APONTAMENTOS
Museu de Lamego
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abril 2017
QUO VADIS apresentado pela primeira vez ao público em Dia de Aniversário
ÍNDICE DESTAQUE | 05 JANTAR ANIVERSÁRIO | 12 POSTAL COMEMORATIVO | 18 MECENATO | 20 LANÇAMENTO | 22 + MUSEU | 24 JANTAR | 26 BILHETE CONJUNTO | 28 MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA | 29 EM LOJA | 30 EM COMUNICAÇÃO | 31
destaque
QUO VADIS: DEPOIS DO RESTAURO A EXPOSIÇÃO No dia em que oficialmente comemorou o centenário da sua fundação, o Museu de Lamego apresentou ao público a pintura «Quo Vadis», uma obra que integra a coleção do museu desde a sua fundação, mas que diversas vicissitudes mantiveram longe do olhar público. Datada do “período de ouro“ da pintura portuguesa, passa a partir de agora a estar exposta em permanência, depois de sujeita a uma intervenção de conservação e restauro que lhe devolveu a merecida dignidade. A intervenção só foi, no entanto, possível graças aos donativos de inúmeros anónimos e ao mecenato das empresas Six Senses e Sogrape. “Apadrinhe uma obra de arte” foi, aliás, o mote do Jantar de Aniversário do Museu de Lamego que, tratando-se de um jantar comemorativo, foi também um evento de angariação de fundos para a conclusão da intervenção na pintura. Proveniente da Sé de Lamego e integrada na coleção do Museu de Lamego na sequência da Implantação e República e nacionalização dos bens da Igreja, apesar de truncada a toda a altura e de alterada por repintes realizados entre os séculos XVIII e XX, a tábua figurando o Quo Vadis denuncia um pintor de assinaláveis recursos, provavelmente relacionado com a presença em Lamego de Cristóvão de Figueiredo, Garcia Fernandes e Gregório Lopes, parceria hoje conhecida por Mestres de Ferreirim. Produzida no século XVI, muito provavelmente em data posterior à presença dos mestres de Ferreirim em Lamego, a pintura do Quo Vadis insere-se na órbita da produção destes pintores, num contexto de permeabilidade entre oficinas e de repetição de modelos, recorrente neste período. 05 | APONTAMENTOS
Sem o domínio e a preparação dos pintores de Lisboa, o anónimo que executou o Quo Vadis reinterpreta no essencial os mestres, conferindo a esta pintura uma qualidade particular. Durante cerca duzentos anos na catedral, obras de remodelação do espaço na segunda metade do século XVII e durante o XVIII viriam a desmantelá-la do lugar original. Alterada na sua configuração, que originalmente seria de remate circular e de maior largura, além dos sucessivos repintes, no século XX um tratamento de limpeza daria origem a perdas da camada pictórica ao nível do rosto de Cristo, comprometendo a leitura da composição e remetendo a pintura, durante décadas, para as reservas do museu. Em 2011 foi arrancada do esquecimento, no âmbito do projeto de fundraising do Museu de Lamego «Conhecer, Conservar, Valorizar». Graças ao apoio empresarial e de diversos anónimos, hoje é possível apreciá-la na exposição permanente.
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jantar aniversário
E O SALÃO NOBRE VESTIU-SE DE GALA... No passado dia 5 de abril, foram mais de meia centena aqueles que quiseram festejar os 100 anos do Museu de Lamego. Num jantar que vestiu de gala o Salão Nobre do museu, mais que uma celebração, este foi um evento muito especial, ao lançar um desafio para os próximos 100 anos...
