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Bom de copo Brasilidade com bastante gelo

Drinque tão brasileiro quanto o Carnaval, a caipirinha guarda poucos, mas importantes, segredos para ser bem executada e apreciada

A caipirinha é um coquetel antigo, mas que exala atemporalidade. Há muito tempo, as pessoas faziam com cachaça, mel, alho e limão. Diziam que a bebida servia para evitar doenças. Ou, talvez, porque achavam que mel harmonizava com alho (duvido muito!). Seja lá qual tenha sido o motivo da primeira versão, o que a gente sabe é que, de lá para cá, a receita passou por alterações. Hoje, temos mais um drinque para chamar de nosso!

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Para fazer uma boa caipirinha não há muitos segredos. São necessários apenas uma dose de cachaça branca, um limão-tahiti e duas colheres de sopa de açúcar. Primeiro, você corta o limão em gomos e os coloca em um copo baixo. Depois, adiciona o açúcar e amassa tudo com um macerador, pilão, socador de alho, colher de pau ou que estiver ao seu alcance. A estratégia é amassar o suficiente somente para tirar o suco do limão. Se você triturar demais, a caipirinha ficará amarga. Por fim, acrescente a cachaça, bastante gelo e mexa com uma colher até os ingredientes se misturarem bem.

Se houver dúvidas sobre qual cachaça escolher, recomendo três em especial: Coqueiro prata, Da Quinta prata e Sagatiba prata. Todas caem muito bem na receita e são encontradas facilmente em mercados pelo país. Na hora de selecionar o limão, prefira um que tenha a casca lisa – esses sempre têm mais suco. Além disso, também indico que você retire as

"bundinhas" da fruta antes de cortar em gomos. Desse jeito, fica mais fácil amassá-la no copo, você agride menos a casca e o drinque não apresentará amargor.

O corte do limão é algo particular. Existem outros tipos de corte que facilitam a extração do suco, isso é verdade. Mas eu gosto de cortar em gomos, porque ficam mais bonitos, distribuídos pelo copo. A estética conta muito na hora de você saborear um drinque!

E a pergunta valendo um milhão de reais: montada ou batida? Se puder escolher, não faça uma caipirinha batida, pois a casca do limão, já amassada, será mais agredida durante a batida, trazendo amargor em excesso ao coquetel. O gelo vai se diluir e, quando você jogar esse mesmo gelo no copo, vai continuar soltando mais água, deixando a caipirinha aguada. Também, o limão ficará todo triturado no copo por causa da batida e o coquetel terá uma aparência desagradável.

Se você quiser fazer uma variação de caipirinha com outras frutas, indico o morango e o maracujá, mas isso vai do gosto de cada um! E lembre-se: se a família ou amigos pedirem caipirinha durante o Carnaval, você finge que não sabe nada de bar e compra dois packs de cerveja para todo mundo. Brincadeiras à parte, compartilhe esses conhecimentos com alguém, divida o balcão e a responsabilidade, e não se esqueça de aproveitar a folia também! Saúde!

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