[06 - Junho 2011]

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3. LPB – FC Porto Campeão AdminMesou

5. Minibasquetebol d_nowitzky

7. The Answer Zone MiCka

9. Euroleague Final 4 2011 AdminMesou

11. Chicago Bulls 2010-11 MiCka

15. NBA Prémios individuais Laker

19. NBA Playoffs 2011 Laker

31. Um calvário sem fim MiCka

39. Phill Jackson AdminMesou

41. OldSchool - Bill Russell Manu-ginobili

46. NCAA MiCka

59. Obrigado Shaq! MiCka

61. Quiz

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Anos depois da última conquista o FC Porto volta a ser campeão nacional de basquetebol.

Ou melhor, o FC Porto Ferpinta venceu o SL Benfinca no sétimo e decisivo jogo da Final da Liga Portuguesa de Basquetebol por 86-76. Numa final que juntou as duas melhores equipas da época regular, aonde o Benfica, vencedor na época passada ficou em segundo atrás do FC Porto e por isso o factor casa a pertencer á equipa do norte fez muitos adeptos a comparecerem nos pavilhões pois decididamente foram um dos factores decisivos para esta final aonde a equipa que jogava em casa venceu os seus jogos. FC Porto foi durante a época a equipa mais forte e nos jogos em casa venceu sempre com algum á vontade, mas os jogos na casa do Benfica a equipa de Lisboa mostrou uma vontade e querer diferente resultando em grandes jogos em casa motivados e muito pelo seu público. Moncho Lopez, treinador do FC Porto, não escondeu a sua alegria por vencer este título, algo que realmente fazia falta á sua carreira depois da passagem pela selecção nacional não ser das mais felizes.

O Benfica viu assim perder o título conquistado o ano passado, mas aonde deu luta até ao último jogo. Não podendo contar com Rodrigo Mascarenhas e algum azar dos jogadores mais influentes da época passada, desde o primeiro jogo que se antevia que este Benfica teria que lutar muito para revalidar o titulo. Não foi possível mas nem tudo está perdido para este plantel que espera que Ben Reed se naturalize e assim poderem adicionar mais um estrangeiro á equipa.

Palmarés: FC Porto LPB – 1996, 1997, 1999, 2004, 2011 1º Divisão – 1952, 1953, 1972, 1979, 1980, 1983 Taça de Portugal – 1978, 1986, 1987, 1988, 1991, 1997, 1999, 2000, 2004, 2006, 2007 Taça da Liga – 2000, 2002, 2004, 2008 Supertaça de Portugal – 1987, 1997, 1999, 2004

Gregory Stempin mais uma vez este em grande destaque, mostrando que é dos melhores, senão o melhor, basquetebolista em Portugal nos últimos anos e aonde na final fez 20 pontos e 10 ressaltos.

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Ao mesmo tempo em que chegava

basquetebol, inclusive como parte dos programas de Educação Física de muitos deles. Por tudo isso, o Mini-Basquetebol recebeu atenção de especialistas em ciências pedagógicas, técnicas desportivas, psicologia educacional e sociologia. O Minibasquetebol surge, então, como um meio de educação/formação integral.

Minibasquetebol

O Minibasquetebol foi criado em 1950 por Jay Archer, filho de imigrantes italianos que desde cedo abraçou o basquetebol como seu desporto de eleição. Foi professor de Educação Física e formou-se na East Stroudsburg Teacher’s College. Iniciou o seu oficio numa escola onde leccionava meninos menores de 12 anos e apercebeu-se que nenhum deles praticava desporto, pois não havia muitas opções para escolherem. Até que se teve a necessidade de criar o BiddyBasketball. Depois de ter muito sucesso nas aulas de Educação Física o Governo Amerciano proporcionou meios para que a divulgação fosse para além de East Stroudsburg. O Biddy-Basketball foi para o Canadá e quase ao mesmo tempo para Porto Rico, onde foram instaladas tabelas em parques e jardins, atraindo um elevado número de crianças interessadas na aprendizagem do basquetebol para menores.

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às Américas, o Biddy-Basketball atravessava o Oceano Pacifico e desembarcava na Austrália e em Singapura. Na Europa, os espanhóis foram os primeiros a aceitar e difundir o Biddy-Basketball, em 1962, através de Vincente Zanon e da revista “Rebote” de Barcelona. Lá foi

criado oficialmente o nome de MINIBASQUETEBOL. Oficializado pela FIBA (Federação Internacional de Basquetebol Amador), foi criado o CIM (Comité Internacional de Minibasquetebol), Presidido por Anselmo Lopes. Devido ao sucesso que teve em terras D’el Rei, rapidamente outros países receberam de braços abertos o Minibasquetebol, tal como, Itália, Inglaterra, Portugal, Alemanha e Rússia. Atualmente estima-se que seja praticado em todos os países em que se joga

Poderá dizer-se que o Minibasquetebol em Portugal foi implantado quase simultaneamente em Lisboa e no Porto, visto que as iniciativas, em ambas cidades, se deram na mesma época, 1965-1966. Em Lisboa, deu-se em Maio de 1966, no Colégio Militar, com a presença de altas individualidades militares, entre elas o Director do Colégio, num festival de iniciação desportiva. O fomentador da modalidade naquele centro de preparação militar foi o Professor Mário Lemos.


Duas equipas formadas por alunos dos segundos e terceiros anos exibiram-se pela primeira vez, de forma oficiosa. O Professor Carlos Alberto Gonçalves dirigiu a exibição. Por sua vez, no Porto, esta iniciativa foi catalizada pelo Professor Eduardo Nunes, sendo a DGD nomeada para orientar as acções de fomento no Norte do País, sendo esta também responsável por apoiar a respectiva Associação. Apoiados pela DGD, a sua remuneração era por conta da verba do Fundo de Fomento do Desporto, consignada à Federação mas administrada por aquela Direcção-Geral, que procura levar, e consegue, a modalidade às escolas primárias, através da orientação e instrução de alguns monitores nacionais oriundos dos cursos federativos, sendo atribuído a cada um deles a responsabilidade do ensino numa escola.

eram a educação e formação desportiva dos jovens. Em 19661967, elaboram o “Regulamento do Campeonato de Minibasquetebol”.

Nesse primeiro ano de 1966, realiza-se o 1º Campeonato Regional de Minibasquetebol do Porto, e foi a primeira competição oficial a nível nacional, dirigida pela Associação de Basquetebol do Porto. A toda a gente moveu interesse e moveria em todos os demais centros populacionais de Norte a Sul do País. Mas para tanto, seriam necessários orientadores remunerados tal como foi o Professor Eduardo Nunes, e neste sentido foi criado um órgão subjacente à Associação do Porto, designado por “Núcleo Associativo de Minibasquetebol da ABP”, inicialmente orientada pelo Professor Eduardo Nunes. Os propósitos essenciais do Núcleo

vezes mais do que uma vez na época, mas sempre a variar os locais do Evento. Esta prova, que é considerada a "jóia da coroa" dos eventos organizados pela Federação Portuguesa de Basquetebol, este ano o Jamboree acolheu 72 jovens com idades compreendidas entre os 10 e os 13 anos, oriundos de todo o País, incluindo ilhas, os quais têm em comum o gosto pela prática do basquetebol. Este ano o XIX Jamboree foi acolhida e teve o apoio do município de Paços de Ferreira entre o dia 18 e 23 de Abril, assim fez com que mais uma vez este concelho se torna-se a capital do Minibasquetebol Nacional e também foi a primeira vez que o Jamboree se repetiu no mesmo concelho em território continental.

O primeiro Jamboree realizado em Portugal foi em Vila Franca de Xira em 2001, e desde então que se tem vindo a realizar todos os anos, por

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Devido ás dificuldades financeiras, Brandon

obrigado a trabalhar das docas de Seatle na limpeza de contenderes de transporte.

É mais um dos “tatuados” da NBA. O jogador dos Boston Celtics, Marquis Daniels, tem várias tattoos espalhadas pelo corpo. No tronco tem um versículo inteiro da Bíblia que era o favorito da sua avó, doente paralítica. No seu braço esquerdo tem caracteres chineses que se traduzem em “Tecto – Mulher Saudável”. Já no braço direito pode verse ver um homem “estourando” a sua própria cabeça com uma Shotgun com a inscrição “Only The Strong Survive” (Só os Fortes Sobrevivem). Finalmente, o mapa da Flórida tatuado nas suas costas.

Em 2002, no fim do seu primeiro ano na Universidade, Roy chegou a inscrever o seu nome na lista de jogadores disponíveis para o draft da NBA. No entanto, mudou de ideias e cumpriu os quatro anos de Universidade. Foi escolhido na sexta posição do draft de 2006 pelos Timberwolves mas foi logo trocado para Portland onde foi Rookie do Ano.

Entre outras que tem, estas são as mais marcantes de Marquis Daniels.