“Apadrinhe uma obra de arte” foi o mote da primeira edição do Jantar de Aniversário, num convite ao mecenato. Ao participar, o público contribuiu para evitar a irremediável perda de uma importante obra de arte, devolvendo-a à fruição pública, enriquecendo a coleção do Museu de Lamego. Por ser um formato ainda pouco habitual em Portugal, o jantar que marcou o centenário do museu foi uma oportunidade única de fazer parte de um evento singular, que trouxe a público pela primeira vez a pintura “Quo Vadis”, a última peça restaurada no âmbito do projeto de fundraising “Conhecer Conservar Valorizar”, cuja conclusão só foi possível graças à contribuição de todos os participantes neste evento. Em dia de centenário, não podiam faltar as reflexões em torno de 100 anos de história, de um museu que nasceu na sequência da implantação da República e consequente nacionalização dos bens da Igreja, como recordou o Diretor Regional de Cultura do Norte, António Ponte, que aproveitou ainda para homenagear todos os colaboradores que
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ao longo destes 100 anos fizeram e fazem parte da história desta instituição agora centenária. Como assinalou, cem anos passados reconhece-se hoje “a importância do Museu de Lamego enquanto estrutura regional e mesmo nacional. O seu edifício, coleção, mas acima de tudo a sua atividade ao longo da sua história é o que o destaca do ponto de vista social e cultural”. Quanto ao futuro, assinalou, ele passa pelo museu enquanto instituição capaz de ocupar um lugar de topo no desenvolvimento de uma política sustentável inclusiva e inteligente, além da aposta no fortalecimento das parcerias instituídas. Aliás, “um museu de pessoas para pessoas” foi o mote do discurso do Diretor do Museu de Lamego. Luís Sabastian falou de um dia especial para o museu e para a Direção Regional de Cultura do Norte, assinalando que o grande ponto forte do museu são os seus 100 anos de história, associados, exatamente, ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com a máxima criatividade e dedicação de toda a equipa, com o objetivo de levar o nome do Museu de Lamego cada vez mais longe. 13 | APONTAMENTOS
Os resultados não poderiam ser mais conclusivos, com o aumento do número de visitantes, o trabalho com praticamente todos os operadores turísticos a operar no Douro e, como destacou, nada disto também seria possível sem os mecenas do museu, imprescindíveis para a realização de grande parte das suas atividades. Os agradecimentos à Liga dos Amigos do Museu de Lamego também não ficaram de fora, assim como a todos os apoios institucionais que ao longo dos anos têm vindo a aumentar, além, claro, dos milhares de anónimos que anualmente chegam até ao museu. O Diretor do Museu de Lamego recordou ainda que este Jantar de Aniversário, o primeiro que se pretende de muitos, além do sabor particular por ser de centenário, é ainda mais especial pelo seu cariz de fundraising agradecendo a todos os presentes o contributo para o enriquecimento da exposição permanente com a conclusão do restauro da pintura QUO VADIS, apresentada pela primeira vez ao público em dia de aniversário. 16 | APONTAMENTOS
postal comemorativo
POSTAL COMEMORATIVO DO CENTENÁRIO Em dia de aniversário, os CTT-Correios de Portugal também se quiseram associar ao evento, com o lançamento do Postal Comemorativo do Centenário do Museu de Lamego.
Em cerimónia oficial durante o Jantar de Aniversário, José Lopes, em representação dos CTT, lembrou que os CTT-Correios de Portugal não podiam deixar de fazer a evocação filatélica do centenário do Museu de Lamego, pela qualidade do seu acervo com 18 Tesouros Nacionais, e na sequência dos selos com que tem vindo a homenagear o património museológico nacional. “O postal inteiro que lançamos hoje vai ser testemunho a milhares de pessoas da excelência deste museu e do contributo do mesmo para enriquecer ainda mais a reputação da cidade de Lamego como destino turístico de excelência”, destacou José Lopes.
O Postal Comemorativo do Centenário do Museu de Lamego está disponível na loja do Museu de Lamego.
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MADE IN PORTUGAL
mecenato DOCE REVOLUÇÃO RESTAURA OBRAS DE ARTE DO MUSEU
O Museu de Lamego lançou o desafio no dia do seu centésimo aniversário e a Escola de Hotelaria e Turismo do Douro–Lamego aceitou. O próximo dia 25 de abril é dia de Doce Revolução. Os alunos do curso de Gestão e Produção de Pastelaria organizam uma mostra de doçaria regional e o valor angariado reverterá a favor da Campanha de fundraising “Conhecer Conservar Valorizar”. Entre as 10h00 e as 17h30 passe pelos claustros da Sé de Lamego e seja mecenas. O evento, que ao mesmo tempo pretende dar a conhecer e reforçar a imagem da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro enquanto instituição formadora de relevo e referência para a região e país, aposta ainda na promoção e valorizar dos produtos endógenos da região. A mostra de doçaria “Doce Revolução” será constituída por 4 doces estações, sendo elas “representadas e vestidas” por: chocolate, pastelaria fina, doçaria conventual e padaria.
