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1 05 Novembro 2010
The Answer Zone ... 1
LPB...5
Entrevista: Augusto Sobrinho...9 Allen Iverson na turquia...13 Nba...15
Who’s Blake Griffin?...18
Don Nelson...21 Kwane Brown - a historia de um Flop...25
Old Schoool: Jonh Stockton...31 Que marcas Calçam as Estrelas?...33 NCAA 10/11...48 Georgetown: a Faculdade dos Centers...49
NBA 2k11 - Mesou’s Review...53 Quiz...57
User: Font_aka_ELD...59
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Imagem de marca CHRIS ANDERSEN É provavelmente o homem mais colorido da NBA. É difícil destacar qual a tatuagem mais exuberante de “Birdman”, se as asas por baixo dos braços, se o cadeado à volta do pescoço (agora quase invisível) ou se a mais recente “aquisição”, um misto de cor no pescoço com a frase “Free Birdman”. Resta tentar adivinhar qual será a próxima tatuagem de Andersen e já agora, onde ficará situada.
¿Sabias que?
PAU GASOL QUERIA SER MÉDICO Pau Gasol é filho de mãe médica e pai enfermeiro. O actual jogador dos Lakers chegou mesmo a estudar Medicina numa universidade espanhola mas desistiu para se dedicar ao basquetebol. É caso para dizer que se perdeu um médico para se ganhar um extraordinário basquetebolista que trata da “saúde” aos seus adversários.
1 05 Novembro 2010
The curious case of…
DEJUAN BLAIR É um dos casos mais estranhos e apaixonantes da NBA. Pode parecer estranho mas a verdade é que DeJuan Blair não tem ligamentos cruzados anteriores nos joelhos. O jogador dos San Antonio Spurs fez várias operações para tentar corrigir uma anomalia nesses mesmos tendões, mas correram mal. Com o tempo os ligamentos foram deteriorando-se acabando por desaparecer. Estes ligamentos são responsáveis pela estabilidade do joelho, impedindo movimentos e rotações anormais como a translação anterior da tíbia em relação ao fémur, sendo por isso a lesão nos ligamentos cruzados um dos maiores pesadelos de uma atleta. É por isso estranho que Blair consiga jogar basquetebol, mas a ciência pode ter uma explicação. Devido ao facto de a deterioração dos ligamentos ter sido gradual, é possível que os seus músculos e os restantes ligamentos se tenham adaptado de forma a absorver melhor os choques resultantes .. de um salto, por exemplo. Outra explicação possível poderá ser o facto de os restantes ligamentos de Blair serem extremamente fortes. E ainda há outra. Vários médicos apontam a hipótese do jogador ter inconscientemente arranjado uma forma de saltar sem provocar grande dano nos joelhos. A verdade é que a carreira de Blair está constantemente em risco, pois está muito vulnerável a uma lesão grave no menisco.
My 2 Cents…
NBA bolides
O famoso
Ferrari F430 Spider LeBron James
Eminem, Detroit Pistons Até na estrada LeBron James gosta de ser o rei.
Porque ninguém te quis Allen Iverson? Como é que jogadores como o Kwame Brown arranjam equipa e um futuro Hall of Famer não? Por ser veterano? Por essa razão o Shaquille O’neal não teria lugar numa equipa como os Boston Celtics nem o Jerry Stackhouse nos Miami Heat. Porque não vão os Heat buscar um jogador que poderia ser um bom base para ajudar na equipa? Dinheiro não seria problema visto que Allen Iverson não iria exigir uma quantia exagerada. Nos Heat Iverson poderia lutar pelo anel de campeão, algo que certamente seria mais forte de que um possível grande ego. Mas não seria apenas em Miami que Iverson teria lugar. Equipas como os Orlando Magic, Charlotte Bobcats ou até mesmo os Chicago Bulls ficariam bem servidos com um jogador com as características de Allen Iverson. Há quem fale em conspiração e que haja dedo de David Stern nesta história toda. Seja como for, talvez estivesse na hora de alguém fazer algo por Allen Iverson, depois de tanto que ele já fez pela NBA. Depois de um legado como o do pequeno base, não há duvidas que merecia um melhor fim. But that's just my two cents…
fã…
Antes de se transferir para Miami LeBron adquiriu um espetacular Ferrari F430 Spider, com o seu carimbo pessoal.
È um dos mais famosos fãs dos Detroit Pistons. O rapper norte americano Eminem assiste a vários jogos no pavilhão da equipa de Detroit. Nascido nesta mesma cidade, é daí que vem a principal razão para o amor pelos “Bad Boys”.
O carro foi especialmente modificado para a estrela e nem o seu logo ficou esquecido. Nas jantes é possível ver o “LB23” das suas sapatilhas Nike. O preço base de um destes carros é de mais de 200 mil euros. Com estas personalizações, o valor é bastante superior. Talvez ainda venha a ficar mais caro, agora que virou “LB6”.
Bons velhos tempos…
Tim duncan wake forest Tim Duncan é ainda hoje tido como um dos melhores jogadores universitários de sempre. Durante quatro anos o agora jogador dos San Antonio Spurs liderou a equipa da Universidade de Wake Forest. Foram mais de 2 000 pontos, 1 500 ressaltos, 400 blocks e 200 assistências. Foi escolhido sem grande surpresa na primeira posição do draft da NBA em 1997. É agora um dos melhores jogadores da história do basquetebol. Ano 93-94 94-95 95-96 96-97
PPJ 9.8 16.8 19.1 20.8
RPJ 9.6 12.5 12.3 14.7
BPJ 3.8 4.2 3.8 3.3
APJ 0.9 2.1 2.9 3.2
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THENBANICK
THENBAGIRL
THE WORM
LA LA VAZQUEZ
Dennis Rodman
Esposa de Carmelo Anthony
É provavelmente um dos nicknames mais famosos da NBA e pertence ao inigualável e polémico Dennis Rodman. The Worm (em Português “O Verme”) era o nome pelo qual era conhecido, muito por culpa da sua forma de jogar, por vezes violenta ou mesmo suja, mas também apaixonante e admirada por muitos. Era também muitas vezes chamado de "Dennis, The Menace”, isto é a ameaça, num trocadilho com o famoso filme “Dennis, o Pimentinha”.
É uma das perdições da estrela dos Denver Nuggets. Alani Vazquez nasceu em 1979 nos Estados Unidos e casou-se com Carmelo Anthony em 2010. La La é DJ, actriz e ainda trabalha em programas de televisão, nomeadamente na MTV.
Sugestão “Sir IBlocka” Um sugestão de nickname para Serge Ibaka dos Oklahoma City Thunder. O porquê? Muitos simples, soa o nome dele e todos sabem da apetência deste jovem para desarmar lançamentos (a.k.a blocks). Sem dúvida o nick certo na pessoa certa.
NBALOOKALIKE Shannon Brown & Chris Brown Shannon Brown (á esquerda) dos Los Angeles Lakers e o cantor Chris Brown (á direita) não partilham apenas o apelido. Os dois partilham também uma aparência física bastante idêntica. Basta perder alguns minutos na internet e procurar pelos dois jovens para se ficar espantado com tanta semelhança. Para além de partilharem o mesmo estilo de cabelo, partilham também o mesmo estilo na barba, usam ambos “brincos” e até têm os dois, gosto pelas tatuagens. No meio de tanta semelhança, há mesmo quem diga que os dois são irmãos separados ou mesmo gémeos.
3 05 Novembro 2010
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BASQUETEBOL NACIONAL
Micka The Answer & manu-ginobili
stá de regresso a Liga Portuguesa de Basquetebol. Composta por 12 equipas, cada uma delas terá pela frente vinte e dois jogos para se tentarem apurar para os Playoffs. As duas novidades este ano chamamse SC Lusitânia e BC Penafiel. As duas equipas chegam ao escalão máximo do basquetebol nacional depois de terem alcançado a final da ProLiga na temporada passada. A equipa penafidelense é uma estreia na LPB. No entanto, a equipa orientada por Manoel Povea, não vai contar com uma das grandes atracções da equipa. Will Foster, norte-americano com 2,26 metros deixou a equipa por não se estar a adaptar à equipa e à cidade.
5 05 Novembro 2010
Quanto à Lusitânia, trata-se de um regresso ao primeiro escalão nacional de basquetebol. Mas os grandes candidatos ao título deverão continuar a ser os suspeitos
do costume – FC Porto Ferpinta e SL Benfica são considerados os mais fortes, mas equipas como Vitória de Guimarães e Ovarense poderão surpreender e entrar na luta.
A primeira jornada
A segunda jornada
A primeira jornada não trouxe grandes surpresas. Os favoritos FC Porto e Benfica venceram os respectivos desafios.
A segunda jornada da LPB trouxe a primeira derrota dos campeões nacionais. O Benfica foi a Guimarães perder com o Vitória por 76-71. Os minhotos contaram com a inspiração de Brandon Brown que conseguiu 27 pontos e 12 ressaltos.
Os encarnados foram demolidores e venceram o CAB Madeira por 107-69. Liderados pelo base Miguel Minhava, os madeirenses viram o jogo fugir logo na primeira parte. Destaque também para as exibições de Greg Jenkins, Sérgio Ramos e do lusoamericano Heshimu Evans. Já os “dragões” tiveram pela frente o Vitória SC. Apesar de uma vitória por 70-59, o jogo foi complicado para o FC Porto Ferpinta. Num jogo equilibrado, destaque para a exibição dos portistas Greg Stempin, com 17 pontos e Julian Terrell. Nos outros jogos da primeira jornada destaque para a vitória fora de casa do recém promovido SC Lusitânia Expert. Venceram o Barreirense por 71-69 com uma grande exibição de Marcel Momplaisir (23 pontos, 11 ressaltos e 4 desarmes de lançamento).
Já o outro candidato ao título, o FC Porto Ferpinta, arrecadou a segunda vitória em dois jogos. Os dragões foram à ilha Terceira “demolir” a Lusitânia. 57-90 foi o resultado final , com Julian Terell a voltar a ser a grande figura do jogo, ao anotar 18 pontos e 11 ressaltos. Destaques também para a segunda vitória do Casino Figueira Ginásio (vitória por 80-81 em Coimbra frente à Académica) e para a primeira vitória do recém promovido CB Penafiel (63-75 frente ao Illiabum, que somou assim a segunda derrota consecutiva).
Casino Ginásio 86 - 75 Ovarense Dolce Vita
CAB Madeira 97 - 88 Sampaense Basket
Sport Lisboa Benfica 107 - 69 CAB Madeira
Ovarense Dolce Vita 77 - 76 Barreirense
FC Porto Ferpinta 70 - 59 Vitória SC
Illiabum 63 - 75 CB Penafiel
CB Penafiel 68 - 81 Académica Coimbra
Académica Coimbra 80 - 81 Casino Ginásio
Sampaense Basket 93 – 92 Illiabum
SC Lusitânia EXPERT 57 - 90 FC Porto Ferpinta
Barreirense 69 - 71 SC Lusitânia EXPERT
Vitória SC 76 - 71 Sport Lisboa Benfica
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A terceira jornada A terceira jornada da LPB também não trouxe muitas surpresas. A Ovarense venceu a Académica por 6 pontos (72-66) com um jogo equilibrado do início ao fim. O MVP foi Fernando Sousa, da Académica ao marcar 28 pontos. Do lado dos vareiros foi Webster com os seus 22 pontos e 7 ressaltos a liderar a equipa à vitória. Os benfiquistas conseguiram uma vitória na Luz frente à Lusitânia com um jogo bem conseguido por parte de Heshimu Evans e Sérgio Ramos. O Benfica controlou o jogo do início ao fim, com apenas uma desconcentração no 3º período. Já no Porto, era vez de ir ao Barreiro para defrontar o Barreirense. A equipa portista deu conta do recado e venceu por 60-85. Greg Stempin foi o melhor dragão com 17 pontos. Nos outros jogos, o destaque vai para o V. Guimarães – Sampaense, onde a vitória sorriu à equipa do Sampaense pela margem mínima. 82-83 foi o resultado final. Destaque também para a continuação do Ginásio como invicto da liga.