The Coriuos case of

Brandon Roy É mais um dos jogadores na NBA com um passado complicado. Brandon Roy cresceu no seio de uma família sem grande posses económicas. Os seus pais e o irmão mais velho pouco tinham estudado e isso reflectiu-se em Roy. A actual estrela dos Trail Blazers teve sempre muitas dificuldades com os estudos e viu a sua entrada para a Universidade (porta da NCAA e um

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viu-se

grande passo para atingir a NBA) complicar-se e muito. Brandon Roy tinha inclusivamente dificuldade na leitura o que lhe dificultava e muito a vida em testes da Universidade. Mas o talento era tanto que o jogador reuniu-se com a administração da NCAA e foi discutido se o jovem tinha ou não capacidades para jogar na NCAA, mas acima de tudo, estudar na Universidade. Roy suou então para passar em quatro testes e entrar finalmente na Universidade de Washington.


Nissan GT-R Dodge Challenger SRT8 Ferrari 599 GTB Fiorano

Andrew Bynum Estes três espectaculares carros são “apenas” alguns da colecção de Andrew Bynum. O poste dos Los Angeles Lakers é um apaixonado por estas boas máquinas. O primeiro é um Nissan GT-R personalizado à medida do jovem. Baptizado pelo próprio como “Giant Killer” o carro é um fenómeno na internet. O segundo trata-se de um Dodge Challeger personalizado com as cores dos L.A Lakers enquanto que o último é uma das mais recentes aquisições de Bynum… Um bonito e potente Ferrari 599 GTB. Pequenos brinquedos ó alcance de alguns bolsos!

NBALOOKALIKE

Spencer Hawes & Michael Phelps Spike Lee, New York Knicks È um dos mais famosos adeptos de equipas da NBA. Espectador assíduo no Madison Square Garden, o realizador vibra de forma efusiva com as vitórias e derrotas da equipa. Não há assunto nos Knicks que não tenha a opinião do super adepto.

Mais um caso de personalidades muito parecidas. O actual poste dos Philadelphia 76ers, Spencer Hawes e o nadador olímpico Michael Phelps têm claras semelhanças físicas. Falta saber se ambos tem aptidão para ambos os desportos…

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Euroleague 2010/2011 A eurolegue deste ano chegou ao fim e o Panathinaikos da Grécia foi o vencedor numa final contra Maccabi Tel Aviv de Israel.

do jogo, contando com 19 pontos de Chuck Eidson que contribuiu com mais 8 ressaltos e com uma excelente prestação de Jeremy Pargo (irmão mais novo de Jannero Pargo, actual jogador dos Chicago

Com o nome de Turkish Airlines Euroleague 2010-11 sendo esta a 11ª edição da era moderna da Euroleague e a primeira patrocinada pela Turkish Airlines a competição contou com 24 equipas e iniciou a 21 de Setembro findando dia 8 de Maio em Barcelona.

Diamantidis foi mais uma vez o MVP da final (2ª vez) e juntou o premio ao de Euroleague MVP e Euroleague defensife player of the Year (pela 6ª vez).

Na Final Four, que se realizou em Barcelona, conseguiram chegar o Panathinaikos, o Maccabi Electra, o Montepaschi Siena e o Real Madrid. Dia 6 de maio foram as meias finais. Panathinaikos venceu o primeiro jogo contra o Montepashi Siena por 77-69 com uma excelente exibição de Nick Calathes(17 pts e 6 res) e de Diamantidis(9 ast) com Mike Batiste a sair do banco e a ajudar com 16 pontos e 7 ressaltos. No segundo jogo das meias-finais o Maccabi Electra a vencer ao Real Madrid com relativa facilidade, principalmente na segunda parte

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jogaram contra uma equipa Grega muito motivada. 15768 espectadores assistiram mais uma vez á consagração do Panathinaikos a campeão europeu de basquetebol. Zelko Obradovic, o treinador, venceu este troféu pela 8ª vez, sendo a 5ª vez pelo Panatinaikos, estando no clube desde 1999.

Bulls que também já jogou na europa) que contribuiu com 13 pontos e 7 assistências para o resultado final de 82-63. No ultimo dia, dia 8, o Montepashi Siena venceu facilmente o Real Madrid por 80-62 ficando assim os italianos em 3º lugar da competição. Na

grande

final

os

Israelitas


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O

mercado de transferências de 2010 prometia muito para os lados de Chicago. Várias das superestrelas da NBA eram apontadas como possíveis reforços da equipa, entre os quais o MVP da temporada, LeBron James, Joe Johnson, Chris Bosh, Carlos Boozer e o mais desejado de todos, Dwyane Wade, nascido em Chicago. Wade acabou por renovar pelos Miami Heat e levou consigo para South Beach LeBron James e Chris Bosh. Para Chicago foi o extremo-poste Carlos Boozer. Mesmo assim, os adeptos “bullianos” estavam descrentes em relação à sua equipa que contava agora com um novo treinador, o especialista defensivo, Tom Thibodeau.

teve que temporada.

lidar

durante

a

O grande reforço da temporada, Carlos Boozer, lesionou-se logo no início da temporada falhando 15 jogos. Boozer viria a lesionar-se mais vezes falhando um total de 23 jogos completos. Quem teria também vários problemas com lesões seria o poste Joakim Noah. Sendo um dos jogadores mais importantes na equipa, foi bem sentida a falta de um jogador que dá grande consistência defensiva aos Bulls. Noah falhou ao todo 34 jogos da temporada regular.

Para além de Carlos Boozer, os Bulls contrataram ainda o atirador Kyle Korver, Ronnie Brewer, Keith Bogans, Kurt Thomas, C.J. Watson, Omer Asik e o veterano Brian Scalabrine. Com tantas mudanças, a equipa não começou bem. Nos primeiros 15 jogos, ganharam 9 e perderam 6. Mas a verdade, é que mesmo não demonstrando um basquetebol muito bonito e atractivo, os Bulls começaram a ganhar então com mais regularidade.

As Lesões A época dos Chicago Bulls torna-se a inda mais incrível se olharmos para a quantidade de baixas que

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“O Mestre” Tom Thibodeau Depois de vários anos como treinador adjunto, estando desde 2007 ao lado de Doc Rivers nos Boston Celtics, Tom Thibodeau, 53 anos, assumiu pela primeira vez o cargo de treinador principal de uma equipa da NBA. Desde cedo que surgiram várias criticas contra o treinador, nomeadamente o facto de colocar

muitas das vezes os seus melhor jogadores a descansar ao mesmo tempo, provocando nessas alturas uma quebra de rendimento da sua equipa. A utilização de Keith Bogans no 5 inicial da equipa foi também uma critica constante. A verdade é que Thibodeau levou a equipa a record de 62-20, o melhor desde a era Michael Jordan, acabando por ser eleito treinador do Ano, o primeiro a consegui-lo enquanto “rookie”.


Derrick “MVP” Rose

Os melhores desde Michael Jordan

Foi sem dúvida a estrela maior dos Chicago Bulls em 2010-2011.

Desde os anos dourados em que um tal de Michael Jordan liderava a equipa dos Chicago Bulls, que os adeptos desta equipa não se sentiam tão capazes de levar o título mais desejado da NBA para Chicago.

Apenas na sua terceira temporada na NBA, Rose quebrou todos os records a nível pessoal. No dia 17 de Janeiro de 2011, Rose conseguiu o seu primeiro triplo duplo ao anotar 22 pontos, 10 ressaltos e 12 assistências frente aos Memphis Grizzlies. Frente aos San Antonio Spurs, no dia 17 de Fevereiro, marcou 42 pontos, o seu record pessoal. Contra os Bucks, contribui com 17 assistências para uma vitória de 9597, passando a ser o seu record em termos de assistências. Juntou ainda 30 pontos e 3 ressaltos. Rose melhorou todos os seus números, melhor o seu lançamento e viu o esforço ser coroado com o prémio de MVP, sendo o mais jovem de sempre.

Conseguirão campeões?

voltar

a

ser

Não percam os próximos episódios desta saga Bulliana porque nós também não…

O record de 62 vitórias (o melhor desde 1997-98) e 20 derrotas permitiu aos Bulls voltarem a vencer a conferência Oeste bem como ser a equipa com melhor record de temporada, à frente dos San Antonio Spurs. Os Bulls foram ainda a única equipa em 2010-2011 a vencer todas as equipas da NBA por pelo menos uma vez. Nos Playoffs, eliminaram com mestria os Indiana Pacers e Atlanta Hawks, sempre com Derrick Rose a ser a figura em destaque. 13 anos depois os Bulls estão numa final de conferncia onde irão defrontar os Miami Heat.

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Após uma época onde muitos jogadores se destacaram nos mais diversos parâmetros, é altura de premiá-los nas mais diversas categorias. Estes prémios geram sempre muita controvérsia , o que acaba por ser normal, uma vez que para cada prémio, as escolhas merecidas são infindáveis. Para já, vejamos os prémios que são atribuídos e o seu significado.

