I I I IDENT BR R A A S LE DADE
BOOKS
BRASIL PORTUGAL 2023
I I I IDENT BR R A A S LE DADE
ARTISTASPARTICIPANTES
ADRIANA GAMBARINNI
ADRIANA SCARTARIS
ALIXA
ANA DE ANDRADE
ANDRE BRINGUENTI
ANGELA CANABRAVA B e JU CANABRAVA
ANTONIO CAVALCANTE
ANTONIO DE ALMEIDA BITTENCOURT
CHRIS ACYOLI
CRIS MARCOS
DILSON CAVALCANTI
EVELYN GONORETZKY
GÊIZA BARRETO
LICIA VALLIM
LÚCIA CAMARGO
MARLENE TROUVA
NORMA VILAR
RAFA GIOVANNETTI
REGIANE SPOLON
RENATA COOK
REGINA MARDER
RODRIGO MOTTA
ROSANA AMATO
ROSSANA JARDIM
SANDRA BECKER
SIMONE ABI KALIL NEVES
TATI GARCIA
VITÓRIA BARROS
WANDER MELO
YARA DELAFIORI
CURADORIA
ADRIANA SCARTARIS
LICIA VALLIM
PROJETO
CLUBE DE ARTISTAS OFICIAL | 284 GALLERY | COLETIVO 284 BRASIL
I I I IDENT BR R A A S LE DADE
«IdentidadeBrasileira»:DialogandoatravésdasCoreseFormas
Caroapreciadordaarte,
É com grande prazer que convidamos a mergulhar em um cenário fascinante de cores vibrantes e formas expressivas na exposição "Identidade Brasileira". Concebida com a intenção de explorar os diversos diálogos presentes nas obras de trinta artistas contemporâneosbrasileiros,essaexposiçãonosconduzaumajornadavisualrepletade reflexões sobre as múltiplas identidades que compõem tanto o povo quanto o país, ao mesmo tempo, em que presta uma merecida homenagem ao ilustre mestre Candido Portinari.
ExploraçãodaIdentidade:
A identidade brasileira é um tema complexo, repleto de nuances, influências e histórias entrelaçadas Nesta exposição, os artistas participantes foram convidados a compartilharsuasperspectivaseinterpretaçõespessoaissobreotema,resultandoem um rico mosaico de expressões. Cada obra apresenta um convite para uma imersão mais profunda em questões como raça, gênero, cultura, história, memórias, ecologia e sociedade,revelandoasváriascamadasquecompõemonossoDNA.
AExperiênciaCromática:
As cores, que sempre foram uma marca distintiva da nossa cultura, são uma parte fundamental da experiência proporcionada por "Identidade Brasileira". Dos tons vibrantes aos matizes sutis, cada paleta de cores revela um espectro emocional e uma abordagemsingularparatransmitirmensagensesensações.Enquantoalgunsartistas optam por cores intensas e contrastantes para simbolizar a diversidade e a energia do povo brasileiro, outros preferem tons mais suaves, evocando uma sensação de contemplaçãoeintrospecção.
AsFormaseosDiálogosVisuais:
Ao adentrar a exposição, somos imediatamente envolvidos por uma multiplicidade de formas e estilos. Obras abstratas, figurativas, híbridas e experimentais criam um ambiente de diálogo visual rico e dinâmico Os artistas exploram diferentes técnicas, como pintura, escultura, arte têxtil e arte digital, desafiando as fronteiras convencionais da arte e oferecendo uma visão diversificada sobre muito do que nos constróicomopovoecomonação
AHomenagemaCandidoPortinari:
A presente exposição também é uma homenagem ao mestre Candido Portinari, um dos artistas brasileiros mais renomados e influentes do século XX. Sua visão artística única e seu comprometimento em retratar a vida simples e as lutas do povo brasileiro, deixaram um grande legado Ao explorar a identidade brasileira, esses trinta artistas reconhecem e reverenciam a inspiração e a influência de Portinari, honrando sua contribuiçãoaocenárioartísticonacional.
Conclusão:
"Identidade Brasileira" é uma jornada rica e multifacetada pelas muitas identidades possíveis para o povo e para o país. É uma celebração da diversidade, um convite à reflexão e uma homenagem àqueles que moldaram a história do Brasil. Ao se aproximar das obras desta exposição, mergulhe nas paletas de cores, nas formas expressivas e nos diálogos visuais provocativos. Deixe-se envolver pela riqueza e pela complexidade da identidade brasileira, pois nesses encontros descobrimos e dialogamos com as múltiplasfacetasquenosmoldame nosrepresentam.
Apreciemaexposição!
Com alegria em compartilhar essa experiência, curadoras Adriana Scartaris e Licia Vallim
ADRIANA GAMBARINNI
Entreparedesdemadeiradesgastadaspelotempo,encontrooabraçoacolhedordasmemóriasquese entrelaçamcomoaromadocafécoadoeotilintardostalheresnamesafarta.Na"CasadaVó",apureza da infância se mistura com as histórias sussurradas pelas paredes e os sorrisos guardados nas fotografias antigas. Cada canto é um portal para o passado, onde os sons dos passarinhos e a brisa suavemelevamdevoltaaumtempoemqueasimplicidadeerasinônimodefelicidade
ADoceMorada:UmaJanelaparaaNostalgia
Aobra“CasadaVó”éumconviteparaadentrarnasprofundezasdamemória,ondeostonsquentesse entrelaçam em uma sinfonia de afeto e lembranças. No centro do quadro, a figura da avó, serena e envolta em luz, ocupa seu lugar à frente de uma janela que se abre para o deslumbrante pôr do sol. É como se a própria natureza pintasse a moldura dessa cena, realçando a harmonia entre o ser humanoeoambientequeocerca.
Aoladodajanela,umguarda-louçascomcristaleiraguardasegredosetesourosdeumavidainteira. Cada peça, cada objeto, carrega consigo a história de gerações, transmitindo a herança cultural e afetiva que moldou a trajetória familiar. É um convite a explorar a riqueza contida nas pequenas coisas, nos detalhes que permeiam nosso cotidiano e que ganham significado especial dentro das paredesdessacasadopassado
O vaso com plantas, símbolo da vida que pulsa, traz um frescor à composição e estabelece uma conexão profunda com a natureza As plantas, como guardiãs silenciosas, testemunharam momentos de alegria, tristeza, crescimento e renovação, fazendo parte da teia de experiências que moldaram a existência daquele lar. Elas nos lembram da importância de cultivar e preservar nossa relaçãocomomundonatural,fonteinesgotáveldeinspiraçãoeequilíbrio.
“Casa da Vó” é um convite para mergulhar nas memórias afetivas, para reencontrar a inocência e a simplicidade que permeavam aqueles espaços. É uma ode à figura da avó, guardiã dos laços familiares e depositária de sabedoria ancestral. Por meio dos tons quentes que envolvem a composição, somos levados a sentir o calor humano que preenchia cada cômodo daquela morada, onde a felicidade se manifestava nos detalhes e o tempo parecia transcorrer em harmonia. Essa obra é um testemunho visual da força dos laços familiares, do legado que carregamos e da eternidadedasmemóriasquenosmoldamcomosereshumanoseconstroemanossaidentidade.
ADRIANA SCARTARIS
OLamentodoProgresso:UmaReleituradeCândidoPortinari
Na obra "O Lavrador de Café", parte da série Grandes Mestres e uma homenagem ao talento inquestionável de Cândido Portinari, mergulho nas camadas narrativas e nas entrelinhas da obra original para revisitar reflexões sobre o avanço desenfreado do progresso e seus impactos avassaladoressobreavidanocampo.
Preservando o elemento central, o lavrador de café, busquei criar uma nova textura, uma nova perspectiva,quedialogassecomocontextoatual.Todososelementosdacomposiçãoganhamuma camada extra de significado, revelando a complexidade das relações entre o homem, a natureza e o poderqueocerca.
Ocafezal,antesumsímbolodetrabalhoárduoeprodução,transforma-seemumgrandetabuleirode xadrez, onde as peças se movem estrategicamente em um jogo de interesses maiores. Os campos comárvoresdecepadassãoeditadoscomefeitosdearteótica,criandoailusãodeumburaconegro que tudo consome. Essa representação simbólica alude à voracidade do progresso, que devora os recursosnaturaissemconsiderarasconsequências.
Ao fundo, uma cidade construída com peças de xadrez emerge sem cor, como um prenúncio da vitória das metrópoles e seus valores sobre o campo Edifícios coloridos afundam, tragados pelo incontrolável avançoda urbanização. É um retrato do desequilíbrio entreo desenvolvimento urbano eapreservaçãodasraízesrurais,umametáforadamarginalizaçãodocampoemfacedasupremacia davidanascidades.
Mísseis cercam o cafezal, simbolizando o poder destrutivo do progresso sobre a vida do homem e o ambiente que o sustenta. É uma alusão ao deslocamento e à devastação causada por projetos grandiosos que separam o homem da terra que cultiva, transformando-o em mero instrumento de uma máquina impessoal e voraz. A locomotiva segue arrastando vagões vazios e deixa no ar uma fumaçaironicamenteverde.
Nessa releitura, o homem do campo retratado por Portinari ganha uma nova dimensão, pois agora ele enfrenta um sistema ainda mais destrutivo, movido por interesses que ultrapassam sua compreensão Éumapeloàreflexãosobreasconsequênciasdoprogressodesenfreado,quemuitas vezesrelegaosvaloreshumanoseambientaisasegundoplano
"O Lavrador de Café" se torna, assim, uma expressão do lamento diante da desigualdade, da exploraçãoedaperdadasraízesquenosconectamcomaterra.Éumconviteaquestionarosrumos de uma sociedade que coloca o poder e o lucro acima do respeito pela vida e pelo equilíbrio entre homemenatureza.
