5.ª SÉRIE / Nº 61 / 2015 / Publicação Bimestral / €4,50
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ESSILOR VARILUX S
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Ă“pticas Acreditadas
Sumário 5.ª Série - N.º 61
Janeiro/Fevereiro 2015 Editorial
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Em Foco 6
Cores, para que vos quero
Reportagem Ópticas de portas abertas na noite da moda lisboeta
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Notícias Perspectiva Económica
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Volume de negócios no sector europeu da Óptica 19
atinge recorde positivo
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Opinião Madoff à portuguesa
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Guerra de extremos
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Se não consegue vencer (os vizinhos), junte-se a eles!
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Curiosidades Olhar distingue amor e desejo
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Se precisa de dormir, afaste-se das novas tecnologias
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Pag.19
Entrevista 27
Quem vê montras, vê negócios
Pag.27
Saúde Visual Bangladesh reduz cegueira infantil com sucesso
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Armações Sol Notícias ANO
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ANO apresenta 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular ao sector
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ANO marca posição junto da Entidade Reguladora para a Saúde
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Breves Saúde Breves Negócios
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Ficha Técnica Director Rui Correia opticos@ano.com.pt Coordenador Eduardo Silva eduardo.silva@ano.com.pt Editora Paula Pinto Gonçalves paulagoncalves@ano.com.pt Colaborador Nuno Dias da Silva
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Publicidade Fernando Tomaz fernando.tomaz@ano.com.pt
Pag.26
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Fotografia de Capa: Silmo Paris 2014 © Saloon Envie os seus comentários e/ou sugestões para
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opticos@ano.com.pt Grafismo e Paginação Carlos Raposo design@carlosraposo.pt Produção Light Ideas, Consultoria de Comunicação telefone: 912 135 990 Impressão Fernandes & Terceiro, SA Propriedade ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÓPTICOS Rua Particular à Rua Ventura Abrantes, Espaço 3 e 4, 1750-323 Lisboa. Tel.: 217 574 188/191 Fax: 217 594 733 opticos@ano.com.pt Periodicidade Bimestral
Nº de registo no ICS 107048 Depósito legal 294619/09 Tiragem 1500 Exemplares
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Editorial
Gerámos oportunidades e obtivemos resultados O 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular decorreu nos dias 13, 14 e 15 de Fevereiro, no Centro de Congressos do Estoril, e foi um sucesso. Mas a organização deste evento que juntou cerca de 800 pessoas ligadas ao nosso sector começou há um ano e com a escolha do slogan, que delineou a criação de um programa ajustado às necessidades dos profissionais da Óptica. “Gerar Oportunidades. Obter Resultados” foi o lema adoptado para o Congresso de 2015. E como acreditamos que nenhum organismo vive isolado, estabelecemos uma parceria com as Universidades do Minho e da Beira Interior para a elaboração do programa científico do Congresso. Tal profícua colaboração foi fundamental para o sucesso do evento e para atingir um dos principais objectivos do 6º Congresso: formação e informação ao mais alto nível. Em Novembro de 2014 apresentámos o 6º Congresso ANO aos principais fornecedores do mercado e a elementos da imprensa especializada. A assertividade, o rigor, o profissionalismo e, essencialmente, as provas dadas de “saber fazer” da equipa da Associação no sucesso dos últimos eventos foram o motivo para uma aceitação e presença de muitos fornecedores neste encontro. Além dos temas científicos, apostámos nas áreas de conhecimento em Gestão, Marketing, Direito e Motivação. E fomos à procura dos palestrantes que pudessem estar ao nível daquilo que nos propúnhamos a fazer. António Paraiso, José Gomes Ferreira e Professor Carvalho Rodrigues seriam presenças incondicionais, às quais juntámos as figuras: Paula Magalhães, Paulo Vasconcelos, Luís Rasquilha, Eduardo Nogueira Pinto, Ricardo Oliveira e Ana Mendes – nomes
com currículo e, principalmente, com perfil adequado ao nosso público-alvo. A inovação foi ainda uma parte integrante deste 6º Congresso. Um exemplo prático foi o recurso a televotações durante a apresentação de casos clínicos de Optometria no segundo dia do Congresso. Interacção e interactividade ao máximo! Inovador foi ainda o Concurso VER – Arte, Criatividade e Inovação, cuja mostra artística dos trabalhos finalistas esteve patente durante os três dias do Congresso, numa zona do Centro de Congressos do Estoril. A “Portugalidade” também marcou o 6º Congresso. Além da palestra de Luís Rasquilha, que fechou o congresso com uma intervenção acutilante sobre o que é ser-se Português, fomos mais além com este tema. Na exposição técnica criámos o “Espaço Português”, no qual brilhou a Sociel, a última fábrica de armações a operar na Península Ibérica. O stand, da autoria da jovem arquitecta Maria João Teixeira, brilhou pela simplicidade, bom gosto e adequação ao tema. Os 30 expositores foram, aliás, das estrelas maiores deste Congresso. Inovaram nos stands, na apresentação de produtos e, sobretudo, na criatividade das suas presenças enquanto agentes fundamentais no mercado da Óptica. O dinamismo foi igualmente alcançado através da realização de workshops e palestras satélites, que fizeram com que nenhum momento ou nenhum espaço do Centro de Congressos fosse menos interessante durante os três dias. Finalmente, salientamos o esforço e o profissionalismo de toda a equipa que organizou este evento. No final do Congresso, subimos todos ao palco. Todos. Não importa quem fez o quê. Fizemos todos um evento notável. Até ao próximo! A Direcção
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Em Foco
Oportunidades geradas. Resultados obtidos.
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De 13 a 15 de Fevereiro, o 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular, organizado pela Associação Nacional dos Ópticos (ANO), recebeu cerca de 800 pessoas no Centro de Congressos do Estoril. “Demonstrámos este fim-de-semana que o nosso sector está recheado de profissionais de grande valor e que se esforçam para ‘Gerir Oportunidades e Obter Resultados’”, afirmou o presidente da Direcção, Rui Correia.
Três dias dedicados à evolução do mercado da Óptica em Portugal. Assim se resume numa frase a sexta edição do Congresso Nacional da Óptica Ocular. O sucesso é expresso pelo número de visitantes. Entre congressistas, expositores e visitantes da exposição técnica, cerca de 800 pessoas marcaram presença no maior evento dedicado ao sector da Óptica nacional. Nas boas-vindas aos congressistas, o presidente do evento, Fernando Carvalho Rodrigues, falou de resultados. “Estando a presidir este 6º Congresso Nacional de Óptica Ocular devo dizer que se há alguma coisa que se vai mostrar aqui nestes dias é resultados. Resultados que se obtiveram ao longo destes 51 anos de vida da ANO”. Algo reforçado pelo presidente da Direcção da ANO, Rui Correia, na abertura do Congresso, descrito pelo próprio como “um projecto que
“A Essilor Portugal tem todo o interesse em apoiar o desenvolvimento do negócio e a formação dos participantes deste Congresso. Vimos uma evolução enorme nestes últimos anos na qualidade científica e nas diferentes abordagens a todas as vertentes do mercado, como o marketing ou a parte mais técnica. Ou seja, há sempre uma parte que interessa a qualquer um dos intervenientes aqui presentes. A formação é fundamental e a Essilor apoia sempre quem apoia a formação e a evolução do sector, que se quer sempre mais à frente e mais unidos nestes tempos difíceis.”
Margarida Barata, Essilor Portugal
se reveste da maior utilidade, já que pretende sensibilizar o sector para a importância de Gerar Oportunidades num mercado que a toda a hora se reinventa. E só assim se poderá obter resultados”, sublinhou. Enquanto anfitrião deste evento, Rui Correia apresentou à plateia os pontos-
momentos do evento “são um exemplo de como 'sair do quadrado' potenciando, de uma forma teórica e prática, atingir os resultados que desejamos para o sector da
chave do 6º Congresso, em especial, as palestras, os
Óptica”. Este é o momento em que, todos juntos, podemos
workshops e a exposição técnica. Para Rui Correia, estes
perceber tendências, verificar dinâmicas e discutir ideias
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Em Foco “Já não é a primeira vez que apostamos na nossa presença num Congresso da Associação. Somos parceiros há muito tempo. Entendemos que a ANO é provavelmente o melhor parceiro dos Ópticos em Portugal e que se preocupa na Formação e no apoio ao negócio no geral. E daí a nossa presença: se há essa preocupação com os nossos clientes, nós estamos presentes.”
Rui Amaral, Bausch and Lomb
“O Congresso surge numa altura em que a Eschenbach está a crescer em Portugal. Queremos potenciar os nossos produtos e darmos a conhecêlos não só ao Óptico – pelo sector das armações e dos óculos de sol – mas também pelo segmento da Baixa Visão. Sentimos que esta é uma área pouco explorada pela Optometria. E como este é um evento que junta não só o Ópticos como o Optometrista, permite-nos ter um potencial de negócio bastante abrangente.”
Rui Dias, Eschenbach
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num ambiente profissional. “Durante os próximos três dias, pretendemos que todos nós, elementos activos do sector da Óptica nacional, adquiramos mais e melhores conceitos nas áreas que abrangem a nossa actividade – como Optometria, Oftalmologia, Contactologia, Gestão, Marketing e Actividade Comercial – para que personalizemos, em suma, o slogan deste evento: ‘Gerar Oportunidades, Obter Resultados’”.
“É importante estar neste Congresso, dado que é o maior evento dedicado ao sector da Óptica em Portugal e ao qual aderem a maior parte dos Ópticos. É importante igualmente mostrar os nossos produtos, em especial a nossa nova gama, visto que adquirimos uma nova empresa – a Sauflon - confraternizarmos e estarmos com os nossos clientes e amigos.”
Optometria em destaque O primeiro dia do 6º Congresso foi totalmente dedicado à Optometria. A primeira palestra foi conduzida pelo professor da Universidade do Minho, António Queirós, sob o tema “Cuidados Primários de Saúde Visual”. A apresentação focou o papel do optometrista na sociedade e, em concreto, a importância e o papel do optometrista nos cuidados primários da saúde. Para este profissional, os Optometristas além de terem de saber o que fazer tecnicamente, “têm de se questionar se trabalham com as condições e materiais adequados a prestar o serviço que o cliente necessita”. Para António Queirós, tal é fundamental para que o espaço dos cuidados primários de saúde visual se assuma finalmente
Jorge Figueiredo, Coopervision
“Estamos a comemorar dois anos em Portugal, já é o segundo Congresso em que estamos presentes e acho que é um evento onde devemos estar sempre presentes, porque estão todos os profissionais e é uma forma de contactar com os Ópticos e estamos sempre à procura de novas oportunidades. Queremos aproveitar este Congresso para divulgar o nosso conceito.”
