Revista MultiFamília - Ed. 29 - Junho + Julho/2020

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Sandra Hess e Cleber Zanovello Dariva Editores (com Oliver Hess Dariva e Edit Irena Hess, em Diário da Família #23/03/2020)

Acelerador de futuros

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om máscaras, álcool gel, distanciamento social e lavando frequentemente as mãos, seguimos esse novo tempo com novos hábitos. A sua família também? A informação que chega diariamente e que atualiza os fatos é necessária, pois nos lembra: não podemos ignorar a Covid-19, que se soma à Dengue, à outras doenças, à miséria e à violência. São informações repetidas? São... Será que isso vai mudar? Depende de nós. Não concorda? Para além dos laços políticos que todo cidadão deve ter, lembremo-nos que necessitamos de gestores capazes de ouvir e de agir de acordo com os fatos. Isso acontece em sua casa, na sua empresa, no seu trabalho, na sua escola. Independente disso, podemos escolher fazer o certo. A pandemia foi um acelerador de futuros: é agora que precisamos adequar nossas vidas, buscar a simplicidade, respeitar o diferente, conviver em harmonia com as pessoas e a natureza. No trabalho, estamos nos ajustando. No estudo, também. Recebemos uma mensagem do Sicredi: qual foi a última vez que você mudou um hábito? Vale a reflexão. Estamos vivos. Neste Planeta. Hoje. Vamos avançar juntos? TRÊS REGISTROS: 1) A KNN Idiomas encartou 100 bolsas de estudo com desconto nas revistas de Estância Velha e outras 100 bolsas com desconto nas revistas que circulam em Ivoti. Te desejamos boa sorte ou... good luck!!

2) A Secretaria de Educação de Ivoti organiza uma LIVE para as famílias dia 9 de junho, às 19h30, pelo canal do Instituto Ivoti no Youtube sobre aprendizagens e cuidados. Te organiza! 3) Quer boas dicas e conhecer os colaboradores da Revista MultiFamília? Assisa às LIVES no Instagram da Z Multi Editora. Vai ser legal te encontrar lá!

Boa ideia: iniciativa da Rede Produtiva Vida, de Dois Irmãos, reverte em Face Shields para profissionais da saúde Revista MultiFamília é uma publicação da Z MULTI EDITORA. Ano 5 - Nº 29 - Junho + Julho/2020 ISSN 2447631-5 Circulação: Bimestral - 4.000 exemplares | Distribuição: Gratuita Edição: Sandra Hess (Jornalista - MTB/RS 11.860) Diagramação: Cleber Z. Dariva (Jornalista - MTB/RS 11.862) Capa: Freepik.com Impressão: BT Indústria Gráfica Faça contato: 51-99961-4410 |contato@zmultieditora.com.br


3 Junho/Julho-2020

Psicoterapia online: vínculos terapêuticos em tempos difíceis

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Bruna Schabarum – Psicóloga do NAP (CRP 07/32196)

este momento, sentimentos de angústia e tristeza pela incerteza do amanhã, é “normal”. No entanto, não estar bem contribui para baixar a imunidade, e por isso, é importante ficar atento. O atendimento psicológico online tem se mostrado eficiente, sendo uma forma de aproximar e de acolher, mesmo estando longe. Para isso, é imprescindível estar em um local com privacidade, silencioso, em que se sinta seguro. É necessário estar em uma posição confortável e de maneira que o psicólogo possa te enxergar bem, além de ter água, café, chá, seu pet ou lenços de papel. Desative as notificações do seu dispositivo, assim como o tenha carregado e com bom sinal de internet. Então, para aqueles que necessitam de ajuda especializada e que nunca fizeram terapia: pode sim iniciar psicoterapia, mesmo a distância. Você não precisa estar sozinho.

Apagão de ideias na quarentena

Gabriela Marques - Psicóloga do NAP (CRP 07/29381)

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uem não teve um momento de branco, de zero produtividade, neste período? A ansiedade está relacionada com a nossa criatividade. Em momento de insegurança em relação ao futuro, é esperado que você diminua o rendimento. Então, quando o apagão vier, deixa que venha. Assista a um filme, tome um chimarrão, organize a casa, enfim, se distraia, mas sem culpa!! Tudo bem ficar ansioso nestes tempos. Mas se perceber que as coisas estão fugindo do controle, busque ajuda.

Voltar ou seguir?

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Josiane Pires Psicóloga do NAP (CRP 07/30151)

uito ouço falar que quando o isolamento social acabar nós vamos voltar: voltar à rotina, voltar ao trabalho, voltar a ter aula... Mas será que vamos voltar mesmo ou vamos seguir? Preparados ou não, todos nós seremos atingidos de alguma forma e em alguma intensidade por este período. Então, será mesmo que seremos capazes de voltar? Como se nada tivesse acontecido? Acredito que não. Creio que vamos seguir mais fortes, atentos e – espero eu - mais humanos. Portanto, se o sentindo for continuar em frente que seja (R)indo, em movimento, com otimismo e bom humor.

Sorrir ainda é o melhor remédio! Virgínia Seidl Silva Psicóloga e Arteterapeuta do Nap (CRP 07/30718)

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e você está num daqueles dias em que tudo parece sem graça, tente apenas dar um sorriso. Quando ouvimos uma piada ou alguém nos faz uma gentileza, esboçamos um sorriso no rosto. Se for espontâneo e verdadeiro, serão acionadas regiões do cérebro responsáveis pelos movimentos automáticos (aqueles que fazemos ao sorrir). Mas também estarão envolvidos o córtex órbito-frontal e o córtex da ínsula, regiões que fazem o registro da situação prazerosa liberando sensações subjetivas de bem-estar. Então, ‘bora’ sair por aí sorrindo e sendo feliz! Leia estes e outros textos em revistamultifamilia.wordpress.com


4 Junho/Julho-2020

Satoshi Suzuki Eng. Agrônomo, diretor da Alface Pizza Gourmet e da S. Suzuki Viveiro de Mudas e vereador em Ivoti

Quem sou eu?

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a década de 1980, quando era mais jovem, de tênis Konga e Bamba, frequentava a Escola Estadual Mathias Schultz. Meus colegas me achavam esquisito por gostar de não seguir as regras, meus pais tinham uma visão otimista pelo filho tentar ser altruísta e os professores percebiam um típico aluno perdido no mundo de Alice por causa da aparente inocência. Confesso que todos tinham razão, pois tudo era divertido, mas eu próprio não sabia quem de fato eu era. Na falta de identidade, absorvia as influências emanadas pelo coletivo e os dias passavam um igual ao outro. Em um certo tempo, rachou a casca do ovo e surgiu uma pergunta: qual a finalidade da vida? Para que eu nasci? A busca por uma resposta foi o início de uma importante jornada à procura de conhecimento. Para poder escolher o rumo, foi preciso pensar e imaginar um futuro desejado para os próximos 2, 5, 10 e 20 anos. Aliás, foi um exercício um tanto natural, pois o costume oriental de frequentemente perguntar à criança o que deseja ser quando crescer, foi uma virtude degustada na família. Ah,..!!! Por que o pensamento é importante?