A quarta Jornada Quarta jornada, jornada de clássico entre os dois principais candidatos ao título, Benfica e FC Porto. Os “dragões” levaram a melhor numa grande vitória por 91-74. O FC Porto teve uma % de 3 pontos fenomenal com 19 marcados em 35! Destaques para Sean Ogirri com 22 pontos e Stempin com 16 pontos e 7 ressaltos. Do lado do Benfica foram Heshimu e Ben Reed os mais inconformados. Uma surpresa da jornada foi a derrota da Ovarense em Ílhavo por 2 pontos. Webster e Cortez foram os melhores do lado de Ovar com 24 pontos e 13 ressaltos e 23 pontos e 10 ressaltos, respectivamente. Ainda assim não foi suficiente para impedir a derrota. Nos outros jogos, o Ginásio segue invicto ao vencer o CAB Madeira. A Académica venceu o Barreirense por 87-64 com um grande jogo de Fernando Sousa. Também o Sampaense venceu, desta vez o Lusitânia, e o Vitória venceu pela margem mínima ao Penafiel.
Ovarense Dolce Vita 72 - 66 Académica Coimbra
CAB Madeira 77 - 79 Casino Ginásio
Sport Lisboa Benfica 73 - 61 SC Lusitânia EXPERT
Illiabum 76 - 64 Ovarense Dolce Vita
Casino Ginásio 86 - 67 Illiabum
FC Porto Ferpinta 91 - 74 Sport Lisboa Benfica
CB Penafiel 62 – 73 CAB Madeira
Académica Coimbra 87 – 64 Barreirense
Vitória SC 82 – 83 Sampaense Basket
SC Lusitânia EXPERT 81 – 85 Sampaense Basket
Barreirense 60 – 85 FC Porto Ferpinta
Vitória SC 64 – 63 CB Penafiel
7 05 Novembro 2010
Quinta Jornada Mais uma jornada na LPB. Desta vez não houve “surpresas”, tendo cada equipa obtido uma vitória já esperada. O SL Benfica foi ao Barreiro com uma tarefa difícil de defrontar o Barreirense após uma derrota pesada frente os “dragões”. Os jogadores não vacilaram e obteram uma importante vitória. 56-79 foi o resultado final num jogo em que o MVP foi Sérgio Ramos, apesar de ter sido um jogo muito colectivo. Marcou 15 pontos e ganhou 7 ressaltos. Os “vareiros” receberam o CAB Madeira e conseguiram uma vitória esperada. O MVP foi Nuno Cortez pois marcou 13 pontos, mas ganhou 16 ressaltos! Ryan Schneider também esteve em bom plano ao marcar 18 pontos. Do outro lado foi Nathan Menefee o mais desconsolado. Já o FC Porto, ainda invicto, foi ao Serafim Marques vencer por 75-106. O colectivo funcionou muito bem neste jogo, tendo quase todos os jogadores marcado muitos pontos. Ainda assim, o MVP foi o João Santos com 14 pontos e 6 ressaltos. Também Nuno Marçal e Sean Ogirri estiveram com um bom jogo. Nos
outros
jogos,
o
Ginásio
continuou invicto, sendo uma grande surpresa da LPB, ao vencer o Vitória por 88-77. Destaque para Tomás Barroso e Richard Oruche. O Penafiel venceu o Lusitânia por 52-50 e o Illiabum foi a Coimbra vencer a Académica por 70-81.
Sexta Jornada Sexta jornada da LPB, marcada principalmente pelo equilíbrio demonstrado em todos os jogos. O “menos” equilibrado foi o FC Porto – CB Penafiel. No Dragão Caixa, o Porto continuou com os bons jogos e consequentes vitórias. Desta vez a vítima foi Penafiel. Vitória do FC Porto por 77-55. Neste jogo o destaque foi para Gregory Stempin ao fazer um duplo-duplo com 24 pontos e 10 ressaltos.
lado dos “vareiros” foi Jason Smith com 23 pontos e 8 assistências o melhor. Também Nuno Cortez e Fernando Neves estiveram em bom plano. Nos outros jogos, o Ginásio teve a sua primeira derrota frente ao Lusitânia por apenas 1 pontos. Já o Illiabum venceu por 2 pontos em Ílhavo o Barreirense enquanto a Académica venceu por 85-80 o CAB Madeira. Confirma os resultados em baixo:
O Benfica recebeu na Luz o Sampaense que conseguiu vencer com dificuldade por 74-71. Jogo muito equilibrado com Riley Luettgerodt a ser o MVP com 28 pontos e 9 ressaltos. Do lado do Benfica, foi Sérgio Ramos com 15 pontos e 11 ressaltos o melhor. Já a Ovarense foi a Guimarães perder por apenas 1 ponto de diferença. O jogo podia ter caído para qualquer lado, mas foi o Vitória a levar a melhor. Destaques para Nolan Richardson com 20 pontos e Kevin Jr com 19 pontos e 12 ressaltos. Do
Sampaense Basket 75 - 106 FC Porto Ferpinta
Académica Coimbra 85 - 80 CAB Madeira
Ovarense Dolce Vita 87 - 79 CAB Madeira
Vitória SC 81 - 80 Ovarense Dolce Vita
Académica Coimbra 70 – 81 Illiabum
Illiabum 79 - 77 Barreirense
Casino Ginásio 88 - 77 Vitória SC
Sport Lisboa Benfica 74 - 71 Sampaense Basket
CB Penafiel 52 - 50 SC Lusitânia EXPERT
SC Lusitânia EXPERT 63 - 62 Casino Ginásio
Barreirense 56 - 79 Sport Lisboa Benfica
FC Porto Ferpinta 77 - 55 CB Penafiel
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Fomos entrevistar o MVP da final da última temporada da Proliga. Fique agora a conhecer melhor o jovem de 25 anos que muitos apontaram como um dos futuros do basquetebol nacional. ugusto Sobrinho nasceu a 31 de Março de 1985 na cidade do Porto. Apesar de ter começado a jogar no Basquete de Leça, a sua formação foi feita no FC Porto, clube que representou durante doze anos, seis deles como profissional. Nesses anos conquistou vários títulos, entre os quais um Campeonato Nacional e três Taças de Portugal. Aos 24 anos, o extremo-base deixou os “Dragões” para rumar à Ilha Terceira nos Açores para representar o Lusitânia. Apesar de ter estado afastado algum tempo devido a lesão, Augusto foi uma das figuras da equipa, sendo muito importante na conquista da Proliga pelo Lusitânia. O jovem foi mesmo o MVP da final em Penafiel com 32 pontos, seis ressaltos, seis assistências, três roubos e nove faltas sofridas.
9 05 Novembro 2010
ZonaBasket: ‘Primeiro de tudo: Quem é o homem Augusto Sobrinho?’ Agusto Sobrinho: ‘O homem Augusto Sobrinho é um homem normal, igual aos outros... Com os seus defeitos e virtudes... Muito preocupado com a família e amigos e com o bem-estar deles! Preservo muito a minha Saúde e a minha imagem... As minhas maiores virtudes são ter muita Força de Vontade, Capacidade de Sacrifício, Garra, Ambição e Determinação! Os meus maiores defeitos são ser Orgulhoso, Teimoso e Vaidoso!’. E o jogador Augusto Sobrinho? ‘O jogador Augusto Sobrinho é um jogador completamente apaixonado pelo Basquetebol, com muitos sonhos e objectivos em relação a carreira onde procura sempre triunfar, ganhar e crescer como jogador e pessoa!’.
Passando a falar da carreira, o que tem a dizer sobre a passagem pelo FC Porto? ‘Joguei 12 anos no FC Porto. Seis anos na formação e seis como profissional. Conheci muita gente, cresci muito como jogador e pessoa, aprendi muito com muitas pessoas que também trabalharam lá, fiz muitas amizades, passei dos melhores e dos piores momentos da minha vida lá. Fui 3 vezes Campeão Distrital, 3 vezes Campeão Nacional e ganhei 55 troféus, taças e medalhas desde Melhor Marcador, Melhor Jogador, 5 Ideal, Concursos de Triplos, Concursos de Afundanços, etc... Para além do mais, o Porto é a minha equipa de coração, e foi na cidade do Porto, que nasci, cresci e vivi até aos meus 24 anos! Um dia tive que tomar a difícil decisão de deixar o FC Porto e arriscar na minha carreira visto que não estava a ser muito apostado nem utilizado como jogador e na minha opinião, injustamente... Foi arriscado na atura, mas não me arrependo minimamente da minha decisão. Sempre acreditei nas minhas capacidades e se voltasse atrás voltaria a fazer tudo de igual forma!’ Foi importante "dar um passo atrás" e rumar ao Lusitânia? ‘Sim, foi muito importante! Valorizei-me como pessoa, como jogador, comecei a jogar e a ter o tempo de jogo que realmente merecia, fiz novas amizades, criamos um espírito de equipa e de grupo super forte e coeso, e acabámos por fazer uma época perfeita! Subimos à Liga, fomos Campeões Nacionais e eu fui o MVP da final! Correu tudo da melhor maneira... Melhor era impossível. Para além do mais, tive a
oportunidade de conhecer os Açores e de facto a ilha Terceira (Ilha onde estive) é realmente muito bonita!!!’
‘Um dia tive que tomar a difícil decisão de deixar o FC Porto e arriscar na minha carreira’ Alguma vez pensou/ambicionou jogar no estrangeiro? A NBA era um sonho demasiado difícil de alcançar na sua opinião? ‘Nesta vida não há impossíveis... Eu gosto de pensar assim... Ambiciono sempre mais como pessoa e como jogador! Queria muito jogar um dia no estrangeiro e adorava jogar na NBA... Esse é o meu maior sonho! Sei que é muito difícil chegar lá, mas não porque não tenha capacidades... Portugal é que é um país pequeno e que valoriza pouco o Basquete. Fazemos pouca publicidade do nosso Basquete e dos nossos jogadores, porque talento em Portugal há e muito!’
‘Talento em Portugal há, e muito!’ Acha que há alguém em Portugal capaz de atingir uma liga como a NBA ou uma grande equipa europeia? ‘Sim, quando Portugal apostar mais no Basquete, valorizar mais os seus jogadores e expandi-los, projectalos, sem duvida que teremos muitos mais jogadores portugueses a jogar fora do país em ligas muito melhores!’