António Alves, Opticália
como o caminho de oportunidades que é e que seja aproveitado com profissionalismo e rigor. “O Exame Optométrico em Geriatria”, por Pedro Monteiro, da Universidade da Beira Interior, e “A influência das Doenças Sistémicas no Sistema Visual”, pelo médico Rui Dias, fecharam o primeiro bloco da tarde. Nesta última, o diagnóstico da diabetes e da hipertensão arterial no envolvimento ocular foi mencionado como parte importante da intervenção de Optometristas e Oftalmologistas. Seguiram-se as intervenções de dois professores da Universidade do Minho. Jorge Jorge apresentou uma “Perspectiva Actual sobre a Miopia” e José Manuel Meijóme, que discorreu sobre novas “Técnicas de Controlo da Progressão da Miopia”. O final do primeiro dia do 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular ficou nas mãos do Vice-Presidente da Academia Europeia de Ortoqueratologia, Joan Pérez. O optometrista espanhol abordou todas as fases inerentes à técnica de Ortoqueratologia: indicações, técnicas de adaptação, protocolo e resultados.
“Não faria sentido não estarmos presentes. Queremos estar mais perto da Associação Nacional dos Ópticos e de todos os Ópticos. O objectivo é apresentar a De Rigo e as marcas que comercializamos em Portugal. Estes congressos são muito importantes e até faria sentido ser uma aposta anual.”
Pedro Duarte, De Rigo Vision “É sempre importante estarmos presentes neste tipo de eventos para transmitir a imagem das nossas marcas e mostrar que estamos com os Ópticos. Este Congresso é muito útil, porque aborda diversos temas nas palestras e não há mais nada semelhante no mercado da Óptica nacional.”
Manuel Duarte, DMDI Casos clínicos interactivos O fórum de discussão de casos clínicos em Optometria, moderado pelo professor da Universidade do Minho, Jorge
“É sempre uma boa aposta estarmos presentes e rever inúmeros clientes. Achamos que o Congresso da ANO é um evento muito importante para o sector e nós - como empresa que trabalha com mais de 50% das Ópticas a nível nacional - temos de estar presentes para nos darmos a conhecer, dar algum acompanhamento, apresentar soluções.”
Helder Amador, F3M “Vejo com muito bons olhos esta iniciativa da ANO, que é a entidade indicada para organizar este tipo de evento e é por isso que também estamos cá: para apoiar a Associação. Este investimento da Shamir no 6º Congresso traz também uma novidade muito grande, uma revolução que vamos fazer no mercado e que vai mudar o paradigma da Óptica. Vimos apresentar o nosso novo e revolucionário laboratório de tecnologia de Óptica avançada, o primeiro na Europa, o InoTime, em Lisboa. A partir de agora vamos conseguir entregar nas Ópticas de Lisboa e da Grande Lisboa lentes progressivas personalizadas tratadas com anti-reflexo em 3 horas. Todo o processo será online.”
Carla Luz, Shamir
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Em Foco “Temos vindo a desempenhar cada vez melhor o nosso papel, que é munir os nossos Associados, não só de conhecimentos técnicos, como de gestão, e também de lhes dar a oportunidade de contactar com os fornecedores. Neste sentido, acho que temos melhorado cada vez mais e prova disso é a dimensão desta exposição.”
Hugo Macedo, Assessor de Direcção ANO
“Não tem havido evento na área da Óptica e é sempre agradável podermos estar presentes, com os nossos clientes e mostrarmos as nossas novidades. Noto que a ANO, nestes últimos quatro, cinco anos, tem tido uma atitude diferente, mais pró-activos e de maior atenção aos fornecedores e isso é de louvar.”
Luis Feijó, Optometron
“Sempre estivemos do lado dos Ópticos e achamos que o futuro da Óptica passa por este tipo de eventos. Creio que todos temos a ganhar com estes Congressos. Em primeiro lugar, fazemos com que o nosso ramo se sinta vivo, pois há sempre inovações por parte dos fornecedores e, ao mesmo tempo, a palestras são muito importantes.
Joaquim Cândido, Marcolin
“O objectivo do InstitutOptico é apresentar-se aos Ópticos portugueses, dar a conhecer a nossa estratégia, os seus objectivos e a forma de estar no mercado. Pretendemos aumentar a nossa rede, não só em quantidade mas, preferencialmente, em qualidade.”
Vera Velosa, InstitutOptico
“O nosso objectivo é estar presente no evento mais importante da Óptica, promovido pela Associação Nacional dos Ópticos. Como é óbvio, a Luxottica não podia deixar de estar num evento tão importante como este para comunicarmos para o mercado as nossas marcas.”
Jacinto Rodrigues, Luxottica 10
Jorge, ocupou a primeira parte da manhã do segundo dia do Congresso. Neste bloco, vários profissionais da área da Optometria e das Universidades do Minho (UM) e da Beira Interior (UBI) apresentaram diversos “achados clínicos” durante as suas consultas. Após a apresentação de casos gerais de Optometria por Jorge Jorge (UM), Madalena Lira (UM) abordou casos de Contactologia, Miguel Ribeiro (UM), de lentes oftálmicas, Amélia Nunes (UBI), casos de disfunções binoculares e Francisco Brardo (UBI), de alterações do pólo anterior. A grande novidade deste fórum residiu na interactividade com os congressistas, que puderam votar – através de um sistema electrónico de recolha de respostas – no diagnóstico correcto. A imagiologia ocular foi a estrela da segunda parte. Em jogo entrou o moderador António Queirós (UM) que apresentou o trio que se seguiu em campo: César Villa Collar, da Universidade Europeia de Madrid, com o tema “Aberrações Oculares na prática Clínica”, Alejandro Cervino, da Universidade de Valência, com a palestra “Diagnóstico no Pólo Anterior” e o médico oftalmologista, António Ramalho, com o “Diagnóstico no Pólo Posterior”.
Animações
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Em Foco “Faz todo o sentido aproveitar os espaços das Ópticas para reabilitar também a audição das pessoas. São profissionais de saúde, podem ter audiologistas a trabalhar nos seus estabelecimentos. Em Portugal, ainda não é um ramo muito explorado. Achamos que é a altura ideal para entrar no mercado das Ópticas. Neste momento temos tudo o que é necessário para tal, desde a formação aos equipamentos para os exames, adequados aos espaços físicos das lojas., e já temos algumas Ópticas a trabalhar connosco.”
Catarina Korn, Audioclínica “O Congresso é um ponto de convergência entre todos os Ópticos. Estamos cá para divulgar a nossa marca, sendo que a ANO é o pólo aglutinador de todos os Ópticos. O nosso objectivo é mostrar os nossos equipamentos e as novidades tecnológicas existentes no mercado.”
Luís Duarte, Briot Weco “Esta parceria é extremamente positiva, uma vez que há uma vertente um pouco mais pedagógica direccionada ao sector da Óptica. Creio que há uma necessidade bastante grande da formação e da transmissão daquilo que as Universidades estão a realizar, como preparam os futuros Optometristas e que serão as pessoas que irão trabalhar nos gabinetes das casas de Óptica. Esta relação acaba por ser uma mais-valia para os alunos que começam a ter contacto com a realidade na qual vão ingressar e espero que dure por muitos mais anos.”
Economia, política e o estado do país A tarde de sábado atraiu um elevado número de congressistas. O painel “Pensar Portugal”, com o economista Paulo Vasconcelos e o jornalista da SIC, José Gomes Ferreira, ladeados pela jornalista da TVI, Paula Magalhães, foi um interessante espaço de reflexão sobre o estado político e económico actual do país. Paulo Vasconcelos começou por afirmar que os problemas financeiros não são exclusivos de Portugal e da Grécia, acusando os governantes de ambas as nações a “varrerem para debaixo do tapete” a gravidade da situação. Para o economista, “as contas públicas não têm de ser um iceberg, do qual só conhecemos a ponta e desconhecemos as dívidas escondidas”. Paulo Vasconcelos apresentou dados sobre a inflação e o crescimento do PIB e afirmou, sem reservas, que “Portugal é refém do euro, pois não consegue criar barreiras nas alfândegas”. E apresentou algumas soluções para aumentar as receitas e diminuir a dívida pública. Tais soluções passam, sobretudo, pelo aumento do IVA “para poder baixar o IRS”, substituir o IMT por IVA e baixa a taxa TSU do empregador. José Gomes Ferreira também abordou o tema da dívida pública, atribuindo-lhe uma patologia. “A dívida pública portuguesa sofre de esquizofrenia”, afirmou o jornalista da SIC. Isto porque, segundo José Gomes Ferreira, “há uma escolha de alvos errados e erros de perspectiva”. Para o jornalista
Francisco Brado, Universidade da Beira Interior “É um apoio ao sector e à Associação Nacional dos Ópticos, que nos merece todo o apoio, e é também uma boa oportunidade para estarmos com os nossos clientes: recebê-los, poder apresentar produtos e vender a imagem da nossa empresa.”
Fernando Casinha, Hoya 12
LuísRasquilhas
Painel “Pensar Portugal”
de economia, a União Europeia é um desses alvos errados. “Dizem que a Europa não é solidária, mas já está tudo de chapéu estendido à espera dos 25 mil milhões”. E acusou os empresários portugueses de recorrerem demasiado ao crédito: “um dos grandes defeitos de quem está à frente das empresas é preferirem não pôr o dinheiro nas empresas.” O erro de perspectiva apontado por José Gomes Ferreira centra-se na escolha entre políticas de austeridade ou de crescimento. “Escolher uma das duas é errado, pois ambas são complementares.” Para o jornalista, a austeridade foi difícil, mas fez sentido “e agora já começamos a perceber porquê.” Directos ao “Direito na Óptica” O último painel de sábado foi dedicado à lei da concorrência, entre outros temas de Direito aplicados ao sector da Óptica. A cargo da exposição estiveram os advogados Ricardo Oliveira e Eduardo Nogueira Pinto, ladeados pelo Assessor Jurídico
“Estar presentes tem sobretudo a ver com uma forma relevante de comunicação que podemos fazer junto dos nossos clientes e uma oportunidade de apoiar a própria Associação no desenvolvimento dos seus Congresso. É claramente também uma oportunidade para estarmos próximos e conseguirmos desenvolver o nosso negócio. A ANO veio reavivar um pouco a antiga feira Optitécnica, que, por razões de mercado, deixou de fazer sentido existir. Hoje começa a fazer algum sentido e mais: dá uma componente de formação aos Ópticos e aos próprios fornecedores que é claramente relevante, o que encaramos como um grande valor para o mercado.
