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APONTAMENTOS
outubro 2014
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exposição
“Cister no Douro” inaugura no Metro do Porto A chegada de Cister ao Douro no século XII viria a marcar em definitivo a História de um território hoje reconhecido internacionalmente. Património da Humanidade, deve a sua classificação ao trabalho das sucessivas comunidades de cistercienses que transformaram o Vale do Douro num espaço de cultura e saber, modificando a paisagem e o território. É este legado que “Cister no Douro” leva a partir do próximo dia 10 de outubro à estação da Casa da Música do Metro do Porto, numa experiência de som e imagem.
Organizada pelo Museu de Lamego, projeto Vale do Varosa e Direção Regional de Cultura do Norte, “Cister no Douro” assume-se como uma instalação multimédia, destinada a divulgar a herança histórica, cultural, arquitetónica e artística legada pela presença desta Ordem monástica na região. Sustentada em imagem impressa e projetada e por uma sonoplastia capaz de envolver o visitante, este é um projeto direcionado para o público nacional e internacional, estando por isso prevista a sua itinerância em espaços públicos. O Metro do Porto foi o primeiro a responder ao desafio e até 9 de novembro a estação da Casa da Música promete ser um espaço diferente, dominado por seis testemunhos materiais das comunidades cistercienses instaladas durante a Idade Média e o período moderno a sul do Douro, duas casas femininas e quatro masculinas: Tabosa, Arouca, S. João de Tarouca, Santa Maria de Salzedas, São Pedro das Águias e Santa Maria de Aguiar. Todas, à exceção de Tabosa, fundadas no rescaldo da reconquista e sob a matriz “Ora et Labora”, colocaram a espiritualidade ao serviço de Deus, mas também do conhecimento, possibilitando o avanço de novas técnicas, instrumentos e saberes que, no caso do Douro, se revelaram fundamentais para a excelência hoje reconhecida como Património da Humanidade. De acesso livre, «Cister no Douro» promete divulgar um território histórico, um património único, numa experiência de som e imagem. A inauguração está agendada para as 22h00 do dia 10 de outubro. 4 | APONTAMENTOS
em exposição
7ª BIENAL INTERNACIONAL DE GRAVURA DO DOURO Com um caráter eminentemente internacional, a 7ª Bienal de Gravura do Douro já está no terreno. Gravuras de todo o mundo estão patentes no Museu de Lamego até ao final de outubro, numa mostra onde a contemporaneidade cria diálogos improváveis com os espaços e coleções. Considerado um dos maiores eventos de arte gráfica do mundo, a Bienal de Gravura estende-se com diversos núcleos um pouco por todo o Douro, com 1200 obras, de 530 artistas, de 71 países de todos os continentes. Lamego, Salzedas, São João de Tarouca, Ucanha, Alijó, Foz Coa, Régua, Favaios, Sabrosa e Vila Real são os palcos escolhidos. Neste contexto, o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas e, pela primeira vez, o Mosteiro de São João de Tarouca e Ponte Fortificada de Ucanha, em Tarouca, acolhem três núcleos da Bienal proporcionando, aqui também, um interessante diálogo entre as gravuras e os espaços. Com curadoria de Nuno Canelas, a 7ª Bienal de Gravura do Douro, uma iniciativa do Núcleo de Gravura do Grupo Recreativo e Cultural de Alijó, volta a constituir-se como uma oportunidade de apreciar o que de melhor se tem feito no mundo ao nível da gravura.
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conferências
Quintas do Douro são tema das 2asConferências do Museu de Lamego/CITCEM INSCRIÇÕES ABERTAS
Criar um espaço anual de debate, partilha e divulgação da atividade científica desenvolvida em torno do território duriense continua a ser o objetivo das Conferências do Museu de Lamego/CITCEM. Na segunda edição e com data marcada para os dias 24 e 25 de outubro, cerca de duas dezenas de investigadores partilham conhecimentos, agora em torno das “Quintas do Douro: história, património e desenvolvimento”. Com especial enfoque na área das ciências sociais e
INSCRIÇÕES
humanas, esta é uma iniciativa que volta a contar com a colaboração do Centro de Investigação
Até 12 de outubro em http://bit.ly/MLconferencias2014
Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória (CITCEM), da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, centro que reúne o maior número de
Mais informação e programa www.museudelamego.pt
investigadores académicos que na atualidade desenvolvem o seu trabalho sobre a região duriense.
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peça do mês 10 | APONTAMENTOS
peça do mês
Jarro Séc. XX (1938-1958) Autor: José Martins Meireles (ourives) Prata fundida, cinzelada e dourada Centro de Fabrico: Porto Oficina-Fabricante: REIS-PORTO Proveniência: Doação de João de Almeida Museu de Lamego, inv. 2636
Porque outubro é mês das “Quintas do Douro”, tema das 2as Conferências do Museu de Lamego/CITCEM, e porque outubro é também época de vindimas, a escolha da “Peça do Mês” recaiu sobre um jarro para vinho, em prata e prata dourada, decorado com parras e cachos de uvas. Produzido na primeira metade do séc. XX, este é um objeto ligado ao universo da mesa, muito comum ao recheio das quintas da região.