LAVRADOR DE
ALIXA
S É R I E C O R P U S S E N S O R I U N S
Sob o conceito de corpus sensoriuns, sigo a iconologiadosfatosamazonianosquemerevelam, nos corpus dos nativos amazônicos, as correspondênciassimbólicasquesemesclamcom a floresta Dessa metamorfosse cultural surgem a fé nos mitos, a força, os poderes que estão presentes nos nomes das pessoas que habitam a floresta. Elas pintam seus corpos para empunhar uma crença, estabelecer elo com os tipos de alimentos que consomem, fazem das festas a brincadeira e o sustento espiritual, que os rituais são essencialmente coerentes com o seu modo de vida e tantas outras coisas importantes.
Pinto com o filtro conceitual e ideológico, isso me permite alcançar um grau de abstração que mexe com meus sentimentos, faz eu escolher uma paleta de cores que se aproxima com o espírito da floresta Esse desejo de manter a linha coerente com o discurso pictórico é o desafio da minha poesis, nesse caso de conseguir p i n t a r o s c o r p o s s e m t o c a r n e l e s .
Esta coleção é presente e se desenvolve na perspectiva de promover o invisível na superfície do sensível na tela. Não vejo outro modo de fazer isso sem a força viva; preciso ao mesmo tempo me distanciar, para não ser pa
ichê iconográfico, e me aproximar para poder ter certeza de que estou conseguindo entender o desafio do corpo ecológico incoporado na ideia central do co
Para o público isso toma duas trilhas estéticas: uma que vai exigir que
que o habitual; e a outra é o encontro com a visualidade que encanta É um propósito e ao mesmo tempo uma armadilha Posto que, o público ao se entregar, domesticamente,à visualidade se trai pelo prazer e apenas o ser não é suficiente para conseguir ir
além da superfície revelada, ler é a de tudo ter; o outro aspecto é que sem nenhum entendimentopode-semorrerdetédioou euforia, por não se saber o porquê de tudo isso.
«Xingú»: As TramasCulturaisAmazônicas
A obra intitulada "Xingu" nos transporta para um mergulho profundo nos fatos amazônicos, revelando uma iconologia simbólica que se entrelaça harmoniosamente com a floresta. Através de rituais, mitos e pinturas corporais, o artista constrói uma narrativa de constante metamorfose cultural, convidando-nos a refletir sobre a força das crenças e dos nomes. Com uma paleta de cores cuidadosamente escolhida, a obra desafia-nos a ir além do prazer estético, promovendo a contemplação do invisível no visível, e nos envolvendo em uma experiência que revela camadas profundasdesignificado "Xingu" é um convite à imersão na essência amazônica. Ao explorar as trilhas estéticas entre o encanto visual e a reflexão profunda, a obra desafia-nos a decifrar seus enigmas, indo além das superfícies reveladas. É um convite para transcender o mero prazer e buscar compreender os fundamentos subjacentes, desvendando os segredos ocultos da cultura amazônica. Nessa dança entre o visível e o invisível, "Xingu" nos conduz a uma jornada enriquecedora, conectando-nos com a forçalatenteeosmistériosencantadoresdessajornada.
Adriana Scartaris
ANA DE ANDRADE
Nessas obras, trouxe Tarsila pra hoje. Primeiro foi pra festar os 100 anos da Arte Moderna. De novo, Tarsila . Junto de Portinari irão festejar a Arte Brasileira, viajantes do eterno que são, tornaram-se inesquecíveis nos tempos de cá Tarsila foi uma retirante moderna, escolheu usar o outro lado da oportunidade pra se jogar no sonho . Vestiu sua arte de moça fina e disse pra que veio, derramou-se pelo mundo com Identidade Brasileira à flor da pele O sonho de Tarsila foi a linha que costurou Portinariaela,adorcomacor,éisso
«TarsilaRetiranteModerna»:ACelebraçãodaArteBrasileira
Nessa obra de arte intitulada "Tarsila Retirante Moderna", o público recebe uma leitura que transcende o espaço e o tempo, unindo suas pinceladas vibrantes com o bordado delicado sobreposto.Atelaeotecidoentrelaçam-se,revelandoacomplexidadedaexperiênciahumana.
A pintura em tela retrata a figura de Tarsila, uma mulher destemida, atravessando terras áridas e caminhos incertos. Seus traços fortes e expressivos são preenchidos por cores vivas, como se a própria esperança transbordasse de sua essência. Os contrastes marcantes ressaltam a dualidade entreadurezadavidaeabuscapelaliberdade.
Sobreposta à tela, encontra-se o tecido bordado, um testemunho de sua história Os fios entrelaçados representam a teia intricada das memórias e dos desafios enfrentados por Tarsila. Os pontosdelicados,meticulosamentebordados,revelamasutilezacomqueelateceusuajornada. Essa obra é uma ode à resiliência e à coragem dos retirantes, aqueles que deixaram tudo para trás em busca de uma vida melhor Tarsila, em sua genialidade, personifica essa experiência e revisita a alma do povo brasileiro. Sua Identidade Brasileira é expressa via símbolos e formas que remetem à nossaculturaeànossaterra.
Em cada pincelada e ponto bordado, a obra retrata um misto de luta, a paixão e a esperança que moldam a nossa história Ela nos convida a refletir sobre nossas raízes e a valorizar nossa diversidade. Um convite para abraçarmos nossa identidade e nos lançarmos no sonho de construir umfuturomelhor.
"Tarsila Retirante Moderna" é um testemunho vivo da força transformadora da expressão artística. Ela nos lembra que, mesmo diante das adversidades, podemos encontrar beleza e significado Que possamos celebrar Tarsila e Portinari, esses mestres da Arte Brasileira, que nos inspiram a sermos inesquecíveisnostemposdehojeedoamanhã.
Adriana Scartaris
ANDRE BRINGUENTI
Anos 30, um convite ao som do piano para desfrutar da noite e suas tentações. A noite retratada com tonsfortes,tãocaracterísticosdenossabrasilidade
«UmPiano,UmaNoite»:AEfervescênciaBoêmiaBrasileiraemCoresSólidas
A obra intitulada "Um Piano, Uma Noite" nos transporta de volta aos vibrantes anos 1930, em uma reuniãoquetranscendeasbarreirasdotempo.Comcoressólidasemarcantes,somosconvidadosa testemunhar uma cena onde pessoas dançam, se divertem, transgridem e se libertam, embaladas pelo som envolvente do piano. É uma celebração da noite e suas tentações, um convite para mergulharemumestilodevidaboêmiogenuinamentebrasileiro
As cores intensas utilizadas na obra são um reflexo da característica solar do povo brasileiro, carregando consigo a energia contagiante É como se a própria tela se iluminasse, revelando a atmosfera efervescente daquela época. Os tons trazem uma sensação de solidez e permanência, capturandoaessênciadaquelesmomentosvividoscomintensidade Nessa reunião boêmia, as pessoas se entregam ao ritmo sedutor do piano, permitindo-se desfrutar danoiteetodasassuaspossibilidades.Éumretratodeliberdade,ondeasconvençõessãodeixadas de lado, e os indivíduos se permitem transgredir as normas estabelecidas. Através da dança e da diversão, eles encontram uma forma de escapar das amarras da sociedade e se entregam à plenitude do momento."Um Piano, Uma Noite" nos convida a vivenciar esse estilo de vida boêmio, a nosenvolvernaatmosferapulsantedaquelesanosdourados.Éumconviteparanosdeixarmoslevar pela música, pela dança, pelo encanto da noite e pelas tentações que ela traz consigo É uma celebraçãodaliberdadeindividual,dabuscapelaalegriaedoprazerdeviverintensamente.
Somos transportados para uma época em que a boemia era um modo de vida, onde as noites eram preenchidas com momentos efêmeros, mas eternos em sua essência. Um convite a mergulhar nesse universo boêmio brasileiro, despertando em nós a nostalgia por uma época em que a vida era vividacompaixão,irreverênciaeumatotalentregaaoprazerdeestarvivo.
ANGELA CANABRAVA B e JU CANABRAVA
Esta imagem apresenta as metamorfoses de uma vida. Ao centro, a personagem surge como uma menina aos 16 anos, cheia de sonhos, delicada e frágil, protegida pelos pais e pelo colégio interno. À sua direita, o espelho mostra a jovem pronta para ser esposa e mãe Com coragem, enfrenta a sua jornada. Suas companheiras são a arte em cerâmica e a disposição de se doar por inteira. A imagemnoespelho,seuconstantecompanheiroe confidente, traz as marcas do tempo, impossíveis de evitar À esquerda, na maturidade, vê-se nela a fragilidade em que não se reconhece. Literalmente, perde a conexão com a realidade queacerca
O esquecimento das dores talvez a proteja das marcas do passado A composição do quadro remete assim aos fragmentos de um espelho quebrado, constituindo uma imagem que evoca o mosaico vivencial da existência Perante a inevitávelpassagemdotempo,astransformações físicas e psicológicas são inevitáveis. O conjunto evoca os versos “Em que espelho ficou perdida a minha face?”, de Cecília Meireles, que a mulher aqui simbolicamente retratada declamava sempre
AngelaCanabravaB
«O
Espelho»:UmRetratodaEfemeridadeeTransformação
A obra de arte intitulada "O Espelho" mergulha nas profundezas da efemeridade e das transformações que permeiam a existência humana. Mediante uma composição visual intrigante, somos convidados a contemplar a jornada de uma vida, capturando momentos marcantes e reflexivos.
No centro da obra, deparamo-nos com uma jovem aos 16 anos, radiante de sonhos e delicadeza. Ao seu lado, o espelho reflete a imagem dessa mesma jovem, porém pronta para enfrentar as responsabilidades da vida adulta, embarcando na jornada matrimonial e materna. É um retrato de coragemedeterminação,ondeapersonagemsepreparaparadesbravarnovoshorizontes.
Contudo,aoexaminarmosa composição,somosconfrontadoscomafiguradeumamulhermadura, que não se reconhece mais na vulnerabilidade que a envolve Ela parece desconectar-se da realidade ao seu redor, esquecendo as dores que a acompanharam ao longo da sua trajetória. A imagem evoca a fragilidade da memória e a inevitabilidade das transformações físicas e psicológicasqueotempoimpõe
A composição do quadroremete à fragmentação de um espelho, formando uma imagem que reflete omosaicovivencialdaexistência.Éumaobraquenosinstigaarefletirsobreafugacidadedavida,os estágios transitórios pelos quais passamos e as mudanças que moldam nossa identidade ao longo do tempo As artistas capturam a complexidade humana, convidando-nos a questionar a nossa própriajornadaeaconfrontarasdiferentesfacetasquenoscompõem.