Na prática, consegui notar que tudo que a gente pensa acontece. Se pensamos em pizzas, enxergamos massa recheada de queijo derretido em todos os momentos do dia; se compramos um carro, surgem mais carros do mesmo modelo na nossa frente; se ostentamos uma roupa nova numa festa de casamento, mais do mesmo estilo aparecem ao lado; e assim por diante. Deste modo, torna-se difícil compreender se são os pensamentos que magicamente atraem a vivência relacionada ou apenas passamos a enxergar melhor a abundância de oportunidades que existe no universo. Os mais sábios me fizeram compreender que tudo em que o bom pensamento toca, transforma-se em ouro. Enfim, passei muito tempo desafiando o mundo e criando ideias fora do esperado, pois todo patinho feio é levado a ter fé na valorização de tudo que é raro. Nos dias de hoje, percebo que a identidade de uma pessoa é justamente tudo aquilo que ela pensa e vibra. Assim, algumas perguntas ainda não consegui responder, mas aos poucos acabei descobrindo que sou exatamente a personalidade de tudo aquilo que desejo e sonho para o futuro. E você, quem é???


5 Junho/Julho-2020

Fábia Lumertz Psicopedagoga e neuropsicopedagoga ABPq-RS 4527

Educação em tempos de pandemia

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educação é o instrumento primordial do desenvolvimento humano. Tudo o que somos enquanto indivíduos e sociedade, construímos através de aprendizagens, sejam elas familiares, sociais ou escolares. Neste momento tão singular, no qual passamos por uma pandemia, a Escola precisa se reinventar e se redirecionar, focando em desenvolvimento mental e empatia. Sabemos da importância dos conteúdos escolares para a vida de todos nós. Mesmo os conteúdos que não usamos depois de adultos, nos ajudam a construir raciocínios e aprimorar a nossa inteligência. Porém, neste momento, no qual as aulas estão sendo ministradas de forma não presencial, uma mudança de foco se faz necessária. Essa mudança precisa levar em conta vários fatores, como o fato de que a casa do aluno não é escola, seus pais não são professores e o que trabalho docente é insubstituível. Assim, para que o ensino escolar seja efetivo e não vire mais um fator de estresse, é fundamental uma união ainda maior entre família e escola, com muita compreensão

por parte de ambas. Uma ótima opção de aprendizagem neste período é a proporcionada por atividades de raciocínio lógico, de leitura e reflexão, de estímulo da cooperação familiar e de empatia. Mesmo crianças ainda não alfabetizadas podem fazer exercícios de interpretação a partir de livros ilustrados. Leituras reflexivas para os alunos, com a tarefa de conversar com a família sobre o que foi lido, pode ser um exercício intelectual e ao mesmo tempo um exercício de união familiar e empatia. Também podem ser propostas atividades da vida diária, com foco em organização e criatividade, que são ótimas bases para o desenvolvimento intelectual e ainda ajudam numa convivência familiar mais harmônica. Cada professor, usando de sua formação, pode sugerir as melhores atividades para que seus alunos se desenvolvam de forma harmoniosa, levando em conta que, neste período de pandemia, o mais importante são as aprendizagens para a vida, como a empatia!


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Carina Kuhn Cardoso

Paloma Rafaela Müller

Advogada OAB/RS 84018

Nutricionista CRN2 - 15852

A importância Como aumentar a do planejamento imunidade? previdenciário

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lanejamento Previdenciário é a análise da situação do segurado na busca pelo melhor benefício. Para isso, são analisadas questões como idade, tempo de serviço e as contribuições previdenciárias, atividades desenvolvidas ao longo da carreira. É uma análise completa para orientar qual a possibilidade de aposentadoria mais vantajosa. O planejamento compreende também a organização de documentos e a preparação pré-aposentadoria mediante um estudo preliminar que aponta quanto tempo a pessoa ainda precisa contribuir e qual o valor a contribuir. Ou seja, nada mais é do que um cálculo, acompanhado de um estudo jurídico previdenciário, que permite que o trabalhador visualize como será o seu futuro e que ações devem ser tomadas. Portanto, é muito mais do que uma simples soma e deve ser realizado por um especialista da área. Com certeza, vale a pena investir nesse serviço, considerando o que é pago todo mês a as vantagens que se pode ter.

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ma alimentação saudável com alimentos naturais é primordial para garantir a saúde e o fortalecimento da imunidade. Neste momento, é fundamental evitar o consumo de alimentos industrializados, pois nosso organismo precisa de nutrientes. É preciso haver um equilíbrio, com pratos coloridos, que explorem os macros e micronutrientes. Portanto, coma frutas, verduras, legumes, fibras, carnes, ovos e outros ‘in natura’, e evite refrigerantes, bolachas recheadas, salgadinhos, etc. Além disso, a Vitamina D tem extrema importância para a uma vida saudável. Com níveis ideais no organismo, a imunidade fica ainda mais fortalecida. Para aumentar os níveis de Vitamina D, o ideal é expor os antebraços e pernas ao sol, sem protetor solar, por 15 minutos ao dia, evitando horários entre às 10h e 16h. Vale ressaltar que essas dicas não protegem a pessoa da COVID-19 e suas complicações. Mas uma alimentação completa de nutrientes e de vitaminas ajudam o organismo no combate a este ou qualquer outro vírus.


7 Junho/Julho-2020

Daniel Kolling

Professor e diretor da UNIP Ivoti e Porto Alegre Mestre em Educação, Ciências e Matemática

Educação à distância e ensino remoto

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Educação à Distância (EaD) tem história. Se popularizou com os cursos do Instituto Universal Brasileiro em que as apostilas chegavam pelos Correios e você remetia as respostas de volta e aguardava a nota. O TeleCurso 2º Grau e o Telecurso 2000 seguiram a mesma lógica, mas com o aparato da televisão. O conceito para os tempos atuais é o mesmo: sem estar em um mesmo espaço físico, aluno e professor ficam conectados pelo ensino, porém, desta vez, com o uso da internet. A Universidade Paulista (UNIP) foi uma das precursoras na oferta da modalidade no Ensino Superior. Criou o portal acadêmico e por ele, transmite aulas em vídeo, estabelece critérios para atividades e avaliações. Nesta caminhada, fomos nos qualificando e aprimorando o ensino. E, neste quesito, gostamos de enfatizar: o ensino só vai existir quando houver aprendizagem. Com a chegada da Covid-19 e a necessidade do distanciamento social, a vida acadêmica do aluno de EAD se manteve na UNIP. Acreditamos que a EaD tem muito a contribuir no acesso e na formação do profissional. Vale ressaltar as habilidades desenvolvidas com a EaD: organização pessoal, autonomia, disciplina, responsabilidade e concentração. Sem falar na motivação que levará à aprendizagem. Tanto professores como alunos precisam estar motivados – cada um exercendo o seu papel. O mercado de trabalho entende que não é preciso saber de tudo, mas saber onde buscar as soluções. O aluno de EaD desenvolve esta habilidade.

