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Revista da Secção de Inventário
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Escultura
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Revista da Secção de Inventário
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Escultura
AGNUS DEI
Ficha Técnica
INventa MUSEU | Revista da Secção de Inventário| N.º 4 DIREÇÃO EDITORIAL Luís Sebastian TEXTOS Georgina Pinto Pessoa Luís Sebastian CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS José Pessoa DESIGN E COMPOSIÇÃO Paula Pinto COMUNICAÇÃO Patrícia Brás EDIÇÃO Museu de Lamego | Direção Regional de Cultura do Norte DATA DE EDIÇÃO março de 2016 ISSN 2183-4482
Os conteúdos dos textos, direitos de imagem e opção ortográfica são da responsabilidade dos autores.
Luís Sebastian
07 SECÇÃO DE INVENTÁRIO DO MUSEU DE LAMEGO Georgina Pinto Pessoa
20 AGNUS DEI | CATÁLOGO
141 BIBLIOGRAFIA
Índice
05 EDITORIAL
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satisfação que volvidos pouco mais de 1 ano atingimos o n.º 4 desta publicação. Vai-se cumprindo assim a tarefa a que nos propusemos de dar corpo e continuidade a uma publicação periódica que “desse voz” à Secção de Inventário do Museu de Lamego, num formato equilibrado que servisse tanto a comunidade científica e académica quando o público generalista. Ao formato acessível e direto, juntamos a disponibilização aberta, on-line. Contamos agora com um conjunto de quatro números que vão da categoria “Escultura”, com o estudo da “Cruz relicário Indo-portuguesa”, ao “Espólio Documental”, dedicado à “Bíblia de Lamego”, passando pelo “Espólio Fotográfico”, com o tema ”A Criança, o Brinquedo e o Jogo”, retornando agora
EDITORIAL
Datando de janeiro de 2015 o n.º 1 da revista on-line INventa MUSEU, é com
à categoria “Escultura”, com os medalhões de cera do retábulo relicário de São João Evangelista, originário do Convento das Chagas de Lamego. Paralela à continuidade da revista on-line INventa MUSEU, o tema do presente número vem ainda dar mais uma contribuição para o trabalho iniciado em novembro de 2013 com o restauro deste retábulo. Restaurado “ao vivo” pela empresa Detalhe, Lda., com uma reação do público que excedeu todas as nossas expetativas, levou logo no seu início à vontade de “fazer algo” com o seu conjunto escultórico de 19 imagens, o que ganhou forma na exposição temporária “A Glorificação do Divino”, patente no Museu de Lamego entre 17 de maio e 22 de junho de 2014, contando com a parceria do J. Paul Getty Museum e o apoio mecenático das empresas Multiópticas-Lamego e Oliveiras Ourivesaria. À exposição somou-se mais tarde a publicação do respetivo catálogo, em abril de 2015, para agora se destacar o seu conjunto de medalhões de cera dedicados ao Agnus Dei.
Luís Sebastian Diretor do Museu de Lamego
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SECÇÃO DE INVENTÁRIO do Museu de Lamego Georgina Pinto Pessoa
Longe vai a prática dos Inventários limitados aos Livros de Tombo e às simples fichas monográficas, encarados mais como meros róis ou registos, facilitadores de certo ordenamento dos acervos, nos amontoados museus de ontem. Na sua maioria precários e limitados, porque os meios eram também insuficientes, são, todavia, instrumentos imprescindíveis, esteios dos inventários posteriores, reveladores das opções, do esforço e da visão desses pioneiros da museologia. Acompanharam a evolução social, política e científica do seu tempo, traduziram o seu pensamento, características e condicionantes, reflectindo, em cada época, o papel atribuído às instituições museológicas e aos novos paradigmas que foram postulando. Neste percurso salientamos a importância da criação do L'Office International des Musées (1927), do entusiasta Henri Focillon, da revista Mouseion e da publicação Muséographie. Ou ainda do International Council of Museums criado por J. Chaucey Hamlim em 1946, no seguimento das questões colocadas pelas consequências da 2º Guerra Mundial, concernentes ao património mundial. Ou já nos anos 60 - 70 as experiências pioneiras de Marquèze e Camargue, a concretização do eco museu de Le Creuzot e o importante papel de Huges de Varine, Marcel Ervrad, Henri Riviere e Germain Bazin na definição de uma Nova Museologia.
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As manifestações de Londres em 1983 ligadas à Conferência Geral do ICOM, seguidas do Ateliê “Ecomuseus / Nova Museologia”, no Québec catapultaram os conceitos e as práticas museográficas para um universo aberto e lato, inclusivo e participado.
