MUSEU DE LAMEGO | apontamentos novembro 2013

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1 CONFERÊNCIAS DO MUSEU DE LAMEGO / CITCEM História e Património no/do Douro investigação e desenvolvimento 2013


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Conferências do

Pensadas com o objetivo de proporcionar, anualmente, um espaço de debate sobre a região

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Museu de Lamego/CITCEM

do Douro, as “1as Conferências do Museu de Lamego/CITCEM" reuniram durante dois dias, 8 e 9

encerram

de novembro, duas dezenas de investigadores

com balanço positivo

que, num ambiente de debate de ideias, proporcionaram aos cerca de cem participantes uma viagem pela região sob diversos pontos vista, como o da História, da Arqueologia, do Património ou da Ação Local. Organizadas pelo Museu de Lamego em parceria

uma referência anual na região.

com o CITCEM - Centro de Investigação

Nesta primeira edição, destaque ainda para a

Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória

apresentação pública dos trabalhos de

(Faculdade de Letras da Universidade do Porto) as

musealização da área arqueológica do Mosteiro

“1as Conferências do Museu de Lamego / CITCEM

de S. João de Tarouca, onde os participantes

2013” trouxeram ao Museu alguns dos mais

tiveram oportunidade de ver in loco os resultados

conceituados investigadores que têm incidido o

da obra de musealização das ruínas, inseridas no

seu trabalho de pesquisa na região do Douro.

“Projeto Vale do Varosa”, da responsabilidade da

Com balanço positivo, fica a certeza de que, em

Direção Regional de Cultura do Norte.

2014, as Conferências do Museu de Lamego vão

As

regressar para uma segunda edição, indo assim ao

Lamego/CITCEM” apenas ficarão concluídas com a

encontro de um dos grandes objetivos deste

disponibilização online das respetivas atas, o que

encontro científico, que se pretende afirmar como

acontecerá até ao final do ano.

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Lamego

Apoios


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CISTER EM ESTAQUE A dar início aos trabalhos, as Conferências contaram

NO PRIMEIRO DIA

com a intervenção de Frei Geraldo Coelho Dias, que destacou a dimensão vital de espiritualidade que a observância conventual de Cister acarreta e como

vés da arqueologia, seja através de documentos

a Ordem veio trazer um suplemento de alma e de

ainda desconhecidos, porventura integrados em

espiritualidade à região do Douro e em particular à

arquivos particulares.

zona de Tarouca.

Deste ponto de vista, também o investigador Nuno

Cister continuou a ser o tema principal ao longo da

Resende referiu a importância do inventário como

manhã, com o também coordenador do Projeto Vale

forma de conhecer e salvaguardar o património,

do Varosa, a protagonizar uma viagem pelos cerca

lançando o desafio de, no futuro, poder vir a ser

de quinze anos de intervenção no Mosteiro de S.

criado um arquivo virtual ligado à presença de

João de Tarouca.

Cister no Douro. Já durante a tarde, o mesmo

Com o entusiasmo próprio de quem acompanha o

investigador apresentou um estudo sobre a

projeto de recuperação do património do Vale do

evolução do urbanismo e do ordenamento

Varosa desde o seu início, Luís Sebastian partilhou

periférico na cidade de Lamego durante o período

com a audiência todo o processo, que incluiu, entre

moderno, a partir dos edifícios religiosos, tidos

várias operações de desmatação e limpeza,

como estruturantes de eixos ordenadores e

consolidação e recuperação de estruturas, a

catalisadores das relações sociais.

escavação de mais de 3500 metros quadrados, que

Cister voltou a ser tema de debate com a

levaram à descoberta de um valioso e colossal

investigadora Ana Sampaio e Castro, que

espólio que, em regime de rotatividade, integrará o

apresentou os resultados de um primeiro estudo

futuro núcleo museológico do Mosteiro de S. João de

sobre as vias medievais nos coutos monásticos de

Tarouca.

S. João de Tarouca e Santa Maria de Salzedas.

Os Mosteiros de Cister e a transformação da

A encerrar o primeiro dia, tempo ainda para abordar

paisagem vinhateira foi também um dos temas

o significado da basílica do Prazo, por Manuel Real,

abordados, aqui pelo investigador Amândio Barros,

e a arqueologia do e no Douro através das

que deixou em aberto a possibilidade de se poder

comunicações de Susana Cosme, Paulo Dórdio e

avançar no conhecimento desta realidade, seja atra-

Pedro Pereira e António Sá Coixão.


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HISTÓRIA E AÇÃO LOCAL DOMINAM SEGUNDO

No segundo dia de conferências, destaque para o estudo que está a ser desenvolvido pela técnica do

DIA DE DEBATE

Museu de Lamego, Alexandra Braga, sobre a história do Museu de Lamego entre a 1ª República ao Estado Novo e que permite perceber a evolução de um edifício cujo primeiro registo remonta ao século XVI, quando assumia o papel de Paço Episcopal, papel que se prolongou, exatamente, até 1910.

Ao final da manhã, o auditório teve ainda

Antes, os trabalhos arrancaram com uma reflexão

oportunidade de empreender um “requiem” pelo

sobre a Oposição desenvolvida na Região

património fluvial do Douro, com a investigadora

Duriense, entre o 28 de Maio de 1926 e a

Teresa Soeiro a alertar para a urgência de estudar as

candidatura presidencial de Norton de Matos, em

práticas tradicionais em extinção no Douro.