Em 2019, a Associação Brasileira de EAD verificou que havia 9 milhões de pessoas cursando graduação e pós-graduação na modalidade EAD e Semi-presencial. Isso representa 4% da população. Na avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), percebe-se que a qualidade dos cursos tem sido a mesma, seja presencial ou à distância. EAD e Ensino Remoto Diferente da Educação à Distância, o ensino remoto está sendo adotado como medida de enfrentamento da Covid-19. Inicialmente, o conteúdo foi transmitido por email, whatsapp ou pelas redes sociais. Na medida que verificase a necessidade do distanciamento mais prolongado, novas diretrizes estão sendo ajustadas. O desafio da plataforma de ensino, do acesso à internet e da avaliação são passos que vão ser vencidos gradativamente. As equipes diretivas, os professores e as famílias precisam aprender a usar essas ferramentas. No entanto, temos certeza que, com boa vontade, a sociedade terá êxito neste período que enfrentamos com coragem e empatia.


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Betina S. Pohren

Rebeca Patsche Ribeiro

Fonoaudióloga da Clínica Mais Saúde CRFa 9452

Fisioterapeuta CREFITO 5: 293.430-F

Qualidade de vida Por que escolher a

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ualidade de vida é estar saudável e rodeado de pessoas que nos fazem bem! Para manter este vínculo, é importante ouvir bem, participando das rodas de conversa, interagindo com o que está acontecendo ao seu redor. Por isso, investir em um aparelho auditivo de qualidade é garantir a manutenção dos relacionamentos sociais e familiares, e com isso espantar a solidão. Você sabe para que serve o Aparelho Auditivo? Ou como funciona a adaptação? O Aparelho Auditivo é um equipamento que tem como objetivo oferecer uma aumento do som, auxiliando assim qualquer pessoa que tenha perda auditiva. A adaptação ocorre de maneira individual e personalizada, pois nem todo mundo se adapta ao uso dos aparelhos. Por isso é tão importante fazer um teste, antes de fazer esse investimento. O teste serve para você usar em casa o equipamento e ver se você se adapta, se ele atinge as suas expectativas e as suas necessidades. Após usar o aparelho em casa por alguns dias, viver essa experiência, e ver o quanto ele te ajuda, você faz uma compra com muito mais segurança, garantindo maior eficiência e resultados positivos!

fisioterapia domiciliar?

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m tempos de pandemia, quando o contato social deve ser cauteloso, o atendimento domiciliar de fisioterapia ganhou mais espaço. Mas afinal, o que é e como funciona esse tipo de tratamento? Os serviços de fisioterapia Home Care (“cuidados em casa”) são atendimentos prestados na casa do próprio paciente. Nesse tipo de tratamento, o paciente terá assistência de um fisioterapeuta, que fará uma avaliação do indivíduo e do ambiente em que ele vive, permitindo um melhor entendimento dos obstáculos e das dificuldades do seu dia a dia. A partir dessa avaliação, traçamos um plano de tratamento adequado àquela realidade. Os atendimentos domiciliares contam com uma série de vantagens, entre elas: - Maior conforto - Redução de custos - Humanização do atendimento - Melhora na qualidade de vida Se você gostou e quer saber mais sobre a fisioterapia domiciliar, ou adotar esse estilo de tratamento, entre em contato comigo. Será um prazer conversarmos mais sobre isso!


9 Junho/Julho-2020

Tatiana E. Renck Gedrat Fisioterapeuta Crefito 5RS 97106/F Instrutora do Método Pilates Clássico

Dores x Movimento

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ocê sabia?? Muitas das nossas dores podem ser provocadas por falta de movimento!! Sim, isso mesmo. Em todas as nossas articulações existem cartilagens, e elas precisam ser alimentadas através de um líquido, chamado líquido sinovial. Ok, até ai tudo bem. Mas tem um detalhe importante nesse processo: esse líquido tão precioso para as nossas cartilagens é produzido mediante o movimento!! A movimentação das articulações estimula a produção do líquido sinovial, e assim ele vai levar nutrientes às nossas cartilagens articulares, além de promover a lubrificação das mesmas!! Então, nada melhor do que um bom exercício para manter a saúde do nosso corpo. Tanto mais agora, em dias frios, tendemos a ficarmos inertes, os movimentos do nosso corpo parecem ser mais difíceis ou dolorosos para acontecer. Junto com isso, começam a aparecer as tensões musculares, e cada vez mais preferimos ficar parados, pois parece que tudo doi, e doi mesmo. Aqui eu entro num ponto que eu falo todos os dias para meus clientes, e também nos artigos que escrevo: “exercício é remédio”.

Além de curar muitas doenças em nosso corpo, os exercícios são preventivos. Sem falar em outros benefícios relacionados à depressão, ansiedade, pânico e baixa autoestima. Procure incorporar na sua rotina esse hábito. O pilates é uma perfeita alternativa, pois abrange qualquer idade e trata-se de um método muito versátil. Procure um profissional da sua confiança, plenamente habilitado na raiz clássica do método e que saiba te ensinar a construir movimentos seguros. Tenho certeza que você vai encantar-se por essa modalidade.


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Sandra Regina Linck

Leanges Filter

Secretária da Associação dos Amigos Autistas de Ivoti (AMAI)

Psicopedagoga (ABPp 0413)

Como os pais reagem ao diagnóstico do Autismo?

