as
Film Festival July
em
julho
Ciclo de Cinema´15
ENTRADA LIVRE
3 CONFERÊNCIAS DO MUSEU DE LAMEGO / CITCEM 2015
20 de julho | ENTRADA LIVRE
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APONTAMENTOS junho/julho 2015
conferências
Conferências do Museu de Lamego/CITCEM Nos 100 anos do Motim de Lamego, o Museu de Lamego além de antecipar as suas conferências vai mais longe ao tornar o acesso às mesmas, pela primeira vez, gratuito. Prosseguindo a sua política de abertura a toda a comunidade, tal só foi possível graças a um conjunto concertado de parcerias que em 2015 permitem abrir ao grande público, no dia 20 de julho, as “3as Conferências do Museu de Lamego/CITCEM”. Em discussão estarão os “Movimentos Políticos e Sociais no Douro, entre o Liberalismo e a Democracia”, tendo por base a manifestação que ficou conhecida como o Motim de Lamego. No dia 20 de julho de 1915, o povo das aldeias de Cambres, Valdigem, Sande, Parada do Bispo e Figueira dirigiu-se à cidade de Lamego. Cerca de cinco mil pessoas manifestavam-se frente à Câmara quando foram atacadas por bombas e tiros. Doze mortos e vinte feridos foi o balanço daquele que ficou conhecido como o “Motim de Lamego”. A Câmara de Lamego e a Guarda apressaram-se a descartar culpas, acusando o povo de ter provocado as forças militares. Esta seria a versão oficial dos acontecimentos, mas a percepção popular seria muito diferente. A manifestação foi vista como um gesto heroico e os mortos
3 | APONTAMENTOS
conferências tidos como mártires na defesa dos durienses em luta contra a miséria e contra a concorrência desleal. Serão estas movimentações, o seus contextos sociais e políticos, que estarão em debate nas 3as Conferências do Museu de Lamego que, mais uma vez, volta contar com a colaboração do Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM), da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e que em 2015 as conferências contam ainda com a presença de Shawn Parkhurst, professor da Universidade de Louisville (EUA), antropólogo e um dos maiores especialistas da área a quem caberá a conferência de abertura, com a comunicação “A revolta do Douro de 1915, entre a Literatura, a História e a Antropologia”.
Apesar de gratuitas, as inscrições são obrigatórias e devem ser feitas até ao próximo dia 17 de julho em http://bit.ly/conferencias2015.
4 | APONTAMENTOS
10h30: pausa para café
11h00: Conferência de abertura: Shawn Parkhurst (Universidade de Louisville)
A revolta do Douro de 1915, entre a Literatura, a História e a Antropologia. 11h45: mesa redonda: MOVIMENTOS POLÍTICOS E SOCIAIS NO DOURO, ENTRE O LIBERALISMO E A DEMOCRACIA Moderador: Shawn Parkhurst Otília Lage (CITCEM – FLUP/GI: Memória, Património e Construção de identidades) — Gigantes do Douro: Sublevações e manifestações sociais e políticas em defesa da Região Vinhateira, desde a monarquia constitucional ao 25 de Abril (Abordagem socio-histórica). Augusto Macedo (jornalista aposentado; ex-Director da Rádio Alto Douro e da RDP-Norte) — Alto Douro Vinhateiro: Fragmentos de Abril. 12h30: debate 13h00: pausa para almoço
15h00: painel 1: REVOLTAS E REVOLUÇÕES NO DOURO OITOCENTISTA Moderador: Gaspar Martins Pereira (CITCEM/FLUP) José Viriato Capela (Univ. Minho) ― As Invasões Francesas e o seu impacto no Norte de Portugal e região de Trás dos montes (1808-1811). António Monteiro Cardoso (IHC/FCSH/UNL) ― A revolução liberal no Douro. Célia Taborda da Silva (Universidade Lusófona do Porto/CEAUP) ― Acção colectiva no Douro: a propósito das movimentações da «Maria da Fonte». 16h30: debate 17h00: pausa para café
