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Iniciação científica: primeiras impressões como jovem pesquisadora

Iêda Ferreira de Souza22 IFRS Campus Farroupilha

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Este ensaio tem o objetivo de relatar a importância da iniciação científica (IC) para a trajetória acadêmica, dado que foi um passo importante para a minha constituição enquanto acadêmica e futura docente. Desta forma, espero contribuir com os colegas da área da Educação, em especial aqueles que pretendem desenvolver ações de IC.

Neste momento, atuo como IC no projeto Brinquedoteca do curso de licenciatura em Pedagogia: espaço de ensinar e aprender, um projeto de caráter indissociável, que une as dimensões de ensino, pesquisa e extensão e que se propõe a pensar um espaço para incentivar os acadêmicos a refletirem sobre a importância do brincar na sua formação docente.

Ao entrar em uma graduação, o aluno interessado em desenvolver pesquisa e em seguir carreira acadêmica tem a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos com a iniciação científica,

22Bolsista de iniciação científica no Projeto Brinquedoteca do curso de licenciatura em Pedagogia: espaço de ensinar e aprender. Acadêmica do curso de Formação Pedagógica para Graduados não Licenciados (IFRS – Campus Farroupilha). Graduada em Comunicação Social – Jornalismo. E-mail: ieda.ferreirasouza69@gmail.com

através de programas desenvolvidos pela instituição. É o primeiro contato do graduando com a pesquisa acadêmica, que consiste em um estudo aprofundado de um tema escolhido pelo graduando, em qualquer área do conhecimento, com duração média de um ano e sob orientação de um professor da instituição. Minha orientadora é a professora Samantha Dias de Lima, coordenadora do projeto e organizadora deste livro. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) promove muitas possibilidades aos seus estudantes.

Os programas de iniciação científica são geralmente realizados através de processos seletivos nas modalidades remunerada ou voluntária. Para ter direito à remuneração, o pesquisador precisa vincular o seu projeto a instituições de incentivo à pesquisa, entre elas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ou utilizar os recursos próprios da sua instituição, para submeter o projeto a um processo seletivo e receber bolsa-auxílio.

Ingressar na iniciação científica pode até parecer um projeto distante e difícil de desenvolver; mas, à medida que o tema da pesquisa é definido e o graduando começa a pesquisar e a desenvolver o conteúdo, o projeto vai tomando forma e se estruturando. Para isso, é preciso formular o problema e a metodologia que vai ser adotada para enfrentá-lo, além de coletar e analisar dados e chegar às conclusões.

Com relação ao tema que atuo na IC, acredito que o brincar ajuda na evolução física, social e psicológica das crianças, tendo papel importante no aprendizado e no ensino da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Autores como Brougére

(2010), Cunha (2010), Kishimoto (2019) e Pozas (2014) contribuem no nosso entendimento acerca do brincar e são constante pauta de estudos.

Em virtude da pandemia, o projeto desenvolveu suas ações de modo virtual, sendo algumas delas: postagens semanais de conteúdos no Instagram (@pedagogia_ifrs.farroupilha), lives, apresentações de trabalhos em eventos científicos e elaboração deste livro.

Diante do que foi exposto, considero a iniciação científica como imprescindível para a formação do graduando, especialmente para aquele que, como eu, almeja seguir a carreira acadêmica. É, portanto, a partir da iniciação científica que será possível compreender o quão importante e necessário se faz para o graduando adquirir mais experiência na sua área, para ajudar na solução de problemas e aprimorar as suas qualidades profissionais, de modo que a pesquisa se torna instrumento importante para a sua formação. Essa experiência faz-se ainda importante para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Referências

BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e Cultura. São Paulo: Cortez, 2010.

CUNHA, Nylse Helena da Silva. Brinquedoteca um mergulho no brincar. 4.ed. São Paulo: ed. Aquariana, 2010.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O Brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage Learning, 2019.

POZAS, Denise. Criança que brinca mais aprende mais. Rio de Janeiro: Editora Senac, 2014.

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