Entre nós, contamos com a profícua política museológica da 1ª Republica ao instituir a maioria dos museus nacionais e regionais. Expressão de uma vontade política intencional e coerente, sustentada por um corpus legislativo (destaque para o Decreto nº1 do Governo Provisório de 26 de Maio de 1911) que corporiza uma clara visão da arte e do património e da sua importante função pedagógica e educacional. Durante o Estado Novo criaram-se duas grandes instituições de conservação e restauro, a Direcção Geral do Edifícios Monumentos Nacionais e o Instituto José de Figueiredo, os Museus de Etnologia, de Conímbriga, de Arte Popular e o Museu Malhoa e noutro âmbito registamos a instalação da Biblioteca Nacional e da Torre do Tombo em construções de raiz. Relevamos também a importância e o contributo da Fundação Calouste Gulbenkian, do seu Museu e do departamento de tratamento de documentos gráficos, e da criação da Associação Portuguesa de Museus (1965 - APOM), importante meio reflexão e debate das temáticas da museografia e museologia para os profissionais. Após o 25 de Abril assistimos à constituição e criação de ecomuseus e à musealização de sítios, como o ecomuseu do Seixal, o projecto de MértolaVila Museu, de Foz Côa, de Santa Clara a Velha, dos moinhos de maré e outros…. Proliferam também os pequenos museus expressando a afirmação da identidade local, onde ecoa a etnografia da cada região, na presença dos objectos que serviram o quotidiano das suas gentes.
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As instituições museológicas procuram integrar-se e integrar a comunidade, documentando a sua história, costumes, técnicas, sítios e testemunhos, num esforço de preservar não só os seus artefactos e património material, mas aquilo que é a sua essência, moveu e deu sentido à vida das populações e que constitui o seu património incorpóreo. Estrutura-se, assim, de forma mais consciente a ideia de um património plural e abrangente, que vai além da materialidade dos objectos, com uma textura e um significado intrínseco e particular, que consubstancia um património imaterial, registado nas expressões da religiosidade, da literatura oral, do folclore, do canto, etc., de cada comunidade ou povo, como um património fundamental, também ele a registar, estudar, preservar e divulgar, assegurando a sua permanência, acesso, conhecimento e fruição às gerações futuras. O conceito de património estende-se ao próprio meio, onde a natureza ganha foros de uma entidade viva e actuante e consolida a consciência de um património natural enquadrado nos conceitos de uma ecologia interactiva e interdependente, partes de universo uno. No panorama geral da museologia portuguesa percorremos o caminho também trilhado por outros, aqui presentes nas vanguardas culturais das políticas liberais, nas acções do Estado Novo, nos esforços de reorganização, requalificação e democratização do património e da cultura levadas a cabo na sequencia da revolução de Abril. Eivados em qualquer dos casos da mentalidade e do ideário político de cada época e regime, com o que de positivo ou negativo possam conter, mas dos quais se destacaram e distanciaram sempre alguns que viram mais além, que marcaram a diferença e se tornaram exemplos e referências incontornáveis, como José de Figueiredo, João Couto ou já, recentemente, Simoneta Luz Afonso. Os processos, meios e relevância dos conceitos de documentação e
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inventário acompanharam esta evolução, tornando-se “corpus” em permanente construção, onde integrar, interligar e partilhar são objectivos fundamentais para uma informação que se pretende actualizada, o que meios informáticos vieram proporcionar e optimizar. À informatização dos sistemas de documentação e inventário correspondeu uma crescente necessidade de uniformização de procedimentos e de conceitos. A criação, generalização e observação de uma linguagem e de uma terminologia uniformes e de normas comuns tornaram-se factores imprescindíveis à qualidade e fiabilidade da informação produzida. Várias instituições contribuíram para a definição e divulgação destas normas a nível internacional como o CIDOC (International Guidelines for Museum Object Information) ICOM -1995 e o SPETRUM - Standard de referência para os museus do Reino Unido gerido pela Museum Documentation Association (MDA), norma de referência na área da documentação e gestão de colecções de museus a nível internacional, o trabalho desenvolvido pela Getty Research Institute expresso nos seus programas e publicações, ou os programas DOMUS e JACONDE em Espanha e França, respectivamente. Destacamos a nível nacional a promulgação da Lei Quadro dos Museus, conferindo o enquadramento legal aos museus, definindo as suas características, funções e missão, fazendo clara menção ao inventário e à documentação das colecções, bem como à sua informatização na secção IV, artgº 15 e seg., e a criação de organismos como o IPM (Instituto Português de Museus) e a RPM (Rede Portuguesa de Museus), cabendo a esta a certificação das instituições museológicas e ao IPM a criação de um sistema de inventário comum aos museus da sua tutela - o MATRIZ com disponibilização on line de parte significativa dos seus registos e a publicação em volumes temáticos das Normas de Inventário. Não cabe neste contexto, uma reflexão ou abordagem desenvolvida sobre esta temática. Mencionamos alguns factos que entendemos como marcos