Melhor Defensor do Ano Prémio atribuído aquele jogador que mais se destacou em termos defensivos. Para atribuir o prémio, é necessário olhar para as médias de jogo nos seguintes parâmetros: Ressaltos defensivos, roubos de bola e desarmes de lançamento. Estas são as principais formas de avaliar a capacidade defensiva de um jogador. Obviamente, não se olha apenas aos números, sendo inevitável reparar que o Melhor Defensor do Ano tem que ser um jogador temido por qualquer atacante.

Jogador Revelação do Ano Este é um daqueles prémios onde é sempre muito provável que aconteçam surpresas. É um dos mais difíceis de atribuir, pois tem muito que ver com evolução individual. Muitos jogadores que venceram este prémio chegaram a estrelas assumidas na NBA, como Tracy McGrady ou Danny Granger. Jogadores dos quais não se esperaria muito mas que acabam por se tornar fundamentais para as suas equipas em termos de estatística e espectáculo, são candidatos ao prémio.

Melhor Suplente do Ano (6th Man) É o prémio atribuído ao jogador que, apesar de não estar a maior parte das vezes no cinco inicial, é fundamental para o sucesso da equipa. Muitas vezes, estes jogadores acabam por ser titulares. Apesar de não ser tão prestigiante como o MVP, o prémio de sexto homem é um dos que gera mais ansiedade pela revelação.

Rookie do Ano Este é dos prémios menos difíceis de compreender. O melhor rookie é geralmente aquele que, dentro dos rookies, alcança melhores médias e tem mais impacto na sua equipa. Muitos dos vencedores deste prémio chegam a grandes estrelas na NBA, como é o caso de Jason Kidd, Lebron James e até mesmo Michael Jordan.

Prémio MVP A nível individual, este prémio é o mais prestigiante e cobiçado de todos os prémios na NBA. Reconhece o melhor jogador da época regular, daí o prestigio. A atribuição do prémio é baseada nas médias de jogo (pontos, ressaltos e assistências são dos mais observados) bem como na importância que o jogador tem na sua equipa. Curiosamente, raríssimas são as vezes em que o prémio MVP é atribuído a um jogador cuja equipa não seja candidata ao titulo, o que significa que o desempenho da equipa acaba por pesar na atribuição. Larry Bird, Magic Johnson e mais recentemente Lebron James ou Kobe Bryant foram reconhecidos com o prémio MVP.

Treinador do Ano 16


Dwight Howard é galardoado com este prémio pelo terceiro ano consecutivo, o que demonstra que este homem é uma “besta defensiva”! Esta atribuição já seria esperada, já que Dwight Howard dominou de longe nos desarmes de lançamentos e nos ressaltos defensivos. Howard torna-se assim no primeiro jogador a vencer este prémio pela terceira vez consecutiva.

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Ao longo da época, vários foram os jogadores apontados para receber o prémio. Michael Beasley, Raymond Felton, Paul Milsap e Kevin Love eram alguns dos mais possiveis premiados. A escolha acabou por cair, justamente, em Kevin Love. O jovem dos Timberwolves demonstrou uma evloução estrondosa, evoluindo em praticamente todos os aspectos do seu jogo. O jogador, que até foi ao

Mundial FIBA representar a selecção americana, chegou a fazer num jogo, a marca de 31 pontos e 31 ressaltos. Uma performance inabalável durante a época, que lhe valeu o recorde de 53 duploduplos consecutivos, acabou por ser premiada.

As escolhas prováveis para este prémio não iam muito mais além de 3 jogadores. Jason Terry, dos Dallas Mavericks, Lamar Odom, dos LA Lakers ou Jamal Crawford, dos Atlanta Hawks, vencedor do ano passado. A escolha acabou por recair sobre Lamar Odom. Este jogador acabou por ser várias vezes titular, aquando de lesões de Andrew Bynum ou Pau Gasol, durante a temporada. O prémio acaba por ser merecido, uma vez que este jogador estava nas escolhas prováveis desde 2008.


Este foi, sem dúvida, o prémio que deixou menos dúvidas. No inicio da temporada, esperaria-se uma luta renhida entre Blake Griffin dos LA Clippers e John Wall dos Washington Wizards. Ao longo da época, e não por demérito de John Wall, Griffin foi-se tornando numa escolha óbvia. As suas estatisticas estrondosas, os seu highlights poderosos e a sua presença, a certa altura, na corrida ao MVP, valeramlhe o prémio, já para não falar na vitória no Dunk Contest. Blake Griffin é não só o Rookie do Ano, como já é considerado por muitos um dos melhores PF´s da actualidade.

Tantas escolhas possiveis, tantos jogadores apontados em tantas alturas da época, que o prémio MVP facilmente proporciona surpresas. Ao longo da época, Amare´Stoudemire, Lebron James, Derrick Rose, Kevin Durant e Dwyane Wade foram alguns dos candidatos que foram surgindo. Mas houve um jogador que se destacou, não só pelos números, mas pela sua capacidade desiquilibradora. Derrick Rose revelou-se imparável e foi o grande responsável pela grandiosa época dos Bulls. É bom relembrar que este jogador foi Rookie do Ano em 2008, tendo uma notável evolução.

A dúvida para a eleição de Treinador do Ano estava entre os dois treinadores cujas equipas venceram as conferências. Tom Thibodeau, dos Chicago Bulls e Greg Poppovich, dos San Antonio Spurs, levaram as suas equipas a uma vitória inesperada nas conferências. No entanto, Phil Jackson, dos LA Lakers, chegou a ser também falado para receber o prémio, uma vez que seria a última temporada deste histórico treinador. No final, Tom Thibodeau acabou por levar a melhor, talvez pelo facto de os Bulls terminaram a fase regular com o melhor registo. Juntando esta atribuição, ao MVP de Derrick Rose, os Bulls confirma uma execelente época, muito além do esperado.

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Acontece aqui a primeira surpresa nestes playoffs. Após uma época regular sensacional, os Spurs caem aos pés dos Grizzlies, liderados por um monstruoso Zach Randolph.

Os Grizzlies abrem a série com uma vitória, um quanto inesperada, mas não alarmante para os Spurs. Afinal ainda faltam 3 vitórias a Memphis e os Spurs continuam favoritos. Neste jogo, é de destacar a exibição de Zach Randolph, com 25 pontos e 14 ressaltos.

O favoritismo para este jogo 2 confirma-se. Os Spurs não se arriscam a deixar fugir os Grizzlies e empatam a eliminatória. Num jogo onde o colectivo dos Spurs impera, com exibições individuais muito homogéneas, acabando por se destacar ligeiramente Manu Ginobilli com 17 pontos. Agora, a eliminatória viaja até Memphis.

Os Grizzlies começam seriamente a assustar os Spurs. Com Zach Randolph a jogar a um nivel muito elevado (25 pontos e 6 ressaltos), esta equipa de Memphis pode mesmo sonhar com a apssagem às meias-finais de conferência. Os Spurs têm que dar tudo por tudo,

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SAS 98 x 101 MEM SAS 93 x 87 MEM MEM 91 x 88 SAS MEM 104 x 86 SAS SAS 110 x 103 MEM MEM 99 x 91 SAS

pois uma vitória dos Grizzlies no jogo 4 pode ser letal.

Com um terceiro periodo completamente demolidor, os Grizzlies atiram os Spurs ao tapete, ficando a uma vitória de eliminar os melhores do Oeste. Uma exibição individualmete muito homogénea (o melhor marcador teve 15 pontos, Mike Conley) permitiu aos Grizzlies festejar no seu pavilhão como se tivessem passado a eliminatória.

Os Spurs conseguem adiar o que parece inevitável: a eliminação. Ainda assim, podem sonhar com a passagem à próxima ronda, se vencerem o próximo jogo. Manu Ginobilli esteve “on-fire” anotando 33 pontos, muitos dos quais decisivos. De realçar que este jogo foi decidido no prolongamento, sendo que os Spurs conseguiram evitar a eliminação no tempo regulamentar com um buzzer-beater.

É oficial. Pela segunda vez na história da NBA (formato actual), uma equipa classificada para os playoffs em 8º consegue eliminar o 1º classificado. Zach Randolph, com 31 pontos, a confirmar a sua boa forma, podendo dizer-se que foi o MVP da eliminatória.


Custou, mas foi. Os Lakers viram-se em dificuldades muito idênticas às dos Spurs, mas com Kobe Bryant acertado, conseguiram eliminar os Hornets, liderados por um incansável Chris Paul, que infelizmente, já não joga mais esta época. Ora vejamos:

Sempre que ganha o primeiro jogo de uma série, Phil Jackson nunca a perde. Desta vez, os Lakers não conseguem começar a ganhar, muito por culpa dos 33 pontos e 14 assistências de Chris Paul, que esteve simplesmente imparável. Agora, os californianos estão sob pressão: perdendo o próximo jogo, os Hornets fogem na eliminatória e torna-se muito dificil passar à próxima ronda.