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uando recebemos um diagnóstico de autismo o mundo desmorona. Sabemos que existem terapias, que tem muita chance da criança se desenvolver e interagir, mas para nós, pais, fica muito difícil aceitar o filho real num primeiro momento. A criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) precisa de muito amor, dedicação dos pais e profissionais, e, acima de tudo, respeito. Após o diagnóstico e um susto inicial, é preciso calma para tomar as providências necessárias e que tendem a facilitar a aplicação de intervenções. Com o diagnóstico vem a ansiedade, o medo, a tensão entre os cônjuges. Os pais reagem de uma forma diversa frente a esta situação, alguns continuam a buscar outras opiniões, esperando ouvir que o diagnóstico está equivocado. O TEA exige um comportamento, cujo o conjunto de cuidados deve ser orientado por especialistas de áreas distintas, como neuropediatras, pediatras, psicólogos, analistas comportamentais, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos e terapeutas em terapia comportamental do autismo (ABA). Este texto pode ser lido na íntegra em revistamultifamilia.wordpress.com

Mãos que acolhem

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eceber um diagnóstico de autismo é assustador, e queremos ajudar as famílias autistas na introdução desse

novo mundo. Poder acolher cada pai e cada mãe, instruí-los em relação aos profissionais, terapias, medicação e tudo o que abrange o cotidiano de uma família atípica. E o que é muito importante: nós, pais, precisamos tanto de ajuda psicológica, quanto o próprio autista, afinal somos a base deles, e esta base, precisa estar muito forte! São muitos desafios, muitos altos e baixos. Muitos questionamentos de que estamos fazendo a coisa certa como pais, sempre se policiando para manter a calma em situações de estresse, e, diga-se de passagem, são muitos esses momentos! A busca incessante de qualidade de vida de um filho autista é, por vezes, desgastante e precisamos muito, muito mesmo, do maior apoio possível! Nós, da AMAI, estamos de braços abertos para receber todas as famílias que necessitarem de acolhida, de compreensão, de empatia e de amor ao próximo!


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Eder Gustavo Schuster

Tatiana Graebin

Médica veterinária, pós-graduada em Clínica Médica e Cirúrgica de Cães e Gatos CRMV 7431

O comportamento dos pets

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abe aquele buraco no jardim que seu cachorro gosta de cavocar? Pois esse e outros comportamentos foram tratados durante a LIVE da Bicharada e Cia no Instagram. Ela acontece às segundas-feiras, às 21h. Convidei o adestrador Raphael Piccoli, que recomenda ao menos 1% das 24 horas de atenção exclusiva para os cães. Isso significa cerca de 15 minutos, o que pode ser suficiente, dependendo da qualidade do tempo juntos. Raphael reforçou: cães adoram rotina e assim, ficam mais tranquilos. Muitas vezes, os cães gostam de comer plantas e, por vezes, a preferida é a bromélia. Neste caso, o talo branco retém água e pode conter algum inseto, o que atrai sua atenção. Quando for cuidar do jardim ou da horta, dê um osso ou brinquedo, mudando o seu interesse. Mascar a grama é mais uma atividade do que um indício de vermes ou de dor de barriga. Quanto aos buracos: pode ser que passe uma tubulação elétrica ou hidráulica, algo que produza barulho e chame a atenção do cão. Uma ideia é colocar tela de aço galvanizado deitada para a grama crescer no meio dela. Quando o seu pet sente medo de raios e trovões, ou tem outro medo, não afague sua cabeça nem dê carinho. Ele pode achar que se trata de um prêmio. Nesta hora, ignore seu animal.

Empresário do ramo automotivo

Os cuidados da oficina e de seu veículo

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este novo tempo, é preciso continuar prestando um serviço de qualidade, mas com segurança. Atendendo às orientações da Saúde, cuidamos da equipe e dos clientes. As máscaras e o álcool gel já fazem parte da rotina e os carros têm sido higienizados na chegada e na saída da oficina. Por outro lado, dê uma atenção ao seu carro, especialmente se tem feito pouco uso neste período. Lembre-se de fazer uma limpeza completa para evitar o surgimento de fungos e bactérias. Verifique periodicamente a calibragem dos pneus. O combustível pode se deteriorar em cerca de 2 meses, por isso deixar o tanque cheio ajuda, pois há uma menor oxidação. Prefira a gasolina aditivada. Esteja atento ao combustível que fica no tanque de partida a frio. Pensando na bateria, ligue o carro regularmente e rode por pequenos trajetos. É indicada a lubrificação do parabrisa, o que ajuda na conservação das palhetas e aumenta a eficiência na limpeza. É importante manter higienizado o sistema de ar condicionado e ventilação do veículo. Ao sair, limpe as maçanetas, o volante e os tapetes com álcool ou sabão. Deixe um frasco de álcool gel no carro e utilize-o sempre, inclusive para seus passageiros. É preciso compreender que tudo isso vai passar, mas para isso, é necessário proteger a sua saúde e o seu patrimônio.


12 Junho/Julho-2020

Fabiane Horlle Hoff Diretora da H. Maria Joias Contemporâneas e filha de Maria Helena Horlle Hoff

Depósito positivo

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im, fomos pegos de surpresa pelo COVID-19. Repentinamente e de forma involuntária, estávamos todos envolvidos em uma pandemia global causada por um inimigo desconhecido e invisível. Esta situação, até então inimaginável, nos traz um “eito” de incertezas, além de ter mudado muito as nossas rotinas: temos o mínimo de contato físico pelo distanciamento social, nosso ir e vir foi restringido, despimos nossos rostos de boa parte de suas expressões e os fardamos com máscaras e sim, estamos com medo. Não só do contágio, pois cedo ou tarde ele acontecerá para muitos de nós e talvez nem saibamos. Eu falo do medo da crise financeira, social e política. Esta pandemia tem provocado abalos nos mercados globais e paralisado atividades econômicas no mundo todo, com impactos na produção industrial, comércio, emprego e renda. Ok, é um momento de grande desconforto emocional.

A crise de forma geral atingirá a todos, em graus diferentes, por uma série de variáveis a que estamos expostos. A saúde emocional será fator decisivo para que consigamos ser resilientes, concorda comigo? Então, creio que precisamos pensar em formas de nutrirmos o nosso emocional. Tenho lido e pensado bastante sobre isso. Outro dia, em uma sessão on-line com minha terapeuta, Cris Manfro, indaguei a ela como liderar positivamente as pessoas da nossa empresa e família e ela me falou: “Faby, para que possamos dar conta da situação será necessário fazermos depósitos positivos para nós mesmos”. Então ela fez a analogia de que se não fizermos, por exemplo, depósitos de dinheiro em nossa conta bancária, não teremos saldo para usufruir. E bingo! Óbvio! Como teremos força para seguir em frente e lutar se não estamos depositando o combustível necessário? Pensem comigo, está tudo um caos, a incerteza corroendo a nossa esperança, a


13 Junho/Julho-2020

Giovana do Carmo

Estudante do 9º ano do Colégio Cenecista de Estância Velha. Mora no Bairro Nova Estância

gente sem fazer boa parte daquilo que nos dá prazer... Como fica o nosso ânimo para seguir em frente e matar um leão por dia? Sério, após algumas semanas de quarentena me olhei e credo: estava com o cabelo sem corte, as unhas das mãos um caos e a dos pés, nem se fala. Me deu um desânimo. Mas naquela semana havia saído um decreto municipal que os estabelecimentos que trabalham com beleza poderiam reabrir. Então liguei para o Salão que frequento e graças a Deus, estavam atendendo. Cortei o cabelo, fiz a manicure e fui na podóloga. Meu Deus do céu... vi uma nova mulher! Saí de lá tão feliz e realizada, com a minha estima bombando e quando cheguei no showroom, me vi escolhendo novas joias para o meu uso! Ainda lembrando daquela sessão de terapia, quando contei o episódio, a Cris Manfro me disse algo muitíssimo LIBERTADOR: “Você tem que apostar no direito de poder. No direito de poder. Ir lá cortar o cabelo, não é dever de cortar o cabelo. É no direito de poder cortar o cabelo. No direito de poder fazer uma unha e poder comprar uma joia. No poder de se arrumar. De se dar autoestima”. Entendi que é sim direito nosso nos darmos o autocuidado, o autoamor! E na real, o que eu havia feito? Um depósito positivo para a minha conta emocional!!! Pense sobre isso: quais os depósitos positivos que você tem se dado?