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que caracterizaram ou impulsionaram a criação das instituições museológicas, que definiram políticas, conceitos e práticas patrimoniais, de registo, conservação e salvaguarda, funções e missão, sua relação e interacção com a sociedades, onde o Inventário se assumiu sempre como a primeira tarefa, cuja importância e abrangência se afirma e expande ao ritmo da sua complexificação, dos meios disponíveis e da demanda social. O Inventário torna-se, assim, cada vez mais um instrumento determinante na gestão dos acervos carreando princípios e práticas de rigor, objectividade e uniformidade, sistemáticas e contínuas, onde o registo, a preservação e o estudo são condição imperativa para a sua salvaguarda, divulgação e valorização, enquanto arquivos de memória, contentores e produtores de conhecimento, objectos onde habitam a história, os gosto, os sentimentos e as ideias, reclamando uma interacção permanente com a comunidade. Procura-se a abertura e o diálogo, além dos nichos interditos de especialistas. Não que a estes lhe atribuamos qualquer desmérito. Muito pelo contrário. Estes nichos, foram cadinhos de fermentação, experimentação, compreensão e construção. Foram centros de vanguarda do pensamento científico e tecnológico, onde se aliou o melhor do conhecimento e da técnica, da convicção e determinação de uns poucos. Mas, porque neste devir constante os tempos são já outros, como outras são as necessidades, exigências e meios a impor uma abordagem, um tratamento e uma resposta ajustada às novas realidades, investindo na partilha, na transversalidade e complementaridade de saberes, na convergência da informação potenciadora da construção de conhecimento e de identidades, numa “conjugação” integrada entre instituições, profissionais e os novos Sistemas de Informação, de Sistemas de Gestão Documental e das Ciências da Informação.
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Neste contexto, após um extenso inventário fotográfico documental, partimos da acção de conservação e restauro levada a cabo na Capela de São João Evangelista no Museu de Lamego, parcialmente executada in loco, permitindo a observação directa e a partilha continua do público de um trabalho muito peculiar e especializado, que habitualmente lhe está inacessível e do qual foi sendo feito o registo documental, informação que foi sendo disponibilizada on line nos sítios de divulgação do Museu de Lamego.
CAPELA RELICÁRIO DE SÃO JOÃO EVANGELISTA Séc. XVII / XVIII Madeira entalhada, dourada e policromada Proveniência: Extinto Convento das Chagas, Lamego Inv. 123
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Esta capela proveniente do claustro do extinto Convento das Chagas em Lamego após o seu desmantelamento, integra hoje o percurso museológico da Instituição. Trata-se de uma capela relicário do século XVII, posteriormente renovada (início do Séc. XVIII), cujos apontamentos maneiristas originais imergiram na invasão dos elementos da gramática barroca, ao estilo nacional, presentes nas colunas torsas serpenteadas de putti “meninos anjo”, aves e folhas de videira que enquadram o retábulo, nos querubins, e nas aletas e nos profusos acantos que rematam ou preenchem espaços vazios.
Numa estrutura de acentuado dinamismo, linhas horizontais e verticais alicerçam o ritmo de vãos e volumetrias, de nichos, arcos, pilastras, capitéis e volutas, de relevos e esculturas, onde a talha e as policromias se cobrem de ouro, reverberando a luz, criando uma atmosfera cenográfica, apelativa e mobilizadora para os mistérios da fé, da vida e da conduta cristã. Dedicada a São João Evangelista, discípulo íntimo de Jesus, aquele que o acompanhou até ao calvário e a quem confiou os cuidados de Sua Mãe. Mártir a cujo flagelo não sucumbiu transformando o azeite fervente em “fresco orvalho”. Martírio de São João Evangelista
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Desterrado na ilha de Patmos, local onde o apóstolo foi possuído por visões imbuídas de revelações que regista no livro do Apocalipse. Temática desenvolvida nos caixotões do tecto desta capela.