Andrew Bynum foi decisivo com 17 pontos e 11 ressaltos, fazendo crer que a chave desta série pode estar no jogo interior dos Lakers. Conseguirão os Hornets voltar à liderança?

LAL 100 x 109 NOH LAL 87 x 78 NOH NOH 86 x 100 LAL NOH 93 x 88 LAL LAL 106 x 90 NOH NOH 80 x 98 LAL

controlado pelos forasteiros.

Desta vez, foi impossível secar Chris Paul. Um triplo-duplo (27 pontos, 15 assistências e 13 ressaltos, liderando o jogo nos 3 parâmetros) consegue empatar a eliminatória. Esta performance de Paul é já candidata a melhor exibição dos playoffs 2011.

Os Lakers entraram muito mal no jogo, mas conseguiram recuperar bastante bem. Num jogo em que acabaram por demonstrar a sua dominância, os campeões em titulo adiantam-se na eliminatória, podendo fechá-la já no próximo jogo.

Os Hornets deram luta nesta série, mas no jogo 6 foram incapazes de demostrar todo o seu basquetebol. Um jogo tranquilo onde os Lakers venceram todos os períodos, pensando já na próxima ronda.

Os Lakers conseguem ir a New Horleans virar a eliminatória a seu favor. Os 30 pontos de Kobe Bryant foram muito importantes, num jogo que acabou por ser sempre

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Uma série muito interessante à partida e que começa com um dominio total dos Mavericks que venceram os dois primeiros jogos, o que marcou logo o rumo da eliminatória.

Os Mavs entram bem nos playoffs num jogo bastante equilibrado, onde o colectivo de Dallas se destacou. Os 28 pontos e 10 ressaltos do inevitável Dirk Nowitzki foram muito importantes para a vitória final e para um belo começo na série.

Só mesmo um excelente quarto período valeu aos Mavs a 2ª vitória na série, sendo que no fim do 3º periodo, o resultado encontrava-se em 73-72. Mais uma vez, Nowitzki é determinante, anotando 33 pontos. Mas o alemão teve concorrência no jogo interior: LaMarcus Ladridge anotou 24 pontos e ganhou 10 ressaltos. Estará a eliminatória decidida?

Os jogos renhidos são uma constante nesta série! Desta feita, Portland levou a melhor sobre Dallas, diante do seu público. É de destacar os 25 pontos do sophomore Wesley Matthews. Esta eliminatória parece tudo menos perdida para os Blazers, será?

O coração dos jogadores de Portland é mesmo muito grande! No final do terceiro período, o

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DAL 89 x 81 POR DAL 101 x 89 POR POR 97 x 92 DAL POR 84 x 82 DAL DAL 93 x 82 POR POR 96 x 103 DAL

resultado era de 49-67, a favor de Dallas. Mas um parcial de 35-15 no 4º período deixa o pavilhão ao rub ro. Neste jogo, é de destacar os 24 pontos e 5 assistências de Brandon Roy, que parecia estar a entrar num buraco sem fundo e que parece renascer agora.

Parece que nesta série, o factor casa é mesmo determinante e decisivo. Os Mavs sofreram mas conseguiram ganhar um jogo onde o colectivo imperou. Dirk Nowitzki destacou-se nos pontos (25), Tyson C handler nos ressaltos (20) e Jason Kidd nas assistências (14).

O 2º periodo de Dallas foi determinante para a vitória, que encerra a série e quebra a tendência dos vencedores caseiros. Dirk Nowitzki (quem mais?) anota 33 pontos e ganha 11 ressaltos contra os insuficientes 32 pontos e 12 ressaltos de Gerald Wallace. Os Mavs seguem para as meias-finais de conferência.


Oklahoma entra forte nestes playoffs, mostrando que é um sério candidato à vitória na conferência Oeste. Uma equipa muito sólida com Westbrook, Durant, Perkins, Ibaka e companhia,, não deram muitas hipóteses a uma equipa de Denver desfalcada com a saida de Carmelo Anthony e Chauncey Billups.

Denver começou o jogo melhor mas os 41 pontos e 9 ressaltos de Kevin Durant foram demais para uns Nuggets que foram perdendo fôlego ao longo do jogo. Destaque ainda, do lado de Denver, para os 22 pontos e os 8 ressaltos do brasileiro Nenê. Será este o rumo da série?

O primeiro período deste jogo ditou uma vantagem de 16 pontos para os Thunder, que se limitaram a gerir essa vantagem ao longo da partida. Denver foi incapaz de competir e fica na esperança de virar a eliminatória em casa. Serão capazes?

OKC 107 x 103 DEN OKC 106 x 89 DEN DEN 94 x 97 OKC DEN 104 x 101 OKC OKC 100 x 97 DEN

À quarta é de vez: os Nuggets finalmente venceram os Thunder e ficam com uma réstia de esperança de virar a série. São de destacar os 31 pontos de Kevin Durant e o jogo do banco de Denver, que foi fundamental. Conseguirão os Nuggets fazer mais do que isto?

Um jogo muito renhido, mas Oklahoma acaba por conseguir encerrar a série e pensar já na próxima ronda. De facto, Kevin Durant foi a grande constante dos Thunder nesta série, e nest jogo não fugiu à regra, anotando 41 pontos. Oklahoma segue para a próxima fase, de olhos bem-postos no título.

Os Nuggets bateram-se bem e chegaram a estar na frente, mas acabaram por perder o jogo 3 e a série pode muito bem ser fechada no próximo jogo. Um bom colectivo de Oklahoma com Durant nos pontos (26), Ibaka nos ressaltos (16) e Westbrook nas assistências (8).

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Os Bulls entram nos playoffs como equipa sensação do Este, afirmando-se já como sérios candidatos ao titulo. Pela frente, tiveram uns Pacers que deram luta, mas foram incapazes de aspirar sequer à passagem às meias finais de conferência.

Os Pacers quase surpreendiam na abertura da série. A equipa de Indiana esteve entrou no quarto período a vencer por 8, mas um parcial de 33-20 nos 12 derradeiros minutos, deitaram tudo a perder. Se alguém tinha dúvidas, Derrick Rose anota 39 pontos e 6 assistências, e reafirma a sua candidatura ao prémio MVP.

Mais uma vez, os Bulls apenas conseguem segurar a vitória no quarto período, com uma exibição colectiva bastante boa, destacandose Derrick Rose (quem mais?) com

27 06 Junho 2011

CHI 104 x 99 IND CHI 96 x 90 IND IND 84 x 88 CHI IND 89 x 84 CHI CHI 116 x 89 IND

36 pontos e 6 assistências. Danny Granger, com 19 pontos e 4 assistências, foi o melhor dos Pacers.

O equilíbrio no marcador é um marco desta série, mas os Bulls acabam mais uma vez por arrecadar a vitória. Rose anota 23 pontos e começa a tornar-se o melhor jogador dos playoffs até ao momento. No próximo jogo, os Bulls podem fechar a série, fazendo o primeiro “sweep” destes playoffs.

À quarta é de vez! Os Pacers conseguem vencer o primeiro jogo, mas certamente já vão tarde para aspirar a algo mais. Granger marcou 24 pontos, ganhou 10 ressaltos e distribuiu 4 assistências,

sendo o MVP da partida.

Como era esperado, os Bulls fecham a série com 4-1, com um jogo controlado de início ao fim, onde nem Indiana acreditou que fosse possível vencer. Chicago segue em frente, e dá boas indicações de pode mesmo chegar ao título.


Uma série sempre controlada por Miami, que mostrou muita vontade de estar nas finais o mais rapidamente possivel. O trio dos Heat esteve em destaque, e nunca conseguiu ser travado por Iguodala, Brand ou Young.

Os Sixers entraram muito bem no jogo, fazendo logo um parcial de 19-31, mas um segundo período imparável dos Heat (35-18), colocou ordem no jogo. A partir daí, houve um controlo por parte de Miami, que acabou por vencer. Na equipa da Florida, destacou-se mesmo o colectivo, enquanto que do lado de Philadelphia, Thaddeus Young foi o principal impulsionador, com 20 pontos e 11 ressaltos.

MIA 97 x 89 PHI MIA 94 x 73 PHI PHI 94 x 100 MIA PHI 86 x 82 MIA MIA 97 x 91 PHI

Desta vez, os Sixers conseguiram levar a melhor, com um jogo colectivo muito bom, do qual se destacam os 17 pontos do rookie Evan Turner. Será tarde para Philadelphia? Ou estará esta equipa preparada para virar a eliminatória e fazer história?

Está feito. Miami controla e ganha sem muita dificuldade. Parece que nesta equipa só joga o trio, destacando-se desta vez Wade com 26 pontos e 11 ressaltos. Os Heat seguem para a próxima ronda onde vão encontrar os temíveis monstros de playoffs, Boston Celtics.

