IMPERMANÊNCIAS
No espaço de uma sala, lugar especulativo, pano de fundo de um futuro eminente, o objecto. Treme, tacteia os contornos daquele silêncio, contorce-se e reformula-se para o seu próprio ruído. Naquele lugar/nada, o objecto ensaia funções, utilidades vagas, redesenha-se em cada dobra. Naquele frágil esqueleto, crescem as variações da criatura, procurando o nome do tempo.
Vagos, 18 de abril de 2020
Fernando Gaspar