, chamada de vacina Polivalente. Se você olhar na carteira de seu pet, irá localizar que ele foi imunizado contra o Coronavírus. Graças à capacidade técnica da indústria farmacêutica, em breve teremos a nossa vacina também. Vale lembrar do remédio contra vermes que devemos aplicar a cada 4 meses e o controle do carrapato para manter nossos animais bem saudáveis. Com o resguardo em casa ou no apartamento, evite os passeios, por isso, vale gastar suas energias brincando com bola e outros brinquedos que tenham à mão. O que seria de nós sem nossos filhos de 4 patas? Eles dão conforto e precisamos retribuir, não acha? Confere nosso canal do Youtube. Se cuidem muito!


19 Abril/Maio-2020

Tatiana Renck Gedrat Fisioterapeuta - Crefito 5RS 97106/f Instrutora de pilates há 12 anos Proprietária da Terapêutica Studio Pilates

O pilates pode ser praticado por todos?

O

pilates é hoje uma das atividades físicas com maior diversidade de público, podendo ser praticado por pessoas de diferentes idades, condição física e qualquer patologia. O método se destaca pela facilidade na aplicação de exercícios de fácil entendimento e com vários níveis de complexidade, do mais fácil ao mais avançado, e todos podem se adaptar. Há quem me pergunte: - Mas, Tati, será que consigo fazer isso?. Ou ainda, outros afirmam: - Eu preciso ser muito flexível para fazer esses movimentos. Pois bem, o que eu tenho a afirmar é que o pilates pode ser feito por qualquer pessoa, em qualquer condição física. Por ser um método extremamente inteligente, ele permite se adaptar a qualquer indivíduo.

Arquivo pessoal

Reconhecer a necessidade de cada aluno, ter paciência, ouvir suas queixas sem ignorá-las, acompanhar a evolução, saber o que funciona e aplicar os exercícios ideais, são estratégias primordiais da instrutora, as quais norteiam a evolução paulatina de cada praticante, independentemente de suas limitações. O que quero que vocês pensem é que cada corpo é um corpo e eu, na qualidade de Instrutora de pilates, preciso saber observálo, ouvi-lo, entendê-lo e assim orientar com excelência cada sessão. Sem dúvida, as mudanças serão notáveis. Deixo aqui um desafio, e ao mesmo tempo um convite. Vivencie uma sessão de pilates. Descubra o universo de possibilidades dessa prática deixada para nós por Joseph Pilates.


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Abril/Maio-2020

Abril/Maio-2020

Michele Müller Ferretto

Juliano Ferretto

Fonoaudióloga CRFa RS 8395

Advogado – OAB/RS 53.936

Coronavírus ea

responsabilidade do Estado

A

instalação da pandemia do Coronavírus tem causado grande repercussão na nossa vida social e econômico-financeira. Exatamente por ser algo “novo”, com crescimento acelerado de casos, o Poder Público, no intuito de combater este inimigo invisível, por vezes adota medidas desproporcionais e equivocadas, tais como a restrição da liberdade de locomoção e a suspensão e interrupção de atividades produtivas. Nestes casos, corre-se o risco de que, mais adiante, se constate que “o remédio que foi aplicado na doença foi muito mais doloroso do que previsto e necessário”. Embora o Poder Público esteja autorizado legalmente a implantar estas medidas excepcionais, a Responsabilidade do Estado pelos danos eventualmente causados surge quando demonstrado que em sua aplicação houve excesso de poder ou desproporcionalidade em situações concretas. Logo, o Poder Público pode responder tanto diante de sua Omissão em adotar medidas necessárias ao combate da doença, como também quando constatado que este esforço de contenção foi excessivo ou desproporcional, causando prejuízos quem sabe irreparáveis, por exemplo, no aspecto social, econômico e financeiro.

Dia mundial da voz

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ia 16 de abril, comemoramos o DIA MUNDIAL DA VOZ. Esta campanha, lançada nacionalmente, tem o intuito de prevenir e orientar a população sobre o uso e cuidados com a voz. Os cuidados com a voz são importantes para a saúde vocal, pois previne o aparecimento de alterações e doenças. É recomendável: - Beber bastante água; - Tenha uma alimentação saudável; - Utilizar pastilhas, sprays ou medicamentos somente quando for indicado pelo médico; - Não gritar, tossir e pigarrear excessivamente; - Evite falar em ambientes ruidosos; - Evite ingerir álcool em excesso , bem como outras drogas; - Procure reduzir a quantidade de fala durante crises alérgicas e estados gripais; Rouquidão, falhas, cansaço ao falar, dor ou ardência na garganta podem comprometer a comunicação e a qualidade de vida. Consulte um fonoaudiólogo e um médico otorrinolaringologista e saiba mais como cuidar da sua voz! Sua voz diz muito sobre você!


21 Abril/Maio-2020

Marcia Schardosim Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica Especialista em Ortodontia

Reabilitação oral

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evolver à pessoa sua função mastigatória, estética ao sorrir, convívio social e principalmente retorno de sua auto-estima, é o que consiste a reabilitação oral. Entretanto para isso lançamos mão de um aparato, que pode ser prótese total (dentadura), prótese parcial removível (ponte), prótese fixa (pivô) e ainda próteses sobre implantes. As próteses totais, opção para àqueles que não possuem mais dentes em boca, são confeccionadas normalmente em acrílico, e tanto dentes quanto gengivas podem ter os mais diversos formatos e cores. As pontes removíveis usadas para substituir poucos dentes faltantes, estas possuem metal na sua estrutura, com grampos que seguram a ponte nos dentes restantes. As próteses fixas, pivôs, confeccionadas sobre uma raiz com tratamento de canal prévio, é uma excelente escolha para os casos em há a possibilidade de preservar o remanescente dental. Os implantes surgiram como mais uma opção de reabilitação oral. Podemos recuperar