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Que balanço faz do estado do basquetebol em Portugal? ‘O meu balanço é realista. Não é dos melhores porque em primeiro lugar, não e a modalidade principal, segundo lugar porque tem pouca publicidade e projecção e terceiro lugar e último, estamos em tempos de crise e isso reflecte-se em todo o lado, até mesmo no Desporto!’ Uma pergunta que muita gente faz: é possível viver do basquetebol em Portugal sem jogar numa equipa como o FC Porto ou Benfica? ‘Claro que sim...Muitos jogadores da primeira liga de Basquetebol, e alguns da segunda (Proliga) vivem somente do Basquete! Enquanto jogador vive-se bem, mas depois da carreira acabar, o dinheiro não dura eternamente! É importante tirar um curso, formar-se e começar no mundo do trabalho ou continuar ligado ao Basquete como treinador ou preparador físico! Sem dúvida que os clubes portugueses que pagam melhor são Benfica, Porto, Vitória de Guimarães, Ovarense e ilhas (Açores e Madeira)!’ O que espera da nova época a nível individual e colectivo? ‘A nível individual espero continuar a crescer e a evoluir como pessoa, amigo, colega de equipa e jogador de Basquete! A nível colectivo, espero que o Vitória faça uma grande época e que lute por todas as competições (Taça da Liga, Taça de Portugal e Campeonato Nacional).’ Quanto ao futuro, o que espera? Ambiciona o estrangeiro? E a Selecção Nacional? ‘De momento estou de corpo e alma no Vitória. O futuro a Deus pertence, mas como é óbvio
11 05 Novembro 2010
ambiciono jogar numa liga mais forte e representar um dia, o meu país e a Selecção Nacional!’
passada! Subida a Liga, Campeão Nacional e MVP do jogo com 32 pontos! O Jogo Perfeito!’
Suponho que acompanhe a NBA. Tem alguma(s) equipa(s) favorita(s)? ‘Sim, acompanho bastante a NBA. Adoro ver os Lakers pela dupla magnifica Kobe e Gasol. Gosto de ver os Boston Celtis pelos "fantastic 4" (Rondo, Pierce, Ray Allen e Kevin Garnett). Gosto de ver os Miami Heat e os seus 3 Reis (James, Wade e Bosh), e estou a começar a adorar ver os Golden State Warriors pelo Monta Ellis e a sua capacidade incrível de marcar pontos mesmo só com 1,90 cm, e também estou a adorar ver os LA Clippers pelo seu Rookie sensação Blake Griffin e a sua capacidade de saltar e afundar!’
Que mensagem/concelho deixa aos mais novos que querem fazer do basquete vida? ‘Joguem Basquete, pratiquem desporto, cuidem da vossa saúde, comam saudavelmente, durmam sempre entre 8 a 10 horas, bebam muita água e se querem fazer do Basquete uma carreira profissional, muito bem, mas nunca se esqueçam dos estudos e de um dia formarem-se e tirar um curso superior ou profissional!’
Qual o jogador que mais aprecia actualmente e no passado? ‘O jogador português que mais aprecio no passado é o Carlos Lisboa. Internacional é o Michael Jordan! O jogador português que mais aprecio actualmente é o Sérgio Ramos. Internacional é o Kobe Bryant!’ Momento mais importante da carreira: ‘Saída do FC Porto!’ Momento mais embaraçoso: ‘Momentos de Lesão, em que por impossibilidade física não posso fazer o que mais amo na vida... Que é jogar Basquete!’ O que mais se orgulha no basquetebol: ‘De tudo o que aprendi e vivi com o Basquete até hoje!’ Jogo mais bem-sucedido: ‘Final dos Playoffs, da Proliga a época
Na época 2010-11, Augusto Sobrinho vai representar o Vitória de Guimarães, deixando assim saudades no Lusitânia.
12 05 Novembro 2010
BASQUETEBOL EUROPEU
Micka - The Answer
Depois de não ter encontrado equipa na NBA, Allen Iverson mudou-se para a Europa, mais concretamente para o Besiktas ColaTurka da Turquia. A equipa turca passa assim a estar debaixo d’olho de meio mundo que adora o pequeno base norte-americano.
13 05 Novembro 2010
Depois de várias especulações está confirmado. Allen Iverson é agora uma ex-extrela da NBA e uma nova estrela na Turquia. Depois de 14 anos na liga Norte Americana, Iverson não conseguiu arranjar um novo contrato depois de dois anos a baixo nível. Chegou a estar ligado a uma possível ida para a China mas foram os Turcos que o levaram. Depois de fazerem furor no futebol ao contratarem Ricardo Quaresma e Guti, o Besiktas Cola Turka é agora também uma referência no mundo do basquetebol. Os turcos irão pagar cerca de 4 milhões de dólares durante dois anos ao astro de 35 anos. Como seria de esperar, o novo camisola quatro da equipa turca foi recebido em Istambul como um verdadeiro Deus. Logo à chegada, uma multidão de jornalistas e adeptos receberam de forma calorosa Iverson, que até pareceu assustado. Já durante o jogo de futebol entre o Besiktas e o Kasimpasa, o futebol passou para segundo plano quando se deu pela presença de “The Answer” no estádio. No dia 16 de Novembro Allen Iverson estreou-se pela nova equipa. AI jogou 25 minutos, anotando 15 pontos, duas assistências e três ressaltos. "Ele está muito animado, muito feliz por saber que o povo turco quer sua presença e aprecia o que ele traz para o jogo” afirmou Gary Moore, empresário do jogador. Allen Iverson vive assim uma nova experiência na carreira. Se na Turquia o povo está em delírio, o resto do mundo que segue a NBA não deixa de sentir a falta de um dos maiores talentos que o basquetebol já viu.
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NBA
NBA Está de volta a melhor liga de basquetebol do Mundo! Micka - The Answer les estão de volta. A National Basketball Association regressa e com imensas novidades. O Rei LeBron James tem um novo trono e juntamente com os amigos Dwyane Wade e Chris Bosh irão tentar fazer história na melhor liga de basquetebol do planeta. E não será difícil – com tanto talento tudo o que não for a conquista de títulos será um fiasco e se as coisas não correrem bem estarão para sempre ligados a um dos maiores desastres da história da NBA. Caso contrário, os Miami Heat serão para sempre recordados como uma das equipas mais demolidoras da NBA. Mas não estão só na corrida pelo titulo: Os veteranos Boston Celtics reforçaram-se com Shaquille O’Neal e com Rajon Rondo na equipa prometem fazer frente aos Heat e aos detentores do titulo, os Los Angeles Lakers de Kobe Bryant e Pau Gasol. Destaque ainda para os Chicago Bulls de Derrick Rose e agora também de Carlos Boozer, bem como os Oklahoma City Thunder do melhor marcador da temporada passada, Kevin Durant. Esta é sem dúvida uma época que promete!
15 05 Novembro 2010
Divisão Noroeste
Divisão Pacifico
Divisão Sudoeste
Utah – a equipa cambalhota
Campeão lidera isolado
Zona de líderes
Os Utah Jazz estão para já a ser uma das equipas sensação da nova temporada. Liderados pelo seu base Deron Williams, os Jazz não estão para já a sentir a falta de Carlos Boozer, até porque Al Jefferson está a mostrar-se uma boa alternativa. Mas a época está para já a mostrar uma equipa capaz de virar resultados. Os Jazz têm começado mal as partidas mas a verdade é que no fim acabam por ganhar, que o diga os Miami Heat. Os Oklahoma City Thunder e os Denver Nuggets também estão para já a fazer boa figura. O mesmo não se pode dizer dos Minnesota Timberwolves, que apesar de contarem com os fantásticos Kevin Love e Michael Beasley, continuam a ser uma das piores equipas da NBA.
Os Los Angeles Lakers estão isolados na divisão Pacifico. A equipa liderada por Kobe Bryant soma para já 4 derrotas em dezassete jogos, mas devido ao mau desempenho de equipas como Phoenix Suns e os Golden State Warriors seguem tranquilos na liderança.
É sem dúvida a divisão mais forte até ao momento. Três dos cinco primeiros classificados da conferência Oeste moram aqui. Apesar de serem equipas que a partida eram apontados com equipas mais fracas que os Lakers, Celtics, Magic, Heat e outras equipas de topo, os San Antonio Spurs (14-2), os Dallas Mavericks (13-4) e os New Orleans Hornets (12-5) estão a surpreender tudo e todos. Os veteranos dos Spurs estão para já a usar toda a sua experiência para ganhar jogos, enquanto que os Mavericks têm tido no almão Dirk Nowitsky uma forte máquina de fazer pontos. Mas a maior surpresa são os Hornets, que depois de ver a sua estrela maior, Chris Paul, afirmar que queria mudar de ares, tem estado a alto nível.
Na cauda da tabela está a outra equipa de Los Angeles, os Clippers de Blake Griffin. Apesar do grande desempenho do seu rookie, os Clippers são para já a pior equipa da NBA com apenas três vitórias em dezoito jogos.
KEVIN LOVE
L.A Clippers
O “Senhor 31”. Frente aos New York Knicks Kevin Love fez história ao marcar 31 pontos, ganhando ainda uns incríveis 31 ressaltos.
“Home Alone”! Não, não se trata de um novo filme. Trata-se de Blake Griffin, que cada vez mais parece lutar sozinho na equipa de jovens talentos dos Los Angeles Clippers.
Mas não foi apenas esse jogo, Kevin Love tem estado sem dúvida em grande forma, e é já uma das figuras da nova temporada.
No fundo estão os Houston Rockets, que têm sentido a ausência do pequeno base Aaron Brooks, que está lesionado.
Apesar do desempenho fenomenal do seu rookie, os Clippers são uma das piores equipas da NBA.
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Divisão Atlântico
Divisão Central
Divisão Sudeste
Celtics – o mesmo de sempre
Um centro equilibrado
Miami com pouco Heat
O mesmo de sempre. Os Boston Celtics continuam a ser uma das melhores equipas da NBA e lideram o Este. Mesmo não contando com o espectacular base Rajon Rondo em alguns jogos, os “verdes” têm sido implacáveis e perderam para já apenas quatro jogos, ganhando 12.
É a divisão mais equilibrada da NBA, mas não significa que seja pelos melhores motivos. Apenas três vitórias separam o líder (Chicago Bulls com 9-6) do último (Milwaukee Bucks com 6-11). Apesar de tudo os Bulls estão a mostrar serem capazes de lutar por bons lugares, pois estão a jogar bastante bem e ainda não contam com a grande aquisição da época, Carlos Boozer.
Não está a ser um pesadelo, mas perto disso. Os Miami Heat, a equipa sensação da NBA com Dwyane Wade, Chris Bosh e LeBron James estão para já a ser uma pequena desilusão. Ainda sem grande entrosamento, o “Big Three” ainda não conseguiu dar tantas vitórias como o esperado. Em 18 jogos, tem 10 vitórias e já perderam jogos importantes como frente aos Boston Celtics e Orlando Magic. Os Magic são mesmo os líderes, contando com um inspirado Dwight Howard. Os Atlanta Hawks também contiuam a fazer boa figura, apesar da pouca inspiração do atirador Joe Johnson. Já John Wall e os Wizards conseguiram para já apenas cinco vitórias e estão no último lugar da tabela, muito por culpa de lesões nos seus principais bases – primeiro Gilbert Arenas e agora o rookie sensação, John Wall.
A divisão conta também com os irregulares New York Knicks que continuam a mostrar que apesar de possuírem bons jogadores ainda não são uma verdadeira equipa para ganhar títulos. Mas mesmo mal estão os 76ers, que são a par dos T’wolves a segunda pior equipa da NBA.
Mas as maiores desilusões da divisão são os Detroit Pistons e os Bucks. Os primeiros continuam com a irregularidade do ano anterior enquanto que os Bucks têm sentido falta de dois dos seus melhores jogadores interiores, Gooden e Bogut. Já os Cavaliers estão a mostrar ao mundo que existe vida depois de LeBron, e já ganharam alguns jogos difíceis, como frente aos Celtics.