Luís Justino, Proóptica 13
Em Foco
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“Esta parceria começou há dois anos. Este ano tivemos o convite para uma participação maior, ao qual acedemos, conjuntamente com a UBI, para desenvolvermos a parte científica e mostrar o que temos desenvolvido nas duas Universidades na área da Investigação. Foi um prazer ter trabalhado nesta parceria com a ANO, que, como representante da classe óptica, é estratégica para as Universidades porque 95% dos estudantes que saem dos nossos cursos são inseridos na classe Óptica. Por isso, esta parceria foi reforçada este ano e tem tudo para ser muito maior no futuro e temos cada vez mais de trabalhar em parceria, em rede, todos para o mesmo lado para fazer da Optometria e da classe Óptica profissões de respeito e de forma a trabalharmos na regulamentação da mesma.”
“É muito importante estar aqui porque é dos eventos mais importantes a nível nacional. A ideia é falar com as pessoas, estar com os clientes e procurar novas oportunidades. Com a Sàfilo Academy procurámos apresentar a nova marca, que tem muitos detalhes técnicos. Não foi uma palestra de vendas, mas técnica, que explica a tecnologia que é a base deste produto.”
António Queirós, Universidade do Minho
Pedro Louro, SPJ
Alessandro Radici, Sàfilo Portugal “A nossa presença visa receber os nossos clientes e não propriamente fazer negócio. Como continuamos a liderar o mercado da Óptica em software de gestão faz todo o sentido estarmos presentes nesta mostra de produtos do sector, que é de enorme qualidade.”
da ANO, Pedro Abreu Silva. Os especialistas abordaram não só as limitações impostas pelo direito da concorrência, mas os lados positivo e negativo de ter uma regulação aplicada aos estabelecimentos de Óptica. “Este painel foi pensado e cuidadosamente preparado pela direcção, tendo em conta as reais preocupações dos empresários do sector em consequência às alterações no mesmo, em especial no que à concorrência de novos operadores e obrigatoriedade do registo na ERS dos espaços onde se exerce a profissão de optometrista e ortoptista”, resumiu Pedro Abreu Silva. Contanto com a presença de dois especialistas em concorrência e regulamentação, o painel pretendeu esclarecer os empresários e desfazer equívocos, nomeadamente, e nas palavras do Assessor Jurídico da ANO: “Em relação à concorrência, o que é de facto a lei da concorrência, quem visa proteger e o que configura efectivamente uma violação da lei da concorrência; em relação à regulamentação, a distinção entre regulação da actividade (empresarial); regulação da profissão (optometria) e regulação dos espaços (de prestação de cuidados de saúde).” Um dos temas da actualidade também foi abordado no painel “Direito na Óptica”. “Quanto à obrigatoriedade do registo dos espaços na ERS, abordou-se a problemática das regulações da profissão e dos próprios espaços”, mencionou Pedro Abreu Silva à VER e, “quanto à concorrência, fez-se a ponte entre a falta de regulação da actividade e a livre proliferação de novos operadores no mercado, atendendo ao princípio de direito civil – é permitido tudo o que não
“É o maior Congresso de Óptica em Portugal e, enquanto líderes de mercado, pretendemos sempre estar presentes. A iniciativa da ANO em juntar todos os fornecedores num só evento é fundamental, visto ser a Associação que representa todos os negócios da Óptica em Portugal, e, ao mesmo tempo, apostar na formação contínua dos seus Associados. A Alcon aposta igualmente na formação dos seus clientes, sendo um dos maiores investimentos da empresa para 2015.”
Tiago Semelhe, Alcon
“O convite da ANO foi espectacular e principalmente veio ajudar a combater o desemprego. Se as pessoas comprarem mais o que é nosso, consigo dar emprego a mais gente. Esta presença aqui é muito benéfica para a indústria nacional, pois permite dar a conhecer o que muitos desconheciam: uma empresa com 50 anos e que fabrica em Portugal. Todos os nossos produtos são feitos à mão, com muita qualidade e que só têm um defeito: duram tempo de mais (risos).”
José Maria Rodrigues, Sociel
15 António Paraíso
Em Foco A exposição técnica do 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular
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for proibido. Se a actividade fosse regulada, haveria regras para a implantação no mercado desses novos operadores”, comentou o especialista. Após a conferência, os congressistas seguiram para o Jantar de Gala, posteriormente animado pelo comediante Nilton. Muitas gargalhadas e boa disposição marcaram o final do dia mais concorrido do Congresso, tanto no auditório como na zona de exposição.
Motivação e redes sociais “2015 é o ano em que vosso website tem de estar impecável”, afirmou a consultora em Redes Socais para os Negócios, Ana Mendes, na primeira conferência do último dia do 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular. Para Ana Mendes, “há que cativar os clientes online”, para que eles queiram entrar no estabelecimento. O Facebook foi a rede social mais mencionada pela especialista, que deu algumas
“A aposta neste Congresso é a divulgação da nossa marca, mostrar a novos Ópticos que existimos, que temos uma diferenciação, que somos activos e cada vez mais. Objectivamos ainda mostrar a nossa campanha de Responsabilidade Social, ‘Olhe por si’”.
“Continuamos a achar que é uma iniciativa que faz todo o sentido, sendo que pode congregar as diferentes valências da Óptica e da Optometria. Por isso, continuamos a apostar em estar presentes. Para este Congresso, temos um objectivo claríssimo, que não é comercial: é um divulgar um problema de saúde premente, através de uma iniciativa específica para que possamos ajudar a sensibilizar a necessidade de mudarmos o paradigma. Até agora, na Óptica tem havido o hábito de trabalhar correctivamente. Mas é necessário trabalhar de forma preventiva, que vai até ao encontro ao próprio objectivo do Congresso [Gerar Oportunidades. Obter Resultados].”
Júlio Gonçalves, Conselheiros da Visão
“É importante estarmos neste tipo de evento, já que não temos muitas oportunidades em Portugal para nos mostrarmos aos nossos parceiros e potenciais parceiros o que temos de novo e o que temos andado a fazer. Registo com grande agrado a presença dos principais players do mercado, o que é muito positivo.”
Tito Cunha, Indo
Vasco Cândido, Prats Lusitânia 17
Em Foco “Sendo a Optivisão o maior grupo nacional de óptica, podemos definir que o principal objectivo foi marcar presença naquele que tem sido o maior evento nacional dedicado exclusivamente ao sector da óptica ocular, reforçando a aproximação e a comunicação do Grupo com os profissionais do sector. A Direcção da ANO tem demonstrado uma capacidade crescente na organização deste tipo de eventos, procurando de uma forma muito interessada e profissional recuperar a notoriedade e a importância que estes eventos tiveram no passado, como um momento de reunião/união da classe e também contemplando os congressistas – vindos de todos os quadrantes do sector - com um diversificado programa técnico e científico de elevado nível, onde não faltam as análises e os debates sobre os temas mais prementes da classe.”
Miguel Monteiro, Optivisão
“A ligação da Modavisão – Erich Brodheim à ANO existe desde sempre e obviamente que continuamos a apoiar a ANO nestas iniciativas em prol da Óptica, do crescimento e da união dos Ópticos e fornecedores. Pretendemos um excelente convívio, aprendizagem e festejar mais um Congresso deste sector.”
André Brodheim, Modavisão
“Quero agradecer à Associação Nacional dos Ópticos pelo convite. É a terceira vez que venho a um evento ANO e está cada vez maior. Estão aqui presentes as maiores empresas do mercado e penso que está a ser um êxito.”
Marco de Davide, Marchon Espanha e Portugal
Sorteio Carl Zeiss 1º Prémio Um Focómetro ZEISS Visulens 500
Olhos nos Olhos – Óptica de Telheiras
2º Prémio 10 pares de lentes progressivas da gama ZEISS Superb
Soc. Opt. Hb, Lda
1º Prémio Máscara de Neve ZEISS + Óculo de sol ZEISS 18
Centro Óptico Vale do Sousa Lda
“A ANO está de parabéns em organizar um evento destes, no qual podemos estar todos – fornecedores e clientes – juntos e o sector em Portugal merece a nossa presença. Estamos há quatro anos em Portugal e temos procurado estar em todos os eventos que marcam o sector e onde é importante uma empresa como a nossa estar presente.
Teresa Ferreira, Marchon Portugal
dicas aos presentes de como dinamizar as páginas oficiais das empresas, como a publicação de campanhas próprias ou vídeos curtos com bom som e boa iluminação. Seguiu-se a palestra motivacional de António Paraíso, uma cara já conhecida entre os presentes, não só pela presença no 4º Congresso da ANO, em Vilamoura, mas também pelas acções de formação profissional que já ministrou na Associação. Paraíso focou-se em motivar o empresário da óptica na fidelização dos clientes. Surpreender, encantar, deliciar e emocionar foram os verbos mais focados pelo especialista em Marketing de Luxo e Inovação. Para António Paraíso é fundamental que os empresários saibam criar e manter uma “relação emocional” com os clientes e explicou as diferentes fases de uma campanha de marketing emocional – “uma estratégia de marketing para aumentar a fidelização dos clientes, através da interacção contínua e envolvimento duradouro.”