17h30: painel 2: O MOTIM DE LAMEGO DE 1915 Moderador: Luís Sebastian (Museu de Lamego) Carla Sequeira (CITCEM/FLUP; Bolseira Pós-Doc. da FCT) ― Antão de Carvalho e os motins do Douro de 1914-1915 João Luís Sequeira (DRCN; Espaço Miguel Torga) ― O Motim de Lamego e a «Questão do Douro» na vida e na obra de Pina de Morais. Gaspar Martins Pereira (CITCEM/FLUP) ― O motim de Lamego, um momento histórico de consagração da denominação de origem «Porto» para os vinhos generosos da Região Demarcada do Douro. 19h00: debate
6 | APONTAMENTOS
ENTRE O LIBERALISMO E A DEMOCRACIA (nos 100 anos do Motim de Lamego)
10h00: cerimónia de abertura
as
09h30: recepção dos conferencistas e participantes
3 CONFERÊNCIAS DO MUSEU DE LAMEGO / CITCEM 2015 MOVIMENTOS POLÍTICOS E SOCIAIS NO DOURO
PROGRAMA
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Ciclo de Cinema´15 em
Film Festival July
julho
mecenas
ORSON WELLES free admission Entrada livre | 21h30 | Pátio do Museu
Citizen Kane
3‘
1941 [ Orson Welles
M/12 av. Capitão Silva Pereira n.º3 VISEU
The Lady from Shanghai 10‘ 1948 [ Orson Welles (uncredited)
M/12
The Third Man
17‘
1949 [ Carol Reed
M/12
Touch of Evil
24‘
1958 [ Orson Welles
M/12
Workshop Mário Augusto 4‘ 10h30 - 16h00 participação
INDISCRETA COM MÁRIO AUGUSTO
54 600 23
0 . mlameg
o@cultur
anorte.pt
. www.mu
seudelame
go.pt . /m useu.de.lam
ego
e
. Tel +351 2
Su p
PORTUGAL
ISPV - Es cola
Lamego
47 Lamego
Lamego
organização
ões 5100-1
apoio
Lamego La rgo de Cam
parceria
Museu de
r rio
ologia e Gestã o Tecn de
cinema
Julho é o mês de ORSON WELLES Foi realizador, argumentista, produtor e ator. No centenário do seu nascimento, o Museu de Lamego recorda Orson Welles, um dos maiores cineastas americanos de sempre com um longo currículo cinematográfico onde constam obras como “Citizen Kane”. Será exatamente aquele que ainda é considerado um dos melhores filmes do século XX a inaugurar o 3º Ciclo de Cinema a decorrer no Pátio do Museu e que em 2015 volta a contar com a marca do programa televisivo “Janela Indiscreta”.
Além de “Citizen Kane”, a 3 de julho, os eleitos desta terceira edição são “The Lady from Shanghai”, a 10 de julho, “The Third Man”, a 17, e “Touch of Evil”, a 27 de julho. Ao todo são quatro os filmes que recordam e confirmam a genialidade do homem que inspirou e marcou uma inteira geração de cineasta e admiradores de cinema, ao revolucionar as técnicas de filmagem com recursos até então inexplorados, aplicados à narrativa e ao enquadramento. Multifacetado, Orson Welles começou no teatro experimental e com 19 anos fez sua estreia na Broadway na montagem de ”Romeu e Julieta”. Em 1937 criava uma companhia de teatro e no ano seguinte a dramatização em forma de notícia na rádio da “War of the Worlds”, um clássico da ficção científica de H.G. Wells que seria o trampolim para voos mais altos, com a assinatura de um contrato milionário com Hollywood para a realização de dois filmes. “Citizen Kane”, de 1941, seria o primeiro desses dois filmes que marcaria a sétima arte para sempre. A união das linguagens do teatro, da rádio e do cinema concederam ao realizador norte-americano, nascido a 6 de maio de 1915 no Wisconsin, um estilo único e inconfundível. 8 | APONTAMENTOS
cinema Numa parceria entre o Museu de Lamego, o Teatro Ribeiro Conceição e a FNAC, o Ciclo de Cinema 2015 apenas é possível graças ao mecenato das empresas Ydentik – Perfume Bar Concept (Viseu), Optica Parente e Parente-Centro Auditivo. A exibição dos filmes está agendada para as 21h30.