Miami não deu a mínima hipótese, sentenciando a partida ao intervalo (49-31). Lebron James, com 29 pontos e 11 ressaltos, foi o principal responsável por este massacre.

Este foi mesmo o jogo mais equilibrado da série até ao momento. Apenas no quarto período é que Miami conseguiu garantir a vitória, por trás dos 32 pontos e 8 assistências de Dwyane Wade. Miami pode fechar a série no próximo jogo e seguir para a próxima ronda.

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Esperava-se que esta série fosse a mais equilibrada da primeira ronda, mas acabou por se tornar num verdadeiro pesadelo para os Knicks. Boston provou, mais uma vez que tem uma excelente equipa, que alia experiência a muita vontade de vencer.

New York esteve quase sempre na frente, muito por culpa do parcial 15-28 do segundo período. Boston foi recuperando aos poucos até que Ray Allen marca um triplo que faz o resultado final, a 10 segundos do fim da partida. Um golpe duro para uns Knicks que tiveram vária oportunidades para sentenciar a partida.

O equilíbrio foi notório nesta partida, onde até ao fim tido poderia ter acontecido. O jogo, mais uma vez, acabou por cair para Boston. Rajon R ondo com 30 pontos e 9 assistências foi o cérebro desta vitória, conseguindo contrariar os 42 pontos, 17 ressaltos e 6 assistências de Carmelo Anthony.

Esperava-se que neste jogo, New York conseguisse relançar a eliminatória, mas um jogo quase perfeito de Boston a nível colectivo, impediu que isso acontecesse. Paul Pierce liderou nos pontos (38), Kevin Garnett nos ressaltos (12) e Rajon Rondo nas assistências (20!!)

29 06 Junho 2011

BOS 87 x 85 NYK BOS 96 x 93 NYK NYK 96 x 113 BOS NYK 89 x 101 BOS

Boston quase sentenciou o jogo ao intervalo (38-55), numa exibição dos Knicks onde se notou desânimo e desmotivação. Garnett, com 26 pontos e 10 ressaltos foi MVP. Boston segue agora para a próxima ronda, onde é temido por todos.


Numa eliminatória onde o equilibrio imperou em (quase) todos os jogos, os Magic acabaram por se tornar deamsiado dependentes de Dwight Howard, o que acabou por ser fatal nalgumas situações. Os Hawks, com um grupo sólido e forte, conseguiram ultrapassar uma das equipas favoritas à vitória no Este.

Esta série começa com um jogo muito equilibrado na parte inicial, que acabou por ficar decidido para o lado de Atlanta, ainda antes do fim do 1º período. Orlando tornouse mesmo Howard-dependente nesta partida, sendo que o poste marcou cerca de metade dos pontos da equipa (46), juntando a isso 19 ressaltos. Uma exibição monstruosa, mas insuficiente. Nos Hawks, destaque para Joe Johnson, com 25 pontos e 5 assistências.

Orlando acaba por conseguir arrecadar a vitória, sendo esta muito difícil de alcançar, estando o jogo muito equilibrado até ao final. Mais uma vez, Dwight Howard é MVP, com 33 pontos e 19 ressaltos. Conseguirão os Hawks parar o monstro das tabelas?

Num jogo impróprio para cardíacos, onde o vencedor só se descobriu mesmo na parte final do jogo, os Hawks fizeram valer o colectivo

ORL 93 x 103 ATL ORL 88 x 82 ATL ATL 88 x 84 ORL ATL 88 x 85 ORL ORL 101 x 76 ATL ATL 84 x 81 ORL

com Jamal Crawford nos pontos (25), Josh Smith nos ressaltos (10) e Joe Johnson nas assistências (5). Mais uma vez, Dwight Howard faz números muito bons, com 21 pontos e 15 ressaltos. No próximo jogo, muita coisa se pode decidir.

Mais um jogo muito equilibrado, onde Atlanta pode muito bem ter sentenciado a série. O resultado final é quase fotocópia do jogo anterior, o que relembra e equivalência das duas equipas. Excelente colectivo dos Hawks, liderados por Jamal Crawford, com 25 pontos e 6 assistências. No próximo jogo, os Hawks podem fechar a eliminatória, mas Orlando não desiste, certamente.

Neste jogo, deparamo-nos com um paradoxo: no primeiro jogo em que Dwight Howard não faz um jogo de nível cósmico, os Magic vencem. É verdade, Howard não foi além de 8 pontos e 8 ressaltos. Desta vez, o colectivo de Orlando imperou, liderados por Jason Richardson com 17 pontos. A equipa da Florida não deu a mínima hipótese, quebrando o equilíbrio habitual. Será isto um indicador de uma reviravolta?

É simples: neste jogo, o equilíbrio regressou, DH12 voltou a fazer uma belíssima exibição, os Hawks venceram, os Magic estão fora e o

“Superman” não vai mesmo jogar mais esta época. Atlanta prova que é capaz de discutir a série com qualquer equipa, e não serão um adversário fácil na 2ª ronda.

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O título até poderá não ser o mais correcto para alguns destes oito jogadores, visto que para alguns, felizmente e aparentemente, o calvário já terminou. Mas a lesão é um denominador comum nos oito atletas. No presente ou no passado, lesões atrás de lesões arrasaram carreiras, destruíram sonhos e criaram incertezas a vários jogadores. Durante meses e até mesmo anos, estes homens trocaram aquilo que melhor sabem fazer - treinar e claro, jogar basquetebol - por sessões de recuperação, ginásios e hospitais.

31 06 Junho 2011


Estes são os números que traduzem os poucos jogos realizados pelos “clientes habituais” das enfermarias da NBA. 32


A

lesão é um maior pesadelo de qualquer desportista e infelizmente são poucos aqueles que se podem gabar de nunca ter tido que lidar com nenhuma, por mais pequena que seja. Mas para alguns atletas da NBA, a lesão é algo com que se convive dia-a-dia. Para além de destruírem carreiras, as lesões destroem por vezes também as equipas.

È um dos casos mais admiráveis quanto se juntam as palavras “Talento, Persistência, Lesão e Felicidade ”. Grant Hill chegou à NBA em 1994, como a escolha número três do draft, seleccionado pelos Detroit Pistons. Logo na primeira época Hill ganhou estatuto de super estrela na maior liga de

basquetebol do mundo. Foi Rookie do Ano juntamente com Jason Kidd, foi o único rookie da história a ser o jogador mais votado para um All Star Game e foi o primeiro jogador a carregar nas costas o cognome de “Novo Michael Jordan”, mesmo não estando ainda o melhor jogador de todos os tempos fora dos “courts” da NBA. Até que em 2000, no virar de milénio, Grant Hill trocou os Detroit Pistons pelos Orlando Magic e as lesões ameaçaram acabar com um dos maiores “fora-de-série” até então. A primeira lesão desfez o tornozelo esquerdo do atleta e permitiu-lhe jogar apenas quatro jogos na primeira temporada pelos Magic. A mesma lesão atormentou Hill nas duas temporadas seguintes. No ano de 2003, Grant Hill foi submetido a mais uma intervenção cirúrgica para recuperar o seu tornozelo, mas resultou em mais um problema para o jogador, que chegou mesmo a por a sua vida em risco. Cinco dias após ter alta, Hill começou a ter convulsões e ganhou febre de quase 41º C. Grant Hill foi levado para o hospital e os médicos detectaram uma infecção rara no local da cirurgia. Felizmente, as infecção não se espalhou pelos ossos e pode ser tratada.

“No ano de 2003, Grant Hill foi submetido a 33 06 Junho 2011

mais uma intervenção cirúrgica para recuperar o seu tornozelo, mas resultou em mais um problema para o jogador, que chegou mesmo a por a sua vida em risco.” Seguiram-se então seis longos meses de tratamento com recurso a antibióticos extremamente fortes e ligação a uma máquina três vezes por dia, que impediram Hill de jogar toda a temporada de 2003-2004. Grant Hill regressou em 2004-2005 mas logo na temporada a seguir viu-se a contas com mais um problema físico que lhe roubou mais 61 jogos. Desta vez foi uma Hérnia que o tirou do jogo, resultado de uma pressão desigual nos pés que fazia para evitar lesionar novamente o tornozelo. Hill foi novamente operado e colocou a hipótese de por um ponto final na carreira. Tal não aconteceu e depois de mais uma época nos Orlando Magic, Hill transferiu-se para os Phoenix Suns onde tem sido até agora parte fundamental no cinco inicial dos Suns e aos 38 anos, Hill é ainda capaz de fazer mais de 20 pontos por jogo. Fica a questão no ar: teria Grant Hill sido um dos melhores jogadores de basquetebol de todos os tempos se as lesões não o atormentassem? Tudo indica que sim, mas nunca se saberá.