Boston Celtics
Evan Turner
Os Celtics começaram a época da melhor maneira. Frente ao novo “Big Three” da NBA, os Miami Heat, a equipa liderada por Rajon Rondo foi demolidora e deu uma lição de bem jogar e arrecadaram a vitória.
Tal como a sua equipa, os 76ers, Evan Turner está para já a ser uma das grandes desilusões da época.
Foi um bom arranque numa época que promete.
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Apontado para rookie do ano, a segunda escolha do draft de 2010 está a jogar muito abaixo daquilo que era esperado.
Micka – The Answer
Tem 21 anos e é um dos mais fortes candidatos ao prémio de Rookie do Ano na NBA. Fique a conhecer melhor a primeira escolha do draft de 2009.
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lake Austin Griffin nasceu no dia 16 de Março de 1989 na cidade de Oklahoma. Apaixonado pela sua cidade, Blake fez todo o seu percurso até à NBA na cidade de Oklahoma. O percurso no High School foi feito na Oklahoma Christian School. Já aí, ainda muito novo, Blake era apontado como um dos futuros melhores extremos-poste do seu país.
Robinson com o maior número de “Duplos-Duplos” numa só época. 31 é o record, Blake conseguiu 30 em 31 jogos! Se acha isto impressionante prepare-se – Griffin acabou quinze jogos com mais de 20 pontos e 15 ressaltos, obteve média de 22.7 pontos e 14.4 ressaltos e ainda conseguiu a proeza de num jogo frente aos Texas Tech Red Raiders obter 40 pontos e 23 ressaltos em apenas 31 minutos. Com estes números não foi surpresa a carrada de prémios que Griffin veio a receber:
Com o seu pai como treinador, Griffin liderou a sua equipa em quatro campeonatos estaduais. Nesses mesmo quatro anos foi distinguido com vários prémios, entre eles “Jogador do Ano” do jornal “The Oklahoman” e foi ainda nomeado para o McDonald's AllAmerican em 2006. Na sua última temporada antes de rumar a NCAA, Griffin obteve médias de 26.8 pontos, 15.1 ressaltos, 4.9 assistências e 2.9 desarmes de lançamento por jogo.
Universidade e o Draft Em 2007, Blake Griffin entrou na Universidade de Oklahoma. No seu primeiro ano pelos Sooners liderou a equipa com médias de 14.7 pontos e 9.1 ressaltos por jogo. Neste mesmo ano, foi nomeado para o Big 12 Conference "First Team" e ainda "All Rookie First Team". Na época seguinte ficou a um “Duplo-Duplo” de igualar David
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John R. Wooden Award - prémio atribuído ao jogador mais valioso do basquetebol universitário nos EUA; Naismith Trophy - College Player Of The Year; Oscar Robertson Trophy; Jogador do Ano para a revista “The Sporting News”; Jogador do Ano para a “The Associated Press”; Jogador do Ano para a “Sports Illustrated”; Jogador do Ano para a “FoxSports.com”; Jogador do Ano para a “Athlon Sports”
“Em 31 jogos, Griffin acabou quinze com mais de 20 pontos e 15 ressaltos” Com tantos predicados, não foi surpresa nenhuma ver o poderoso jovem ser escolhido na primeira posição do draft de
2009 pelos Los Angles Clippers.
A estreia adiada Não foi por falta de aviso. Quando Blake Griffin foi escolhido pelos Los Angeles Clippers ouviu logo um conselho – “Foge Blake, foge!”. Blake não fugiu e deu-se mal. Se perguntam de que Blake deveria fugir a resposta é muito simples: Maldição do Búfalo Sagrado, isto é, a suposta maldição que assola a equipa de Los Angeles há mais de 30 anos e que segundo os “crentes” é a responsável pelas lesões graves, maus negócios e fracos resultados da equipa. A verdade é que tal como Danny Manning em 1988 (também primeira escolha e extremo-poste) Blake Griffin lesionou-se e perdeu a época. Depois de uma pré-temporada impressionante, os adeptos dos Clippers estavam ansiosos por ver o seu “menino-bonito” na NBA, acreditando que seria ele a mudar o destino da equipa.
Mas no último jogo antes do arranque oficial da temporada a maldição dos Clippers falou mais alto: Blake Griffin resolveu sentenciar um jogo frente aos Hornets com um poderoso afundanço - o que seria uma bela imagem de apresentação para o primeiro jogo oficial do ano, contra os Los Angeles Lakers, resultou numa ruptura da rótula do joelho ao cair no solo após o afundanço. As estimativas apontavam para 20 jogos sem jogar. Mas durante uma sessão de tratamento, Blake sentiu dores e a lesão foi reavaliada, ditando o pior – o jogador teve que ser operado e falhou toda a temporada. Maldição ou não, é certo que o 32 dos Clippers tem já um pequeno historial de lesões antes da NBA. Blake Griffin está de regresso na nova época de 2010-11 e o maior receio de todos parece ultrapassado – a lesão parece não ter tido impacto algum no jogador. O jovem parece estar melhor que nunca e promete tirar os Clippers dos últimos lugares da NBA e promete também uma luta feroz na
corrida pelo prémio de Rookie do Ano, sim porque este ano Griffin é rookie visto que não jogou um minuto na época anterior.
“tem-se dedicado ao jogo como nenhum outro jogador que eu treinei, e os resultados falam por si (…) Blake é muito melhor como pessoa do que ele é como jogador de basquetebol.”
Quem é Blake Griffin? No dia em que recebeu o Naismith Trophy o seu treinador em Oklahoma, Jeff Cappel disse: "Blake tem-se dedicado ao jogo como nenhum outro jogador que eu treinei, e os resultados falam por si. Mais impressionante do que a sua capacidade como jogador, porém, é a forma como aborda da vida e como ele se desenvolve no exterior. Blake é muito melhor como pessoa do que ele é como jogador de basquetebol.” A verdade é que este jovem tem tudo para se tornar num dos maiores fenómenos do basquetebol mundial. Apesar de ter 114 Kg suportados em 2,08 metros, Griffin movimenta-se com uma agilidade impressionante. Um misto de força, atleticismo, habilidade e talento para jogar basquetebol fazem dele a maior estrela dos Los Angeles Clippers e já uma referência na NBA. É a prova viva que nem todos os Monstros são maus, e este é sem dúvida um dos melhores monstros que já se viu.
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O HOMEM DO “JOGA BONITO” Micka – The Answer
Depois de 14 anos como jogador e de 34 como treinador, fazendo um total de 48 anos ligado à NBA, Don Nelson abandona a liga de basquetebol à qual tanto deu, deixando para trás um estilo próprio, um grande percurso e um marco como um dos melhores treinadores da National Basketball Association.
on Nelson “nasceu” para o basquetebol no Rock Island High School no estado do Illinois. Depois de muito sucesso, Nelson foi para a Universidade de Iowa onde obteve média de 21 pontos e 10 ressaltos por jogo.
Em 1962 foi escolhido na 19ª posição do draft da NBA pelos Chicago Zephyrs onde esteve apenas um ano. Foi jogar par os Los Angeles Lakers em 1963 onde não teve sucesso. Dois anos depois de ingressar na equipa californiana, Nelson rumou aos Bostons Celtics onde se tornou numa lenda da equipa. Nos Celtics, o Foward foi na maior parte das vezes o sexto homem da equipa, contribuindo sempre de forma positiva. Obteve média superiores a 10 pontos por jogo, com um grande aproveitamento nos seus lançamentos. Em 1975, “Donnie” foi mesmo o líder em percentagem de lançamentos convertidos. No jogo sete das finas de 1966 teve um dos lances mais marcantes da
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carreira e da história da NBA. A menos de um minuto do fim e depois de receber a bola fruto de um corte mal efectuado de um jogador dos
Lakers, Nelson lançou de frente para a tabela. A bola bateu no aro subiu acima da tabela e entrou direitinha no cesto, dando o título da NBA aos Boston Celtics. Deixou a carreira de jogador em 1976 para se tornar num dos mais míticos treinadores da NBA. Foi campeão pelos Celtics em cinco ocasiões.
O legado como treinador Se a carreira de Don Nelson como jogador foi tranquila, o mesmo não se pode dizer da carreira como treinador. Com 36 anos, Nelson era um treinador jovem, criativo e com ideias próprias e revolucionárias, algumas delas viriam mesmo a transformar de certa forma o basquetebol, enquanto outras viriam a ser duramente criticadas.
também levou a equipa de Milwaukee a sete títulos de divisão consecutivos.
“Às funções de treinador principal dos Milwaukee Bucks juntou as funções de General Manager.” O grande calcanhar de Aquiles foi o facto de nunca ter conseguido boas prestações nos Playoffs, onde a equipa baixava consideravelmente de rendimento.
anos em Golden State, a equipa tinha o mesmo problema que os Bucks de Don Nelson, fracassavam nos Playoffs. Em 1994 foi convidado para orientar a selecção dos Estados Unidos no campeonato do Mundo da FIBA no Canada. Aceitou e levou para casa a medalha de ouro.
Em 1976, ano em que terminou a carreira de jogador, Don iniciou a sua longa carreira como treinador. Logo aí o ex-jogador dos Celtics surpreendeu. Às funções de treinador principal dos Milwaukee Bucks juntou as funções de General Manager da equipa, quer isto dizer, que o inexperiente jovem de 36 anos não era apenas responsável por comandar a equipa dentro de campo, mas também responsável pelo que se passava no exterior. Era ele quem contratava os jogadores, que construía a equipa. E quando muitos previam que era desta que os Bucks iam mesmo ao fundo, Nelson surpreendeu e de que maneira. Não só transformou uma equipa que ganhava menos de trinta jogos por época numa equipa a lutar pelos lugares cimeiros da NBA, mas
Em 1988 assumiu o cargo de treinador dos Golden State Warriors. Numa altura em que todas as equipas pensavam na defesa em primeiro lugar, Nelson voltou a inovar e utilizou pela primeira vez o seu famoso “Run & Gun”, o sistema mais ofensivo que a NBA conhece, de qual iremos falar mais à frente. Em 11 anos à frente dos Bucks, a sua equipa esteve sete vezes entre as três melhores defesas da liga. Nos Warriors (e no resto da carreira) a defesa era o que menos importava, passando a ser uma equipa que marcava imensos pontos e também sofria bastantes. Ao fim de quatro
Corria o ano de 1995 quando assumiu o cargo de treinador dos New York Knicks. Foi a “mancha” na carreira. Don entrou em conflito com vários jogadores e com a direcção da equipa, tudo porque tentava implementar o seu estilo de jogo ofensivo. Numa equipa que tinha tradição de bem defender, foi quase obrigado a optar por um estilo de jogo mais contido. Esteve em Nova Iorque apenas um ano. No ano seguinte voltou aos anos de sucesso. Nelson fez nos Dallas Mavericks o mesmo que tinha feito
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com os Milwaukee Bucks e com os Golden State Warriors – transformou uma equipa condenada a últimos lugares numa equipa capaz de atingir e dar luta nos Playoffs. Com um estilo de jogo muito ofensivo, Nelson catapultou os Mavericks para uma nova era. O seu jogo era tão ofensivo que chegava a usar quatro bases em campo mais Dirk Nowitski, um poste que pouco ou nada defende. Nesta equipa era retirado o valor máximo de cada jogador, o que mais importava era o jogador em si e não o colectivo. Depois de oito anos de sucesso em Dallas, Nelson entregou o cargo de GM ao seu filho e deixou o comando técnico da equipa, voltando aos Golden State Warriors. Em 2006 assumiu então de novo o cargo de treinador dos Warriors e voltou a fazer o impensável. Na época 2005-2006, quando ninguém dava nada pela equipa do Estado Dourado, Nelson liderou uma equipa com Andris Biedrins, Stephen Jackson, Matt Barnes e Baron Davis até aos Playoffs, algo que não acontecia desde 1994, ano em que Don Nelson era treinador. Qualificaram-se na oitava posição e defrontaram os primeiros classificados, os Dallas Mavericks, a ex-equipa do seu comandante. Quando todos pensavam que os Warriors seriam massacrados, a equipa voltou a surpreender. Com um grande apoio dos adeptos os Golden State Warriors bateram os Dallas Mavericks por 4-2, tornandose na segunda equipa a qualificar-se para a segunda ronda tendo se qualificado no oitavo lugar na fase regular.