ENTRADA LIVRE
9 | APONTAMENTOS
em exibição
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julho
ORSON WELLES no pátio do museu
21h30 [ ENTRADA LIVRE
Citizen Kane M/12
3‘07
1941 [ Orson Welles
De Orson Welles Com Orson Welles, Joseph Cotten, Dorothy Comingore Estados Unidos, 1941 | 119 min
Citizen Kane, ("O Mundo a Seus Pés") de Orson Welles, revela a fascinante história de um magnata cuja grande paixão é o jornalismo e conquistar o amor de todos os que o rodeiam. Com o mundo a seus pés, ele consegue tudo o que o dinheiro pode comprar, mas não o amor que parece não saber conservar, terminando na mais completa solidão. Um filme que quebrou com todas as regras do cinema e que introduziu outras completamente inéditas, dando-lhe uma força, que não deixa o espetador mecenas
indiferente e que lhe conquistou um lugar de topo no mundo do cinema. av. Capitão Silva Pereira n.º3 VISEU
FONTE | FNAC
10 | APONTAMENTOS
e Su p
ISPV - Es cola
Lamego
apoio
Lamego
parceria
organização
Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL . Tel +351 254 600 230 . mlamego@culturanorte.pt . www.museudelamego.pt . /museu.de.lamego
rio
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ORSON WELLES no pátio do museu
21h30 [ ENTRADA LIVRE
The Lady from Shanghai 10‘07 M/12
1948 [ Orson Welles
De Orson Welles [uncredited] Com Orson Welles, Rita Hayworth Estados Unidos, 1948 | 84 min
mecenas
Crimes desconcertantes, fascinantes reviravoltas na história e um notável trabalho de câmara contribuem para este clássico, escrito, realizado e interpretado por Orson Welles. Welles interpreta o papel de um homem inocente, contratado para trabalhar no iate do marido de uma mulher fatal (Rita Hayworth), que se vê envolvido numa perigosa teia de intriga e morte. Sujeito a uma grande controvérsia e escândalo após a sua estreia, “A Dama De Xangai” chocou os espectadores de 1948 ao apresentar Hayworth com o seu flamejante cabelo ruivo cortado e pintado de louro, cor de champanhe. Cinquenta anos mais tarde, A Dama De Xangai é considerado um Welles de qualidade superior, com o seu famoso final na sala dos espelhos saudado como uma das sequências mais extraordinárias da história do cinema. FONTE | FNAC
av. Capitão Silva Pereira n.º3 VISEU
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Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL . Tel +351 254 600 230 . mlamego@culturanorte.pt . www.museudelamego.pt . /museu.de.lamego
11 | APONTAMENTOS
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julho
ORSON WELLES no pátio do museu
21h30 [ ENTRADA LIVRE
The Third Man M/12
17‘07
1948 [ Carol Reed
De Carol Reed Com Orson Welles, Joseph Cotten, Alida Valli Estados Unidos, 1949 | 144 min
Guerra fria, Viena 1947. O norte-americano Holly Martins, um medíocre escritor de novelas do oeste, chega à capital austríaca quando a cidade está dividida em quatro zonas ocupadas pelos aliados da segunda Guerra Mundial. Holly vai visitar Harry Line, um amigo da infância que lhe tinha prometido trabalho. O chefe da polícia militar britânica mecenas
diz-lhe que o seu amigo estava gravemente implicado no mercado negro... FONTE | FNAC
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12 | APONTAMENTOS
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Ciclo de Cinema´15 em
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julho
ORSON WELLES no pátio do museu
21h30 [ ENTRADA LIVRE
Touch of Evil M/12
24‘07
1958 [ Orson Welles
De Orson Welles Com Charlton Heston, Orson Welles, Janet Leigh Estados Unidos, 1958 | 111 min
mecenas
Um excepcional filme negro que nos dá um retrato cru dos meandros da corrupção e das imputações morais que daí advêm, na pessoa de Hank Quinlan. Hank é um polícia corrupto que envolve um jovem mexicano num intricado enredo criminoso. Charlton Heston é Ramon Vargas, um honesto agente do departamento mexicano da luta contra o tráfico de droga cujos movimentos colidem com os dúbios interesses de Hank. Uma obra empolgante em ambiente visual e sonoro intenso que conta com um luxuoso elenco secundário composto por Janet Leigh - a indiscreta mulher de Ramon -, Akin Tamiroff - o líder traficante -, Zsa Zsa Gabor e Marlene Dietrich - a enigmática cigana. Simplesmente obrigatório! FONTE | FNAC av. Capitão Silva Pereira n.º3 VISEU
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ISPV - Es cola
Lamego
apoio
Lamego
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13 | APONTAMENTOS
museu em imagens
Museu em Imagens de regresso ao Pátio do Museu
A partir do mês de julho e até ao final de agosto, o Museu de Lamego regressa à rubrica “Museu em Imagens”. Sempre aos fins de semana, sob a forma de projeção multimédia, o Pátio do Museu revela a riqueza das coleções, explorando-as através das mais diversas temáticas. A mulher, a fauna e a flora, o traje, as joias, a paisagem, o restauro, a criança, entre outros, serão os temas a dar forma a este projeto que arrancou em 2014 e que trouxe ao Pátio do Museu os Tesouros Nacionais. Semanalmente, em grande formato, a partir das 21h30, uma projeção ganha forma, apelando à curiosidade, deixando o convite à visita, divulgando o património do Museu de Lamego. No primeiro fim de semana de julho, será “A mulher nas coleções do Museu” a estar em destaque. Entrada livre.