Gilbert Arenas é outro jogador que nos faz pensar onde teria ido não fossem as lesões. Já perto do final da temporada 20062007 o calvário do “Agent Zero” começou. Com média de 28.4 pontos por jogo, foi ao 74º jogo dessa mesma época frente aos Charlotte Bobcats que tudo começou. Após uma entrada para o cesto, Gerald Wallace caiu sobre a perna esquerda do seu adversário (Arenas) destruindo-lhe o ligamento colateral medial do joelho. Arenas teve de ser operado e os Wizards ressentiram-se da falta do seu melhor jogador. Qualificaramse para os Playoffs mas foram imediatamente eliminados.

“15 jogos em 170 possíveis” Gilbert Arenas ainda foi a tempo de jogar os primeiros jogos da temporada seguinte mas voltou a ter de ser novamente operado, desta vez ao menisco do mesmo joelho esquerdo, resultado da primeira lesão. Arenas regressou apenas em Abril para disputar, condicionado, os últimos jogos da época. Ainda antes de começar a nova época, Arenas voltou a ser operado, agora para remover

detritos resultantes das cirurgias anteriores que lhe causavam dor e desconforto no joelho. Nesta época, Arenas jogou apenas os dois últimos jogos. Ao todo, o também muito polémico jogador disputou apenas 15 jogos em 170 possíveis nas temporadas 2007-08 e 2008-09.

Lakers e mais uma vez perdeu o resto da época. Devido a problemas no mesmo joelho, Michael Redd fez apenas 10 jogos em 2010-11, com pouco mais de 13 minutos por jogo.

Gilbert Arenas regressou em 2009 mas ao fim de 32 jogos nessa época foi suspenso pela NBA o resto da temporada. Depois da chegada de Wall aos Wizards, Arenas foi transferido para os Orlando Magic onde é actualmente o “Sexto Homem” da equipa de Dwight Howard.

È um dos melhores jogadores da história dos Milwaukee Bucks, mas de alguns anos para cá que a carreira de Redd tem virada um pesadelo. A 25 de Janeiro de 2009 Michael Redd contraiu uma gravíssima lesão no joelho esquerdo. O ligamento cruzado anterior e o ligamento colateral medial desse mesmo joelho romperam e a época acabou para Redd. O base regressou na época seguinte mas no dia 10 de Janeiro de 2010 voltou a romper os dois ligamentos num jogo frente aos Los Angeles

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do pé esquerdo. Depois de ser operado, o chinês falhou 21 jogos nessa época. O poste dos New York Knicks é outro caso em que as lesões vieram para ficar. Desde 2008 para cá, Curry já teve lesões em tudo quanto era corpo.

O poste chinês dos Houston Rockets é um dos mais carismáticos jogadores da NBA e nos últimos anos tem sido também um dos mais castigados pelas lesões.

Tornozelos, ombros, infecções e o mais grave de tudo, problemas nos joelhos. Depois de várias operações é o próprio treinador dos Knicks a afirmar que não deve arriscar pôr um jogador em campo por achar que já não tem condições físicas para jogar.

Os seus 2,29 metros de atura dificultam a recuperação das lesões de tal forma que Yao já pensou mesmo por um ponto final na carreira.

35 06 Junho 2011

Foi na sua quarta temporada que Yao teve o primeiro problema físico. Uma osteomielite num dedo

Logo no inicio da temporada seguinte Yao voltou a lesionar-se, desta vez gravemente no joelho direito. Mais uma vez foi operado mas ainda regressou nessa época, faltando a 34 jogos. Na época 2007-08, Yao Ming fez 55 jogos até se lesionar novamente. Desta vez fracturou o pé esquerdo e falhou o resto desse ano. Yao foi operado e foram-lhe implantados parafusos no pé esquerdo para lhe fortalecer os ossos do pé.


E foi um sucesso, visto que na temporada seguinte Yao fez 77 jogos e completou a temporada sem lesões. No entanto, nessa mesma época durante os Playoffs, foi detectada uma entorse no tornozelo esquerdo de Yao que viria a confirmar-se tratar-se de uma nova fractura no pé esquerdo do poste chinês. Apesar de não aparentar grande gravidade, foi recomendado a Yao Ming uma nova cirurgia para evitar males maiores e o jogador falhou assim toda a temporada 20092010. Em 2010-2011 Yao voltou mas com precauções. Os médicos dos Rockets definiram um tempo máximo de 24 minutos por jogo para Yao, pelo menos durante um ano. A verdade é que ao fim de cinco jogos foi anunciado que o “11” de Houston tinha desenvolvido uma fractura de stress no tornozelo esquerdo, relacionado com uma antiga lesão, e iria perder o resto da temporada. E assim tá em risco a carreira da “Grande Muralha da China”.

Greg Oden vai jogar apenas 82 jogos dos 328 possíveis na época regular da NBA, em quatro anos.

Tem apenas 23 anos mas já tem um grande historial de lesões. O poste dos Portland Trail Blazers foi escolhido na primeira posição do draft de 2007 e era apontado como um dos jogadores mais dominantes no futuro. Mas desde logo o destino de Greg Oden começou a ser traçado.

Depois de chocar com o pequeno Aaron Brooks, Oden fracturou a rótula do joelho esquerdo e falhou toda a restante temporada. No início desta época os Blazers confirmaram uma nova operação ao joelho de Oden e que este não volta a jogar este ano. As contas são fáceis de fazer: Greg Oden vai jogar apenas 82 jogos dos 328 possíveis na época regular da NBA, em quatro anos.

Poucos dias depois do draft, Oden rompeu os ligamentos do joelho direito ao levantar-se do sofá de casa, foi operado e perdeu toda a sua época de rookie. Oden regressou na época seguinte e logo no primeiro jogo voltou a lesionar-se… Esteve apenas 13 minutos em campo antes de se lesionar no pé e ver-se obrigado a parar novamente. Oden regressou duas semanas depois, mas voltou a lesionar-se, desta vez numa rótula. Ao todo, Oden perdeu 21 jogos nessa época e fez pouco mais de 21 minutos por jogo. Na época seguinte, Oden estava de volta e parecia finalmente arrancar para uma boa temporada, ao mostrar os argumentos pelos quais foi escolhido à frente de Kevin Durant no draft de 2007. Mas o azar voltou a bater-lhe a porta.

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De toda a lista Kenyon Martin é o que teve mais paragens, mas mais curtas do que todos os outros. A primeira lesão ocorreu na temporada 2004-05. Uma microfactura no joelho esquerdo obrigou o extremo-poste dos Denver Nuggets a “ir à faca”. Na temporada seguinte Martin teve uma tendinite no mesmo joelho que lhe iria roubar 26 jogos nessa temporada. Logo na temporada seguinte foi detectado uma microfactura no seu joelho direito. Martin foi novamente operado e jogou apenas dois jogos nesse ano. Entre outras lesões como fracturas nos dedos ou contusões que retiraram imensos jogos a Martin, a lesão mais grave aconteceu ainda no basquetebol Universitário. Numa tentativa de abrir uma linha de passe, Martin escorregou, caiu e o resultado foi uma ruptura de ligamentos e uma perna partida. Já esta temporada, Martin teve problemas com lesões… nada de novo!

37 06 Junho 2011

“T-Mac” é outro que já carregou nas costas o epíteto de “Novo Michael Jordan”. E de facto, talento é coisa que não lhe falta, sendo mesmo um dos jogadores mais entusiasmantes dos últimos anos, capaz de fazer levantar qualquer público da NBA. Tudo corria bem até que nos Houston Rockets… as lesões, pois, as malditas lesões. A “maldição” começou em 2005. TMac começava pelas primeira vez a sentir problemas nas costas, mais concretamente espasmos, isto é, contracções involuntárias de músculos, que se forem muitos fortes podem levar à ruptura de ligamentos e tendões. Num jogo frente aos Denver Nuggets, McGrady teve mesmo de ser retirado em maca do jogo. Para piorar as coisas, T-Mac lesionou-se nas costas num jogo frente aos Pacers após uma queda aparatosa. Ao todo, nessa temporada, jogou apenas 47 jogos. Na temporada 2006-07 T-Mac

falhou os primeiros jogos devido ao mesmo problema e o próprio afirmou que se estava a sentir menos capaz de fazer as coisas espectaculares que fazia e que estava a ficar mais lento devido ao seu problema. Em 2007-08 lesionou-se no ombro e no joelho mas sacrificou-se para ajudar a equipa. Para além de usar protecções nos dois locais lesionados, T-Mac foi ainda sujeito a injecções para atenuar as dores que eram ainda assim muito fortes. Na temporada seguinte McGrady decidiu fazer uma operação ao seu joelho esquerdo para não agravar a lesão da época anterior e perdeu o resto da temporada, jogando apenas 35 jogos nesse ano. Actualmente nos Detroit Pistons, TMac está de volta à “vida saudável” mas faltou vários jogos no início por problemas físicos. E assim fica destruída uma carreira…

Mais casos de lesões têm ocorrido na NBA nos últimos anos: Andrew Bogut, Kevin Garnett, Jameer Nelson e mais recentemente a estrela Brandon Roy que pouco jogou este ano. Esperamos que Roy não faça parte desta história daqui a uns anos.