Adriana Scartaris
ANTONIO CAVALCANTE
Aobraremeteaomeuúltimociclodeexperimentaçãocomelementosfuturistasnofigurativo,paraum efeito de mosaico e abstração de movimentos. Dentro do eixo temático da exposição, a obra integra uma série sobre a Guerra de Canudos, compondo uma visão e perspectiva sobre o ambiente do Sertão de forma mais simbólica. Essa primeira obra de abertura tem o elemento central das torres de igreja que norteiam o espaçamento das pequenas cidades, e no caso de Canudos, foi um último bastião da resistência às ondas de ataque. Há um entremeio de cercas de gado e pastagens nas laterais bem como uma alusão à busca e figura humana na silhueta da mão A obra almeja uma reflexão no limiar do figurativo.
«FaroldoSertão»:UmaOdePoéticaàResistênciaSertaneja
Nessa composição, somos transportados para um mundo onde elementos futuristas e figurativos se entrelaçam em um mosaico abstrato de movimentos, desafiando nossas percepções e nos conduzindoaumaexperiênciavisual.
Inserida em um contexto temático que abraça a Guerra de Canudos, a obra apresenta uma visão simbólicadoambientesertanejo Oelementocentral,astorresdasigrejas,emergecomofaróisque iluminam o espaçamento entre as pequenas cidades. Em Canudos, essas torres representaram o último bastião de resistência, uma fortaleza diante das incessantes ondas de ataques. O olhar atento revela um entrelaçamento de cercas de gado e pastagens, enquanto a silhueta da mão sugereumabuscaconstanteeapresençahumananessecontextohostil.
"Farol do Sertão" transcende os limites do figurativo, adentrando uma dimensão de abstração que convida o espectador a desvendar os mistérios e significados por trás dessa composição Mediante umintricadomosaicodecoreseformas,oartistanoslevaaumaviagempoéticaesubjetiva,ondeas fronteirasentreorealeoimagináriosedissolvem
Ao contemplar essa obra, somos conduzidos a refletir sobre a riqueza cultural e histórica do Sertão. O diálogo entre o passado e o presente, entre tradição e vanguarda, se desenrola diante de nossos olhos, convidando-nos a explorar camadas profundas de simbolismo e expressão. É uma ode à resistência sertaneja, uma celebração da coragem e da esperança que permeiam essa região marcadaporlutasedesafios.
É uma obraque nos convida a apreciara beleza e a complexidade do mundo sertanejo, a reconhecer a resiliência e a força que se escondem nas paisagens áridas e nas histórias que ecoam pelos séculos.
Adriana Scartaris
ANTONIO DE ALMEIDA BITTENCOURT
"Um Collage de Transformação" é uma obra de arte digital que nos convida a explorar a cor, algo que caracteriza a identidade brasileira. Este collage é composto por fotogramas de elementos naturais da Europa, como folhas, flores, animais e paisagens O objetivo é destacar a beleza e singularidade da fusão entre o antigo e o novo, assim como transmitir a experiência migratória em busca de conhecimento e exploração do mundo, abordando inclusive os processos de descolonização (promovendo a diversidade e a i n c l u s ã o n o m u n d o c o n t e m p o r â n e o ) No entanto, "Um Collage de Transformação"
também busca resgatar memórias ancestrais através do contato com a natureza e do processo criativo do artista, que tem como ponto de partida a caminhada. Conforme nos aprofundamos neste collage, mergulhamos em um mundo de cores intensas e sombras que revelam a complexidade, serenidade e força inerentes das paisagens. Além disso, formas abstratas são geradas, adicionando uma dimensão artística única à obra. A essência da natureza brasileira é expressa pela diversidade de cores e sobreposições das imagens presentes nos fragmentos deste collage, o que abre espaço paraaimaginação.
«UmCollagedeTransformação»:ODiálogoentreNaturezaeMemóriaAncestral
"Um Collage de Transformação" é uma obra de arte digital que nos convida a explorar a essência da cor, uma característica intrínseca à identidade brasileira. Nesse collage, somos imersos em um mundo de fotogramas que retratam elementos naturais da Europa, como folhas, flores, animais e paisagens. No entanto, o propósito vai além de simplesmente destacar a beleza e singularidade dessafusãoentreoantigoeonovo.
O objetivo do artista é transmitir a experiência migratória em busca de conhecimento e exploração do mundo, abordando até mesmo os processos de descolonização. Nesse sentido, "Um Collage de Transformação" promove a diversidade e a inclusão em um mundo contemporâneo em constante evolução. É um convite para refletir sobre as conexões entre diferentes culturas e o impacto das jornadaspessoaisnaformaçãodeidentidadesmultifacetadas.
Ao adentrar esse collage, somos envolvidos por cores intensas e sombras que revelam a complexidade, serenidade e força inerentes às paisagens retratadas A fusão entre formas abstratas e elementos naturais adiciona uma dimensão artística única à obra, despertando nossa imaginaçãoeconvidando-nosacriarnossasprópriasnarrativas.
A natureza brasileira, com sua diversidade de cores e sobreposições de imagens presentes nos fragmentos desse collage, é expressa em toda a sua exuberância. É um convite para conectar-se com as raízes e memórias ancestrais, estabelecendo um diálogo entre o ser humano e o ambiente natural. É uma busca por resgatar a conexão com a terra, encontrando inspiração no processo criativo do artista, que encontra no ato de caminhar um ponto de partida para sua expressão artística
Adriana Scartaris
UM COLLAGE DE TRANSFORMAÇÃO | Mista (colagem com impressão solar manual, digitalizada e manipulada digitalmente | impressão em Fine Art 60 x 60cm | 2023
CHRIS ACYOLI
Nesta obra, faço uma reflexão sobre a minha ancestralidade preta e o lugar de fala desta raça na representatividade das religiões dominantes no meu país natal na contemporaneidade Montando um verdadeiro mosaico com peças partidas, faço uma leitura do dia a dia da "carne mais barata do mercado" que ficaexpostaparasangrar,sonhandocomasalvaçãoquealibertaçãodocativeironãoconseguiutrazer.OCristo é negro em referência ao povo preto crucificado nos ônibus, nas comunidades, nos baixos salários, e a cruz, onde está pregado, é uma tábua de carne, que remete ao dia a dia das populações pretas que ainda tem que ouvirpolíticosoferecerem"picanha"emtrocadevotos."
«Mosaico: Pedaços de Sonhos, Raças e Religiões»: Um tecido de Reflexões e Provocação
Na confluência das memórias, onde os rios da história encontramo oceano da contemporaneidade, ergue-seaobra"Mosaico:PedaçosdeSonhos,RaçaseReligiões".
Sobamãohábilesensíveldoartista,arealidadefragmentadadaancestralidadepretasetransforma emumintrincadotecidodereflexõeseprovocação
Este mosaico é um altar silencioso, erguido para celebrar a complexidade das vozes ancestrais que clamam por representação nas religiões que permeiam os alicerces da pátria. O artista, como um alquimista de sentimentos, reúne os fragmentos desgastados do passado e os transforma em lúcidas epifanias do presente. Cada peça é um verso, uma nota musical de uma melodia inacabada quereverberaatravésdosséculos.
Nas peças partidas, vemos reflexos das vivências cotidianas que muitas vezes são esquecidas ou negligenciadas. A "carne mais barata do mercado", como um espelho triste da exploração contínua, permanece exposta para sangrar, enquanto os sonhos dela fluem como um rio profundo, ansiando pelasalvaçãoquealiberdadenãopôdetrazerporcompleto Éumadançadesombraseesperanças, umclamorporjustiçaqueecoaalémdoslimitesdaobra.
OCristonegro,erguidonocentrodessemosaico,éumíconequetranscendeareligiãoesetornaum símbolo de resistência. As feridas do povo preto, crucificado nas agruras dos ônibus superlotados, nas comunidades negligenciadas, nas angústias dos baixos salários, são representadas com uma poesia dolorosa e profunda. A cruz, que serve como elo entre o divino e o humano, é aqui uma tábua de carne, uma metáfora da vida diária das populações pretas, usadas como massa de manobra do poder.
Cada pedaço desse mosaico é uma lente através da qual somos convidados a observar a realidade multifacetada que nos cerca. É um convite para mergulhar nas narrativas ocultas, para reconhecer os contornos das cicatrizes deixadas pelo tempo e pelas injustiças. O artista é um narrador silencioso, mas suas peças falam com eloquência dos desafios enfrentados, das batalhas travadas edasaspiraçõesquetranscendemassombras.
Adriana Scartaris
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CRIS MARCOS
Esta escultura traz múltiplas percepções da arara sobre a sua própria realidade. O olhar desenhado indicia uma atitude desconfiada e questionadora de quem vivencia cotidianamente a captura para tráficoeadegradaçãodoseuhabitat.
«ARara»:UmChamadoparaaPreservaçãoeReflexão
"A Rara" é uma escultura em cerâmica que nos apresenta uma representação vibrante e expressiva da ave brasileira, a arara. Por meio das cores exuberantes e vivas, somos imersos na atmosfera tropicaleexóticaqueessaespécietãosingularnosproporciona.
A escultura convida-nos a contemplar as múltiplas percepções da arara em relação à sua própria realidade. O olhar desenhado nos transmite uma atitude desconfiada e questionadora, como se a ave carregasse consigo a consciência das ameaças que enfrenta cotidianamente. A captura para o tráficoeadegradaçãodeseuhabitatsãoquestõesurgentesqueecoamatravésdessaobradearte
Diante dessa representação escultórica, somos convidados a refletir sobre a importância da preservação das espécies e dos ecossistemas. A arara, tão emblemática da fauna brasileira, serve como um símbolo poderoso de todo o nosso patrimônio natural que precisa ser protegido. Através das cores vibrantes e da expressividade presente na escultura, temos a possibilidade de lembrar de quesomosresponsáveisporgarantirasobrevivênciaeaprosperidadedessasbelascriaturas. Através do olhar desconfiado da arara, somos instigados a repensar nossas práticas e buscar soluções sustentáveis para garantir a sobrevivência não apenas dessa espécie, mas de todas as formas de vida que compartilham nosso planeta É um lembrete visual da importância da biodiversidadeedanecessidadedeprotegermososhabitatsnaturais."ARara"éumchamadoparaa conscientizaçãoeparaabuscadeumacoexistênciaharmoniosaentreohomemeanatureza.