14 | APONTAMENTOS
museu em imagens
15 | APONTAMENTOS
fotografia
10 Vidas. 10 Olhares | Ciclo de Fotografia 2015
Dez participantes deram forma a dez olhares sobre o mundo. O desafio foi aceite e o projeto “10 Vidas. 10 Olhares” revelou-se a 26 e 27 de junho, no Pátio do Museu. A iniciativa, integrada no terceiro Ciclo de Fotografia, abriu pela primeira vez as portas aos fotógrafos amadores e desafiou-os a refletir sobre a sua visão do mundo. E o resultado não podia ser mais surpreendente… Assumidamente a grande novidade deste ciclo, “10 Vidas. 10 Olhares” convidou os dez primeiros inscritos a utilizar a máquina fotográfica, que poderia ser a do telemóvel, para registarem tudo o que lhes despertasse a atenção, o que os definisse, o que os fizesse sentir familiarizados, fosse no trabalho, no lazer ou em casa. No final, apenas 10 fotografias por participante podiam integrar a última exposição do Ciclo. Paralelamente, o Museu de Lamego convidou mais cinco pessoas, mas desafiou-as a retratar em 10 imagens o seu quotidiano profissional. Um ator, um estudante, um professor de dança, outro universitário e uma coordenadora de programas infantis da RTP materializam a outra face de um projeto que vai conhecer uma edição online sob a forma de e-book.
16 | APONTAMENTOS
PHOTOGRAPHY FESTIVAL PROJECTPROJETO
10 participantes dão vida a 10 olhares sobre o mundo
apoio support
organização organization
10 LIVES. 10 PHOTOS
fotografia 18 | APONTAMENTOS
fotografia
19 | APONTAMENTOS
fotografia 20 | APONTAMENTOS
um ano.um tema
UM ANO. UM TEMA | junho Duas figuras incontornáveis dão forma, em junho, à rubrica do Museu de Lamego “Um Ano. Um Tema”. Dedicada em 2015 à gravura, estão em destaque Nuno Álvares Pereira, que desempenhou um papel determinante na História de Portugal, na crise da sucessão de 1383-1385, e o autor do retrato do anterior, Bernard Picart, um dos mais importantes gravadores na Holanda do século XVIII.. Nuno Ávares Pereira, também conhecido como o Santo Condestável, hoje São Nuno de Santa Maria ou, simplesmente, Nun' Álvares é considerado um dos maiores guerreiros portugueses de sempre, por ter comandado forças em número inferior ao inimigo e ter vencido todas as batalhas em que participou. Na gravura destacada durante o mês de junho não está, no entanto, retratado o herói dos campos de batalha, mas sim o religioso que, após a morte da sua mulher, Dona Leonor de Alvim, tomou o hábito de carmelita Donato, em 1423, no Convento do Carmo que mandara construir em cumprimento de um voto e onde permaneceu até à sua morte. Viria a ser canonizado pelo papa Bento XVI, em 26 de abril de 2009. Esta gravura pertenceu a uma série de estampas encomendadas ao célebre gravador francês, estabelecido em Amesterdão, Bernard Picart (16731733), para ilustrar a obra do académico António Rodrigues da Costa - "De vita, & rebus gestis Nonni Alvaresij Pyeriae Lusitaniae Comitis Stabilis libri duo" -, publicada em 1723. Para além da questão da autoria, visto tratar-se de um retrato executado por um gravador de exceção, acresce o facto de as estampas encomendadas na 21 | APONTAMENTOS
um ano.um tema