“Este Congresso foi fantástico, o melhor evento de sempre, no qual vimos a representação do sector na sua totalidade. Os fornecedores de Óptica que estão aqui representam 90% do volume de facturação (…). Estamos todos imbuídos do mesmo espírito de aprendizagem e evolução: fornecedores, Associados e Universidades e alunos. E essa aprendizagem é a nossa principal preocupação: variar os palestrantes, os temas, ponderando os que possam ser os mais interessantes para todos e acho que o programa prova o porquê da enorme adesão que tivemos. Prometo mais para 2017, mas já não temos muito mais margem de manobra. Já crescemos ao nível do que se faz no nosso país. Actualmente temos um número limitado de Ópticas, de fornecedores, tem as duas Universidades – e todos estiveram aqui representados. Quero crescer mais e isso passa por ter mais Associados presentes em sala, pois, em termos de Exposição Técnica já não conseguimos crescer muito mais. Só se internacionalizarmos esta feira e gostava muito de chamar a este certame fornecedores e fabricantes estrangeiros e mostrar-lhes que existimos e que aqui também há oportunidades de negócio.”
Rui Correia, Presidente da Direcção ANO 19
Notícias MIDO 2015 bate recorde de visitantes
A feira internacional de Óptica, MIDO, bateu o recorde de visitantes em 2015. A 45ª edição, que decorreu, em MiIão, de 28 de Fevereiro a 2 de Março, recebeu mais de 49 mil visitantes, cerca de 56% estrangeiros. “Nos últimos meses temos percebido um interesse crescente na nossa exposição”, afirmou Cirillo Marcolin, presidente de Mido, que adiantou as razões para o sucesso: “A nova campanha de comunicação, o novo logótipo, os pavilhões localizados mais próximos do metropolitano, o layout reformulado e mais simples feito para um espaço de exposição consideravelmente maior (+ 10%) e mais expositores (150 novas empresas), que reservaram totalmente os espaços de exposição em apenas alguns meses”. As novas zonas de atracção da feira, como a Fashion District, área de Lentes, o FAiR East Pavilion e o Design Lab com a nova área Lab Academy foram determinantes para o sucesso
desta edição. “Os encontros entre os profissionais no Otticlub também atraíram uma audiência muito interessada, que demonstrou a atmosfera dinâmica que permeia a indústria óptica”, acrescentou o Vice-Presidente, Giovanni Vitaloni. O serviço de “Two Trains for MIDO” ajudou a aumentar o número de visitantes italianos em +8,7%. A importância da MIDO foi ainda reconhecida pelo Ministério do Desenvolvimento Económico italiano, que incluiu a exposição no programa estatal “Made in Italy”. “Os números recorde de público confirmam a indiscutível liderança internacional da MIDO e são um motivo de orgulho e encorajam-nos a fazer ainda melhor, a fim de continuar a ser a exposição imperdível para a indústria eyewear”, concluiu Cirilo Marcolin. A próxima edição da MIDO realizar-se-á a 27, 28 e 29 Fevereiro de 2016, em Milão.
CIOCV’15 aposta na formação científica O 12º Congresso Internacional de Optometria e Ciências da Visão (CIOCV’15) realiza-se nos próximos dias 25 e 26 de Abril de 2015, na Universidade do Minho.
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Esta iniciativa tem-se consolidado como um referente de formação e divulgação científica na Península Ibérica, espelhando o lugar de destaque da UMinho nas áreas da Optometria e Ciências da Visão. Mais uma vez, o programa foi
pensado para proporcionar mais e melhores competências aos profissionais da área da visão, incluindo temas como Terapia Genética em Visão, Optimização das Capacidades Visuais, Distrofias Corneais, entre outros. Mais informações podem ser consultadas na página: http://ciocv.fisica.uminho.pt/ e também no página oficial do CIOCV’ 15 no Facebook.
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CONSELHEIROS
Notícias Ópticas InstitutOptico distinguidas com estatuto PME Excelência As empresas Óptica Central de Abrantes, Ópticas Parente e ÓTICAS-OCT, pertencentes ao InstitutOptico e Associadas ANO, foram distinguidas com o estatuto empresarial de PME Excelência. “Para o InstitutOptico é um orgulho. É um reflexo que estamos no caminho certo e que o posicionamento diferenciado do nosso Grupo é um factor de sucesso no mercado Óptico”, refere a gerente e responsável pela área de Sócios e Recursos Humanos do InstitutOptico, Vera Velosa. Num universo de 20 lojas, as empresas distinguidas foram: a Óptica Central de Abrantes que possui 9 lojas de ópticas em Abrantes, Alpiarça, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Golegã, Porto De Mós, Rio Maior e Santarém; a Óptica Parente que representa 7 lojas de óptica na zona Norte do país, nomeadamente nas regiões de Lamego, Resende, Santa Marinha Do Zêzere e Tarouca; e as OTICAS-OCT que estão presentes na zona Oeste com 4 ópticas em Torres Vedras, Encarnação e Sobral de Monte Agraço. “Ser PME Excelência nunca foi um objectivo. Trata-se de uma consequência do trabalho desenvolvido, para o qual também contribuiu, e muito, o grupo a que pertencemos: o InstitutOptico”, referem Helena Nóbrega Nunes e Nelson
Nunes, gerentes da Óptica Central de Abrantes. As empresas distinguidas com o estatuto PME Excelência são escolhidas no universo das PME Líder como as melhores das melhores, sendo que em 2014 o estatuto PME Excelência foi atribuído a 1.845 empresas portuguesas. “A empresa molda-se pelo mais alto padrão de qualidade, profissionalismo, competência, dinâmica, vanguardismo, honestidade e muito, muito trabalho. A aliança entre estes factores é a fórmula do sucesso. Não é por acaso que esta empresa perdura e cresce há 59 anos, tendo sido ao longo do tempo PME Líder e neste ultimo ano PME Excelência. Esta é a nossa filosofia.”, Francisco Parente, Gerente da Óptica Parente. Já o Director Geral da OTICAS-OCT, Luís Góis, refere que, com esta distinção, “vimos reconhecido todo o esforço que dedicámos para nos conseguirmos adaptar aos novos paradigmas do mercado. Soubemos dar as respostas certas às novas questões dos nossos clientes e olhar para dentro. Tornámos a nossa estrutura mais eficiente e eficaz, assim como flexível. Este é um reconhecimento extensível a toda a equipa das OTICAS-OCT que aqui também quero assinalar.”
WinOPT responde a alterações de legislação
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A F3M acaba de lançar a nova versão do WinOPT, a solução especificamente desenvolvida para o sector das ópticas, que vem responder às recentes alterações de legislação relativas aos requisitos técnicos dos programas de facturação. Esta versão do software WinOPT - Gestão de Ópticas contempla as alterações exigidas aos programas de facturação certificados, nomeadamente em relação ao registo, consulta e exportação de ficheiros a comunicar à AT, à disponibilização de uma nova opção de perfil para
gerar/consultar os inventários comunicados, à possibilidade de enviar o stock da loja actual, à permissão de registar diferentes inventários para o mesmo período, entre outras. Novas funcionalidades ao nível de gestão de produtos, lançamento de cheques pré-datados, a inclusão de motivo e fornecedor nas reclamações, o mapeamento de consultas e o agendamento de SMS para os clientes são também algumas das diversas melhorias implementadas nesta nova versão.
Marchon anuncia licença com MCM A Marchon Eyewear e a MCM (Modern Creation München) - fabricante de artigos de luxo em pele, vestuário e
calçado
-
anunciaram
recentemente um acordo de licença global para o fabrico e distribuição das colecções de sol e armações desta marca. O lançamento da primeira colecção cápsula de sol “Made in Italy” será feito em Março de 2015 em exclusivo na rede de lojas MCM em todo o mundo. A colecção MCM Eyewear será lançada na Ásia em Setembro de 2015, com o lançamento global marcado para Janeiro de 2016.
logística em Itália. Considerando a presença bem enraizada
Claudio Gotardi, Presidente e CEO da Marchon Eyewear,
e a atracção da MCM na Ásia e noutros grandes mercados
Inc. comentou: “Esta é uma parceria emocionante, que se encaixa perfeitamente na estratégia da Marchon Eyewear,
globais metropolitanos, estamos ansiosos para aumentar
Inc. para alargar o nosso portfólio global a marcas de luxo
ainda mais a nossa presença numa das áreas de mais rápido
jovens e dinâmicas, alavancando o nosso fabrico, talento e
crescimento para o mundo da moda.”
Lanvin lança colecção num cenário de Hollywood A De Rigo Vision e a casa Lanvin foram os anfitriões de uma festa à moda de Hollywood, no Hotel Sofitel Paris Le Faubourg, em Paris. O evento celebrou o lançamento da nova colecção de sol da marca Lanvin, que apresentou
modelos marcados pela inovação e luxo. Os convidados, na maioria bloggers de moda, vestiram-se a preceito, com trajes inspirados nos anos 50 do cinema norte-americano e, em especial, na diva Marilyn Monroe.
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Notícias ULTEM™ apresenta nova colecção Desde sempre atenta as exigências dos mercados, a Nova Colecção ULTEM™ oftálmica é perfeita para pessoas activas e dinâmicas. Os modelos desta marca oferecem resistência térmica e química, permitindo flexibilidade e conforto a quem os usa. ULTEM™ apresenta características e detalhes técnicos inovadores, conjugando uma vasta harmonia de cores e medidas Júnior, Teenager e Adulto). ULTEM™ BY Centrostyle está disponível apenas em ópticas seleccionadas e é distribuído por AJ Borges.