A jornada para cura

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lá! Meu nome é Giovana, estou com 14 anos e tenho uma história para te contar. Em 4 de dezembro de 2019, descobri um linfoma, sim, um tipo de câncer. Fui transferida do Hospital Regina para o Hospital Santo Antônio logo no dia seguinte. É aí que começa a minha nova jornada. Eu ainda estava em choque, sem saber direito o que viria. Depois de vários exames, de uma biópsia e da colocação de um cateter, finalmente descobriram: tratava-se do Linfoma de Hodking. Fiquei internada por quase um mês e, quando finalmente tive alta, pude sentir de novo o que era estar viva. Depois de algumas internações, comecei as quimioterapias. Passaram-se alguns meses com risos, tristezas, mal-estar, porém, no dia de hoje, 20 de maio de 2020, posso dizer estou na reta final do tratamento! Não sei expressar o quão estou emocionada. Só tenho a agradecer todo apoio e carinho! Se você conhece alguém que esteja passando por isso, seja paciente, pois algumas vezes perdemos o controle com os remédios e mudanças. Dê muito carinho! À você que passa por algo assim, não se desespere. Mantenha a calma. Tudo na vida é apenas uma fase. Se você foi escolhido(a), é porque tem força pra conseguir lutar contra tudo isso, e depois será apenas mais uma história para contar!


14 Junho/Julho-2020

Juliano Falcão Corretor de Imóveis (CRECI: 53.772)

A procura por imóveis em tempos de Covid-19

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om o distanciamento social, o espaço onde moramos ganhou maior importância. O setor imobiliário observou que a pandemia acelerou a decisão por morar em casas. Já havia uma procura por cidades afastadas dos grandes centros, mais limpas, seguras e com mais qualidade de vida. É o caso de Ivoti e Dois Irmãos, por exemplo. Gosto sempre de conversar com nossos clientes e entender o que precisam. As famílias estão buscando mais autonomia e liberdade. Querem usufruir com mais qualidade o tempo em família. Afora o fator trabalho e estudo: muitos profissionais estão trabalhando em sistema de home office e os estudantes não têm aulas presenciais desde março. Quando a gente ouve o cliente que vai percorrendo os cômodos ou vai adequando o projeto da casa, a gente percebe que cada um tem um jeito diferente de viver.

Acompanhamos todo o processo de decisão e ajustamos os espaços, comparamos casas, mostramos os arredores. Até lembramos que a casa pode crescer com a família: é a vontade de ter uma horta, de brincar com o cachorro e de jogar bola. É o churrasco que ganha novas receitas e o chimarrão que vai ocupar espaço na varanda. Isso é uma casa: ela conta histórias, se reveste de sentimentos e promove uma ligação com as pessoas que nela habitam. Trazem lembranças da avó pedindo para buscar o chá, a mãe que colhe o tempero do almoço, a tia que esconde o presente de Páscoa no jardim. Ela pode passar por gerações. A casa que você escolher fará parte de sua identidade, trará momentos de alegria e convívio. Vivemos tempos que exigem ajustes e novas decisões. Mas, com certeza, vamos estar fortalecidos. Fiquem bem.


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Do namoro ao casamento

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Scheffler e Scheffler OAB/RS5.776

ia dos Namorados e você? Quer pedir a namorada ou o namorado em casamento? A aliança está comprada e o regime de bens do casamento já está escolhido? Muitas pessoas se preocupam com o material mas deixam para trás detalhes importantes do seu casamento. Escolher o regime de bens é essencial para o dia a dia do casal. Dentre as opções tem a comunhão universal de bens. Dizem que é para quem ama de verdade, pois todo o patrimônio se torna coletivo na união, até mesmo doações e heranças individuais, mas limita os casais de serem sócios em empresas. A comunhão parcial de bens, regime que hoje é o normal, permite que os casais sejam sócios, mas não inclui no patrimônio comum as doações e heranças que cada um receber. Este regime é o legalmente adotado para quem não escolhe o regime e é válido também para as uniões estáveis que não têm documento específico para regulá-las. É o famoso “É nosso o que adquirimos pelo esforço comum”. Tem o regime do “o que é meu é meu e o que é teu é teu”: a separação total de bens. Mas a legislação permite regime misto, podendo o casal se organizar no formato em que se identificar mais. Ainda temos a participação final nos aquestos, em que os bens são apurados quando houver separação ou falecimento. Todos os regimes permitem que o casal organize, antes do casório como ficará a participação de cada um nos bens. Afinal, casamento vai além do Amor!

Tatiane Bagatini Psicóloga (CRP 07/14798) Arteterapeuta (AATERGS 187/1119) Mestre em Saúde Coletiva

Em tempos de lives, a árvore da vida

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om essa pandemia, o distanciamento entre as pessoas convoca a olhar e sentir a vida a partir do que é essencial, a nos reinventarmos e descobrirmos outras formas de relacionamento conosco e com os outros. O mundo digital vem respondendo a essa necessidade de comunicação com os outros e nos mostra diferentes pontos de vista e modos de viver através das lives. Diante disso, precisamos fazer escolhas conscientes, definindo prioridades segundo nossa sabedoria interna, do que é essencial para cada um. Escolher de forma consciente implica saber “quem sou”, “o que me nutre”, “de que preciso”. A árvore da vida celta – logotipo de meu trabalho – simboliza o processo terapêutico de autoconhecimento e de transformação pessoal, sendo um caminho de conexão interna com o que nos nutre (raízes), nos sustenta (tronco) e o que temos a oferecer ao mundo (galhos, flores e frutos). Permita-se sentir sua vida e ser quem você realmente é! Empreenda nessa jornada de descobrir-se e trazer ao mundo a sua luz!