Holanda com os retratos de Nun'Alvares constituírem as ilustrações dos primeiros livros saídos dos prelos da Academia Real de História Portuguesa, fundada por D. João V, o «Magnânimo», em 1720, numa altura em que as artes gráficas davam os primeiros passos em Portugal. Bernard Picart nasceu em Paris, no dia 11 de junho de 1673 e viria a falecer em 1733, em Amesterdão. Recebeu a educação artística do pai, o gravador Etienne Picart, e de Charles le Brun e Jouvenet, na Academia Real de França. Em 1711, muda-se para Amesterdão, o maior centro de impressão e publicação, onde se converte ao calvinismo. Com uma obra gráfica extensíssima, Bernard Picart destacou-se no retrato, desenho ornamental e assuntos mitológicos e religiosos, quer a partir de obras de velhos mestres, quer de trabalhos originais. Como ilustrador, desenhou e gravou para numerosos livros, sendo os dez volumes que compreendem as "Cérémonies et coutumes religieuses de touts les peuples du monde" (1723-1743) a sua obra mais
LEGENDA
conhecida e também a mais importante. Realizou ainda gravuras de grande formato para conjuntos
Retrato de Nuno Álvares Pereira
como "Les Impostures Innocentes" e para o "Templo
Bernard Picart Holanda 1722 Tinta e papel Museu de Lamego, inv. 920
22 | APONTAMENTOS
das Musas".
um ano.um tema
UM ANO. UM TEMA | julho A gravura intitulada "La Liseuse" surge muitas vezes acompanhada de "La Dévideuse", ambas gravadas por Jean Georges Wille, a partir de pinturas do holandês Gerrit (ou Gerard) Dou, nascido em Lieden, Holanda, em 1613, sendo o primeiro aluno do jovem Rembrandt, de quem adquire o colorido e a subtileza dos efeitos claro-escuro. Nesta gravura é possível identificar os processos típicos de Gerard Dou, caraterizados por trabalhos de escala reduzida, onde figuram cenas de interior, habitualmente com poucas figuras, emolduradas por uma janela ou pelo drapeado de uma cortina, rodeadas por livros, instrumentos musicais ou por parafernália doméstica, representados com grande detalhe. O estilo meticuloso e a atenção dada aos pormenores, associados ao naturalismo e ambiente intimista dos seus trabalhos, exerceram grande influência em sucessivas gerações de pintores, até ao aparecimento do Impressionismo, no século XIX. Simultaneamente, o interesse que os seus trabalhos continuaram a despertar junto da clientela explicam que cerca de cem anos depois, um dos mais importantes gravadores do século XVIII, Jean Georges Wille, tivesse executado a gravura que integra em julho a rubrica “Um Ano. Um tema” a partir, exatamente, de um original de Gerard Dou. Jean Georges Wille nasceu em 1715, em Giessen, na Alemanha, tendose mudado para Paris em 1736, onde adquiriu grande reputação, devido ao seu enorme talento. Entre outras honras obtidas ao longo da
LEGENDA
sua carreira, contam-se os títulos de gravador do rei de França, do Imperador da Alemanha e gravador do rei da Dinamarca. Tornou-se
La Liseuse
célebre pelos retratos e, numa fase mais madura, por gravuras com
Gerard Dou, Jean Georges Wille
assuntos históricos e cenas de género, sobretudo, a partir dos
Paris
desenhos de pintores holandeses e alemães seus contemporâneos.
1761 - 1762 Tinta e papel
São conhecidos exemplares semelhantes a "La Liseuse" nas coleções
Museu de Lamego, inv. 7819
do British Museum (Londres) e do Hunterian Museum (Glasgow,
Legado Ana Maria Pereira da Gama
Escócia).
24 | APONTAMENTOS
em exposição
O Gentilíssimo e Talentoso João Amaral Uma exposição que marca o arranque das comemorações do centenário da fundação do Museu de Lamego (1917-2017) e que revela as facetas menos conhecidas do seu primeiro diretor. Foi este, aliás, o grande desafio assumido pela comissária científica da exposição que ao longo dos vários núcleos expositivos vai revelando o percurso menos conhecido do artista, do museólogo, do investigador, do bibliófilo, do “gentilíssimo e talentoso João Amaral”.