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As invenções Uma criatividade que por vezes parecia não ter limites, foi o que marcou e muito a carreira de Don Nelson. Quando estava ao serviço dos Milwaukee Bucks apresentou uma nova posição ao mundo, um novo estilo de jogador – um Point Foward. Tudo isto não passa de um misto de um extremo com um base. Ao contrário de ser um puro base a organizar a equipa, esse trabalho fica a cargo de um extremo habilidoso e tecnicista, tendo assim vantagem física sobre o adversário. Nos Bucks, Nelson usava Paul Pressey como Point Foward o que provocada grandes problemas aos adversários, por não saberem como lidar com este tipo de jogador. Hoje em dia podemos considerar Point Foward jogadores como Lamar Odom ou mesmo LeBron James. Outra posição “criada” por Don Nelson foi o Combo Guard. Diferente de um típico base que organiza a equipa, o Combo Guard era o base com capacidade de tiro, não sendo assim o responsável pela organização
da equipa. Exemplos disso hoje em dia são Derick Rose ou Rodney Stuckey. Uma das grandes invenções foi sem dúvida o Run and Gun, o sistema de jogo mais ofensivo e rápido que a NBA conhece até hoje. Um sistema de jogo que privilegiava jogadores ofensivos, rápidos e de raciocínio também rápido. Defendendo pouco e atacando muito, atirando ao cesto sempre que possivél. Aliado aos Run and Gun, Nelson usava o Small Ball, que é quando um treinador usa vários jogadores baixos dentro de campo de forma a jogarem de forma mais rápida. Outra invenção foi o Hack-a-Shaq, isto é, fazer faltas propositadamente sobre Shaquille O’Neal para que este falhasse os lances livres. Sempre a frente do seu tempo, Don foi dos primeiros a ver a NBA como um negócio e que por vezes era preciso pensar no futuro em detrimento do presente. Quando chegou aos Knicks, queria que trocassem a lenda da equipa, Patrick Ewing, de forma a libertarem espaço salarial para na época seguinte adquirirem Shaquille O´Neal.
Records, insucessos… Apesar de ser sem dúvida um treinador de sucesso, Nelson nunca consegui atingir o topo e ganhar um anel de campeão da NBA. Para além disso, outra marca menos positiva da carreira foram os problemas constantes com jogadores e dirigentes. Chris Wabber, Baron Davis e Stephen Jackson são alguns dos nomes com quem Nelson arranjou confusão. O técnico era criticado por nem sempre explicar o porque de usar jogadores em posições que não eram as suas. Outro problema era o facto de nunca ter um cinco típico. Um jogador poderia perfeitamente jogar 48 minutos num jogo e no jogo seguinte não saía do banco. Não apostar nos Rookies era outra das suas características, até mesmo Stephon Curry teve problemas para se afirmar. Finalmente, um dos grande pontos bonitos na carreira de Don Nelson. É o técnico mais vitorioso da história da NBA. Foram 1 333 vitórias em 34 anos como treinador, que fez dele também um dos 10 melhores treinadores de sempre na NBA. Depois de ter sido eleito treinador do ano em três anos, Don Nelson deixa assim os palcos da NBA, ficando para sempre ligado à história do jogo como um dos mais revolucionários, brilhantes, fascinantes e uma das maiores mentes que o basquetebol já viu.
¿Sabias que? Don Nelson é o treinador com mais vitória na NBA. São 1 333 em 34 anos.
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A história dramática por detrás de um ‘flop’ Micka – The Answer
Kwame Brown é considerado por muitos o maior ‘flop’ da história da NBA. Esse estatuto, faz dele uma das personagens mais criticadas, odiadas e gozadas do mundo do basquetebol. O que muitos não sabem, é que por detrás do gigante que foi escolhido na primeira posição do draft de 2001 existe uma vida repleta de acontecimentos estranhos e momentos difíceis. wame James Brown nasceu no dia 10 de Março de 1982, na cidade de Charleston, na Carolina do Sul, no seio de uma família pobre, mas acima de tudo, uma família problemática.
machado e enterrar o cadáver numa cova rasa junto a uma estrada da cidade de Charleston.
Kwame acabariam na prisão – um por tráfico de droga e outro por tentativa de assassinato de um homem.
Ao inicio, a família respirou de alivio, mas rapidamente entraram noutra situação difícil.
A mãe de Kwame, Joyce Brown, era de origens pobres e filha de pescadores. Ainda jovem, Joyce saiu de casa para se casar com um camionista chamado Willie James Brown, que era também mais velho que Joyce.
Sem o salário que Willie ganhava como camionista, a família vivia agora à custa do salário que Joyce ganhava como empregada de limpezas.
“O pai foi condenado a prisão perpétua por ter assassinado uma jovem de 22 anos com um machado (…) dois irmãos de Kwame acabariam na prisão ”
O casal teve oito filhos, sendo Kwame Brown o segundo mais novo. Durante anos, a mãe de Brown foi vítima de violência doméstica, tal como os filhos - “Ele batia em nós todos” disse Kwame. Um dia, a polícia apareceu em casa e levou Willie preso. A mãe e as crianças moveram-se para a pequena cidade de Brunswick na Geórgia, mas Willie Brown continuou a atormentar a família. Quando o actual jogador dos Bobctas tinha seis anos, o seu pai foi condenado a prisão perpétua por ter assassinado uma jovem de 22 anos com um
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O mundo do crime voltou a fazer parte da família Brown. Alguns dos filhos viram nas ruas e no tráfico de droga uma forma de ganhar dinheiro e o próprio Kwame esteve muito perto disso – “Eu mesmo poderia estar preso neste momento”, admitiu Kwame, que segundo ele, estava a seguir as pisadas do pai – “Cresci rodeado de pessoas violentas. Se alguém fazia algo contra mim, eu partia logo para a violência. Vingavame de tudo com violência.” A família via a sua vida cada vez pior. Joyce Brown acabaria por perder um rim devido a doença e dois irmãos de
No meio de tanta confusão, Kwame tinha um péssimo desempenho na escola. Mas com o tamanho que tinha não passava despercebido e era-lhe reconhecido talento para jogar basquetebol. Com o apoio do director adjunto de Gathering Place, que foi “o pai que Brown nunca
teve”, Kwame acabou por ganhar uma bolsa para a Universidade da Florida.
serem a primeira escolha: Tyson Chandler, Eddy Curry e claro, Kwame Brown.
No entanto, Brown viu nesse ano a possibilidade de se tornar ilegível para o draft de 2001. O jovem de 18 anos tinha assim em mão dois caminhos: ir para a Universidade onde continuaria a aprender a jogar basquetebol, onde iria evoluir e onde se iria preparar para enfrentar o mundo da NBA, ou seguir directamente para a melhor liga de basquetebol do mundo, onde iria ter um contracto milionário e uma vida luxuosa.
Michael Jordan, responsável pelo basquetebol dos Wizards, e Doug Collins, treinador da equipa, tinham então que optar por um dos três.
A decisão não foi difícil – com a família numa situação tão difícil “não poderia correr o risco de me lesionar, de fracassar na faculdade ou mesmo de morrer” deixando dessa maneira os seus familiares na mesma situação difícil de sempre. Kwame optou pela NBA e realizou um dos seus sonhos de infância – sentir o estômago cheio depois de comer.
No sentido inverso, eram-lhe apontados como defeitos o facto de não se sentir confortável a jogar de costas para o cesto, ser inseguro a defender, não ter experiência a jogar contra grande jogadores e claro, ter apenas 18 anos.
“realizou um dos seus sonhos de infância – sentir o estômago cheio depois de comer”
O versátil Brown era apontado como o mais impressionante, contando com a sua velocidade e capacidade atlética. Muitas vezes comparado a um jovem Kevin Garnett, Brown parecia seguro de si mesmo. A Kwame era ainda reconhecida uma boa capacidade de lançamento.
Kwame Brown era um autêntico “bicho”. No liceu, Brown era líder indiscutível da sua equipa. Entrou para a história da Glynn Academy como o jogador com mais ressaltos (1 235) e desarmes de lançamento (605). Kwame foi ainda eleito jogador do ano.
Michael Jordan estava na dúvida entre Kwame Brown e Tyson Chandler e por isso mesmo decidiu colocar os dois num confronto 1x1.
O draft de 2001
Kwame, que vinha de um ano com médias de 20.1 pontos, 13.3 ressaltos e 5.8 desarmes de lançamento, arrasou com Chandler e os Wizards não tiveram dúvidas: Kwame Brown era o futuro da NBA, era o melhor jovem do país e seria ele a levar os Washington Wizards aos grandes sucessos.
O ano de 2001 ficará para sempre na história da NBA, mas não pelos melhores motivos.
Mas nunca Michael Jordan e os Washington Wizards tiveram tão enganados.
Mas vamos por partes.
A carreira de insucessos
Depois de uma má época os Washington Wizards tinham a primeira escolha do draft de 2001. Três jovens que não iriam para a faculdade eram apontados para
Uma chuva de criticas e uma adaptação muito complicada começou a atingir Kwame Brown logo desde o primeiro momento.
Kwame foi escolhido em 2001 à frente de jogadores como Pau Gasol, Tyson Chandler, Gerald Wallace, Joe Johnson, entre outros.