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Dionni Fioravante

Pastor titular na 1ª Igreja Batista Reformada em Dois Irmãos, bacharel em Teologia e mestrando em Teologia Pastoral pelo Seminário Concórdia

Renascimento das relações interpessoais

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m meio a grande crise de saúde mundial, redescobrimos um novo jeito antigo de se relacionar, agora sem aperto de mãos ou abraços. Conseguimos perceber pequenos gestos no seio da nossa família os que outrora não notávamos, e ao usar um dos nossos novos acessórios obrigatórios, a máscara, mudamos inclusive a maneira de olhar para nosso semelhante. Olhar nos olhos nunca foi tão importante. Perceber um sorriso ou uma expressão de tristeza agora exige muito mais da nossa percepção, lembrando um antigo ditado que diz: “os olhos são o espelho da alma”. Precisamos nos esforçar para compreender o que alguém nos quer comunicar, sabemos que as coisas vão demorar um pouco para voltarem ao normal, mas após todo esse vendaval teremos aprendido lições que levaremos para a vida toda, principalmente a da solidariedade, isso mesmo! Sentir o que nosso próximo está sentindo. E cito um texto para concluir que se constitui no cerne de toda a escritura sagrada: "Amarás o Senhor teu Deus sobre todas as coisas de todo o teu coração e de todo teu entendimento, e o teu próximo como a ti mesmo." Lucas 10; 27.

Wilson Corrêa Vieira Psicólogo - CRP 07/25933

A máscara ou o sorriso?

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esta pandemia, estamos vivendo um período de infinitas questões. Preocupações, dúvidas, solidariedade, igualdade, interrogações e muito mais. Por exemplo, entre o sorriso ou a máscara, certamente, a máscara. Independente do orgulho, vaidade e egoísmo, a máscara nivela todos nós. Esconde o sorriso falso, sincero, triste ou de alegria. Demonstra uma situação de igualdade, preocupação, talvez medo, porque somos humanos e todos, igualmente, sujeitos aos mesmos riscos. Independe de situação econômica, esta que tanto insiste em diferenciar umas pessoas das outras, como sendo melhores ou piores. Solidariedade porque registramos inúmeras doações de alimentos e equipamentos hospitalares etc. Como estamos vendo, é um momento de grandes reflexões. Individualmente e coletivamente estamos vendo muitas iniciativas, e talvez aconteçam daí mudanças para um mundo melhor. Aprender com as adversidades é princípio básico, literalmente social, profissional e logicamente humano. Então a máscara, um pedacinho de pano, faz a diferença, porque nos coloca em condições de ser igual aos outros, ter que nos proteger, mas também proteger os outros. Se assim não for, o risco é iminente. Depois de afetado pelo vírus, não adianta chorar, é entrar na fila comum, e depois só Deus sabe. Além da disponibilidade dos profissionais da saúde, incansáveis lutadores, sofredores e muitas vezes indefesos, mas, colocando suas vidas em defesa das nossas. OBRIGADO, PROFISSIONAIS DA SAÚDEI


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Junho/Julho-2020

Comitê contra a fome em Ivoti

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combate ao coronavírus também ocasionou o fechamento e/ou a redução da produção de empresas na região. Houve perda ou restrição da renda de muitas famílias que estão enfrentando carência de alimentos, materiais de limpeza e de higiene. A fome não espera e precisa de solidariedade imediatas! Muitas pessoas e grupos se mobilizaram, mas como organizar esta rede de apoio? Com estas preocupações, as presidentes dos Conselhos Municipais da Saúde, da Pessoa com Deficiência e da Alimentação criaram o Conselho Contra a Fome, e com entidades beneficentes formouse o Comitê Contra a Fome. Além do serviço de assistência alimentar, o objetivo foi a unificação dos cadastros das famílias locais, possibilitando um diagnóstico para, no futuro, melhorar as políticas públicas e viabilizar a criação do Banco de Alimentos de Ivoti. A campanha iniciou a partir de 4 de abril com caixas de coleta em supermercados e farmácias da cidade, além da Brigada Militar, Delegacia e Comunidade Católica. Todas as doações são encaminhadas para a sala 6 do Centro de Pastorais, onde são montadas e distribuídas as cestas e entregues às famílias. Mais informações pelo whatsapp 99941-2761.

Vicente Fleck Advogado - OAB 73.662

Processos judiciais durante a pandemia

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assados alguns meses do início do isolamento devido à Covid-19, nos demos conta de que o que existia antes do isolamento mudará para sempre. A grande moda era compartilhar carros, espaços comerciais, hoje é proibido por decreto! A moda agora é o “novo normal”. O Poder Judiciário já vinha há muitos anos trabalhando na modernização dos processos e na migração do papel para a plataforma eletrônica e, portanto, podem ter andamento mesmo com o isolamento social, através do home office. Porém, duas situações têm travado o Poder Judiciário, primeiramente os processos que ainda são de papel, o que deve ser solucionado em breve, através da sua digitalização. O problema de solução mais difícil, e sem resposta até o momento, são as audiências, perícias e atos que exijam a presença das partes; não há como realizar uma audiência para ouvir testemunhas, nem como analisar a saúde de uma pessoa sem realizar este ato de forma presencial. Processos que necessitem a presença das partes para continuar tramitando estão suspensos em todo o País aguardando o fim da pandemia ou que seja encontrada uma solução. Este problema torna-se extremamente grave para pessoas que dependem de perícias médicas para receberem um benefício previdenciário ou trabalhadores que foram demitidos sem receber sua rescisão e necessitam da audiência para poderem encaminhar o seguro desemprego e o saque do FGTS. O novo normal da sociedade será cada vez mais digital, porém precisamos encontrar um caminho que não deixe o contato com as pessoas, seja para pratica de atos judiciais, seja para um tão necessário abraço.


18 Junho/Julho-2020

Michele Zamboni De Boni Psicóloga | CRP 07/09159 Atua na Clínica Mais Saúde

Insegurança no relacionamento: saiba como a insegurança pode afetar a vida do casal

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insegurança faz parte da vida de todo mundo, principalmente em um relacionamento. Isso se torna problema quando as pessoas envolvidas passam a não saber lidar com ela. Geralmente ela está ligada a situações que, em alguma instância, podem oferecer algum tipo de risco ou ameaça. Os medos, ciúmes, rejeições, ausência de afeto, situações de suposto perigo, desconfiança, começam a fazer parte da rotina do casal. A insegurança pode iniciar de forma natural e progredir para questionamentos e atritos com acusações e fantasias geradas pelo medo. A inquietação e o receio são elementos comuns na relação, muitas vezes geradas pela falta de diálogo. Assim sendo, as demonstrações de afeto e carinho ficam cada vez mais raras e aos poucos, pode fazer com que o casal assuma comportamentos agressivos mais sérios. O que fazer para tratar a insegurança no relacionamento? Confira 5 atitudes e dicas: 1. Reconheça a sua insegurança Autoconhecimento é a palavra-chave. A partir do momento em que a pessoa passa a analisar cada situação ocorrida no passado, ela perceberá se há justificativas sérias ou não para a insegurança.