As esculturas que habitam os nichos corporizam uma plêiade de santos e de mártires, soldados das hostes de Cristo, exemplos a venerar e a seguir. Convergindo para o retábulo onde se inscreve a iconografia alusiva ao santo e ao seu martírio, coroada pelo calvário, numa semiótica bem presente no quotidiano do fiéis, cuja simbologia se patenteava por cânones bem apreendidos e que tão intensamente preenchia o seu imaginário.
Cena do calvário
Visões de São João Evangelista na ilha de Patmos
Disseminados por toda a capela, estrategicamente enquadrados e integrados nos elementos da estrutura entalhada, colocados no centro dos painéis na convergência dos acantos e dos pássaros, nos frisos, nas cartelas sustentadas por anjos, ou nos ângulos que enquadram os arcos dos nichos, alojados em alvéolos ovalados, de pequenas e variáveis dimensões, encontram-se medalhões de cera branca, alguns já omissos deixando o vão visível, ou em muitos casos, cautelosamente preenchidos por estampas de temática religiosa.
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Tecto da Capela de São João Evangelista
Enquadramento dos alvéolos emoldurados e ladeados de acantos onde se alojavam os Agnus Dei
Painéis e friso onde se alojavam as ceras, muitas das quais agora ausentes.
Concentram-se no corpo central juntamente com algumas relíquias, em geométricas composições. Dois dos painéis ocupam o primeiro registo das ilhargas que ladeiam o retábulo, contendo um deles oito relíquias e dezassete ceras, encontrando-se o outro já destituído das que lhe correspondiam.
Painéis relicário. À esquerda alvéolos cobertos por estampa na ausência da relíquia ou do sacramental.À direita alvéolos preenchidos por relíquias e sacramentais de cera com representação de Aguns Dei na face posterior e iconografia hagiográfica na face frontal.
Destacamos dois painéis pelas particulares características formais e simbólicas que comportam. Estão cobertos por vidraça policromada e dourada nos enquadramentos e molduras que envolvem os receptáculos das ceras. Um dos painéis encontra-se totalmente vazio, o outro apresenta medalhão central com iconografia relevada e policroma na reserva onde figura a Virgem com o Menino e o Papa genuflectido à sua frente. Ao lado
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deste São Lourenço com o seu atributo (grelha), num plano recuado outro santo mártir ostentando a mitra e o báculo. À frente sobre almofada os símbolos papais e o respectivo brasão. Na cercadura apresenta inscrição.
Dois painéis com moldura de viro dourado e policromado, contendo um deles relíquias, sacramentais em cera branca e um medalhão policromado, estando o outro vazio.
Encontra-se ladeado por oito receptáculos dispostos em cruz, quatro de maiores dimensões nos ângulos e os outros quatro, de menores dimensões, a intercalar com estes. Às supra mencionadas relíquias que em conjunto com os Agnus Dei integram as composições geometrizadas dos painéis, registamos a presença de mais duas relíquias ósseas (Tíbias?), alojadas em alvéolos longitudinais de configuração ovalada, com cercadura relevada preenchida por decorativos elementos florais com a coroa policroma, em alternâncias de verde e vermelho.
Receptáculos com relíquias ósseas.
O painel policromo, bem como várias ceras e relíquias, não puderam ser retirados dos seus receptáculos, o que inviabilizou, até ao momento, um estudo mais pormenorizado dos mesmos e o seu inventário.
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Todavia, esta acção de conservação e restauro permitiu o levantamento, estudo e inventário da interessante colecção que agora se apresenta.