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Enquanto Michael Jordan se rejubilava com a aquisição do jovem, outra ex-estrela avisava o mundo do basquetebol e da NBA. Isiah Thomas, que era nessa altura treinador dos Indiana Pacers, avisava “Todos irão ficar chocados, ele (Kwame Brown) não percebe nada de basquetebol”. E foi provavelmente Thomas o primeiro a se aperceber o tremendo erro que ali tinha acontecido. Depois de uma vida tão sofrida, Kwame era aquilo que é ainda hoje: Um jovem confuso, fraco mentalmente, ingénuo e ‘sem cabeça’, tratava-se quase de um gigante com mentalidade de criança. E logo no inicio se percebeu que Brown não tinha estofo para a NBA. Logo nos primeiros dias, os media começavam a falar que Brown não tinha “cabedal” para a NBA. Kwame rapidamente ganhou peso e apareceu nos treinos com mais 9kg, o que desagradou o seu treinador. Perto do meio da temporada o número 5 dos Wizards viu-se a contas com um problema de asma. Os seus pulmões não estavam ainda completamente desenvolvidos para o seu tamanho, consequência de um esforço a que nunca antes tinha sido submetido. Kwame não estava sequer preparado para os treinos da NBA, quanto mais
para o jogo. Os jogos do rookie estavam a ser tão maus que o seu treinador, Doug Collins explodiu – “Como é que o Kwame vai aprender jogadas se ele nem sabe onde ficar em campo? E não estamos a falar do nível da NBA, mas de basquetebol em geral”. E de um momento para o outro, o promissor virou certeza, certeza de que não devia estar ali. Brown começou a ser alvo de críticas da imprensa, treinadores, dirigentes, adeptos e colegas de equipa, com se fosse ele o maior responsável por estar ali. Sendo ele um rapaz fraco mentalmente começou a ser hábito ver o jovem sozinho, longe da equipa. O clima com Kwame ia tão mau que o jovem pensou mesmo desistir da NBA. Farto dos maus jogos de Brown, Doug Collins berrou alto e mandou o miúdo de 19 anos fazer flexões, mesmo estando lesionado. Kwame recusou fazer o exigido e foi expulso do treino, ouvindo Collins dizer bem alto que todos estavam fartos dele. Michael Jordan que havia regressado aos palcos da NBA tentou levantar o ânimo de Kwame, mas a missão era quase impossível. O objectivo agora do “escolha número um” era não comprometer nos jogos, evitar que os adversários marcassem muitos pontos, evitar que o humilhassem. Depois de não jogar durante vários jogos, Brown pediu
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para voltar a jogar e a resposta que obteve do seu técnico foi “Jogar? Kwame, tu não sabes jogar!” Pouco mais jogou em Washington nos três anos que se seguiram. Para além de ser vaiado pelos adeptos do Wizards, Brown ainda entrou em conflito com Gilbert Arenas, ameaçando que se jogasse com ele andaria a pancada com o base. Faltou a treinos e foi suspenso até ao final da época. Fica para a história um jogo frente aos Sacramento Kings em que Kwame Brown mostrou pela única vez o porquê de ser “número um” ao anotar 30 pontos e 19 ressaltos.
Abandonou então os Wizards para tentar dar um novo rumo à carreira mas tal não aconteceu. Foi um denominador comum. Sempre que mudou de ares as criticas choveram em quem resolveu trazer Kwame para a equipa. O primeiro destino foram os Los Angeles Lakers. Na troca, os Lakers enviaram Caron Butler para os Wizards e os adeptos dos Lakers ficaram desesperados com a chegada de Kwame.
época tornou-se pela primeira vez um agente livre. Quando muitos diziam que ninguém daria um contracto a Kwame, os Detroit Pistons chegaram-se à frente e ofereceram um contracto no valor de 8 milhões de dólares por dois anos. Novamente choveram criticas e os adeptos ficaram irritados por ter Brown na equipa. No entanto, pela primeira vez na NBA, o jogador sentiu apoio vindo de dentro da equipa e até mesmo por parte do adeptos. Mas mesmo assim, Kwame continuou a jogar mal e os Pistons não lhe renovaram o contracto. Michael Jordan outra vez
Os Lakers procuravam um poste e todos diziam que se havia alguém que poderia aproveitar o que havia de melhor em Brown, esse alguém era Phill Jackson. Mais uma vez não deu certo. Kwame continuou a mostrar ser um jogador fraco e sem qualidade para jogar na NBA. Tal como em Washington, viu os adeptos, treinadores e colegas de equipa caírem-lhe em cima.
Depois de ter ficado novamente sem contracto, Brown foi contratado pelos Charlotte Bobcats de Michael Jordan. O jogador afirmou querer redimir-se e mostrar a Jordan que não estava errado quando apostou nele. Aos 28 anos, Brown é já tratado como se de um veterano se trata-se, mas em Charlotte quer mostrar o seu valor. 10 anos depois, Jordan volta a deitar a mão a um “miúdo” fragilizado, esperando dele aquilo que mais ninguém espera… Bons jogos!
No dia 1 de Fevereiro de 2008, estava Brown no seu terceiro ano na equipa californiana, os Lakers e os Grizzlies fizeram uma troca que levou os adeptos de Memphis à loucura. Pau Gasol, estrela dos Memphis Grizzlies rumava a Los Angeles e em troca recebiam nada mais nada menos do que Kwame Brown. Fez apenas quinze jogos e no final da
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As situações estranhas de Kwame
Aos 18 anos não era só para a NBA que Kwame não estava preparado, mas também para a vida em geral. Nos primeiros tempos na capital, Brown alimentava-se apenas de frango frito da rede Popeye's, porque não sabia cozinhar. Para ajudar o jogador, os Washington Wizards contrataram uma pessoa para ajuda-lo a orientar a vida. Richard Lopez ficou encarregue de “cuidar” do jovem. Lopez tratou de comprar carro, telemóvel, comida e casa para Kwame. Ficou também responsável por tratar de arranjar roupa lavada e teve também de dormir na casa do jogador porque este tinha medo de dormir sozinho.
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Em 2006, Kwame Brown foi acusado de abusar sexualmente uma mulher depois de um jogo contra os Phoenix Suns. Brown acabou por ser inocentado das acusações.
Em 2007 mais um acontecimento bizarro na vida de Brown. Já não lhe bastava ser um flop no basquetebol, Brown foi também um falhado no que diz respeito a pregar partidas a colegas de equipa. No dia de aniversário do colega de equipa nos Lakers, Ronny Turiaf, um homem chamado Alexander Martinez viu um bolo que tinha comprado minutos antes ser-lhe atirado à cara por Kwame Brown, enquanto tirava uma foto com Turiaf. Brown julgou que o bolo era do colega e tentou atira-lo ao jogador francês acabando por acertar no pobre homem. Depois de ver que tinha feito asneira, Brown desatou a fugir e foi ameaçado com um processo que não foi para a frente, acabando por pagar um jantar luxuoso a Martinez no Staples Center.
No dia 29 de Setembro de 2007 Kwame Brown foi preso. Tudo porque o seu primo foi detido após conduzir em sentido contrário com um carro que pertencia a Brown. O jogador foi chamado a depor e reagiu mal. Brown foi preso e acusado de conduta desordeira e interferir com uma investigação policial.
Para completar a “colecção”, Brown foi a figura principal naqueles que ficaram conhecidos como "os piores minutos da história da NBA". Em pouco mais de 10 minutos Brown cometeu uma série de erros impressionantes, como falhar dois afundanços, falhar vários passes, perder várias vezes a bola. Brown foi vaiado de forma feia pelos adeptos, ouvindo-se sempre um coro de “boos” quando tocava na bola.
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Old School Manu-ginobili
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ohn Stockton é um exjogador da NBA que esteve ao serviço dos Utah Jazz durante 19 anos, sempre a jogar como PG inicial. Formou a dupla histórica com Karl Malone. Stockton nasceu em Spokane, Washington. Na NCAA jogou pela Universidade de Gonzaga. Entrou para a NBA com 22 anos e no seu 1º ano não foi a melhor das épocas. Nunca ganhou um título da NBA, mesmo tendo feito a dupla com Karl Malone.
pessoas a pensarem: Como é que um jogador deste calibre não tem um título? A verdade é que naquela altura havia uma equipa que tinha o Michael Jordan, e isso bastava para responder a essa pergunta. Era muito difícil ganhar um campeonato naquela altura contra equipas com nomes como Magic Johnson, Larry Bird, Michael Jordan, Abdul-Jabbar etc.
“Apenas joga! É um jogo. Joga!”
John Stockton é conhecido por ser um jogador muito competitivo, dos mais esforçados na defesa, muito concentrado antes dos jogos e fanático pela preparação para os jogos.
John Stockton tem duplo-duplo de média com 13.1ppj e 10.5apj. É o recordista de assistências na história da NBA com 15806 e de roubos de bola com 3265. Talvez o jogo mais marcante da vida de Stockton foi o jogo 6 dos Playoffs contra os Rockets de Barkley, onde marcou os últimos 9 pontos dos Jazz, incluindo um cesto de 3 pontos em cima de Charles Barkley que deu a vitória aos Utah Jazz e garantiu a presença nas Finais da NBA, tendo nunca conseguido alcançar mais do que as Finais, pois não tem um único campeonato da NBA. Das duas vezes que alcançou as Finais perdeu para os Chicago Bulls, o que leva as
Recordes John Stockton é o jogador com mais assistências na carreira, com mais roubos de bola, é o 2º jogador com melhor média de assistências na carreira, é 8º na média de minutos por jogo com 38.7, é o 3º jogador com mais jogos na história da NBA com 1504. É o 6º em minutos jogados e 6º na média de roubos de bola por jogo. De negativo, é o 3º jogador com mais turnovers na carreira. É o jogador com melhor média de assistências numa temporada com 14.5 em 1990. É o 36º na lista de melhores marcadores da história da NBA.
Stokton era conhecido também pelo seu estilo calmo e simples, ao contrário dos restantes jogadores da NBA, fanáticos por roupas e dinheiro. Como prémios, foi 10 vezes ao AllStar da NBA, teve 6 vezes segunda equipa da NBA, 5 vezes na segunda equipa defensiva da NBA. Para além disso, esteve 3 vezes na terceira equipa da NBA, 2 vezes na primeira equipa da NBA. Foi campeão olímpico por duas vezes em Atlanta e Barcelona e foi o MVP de um All-Star Game em 1993. Esta é a biografia de um dos melhores PG’s da história da NBA, considerado o melhor PG de sempre do Utah Jazz.
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AdminMesou
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NCAA
Previsões 2010/2011 manu-ginobili
ais uma época de NCAA. Os futuros jogadores da NBA estão nesta liga. Vão ser 4 meses intensos para apurar as 68 equipas que irão disputar o famoso March Madness. O objectivo é ultrapassar as várias fases e chegar à Final 4. Para 2010/2011, as favoritas são Duke, North Carolina, Pittsburgh, Kansas, Villanova, Florida, e até Kentucky, Memphis e Gonzaga. Depois há ainda equipas como Michigan State, Ohio State, Kansas State, Syracuse e também Illinois, Baylor e Butler. O último campeão foi Duke, e, nesta época são considerados os principais favoritos a cortar novamente as redes no final da temporada. Apesar de terem perdido nomes como Jon Scheyer, Lance Thomas e Brain Zoubek, a equipa conseguiu trazer para Duke Seth Curry (irmão de Stephen Curry) e ainda Kyrie Irving. Também conseguiram manter duas das principais figuras da equipa. São eles Kyle Singler e Nolan Smith. Seth Curry foi considerado o jogador que melhor lança nesta equipa, ainda
com uma larga vantagem sobre os restantes colegas de equipa. Tem também uma grande facilidade em marcar pontos. Sendo assim vai ser um jogador importantíssimo na equipa desequilibrando muito no ataque e na defesa. Kyrie Irving é um base atlético, com uma grande facilidade em marcar pontos (como acontece com Seth Curry) e pela sua visão de jogo, que faz com que tenha poucas perdas de bola.
…Mas ainda equipas!
Espera-se uma grande época para Duke, mas como se sabe, na NCAA o equilíbrio é enorme e é muito difícil prever um campeão.
há
mais
Ainda assim, espera-se que nesta temporada a mítica equipa de North Carolina, os North Carolina Tar Heels tenha uma temporada de acordo com o seu historial. A chegada de Harrison Barnes ajuda a aumentar a esperança de voltar aos grandes jogos da NCAA, mas ele sozinho não faz a diferença.