Ao admirar essa obra de arte, somos convidados a contemplar não apenas a beleza da arara, mas tambémafragilidadedeseuecossistema.
Adriana Scartaris
em 1220º - cone 6 | 13 x 23 x 34cm de altura | 2022
DILSON CAVALCANTI
CarolinaMaria de Jesus, integra este projeto não somente pela sua trajetória de vida, como referência em ser a virtuosa escritora negra E que mesmo com pouco estudo escreveu com leveza o cotidiano apara amenizar a vida dura Talentosa foi compositora e também cantora nos deixando um legado imensodecríticassociaisemuitasreflexõessobreasdesigualdadessociais.
«CarolinaMariadeJesus»:UmRetratoPoderosoeReflexivodaEmblemáticaEscritoraNegra
A obra "Carolina Maria de Jesus", da série Monalisas Brasileiras, é uma expressão artística que nos envolve em uma poderosa narrativa visual, revisitando a figura marcante e inspiradora de uma das mais conhecidas escritoras negras do Brasil. Carolina Maria de Jesus, através de sua trajetória de vida e de sua obra literária, se tornou um símbolo de resistência, dando representatividade às vozes marginalizadas.
Nessa composição, somos confrontados com a presença imponente de Carolina Maria de Jesus, uma mulher talentosa que, apesar de suas limitações educacionais, escreveu com leveza sobre o cotidiano,buscandoamenizaradurezadavida.Suaescritaerarepletadecríticassociaisereflexões profundassobreasdesigualdadesquepermeiamnossasociedade
Através da pintura, o artista nos proporciona a reflexão sobre a importância de valorizar e reconhecer o legado imenso deixado por Carolina Maria de Jesus. Ao vê-la eternizada como Monalisaecomsorrisolargo,somosconvidadosareverenciarsuatrajetóriacomoobra-prima.
A obra nos leva a mergulhar nas camadas profundas da experiência negra no Brasil, nos convidando arefletirsobreasquestõessociaiseraciaisqueaindaenfrentamos.
Essa representação artística da escritora é um lembrete do poder da arte e da escrita como formas de resistência e transformação social. Sua história nos encoraja a romper barreiras, a dar voz às nossasvivênciasealutarporumasociedademaisjustaeigualitária.
"Carolina Maria de Jesus" é um retrato poderoso e reflexivo que nos convida a honrar e celebrar as vozesnegrasquemoldaramecontinuammoldandonossacultura.Éumlembretedequeaartepode romper fronteiras e abrir espaços para a expressão e a emancipação É uma obra que nos instiga a refletir,aagireavalorizaradiversidadequepermeiaahistóriaeaidentidadedopovobrasileiro
Adriana Scartaris
EVELYN GONORETZKY
Obra inspirada no cenário: O Menino e o carneiro, de Cândido Portinari Trago uma reflexão sobre as queimadas na Floresta Amazônica. Da base ao meio da obra simula o fogo das queimadas, nas matas. Um apelo em forma de arte, onde o cenário foi inspirado na Obra: O Menino e o Carneiro, de CândidoPortinari. Nessaobraomenino,ocarneiroeocavalobranco,se foram Seráofimdavidana Terra? Qual será o caminho para pararmos de destruir a Natureza? Até quando iremos desrespeitála?Atéquando?Silencie Escuteavozdosilêncio
«QueimadasnaFlorestaAmazônica»:UmGritoArtísticodeAlertaeReflexão
A obra "Queimadas na Floresta Amazônica" emerge como um grito artístico de alerta diante da destruiçãoqueassolaumdostesourosmaispreciososdonossoplaneta.Pormeiodesuaexpressão visual, somos confrontados com a gravidade das queimadas que devastam a Floresta Amazônica, umecossistemafundamentalparaavidanaTerra.
A composição dessa obra, com sua base e meio que simulam o fogo ardente das queimadas, é um chamado urgente à reflexão A inspiração visual parte da obra "O Menino e o Carneiro", de Cândido Portinari, para construir um cenário que evoca a perda irreparável que essas queimadas acarretam. É um questionamento contundente sobre o futuro da vida na Terra, sobre o rumo que estamos tomandocomohumanidade
Diante dessa obra, somos convidados a confrontar as consequências de nossas ações e a buscar respostas para as perguntas cruciais que ela levanta. Até quando continuaremos a desrespeitar a natureza?Atéquandopermitiremosqueaganânciaeaindiferençaprevaleçamsobreapreservação e a sustentabilidade ambiental? A voz do silêncio nos convida a escutar e a refletir profundamente sobreaurgênciademudarmosnossoscomportamentos.
Éatravésdaarte,dessegritovisceraldecoreseformas,quesomosconfrontadoscomaurgênciade protegermos e valorizarmos a Floresta Amazônica, um tesouro que abriga uma riqueza incalculável de biodiversidade e saberes ancestrais É um chamado para ações concretas, para a conscientização de que somente por meio do respeito e da preservação poderemos garantir um futurosustentávelparaasgeraçõesvindouras.
"Queimadas na Floresta Amazônica" é uma obra que nos convoca a olhar para além do incêndio, para além da destruição É um chamado para nutrir a chama da esperança e da mudança, para nos tornarmos agentes de transformação em prol da preservação de nossa natureza, de nossa casa comum
Adriana Scartaris
GÊIZA BARRETO
"Brincar de Viver" é uma livre expressão das minhas memórias afetivas e das minhas raízes. Nela, busquei dar vida às cores e formas; enquanto criava, via as cores dançarem e se entrelaçarem para contar histórias reais e imaginárias. Essa obra é uma verdadeira h o m e n a g e m à i d e n t i d a d e b r a s i l e i r a , comcoresvibrantesquerefletemoespírito alegre e criativo do nosso povo Esse trabalho incorpora pesquisas que venho fazendo sobre artistas brasileiros que têm influenciado o meu processo criativo com suas técnicas e paletas de cores, como a carioca Beatriz Milhazes, o baiano Bel Borba e o paulista Roberto Burle M a r x N e l a e x p l o r o a t é c n i c a m i s t a ,
por meio de experimentações de colagens com camadas sobrepostas de padrões e traços, pinturas e veladuras. Essa expressão livre remete ao improviso criativo da infância do povo brasileiro."Brincar de Viver" é um convite aberto à interpretação Cada recorte, cada imagem, possui significados diferentes para cada pessoa. Desejo que cada espectador se sinta à vontade para explorar os possíveis cenários e encontrar suas próprias conexões pessoais com a obra Uma das minhas maiores alegrias como artista é ver as pessoasseenvolverememumdiálogoimaginativo com as cores e formas que criei. Minha obra é, portanto, um convite para o espectador brincar, sonhareviveratravésdaarte
«BrincardeViver»:UmaCelebraçãodaIdentidadeBrasileiraemBrincadeirasVisuais
A obra "Brincar de Viver" nos transporta para um universo onde as cores dançam e as fábulas se desenrolam, convidando-nos a desvendar uma história ainda não contada. A artista, em sua criação, presta uma homenagem à identidade brasileira, utilizando pinceladas vibrantes que reverberam uma cena animada, ondebrilhaoespíritoousadoeserenodoBrasil.
O políptico "Brincar de Viver" é um mergulho nas riquezas culturais e patrimoniais do Brasil, capturando a essência de suas diversas tradições, belezas naturais e o espírito alegre de seu povo Em cada camada da obra,ecoaoritmocontagiantedosamba,comoseasprópriastelasdançassemaosompulsantedopaís.
Em seu laboratório de pesquisa artística, a artista incorporou influências importantes em seu processo criativo O resultado é um políptico experimental que une colagens, desenhos de linhas, padrões e traços, pinturas e veladuras. Essa técnica mista traz à tona o improviso criativo que permeia a infância do povo brasileiro,refletindoaespontaneidadeeainventividadetãocaracterísticasdenossacultura.
"Brincar de Viver" é uma obra aberta à interpretação, convidando cada espectador a explorar os possíveis cenários e significados de cada recorte presente na composição. É uma experiência que resgata a liberdade do imaginário pessoal, permitindo que cada um crie sua própria narrativa diante dessas telas repletas de energiaevitalidade
Nessa celebração da identidade brasileira, a obra nos envolve em um espetáculo visual que transborda vida, cor e alegria. É uma manifestação artística que nos lembra da importância de valorizarmos e preservarmos nossas tradições, nossa diversidade cultural e a beleza que reside em cada recanto desse vasto país. É um convite para celebrarmos a riqueza e a magia da cultura brasileira, mantendo viva a chama da criatividade e doamorpelanossaterra.
BRINCAR DE VIVER | mista (acrílica, colagem, marcadores acrílicos, acrílica líquida, nanquim e grafite) sobre painel | políptico composto por seis painéis de 20 x 20 cm, emoldurados individualmente com moldura canaleta de madeira preta com 1,5 cm de espessura | 2022
LICIA VALLIM
Desde a pré-história, o cavalo foi o animal mais representado no meio artístico Essa representação, tanto como figura poética, quanto romântica, mostra que ele sempre esteve presente nos acontecimentos da sociedade e em sua evolução. Já na contemporaneidade, o cavalo está ligado às obrasconceituais,jáquesuapresençanãoémaistãocomumnasquestõespolíticasesociais.Afigura do cavalo nos remete ao empoderamento, força, ação, coragem, postura, leveza, velocidade, agilidadeeliberdade,estimulandoaharmonia,amotivaçãoeaexecuçãodegrandesprojetos.