PATENTE ATÉ 30 DE SETEMBRO.
www.museudelamego.pt [1917-2017]
100 ANOS
Horário | Opening times terça-domingo Tuesday-Sunday 10h00-18h00
26 | APONTAMENTOS
ISPV - Es cola
Su p
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Apoio institucional | Institutional support Lamego
Contactos | Contacts Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego PORTUGAL Tel + 351 254 600 230 | mlamego@culturanorte.pt | www.museudelamego.pt | /museu.de.lamego
Liga dos Amigos do Museu de Lamego
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Apoio empresarial | Business support ogi a e G e s t ecnol ão eT rd
edições
Arqueologia, História e História da Arte num só livro sobre faiança portuguesa Um livro de Arqueologia, um livro de História ou um livro de História da Arte? É um pouco das três disciplinas e, acima de tudo, é um estudo inovador, profundamente transdisciplinar e que vem enriquecer o campo dos estudos do património. A convicção é do investigador Fernando Baptista Pereira que, em Lisboa, na Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia, foi ainda mais longe ao afirmar “A Faiança Portuguesa de Olaria na Intervenção Arqueológica no Mosteiro de São João de Tarouca” como um ponto de viragem no estudo da faiança portuguesa.
A sessão de apresentação pública decorreu no passado sábado, 20 de junho, e contou ainda com a presença da Diretora da Biblioteca da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Laurinda Carona, e do autor, Luís Sebastian, que assumiu a obra como um ponto de partida para novas conclusões e interpretações. Aliás, foi este o tom que dominou a apresentação da obra que já tinha passado pelo Porto (23 de maio) e Coimbra (13 de junho). O arqueólogo revelou ainda que é sua ambição que esta publicação possa vir a ser um manual para todos os estudantes que se envolvam no estudo da cerâmica moderna portuguesa. Durante a apresentação em Coimbra, no Edifício Chiado, Helena Catarino, docente e investigadora da Universidade de Coimbra, referiu-se mesmo à obra como “um catálogo muito completo, de indiscutível valor científico, mas também de indiscutível valor pedagógico”, de “consulta obrigatória” ou, como já tinha assinalado Luís Fontes (Universidade do Minho) no Porto, a obra constitui-se como um manual de referência para o estudo da cerâmica moderna e contemporânea e um “belíssimo guia metodológico para estudos similares”. Mas para chegar a este manual, pelo caminho ficam 27 | APONTAMENTOS
edições
mais de 3.500 metros quadrados escavados entre 1998 e 2007, no Mosteiro de São João de Tarouca, o que faz desta escavação uma das maiores em território português. Ao mesmo tempo surgia um espólio inusitado e inimaginável, onde a cerâmica assumia um papel de destaque, atingindo cerca de 117 mil fragmentos exumados. Pelo caminho também, o contributo de dezenas de profissionais que ao longo dos anos contribuíram para tornar possível a edição deste livro que apresenta o estudo tipológico de 2.782 peças de faiança portuguesa de olaria que foi possível identificar, num total de 88 mil fragmentos, o que confirmou ainda o conjunto como um dos maiores de cerâmica Moderna a ser exumado em Portugal, num dos maiores trabalhos de registo gráfico alguma vez realizado em Portugal. A apresentação da obra no Porto, Coimbra e Lisboa cumpriu assim o objetivo de divulgar o resultado de um trabalho com quase duas décadas de vida, numa iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte, do Museu de Lamego e do projeto Vale do Varosa~.