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39 06 Junho 2011


Nasceu em 1945, dia 17 de Setembro, cresceu até aos 2,05 metros de altura e jogou 3 anos no North Dakota antes de entrar na NBA em 1967, aonde foi a 17ª escolha na segunda ronda. Começou então em 1967 a história de Phil Jackson na NBA aonde em 35 anos apenas esteve em 4 clubes, sendo a sua passagem pelos Nets em 1978 a mais curta pois durou apenas até 1980 quando se retirou como jogador. Assim desde 67 até 78 foi jogador dos Knicks. Atlético, all-around, braços longos, combativo, inteligente, trabalhador e excelente defesa eram as suas características principais. Campeão em 1970, apesar de não ter jogado pois teve que ser operado á coluna, criou um livro (photo album) de nome “Take it all” aonde ficou ilustrada uma grande temporada, numa equipa que contava com Willis Reed (19) e Walt Frazier(10). Em 1973 era parte influente da equipa sendo de novo campeão, apesar de vir do banco ajudou com 4.3 rpj e 8.1 ppj. Depois de se retirar, como jogador em 1980, a sua carreira como treinador não foi imediatamente a NBA. Andou por ligas semiprofissionais e passou alguns anos em Porto Rico. 1987, Chicago contrata Phil Jackson como treinador assistente de Doug Collins e em 1989 acabou por ser promovido a treinador principal. Foi durante os seus anos como assistente que aprendeu e se apaixonou pelo triângulo ofensivo que lhe foi ensinado por Tex Winter.

suficiente para Orlando Magic). Em 1998 Michael Jordan retira-se, mais uma vez, a equipa dos Bulls é praticamente desmantelada e Phil Jackson também se retira dizendo que não voltará a ser treinador. Em 1999 voltou para ser treinador Lakers, uma equipa que contava com Shaquille O’neil e Kobe Bryant. O sucesso foi imediato.

Numa equipa que contava com o jovem Michael Jordan, os Bulls só por 3 ocasiões não foram campeões (no primeiro ano de Phil como treinador principal, no ano em que Jordan esteve “retirado” e no ano seguinte pois não tinham ritmo

“Zen Master”

A sua história com os Lakers têm tido muitas voltas e reviravoltas. Retirando-se e voltando para ajudar a equipa em situações mais complicadas e sendo apontado muitas vezes como um dos poucos treinadores com capacidade de “controlar” o ego de Kobe Bryant, com um misto de conhecimento e dedicação ganhou a fama de Zen Master. Zen Master por enumeras razões, por ser um “Ming Gamer”, por ter escrito vários livros, por ser um exemplo, por ser calmo, etc. Depois de ganhar o quinto titulo pelos Lakers apenas se comprometeu em continuar mais uma época. Provavelmente para tentar criar um record significativo os tais tri-peats, mas tal não veio a acontecer. Mas isso não irá manchar a carreira do homem que mais títulos venceu como treinador e como treinador+jogador da história da NBA.

Como treinador: -Nunca falhou os Playoffs - oito seasons a vencer mais de 60 dos jogos (all nba record) - apenas um “coach fo the year”, mas considerado um dos melhores de sempre.

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William Felton “Bill” Russell nasceu em West Monroe no Louisiana. Desde sempre sofreu racismo devido à sua cor de pele. Bill teve vários acontecimentos infelizes relativamente à sua raça na sua infância. Uma vez, o seu pai não foi atendido num posto de gasolina até que todas as pessoas de raça branca fossem atendidas. Seu pai tentou ir embora, mas o funcionário do posto pegou numa arma e apontou para a sua cabeça. Noutro episódio, um polícia prendeu a sua mãe por ela usar um suposto “vestido para brancas”. Por muitos negros terem imigrado para Oakland durante a Segunda Guerra Mundial, a família de Bill seguiu o mesmo caminho e ele mudou-se para a Califórnia com apenas 8 anos. Sua mãe morreu quando ele tinha 12 anos. Foi dispensado uma vez no Ensino Médio, e quase teria o mesmo caminho na McClymonds High School, quando o técnico George Powles impediu isso e o colocou na equipa titular. Ele jogou junto com Frank Robinson, futuro membro do Hall of Fame.

Russell foi ignorado por muitos olheiros até que Hal DeJulio, da Universidade de San Francisco o seleccionou para a equipa. Apesar de achar os fundamentos de Bill muito fracos, Hal seleccionou o poste por ele ter um grande extinto defensivo. Com Russell, USF se tornou a primeira equipa a ter 3 negros entre os titulares (Bill Russell, K.C. Jones e Hal Perry). Bill desenvolveu a força de um poste

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com a velocidade de um extremo. Mesmo com o sucesso da equipa, os negros ainda sofriam muito preconceito. Em 1954, os hotéis de Oklahoma City não aceitaram receber a USF por causa de seus jogadores negros. Liderou a universidade a ganhar o título da NCAA em 1955 e 1956, tendo inclusive uma sequência de 55 vitórias seguidas. Teve médias de 20,7 pontos e 20,3 ressaltos na sua passagem pela NCAA. Além do basquete, ele competia no atletismo. Era corredor de 400 metros e fê-los em 49,6 segundos (o recorde mundial dos 400 metros actualmente é 43,1 segundos) e no salto em altura. No último, ganhou muitos torneios regionais e chegou a ser eleito o 7º melhor atleta do mundo na modalidade em 1956. O seu maior salto foi de 2,06 m (o recorde mundial actualmente é de 2,45 m). No final da sua carreira na universidade, Bill foi convidado para se juntar aos Harlem Globetrotters, porém recusou, pois achava que isso poderia prejudicar a sua carreira profissional de basquetebol.

“Russell foi ignorado por muitos olheiros até que Hal DeJulio, da Universidade de San Francisco o seleccionou para a equipa.”


Antes do Draft, os Celtics não tinham nenhuma perspectiva em seleccionar Bill Russell. Eles haviam sido vice-campeões na temporada passada, então estariam com as últimas escolhas no Draft. O St. Louis Hawks, segundo a escolher, seriam o provável destino de Bill. Porém, o técnico do Celtics Red Auerbach trocou Ed Macauley (6 vezes All-Star) e a estrela do Boston na época Cliff Hagan pela 2ª escolha no Draft. E Red seleccionou Bill Russell. Naquela época, o poste era notado pelas suas habilidades ofensivas. Porém, Red notou a grande habilidade defensiva de Russell seleccionando-o. Na 13ª escolha, os Celtics seleccionaram o companheiro de Bill, K.C. Jones. Na 3ª escolha dos C’s, outro membro do Hall of Fame (os anteriores também são), Tom Heinsohn. A troca de Russell é considerada uma das mais importantes trocas da história da NBA e dos desportos americanos. Ele foi convidado também para se juntar à equipa americana nos Jogos Olímpicos de 1956 em Melbourne/AUS, ganhando a medalha de ouro.

Com isso, só começou a jogar no Boston em 1957. Durante a temporada de 56/57, Boston contou com 7 membros do Hall of Fame: Bill Russell, Tom Hainsohn, Jim Loscutoff, Bill Sharman, Bob

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Cousy, Frank Ramsey e K.C. Jones. Jones não jogou devido a serviços militares. A estreia de Bill foi contra o St. Louis Hawks de Bob Pettit. Russell foi o encarregado de marcar a estrela do Hawks, e impressionou tudo e todos. Na temporada anterior, a equipa havia tido o melhor ataque, porém a pior defesa da NBA. Numa partida contra os NY Knicks, Bill Russell deu um murro em Ray Felix e foi multado em 25 dólares. No Jogo 1 das Finais da Conferência Leste, os Celtics bateram os Syracuse Nationals de Dolph Schayes por 3x0 e Bill Russell ajudou os Boston a chegar à sua primeira final na NBA. Na final, bateram o St. Louis Hawks, ganhando o 1º de 11 títulos praticamente seguidos. Na temporada seguinte, Bill começou de forma arrasadora a sua temporada e foi escolhido como o MVP de 1957/58. Porém, foi colocado apenas na 2ª melhor equipa da NBA. A liga justificava dizendo que existiam outros postes melhores do que Bill, mas ninguém mais valioso que ele. Chegando às Finais, enfrentou novamente os Hawks. Só que no Jogo 3, Bill lesionou-se no pé e os Hawks ganharam a série no Jogo 6. Na temporada seguinte, Boston quebrou o recorde de vitórias numa temporada (52) com Russell a jogar a grande nível. Nas Finais, ganharam aos Lakers de Minneapolis por 4x0. Em 1959/60, a NBA parou com a chegada do lendário Wilt Chamberlain e os seus 37,6 pontos de média na sua 1ª temporada. A batalha entre o melhor de todos os tempos no ataque e o melhor de todos os tempos na defesa tornavase uma das maiores de sempre no