Sacramental de cera branca. Anverso
Sacramental de cera branca. Reverso
Numa das faces apresentam o Agnus Dei - Cordeiro de Deus - simbolizando o Sacrifício de Cristo, morto na cruz para redimir a humanidade do pecado original. A expressão surge no Novo Testamento nas palavras do apóstolo João Baptista: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira os pecados do mundo” (João, 1: 29). Surge ocupando a reserva central, deitado sobre o livro de sete selos do Livro do Apocalipse, ladeado de friso com legenda onde se inscreve: «ECCE AGNUS DEI QUI TOLLIT PECATTA MUNDI» e seguido do nome do Papa que o benzeu. Na outra face apresenta iconografia figurativa relevada com imagem de santo, mártir ou símbolo comemorativo e respectiva legenda. Estas pequenas peças, tão ao gosto da mentalidade pia das comunidades cristãs, constituem um dos sacramentais da Igreja e enquanto tal encerram em si acção similar aos sacramentos. Estes objectos adquirem uma eficácia própria, ainda que indirecta, não prescindindo da oração, contrição, fé e caridade, contribuindo com estas,
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para a protecção e santificação do indivíduo, permitindo-lhe aceder a benefícios espirituais e temporais. A primeira referência que lhe é feita data do séc. IX, num “Ordo Romanus”, livro de ritos e preces. Ao longo da Idade Média a bênção dos Agnus Dei era efectuada no sábado que antecede o Domingo de Páscoa, na Basílica de Latrão, na presença do Sumo Pontífice. Competia ao arquidiácono oficiar o rito, durante o qual se misturava-se a cera liquefeita e limpa dos círios ao óleo do Crisma, a mistura era benzida e derramada depois sobre um molde com a imagem do cordeiro, eram guardados e por ele distribuídos no sábado seguinte. A partir do século XV (1470) por decisão do Papa Paulo II e no sentido de evitar o abusivo comércio destes objectos, restringe ao Sumo Pontífice o direito de os mandar fazer e benzer. A grande consagração dos Agnus Dei realizava-se no primeiro ano do pontificado do Papa, ocorrendo posteriormente de sete em sete anos e nos anos de jubileu, regra ainda observada. Existem, também, alguns Agnus Dei com tonalidade cinzenta resultante da mistura da cera com pó, que se julga provir dos ossos dos mártires. Integrase neste conjunto uma cera que parece apresentar esta característica, confirmação só possível através de análise laboratorial à matéria. Actualmente, estas ceras são previamente preparadas por monges que os apresentam ao Papa na Quinta-Feira Santa, e este os submerge num recipiente com uma mistura de água, óleo e bálsamo dizendo orações consagratórias específicas. A sua distribuição é feita com toda a solenidade, igualmente no sábado seguinte, após a Missa Pascal e os coloca na mitra invertida dos cardeais e bispos que assistem à cerimónia.
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AGNUS DEI CATÁLOGO
INV. Nยบ 8516 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia e epigrafes relevadas nas duas faces (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto feminino de perfil com a cabeça nimbada, coberta por véu representando a Virgem. Está ladeada por inscrição: MATER SALVATORYS ORA PRO N
REVERSO: Reserva central, representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMENS XI / PON. M. A. I / 170
INV. Nยบ 8517 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central, com busto masculino, em posição frontal, barbado e nimbado, simbolizando São Florêncio, abade e bispo de Estrasburgo. Enverga traje eclesiástico e sustenta na mão esquerda a maquete da abadia e o báculo. A direita erguida em gesto de bênção. Circunscreve-o epígrafe: S. FLORIDUES EPIS TIV[..]N[..] ?. na base: "CLEMENS XI / PON. M
REVERSO: Reserva central, representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: “CLEMENS XI / PON. MAX/ A. I
INV. Nยบ 8518 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto masculino, representando São Francisco de Borja. Enverga o hábito da congregação jesuíta. Apresenta o rosto de perfil, o corpo voltado a 45º e as mãos cruzadas sobre o peito. Ergue o olhar para custódia que se encontra à sua frente suspensa sobre as nuvens. Em baixo a coroa ducal sob um crânio sobrepujado por coroa imperial. Circunscreve-o epígrafe: S: FRANC: BORG: S: I: / CLEM XI./P. M
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. MAX
INV. Nยบ 8519 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto masculino com menino, representando São José e o Menino. Apresenta o rosto de perfil, o corpo voltado a 45º, nos braços sustenta o Menino desnudo, para o qual volta o olhar. Este, por sua vez parece fixar o observador. Circunscreve-o epígrafe: SANCTUS JOSEP ORA PRO NOBIS. Em baixo: ROMA
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL PECC MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. M. A. I/ 1701
INV. Nยบ 8520 Medalhรฃo de forma oval em cera e (pรณ de osso?) com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por duas figuras masculinas (?) a da esquerda sentada a outra em pé, com os rostos de perfil, olhando-se frontalmente. As vestes traduzem dinamismo e movimento, agora difuso pelo acentuado desgaste que o medalhão apresenta, a reflectir-se na apreensão da expressão, gestos e da leitura da epígrafe que as envolve: S[..]O SEF [..] AGE[N?]
REVERSO: Sem leitura iconogrรกfica e epigrรกfica.
INV. Nยบ 8521 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central, preenchida por busto feminino de perfil. Circunscreve-a epígrafe: [.] PVD[?] [?]VIRG O desgaste do suporte impossibilita a leitura iconográfica e epigráfica.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: [ECCE] AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI / PON. M. A. I/ 1701
INV. Nยบ 8522 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto masculino de perfil. Circunscreve-a epígrafe: S[?] P[?] [PP] [?]S [.]N[ER?]IUS / ROMA. O desgaste do suporte impossibilita a leitura epigráfica e consequente identificação do santo.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: [ECCE] AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI /[ PON. M. A. I/ 1701 ?]