Coopervision amplia potências da Biofinity Multifocal A CooperVision continua a apostar no desenvolvimento das lentes de contacto multifocais com a ampliação de potências da Biofinity Multifocal. Esta empresa procura que todos os profissionais explorem ao máximo o potencial de mercado deste tipo de lentes de contacto, ao mesmo tempo que aproxima as suas vantagens a um número maior de utilizadores. Durante os últimos anos, e especialmente em 2014, o mercado de lentes de contacto multifocais não parou de crescer e registou um aumento muito importante relativamente às vendas nas ópticas de Portugal em 2013, com uma facturação aproximada de 3 milhões de euros. Com a ampliação de parâmetros de Biofinity Multifocal disponíveis em stock, os intervalos de adaptação vão desde +6.00 D a -10.00 D (passos de 0.25 de +6 a -6, passos de 24
0.50 desde -6) para as 4 adições disponíveis: +1.00, +1.50, +2.00 y +2.50 e para as duas geometrias D e N. Em todo o mundo, aproximadamente mil milhões de pessoas têm presbiopia, e todas as previsões indicam que o número duplicará em 2050. Na verdade, prevê-se que 44% dos pacientes já padecem presbiopia. Muitos destes pacientes sofreram no passado experiências frustrantes com as lentes de contacto multifocais. Durante anos, enfrentaram-se com um dilema ao escolher as suas lentes multifocais: conforto durante todo o dia ou boa correcção visual a todas as distâncias. As lentes Biofinity® Multifocal acabam com esta disjuntiva. Toda a informação sobre a Biofinity Multifocal: www.biofinitymultifocal.eu/pt/practitioner
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia elege nova direcção Maria João Quadrado, oftalmologista do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), foi recentemente eleita presidente da direcção da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) no biénio de 2015-2016. A nova direcção é, de resto, composta pelos oftalmologistas António Oliveira (Vice-Presidente), João Castro Sousa (Tesoureiro), Rita Flores (Secretária-Geral), António Melo (Secretário-Geral Adjunto), Ângela Carneiro (Vogal) e Pedro Menéres (Vogal). Segundo Maria João Quadrado, a nova direcção da SPO “procurará
uma
maior
visibilidade
internacional
da
Oftalmologia portuguesa, passando por uma estreita colaboração científica ibérica, com a formação de alguns grupos ibéricos nas principais áreas como Cirurgia Implanto-Refrativa; Superfície Ocular, Glaucoma e Retina”. A nova presidente refere ainda que pretende “melhorar a dinamização dos diferentes grupos da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, de forma a criar um fórum de verdadeiro debate e partilha de opinião e ajuda em cada uma das áreas de interesse. Já na vertente científica, pedagógica e de investigação é importante o incentivo e apoio à investigação pelo que um dos nossos objetivos é criar um Prémio de Investigação em Oftalmologia a atribuir no
Congresso Nacional da SPO. O incentivo ao Doutoramento, com apoio de Bolsas de Investigação, faz também parte deste programa”. Ainda no que diz respeito à actividade científica, a nova direcção da SPO defende que “a Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia deverá ser ainda mais próxima de cada um dos sócios, com a publicação de artigos temáticos de orientação clínica básica, escritos por portugueses ou estrangeiros de reconhecido mérito científico”. As atividades dirigidas ao público em geral são também uma prioridade. Maria João Quadrado sublinha que “a SPO deverá efetuar assiduamente operações de divulgação junto da população, da comunicação social e manter ativo o portal da SPO nas diferentes áreas da oftalmologia. Pretendemos organizar a Semana da Visão a decorrer na primeira semana de Outubro, aquando do Dia Mundial da Visão, com acções de sensibilização”.
Marchon renova contrato com Salvatore Ferragamo A Salvatore Ferragamo anunciou recentemente o prolongamento de cinco anos no seu acordo de licença mundial para o design, distribuição, marketing e venda dos óculos de sol e armações para homem e mulher da marca com a Marchon Eyewear. O acordo de licenciamento, que entrou em vigor inicialmente a 1 de Janeiro de 2012, vai agora prolongar-se até Dezembro de 2021. Produzidas exclusivamente em Itália, as colecções eyewear Salvatore Ferragamo são a interpretação perfeita da história,
herança e estilo da marca. As colecções são distribuídas em todo o mundo nas lojas monomarca Salvatore Ferragamo e nas principais ópticas. “A nossa parceria com Salvatore Ferragamo é uma fonte de grande orgulho e satisfação para nós. A tarefa de interpretar a história, herança e integridade da marca é um desafio constante, o que nos incentiva a criar óculos de qualidade superior capazes de combinar estilo com elegância”, afirmou Presidente e CEO da Marchon Eyewear, Claudio Gottardi. 25
Notícias
GRUPO LOGO RENOVA CONTRATO foi reconstruída e tornou-se numa verdadeira produtora de armações. Foram criadas divisões de produção dedicadas a COM TAG HEUER E FRED
TAG Heuer e Fred: contratos renovados com o Grupo LOGO
A Proóptica reforça a parceria com o Grupo LOGO que renovou recentemente os seus contratos com as marcas TAG Heuer e Fred. Esta renovação de contratos fortalece o posicionamento da Proóptica no segmento de luxo. O Grupo LOGO reformulou-se e reorganizou-se fortemente, após a compra da empresa pelos accionistas, no passado mês de Junho e com a entrada da nova equipa de gestão. O ADN original da empresa, fundada em 1896 em Morez (França), foi trazido de volta para recriar um fabricante francês líder no sector premium da óptica, na região de Jura. A LOGO parou com todas as suas trocas comerciais (como a importação da China) de marcas regionais. A empresa escolheu produzir armações e óculos de sol inovadores internamente, made in France. A LOGO pode agora focarse no seu próprio design e nos seus departamentos de pesquisa e desenvolvimento de produto, para assim criar produtos emblemáticos e inovadores. A fábrica de Morez
SÉBASTIEN OGIER, CAMPEÃO MUNDIAL DE RALLY DE 2014
cada marca do grupo.
Marcas do Grupo LOG: as novidades A TAG Heuer apresentou recentemente a sua estratégia de comunicação e gestão à sua equipa. Jean-Claude Biver, Presidente do Grupo LWMH Watch Group e CEO da TAG Heuer, reafirmou a confiança da marca de relógios no Grupo LOGO. Biver confirmou inclusive, a renovação da parceria entre os dois grupos, que já dura há 12 anos. O Grupo LOGO, afirma-se assim enquanto designer, fabricante e distribuidor exclusivo da marca TAG Heuer Avant-Garde Eyewear. Neste momento, estão a ser desenvolvidos e industrializados internamente novos conceitos. Os novos produtos em breve utilizarão novas tecnologias que vão ao encontro das necessidades dos consumidores mais jovens, que procuram armações e óculos de sol que correspondam ao seu próprio estilo de vida. A FRED joalharia, também prolongou o histórico licenciamento que tem com o Grupo LOGO, com mais de 25 anos. Assim, a LOGO afirma-se como o único licenciado da FRED armações e óculos de sol. Na sequência do sucesso do renascimento da linha FORCE 10 em 2015, a equipa de eyewear da marca, está actualmente a trabalhar no desenvolvimento de uma linha exclusivamente feminina, inspirada nas jóias da marca.
Marcolin renova com Timberland até 2018 26
A Marcolin anunciou recentemente a renovação do acordo de licença para o design, produção e distribuição global das colecções oftálmicas e de sol da marca Timberland. O
acordo foi alargado até 2018, com a possibilidade de dois anos de extensão.
Silmo renova imagem e conceitos em 2015 O Salão Mundial de Óptica, Silmo, coloca a sessão de 2015 sob o signo da renovação. Para a próxima edição, de 25 a 28 de Setembro de 2015 no Centro de Exposições de Paris Nord Villepinte, o Salão adopta um ponto de vista mais mercantil. Organizado em torno de 4 universos, reorquestra também a sua comunicação lançando uma campanha de grande impacto. Para
melhor
corresponder
às
necessidades dos expositores e dos visitantes, e também para reafirmar o seu estatuto de líder, o Silmo muda de imagem na próxima edição. Mais do que um salão, apresenta-se actualmente como a maior flagship store do mundo consagrada à visão. Sob o mesmo tecto, o Silmo reúne a mais completa oferta do sector da Óptica e afirma-se como um verdadeiro motor de negócios para todos os participantes. Os visitantes do Silmo Paris procuram viver novas experiências no sentido de obter resultados práticos nos seus negócios. Os profissionais vão à descoberta das tecnologias, inovações e criações inéditas da moda eyewear em primeira mão, procuram informar-se e formar-se sobre os produtos e as novas tendências. Vão para encontrar-se com os seus fornecedores e descobrir novos. Procuram ainda encontrar os seus pares. E foi a pensar em todas estas
últimas
inovações
tecnológicas como os especialistas de material óptico, os do equipamento do ponto de venda ou da óptica conectada. Silmo Formation apresenta o Silmo Academy, com o seu colóquio, os ateliers técnicos e os workshops. Nova estratégia de comunicação Esta sessão de 2015 marca uma ruptura. É a primeira vez que um salão profissional se posiciona como uma flagship store e se afirma como a mais completa vitrina de todo um sector. O Silmo Paris muda em 2015 anuncia-o. Com uma nova agência de comunicação, o salão inspira-se dos códigos do
expectativas que o Silmo repensou o perfil de “comprador”
retalho para a comunicação desta edição, com uma escolha
dos visitantes, em torno dos 4 universos que caracterizam
Topo de Gama que não hesita em agitar os discursos
o Silmo:
tradicionais das manifestações profissionais.
Silmo Mode apresenta as últimas colecções, as armações
O saco de compras é o elemento icónico de uma flagship
nos estilos mais eclécticos, as selecções de desporto e luxo
store e o Silmo Paris faz dele o emblema da sua mudança.
e ainda os fóruns das tendências.
O branding da marca (logótipo e arquitectura de marca)
Silmo Santé agrupa as lentes, as técnicas de baixa visão ou
também foi modificado. A identidade visual torna-se mais
a contactologia.
refinada, com maior impacto e visibilidade, e forma a atrair
Silmo Innovation reúne tanto o Lab Fab, o laboratório das
mais visitantes do que os 33.301 do ano passado.
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Notícias Herman José escolhe Optivisão
O humorista português Herman José escolheu a Optivisão para uma consulta e escolheu uma armação da marca exclusiva deste grupo, Coppe&Sid. “Estou muito satisfeito com o profissionalismo dos colaboradores do Grupo Optivisão. A consulta feita por um optometrista foi muito completa, tendo sido utilizados equipamentos tecnologicamente evoluídos para avaliação da visão. Os óculos Coppe&Sid, por sua vez, possuem todas as características que aprecio como a originalidade do design e a diversidade de modelos, assim
como a durabilidade imposta nos materiais com que são produzidos”, afirmou Herman. A administração do Grupo Optivisão está muito satisfeita com esta confiança. Maria Adelaide Penedo, presidente do Conselho de Administração referiu que “O Herman José é um homem exigente que gosta de preservar o melhor de si. É, para nós, um grande motivo de orgulho cuidar de uma figura tão emblemática da cultura nacional.”
Colecção infantil da Sàfilo desenvolvida por oftalmologistas
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A nova colecção da Sàfilo para crianças está a ser concebida em colaboração com a Sociedade Italiana de Oftalmologia Pediátrica e a Sociedade Mundial de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo. Dedicados a crianças dos 0 aos 8 anos, estes novos modelos são concebidos a partir de tecnologias e materiais avançados. “Estas armações foram projectadas com o objectivo
específico de criar um produto verdadeiramente às crianças e que finalmente responde às recomendações diárias dos oftalmologistas. O resultado é uma colecção que garante óculos seguros e duradouros, criados com materiais de base biológica e com o melhor ajuste para todas as idades”, afirmou o professor de oftalmologia da Universidade de Milão, Paolo Nucci, durante o lançamento da colecção na Mido.