Pertencente à coleção do médico cirurgião de Lamego,
a público um conjunto de objetos que pretendem
Dr. João de Almeida, doada ao Museu de Lamego em
espelhar a qualidade e a diversidade do acervo,
1981, o jarro foi produzido na importante casa de
através, porventura, de objetos menos conhecidos do
ourivesaria nacional Casa Reis & Filhos, situada no
grande público. Desde janeiro, já estiveram em
Porto.
destaque a pintura, a ourivesaria, a azulejaria, a
Na sua conceção formal e decorativa há uma clara
gravura, a escultura, o mobiliário e o espólio
alusão à produção do vinho, numa altura em que a
documental.
ourivesaria portuguesa, de acordo com
a ideologia
vigente, se inspira na tradição (agricultura, tradições, folclore), dentro do espírito de recuperação dos valores nacionais.
DESCRIÇÃO Jarro para vinho, de base circular e asa lisa. A decoração sugere uma barrica com as tábuas
A ourivesaria da primeira metade do século XX vai assim
dispostas na vertical, cingidas por aros metálicos com
dar origem a diversas peças em prata que espelhavam
rebites. Superiormente, ao nível do rebordo, ostenta
um país ainda rústico, cujos valores passavam para a
decoração repuxada de parras e cachos de uvas
mesa através de objetos nobres como canecas, bilhas,
suspensos de ramos de videira entrelaçados junto ao
jarros, entre outros, inspirados nas formas populares.
gargalo. O bico apresenta um motivo na forma de uma
A “Peça do Mês” é uma iniciativa que traz mensalmente
parra. O interior recebeu douramento.
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concerto
“Oito Mãos” chega ao Mosteiro de São João de Tarouca Um festival singular que alia a excelência da música à excelência do património chega no próximo dia 11 de outubro ao Mosteiro de São João de Tarouca. “Oito Mãos, monumentos com música dentro” regressa a Trás-os-Montes e Alto Douro e na sua segunda edição faz paragem no Vale do Varosa. A partir das 18h00, o quarteto de flautas transversais “Tutti Flauti” entra em cena com um repertório que reflete a larga e diferente experiência dos músicos, que apresentam ainda uma interessante componente geracional. A oito mãos, sempre, daí a singularidade deste festival, porque todos os concertos se realizam por formações em quarteto e em monumentos classificados ou de interesse público, o festival percorre a região até dia 12 de outubro. A entrada é livre.
edições
Cadernos «Conhecer Conservar Valorizar» Primeiro número já está online http://bit.ly/CCVcaderno1
“Nas reservas dos museus habitam memórias”. É desta forma que arranca o primeiro número dos Cadernos “Conhecer, Conservar, Valorizar”, que o Museu de Lamego disponibiliza online desde o dia 28 de setembro. E são essas memórias, de objetos menos conhecidos ou esquecidos, que esta nova publicação, com um cariz marcadamente multimédia, vem resgatar, pondo-os em relevo, promovendo a sua valorização, enriquecendo o olhar e o conhecimento.
Inserida nas Jornadas Europeias do Património, esta é,
Nesta primeira edição, o Museu de Lamego conta com a
no entanto, uma iniciativa que parte de um projeto
colaboração da conservadora-restauradora Mafalda
mais vasto, com o mesmo nome, que arrancou em
Veleda, responsável pela recuperação da “Alegoria a
2011 e que a Associação Portuguesa de Museologia
África”, e do historiador de arte Frédéric Jiméno
(APOM) viria a distinguir no ano seguinte na categoria
Solé, doutor em História da Arte pela Universidade de
“Melhor Intervenção em Conservação e Restauro”. O
Paris 1 Panthéon-Sorbonne.
Museu de Lamego via assim reconhecido o modelo de
Datada do primeiro quartel do século XVIII, a gravura
gestão de coleções participativo, alicerçado numa
que se conserva no Museu de Lamego é o único
campanha de fundraising, e a intervenção exemplar a
exemplar que se conhece pertencente a uma famosa
que foi submetida a gravura “Alegoria a África”.
série intitulada “As Quatro Partes do Mundo”,
É exatamente todo o processo de redescoberta desta
impressa em Paris, pelos herdeiros de Pierre Landry, um
gravura, cujo restauro foi inteiramente suportado
prestigiado gravador e editor francês.
pelos donativos do público, que ocupa as páginas do
De acesso livre, os Cadernos «Conhecer Conservar
primeiro número dos Cadernos “Conhecer,
Valorizar» pretendem chegar a um leque mais alargado
Conservar, Valorizar”, seja do ponto de vista do estudo
de público, aliando a um dos textos um pequeno
formal da peça, da iconografia ou do contexto de
vídeo, onde o restauro da gravura é abordado
produção, incluindo ainda uma reflexão sobre todo o
sumariamente pela autora.
processo de conservação e restauro.
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loja do museu 16 | APONTAMENTOS
SUGESTÃO De terça a domingo, das 10h00 às 18h00.
APONTAMENTOS
outubro 2014
Museu de Lamego Largo de Camões 5100-147 Lamego
Tel: 254600230 E-mail: mlamego@culturanorte.pt Site: www.museudelamego.pt Facebook: www.facebok.com/museu.de.lamego
Horário De terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00. Encerra às segundas-feiras. Gratuito no primeiro domingo do mês.
Serviço Educativo Visitas orientadas/comentadas à exposição permanente e exposições temporárias, mediante marcação prévia.
Biblioteca De terça a sexta-feira, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Auditório 100 lugares
Loja
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Encontre-nos no dia 11 de outubro, às 14h30.
«MUSEU DE LAMEGO: UM MUSEU, DOIS PROJETOS»