2. Procure tratamentos para a autoestima Fugir das situações desagradáveis e que geram medo está bem longe da solução. Estes sentimentos devem ser reconhecidos e depois trabalhados para elevar a autoestima. 3. Aceitação de si Significa que perceber as fragilidades e pontos qualitativos em si mesmo é tão importante quanto reconhecer que podemos perder, que nem sempre estamos acima de tudo, e principalmente aceitar a si mesmo. 4. O valor da troca Todas as relações afetivas são baseadas em alguma forma de troca e do compartilhar de sentimentos, ideias, atitudes, etc. A reciprocidade é um fator muito importante. Quando uma pessoa apenas dá e não realiza a troca, perde um elemento no relacionamento. Cobrar ou pedir reciprocidade deve ser feito de forma consciente e horizontal. E isso significa não apenas esperar uma “recompensa” de prêmio ou conquista por meios de manipulação. A boa relação se dá com trocas isentas de outros interesses. 5. Faça hoje, não amanhã Não espere para mudar, trate de buscar terapias para o autoconhecimento, que proporcione um lugar seguro onde possa vivenciar sua relação no agora. Não acostume-se a fazer comparações com as relações passadas, é bom também cuidar das expectativas. Por vezes, se espera demais, sem conhecer a pessoa que se deseja estar junto. A insegurança é um mecanismo de proteção instintiva do ser humano, por isso é normal ter reações que não podemos segurar. Adotar novas posturas, aprender a ter autocontrole em relação àquilo que nos causa medo contribui para ter uma relação melhor com outra pessoa. Buscar ajuda profissional com a psicoterapia vai qualificar a sua forma de ver o mundo.


19 Junho/Julho-2020

Anemari Schmidt Teacher da Cliff Idiomas Bacharel em Comércio Exterior

Sobre o Dia dos Namorados

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odos nós buscamos a companhia de alguém que nos compreenda, uma pessoa com quem possamos viver momentos bons, mãos dadas, passeios ao sol, beijos e abraços. Alguém que desperte nossa melhor versão, que nos faça ver a beleza do mundo e que permaneça ao nosso lado quando nem tudo estiver bem. Hoje, quando tanta coisa é virtual, também os namoros podem ser e é coisa muito comum, principalmente entre os jovens. Então, são amores a longas distâncias, conversas tecladas madrugadas adentro, desabafos sem abraços, beijos na tela fria, o imaginário realçado. Lealdade e fidelidade de um casal. Melhores amigos, confidentes, amantes. Um dia, quem sabe, finalmente o encontro e a consolidação de uma relação. Ou não... Também têm os amores maduros, aqueles de segunda, terceira ou mais chance. Onde existe a busca pela felicidade, acreditando mesmo ser possível. Empolgação de adolescente a cada tentativa. Nas redes ou nos bailinhos. E têm aqueles que se tornam eternos namorados em relacionamentos sólidos que atravessam décadas e gerações. Relacionamentos que podem ser de romantismo, flores e bombons. Carinho, cuidado e amor. A outra metade da laranja. Mas será que se eu não estou inteira posso tentar me completar em outra pessoa? E quando o relacionamento traz dor,

machuca, abusa? O que me impede de terminálo? Às vezes, ele é tudo o que se tem, a ponto da pessoa não se dar conta do quanto é prejudicial, apenas ela começa a se perceber mais triste a cada dia, sem entender o motivo. E encontra sempre desculpas, justificativa pelo comportamento da outra pessoa. Perdoa, pois “nunca mais vai acontecer”. Mas acontece, pior até. E ela sente seu mundo cair. Mas um sorriso e um novo pedido de desculpas põem tudo no lugar de novo. E assim segue, até que um dia o ciclo se quebre e a alforria é conseguida, pois acaba mesmo sendo uma escravidão. E pode também ser uma estória que tem um final ainda menos feliz! O respeito precisa ser a base. Respeito ao outro e a si mesmo. Sem essa de minha tampa da panela! Não dá para entrar numa relação pela metade e esperar que o outro o complete. É preciso entrar por inteiro e ficar ligado para ver se no decorrer do tempo você permanece a mesma pessoa do início, sem que precise mudar para agradar ou deixar pedaços seus pelo caminho. Que o amor ao outro seja imenso, mas nunca maior que o próprio! Enamore-se de você mesmo. Respeite-se. Ame-se. Arrume sua casa interior. E assim, de casa arrumada, receba a visita do amor! Permitase sentir, andar com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. E com aquele sorriso bobo no rosto. E seja feliz!


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A importância do Biólogo para a sociedade

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Me. Brites F. Pereira Vice Presidente CRBio-03 Biólogo (CRBio: 075654/03)

Biólogo possui uma ampla área de atuação podendo executar serviços em mais de 90 subáreas distintas dentro do Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia e Produção. Normalmente, ao Biólogo é atribuído o estigma de um profissional que somente trabalha com preservação ambiental ou com a pesquisa científica. Embora tenha um papel fundamental nestes setores, também contribui nas diversas outras categorias econômicas. O Biólogo pode, por exemplo, realizar trabalhos para a supressão de uma árvore no pátio da sua casa até um projeto de um grande parque eólico ou solar. Ele pode também atuar em laboratórios de análises clínicas ou até em aconselhamento genético para reprodução humana. Além desses trabalhos mais técnicos, os Biólogos também atuam na educação. A licenciatura coloca no mercado de trabalho professores que podem atuar no Ensino Fundamental e Médio e em universidades, se incrementarem seus currículos com cursos de pós-graduação. Nesse caminho foi desenvolvida, por exemplo, a Educação Ambiental (EA), que visa a mudar os hábitos para que as pessoas, respeitando a natureza,

Dr. Renato Veiga Júnior Tesoureiro CRBio-03 Biólogo (CRBio: 017617/03)

desenvolvam costumes e práticas em situações cotidianas como separar o lixo ou consumir alimentos saudáveis. Na área da saúde, atualmente, os Biólogos têm tido destaque por conta da pandemia, a começar pelo presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Biólogo Tedros Adhanom. Já no Brasil temos como destaque o Dr. Átila Iamarino que tem prestado informações sobre o alastramento da Covid-19. Os Biólogos também atuam como gestores, buscando harmonizar e diminuir o impacto humano sobre o planeta, no esforço de garantir o bem estar social das pessoas. Esta é uma profissão regulamentada pelo Conselho Regional de Biologia da 3ª Região (CRBio-03), que abrange Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Conselho tem como objetivos fiscalizar, orientar e disciplinar os Biólogos registrados nesta autarquia. A população em geral pode e deve buscar orientações junto ao CRBio – 03, sempre que necessitar de trabalhos de Biólogos, onde dispomos de um cadastro com suas informações e áreas de atuação (http://www. crbiodigital.com.br/portal). Esta gestão do CRBio-03 (2019-2023) vem trabalhando de forma ativa. Estamos à disposição!