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Em Lexington é que não se espera um ano fácil para John Calipari e os seus Kentucky Wildcats depois de verem os seus 5 jogadores mais importantes a ingressar no Mundo da NBA. Com certeza que foi um grande feito para Kentucky, mas vai deixar marcas na equipa. Um jogador em que se deposita muita esperança é no poste Enes Kanter. Ainda assim não será suficiente para dar a Kentucky o que é preciso. Uma equipa em que se espera o regresso ao Torneio da NCAA é os Florida Gators. Desde que Corey Brewer, Joakim Noah e Al Horford ganharam o bicampeonato da NCAA que os Gators não ganham um jogo. Neste ano, a inclusão do freshman Patric Young traz grandes expectativas à equipa de Florida. Contudo, a equipa que se espera ser a principal adversária de Duke é a equipa de Michigan State Spartans. Kalin Lucas regressa depois de uma lesão grave que o afastou da Final 4 da época passada e com ele, a esperança de uma época ao mais alto nível. A equipa mistura alguns veteranos com freshmans que tentarão destronar a equipa de Duke. Ainda assim há mais uma equipa que, segundo os críticos e analistas, está em pé de igualdade com a universidade de Duke. É a universidade de Purdue. A lesão de Hummel que o afastou da época transacta parece ter sarado muito bem. No entanto, apesar de Hummel ter treinado em boas condições, tendo inclusive conseguido afundar facilmente, voltou ao estaleiro. O seu joelho voltou a ceder num treino e assim não poderá servir Purdue. Com esta lesão, a equipa não terá certamente aspirações para conseguir combater Duke.
49 05 Novembro 2010
Candidatos a jogador do ano NCAA 2010/2011 Ser o vencedor do prémio de melhor jogador do ano da NCAA costuma ser um bom cartão para quem ambiciona entrar no mundo da NBA. O ano passado foi Evan Turner e foi escolhido na 2ª posição do Draft. Quem será o seu sucessor? Já há alguns possíveis sucessores. Em primeiro lugar surge Kyle Singler de Duke, um dos principais candidatos ao vencedor da NCAA neste ano. É um extremo bastante versátil que já está a ser acompanhado por muitos observadores da NBA. Espera-se também que este ano, seja ou seu grande ano na NCAA para depois entrar no planeta NBA. Não há mais nenhum jogador da NCAA em que se espere tanto como se espera de Kyle. Outro jogador que pode vir a roubar o título a Kyle Singler é Harrison Barnes. Jogador de North Carolina, acabado de chegar de Chappel Hill. É um jogador capaz de ser líder com um grande lançamento de média e longa distância com capacidade de liderar a equipa em qualquer momento do jogo. Tem grande ética de trabalho e excelentes capacidades físicas, o que fazem dele um dos jogadores mais apetecíveis do Draft de 2011. Para já são estes os 2 principais candidatos a vencedor deste grande prémio. Ainda assim há jogadores como Jimmy Fredette, base de BYU, ou mesmo Kalin Lucas, se este não se apresentar ressentido das lesões que o afectaram durante a época transacta. Veremos como corre a época a todos
estes principais candidatos ao título de melhor jogador do ano da NCAA.
NCAA
A UNIVERSIDADE QUE TEM DADO GRANDES POSTES À NBA Micka – The Answer
A Georgetown University é uma das mais conceituadas nos Estados Unidos. No que diz respeito ao basquetebol, a universidade sediada em Washington tem dado grandes valores à NBA ao longo dos anos.
equipa de basquetebol da Universidade de Georgetown, conhecidos como os Georgetown Hoyas, são uma das equipas que participam na NCAA, na conferência Big East.
A última super-estrela vinda de Georgetown foi o base MVP em 2001 Allen Iverson. Mas a história da Universidade no que diz respeito a super-estrelas começou mais cedo e logo com um poste, uma das “especialidades da casa”.
As primeiras rondas de Georgetown:
- 1980, 19º, John Duren pelos Utah Jazz; - 1982, 13º, Eric Floyd pelos New Jersey Nets; - 1985, 1º, Patrick Ewing pelos New York Knicks; - 1987, 4º, Reggie Williams pelos L.A Lakers; - 1991, 4º, Dikembe Mutombo pelos Denver Nuggets; - 1992, 2º, Alonzo Mourning pelos Charlotte Hornets; - 1996, 1º, Allen Iverson pelos Philadelphia 76ers; - 2003, 9º,Dikembe Mike Sweetney Mutombopelos New York Knicks; - 2007, 5º, Jeff Green pelos Boston Celtics; - 2008, 17º, Roy Hibbert pelos Toronto Raptors; - 2010, 7º, Greg Monroe pelos Detroit Pistons;
Campeões da NCAA em 1984, os Hoyas contam com cinco presenças no Final Four e sete títulos de Conferência. Mas mais do que ganhar títulos, a Universidade de Georgetown tem dado nos últimos anos verdadeiros astros ao basquetebol, mais concretamente à NBA.
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Foi sem dúvida a primeira grande estrela vinda de Georgetown. Em 1985, com 23 anos de idade, Ewing era o jogador que todos queriam na sua equipa. Jovem, atlético e com um potencial enorme. Antes de chegar a Georgetown, Ewing era apontado como o novo Bill Russel, mas ofensivamente melhor. A verdade é que ‘Pat’ não desfraldou expectativas e tornou-se num fenómeno nacional. Fez todo o percurso na Universidade (algo raro hoje em dia). Nos quatro anos em Georgetown, Ewing atingiu por três vezes a Final Four da NCAA e ganhou um campeonato. em grandes dúvidas, os New York Knicks escolheram Patrick Ewing na primeira posição do draft de 1985. A partir daí foi sucesso atrás de sucesso, defender bem e atacar ainda melhor foi o lema que fez do exposte dos Hoyas um dos melhores de sempre na NBA. Depois de onze presenças em jogos All-Star, conquistar o prémio de
‘Rookie do Ano’ em 1986 e duas medalhas Olímpicas Ewing retirou-se do basquetebol em 2002, naquela que foi aclamada a “Era de Ewing”.
Um dos melhores defesas da história da NBA também passou pela Universidade de Georgetown. Em Georgetown, Mutombo rapidamente mostrou atributos que podiam fazer dele um excelente jogador de basquetebol. Não só pelo seu tamanho (2,18 metros), mas também pela atitude defensiva em campo. O jogador com origens no Congo estabeleceu um record na equipa dos Hoyas – nada mais, nada menos do que 12 desarmes de lançamento num só jogo! Em 1991, Dikembe foi escolhido pelos Denver Nuggets na quarta posição do draft da NBA, e rapidamente se tornou figura da equipa. Mutombo tornou-se uma muralha praticamente intransponível e foi logo jogador All-Star no ano de rookie, com médias de quase 17 pontos, 12,3 ressaltos e 3 desarmes de lançamento por jogo. Na época 1995-96, a última em Denver, o gigante teve média de uns impressionantes 4,5 desarmes de lançamento por jogo. Em 1993-94, em doze jogos nos Playoffs conseguiu 70 desarmes! Mutombo esteve presente em oito All-Star Games e ganhou por quatro vezes o prémio de “Melhor Jogador Defensivo do Ano”. Quem diria que Mutombo entrou em Georgetown para se formar médico.
51 05 Novembro 2010
Números: 24.8 PPJ – 11.6 RPJ – 2.9 DLPJ
Números: 11.7 PPJ 12.3 RPJ 3.3 DLPJ
Escolhido na segunda posição do draft da NBA em 1992 pelos Charlotte Hornets (atrás de Shaquille O’Neal), Alonzo Mourning teve logo um impacto positivo na NBA. Mourning lutou até à última pelo prémio de Rookie do ano com O’Neal, terminando em segundo com médias de 21 pontos, 10.3 ressaltos e ainda 3.5 desarmes de lançamento por jogo. Depois de três anos nos Hornets, Alonzo entrou em confronto com os responsáveis da equipa e rumou a Miami, onde viveu os grandes momentos da sua vida basquetebolistica. Com 7 anos ao serviço dos Miami Heat, Mourning mudou-se para New Jersey onde em dois anos fez apenas trinta jogos, muito por culpa de uma
doença num rim que obrigou mesmo o jogador a fazer um transplante em 2003. Em 2004-2005, ainda com a época a decorrer e longe do fulgor de outros tempos, Mourning deixou os Nets para regressar aos Heat. Em 2006 foi campeão da NBA e no dia 30 de Março de 2009 viu o seu número entrar para a galeria dos notáveis dos Miami Heat, sendo retirado. Grande jogador defensivo (jogador defensivo do ano duas vezes), excelente a atacar, dominador nas zonas perto do cest, forte e claro, talentoso, fizeram de Mourning um dos grande postes da história recente da NBA.
Números: 14.3 PPJ 7.1 RPJ 2.4 DLPJ
Greg Monroe, a sétima escol ha do draft de 2010 tem nos ombros a responsabilidade de manter o bom nome dos postes de Georgetown.
do que aquilo que Mouring, Mutombo e Ewing eram.
Monroe fez vinte anos este ano. Na última temporada, o agora rookie dos Detroit Pistons impressionou a serviço dos Hoyas, sendo a grande figura da equipa. No entanto, Monroe é um poste diferente dos antecessores. Enquanto que Ewing, Mutombo e Mourning era a ‘besta no pintado’, Monroe é um jogador que utiliza a cabeça em detrimento da força física. Apesar de ser alto (2,11 metros), Monroe apresenta ainda algumas dificuldades a defender jogadores altos e fortes, bem como dificuldades em jogar de costas para o cesto. Mas as qualidades de Greg Monroe são também muitas. O jovem apresenta uma técnica e habilidade de mãos pouco vulgar para um jogador com o seu físico. Com um excelente visão de jogo e uma grande capacidade de passe, Monoe criar as suas jogadas e as dos colegas de equipa. Para além de tudo isto, é também um bom atirador e curta-média distância. Não se sabe se Monroe virá ser um digno sucessor dos postes ‘Hoyanos’ mas tem potencial para tal, se bem que é muito menos mediático
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NBA 2K11 – Mesou’s Review Um dos melhores jogos de sempre de Basquetebol. Nesta versão a adição do maior nome de sempre da NBA e da Modalidade, Michael Jordan, que é a capa e um modo de jogo novo dedicado ao jogador que nunca tinha cedido os direitos anteriormente a nenhuma das grandes marcas de jogos. Só por isso o jogo já tinha levantado o patamar. O Jogo não é perfeito, mas chega para arrumar toda e qualquer concorrência além de dignamente ser mais um passo em frente no mundo dos vídeo jogos de simulação.
Apesar de ser administrador do Fórum, o facto de não ter Internet nesta altura calhou bem para estudar os aspectos que eu mais procurava no jogo. Sendo assim passo a citar alguns pontos que eu procurava que esta versão trouxesse e\ou mantivesse.