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basquetebol mundial. Com uma temporada de 59 vitórias, Boston encontrou os Philadelphia de Wilt novamente nas Finais de Conferência. Melhor para o Boston, que encarou os Hawks novamente nas Finais, ganhando por 4x3. No Jogo 2, Bill anotou 40 ressaltos, tornando-se um recorde num jogo de Final de NBA. Em 1960/61, ganhou desta vez aos LA Lakers nas Finais. Na temporada seguinte (1961/62), Boston ganhou 60 jogos e Bill foi novamente eleito o MVP, apesar de Wilt Chamberlain ter em média 50,4 pontos e ainda o seu mágico jogo de 100 pontos. Ganharam novamente aos Philadelphia Warriors nas Finais de Conferência. Nas Finais, enfrentaram novamente os LA Lakers de Elgin Baylor e Jerry West. No jogo 7 Bill anotou 40 ressaltos (empatando o seu próprio recorde) e 30 pontos. Bill ajudou os “verdes” a ganhar mais um título. Na temporada 1963/64, Bob Cousy retirou-se, mas os Celtics escolheram no Draft outro excelente jogador - John Havlicek. Bill foi novamente MVP da temporada regular e chegou às Finais para derrotar novamente os LA Lakers. Na temporada seguinte, derrotou os San Francisco Warriors de Wilt Chamberlain, nas Finais. Foi o 6º título consecutivo da NBA, e o 7º em 8 anos. Boston continuou espectacular surpreendendo tudo e todos e em 1964/65 ganharam 62 jogos na temporada regular e Bill Russell ganhou mais um prémio de MVP. Os derrotados foram mais uma vez os LA Lakers nas Finais. Uma temporada depois, Bill ganhou outra vez a Wilt, agora como Philadelphia 76ers nas Finais de


Conferência. Nas Finais, como não podia deixar de ser, mais uma vitória sobre os LA Lakers. Porém, nessa final ele teve média de 22,8 ressaltos por jogo. Foi a 1ª vez que ele não teve em média, mais de 23 ressaltos nas Finais em 7 anos. Nenhum jogador ganhou mais títulos seguidos em nenhum desporto americano do que Bill Russell. Na temporada de 1966/67 Red Auerbach retirou-se. O seu cargo foi oferecido a Franck Ramsey, Bob Cousy e Tom Heinsohn, mas todos eles recusaram. Coube ao próprio BIll Russell ser treinador e jogador do Boston Celtics, ao mesmo tempo. Ele tornou-se o primeiro negro a ser técnico de uma equipa da NBA. Justamente nesta temporada, a sequência de 8 títulos seguidos acabou, quando os Philadelphia 76ers, liderado por Wilt Chamberlain e uma campanha de 68 vitórias, ganharam aos Boston Celtics nas Finais de Conferência. A grande defesa do C’s levou 140 pontos no Jogo 5. Russell reconheceu a derrota e até foi ao balneário do adversário cumprimentar Wilt Chamberlain. Com 34 anos, os números de Bill começaram a cair na temporada de

1967/68. Nas Finais de Conferência, 76ers e Celtics se encontraram novamente. Porém com o assassinato de Martin Luther King a série foi cancelada. Boston começou perdendo a série 3x1, mas conseguiu virar tornando-se a 1ª equipa na história da NBA a conseguir tal feito. Na Final, ganharam aos LA Lakers, dando a Bill Russell o seu 10º título em apenas 12 anos. Na temporada seguinte, os problemas fora de campo atrapalharam Bill. A morte de Robert F. Kennedy, a Guerra do Vietname e a separação da esposa fizeram com que ele tivesse ganho 7 quilos fazendo então a sua pior temporada na NBA. A marca de 48 vitórias foi a pior da equipa desde 1955/56. Porém, nos Playoffs derrotaram Philadelphia e NY enfrentando LA Lakers nas Finais. LA tinha o reforço de Wilt Chamberlain juntando-se a Baylor e a West. Mesmo assim, LA perdeu novamente para os Boston do impensável Bill Russell. Depois desta vitória, ele retirou-se deixando os “verdes”.

retirado da equipa dos Boston Celtics em 1972. Entrou também para o Hall of Fame em 1975. Ainda assim, após o seu retiro continuou ligado ao basquetebol novamente como treinador. Desta vez foram os Seattle Supersonics e os Sacramento Kings a serem treinados por Bill. Para além de ter sido escolhido para o Hall of Fame da NBA em 1972, como já foi referido, foi também escolhido para o Hall of Fame da NCAA juntamente com John Wooden, Oscar Robertson, Dean Smith e James Naismith. O troféu de MVP das Finais tem como nome: “Bill Russell NBA Final Most Valuable Player Award”, relembrando sempre a sua lendária carreira. 

12 Vezes NBA All Star

11 Vezes campeão da NBA

8 Vezes All-NBA Second Team

5 Vezes NBA MVP

3 Vezes All-NBA First Team

1 Vez All-NBA First Defensive Team

1 Vez NBA All Star Game MVP

1 Vez Campeão Olímpico

Bill Russell viu o seu número 6 ser

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epois de 19 anos na NBA chegou o fim da carreira desportiva de Shaquille O’Neal.

De forma inesperada, “Shaq” comunicou em primeira mão aos 3,8 milhões de seguidores da sua página na rede social “Twitter” a sua decisão de se retirar. Mais do que perder um dos melhores postes de sempre, a NBA perde também uma das figuras mas marcantes da história da competição. Dentro e fora de campo, o sorriso contagiante do gigante de 2,16m e 147kg foi sempre uma imagem de marca. Desportivamente, “Diesel” será sempre lembrado pelo seu domínio junto das tabelas. Com o seu físico impressionante e uma surpreendente mobilidade em campo Shaq juntou-se à elite dos melhores postes de sempre do basquetebol mundial. Tácticas foram criadas para parar Shaquille O´Neal, como o “hack-ashaq” mas a verdade, é que nos tempos áureos de O´Neal, este era simplesmente imparável. Começou a carreira na NBA nos Orlando Magic, onde foi escolha numero um do draft de 1992, mas foi sobretudo em Los Angeles, ao

serviço dos Lakers e ao lado de Kobe Bryant, que se tornou uma verdadeira lenda, ao vencer três anéis da NBA seguidos, sendo eleito nas três vezes MVP da final.

Diesel”, “Shaq Fu”, “Big Cactus”, ou a sua preferida, “The Big Aristotle”. Na sua conta de Twitter, pediu aos fãs sugestões para um novo apelido e, num dia, recebeu 50 mil respostas. A melhor era, na sua avaliação, “the Big 401K”, que, nos EUA, é uma espécie de Plano Poupança Reforma. “Vá, sei que podem fazer melhor. Vou estar aqui o dia todo. Estou retirado!”.

Seguiu-se Miami onde foi campeão ao lado de Dwyane Wade. Depois de uma passagem fugaz pelos Phoenix Suns, O’Neal tentou ajudar LeBron James a ganhar um titulo ao serviço dos Cleveland Cavaliers, mas sem sucesso.

Na hora de saída, Shaq não esqueceu os seus e deixou uma mensagem: “LeBron, D-Wade, eu vi os comentários que vocês fizeram sobre mim. Agradeço muito. Foi uma honra jogar com vocês rapazes. Vocês fizeram de mim um jogador melhor. Vocês são lendas, futuros Hall of Fame. Ganhem os anéis. Adoro-vos. Paz.”

Finalmente, Boston. As lesões impediram-no de dar o seu melhor contributo. No entanto, por onde passou Shaquille O’Neal deixou marca e recolheu junto de quem trabalhou uma tremenda admiração. Não foi por isso de admirar que o mundo da NBA tenha esquecido por momentos a final da NBA entre Miami e Dallas estes ano para prestar homenagens ao bomgigante. Os Los Angeles Lakers foram os primeiros a “mexer-se” e garantiram que a camisola #34 da equipa será retirada. Têm chamado muita coisa a Shaquille Rashaun O’Neal, muçulmano natural de New Jersey, sejam nomes inventados por ele, sejam alcunhas atribuídas por jornalistas. “Shaq attack”, “Shaq

Por tudo isto, Obrigado Shaq!

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4× NBA Champion (2000, 2001, 2002, 2006) 3× NBA Finals MVP (2000–2002) NBA Most Valuable Player (2000) NBA Rookie of the Year (1993) 15× NBA All-Star (1993–1998, 2000–2007, 2009) 2× NBA scoring champion (1995, 2000) 8× All-NBA First Team (1998, 2000–2006) 2× All-NBA Second Team (1995, 1999) 4× All-NBA Third Team (1994, 1996–1997, 2009) 3× All-Defensive Second Team (2000– 2001, 2003) NBA All-Rookie First Team (1993) 3× NBA All-Star Game MVP (2000, 2004, 2009) 1994 FIBA World Championship MVP

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