InstitutOptico apoia lançamento do livro “20 fotografias de rua” O InstitutOptico apoiou a 3ª sessão de apresentação do livro “20 fotografias de rua”, no passado dia 28 de Fevereiro, no Teatro Municipal de Vila do Conde. Depois do lançamento em Lisboa e da apresentação em Évora chegou a vez de Vila do Conde, onde esteve presente a maior parte do colectivo de 20 fotógrafos autores do livro, Adriano Gonçalo do Oculista de Campanhã em representação do Grupo InstitutOptico, António Vieira da Silva das Edições Vieira da Silva, e mais de 80 convidados. O InstitutOptico procura apoiar culturalmente os projectos que se enquadram na sua área de negócio. Este livro prima por ser um elemento artístico e cultural, digno de um coleccionador, com imagens que todos vemos quando saímos de casa, mas que poucos conseguem ver fotograficamente. Por outro lado
este projecto mostra as perspectivas de um colectivo de fotógrafos assim como o InstitutOptico representa a visão de um colectivo de ópticos. Esta iniciativa permitiu ainda ao InstitutOptico prosseguir com a sua política de responsabilidade social, uma vez que parte das receitas revertem a favor da Associação Acreditar, que é a Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. A estratégia de actuação do InstitutOptico pautase pelo desenvolvimento de um plano de responsabilidade social que apoia diversas instituições. Através deste plano, o InstitutOptico tem apoiado inúmeros projectos que visam, entre outros, o bem-estar de comunidades e de pessoas mais vulneráveis.
Licença da Givenchy com o grupo Sàfilo O grupo Sàfilo e a Givenchy, a marca de luxo de prestígio mundial, anunciaram recentemente o acordo de licenciamento para as colecções de óculos de óculos de sol e armações desta marca. O contrato entrará em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2016, com a duração de cinco anos, sendo renovável por mútuo acordo.
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Opinião
Quando a confiança descarrila “Linha Azul: a circulação encontra-se com perturbações. O tempo
mesmo a este fenómeno “o admirável mundo das greves no
de espera pode ser superior ao normal.” É esta mensagem que
metro”, em opinião publicada a 27 de Fevereiro.
faz estremecer qualquer utente do Metropolitano de Lisboa. Seja
O serviço degrada-se a olhos vistos, a segurança e a manutenção
às primeiras horas da manhã, rumo a mais um dia laboral, seja
das composições começa a ser questionada e quem paga é o
ao fim da tarde, no regresso ao lar, é um desconcerto para a
utente que tem de fazer das tripas coração para contornar os
vida de meio milhão de portugueses. É caso para dizer que as
dias em que o Metro encerra portas. E já agora terá de esticar
interrupções e as perturbações no subway lisboeta não escolhem
o dinheiro, recorrendo a serviços alternativos como um táxi ou
hora certa.
em parquímetros para poder apresentar-se a tempo e horas
Metro é uma palavra universal que significa rapidez. Em Portugal,
ao serviço. Já sabemos que a greve é um direito consagrado
é mais sinónimo de “estamos em greve, por isso, desenrasque-
constitucionalmente, mas seria da mais elementar justiça
se”. Foi assim que, em 2012, só no Metro, foram convocadas 11 greves, e no ano seguinte 12. E em 2014 foram mais 14 as greves convocadas. Ou seja, a um ritmo superior de uma por mês. 2015 ainda agora começou, mas a contabilidade já se aproxima da meia dúzia. A situação tem-se degradado nos últimos anos, coincidindo com a presença da troika no nosso país e os consequentes cortes a eito que afectaram, nomeadamente os serviços públicos de transportes. A expansão da exploração até ao aeroporto da Portela e aos concelhos da Amadora e de Odivelas foram conquistas, mas o endividamento da empresa não parou de aumentar, em simultâneo com um decréscimo da procura. Com a iminente atribuição a privados da concessão do Metro e
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reembolsar o cidadão por cada dia ou por cada paralisação parcial verificada. Se o direito à greve existe, onde ficam os legítimos direitos dos utentes? Segundo estimativas recentes, o Metro perde mais 100 mil euros em facturação por cada dia parado, mas também poupa quase o mesmo por ordenados que deixa de pagar aos grevistas. É este impasse que faz tudo ficar na mesma, questiona o cronista do “Público”? Para os menos familiarizados com os transportes públicos, importa informar que um passe para circular em toda a rede do Metro já custa 42 euros e um bilhete simples para andar uma paragem ou 15 paragens consecutivas, obriga a desembolsar 1, 40 euros.
da Carris - empresas que entretanto se fundiram - começou o
“Desde 1959 a transportar Lisboa”, como diz o slogan da
desfilar de greves promovidas pelos sindicatos. Já se perdeu a
empresa, o Metro perdeu fiabilidade. Os lisboetas confiavam,
conta às paralisações, sejam elas parciais ou de um dia inteiro.
quase cegamente, na qualidade dos serviços prestados pela
Certo é que já mereciam um lugar de honra no Guinness World
empresa. Eu, como utilizador diário, afirmo que agora já não é
of Records. Greves atrás de greves, tantas, que na grande Lisboa
assim. É como a greve: tem dias.
até já há um site chamado “Hoje há greve? - Veja se consegue
Para Julho está prevista a definição da entidade privada que
chegar ao trabalho».
vai gerir o negócio. O governo anuncia uma nova era para os
Enquanto os utentes já estão anestesiados e indiferentes à
transportes públicos. Os sindicatos prevêem mais cortes e
profusão de paralisações, os artigos sucedem-se na imprensa
despedimentos em massa. E que papel caberá aos utentes?
e Pedro Sousa Carvalho, director adjunto do “Público”, chamou
Terão de comprar carro para ir para o trabalho?
Ultras medievais Estádio do Jamor. 18 de Maio de 1996. Final da Taça de Portugal
O jogo acabou, como seria de esperar, em confrontos e carga
entre Benfica e Sporting. Durante o jogo, Hugo Inácio, adepto do
policial.
Benfica e membro da claque No Name Boys, lança um very light
Mas os comportamentos antidesportivos não são exclusivos
que percorre mais de 130 metros na horizontal e atinge no topo
de Portugal. Na Bélgica, o ex-jogador do FC Porto, Derfour,
oposto Rui Mendes, adepto do Sporting. Inácio foi condenado a
regressado ao seu país, agora com a camisola do Anderlecht,
quatro anos de prisão por negligência grosseira, sentença que
foi mimoseado com uma tarja por parte dos adeptos do seu
não se alterou após repetição do julgamento em Janeiro de
antigo clube, o Standard Liège, com a inscrição: “red or dead”
1998. A festa do futebol fica manchada de sangue e a reputação
(vermelho ou morto), acompanhado por uma imagem da sua
das claques para sempre associada à tragédia, sendo uma das
cabeça decapitada por um indivíduo trajado de escuro, a tudo
páginas mais negras associadas a estes grupos.
fazer lembrar os terroristas do Estado Islâmico.
Depois de anos a operarem na ilegalidade, muitas claques
Ninguém imaginaria há uns anos, mas, onde o fenómeno parece
viram o seu estatuto reconhecido, mediante a aceitação de
estar contido é mesmo em Inglaterra. O hooliganismo faz parte
determinadas regras, enquanto outras perderam o apoio dos
da história e as mensagens racistas ou promotoras da violência
clubes. Mas os maus exemplos nem por isso abrandaram,
são prontamente alvo de inquérito e os seus autores penalizados.
especialmente os associados aos chamados clubes grandes.
Por cá, as claques de futebol têm sido trampolins para outros
Nomeadamente quando há clássicos, as forças de segurança
voos e para ligações perigosas com o mundo do crime. O
concentram centenas de efectivos para assegurar que não há
recente caso que envolveu o ex-dirigente do Sporting, Paulo
desacatos nem respostas a provocações no trajecto das claques
Pereira Cristóvão e Mustafá, líder de uma claque do clube de
até ao estádio onde se realiza o jogo. São as chamadas “caixas
Alvalade - ambos em prisão preventiva por serem suspeitos de
de segurança” que, para controlar dois ou três mil adeptos,
participação em assalto e integrarem uma associação criminosa
mobilizam polícias trajados, à paisana e equipas médicas -
- levanta novas preocupações sobre o real poder das claques
provavelmente nesse período há assaltantes que estão a exercer
e dos seus responsáveis máximos. Anormais sinais exteriores
o seu métier, perante a distracção da polícia.
de riqueza, ligação a negócios da noite, droga e assaltos são
Dentro do estádio, estes indivíduos ficam confinados a uma
suspeitas cada vez mais fortes. São estas ligações perigosas,
“gaiola” ou “jaula”, quais animais raivosos, e, ao longo dos
associadas a sementes de violência, que tornam estes líderes
90 minutos, entoam cânticos agressivos, alguns racistas e
das chamadas claques de tudo menos bons rapazes.
xenófobos, arremessam petardos e exibem tarjas, no mínimo,
É esta percepção de violência crescente e generalizada que gera
de mau gosto. Um jogo de futsal entre Benfica e Sporting foi
sentimento de insegurança e contribui para afastar as pessoas
aproveitado para uma ácida troca de mensagens entre claques.
dos estádios. Queremos o futebol entregue a ultras medievais
“Sigam o King”, escreveram os leões, em alusão ao falecimento
e delinquentes ou as bancadas repletas de famílias que apenas
de Eusébio. “Very light 96” dizia, em resposta, uma tarja da
pretendem desfrutar da beleza do jogo? Cabe à polícia e, para
claque das águias, evocando a tragédia do Estádio Nacional.
começar, aos clubes a palavra decisiva.