ACelebraçãodoEquinonaInspiraçãoPortinari1952
A obra "Inspiração Portinari 1952" emerge como um poderoso testemunho da presença icônica e inspiradora do cavalo no universo artístico. Desde tempos imemoriais, essa majestosa criatura tem sido retratada com fervor e reverência, transcendendo barreiras culturais e temporais. Nessa releitura contemporânea, somos convidados a mergulhar na profundidade simbólica e poética que envolveafiguradocavalo.
O cavalo, por séculos, desempenhou um papel central na sociedade, sendo testemunha e protagonista de momentos históricos. Sua representação artística transcende o mero registro visual, adquirindo um caráter poético e romântico que ressalta sua presença constante no tecido social brasileiro e em sua evolução. Nessa obra, a figura equina resplandece como um símbolo de empoderamento, força, ação e coragem, transmitindo uma aura de postura imponente e elegância imparável.
A imagem evoca uma série de atributos marcantes, como a leveza, a velocidade, a agilidade e a liberdade É um lembrete de que, assim como o cavalo galopa com determinação e graça, nós tambémpodemosnoslançaremdireçãoaosnossossonhoscomousadiaeconfiança.
Na “Inspiração Portinari 1952”, somos envolvidos por uma atmosfera que exala vitalidade e energia, permitindo-nos vislumbrar a essência etérea e indomável do animal. Por meio de pinceladas vibrantes e uma composição dinâmica, a obra nos conduz a um diálogo íntimo com o poderoso espíritoequino.
A “Inspiração Portinari 1952” é uma celebração do equino como um símbolo de resistência, elegância, liberdade e construção de um país. Ela nos convida a mergulhar na exuberância de seu ser, em uma jornada de introspecção e apreciação da magnificência da natureza. É uma obra que também propõe nos fazer refletir sobre nossa própria jornada, estimulando-nos a galopar com ousadiaegraciosidaderumoàspossibilidadesinfinitasqueseabremdiantedenós.
Adriana Scartaris
LÚCIA CAMARGO
Dentro da proposta de meu trabalho que é um resgate de madeira morta descartada pela natureza ou pela ação do homem, depois da lapidação finalizada busco revelar a arte que já estava impressa em cada fragmento encontrado. Nesta obra foi assim inserindo flores de madeira no aro ovalado surgiuoArabescodandoumasutilideiadopróprionome
«Arabesco»: A
Beleza Eterna da Madeira
"Arabesco" é uma obra que emerge como um testemunho vivo da sensibilidade da artista na arte do resgate. Por meio de sua proposta de trabalho, que envolve a busca por madeira morta descartada pela natureza ou pela ação humana, a artista revela a essência artística, que estava impressa em cadafragmentoencontrado
Nesta composição, somos convidados a contemplar a harmonia entre a madeira e as formas delicadas de flores esculpidas. O aro ovalado, habilmente adornado com esses elementos, nos remete à sutileza e elegância do próprio nome, "Arabesco". É uma alusão visual que nos transporta paraasofisticaçãodospadrõesornamentaisencontradosnaarteárabe
O artista, por meio de seu trabalho de lapidação, revela a beleza intrínseca da madeira, destacando suastexturas,veiosetonalidadesúnicas.Cadafragmentoéresgatadoetransformadoemumapeça de arte que transcende sua condição original, tornando-se um testemunho da capacidade humana deenxergaropotencialartísticoemtodasasformasemateriais.
"Arabesco" nos convida a uma apreciação estética e tátil. Ao observar cada detalhe esculpido nas flores, somos convidados a imergir em uma experiência sensorial, a explorar a textura suave e as curvas delicadas que compõem essa obra. É um convite para apreciar a singularidade da madeira e suacapacidadedenossurpreendercomsuabelezanatural.
Essa obra nos recorda a importância de valorizarmos a natureza e de buscarmos formas sustentáveis de aproveitamento dos recursos.O resgate da madeira morta e sua transformação em arte nos leva a refletir sobre a relação entre o homem e o meio ambiente, sobre a necessidade de preservaçãoeconscientizaçãoambiental.
"Arabesco" é um convite para apreciar a arte que surge da natureza e do talento humano. É uma celebração da beleza que reside nas formas orgânicas e na capacidade de transformação do material. É um testemunho da habilidade do artista em dar vida a fragmentos esquecidos, resgatando sua essência artística e conferindo-lhes um novo significado a partir do resgate e da valorização dos materiais, bem como a refletir sobrenosso papel como agentes de transformação e preservação.
Adriana Scartaris
MARLENE TROUVA
Na tela, a poesia se revela,
A identidade brasileira se desvela Inspiro-me nas formas geométricas, De Cândido Portinari, mestre das telas ricas.
Retrato a Índia nativa brasileira, Que traz consigo a verdadeira Essência de nossa identidade, Marcada pela diversidade
A Índia nativa, símbolo de resistência, Nos lembra da nossa essência, Da força que vem de nossas raízes,
E nos guia em todas as diretrizes.
Nas formas geométricas, a poesia se faz, Somos um povo miscigenado e diverso
E a identidade brasileira se refaz.
«Essência
de Identidade»: Uma Celebração da Diversidade Cultural através da Arte
A poética manifesta-se na obra intitulada 'Essência de Identidade', como uma composição vívida e impactante criada pela artista. Neste passeio visual, somos transportados para um universo onde a delicadeza da técnica de encáustica fria se une à expressividade de uma menina indígena, que emerge poderosaedelicadasobreumfundoabstratomergulhadonostonsexuberantesdafloresta.
A escolha da encáustica fria como meio de expressão confere uma textura singular à obra, evocando a sensação de camadas sutis e translúcidas que compõem a identidade da jovem protagonista. A artista conseguiu harmonizar a solidez e a fluidez na representação da figura humana, resultando em uma presençapalpáveleimponentequenosenvolvedeimediato
Ao contemplarmos essa obra, mergulhamos em uma atmosfera onírica, onde as formas abstratas do fundoassumemumpapelprimordial.AinfluênciadomestrePortinariéevidente,poisaartistaincorpora elementosdoestilodorenomadopintorbrasileiroaocriaressecenárioquedialogacomafiguracentral. O fundo, com sua paleta de cores vibrantes e gestos enérgicos, evoca a exuberância da natureza, transmitindoumasensaçãodevitalidadeeconexãointrínsecacomaterra. No entanto, é na representação da jovem indígena que encontramos o ponto focal desta composição pictórica. A escolha da fotografia, de autoria da artista há 20 anos, como referência, confere à personagem uma autenticidade palpável, quase como se pudéssemos vislumbrar sua história, suas vivências e a força de sua ancestralidade. A artista transmite a essência da identidade indígena, capturando a dignidade e a resiliência dessa cultura milenar O olhar profundo da menina, repleto de mistério e sabedoria, envolve o espectador, instigando-o a mergulhar em reflexões sobre nossa própria identidadeenossaconexãocomomundoquenoscerca.
Adriana Scartaris
ESSÊNCIA DE IDENTIDADE | encáustica fria pigmentada com tinta a óleo sobre tela | 90 x 70cm | 2023
NORMA VILAR
A arte nasce da alma, do ser que transmite suas emoções e anseios através de cores vibrantes, multifacetadas com formas audaciosas e narrativas poderosas. A arte brasileira é um grito veemente que ecoa pelo mundo, desde os murmúrios das florestas tropicais até as vozes dos que resistem e reivindicamseusdireitos,despertandoconsciênciasparaacomplexidadedonossopaís.Aidentidade brasileira é potente e se espalha por todo o planeta em forma de cultura, arte e alegria e está em constantetransformaçãoerenovação
«Veemente»:AIntensidadeExpressacomSuavidade
Na obra "Veemente", somos envoltos por uma mistura de intensidade e expressividade, manifestadas por meio de cores e formas suaves. A artista propõe que a obra nos leve a adentrar no mundo da alma, onde emoções e anseios encontram sua voz e se materializam em uma narrativa visual.
Dos murmúrios das florestas tropicais à voz dos que resistem e reivindicam seus direitos, a artista buscadespertarconsciênciasenosconvidaamergulharnacomplexidadedenossanação.
Ao contemplar "Veemente", somos imersos na provocação proposta pela artista com intenção de desvendar camadas de significados, revelando as suas verdades e inquietações sobre as múltiplas facetas da Identidade Brasileira, mas que também nos permite explorar as suas nuances mais profundasesuaves.
RAFA GIOVANNETTI
À beira da praia, no gotejar dos mares e das marés, vive e sobrevive o povo brasileiro que se formou nas encostas, no ir e vir das ondas, no encontro das culturas, nas diferenças, houve o encontro de mundos adversos. A vastidão do oceano goteja mares sem fim, um cansaço que fundealutapormelhoresdias.
«GotejardosMares»:APoesiadosmovimentosdoPovoBrasileiro
Na obra "Gotejar dos Mares", somos levados a uma jornada à beira da praia, onde os encontros das marés e a vastidão dos mares tecem a história do povo brasileiro. É nesse cenário de ir e vir das ondas,deencontrodeculturasediferenças,queseformouaessênciadessepovoresiliente
As gotas que brotam dos mares, como um murmúrio sutil, simbolizam os desafios e as lutas enfrentadas pelo povo brasileiro em sua jornada. É um cansaço que se mescla à esperança, um cansaçoquefundeabuscaincessantepordiasmelhoreseavontadedesuperarobstáculos. Através dessa obra, somos convidados a refletir sobre a riqueza e a complexidade da história e da identidade do Brasil. É uma poesia visual que abraça a diversidade cultural, que mergulha nas adversidadesecelebraaresiliênciadopovo
O artista retrata de forma poética e simbólica a essência desse povo que se formou nas encostas do oceano Mediante uma técnica sutil, ele nos transporta para um universo de emoções e reflexões, onde o encontro de mundos adversos se converte em uma força que impulsiona a busca por um futuromaispromissor.
"Gotejar dos Mares" é um convite para nos conectarmos com as raízes e os desafios que permeiam a história do Brasil. É uma obra que nos incita a refletir sobre o impacto das marés da vida em nosso caminhar, sobre a capacidade de transformação que reside no encontro de diferentes culturas e perspectivas.