INV. Nยบ 8523 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de perfil, genuflectida, representando S. Bruno. Eleva o olhar e as mãos erguidas em direcção dos lábios aludindo à virtude do silêncio. Enverga o hábito (ordem da Cartuxa da qual foi fundador). Circunscreve-a epígrafe: [.. ..]UNO.
REVERSO: Reserva central preenchida por representação de cordeiro nimbado, deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando o Cordeiro Místico - Agnus Dei sobre o livro do Apocalipse. Circunscreve-o epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL P MUNDI. Sob o Livro: "CLEMEN XI /[ PON. MAX / A.I.]
INV. Nยบ 8524 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura de duas faces olhando em direcções opostas (?). Circunscreve-a epígrafe. O desgaste do suporte impossibilita a leitura epigráfica, iconográfica. [ ] (?) Anverso ilegível
REVERSO: Na reserva, cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Em epigrafe ECCE AGN DEI QUI TOL. P. MUNDI / [INOCENCIO] XII/ P. M. A. I [ 16 ] 92
INV. Nยบ 8525 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Em reserva central, busto relevado e nimbado com o rosto de perfil, corpo voltada a 45º representando São Bernardo de Claraval. Enverga hábito da ordem de Cister e sustenta nas mãos a cruz e os cravos, instrumentos do martírio de Cristo. Em epígrafe S. BERNA [CLARAV]
REVERSO: Na reserva, cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse, ladeado por epigrafe [ECCE AGN] DEI QUI TOL. P. M[UNDI]. Em baixo: CLEMENS XI / PON. M. A. X. / 1701[ 16 ] 92
INV. Nยบ 8526 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Em reserva central, busto relevado, voltado a 45º, nimbado, envergando hábito de ordem religiosa, sustentando nos braços menino, representando São João de Deus e o Menino Jesus (?) já que este surge com a cabeça sobre resplendor, contrariando a iconografia tradicional do santo, que o representa com um menino doente, aludindo à sua dedicação ao cuidados dos enfermos \Este volta o olhar para o Menino, que lhe corresponde erguendo a cabeça envolta em resplendor, cruzando o seu olhar com o do santo. Nas mãos sustenta a cruz. Reserva circunscrita por epígrafe “[S. JOA]NNES. DE. DEO. FUND. ORD. [ HOSPT] []M. XI. P.M
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe [ECCE AGN] DEI QUI TOL. PEC. MUNDI. Em baixo: CLEM XI / P. M. A. X. / 1701
INV. Nยบ 8527 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura relevada, em pé com o corpo em posição frontal e o rosto de perfil, representando São Júlio. Enverga sotaina com o cíngulo, símbolo de continência e pureza e capa sustentada no peito por firmal e em baixo pela mão direita, caindo num ligeiro darpejado de ondulantes diagonais, movimento que o gesto da mão esquerda erguida contraria, conferindo-lhe algum dinamismo à hierática postura do santo. Sobre a cabeça eleva-se a mitra papal interrompendo o friso perlado que o envolve, onde se inscreve a epigrafe: S. IULIUS. PA PA. CONFESSOR. Aspecto que se repete nos pés, para dar espaço à inscrição: INNOCEN. XII / PO.MA.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL. P. M. Na base: INNOCENTIO XII / PON. MAX. / A. I.
INV. Nยบ 8528 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina em meio corpo, representando São Martinho. Apresenta-se como ancião barbado, envergando vestes episcopais, a cabeça coberta por mitra e o báculo apoiado no ombro. Ao seu lado num plano ligeiramente recuado figura de pedinte sustentando na mão objecto (chapéu?) onde o santo coloca a esmola, em alusão à sua extrema caridade. Ladeado por epigrafe: S. MARTINUS. EPISCOP. T VRONENSIS
REVERSO: Na reserva, figuração de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGNUS. DEI QUI TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS XI / PON. M. A. I. 1701
INV. Nยบ 8529 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Em reserva central, busto relevado com o rosto de perfil, corpo voltada a 45º representando São Ludovico. Enverga hábito da ordem de e sustenta nas mãos a cruz do calvário. Está circunscrito por epígrafe: [S. L]UDOVICUS BERTR-A-NDU[.] Na base: INNOCEN. XII / P.M.A. I
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE AGN DEI QUI TOL. P. MUNDI. Na base: INNOCEN. XII / P. M. / A. I. / 1692.