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Opinião
A cadeira de sonho
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Sejamos honestos. São raros os colegas que podemos dizer que
Não há margem para a filosofia, seja ela comportamental ou
amam verdadeiramente o exercício da sua profissão.
organizacional. Está bom de ver que as empresas tecnológicas
Os trabalhadores dividem-se nos que gostam do que fazem e nos
provaram que é possível conciliar informalidade e responsabilidade
que laboram a contragosto e estão mais disponíveis em gastar
e incutir nos seus colaboradores que independentemente de
a sua energia em meter-se na vida alheia do que em contribuir
existirem personalidades e estados de alma que colidem mais ou
para o bem comum. Nem o desemprego e a austeridade faz com
menos no local de trabalho os objectivos são comuns e estão todos
que a maior parte dos portugueses – muitos deles partilham sala
no mesmo barco.
connosco – se entreguem de corpo e alma ao seu trabalho. Só têm
A nível global, a Google foi considerada a empresa perfeita para
em mente o Dia de São Receber. Pouco ou nada se apoquentam
trabalhar, pelo sexto ano consecutivo, segundo a revista Fortune.
com o que devem dar em troca para o merecer. É um facto que há
Mountain View é uma pequena cidade californiana, onde se é feliz,
empresas mais estimulantes do que outras. E outras há que não
pelo menos das 9 às 5. A cafetaria é de livre acesso e até lavam a
se poupam a esforços para oferecer ao seus colaboradores todos
roupa dos funcionários, se tal for necessário. Criou-se uma cultura
os mimos para que se sintam confortáveis e produzam o melhor
de trabalho Google que muitos querem copiar.
que sabem.
Mas que outros factores fazem uma empresa um bom local para
Os rankings são polémicos e subjectivos. Valem o que valem,
trabalhar? Os especialistas dizem que os ingredientes são diversos:
mas não devem ser ignorados. São indicadores válidos. A revista
- Taxa de orgulho dos funcionários em trabalharem para a empresa;
“Exame” publica todos os anos uma tabela a que deu a atractiva
- Resultados e impacto da empresa ao nível da comunidade;
designação: “As melhores empresas para trabalhar”. Um ano mais,
- Qualidade das instalações;
as empresas afectas ao sector tecnológico lideram, destacadas,
- Comemoração de acontecimentos especiais;
sendo revelados exemplos absolutamente surpreendentes de
- Promoção da flexibilidade de horário e do teletrabalho;
benefícios proporcionados aos seus trabalhadores.
- Possibilidade de adquirir experiência a nível internacional;
A ética e a honestidade da liderança, a par com o orgulho em
- Possibilidade de fazer formações;
trabalhar na empresa, nos seus resultados e no seu contributo
- Existência de infra-estruturas de apoio médico;
para a comunidade integram as áreas mais positivamente
- Período de licença de maternidade superior ao previsto na lei;
percepcionadas pelos colaboradores, segundo o instituto Great
- Criação de grupos de responsabilidade social;
Place to Work, que promove estudos que têm sido seguidos pelas
Pelo rectângulo à beira mar plantado, não temos a Google,
mais inovadoras e respeitadas organizações do mundo.
mas temos grandes exemplos, que dão cartas intramuros e
Acredito piamente que um bom ambiente empresarial é uma
internacionalmente. A distinção das PME líder é um desses casos,
questão de filosofia e liderança. É preciso contratar os melhores,
elencando-se as empresas com certificação de qualidade com
dar-lhes as melhores condições possíveis para executarem a
base em apertados critérios de selecção, que mais contribuem
tarefa e exigir os melhores resultados. No fundo, dar primeiro para
como base estrutural da economia portuguesa.
receber depois. Semear para colher. Ao contrário da Lei de Murphy,
Se é daqueles que não está satisfeito com o seu emprego, lute pela
tem tudo para correr bem.
sua cadeira de sonho. E não é preciso ir para a Califórnia. Ela pode
Infelizmente, muitas empresas são geridas sem estratégia
estar ao virar da esquina. Não espere é por El Dorados de mão
e sem pulso, dando azo a muita intriga e conflitos pessoais.
beijada. Quem semeia, acaba por colher… Os textos de Opinião são da autoria do jornalista Nuno Dias da Silva
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Centro Tecnológico de Formação de Lisboa Rua Particular à Rua Ventura Abrantes, Espaço 3 e 4 1750-323 Lisboa Tel.: 217 574 191
Centro Tecnológico de Formação de Porto Rua Mártires da Liberdade, 192, 2.º, Sala 2.4 4050-392 Porto formação@ano.com.pt
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) representa todos os que exerçam a actividade da óptica em Portugal. Actualmente, tem cerca de 1.000 associados, representando, directa ou indirectamente, 1.500 estabelecimentos de óptica. O principal objectivo da ANO é representar os seus associados e defender os seus interesses morais, profissionais e económicos. A ANO tem dois centros de formação profissional, em Lisboa e no Porto. A Associação é, desde 2008, uma entidade formadora acreditada pela Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). As principais acções de formação promovidas pela ANO são na área da Óptica Ocular e Contactologia. Para os empresários da óptica iniciamos recentemente módulos de aprendizagem na área da gestão, que englobam temas como: stocks, oficina ou área financeira.
Notícias ANO Novos Associados A rede de Associados da ANO está sempre a crescer. Apresentamos 2 novos Associados e 17 novos Estabelecimentos Associados:
Ópticas Minhovisão
Horizonte Visual
Vila Verde
Valado dos Frades
Novos Estabelecimentos Associados Adão Oculista
Adão Oculista
Porto
COOM
Porto
MultiOpticas
Viana do Castelo
MultiOpticas
Amoreiras Shopping Lisboa
MultiOpticas
C.C. Fórum Castelo Branco
MultiOpticas
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Óticas-OCT
C.C. Sintra Retail Park Rio de Mouro
C.C. Albufeira Shopping Albufeira
MultiOpticas
Castelo Branco
MultiOpticas
C.C. Fórum Viseu
Sobral de Monte Agraço
MultiOpticas
Dolce Vita Douro Vila Real
MultiOpticas
Vila Nova de Famalicão
MultiOpticas
C.C. Palácio do Gelo Viseu
Óticas-OCT
Torres Vedras
MultiOpticas
C.C. Algarve Shopping Guia
MultiOpticas
C.C. Foz Plaza Figueira da Foz
MultiOpticas
Retail Parque Mondego Taveiro
Formação em Facebook na ANO
A Associação Nacional dos Ópticos promoveu nos passados dias 14 e 21 de Março, em Lisboa, a formação em Facebook Empresarial, “Divulgue a sua Óptica no Facebook”. Ministrado pela especialista em Redes Sociais e oradora do 6º Congresso Nacional da Óptica Ocular, Ana Mendes, este curso ajudou os profissionais da Óptica a conhecer em
profundidade a rede social Facebook de forma a criarem uma estratégia de conteúdos para as suas publicações na página. Durante as oito horas de formação, os 26 inscritos na acção aprenderam as técnicas para dinamizar a sua Comunidade de Fãs e criar e analisar a performance de uma campanha de Publicidade no Facebook.
ANO divulga cuidados visuais Novos modelos Carrera durante eclipse Inspiração vintage, cores contemporâneas solar No dia 20 Março, Portugal observou um eclipse parcial do sol. Das oito às dez da manhã, foram muitos os que quiseram ver o fenómeno natural. No entanto, muitos eram igualmente os que desconheciam os perigos de tal observação para os olhos. A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) divulgou um comunicado de imprensa com conselhos vitais para a população interessada em observar o eclipse do sol, sendo que a principal recomendação foi para que ninguém observasse o Sol directamente sem usar os “óculos do eclipse”, os únicos filtros solares oculares adequados. Além de informar acerca das possíveis lesões para a retina, neste comunicado, a ANO listou quem está mais propenso a sofrer as consequências da observação directa do sol: • Jovens e crianças: possuem cristalinos (“a lente do olho”) mais transparentes.
• Pacientes operados às cataratas: pela ausência de cristalino. • Pacientes submetidos a cirurgias oculares que enfraqueçam a retina. • Pacientes que sofram de patologias retinianas, como, por exemplo, associadas à diabetes. • Toma de medicação, como antibióticos, que podem provocar alterações na visão. • Aumento da temperatura corporal, devido a factores como febre ou mesmo clima de Verão. • Fundo ocular muito pigmentado, que favorece o aumento de temperatura retiniana Com o lema “amanhã, pela sua saúde visual, não olhe directamente para o sol”, este comunicado da ANO possibilitou ainda a divulgação da mensagem de prevenção visual na Antena 1, através de uma breve entrevista ao presidente da Associação, Rui Correia.
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Notícias ANO
Seguros ANO, o novo serviço para Associados A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) disponibilizou recentemente um novo serviço aos seus Associados. O “Seguros ANO” vem dar resposta às necessidades dos empresários da Óptica no acesso a produtos específicos que nem sempre as seguradoras estão dispostas a aceitar - como é o caso dos seguros de Responsabilidade Civil Profissional e de Exploração, bem como o seguro para quebra de Lentes e Armações, que são exclusivos para os Associados ANO. De forma a simplificar o processo de emissão de apólices
Esta é uma oferta corrente de seguros, com condições
- tornando-o, também, mais célere e eficaz – a ANO
muito competitivas para o negócio ou em casos pessoais –
desenvolveu uma plataforma informática, à qual poderá
pois são extensíveis aos colaboradores e familiares -, e de
aceder através do endereço https://www.ano.com.pt/
um serviço de aconselhamento e acompanhamento nos
seguro e registar-se.
sinistros.