Participe! Seja mecenas, apadrinhe o restauro de uma obra de arte para os próximos 100 anos.
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lançamento
“A DIOCESE DE LAMEGO EM TRÊS HISTÓRIAS” “A Diocese de Lamego em Três Histórias” é o título da obra que é apresentada no Museu de Lamego no próximo dia 10 de junho, pelas 16h00. Integrada nas comemorações do Centenário do Museu, a apresentação, numa edição da Diocese de Lamego, estará a cargo da Presidente da Academia Portuguesa da História, Professora Doutora Manuela Mendonça
Com pesquisa, leitura, reprodução, organização e
“Memoria Chronologica Dos Excellentíssimos
anotações de Joaquim Correia Duarte, padre na
Prelados que tem existido na Catedral desta Cidade
Diocese de Lamego e membro da Academia
de Lamego”, numa obra que reúne informação
Portuguesa da História, ao longo de quase 700
sobre os bispos de Lamego, até ao episcopado de
páginas, são transcritos três documentos da maior
João António Píncio, prelado em funções aquando
importância para a História do Bispado de Lamego.
da publicação da obra.
Os anos de 1596, 1789 e 1878 correspondem a três
Joaquim de Azevedo encerra “A Diocese de Lamego
importantes obras sobre a Diocese, que de
em Três Histórias”, com a “História Ecclesiástica da
importantes têm tanto como de desconhecidas. A
Cidade e Bispado de Lamego”, escrita no século
obra que agora vem a público representa por parte
XVIII, mas que só viria a ser publicada em finais do
do autor o esforço de partilhar o conhecimento
século seguinte, depois de continuada e atualizada
produzido ao longo dos séculos com o grande
por um cónego da Sé de Lamego. Joaquim de
público, até agora apenas acessível a
Azevedo baseou-se maioritariamente em
investigadores.
documentos existentes na época no Arquivo da
Em 1596, Manoel Fernandez, membro do Cabido da
Mitra e do Cabido, existindo um exemplar desta
Sé, escrevia a “Sumária Reapitulaçam da
obra na Biblioteca do Museu de Lamego.
antiguidade da Sé de Lamego” e dedicava-a ao
Sem estas três obras agora publicadas, neste
Bispo de Lamego que então assumia os destinos da
volume, não seria possível conhecer a origem das
Diocese, D. António Telles de Meneses. Deste
instalações do Museu de Lamego e de grande parte
testemunho apenas existe, que se saiba, um
do acervo que o enriquece.
exemplar na Biblioteca Pública do Rio de Janeiro. Cerca de dois séculos mais tarde, em 1878, João Mendes da Fonseca, cónego da Sé, registava a 22 | APONTAMENTOS
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1917-2017
APRESENTAÇÃO DO LIVRO PELA PRESIDENTE DA ACADEMIA PORTUGUESA DE HISTÓRIA
DOUTORA MANUELA MENDONÇA
A Diocese em Três Histórias 1596-1789-1878
J. Correia Duarte
MUSEU DE LAMEGO 10 DE JUNHO 2017 16H00 | entrada livre
Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL . Tel +351 254 600 230 . mlamego@culturanorte.pt . www.museudelamego.pt .
/museu.de.lamego
+ museu
TEMOS UM MUSEU QUE DÁ GOSTO
Ao todo são nove as pastelarias aderentes e que a partir de agora levam o nome do Museu de Lamego mais longe, através de um carimbo autocolante que tem como função selar os mihares de caixas de bôlas que todos os anos são vendidas a quem passa pela cidade. Ao longo de todo o ano de 2017, o Museu de Lamego deixa o convite à visita, através de um dos sabores mais tradicionais da região. A quem visita o Museu, estão prometidos descontos na aquisição das famosas Bôlas de Lamego.
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jantar
“DE PAINÇO A GRAÚDO” É O TEMA DO JANTAR MONÁSTICO EM 2017 No próximo dia 17 de junho, o Jantar Monástico regressa ao Vale do Varosa, inspirando-se em 2017 no cereal mais importante na história da região: o milho. “De painço a graúdo” é o tema da sétima edição deste evento que é já uma referência e que volta a ter um programa alargado que culmina no Claustro do Capítulo do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. O desafio está lançado para um jantar que vai voltar a surpreender.