Ao contemplar essa obra, somos convidados a refletir sobre a força e a resistência do povo brasileiro, sobre a importância de valorizarmos nossa diversidade e de reconhecermos o poder que emanadaságuasquebanhamnossaspraias.
É uma ode à poesia que permeia o povo brasileiro, à sua capacidade de se reinventar e encontrar beleza mesmo nas adversidades. É uma obra que nos convida a mergulhar na vastidão dos mares e nas histórias que brotam de suas profundezas, inspirando-nos a seguir em frente com esperança e determinação
Nessa composição, a arte se torna um instrumento de conexão, de reflexão e de celebração do espírito brasileiro É um convite para abraçarmos as "gotejas" dos mares e transformá-las em gotas deesperançaetransformaçãoemnossasvidas.
Adriana Scartaris
REGIANE SPOLON
Nestaobradearte,mergulhonasprofundezas das nossas raízes, explorando a complexa teia que compõe a herança afro europeia da população brasileira "Pele de Raízes" é uma ode às histórias entrelaçadas, aos encontros e às fusões culturais que moldaram nossa identidadecoletiva.
Esta obra é uma celebração das trajetórias ancestrais que se entrelaçaram no solo fértil da diversidade brasileira. Aqui, a pele se torna uma metáfora para a nossa conexão visceral com as origens africanas e europeias que nos constituem. Como a tela, a pele guarda as marcas de uma história compartilhada, narrando a jornada dos nossos antepassados eariquezadesuascontribuições. Em "Pele de Raízes", as pinceladas coloridas revelamamiscigenação,ostraços,osmatizes e as texturas que compõem a nossa identidade. Cada traço é uma afirmação poderosa da diversidade, uma afirmação da nossa existência híbrida e única. Cada palavra vem da minha própria identidade de fé, transcendendo fronteiras e nos unindo como seres humanos, independentes de nossas origensoucrenças.
Através da síntese entre visualidade e da profundidade das palavras de São Francisco, esse trabalho nos convida a contemplar não apenas nossa herança, mas também os valoresuniversaisquenosconectam. Nos convida a refletir sobre as raízes p r o f u n d a s q u e s u s t e n t a m n o s s a existência, reconhecendo a importância de honrar e preservar essa herança Ao explorar nossa “Pele de Raízes”, somos convidados a abraçar nossa identidade com orgulho e compreender a força e resiliência de nossos antepassados.
Que "Pele de Raízes" seja um símbolo de união e empatia, um chamado para a valorização da diversidade e para a construção de um futuro em que todas as culturas sejam respeitadas e celebradas. Um lembrete perene de que somos uma nação de cores, sons e movimentos variados, uma nação que encontra beleza na diversidade e força na união. Através de "Pele de Raízes", celebro a fusão de culturas, a magia da miscigenação eariquezadanossaidentidade
RaízesVivas:UmaCelebraçãodaDiversidadena Pele
"Pele de Raízes" é uma obra que nos leva a mergulhar nas profundezas das nossas raízes, celebrando a diversidade e a fusão cultural que compõem a identidade brasileira. Através de pinceladas coloridas, a obra revela a conexão visceral entre a pele e a herança afro-europeia, narrando as histórias entrelaçadas dos nossos antepassados. É um convite para honrar e preservar essa herança,valorizandoadiversidadeeconstruindoumfuturodeuniãoeempatia.
Adriana Scartaris
REGINA MARDER
OSagradotemolharameno Érico,brilhante,cativaeatrai.Surgedoouro,portapreciosasjoias,exala podereforçacomsuavidade.ÉaMãe,abençoadapeloEspíritoSanto,quetudovêeescutaemtodosos lugares. É o sonho da descoberta do ouro por entremeios negros e escondidos, a eterna busca da riquezadaalma
«OSagradoRevelado»:UmaJornadadeEncantamentoeReflexão
Na obra intitulada "O Sagrado", somos conduzidos por um universo de mistério e transcendência. A artista nos transporta para uma dimensão onde o divino se manifesta de forma sublime e envolvente.
O olhar ameno do Sagrado nos atrai e nos cativa, revelando sua riqueza e brilho incomparáveis. É como se emergisse do ouro, adornado por preciosas joias, emanando um poder e uma força que se manifestamcomsuavidade,emumaalusãoàsformastradicionaisdeestabelecerumaligaçãoentre osagradonomundoespiritualeovaliosonomundoterreno
Nesse retrato sagrado, a figura materna se destaca, abençoada pelo Espírito Santo, representando a sabedoria divina que tudo vê e escuta em todos os lugares. É um convite à contemplação e ao reconhecimentodapresençadosagradoemnossavidacotidiana.
Alémdisso,aobradespertaemnósareflexãosobreosonhodadescobertadoouro,queseentrelaça com a busca incessante pela riqueza da alma. É um símbolo da jornada espiritual, onde nos deparamos com caminhos ocultos e profundos, buscando a essência mais pura e valiosa do nosso ser.
"O Sagrado" é uma obra que nos envolve e nos convida a explorar os mistérios da espiritualidade, despertando em nós a consciência da presença divina que permeia nosso mundo. É um chamado para a contemplação, a introspecção e o encontro com o transcendental, convidando-nos a mergulhar nas profundezas do nosso ser em busca da conexão com o divino, que se manifesta tambémnasimplicidadedocotidiano.
Adriana Scartaris
RENATA COOK
Aescultura“Dança” foifeita dentrodo conceitodalevezaseopondoaopesorealdapeça Todaminha obra é uma dialética entre extremos. A seriedade/humor, claro /escuro, refinado/bruto, perenidade/ efemeridade,ordinário/disruptivo.
“Dança” exala um novo movimento Construída conjuntamente com outras duas peças, duas se quebraram na queima, na procura da leveza desestruturada. “ Dança”, no entanto, construída em setores, foi crescendo se unindo e formando um corpo, fluído, em movimento As Minhas obras tendem ao côncavo, abraçando seu conteúdo (potes, centro de mesas , cachepots) expressões de mim, bem estruturadas, firme, e femininas, arredondadas, massivas, centradas. Uma nova fase quebrouestaestruturaeinaugurouumaoutrafase,maisfluidaeorgânica
"Dança"éumaesculturaquetranscendeasfronteirasentreopesoealeveza,capturandoaessência do movimento fluido em sua forma. Conquistando um equilíbrio delicado entre estrutura e fluidez, a obra cresce e se une em setores, criando um corpo dinâmico que parece estar dançando. Com formas arredondadas e massivas, a escultura abraça seu próprio conteúdo, revelando solidez e feminilidade É um convite para nos entregarmos à dança da vida, deixando para trás a rigidez e celebrandoabelezaeopodertransformadordomovimentoconstante.
Adriana Scartaris
DANÇA | Cerâmica de alta temperatura com esmalte azul Grecia
Queima elétrica em cone 6 a 1280° Celsius | 35 x 19 x 37cm de altura
RODRIGO MOTTA
EstaobrafoipartedaexposiçãorealizadaepromovidapeloPlazaAvenidaShoppingdeSãoJosédoRio Preto durante a semana cultural, o Capivara Parade, onde um grupo de artistas plásticos e celebridades da cidade customizaram cada um, a sua capivara, feita de papel pela artista Flavia Mingatti. Ela representa o símbolo de cidade de São José de Rio Preto e fiz a alusão aos povos origináriosdenossopaís,transformando-aemumacapivarapataxó.
«CapiPataxó»:ACelebraçãodaIdentidadedosPovosOriginários
A obra "Capi Pataxó" é uma expressão artística que mergulha na riqueza e na diversidade da cultura indígena dos povos originários brasileiros. Por meio da transformação da capivara, símbolo de sua cidade natal, São José do Rio Preto, em uma representação da etnia pataxó, o artista nos convida a refletirsobreaimportânciadevalorizarepreservaraidentidadedospovosoriginários.
A capivara, um animal abundante nas regiões brasileiras, é adotada como um símbolo local que remete à natureza exuberante e à vida selvagem. No entanto, nessa obra, ela transcende seu significado tradicional e assume um novo papel, representando a rica herança cultural dos povos indígenas. A transformação da capivara em uma capivara pataxó é uma homenagem aos povos origináriosquehabitarameaindahabitamessasterras.
A etnia pataxó, que se estabelece principalmente na região Nordeste do Brasil, possui uma história ancestral e uma forte conexão com a terra e a natureza. Suas tradições, rituais, mitos e modos de vida são elementos essenciais para compreendermos a identidade indígena brasileira Ao representar a capivara como uma capivara pataxó, o artista nos convida a reconhecer e celebrar a diversidadeculturaldessespovos.
A obra "Capi Pataxó" nos leva a refletir sobre a importância de valorizar e preservar a memória e a cultura dos povos indígenas em nossa sociedade É um chamado para o respeito, a inclusão e a promoção de suas tradições ancestrais,os quais são um patrimônio imaterial inestimável paratoda anaçãobrasileira.
Além disso, a obra também nos convida a refletir sobre a relação harmoniosa e respeitosa que devemos ter com a natureza. Os povos indígenas possuem uma profunda conexão com o meio ambiente, enxergando-o como um ser vivo e sagrado. Ao ressignificar a capivara como uma representaçãopataxó,oartistanoslembradaimportânciadepreservarnossasraízes.
Adriana Scartaris
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ROSANA AMATO
Falamos de identidade cultural brasileira, de um povo, de uma nação, de uma tribo indígena, gente bonita, gente feia, branca, preta, outras, homem, mulher, somos todos brasileiros e nos reunimos em torno de um tema: Brasil!! Aqui as cores são reforçadas pelo sol infinito que nos abençoa, pela natureza dadivosa que nos inspira e pelos sons dos animais que nos rodeiam Tudo isso se revela neste trabalho, onde cor e sentimento explodem, reforçando a alma de um povo, e de sua própria bandeira; onde o verde se entrelaça ao azul, o amarelo cruza com o rosa e o violeta se junta ao azul, somos nós, brasileiros, esse povo formado por vários outros, e várias outras culturas, que aqui estiveram. Esse sentimento vem à mente, perpassado pelas influências européias que se entrelaçamcomaculturabrasileira....oresultadosãocoresemaiscoresexplodindo!!