um único dente ou uma arcada inteira, sendo esta a grande vantagem deste tipo de reabilitação, a pessoa volta a ter seus dentes, melhorando muito sua qualidade de vida. Assim os implantes hoje são o que se tem de melhor para a reabilitação oral. Para repor um único dente, o implante torna-se o tratamento de escolha, pois não iremos comprometer nenhum outro dente, como no caso de uma ponte fixa, onde precisamos tratar canal dos dentes adjacentes. Portanto na análise custo-benefício, o implante é muito mais conservador e a questão financeira torna-se semelhante ao tratamento invasivo convencional. No caso de reabilitação completa, a pessoa não tem dente algum na boca. Neste caso ela que muitas vezes está a anos 10, 15 ou mais sem dentes na boca, sofrendo com uma dentadura, o implante traz conforto pra esta pessoa, não existe mais tirar a prótese para limpar, estará fixo na boca! E isto traz segurança pra pessoa poder mastigar e morder! Enfim há muitas opções de tratamento, converse com seu dentista e escolha àquela que seja a melhor para você!


22 Abril/Maio-2020

Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva Editores (com Oliver Hess Dariva e Edit Irena Hess, em Diário da Família #23/03/2020)

Escrevendo um capítulo desta história

O

presidente de Israel Reuven Rivlin usou o Facebook para contar histórias às famílias. Na Austrália Ocidental, o primeiro-ministro Mark McGowan autorizou o Coelho a entrar no país para distribuir os Ovos de Páscoa às crianças. Cascão começou a lavar as mãos e bombeiros do mundo inteiro tocam músicas em escadas/guindastes. Voluntários e empresas se unem para equipar suas comunidades. Policiais, profissionais da Saúde e das Ciências se esforçam para minimizar os efeitos deste tal de Coronavírus que surgiu e mudou nossa rotina. Covid-19 nos apresenta paradigmas e exige que sejamos humildes. Faça pão, bolo e biscoito. Costure máscaras e reforce a higiene das mãos. Beba água. Exercite seus pulmões e cuide da alimentação. Faça jogos de raciocínio. Assista aulas on-line, medite ou reflita os ensinamentos de Deus. Faça videoconferências e venda seus produtos pelo e-commerce. Você que mora em casa ou em apartamento, olhe pela janela, escute os pássaros e faça uma horta. Evite aglomeração. O principal pilar da civilidade é a disponibilidade de alimento e água e sempre falta primeiro na periferia. No período inicial, vai depender de como os governos e também os mais favorecidos vão dar esse suporte. Alimento não vai faltar, mas o acesso a ele.

Pelo menos as estruturas hospitalares estão sendo montadas e essa primeira quarentena serviu principalmente pra isso, ganhar tempo. Como a sociedade estará amanhã? “O meu País é a Terra”.

TIRE SUAS DÚVIDAS| Covid-19: Estância Velha: 99725-6602 ou 150. Ivoti: De segunda a sexta-feira, Whatsapp 98046-2666 (das 13h às 17h) e telefone 99725-0429 (das 8h às 12h e das 13h às 17h). Dois Irmãos: 99978-4470 de 2ª a 6ª, das 8h às 18h.

"Hoje me peguei pensando em escolhas. A escolha dos pensamentos e sentimentos que queremos cultivar. A escolha das informações que desejamos consumir. A escolha do que fazer com nosso precioso tempo, tão escasso no dia a dia atribulado. A escolha de aprender algo novo. A escolha de criar alternativas. A escolha de aproveitarmos o momento para olhar para dentro. A escolha do que faremos quando o confinamento não mais nos for imposto e for, de fato, uma escolha. A escolha de pensarmos em nossas escolhas ao longo da vida e que, sem dúvida, nos trouxeram para onde estamos hoje”. Adaptado do texto postado no Instagram de Eliete Dilly (foto), de Ivoti. Revista MultiFamília é uma publicação da: Ano 5 - Nº 28 - Abril + Maio/2020 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares Distribuição: Gratuita Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Pixabay.com Impressão: BT Ind.Gráfica Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmultieditora.com.br


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INFORME PUBLICITÁRIO

Abril/Maio-2020

Abril/Maio-2020

Nossos idosos Aposentadoria no Chile precisam ser cuidados

A

s mãos enrugadinhas que tanto

não podem fazer: ir ao mercado, na

sentiram e viveram situações

farmácia, na vizinha que tanto gostam

nessa vida já não podem ser

de conversar. Precisam de nós para que

sentidas. O toque no rosto e o beijo carinhoso precisaram ser pausados para que possamos resgatá-lo ali na frente. Nossos idosos precisam ser cuidados! O isolamento social se faz necessário,

ensinemos a mandar uma mensagem via celular ou quem sabe, ajudar no cadastramento em uma rede social. Nos residenciais (Sinfonia em Novo Hamburgo e Menino Deus em Porto Alegre) nossa equipe de trabalho está

por isso o carinho característico do

reduzida, as visitas estão restritas e

brasileiro precisa ser evitado neste

nossos moradores estão recebendo

momento. Em época de coronavírus todo

orientação constante em prol da

cuidado é pouco, principalmente com

prevenção.

eles que ainda não acreditam que esse “bichinho” danado pode ser fatal. Nossos idosos precisam de nós para

É tempo de união, de abraços e beijos VIRTUAIS. Quando isso passar, aquele toque suave das mãos voltará a

relembrá-los a importância de lavar as

ser carinhosamente sentido, mas neste

mãos várias vezes ao dia, precisam que

momento, nossos idosos precisam de

façamos por eles o que nesse momento

nós, de todos nós!


24 Abril/Maio-2020


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