Inscrições e condições em www.valedovarosa.pt
tradas
de 16 a 18 junho menu com chancela
PROGRAMA | 15h00 Mosteiro de Santa Maria de Salzedas | 15h45
qualidade de serviço
Visita à Ponte Fortificada de Ucanha | 16h30
H
O
T
E
L
Visita ao Convento de Santo António de Ferreirim | 17h30 Visita ao Mosteiro de São João de Tarouca | 20h00 Visita ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas | 21h00
Jantar monástico
vinhos, cervejas e espumantes
30,00 € adulto | 15,00 € criança (até 10 anos) Mecenas | 25,00 € adulto | 10,00 € criança (até 10 anos)
Inscrições em www.valedovarosa.pt até 10 de junho Para mais informações Museu de Lamego | Tel: 254 600 230 E-mail: valedovarosa@culturanorte.pt
Apoios Liga dos Amigos do Museu de Lamego
Lamego
Organização
s
Museu de Lamego Monumentos Vale do Varosa
tu gra ita
en
www.valedovarosa.pt
bilhete conjunto
REDE DE MONUMENTOS VALE DO VAROSA COM BILHETE CONJUNTO O projeto Vale do Varosa assinalou o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com o lançamento do VAROSA VALLEY TOUR, uma nova tipologia de bilhete que dá acesso a todos os monumentos da rede a um preço mais atrativo. Desde o dia 18 de abril, Mosteiro de São João de Tarouca, Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, Ponte Fortificada de Ucanha, Convento de Santo António de Ferreirim e Capela de São Pedro de Balsemão estão ainda mais próximos.
Em complemento aos já previstos bilhetes individuais, o bilhete conjunto é uma oportunidade para operadores turísticos e visitantes nacionais e estrangeiros de, com condições mais vantajosas, acederem a um património único, que abarca os concelhos de Lamego e Tarouca. No valor de 7 euros, valor ao qual se aplicam os descontos em vigor, o bilhete tem a validade de um ano após a compra e poderá ser utilizado uma vez em cada monumento, em dias distintos, possibilitando ao visitante uma melhor gestão da sua visita a toda a Rede. O bilhete conjunto poderá ser adquirido junto das receções do Museu de Lamego, Mosteiro de São João de Tarouca, Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e Convento de Santo António de Ferreirim.
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Mosteiro de São João de Tarouca
ENTREGA DO PRÉMIO ARQUITETURA DO DOURO NO MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA No dia 18 de abril o Centro Interpretativo do Mosteiro de São João de Tarouca foi o palco escolhido para a cerimónia de entrega do Prémio Arquitetura do Douro, presidida pelo Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, e que consagrou o projeto do Centro de Alto Rendimento do Pocinho e distinguiu com menções honrosas a Adega Alves de Sousa e o Espaço Miguel Torga.
Recentemente inaugurado, o Centro interpretativo do Mosteiro de São João de Tarouca, integra da Rede de Monumentos Vale do Varosa, que integra ainda o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, Convento de Santo António de Ferreirim, Ponte Fortificada de Ucanha e Capela de São Pedro de Balsemão. O Prémio, que distingue boas práticas da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios ou do espaço público, foi lançado em 2006 por ocasião das comemorações dos 250 anos da Região Demarcada do Douro (RDD), O Prémio Arquitetura do Douro é uma organização da CCDR-N, em parceria com a Seção Regional do Norte da Ordem dos Arquitetos, a Direção Regional de Cultura do Norte e a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte.
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em loja 30 | APONTAMENTOS
SUGESTÕES Das 10h00 às 18h00.
em comunicação
ENCONTRE-NOS MUSEU DE LAMEGO Largo de Camões 5100-147 Lamego (+351)254600230 mlamego@culturanorte.pt www.museudelamego.pt /museu.de.lamego /museudelamego /c/museudelamego
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W 7º48’22’
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[1917-2017]
100 ANOS
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Horário Das 10h00 às 18h00. Encerra a 1 de janeiro, Domingo de Páscoa, 1 de maio, 8 de setembro (feriado municipal), 25 de dezembro
Gratuito no primeiro domingo do mês.
Serviço Educativo Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e exposições temporárias, mediante marcação prévia.
Biblioteca De terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, mediante contacto prévio.
Auditório 100 lugares
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