«CoresdoBrasil»:UmaCelebraçãodaIdentidadeMultifacetada
A obra “Cores do Brasil” nos envolve em um verdadeiro turbilhão de cores e sentimentos que transbordam a alma brasileira. É um convite para mergulhar em nossa identidade cultural diversa, onde pessoas de diferentes origens e etnias se encontram e se entrelaçam em um rico bordado de culturas.
Nessa composição, as cores ganham vida e se intensificam, refletindo a luz radiante do sol que abençoa nossa terra e a generosidade da natureza que nos inspira. Os sons dos animais ecoam em nossaimaginação,envolvendo-nosemumambientevivoepulsante.
A variedade cromática se revela exuberantemente, onde o verde se entrelaça ao azul, o amarelo se cruza com o rosa e o violeta se une ao azul. Essas cores vibrantes são uma representação visual da diversidadedopovobrasileiro,formadopordiferentesetniaseculturasqueaquiencontraramseular.
Ao contemplar “Cores do Brasil”, somos convidados a refletir sobre a fusão de influências europeias, africanaseaculturabrasileira,resultantesemumaexplosãodecoreseexpressões.Éumpoemavisual à nossa capacidade de absorver e transformar influências externas, mantendo, ao mesmo tempo, nossaidentidadeúnicaemultifacetada.
Nessa obra, as cores se tornam uma linguagem universal que transcende fronteiras, conectando-nos em uma dança vibrante de diversidade e harmonia. É uma celebração do Brasil, de sua história, de seu povoedesuasinfinitaspossibilidades.
“CoresdoBrasil”nosconvidaamergulharnasnuancesdenossaidentidade,aexplorarascoresquenos compõem e a reconhecer a beleza e a força que emanam desse mosaico cultural. É uma obra que propõe nos encher de orgulho e nos lembrar da riqueza inigualável do Brasil com a sua capacidade de serumsímbolovivodadiversidadehumana.
Adriana Scartaris
ROSSANA JARDIM
A pintura dos sapatos de Portinari, apresentada neste trabalho, tenta evidenciar, simbolicamente, o caminho percorrido por Portinari, sua existência e sua marca na história da arte brasileira. A palavra "pegada", no sentido figurativo, pode evidenciar também a arte geométrica desenvolvida por ele, sua técnica e seu estilo Esta técnica pode ser observada ,por exemplo, e Colheita de Café (1960),Industrialização do Brasil e Denise com Carneiro Branco. Um tributo à Portinari, sua história e suaobra
«PegadasdePortinari»:OLegadoImortaldeumGêniodaArteBrasileira
Em "Pegadas de Portinari", somos convidados a seguir os passos marcantes de Candido Portinari, um dos maiores expoentes da arte brasileira. Nesta obra, a pintura dos sapatos do artista adquire um significado simbólico, revelando o caminho percorrido por Portinari em sua jornada artística e a suainestimávelcontribuiçãoparaahistóriadaartenoBrasil.
Aspegadas,representadasfigurativamente,nosconduzemaouniversodaartegeométrica,técnica característica e estilo inconfundível desenvolvidos por Portinari. Suas obras, como "Colheita de Café" (1960), "Industrialização do Brasil" e "Denise com Carneiro Branco", são exemplos marcantes desseestiloúnicoeautêntico "Pegadas de Portinari" é, portanto, um tributo poderoso ao legado deixado por esse grande mestre das artes plásticas. É um convite para mergulhar na história e na obra de Portinari, reconhecendo sua contribuição ímpar para a cultura brasileira. Sua técnica apurada e seu olhar sensível capturaramaessênciadopovobrasileiro,retratandosuaslutas,suasalegriasesuasdores.
Ao contemplar "Pegadas de Portinari", somos transportados para um universo de cores vibrantes, formas geométricas precisas e narrativas envolventes É uma oportunidade de apreciar a genialidade desse artista que deixou um legado eterno, influenciando gerações de artistas e encantandoosadmiradoresdaartebrasileiraemtodoomundo. Mais do que uma homenagem e um registro histórico, "Pegadas de Portinari" nos convida a refletir sobre a importância da arte como expressão de nossa identidade cultural. É um lembrete de que a arte tem o poder de atravessar fronteiras, unir pessoas e transmitir mensagens profundas e transformadoras.
Que"PegadasdePortinari"sejaumlembreteconstantedequeaarteconsegueeternizarmomentos, capturar a essência de uma época e tocar a alma daqueles que a contemplam. É uma homenagem merecidaaummestrequedeixouumamarcaindelévelnahistóriadaartebrasileira,ecujaspegadas nosguiameinspiramatrilharnossoprópriocaminhocriativo.
Adriana Scartaris
SANDRA BECKER
O Jardim Majorelle é um jardim botânico situado no centro de Marrakesh, Marrocos, onde também funciona um museu da cultura berbere, é foi também residência de Yves Saint Laurent. Com as mesmas cores do jardim, as janelas do Museu Portinari, onde foi o ponto de partida para a exposição
Identidade Brasileira, predominam a obra SEGUE O SECO Trabalhando sua ancestralidade, a artista faz um link pictórico e cheio de cor, para resgatar a sua própria identidade. Ha um ciclo, com varias camadas, algumas delas apagadas, outras sobrepostas, mas o ciclo segue O stencil dourado sugere riqueza,deumtempoquejá sefoi. Overnizbrilhantedeixaaobracomumtoquebemcontemporâneo, comosefosseumaresina.
«SegueoSeco»:UmaJornadadeCoreseIdentidadeAncestral
Em "Segue o Seco", somos imersos em uma obra de arte que sobrepõe o tempo e barreiras geográficas para nos conduzir por uma jornada de cores vibrantes e significados incomuns. Inspirada pelo Jardim Majorelle em Marrakesh, Marrocos, e pelas janelas do Museu Portinari, a artistaestabeleceumdiálogovisualentreculturasetradições,resgatandosuaprópriaidentidade. Nesta obra, as camadas se entrelaçam em um ciclo contínuo, revelando memórias apagadas e sobreposiçõesdevivênciaspassadas.Ostencildouradoirradiaumasensaçãoderiqueza,evocando temposjáfindos,masquedeixarammarcasindeléveisemnossahistória.Overnizbrilhanteadiciona um toque contemporâneo à obra, conferindo-lhe uma aparência resplandecente, quase como uma resinaprotetora.
"SegueoSeco"éumacomposiçãovisualcomexpressãoartísticaquemergulhanaancestralidadeda artista. É um convite para refletir sobre as conexões entre passado e presente, sobre a importância dehonrarasraízeseencontrarequilíbrioentretradiçãoeinovação
As cores exuberantes nos remetem a um mundo de sensações e emoções, enquanto as formas se entrelaçamemharmonia,criandoumadançavisualquecapturanossaatenção Éumaobraquenos convida a seguir em frente, a buscar nossos próprios caminhos, mesmo diante dos desafios que a vidanosapresenta.
"Segue o Seco" é uma celebração da diversidade cultural e da busca por identidade. É um lembrete de que cada um de nós é uma tela em branco, prontaparaser preenchida comas cores e formas que definemquemsomos.Éumconviteparaabraçarnossaherançaancestraleencontraronossolugar nomundo
Que "Segue o Seco" seja uma inspiração constante para que cada um de nós siga em busca de sua própria essência, construindo uma identidade que seja verdadeira e autêntica. É uma obra que nos convidaadançaraosomdenossasprópriasmelodias,aexploraraspossibilidadesdavidaeaseguir emfrente,comcoragemedeterminação.
SIMONE ABI KALIL NEVES
Neste trabalho eu utilizei as três figuras humanas, para retratar a amálgama de raças e etnias que residemnoPaís.SobaproteçãodaBandeiraNacional,convivemharmoniosamente!Afolhagemverde representaariquezadosolo,ecomoPeroVazdeCaminhaescreveu,aoreiDomManueldePortugal,ao chegaraoBrasilafamosafrase"nestaterraemseplantando,tudodá".
«IdentidadeBrasileira»:ADançadasCoresedasOrigens
Na obra "Identidade Brasileira", somos convidados a mergulhar na rica tapeçaria da diversidade étnica e cultural que compõe o tecido social do nosso país. Através das três figuras humanas que habitam a tela, somos transportados para um universo de amálgama de raças e etnias que coexistemharmoniosamentesobaproteçãodanossaamadaBandeiraNacional.
Cada figura representa uma parte dessa imensa miscigenação que caracteriza a identidade brasileira. Os tons vibrantes e as linhas fluidas que as compõem são como fios entrelaçados, formando uma trama intricada que simboliza o desejo de unidade na diversidade É um convite para apreciarevalorizarariquezadasorigenseacontribuiçãodecadacomponentedessamisturaúnica.
A presença marcante da Bandeira Nacional é um lembrete poderoso do nosso compromisso com a construção de uma sociedade justa e igualitária. Sob suas cores e símbolos, a artista nos propõe o encontro da força para avançar em direção a um futuro em que todos os brasileiros sejam respeitadosevalorizadosemsuasingularidade.
A folhagem verde que permeia a composição é uma metáfora da riqueza do nosso solo e da fertilidade cultural que brota em cada recanto do Brasil. Ela representa a frase icônica de Pero Vaz de Caminha, que descreveu a generosidade da terra brasileira e a capacidade de prosperidade que serevelaemnossasraízes.
"Identidade Brasileira" é uma celebração da diversidade que nos define como nação É um chamado para reconhecer e valorizar as múltiplas identidades que compõem o mosaico cultural do Brasil. É uma obra que nos lembra que é na interação entre cores, culturas e histórias que encontramos a verdadeiraessênciadanossaidentidadecoletiva.
Que seja um farol para guiar a busca por uma sociedade inclusiva e igualitária. É uma obra que nos inspiraacelebrarariquezadadiversidadeeapromoverorespeitomútuoentretodososbrasileiros, ao ser nessa união de cores e origens que encontramos a verdadeira beleza da nossa identidade nacional.