INV. Nยบ 8530 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada e genuflectida, envergando vestes monásticas (ordem franciscana) simbolizando São João de Deus. Circunscreve-o cercadura com epígrafe: JOANNES DE DEO FUND. ORD. HOSPIT.INOCEN XII PON. MAX
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE A[G]NVS DEI QUI TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS. XI / PON. M. / A. I. / 1701
INV. Nยบ 8531 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura nimbada, em pé em posição frontal, representando São Venâncio de Camerino. Sustenta na mão direita o estandarte e na esquerda objecto (maquete?) simbolizando a cidade de Camerino. Circunscreve-o epígrafe: S.VEN-NA-IUS M. DE CAM[B]
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE A[G]NVS DEI QUI TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS. XI / P. M.A. I. / 1701
INV. Nยบ 8532 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto de figura feminina nimbada, envergando túnica e manto que lhe cobre a cabeça. Dirige o olhar para menino que sustenta no braço direito. Este tem a cabeça ladeada por resplendor, ergue o olhar em sua direcção. Iconografia representando a Virgem com o Menino. Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: REGINA . MONTIS . [R]EGALIS. Na base: CLEMENS . XI /P.M.AX.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUNDI. Na base: CLEMENS. XI / PON. MAX / ..A. I.
INV. Nยบ 8533 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por busto de figura feminina coroada, envergando manto que lhe cobre a cabeça. Dirige o olhar para menino que sustenta nos braços Este tem a cabeça ladeada por resplendor, volta o olhar em direcção do observador. Iconografia representando a Virgem coroada com o Menino Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: B* V* M* SCHOLAR * PIAR* S* PANTAL. Na base: .ET.NOMINE. VIRGINIS. / *MARIA*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal e epígrafe: ANN IVE / 17 - 00. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUND. INNOCEN XII - PONT. MAX.
INV. Nยบ 8534 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por composição com figura feminina sentada sustentado menino no regaço. Este, estende a mão para figura feminina nimbada e genuflectida que se encontra à sua frente, num plano inferior. Iconografia alusiva à Virgem com o menino e Santa Rosa de Lima. Está circunscrita por cercadura perlada e friso com epígrafe: SANCTA* * ROSA * VIRGO * LIMA. Na base: CLEMENS * X * / PONT * MAX *
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal ladeado das iniciais ..A. - .I. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE* A* DEI* QU[I]*. TOL*. [P*T MUND* CLEMENS X PONT* MAX*
INV. Nยบ 8535 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada, em pé voltada a 45º, representando São João Gualberto, fundador da ordem beneditina de Valombrosa. Enverga hábito da ordem, na mão esquerda sustenta livro, na direita a cruz. Pisa figura alegórica de duas cabeças humanas e corpo de serpente. Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S* JO* GUALBERTUS* ORDINIS* VALLISUMGBROSA* INST*. Na base: CLEMENS* XI / * PONT* M*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este cartela com brasão papal ladeado das iniciais .A. - .I. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE* A* DEI* QUI*. TOL*. [PEC*T MUND* CLEMENS XI - PONT* MAX*
INV. Nยบ 8536 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada, em pé em posição frontal, representando São Venâncio de Camerino. Sustenta na mão direita o estandarte e na esquerda objecto (maquete?) simbolizando a cidade de Camerino. Ladeiam as pernas: *A - *I*. Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S.VENANT-I-US MARTYR * DE *CAM[B] Sob os pés do santo epígrafe:.INNO[CE]N. XII / .PO[N]T. M
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este, medalhão circular tendo na reserva brasão papal. Ladeia-o epígrafe: ANN I / 16-92. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE. AGN. DEI. Q[UI]. TOL. PEC. MUND * INNOCEN XII - PONT. MAX.
INV. Nยบ 8537 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada e barbada, sentada em posição frontal, representando São Basílio Magno. Enverga as suas vestes episcopais, revestidas do pálio omóforo. Na mão esquerda sustenta o livro aberto (Evangelho), a direita ergue-a em sinal de bênção. Ladeiam-lhe a cabeça caracteres gregos (?). Circunscreve-o cercadura e friso com epígrafe: S: BASILIUS . MAGNUS . EPISCOPUS. CAESAIENSIS * CLEM . XI .P*
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 17 01 Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGNUS . DEI . QUI . TOL. PEC . MUNDI CLEMENS . XI - PON . M
INV. Nยบ 8538 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura feminina nimbada, em pé, corpo em posição frontal e rosto de perfil, representando Santa Justina de Pádua. Sustenta na mão direita a palma alusiva ao martírio. Circunscreve-a epígrafe: S. JUSTINA PATA[V]INA {VIR]GO ET MAR[TYR] Sob os pés da santa: .INNOCE. XII / .PON. [MAX]
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 1692 Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . A . DEI . QUI . TOL. PECCA . MUNDI . INNOC* . XII - PONT . MAX.