1949, pela investigadora Carla Sequeira, seguindo-se

A Nelson Campos coube ainda apresentar o Projeto

o estudo de Manuela Vaquero sobre o Tribunal da

Arqueológico da Região de Moncorvo e a Alexandra

Inquisição de Lamego que, apesar da vida efémera,

Cerveira Lima a apresentação do projeto

desempenhou um papel importante na sociedade

intergeracional “Arquivo da Memória”, que parte

lamecense.

do princípio de que “o conhecimento gera qualidade

Por seu lado, a investigadora Otília Lage percorreu as

de vida”.

revoltas populares no Douro Vinhateiro e a Gaspar

A sessão de encerramento das “1as Conferências do

Martins Pereira coube uma abordagem entre a

Museu de Lamego/CITCEM” contou com a presença

etnografia e a história, através dos quatro

do diretor do Museu de Lamego, Luís Sebastian, do

romances que Alves Redol escreveu sobre o Douro e

responsável do CITCEM, Gaspar Martins Pereira, e

que oferecem um quadro histórico e antropológico,

dos Presidentes da Câmara de Lamego, Francisco

baseado na observação da vida das aldeias

Lopes, e de Tarouca, Valdemar Pereira, que

durienses, da faina fluvial dos barqueiros e dos

reafirmaram a importância de valorizar o património

trabalhos da vinha, dos rituais e tradições, mas

dos dois municípios, na certeza de que, como

também das preocupações e aspirações dos diversos

afirmou o autarca de Lamego, o património não tem

grupos sociais da complexa sociedade duriense.

fronteiras.


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MUSEALIZAÇÃO DA ÁREA O refeitório, o claustro, a ala dos conversos, a ala dos monges ou a cozinha são já visíveis no que

ARQUEOLÓGICA DO MOSTEIRO DE S. JOÃO

restou do complexo monástico do Mosteiro de S.

DE TAROUCA

João de Tarouca. O processo de musealização da área arqueológica está concluído e foi finalmente apresentado ao público no dia 9 de novembro, numa iniciativa que encerrou as “1as Conferências do Museu de Lamego/CITCEM”.

Depois de 3500 metros quadrados de escavação, celeiro, local onde será também possível observar depois de 15 anos de estudo, despois de um esforço uma extraordinária reconstituição a três coletivo que envolveu um grande número de dimensões da grandiosidade que outrora todo o colaboradores, depois de centenas de toneladas de complexo monástico ostentou. pedras recuperadas, o Mosteiro conhece agora uma A escavação arqueológica acabou também por nova vida, para além daquela a que foi votado em desvendar as várias fases de construção do edifício 1834 com a extinção das ordens religiosas e onde os celeiros, o locutorium, o scriptorium e o consequente abandono e desmantelamento do calefatórium também marcavam presença. edifício.

A área arqueológica do Mosteiro de S. João de

Durante o processo de recuperação, foi possível Tarouca poderá em breve ser visitada, após a identificar 200 marcas de canteiro distintas, o que instalação do respetivo centro interpretativo, a fixar é indicador, no século XII, de um esforço enorme de no edifício do antigo celeiro, com início previsto construção num curto espaço de tempo.

ainda para 2014.

As escavações revelaram ainda um espólio imenso A obra está integrada num projeto mais amplo, o e valioso, denunciador das diversas facetas da vida projeto “Vale do Varosa”, que já possibilitou, em quotidiana dos monges, permitindo uma viagem por 2011, a abertura ao público do Mosteiro de Santa mais de 800 anos de história, aguardando apenas a Maria de Salzedas e já no próximo ano a abertura do finalização do processo de recuperação do antigo

Convento de Santo António de Ferreirim.


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terรงa a domingo Bairro do Castelo, Rua da Cisterna | 10h00 - 18h00 ENTRADA LIVRE

Entidade Responsรกvel | Responsible institution

Financiamento | Financing

Apoio | Support


EXPOSIÇÃO EXHIBITION

The railway of Douro and Minho in 1887 FOTOTIPIAS


EXPOSIÇÃO EXHIBITION

VIAGEM NO TEMPO DO OUTRO LADO DO ESPELHO 100 anos de retrato fotográfico 1847-1947 TIME TRAVEL on the other side of the mirror 100 years of photographic portraits 1847-1947


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Revista “GEIA” 23 NOVEMBRO | 16h00 Auditório do Museu DRCN / Museu de Lamego / Tertúlia João de Araújo Correia

“Memórias de Trás-os-Montes e Alto Douro” 30 NOVEMBRO | 16h00 Auditório do Museu DRCN / Museu de Lamego

“Viajar com... Aquilino Ribeiro” 7 DEZEMBRO | 16h00 Auditório do Museu DRCN / Museu de Lamego

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Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego

Tel: 254600230 E-mail: mlamego@culturanorte.pt Site: www.museudelamego.pt Facebook: www.facebok.com/museu.de.lamego

Horário De terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. Encerra às segundas-feiras. Gratuito aos domingos e feriados até às 12h30.

Serviço Educativo Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e exposições temporárias, mediante marcação prévia.

Biblioteca De terça a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.

Auditório 100 lugares

Loja


www.facebook.com/museu.de.lamego


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