Adriana Scartaris
IDENTIDADE BRASILEIRA | mista: lápis de cor e acrílica sobre tela
40 x 50cm | 2023
TATI GARCIA
A minha inspiração partiu da Série Brincadeiras de Crianças, de Cândido Portinari, a narrativa deste livrodeu-sedeformanatural,comoseeuestivesse contando a minha infância, pesquisando sobre o artista,percebi traçosdanossaculturaretratados de maneira poética. O livro de artista Ciranda Cirandinha,contahistórias,noslevaaoimaginário, as memórias, outros tempos, outros lugares, mantendo a história viva, proporcionando uma leituradeimagensedesenvolvendoasensibilidade doolhar
Livro de artista Ciranda Cirandinha página 1
EntreMemóriaseBrincadeiras:OEncantode«LivrodeArtistaCirandaCirandinha»
"Livro de Artista Ciranda Cirandinha" é um mergulho encantador no universo da infância e das brincadeiras, inspirado na série "Brincadeiras de Crianças" de Cândido Portinari. A obra narra histórias de forma fluida e poética, transportando-nos para um imaginário repleto de memórias e tempos passados. Com uma leitura visual que desperta a sensibilidade do olhar, o livro de artista mantémvivaahistória,convidando-nosaexplorarasnuancesculturaisretratadascommaestria. É uma celebração da infância, da imaginação e da magia que permeiam nossas lembranças mais preciosas.
Adriana Scartaris
VITÓRIA BARROS
Minhas pinturas em mista e óleo sobre tela são parte da série LABIRINTOS DA FAUNA, em que proponho falar pelos animais da mata ciliar.
A minha vontade é atrair olhares sensíveis para esse berço de biodiversidade, mas que também é palco de acontecimentos dramáticos, o s q u a i s s e m p r e fi c a r a m f o r a d a percepção, docotidianoedosinteressesurbanos. Um assunto alheio para muitos e que padece da falta de zelo e de cuidados de cunho educativo em favor dos ambientes naturais. Portanto, carente de uma ampla perspectiva visual estruturada na delicadeza do olhar compassivo, amoroso e contemplativo do espectro de beleza nativa, nesse caso, especificamente, dentro d a es tét i c a To c a n t i n a /A m a z ô n i c a, no entendimento de que o habitat ciliar é insubstituível nessa zona de fronteira aquífera de floraedefauna.
Crieiformasecoresemumcontextoonírico,talvez curioso, para falar sobre a dramaticidade subjacente a esses labirintos de vidas silvestre, em contínua situação extintiva, sem, contudo, apelar para as imagens constatadas de destruição,esimmostraraconchegoebem-estar, propositalmente É fato a constante disputa por lugares entre o universo da natureza e a construção dos espaços da cultura social. Minha intenção é expressar nessas obras um apelo sim, porém sem enveredar pelo discurso tão em moda, sobre as questões ambientais, mas com base no meu testemunho ocular de dor sobre os dramas contemporâneos situados nesse trecho da mata ciliar ligada ao lugar onde moro há 37 anos (Guará).
Aqui o objeto artístico está inserido no imponente e complexo sistema ecológico no seio da região Sudeste do Pará, na margem do Rio Tocantins, na confluência do Rio Itacaiúnas na cidade de Marabá.
«LabirintosdaFauna»:UmChamadoàSensibilidadeeProteçãodosAmbientesNaturais
A pintura da série "Labirintos da Fauna" revela a busca da artista em dar voz aos animais da mata ciliar, em uma narrativa que desperta olhares sensíveis para a riqueza da biodiversidade e para os desafios dramáticos que muitas vezes passam despercebidos no cotidiano e nos interesses urbanos. Através de uma rica composição repleta de elementos, a obra mergulha no contexto estéticodas regiões do Tocantins e Amazônia, explorando o delicado equilíbrio do habitatciliar, que é insubstituível nessa região de fronteira aquífera. Com um apelo visual que transmite aconchego e bem-estar, a artista não apela para imagens de destruição, mas sim expressa seu testemunho oculardedordiantedosdramascontemporâneospresentesnessestrechosdamataciliar.
É um convite à reflexão sobre a constante disputa entre a natureza e a construção dos espaços da culturasocial,comumapeloporproteçãoepreservaçãodosambientesnaturais.Aobra,inseridano complexo sistema ecológicoda região Sudeste do Pará, na margem dos rios Tocantins e Itacaiúnas, carrega consigo não apenas uma preocupação ambiental, mas também uma expressão artística que visa transmitir o testemunho visual e emocional da artista sobre esses desafios contemporâneos.
Adriana Scartaris
WANDER MELO
O marechal Rondon (Cândido Mariano da Silva Rondon) nasceu em Santo Antônio do Leverger, MT, em 1865. Foi engenheiro militar e sertanista Além de integrar a famosa Comissão Construtora de Linhas Telegráficas que unificou o sistema de comunicação no Brasil, foi um dos idealizadores, juntamente com os irmãos Cláudio e Orlando Villas Boas, do Parque Nacional do Xingu, criador e diretor do Serviço deProteçãoaoÍndio,oquedecertaformainterrompeuogenocídioquesofriaapopulaçãoindígenano Brasil. Ele desbravou o sertão brasileiro desconhecido, na maior parte habitado por índios bororos, terenaseguaicurus.EletambémajudouademarcarasprimeirasterrasindígenasnoBrasil,problema gravíssimoquesearrastaatéosdiasatuais.
«RondoneosÍndios»:UmaJornadadeRespeitoePreservação
Na obra intitulada "Rondon e os Índios", somos imersos em uma narrativa que retrata a figura icônica do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon e sua relevante contribuição para a proteção e preservação da cultura indígena no Brasil. Este renomado engenheiro militar e sertanista, além de suas notáveis conquistas no campo da comunicação, foi um visionário defensor dos direitos indígenaseumagentedetransformaçãoemummomentocrucialdenossahistória.
A tela captura a essência da jornada intrépida de Rondon pelo sertão desconhecido. Seus esforços foram fundamentais na demarcação de terras indígenas e na criação do Parque Nacional do Xingu, uma iniciativa pioneira que proporcionou a preservação da cultura e do modo de vida dos povos originários.SuaatuaçãotambémresultounacriaçãodoServiçodeProteçãoaoÍndio,quetrouxeuma novaperspectivanarelaçãoentreasociedadebrasileiraeascomunidadesindígenas.
A composição artística revela a figura imponente de Rondon, imbuído de um respeito profundo pelos povos indígenas e um compromisso incansável em promover a justiça e a preservação de suas tradições ancestrais. As cores vivas, terrosas e marcantes retratam a força e a vitalidade dessas culturas, enquanto os traços detalhados e expressivos refletem a riqueza de suas histórias e conhecimentos.
"Rondon e os Índios" é um canto à luta pela valorização e proteção dos povos indígenas, cuja contribuição para a identidade brasileira é inestimável. A obra nos convida a refletir sobre a importância de reconhecer e preservar a diversidade cultural que molda nosso país, e nos inspira a seguir os passos de Rondon em seu compromisso incansável com a justiça social e a defesa dos direitoshumanos.
É um lembrete perene do legado de Rondon, que nos instiga a celebrar e honrar a riqueza cultural e a sabedoriamilenardospovosindígenas.Éumaobraquenosconvidaacaminharladoaladocomessas comunidades, em busca de um futuromais inclusivo, equitativo e respeitoso, onde a diversidade seja valorizada como uma fonte de inspiração e força para a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa.
YARA DELAFIORI
Presto uma homenagem a Cândido Portinari, pintor brasileiro que tinha como um de seus temas retratarmulheresehomenspretos,enfatizandoemsuasobrasograndelegadoculturalquedeixaram Em minha obra, além da homenagem à afrodescendência, aponto para a importância também dos povos originários. Trazendo as duas matrizes culturais, a negra e a indígena e a floresta como metáfora,tantodapreservaçãoambientalcomodaancestralidadenacional.
«FacesBrasileiras»:UmaOdeàsMatrizesqueConstroemoPovoBrasileiro
Na obra intitulada "Faces Brasileiras", a artista presta uma homenagem ao renomado pintor Cândido Portinari, cuja genialidade destacou-se ao retratar a beleza e a força dos homens e mulheres negros, ressaltando o valioso legado cultural deixado por sua cultura e participação na história brasileira. Nessa composição, a arte se expande para além desse contexto, abraçando também a importância dos povos indígenasemnossaidentidadenacional.
As faces representadas na tela são um retrato da diversidade étnica e cultural que permeia a sociedade brasileira.Pormeiodetraçosexpressivosecoresvibrantes,aartistapropõecapturaraessênciadecada indivíduo, evidenciando a riqueza de suas origens e a multiplicidade de experiências que compõem o tecidosocialdopaís.
A presença da floresta como metáfora, simboliza tanto a necessidade premente de preservação ambiental quanto a conexão profunda com nossa ancestralidade. As raízes dessa nação estão entrelaçadas com a natureza exuberante que nos cerca, e é essa interdependência que molda nossa identidadecoletiva.
"Faces Brasileiras" é um convite à reflexão sobre a importância de celebrar e valorizar a diversidade cultural que nos constitui. É uma manifestação artística que nos lembra da necessidade de respeitar e preservar as culturas afrodescendente e indígena, reconhecendo seu impacto e contribuição significativaparaaformaçãodoBrasilqueconhecemoshoje
A artista propõe nos transportar para um universo onde as faces se entrelaçam, as histórias se entrelaçam e as vozes se unem em um coro poderoso de celebração da pluralidade. É um lembrete da necessidade de acolhermos a diversidade em todas as suas formas, nutrindo um espírito de respeito, igualdadeeinclusãoemnossasociedade.
Que "Faces Brasileiras" seja um farol de luz e inspiração, guiando-nos na jornada de valorizar, proteger e promover a riqueza cultural e a ancestralidade que formam a identidade deste país tão rico e diversificado. É uma obra que ecoa a voz de todos os que deixaram suas marcas em nossa história, convidando-nos a celebrar a grandeza de nossa nação, onde cada rosto é um testemunho vivo da força e daresiliênciadopovobrasileiro.
Adriana Scartaris
I I I IDENT BR R A A S LE DADE