INV. Nยบ 8539 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina, em meio corpo, voltada A 45º, nimbada e barbada representando São Bento. Enverga hábito da ordem beneditina, na direita sustenta o báculo abacial e na esquerda o livro da regra. Ao seu lado, em baixo, cabeça de ave (corvo) com pedaço de pão na bico, aludindo ao tempo que passou no deserto. Circunscreve-a epígrafe: S. PATER. BENEDICTUS . O. P. N. / ANNO I
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. A. - .I. / 1692 Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. DEI . QUI . TOL. P . MUNDI . INNOC* . XII - PONT . MAX.
INV. Nยบ 8540 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina genuflectida, envergando vestes monásticas (ordem dominicana) representando São Luís Beltrão. Nos braços sustenta um dos seus atributos - a pistola transformada em crucifixo. Circunscreve-o cercadura perlada e friso com epígrafe: S. LUDOVICUS . BERTRANDUS * O * .PRA . INNOCEN XII PONT. MAX / .ANN. IUS
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Sob este brasão papal ladeado das iniciais. AN. - IUB. / 17-00 Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. DEI . QUI . TOL. PEC. MUND . INNOCENS* . XII - PONT . MAX.
INV. Nยบ 8541 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Em reserva central, busto feminino representando Sta. Maria Madalena. Tem o rosto de perfil, o olhar erguido e as mãos unidas, em posição de oração. Circunscreve-a epígrafe: S. [.]ARIA MAGDALENA . O. P […..] / CLE[MEN]S XI / P.M.A[.] Está muito fragmentada o que dificulta a leitura.
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por friso com epígrafe: ECC[E] . AGN. DEI . QUI . TOL. P. MUN[DI] . CLEMEN[.] . XI - PONT . M.A.X. / 1701
INV. Nยบ 8542 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada e genuflectida, envergando vestes monásticas (ordem franciscana) representando São João de Deus. Circunscreve-o cercadura com epígrafe: JOANNES DE DEO FUND[…]. ORD. [HOSPIT]. INOCEN XII PON. MAX
REVERSO: Na reserva, figuração relevada de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . A[GN]US. DEI . QUI . TOL. PEC. MUND . INNOCENS* . XII - P. M. A. I. V. E / 1700
INV. Nยบ 8543 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de avançada idade, nimbada e barbada, sentada em posição frontal, com o rosto voltado a 45º para a sua direita, representando São Marcus. Enverga túnica e manto. Na mão esquerda sustenta o livro (Evangelho), na direita erguida a pena (?). Aos seus pés o seu habitual atributo, o leão alado. Circunscreve-o friso com epígrafe: S. MARCUS. EVANGE[..]S Sob o santo INNOC. XII / .P.M.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por cercadura perlada e friso com epígrafe: ECCE . AGN. D . Q . T.. PEC. MU[..] . INNOC[.] / XII
INV. Nยบ 8544 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina de perfil, genuflectida, representando S. Bruno. Eleva o olhar e as mãos erguidas em direcção dos lábios aludindo à virtude do silêncio. Enverga o hábito (ordem da Cartuxa da qual foi fundador). Circunscreve-a epígrafe: S. BRUNO.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula e cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: ECCE . AGN. DE[.] Q. TOL. P.. MU[..]. Sob este: CLEMENS XI / PON. MAX / [..]
INV. Nยบ 8545 Medalhรฃo de forma oval em cera branca com iconografia relevada (Agnus Dei).
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ANVERSO: Reserva central preenchida por figura masculina nimbada, de perfil, genuflectida, representando S. Filipe (de Neri ou São Filipe Benício de Florença?). Eleva o olhar e os braços em direcção à cruz que tem à sua frente. Enverga o hábito (ordem da Cartuxa ou dos Servitas ?). Circunscreve-a epígrafe: SANCTUS PHILIPUS E[PISC]US (?) . Sob o santo: CLEMENS [….] /POM. M. […] / 1701 O desgaste da cera e a extensa lacuna dificulta a identificação exacta do santo.
REVERSO: Na reserva, imagem de cordeiro nimbado deitado sobre livro, sustentando flâmula com cruz, representando Cordeiro Místico sobre o livro do Apocalipse. Está ladeado por epígrafe: [.C]CE . AGN. DEI. QUI. TOL. PECC. MUND. Sob este: [CL]EMEN . XI / [P]ON. M. A .I / /[..] 1701
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