Competitividade – Um dos pontos fortes para um jogo ter sucesso é ser minimamente competitivo. Um jogo não deve ser nem demasiado fácil, nem demasiado difícil. Principalmente os jogos de simulação, por isso existirem os vários níveis de dificuldade dentro do jogo, mas mesmo assim esses próprios níveis devem ser equilibrados conforme as expectativas dos utilizadores. Por ser um jogador assíduo das últimas versões, ao testar o jogo quis exprimentar desde logo os níveis mais altos de dificuldade. Sendo assim o modo SuperStar (not Hall of Fame) poderia ser o que eu esperava e de certo modo até é bastante difícil. Acaba por ser um modo para jogadores que dominem bem as capacidades de cada atleta das equipas, pois o nível de jogo do “AI” é mesmo muito elevado, ficando muito difícil defender o um-pra-um e no ataque só com os atletas mais capacitados ou libertando-os com jogadas é possível fazer uns pontinhos. Seja como for o nível mais alto é para se estar sempre atento e não desanimar, pois é fácil perder o controlo do jogo e ficar com um resultado irrecuperável. O meu nível neste momento a jogar 5x5 é o allstar, pois é competitivo o suficiente, aonde perco se estiver um pouco desatento e aonde ganho se estiver mesmo empenhado. No modo Myplayer gosto mais de jogar em Pro, os níveis acima acabam por me enervar, pois além do “AI” dos adversários ficar mais inteligente, os meus colegas de equipa parece que ficam mais burros e começam a lançar sem sentido. O que tira todo o sentido quando se tenta fazer as jogadas. 53 05 Novembro 2010
Longevidade\Repetição – Mais uma vez eu procuro um jogo que dure e dure e dure! Que eu não me farte de o jogar durante um bom tempo, e aonde um campeonato seja diferente do outro. Pois querer fazer os 82 jogos, a 12 minutos cada período não seja um martírio mas sim um objectivo que tentarei concretizar até ao fim. E depois? Jogar mais uma vez tudo de novo?
Alguns “codes” que se podem introduzir:
2ksports - Unlock the 2k Sports Team 2kchina - Unlock the 2k China Team Payrespect - Unlock the ABA Ball nba2k - Unlock the NBA2k Development Team vcteam - Unlock the VC Squad icanbe23 - MJ: Creating A Legend
Até agora o 2k11 tem me deixado sempre com vontade de competir, principalmente no modo myplayer que alguns jogos tem sido uma autêntica dor de cabeça. Mas que mesmo perdendo compensam. O mal de alguns videojogos é perderem a credibilidade quando aprendemos certos movimentos ou pequenos truques aos quais não resistimos em repetir para podermos ter alguma vantagem. Ainda bem que diminuíram as vantagens quando atacamos no um-pra-um o que desafia a tentarmos outras soluções mais realistas e esse ponto por si só já torna o cada jogo diferente do anterior.
Blacktop – Este deve ser o modo que menos jogo. Quando quero mostrar o jogo a alguém é este modo que eu mostro por ser possível fazer um-pra-um e ter o 3point contest. Gostaria que a 2Kgames conseguisse ter os direitos do All-star Weekend pois o concurso de afundanços teria outro significado.
Association – Continua a ser dos meus modos preferidos. Podermos gerir um clube tendo atenção ao salary cap, podermos pesquisar as capacidades dos jogadores dos outros clubes e dos possíveis rookies é sempre um desafio de gestão. Além obviamente de tentarmos ser campeões da NBA. Tanto neste modo como nos outros eu tento ser o mais realista possível, pois existe a possibilidade de fazer trocas forçadas e tudo mais, mas é muito mais compensador juntar os jogadores possíveis e tentar vencer com as regras do jogo.
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Modo MyPlayer – Melhorias drasticamente significativas para melhor! 1º o nosso atleta tem mais personalizações faciais! Isto é, ainda é parecido a todos os outros criados, mas ao menos não somos todos gémeos siameses. Somos só irmãos J 2º Não somos obrigados/empurrados para a D-League! Temos reais chances de entrar no draft e nas summerleagues voltamos a ter boas perspectivas de ir para a NBA. Claro que caso os jogos nos corram mal lá vai o nosso jogador para a D-League. 3º As estrelas são mesmo estrelas! É difícil de os defender, estão sempre em movimento e têm aquele instinto matador no lançamento. Infelizmente este modo ainda têm muitas arrestas para limar. Por exemplo: - Não existir a possibilidade de usarmos os equipamentos alternativos. - Somente o PG pode chamar jogadas! Não têm sentido! Pois por exemplo, numa jogada 31, isto é SF para PG, o SF pode ser um SG basta ele estar na posição 3 naquele movimento. Além disso quem escolhe ser qualquer uma das outras posições está sempre a quebrar as jogadas, pois não faz ideia do que se está a passar com os outros jogadores. - Drills. Muito sinceramente eu só faço dois: Shooting e Dribling. O de Dribling é de longe o mais compensador isto porque para quem conseguir fazer os dribles para trás das costas, spins e etc têm boas probabilidades de fazer gold e conseguir +2Speed que depois pode vender e arrecadar cerca de 3000 a 4000 pontos! Enquanto os outros exercícios são muito difíceis para chegar ao Gold. O de Shooting é para mim o mais fácil, assim como não tenho muito jeito para os dribles e fico quase sempre no limite e não me quero chatear com o jogo, vou fazer uns lançamentos que me dão sempre os 400 pontos, +1 ou 2 pontos nas categorias de lançamento que não vou vender pois dão sempre jeito. - É muito fácil fazer pontos em contra-ataque lançado! (vocês sabem bem) A meu ver deveríamos ser mais penalizados por deixar a nossa posição (Leave Assigmnent). A maioria (perto de 99%) de quem joga o Myplayer a PG ou SG aproveita o acto de lançamento dos adversários para ir logo a correr para o cesto adversário e mal um colega ganhar o ressalto este lhe faz um passe cesto-cesto com uma precisão incrível e facilmente chegamos a fazer jogos de 30 a 40 pontos só com esta jogada. Não que isto não aconteça na realidade, mas torna-se um dos modos mais fáceis de se pontuar no jogo. - O menu principal deveria conter as notícias da equipa, tal como acontece no modo “association”. Das coisas que menos gosto é ir para jogo ter colegas novos, pra não falar da ausência dos lesionados que muitas vezes nem sabia que iriam ficar 2-4 semanas de fora. - Conferências de imprensa e entradas nos jogos chegam a ser demasiado repetitivas, deveríamos poder comprar um fato diferente! Os atletas que fiz vestem sempre de amarelo com gravatas vermelhas! Sem falar nos repórteres! Claro que depois poderíamos adicionar milhares de ideias que iriam por este modo muito mais divertido, seja como for é o que eu mais tenho jogado. 55 05 Novembro 2010
Jordan Collection – O novo modo do jogo que trouxe isto para outro nível. O facto de podermos reviver grande jogos do Jordan e tentar bater os seus records são desafios a um nível muito alto. Além de ser agradável terem tentado recriar o ambiente das transmissões, equipamentos e do momento todo em redor. Realmente são difíceis, mas dão aquela sensação de missão cumprida assim que se finaliza todos os desafios. Dentro deste modo existe o create a legend, que é desbloqueado depois de se cumprirem os desafios. Basicamente isto é um Myplayer aonde assumimos o papel de Michael Jordan, em vez de começarmos com uns 40-50 de skill temos 71, aonde lançamento exterior e capacidade de afundar estão a um nível bastante elevado. E o resto se resume a sermos o melhor que pudermos com um myplayer de alto nível.
Gráficos – Para dar continuidade ao excelente trabalho das versões anteriores, este ano graficamente o jogo continua visualmente excelente. Gráficos polidos, jogadores reconhecíveis, movimentos realistas e a física está bastante aceitável. Jogabilidade – Existem sempre algumas questões que se levantam quando estamos a ser defendidos por um adversário e o nosso jogador não consegue se movimentar na direcção que pretendemos. Mas de resto, impecável!
NBA 2k11 realmente veio levantar o patamar para qualquer proxima edição de jogos de simulação! Junta a competitividade e o grafismo a um nivel muito bom, tanto para harcore players como para quem jogue menos vezes. Pra mim: 5 estrelas E finalmente existe celebração quando marcam buzzerbeaters!! 56
1.
Qual é o atleta mais jovem de sempre a jogar na NBA? a) Kevin Garnett b) LeBron James c) Andrew Bynum d) Dwight Howard
2.
Qual destes jogadores teve uma grande passagem pela NCAA, sendo campeão e formando-se com honras em Economia/Finanças? a) Emeka Okafor b) Al Horford c) Brandon Roy d) Josh Howard
3.
Que equipa draftou Rajon Rondo e o trocou para Boston? a) Milwaukee Bucks b) Phoenix Suns c) Washington Wizards d) Sacramento Kings
4.
Em que universidade jogou Tim Duncan? a) Connecticut b) Michigan State c) Wake Forest d) Arizona
5.
Qual destes jogadores não jogou nos Golden State Warriors? a) Baron Davis b) Antawn Jamison c) Gilbert Arenas d) Marcus Camby
6.
Wilt Chamberlain têm o recorde de ressaltos num jogo, quantos? a) 39 b) 47 c) 55 d) 61
Soluções: 1 - C; 2 - A; 3 - B; 4 - C; 5 - D; 6 – C; Jogador Mistério: Alvin Williams
57 05 Novembro 2010
Quem é?
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Font_aka_ELD Chamo-me Eduardo, tenho 22 anos e comecei a ver o basquetebol pela 1ª vez, vi o Space Jam, o filme que animou as crianças na altura, incluindo eu, e foi nesta altura que comecei a ficar maravilhado com o basquete, numa altura em que eu só gostava de futebol, pois, tinha 6 ou 7 anos de idade. Porém, o meu 1º contacto com o basquetebol aconteceu quando tinha 8 anos de idade e que fui incentivado pelo treinador do Vila Pouca, Alfredo Brigas a participar num mini-basket, eu senti-me divertido e com a noção de que jogar basquete é uma alegria, e a partir daí, o meu contacto com o basquetebol nunca mais parou e a minha paixão aumentou e hoje é a minha maior paixão, daí ter deixado de ser federado de futebol. De resto fui formado pelo CTM Vila Pouca de Aguiar dos minis 8 até sénior, onde joguei a CNB2 Zona Norte com 17 anos, mas era pouco utilizado, porque os mais utilizados eram os menos usados da Proliga, e a seguir por motivos escolares mudeime para o Porto e a jogar no CAAS, mas a experiência não correu lá muito bem, e hoje encontro-me no
59 05 Novembro 2010
Guimarães Basquete de Viseu, onde encontro-me a treinar com a equipa e com a esperança de terminar a minha transferência o mais depressa possível que me permita jogar com a equipa de Viseu. E como adepto, sigo sempre os jogos do CTM Vila Pouca(que por ter-me formado é o meu clube de sempre) e também do FCP a nivel interno. Mas na NBA, sou adepto ferrenho dos San Antonio Spurs, desde 2000, quando fiquei 2 anos sem ver a NBA, via net, e a seguir nunca mais parei de seguir os jogos dos Spurs, mas desde os tempos de MJ, sou simpatizante dos Bulls(sigo o Derrick Rose, Joakim Noah), os Heat(devido ao LBJ), Sonics, sao varias as razões(adeptos, equipamento, e até mesmo por alguma história que sei) e os Lakers, devido ao "show time" que possui esta equipa enquanto na ACB e na Europa sigo o mesmo clube, que é o Real
Madrid. Sem esquecer que em termos de jogadores, admiro o Tyreke Evans (Kings), Stephen Curry (Warriors) Rondo, Nate Robinson e Shaq e Ray Allen, apesar de ser um "Celtics hater" desde pequeno. Como jogador, defino-me como um atirador, pois sou extremo, e o jogo exterior, especialmente os triplos são a minha maior especialidade (se estiver em dia "sim"), para além de ter com a penetração e o facto de marcar pontos serem as minhas outras armas. Isto é tudo no que posso dizer da minha história no basquete, pois a minha paixão com a modalidade foi á primeira vista.
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