21 Junho/Julho-2020

Bruxismo

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bruxismo é uma tendência que temos de descarregar, nos dentes, nossas tensões e emoções, causadas por estresse ou ansiedade. Ocorre em todas as faixas etárias, é um hábito noturno, mas algumas pessoas podem fazer durante o dia também. Causam dores de cabeça, desgaste de dentes, problemas gengivais e disfunções na articulação da mandíbula. O bruximo, afinal, é o ato de ranger ou apertar os dentes durante o sono. Essa pressão pode provocar desgaste e amolecimento dos dentes. Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula. Outros sintomas são dor e zumbido no ouvido, dor no pescoço, na mandíbula e nos músculos da face por causa do esforço realizado pelos músculos da mastigação; estalos ao abrir e fechar a boca, alterações do sono. A intensidade e a frequência das crises podem variar de uma noite para outra. O tratamento se dá com a análise do dentista sobre as causas do problema e a confecção de placa miorrelaxante que é moldada conforme a arcada dentária do paciente. Elas ajudam a restringir o movimento dos músculos da mastigação e a reduzir o atrito

Marcia Schardosim Cirurgiã-dentista | CRO 12316 Especialista em Radiologia Odontológica Especialista em Ortodontia

que provoca o desgaste e o abalo dos dentes. Muitas vezes é necessário uma ação conjunta com fisioterapeuta. Na infância, o bruxismo é comum quando estão sofrendo algum tipo de problema emocional ou estresse. Estudos mostram que 30% dos pequenos entre 3 a 6 anos fazem o bruxismo como uma válvula de escape. Têm tendência as crianças em fase de mudança, como a troca de escola, época de provas, competições escolares, divórcio dos pais, cobrança excessiva para se sair bem em alguma tarefa, hiperatividade e distúrbios neurológicos como autismo. No bruxismo, a sobrecarga de força de um dente no outro pode acarretar muitos problemas, entre eles, a má posição dos dentes de leite, podendo causar uma desarmonia entre os arcos dentários. O tratamento na criança é multidisciplinar. Os pais podem consultar um dentista odontopediatra para acompanhar o crescimento e erupção dos dentes da criança. E também procurem o auxílio de uma psicóloga para avaliar qual a causa do estresse. Assim é possível fazer um diagnóstico precoce e correto, diminuindo ou até evitando problemas futuros.


22 Junho/Julho-2020

Paulo Link Produtor de plantas ornamentais Autor do livro “Convívio com os netos”

Revelações da pandemia

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a história da humanidade, é cíclico o aparecimento de doenças, pandemias, guerras, catástrofes da natureza que ceifam muitas vidas humanas. A pandemia da Covid-19 é severa, e todos devem se precaver e seguir orientações das autoridades competentes. A politização do evento é extremamente prejudicial à população. Neste tempo de reclusão, aqui em casa, a TV está bastante ligada, principalmente à noite, mas evito os noticiários nas estações mais sensacionalistas e tendenciosas. Assim, tenho viajado em canais com documentários e percebi que há muita beleza por esse Planeta. Há muito a ser explorado. Não vejo motivo para procurar vida em outros planetas, pois há muito o que trabalhar e melhorar nessa enorme bola que gira ao redor do Sol, chamada Terra. Vejo muita riqueza e pobreza. Assisti a um programa sobre um país da Ásia e fiquei estarrecido com a miséria reinante. Também na África, com sua fome e doenças em alguns países beirando o mais baixo grau de satisfação de necessidades do ser humano. As mais prejudicadas são as crianças. As riquezas não estão bem distribuídas. Pouco se fala sobre essa calamidade. Lembro do nosso

poeta Mário Quintana: o homem vai à Lua, mas não atravessa a rua. A pandemia expôs muitas feridas. Quando foi aberta a inscrição para o Plano Emergencial, algo em torno de 90 milhões de brasileiros se inscreveram. A maioria necessitados; porém, como sempre, houve os aproveitadores que fizeram dupla inscrição – se colar colou – fraudando dados e, até, sacando valores alheios. Há outras doenças que ficaram expostas, como fome, desonestidade... Quando um governo precisa editar leis sobre o uso da máscara e outras providências, a sensação é de que a educação está falha. Na Ásia, em certo país, os governantes editaram apenas as recomendações, o povo todo seguiu à risca, e os registros de contaminados e mortos foram poucos. Penso que o maior problema de um povo é a fome. Quando não se dá oportunidade de ganhar o pão com seu trabalho, isso também gera uma catástrofe. Presenciamos também muitos exemplos positivos. Oremos!


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INFORME PUBLICITÁRIO

Residencial de idosos. Aposentadoria no Chile Quando é a hora de ir? Junho/Julho-2020

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envelhecimento traz limitações que geralmente iniciam com comprometimentos físicos que impactam diretamente na autonomia do idoso. A decisão de investir em um residencial especializado para terceira idade, ainda mais em tempos de pandemia, nem sempre é uma tarefa fácil. Para alguns, o sentimento é de culpa, para outros, tranquilidade por saber que seu ente querido encontra-se em um local especializado no cuidado à terceira idade. Afinal, quando é a hora de buscar um residencial de idosos? De acordo com a médica do Sinfonia Vale do Sinos, Bruna Beck, o idoso apresenta alguns sinais: - Sinais de quedas, emergências de saúde e pequenos acidentes de carro; - Dificuldades de gestão de atividades do dia a dia, como vestir-se, tomar banho e cozinhar; - Mudanças físicas, como perda ou ganho de peso, aumento na fragilidade ou odores corporais desagradáveis; - Falta de memória pela cozinha, tais como a presença de produtos perecíveis que já venceram há bastante tempo; - Eletrodomésticos de uso constante

quebrados e sem conserto agendado. - Sinais de incêndios. Procure marcas de chamuscado nos botões do forno ou em cabos de panela, além de pegadores queimados e extintores de incêndio descarregados. As baterias de detectores de fumaça e monóxido de carbono estão carregadas? - Uma casa que já foi bem cuidada apresenta sinais de desorganização, sujeira, limo no banheiro e na cozinha e cestos repletos de roupa suja? - Plantas e animais de estimação abandonados. - Sinais de negligência no exterior da casa, como janelas quebradas, calhas e ralos cheios de sujeira, lixo espalhado e caixas de correio cheias de cartas. Não existe uma regra para o momento certo para essa mudança de moradia, mas as dicas acima, sobre os sinais que quando devemos pensar que o idoso não tem mais condições de ficar sozinho em sua residência, ajudam a responder esta pergunta. Toda vez que começar a existir risco à integridade física do idoso a família deve iniciar o processo de procura de cuidadores ou alguma instituição.


24 Junho/Julho-2020


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