28 | APONTAMENTOS
edições ÃUTOR Luís Sebastian TÍTULO A Faiança Portuguesa de Olaria na Intervenção Arqueológica no Mosteiro de São João de Tarouca EDITOR Direcção Regional de Cultura do Norte / Vale do Varosa LOCAL Lamego ANO 2015 DESIGN Companhia das Cores, Design e comunicação Empresarial IMPRESSÃO Lusoimpress TIRAGEM 500 Exemplares ISBN 978-989-98708-7-1 DISPONÍVEL NA LOJA DO MUSEU DE LAMEGO
29 | APONTAMENTOS
prémios
APOM distinguiu Museu nas áreas da Comunicação e Restauro Nos 50 anos da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), o Museu de Lamego foi distinguido com dois prémios. A sessão decorreu esta sexta-feira na Assembleia da República e premiou as áreas da comunicação (Prémio Comunicação em Linha) e do restauro (Prémio Conservação e Restauro). Atribuídos anualmente, os Prémios APOM pretendem incentivar e premiar a imaginação e a criatividade dos museólogos portugueses e o seu contributo efetivo na melhoria da qualidade dos museus em Portugal. Em 2015, o Museu de Lamego vê a sua comunicação online distinguida, prémio que vem reconhecer os seus esforços de chegar ao maior número de pessoas possível, através de uma política de divulgação online que coloca em definitivo o Museu «em linha» com os seus públicos, ao procurar que todos os seus meios de divulgação se constituam como uma plataforma de encontro. Ao mesmo tempo, a conservação e restauro da Capela de São João Evangelista recebeu o reconhecimento da APOM. Durante a entrega do Prémio, o Diretor do Museu de Lamego, Luís Sebastian, realçou que esta é uma distinção partilhada com a empresa responsável pelo restauro, a Detalhe Lda., que desde o início do processo teve toda a abertura para fazer deste restauro uma nova experiência de visita. Ao todo foram restaurados cerca de vinte e oito metros quadrados de retábulo, a que se juntaram 19 esculturas que preenchem a quase totalidade dos nichos da Capela. Nas salas do Museu de Lamego, a equipa trabalhou ao vivo, promovendo a sensibilização do público para a importância da preservação do património. Desta forma, além da execução de uma importante e urgente intervenção numa das suas peças mais relevantes, o Museu de Lamego abria integralmente o restauro ao olhar do público. A atribuição destes prémios pela APOM constitui um importante reconhecimento de todo o esforço e trabalho que têm vindo a ser desenvolvidos pela equipa do Museu de Lamego.
30 | APONTAMENTOS
comunicação
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32 | APONTAMENTOS
comunicação
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Até breve!
33 | APONTAMENTOS
comunicação
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Até breve!
34 | APONTAMENTOS
loja do museu
SUGESTÕES De terça a domingo, das 9h30 às 18h00.
35 | APONTAMENTOS
vale do varosa
37 | APONTAMENTOS
vale do varosa
MOSTEIRO DE SÃO JOÃO DE TAROUCA
Reabriu ao público a área arqueológica do Mosteiro de São João de Tarouca! Visitável às terças das 14h00 às 18h00 e de quarta a domingo, das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Visitas guiadas de quinta a domingo, mediante marcação prévia, através de endereço de e-mail valedovarosa.visitar@culturanorte.pt
O VALE DO VAROSA ESPERA POR SI!
39 | APONTAMENTOS
vale do varosa
MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE SALZEDAS
O dia 27 de junho foi dia de Jantar Monástico no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas. Sob o mote «De fumo a fumeiro», os cerca de 200 monges foram brindados com uma refeição rica em sabores ancestrais. O palco, esse voltou a ser o extraordinário Claustro do Capítulo, com traço do arquiteto maltês Carlos Gimach. Em dia de intenso calor, os "monges" cumpriram o programa e participaram nas visitas à Torre Fortificada de Ucanha, os Mosteiros de São João de Tarouca e, incontornavelmente, ao Mosteiro de Santa Maria de Salzedas.
Por um dia foram monges... por um dia vivenciaram um património ímpar... num evento que é já de referência na região.
Partilhamos aqui alguns momentos do Jantar Monástico 2015.
41 | APONTAMENTOS
APONTAMENTOS
junho/julho 2015
Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego
Tel: (+351) 254600230 E-mail: mlamego@culturanorte.pt Site: www.museudelamego.pt Facebook: www.facebok.com/museu.de.lamego
Horário De terça-feira a domingo, das 9h30 às 18h00. Encerra às segundas-feiras. Gratuito no primeiro domingo do mês.
Serviço Educativo Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e exposições temporárias, mediante marcação prévia.
Biblioteca De terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00, mediante contacto prévio.
Auditório 100 lugares
Loja
54 | APONTAMENTOS
Pร TIO DO MUSEU 2015 Faรงa-nos uma visita.