O registo no portal não tem qualquer custo para o Associado
Os empresários poderão ainda pedir informações adicionais
nem representa nenhum compromisso ou obrigatoriedade
para o seguinte endereço de e-mail: seguros@ano.com.pt.
de subscrição do seguro. Apenas lhe vai permitir aceder a
Consulte ainda a Circular Electrónica 02/15 de 05 Fevereiro
uma ferramenta útil para o sector, que permitirá fidelizar
de 2015.
os seus clientes. 38
Perspectiva Económica
Mais novas empresas e menos insolvências em Portugal Por: Paula Pinto Gonçalves
No início de 2015 foi confirmada a tendência de decrescimento das insolvências iniciada em 2014, com 673 processos - menos 64 que no período homólogo de 2014 (-8,7%). Em Janeiro, as constituições de novas empresas aumentaram 4,6% em termos homólogos (195 empresas), segundos dados divulgados pela Ignios – Gestão Integrada de Risco, aos quais a VER teve acesso. No entanto, as declarações finais de insolvência tiveram um ligeiro acréscimo em Janeiro (+0,8%). Pelo contrário, os pedidos de insolvência diminuíram nos casos apresentados pela própria empresa (-51, -2,6%), bem como as insolvências requeridas pelos credores (-2, -0,1%). Os planos de insolvência aprovados foram residuais e também diminuíram (-13, -9,2%). Em termos geográficos, também foram contrariadas as tendências de 2013 e 2014: Braga voltou a aumentar o seu peso nas insolvências (de 11,1% para 16,3%), com 110 empresas, mais 27 do que no período homólogo de 2014. Aveiro também aumentou o seu peso de 7,3% para 8,9%, mas teve uma pequena diminuição absoluta (-3 empresas). Pelo contrário, Lisboa diminuiu o seu peso (de 21,8% para 20,4%) e teve 137 insolvências (-57). O Porto (131) também diminuiu o seu peso (de 23,1% para 19,5%, -20 empresas). Setúbal também diminuiu o seu peso de 6,4% para 5,2% (-12 empresas). As insolvências dos serviços dependentes da procura interna mantiveram o maior peso e crescente (Outros Serviços, de 16,8% em 2013 para 18,2% em 2014 e 18,4% em Janeiro de 2015), com o Comércio por Grosso a aumentar fortemente o seu peso em Janeiro (de 12,2% em 2014 para 14%), com um aumento homólogo. Por contraste o Comércio a Retalho (de 16,5% para 15,4%), a Restauração (de 7,3% para 6,5%) e a Construção (de 19% para 17,8%) baixaram em termos relativos e absolutos o seu nível elevado de insolvências. As Indústrias Transformadoras, com o seu nível mais elevado de exportações
directas e indirectas, também diminuíram em termos absolutos e homólogos as insolvências (-15,2%). As insolvências de microempresas mantiveram-se predominantes, mas observou-se um aumento do peso de pequenas empresas em Janeiro de 2015 (entre 11 e 50 empregados o peso foi de 15,8%, 12,6% em 2014). Quase 200 novas empresas em Janeiro As Constituições aumentaram 4,6% em termos homólogos (195 empresas) em Janeiro de 2015 devido ao aumento do peso de Aveiro (de 5,7% para 7,1%, 316 empresas), Braga (de 8,5% para 8,7%, 385 empresas) e Setúbal (de 6,6% para 6,9%, 309 empresas). Lisboa com 1.235 empresas e o Porto com 795 empresas diminuíram o seu peso de 29,3% para 27,8% e de 18,7% para 17,9%, respectivamente. O Comércio Automóvel, beneficiado pelo aumento de Volume de Negócios, aumentou não só o seu peso relativo (de 3,2% para 4,1%), como também o seu nível absoluto para 182 empresas (+33); a Hotelaria e Restauração mantiveram o seu peso em 10,9%, com mais 79 constituições. O Comércio por Grosso e a Retalho, por outro lado, diminuíram o seu peso de 21% para 20,2%, com menos 52 constituições. O Capital de 86,1% das constituídas não ultrapassou os 5.000 €. Este estudo contempla o universo das entidades com registo de acções de insolvência e de constituições publicadas pelo Ministério da Justiça até 31 de Janeiro de 2015 e registadas na Base de Dados Empresarial IGNIOS.
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Perspectiva Económica
6 passos para se destacar da concorrência
Há simples pormenores que os seus colaboradores podem aplicar no momento da venda para que o cliente pense imediatamente “Uau, o serviço aqui é excelente” ou “Confio mesmo nesta equipa”. Num artigo no site “Optician Online”, a consultora inglesa, com mais de 10 anos de experiência na área da Óptica, Polly Joseph, dá alguns conselhos a aplicar na sua empresa. Com tanta concorrência na rua e online, como pode garantir que se destaca dos restantes negócios? Como pode tornar os seus colaboradores em verdadeiros embaixadores da sua marca? Como pode fazer com que os clientes regressem e o
recomendem a familiares, amigos e colegas? Para Polly Joseph, tudo começa com a necessidade de ser criar uma interacção pessoal entre os seus colaboradores e o seu paciente.
Interacção pessoal A sua equipa deve ser orientada para as vendas. No entanto, não precisa de lembrar constantemente o paciente que é visto também como um potencial cliente. “Começar a venda com um toque ‘humano’ faz toda a diferença”, diz a autora. Um elogio sincero ou uma afirmação positiva é uma excelente forma de iniciar uma conversa e todas as questões iniciais devem deixar em aberto uma troca de ideias fluída e natural. Nem todos os pacientes se tornam clientes e nem todos os clientes voltam, mas, segundo Polly Joseph, com técnicas específicas, como o tom de voz e a linguagem corporal usados, podem fazer com o cliente se sinta à vontade para voltar. 40
Avaliação das necessidades A especialista recomenda: seja curioso. A maioria das pessoas gostam de falar de si e os seus clientes não serão a excepção. O óptico precisa de conhecer o estilo de vida dos pacientes, o tipo de trabalho que fazem e o que isso envolve, bem como o que eles fazem nos tempos livres para a anamnese e/ou escolha do artigo óptico. “Coíba-se de fazer perguntas fechadas (que possam ser respondidas apenas por ‘sim’ ou ‘não’). Converse mais com o cliente sobre a sua vida. Descubra o que eles amam, mostrando um interesse genuíno.” No entanto, há clientes mais reservados e deve treinar a sua equipa para reconhecer os sinais e serem capazes de adaptar o comportamento em conformidade. Um bom ponto de partida sempre é tratar o cliente como gosta de ser recebido em qualquer estabelecimento comercial.
Contar histórias Contar histórias pode ser uma ferramenta poderosa ao balcão. A maioria das marcas e empresas de óptica tem uma história que vale a pena contar, seja sobre o design, o logo, os materiais dos produtos ou até mesmo sobre a evolução da empresa. E a autora do artigo dá exemplos. Sabia que as primeiras lentes Rayban B15 foram desenhadas a pensar nos pilotos da Força Aérea Norte-Americana nos anos 30? E que o símbolo da camélia que surge muitas vezes nos modelos Chanel é devido ao gosto da criadora da marca por esta flor? Se estiver a vender uns óculos de acetato, por que não dizer que este material deriva de fibras naturais como madeira e algodão? Ao inserir estas curiosidades durante a venda, não só valoriza o produto como destaca o seu conhecimento, aumentando a satisfação do cliente.
Características e benefícios A sua equipa deve estar apta a explicar todos os produtos à disposição na loja, tanto os elementos técnicos como as características estéticas e respectivos benefícios para o cliente. Esta é uma técnica que precisa de prática. É vital que estas explicações sejam dadas ao balcão, durante a venda e de forma personalizada. Se o seu colaborador parecer um robot a debitar informações, não irá causar qualquer impacto no cliente. Quando chegarem as novas colecções à loja, junte a sua equipa e discutam as principais características dos modelos e partilhem opiniões.
Pedir vendas Se os passos acima forem seguidos, esta parte deverá ser mais simples. Há muitas técnicas que podem ser empregues para garantir a efectivação das vendas e que os produtos comprados correspondam verdadeiramente às necessidades do cliente. Todos os elementos da sua equipa devem ter formação em vendas para que saibam todas as técnicas a aplicar no momento certo e adequadas ao cliente que têm à frente.
A última impressão É vital que a sua equipa estabeleça uma impressão duradoura no seu cliente. Técnicas simples podem ajudar a criar empatia, como, por exemplo, o “adeus ligado”, no qual o seu colaborador se despede com algo que tenha sido referido pelo cliente durante a venda. “Tenha umas boas férias” ou “Espero que a sua namorada goste dos novos óculos de sol” relembra o cliente da experiência pessoal e personalizada que viveu na sua loja e que há um real interesse pelo seu bem-estar.
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Perspectiva Económica
Perspectiva positiva para os óculos de sol no mercado Europeu Por: Paula Pinto Gonçalves
As duas principais feiras do sector, Mido e Silmo, encomendaram à empresa de estudos de mercado, GFK, uma análise ao desenvolvimento do mercado óptico nos principais países da Europa. Os principais resultados do “Optical Monitor” foram divulgados recentemente, em Milão, à margem da realização da Mido.
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Entre os resultados mais significativos, o estudo revela que 44% da população europeia comprou um produto óptico nos últimos meses e que os optometristas são tidos como uma fonte de informação importante nos cuidados de prevenção visual. Enquanto as armações são normalmente compradas a cada dois anos, os óculos de sol ganham terreno neste sector de actividade, pois, assumindo cada vez mais o estatuto de acessório de moda, são adquiridos com maior frequência. As compras de artigos de sol por impulso aumentaram (39%), tendo chegado aos 57% em Itália. As armações de plástico são claramente preferidas ao metal
(54%), excepto na Alemanha, onde o metal está associado a artigos de melhor qualidade. As armações Embora o preço não seja dos principais factores associados à aquisição de óculos de sol, é algo que todos os consumidores europeus dizem tomar em consideração, à excepção dos espanhóis e alemães. O orçamento dos consumidores, no que diz respeito aos óculos de sol, é em média 30% menor do que o reservado para armações oftálmicas. No entanto, a pesquisa da GFK revelou perspectivas interessantes para este produto, com um aumento esperado da despesa média de 15% na Europa.
Armações Silhouette Para um look mais moderno e discreto, o Day-Lite da Silhouette agrega o minimalismo elegante a um jogo de cores que variam entre o brilhante e o mate. Distribuição: Modavisão
COPPE&SID O design reflecte sobriedade, através de linhas direitas que buscam nos profissionais dos anos 60 a linha mestra, mas conquista a arte na interpretação de padrões e aposta de cores. Distribuição: Sàfilo
Lolita Lempicka A marca Lolita Lempicka lança a sua nova colecção com modelos marcados pelo conforto. Modelo oftálmico em metal, com design vintage, inspirado na colecção da própria criadora e adaptados à actualidade. Distribuição: DMDI
Max&Co O design reflecte sobriedade, através de linhas direitas que buscam nos profissionais dos anos 60 a linha mestra, mas conquista a arte na interpretação de padrões e aposta de cores. Distribuição: Sàfilo
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Sol Max&Co Óculos de sol quadrados inspirados no estilo artístico do pintor Jackson Pollock, com apontamentos de cor nas hastes. Disponíveis em tonalidades opalinas ou transparências de rosa, azul claro, branco, pêssego, verde ou no preto clássico. Distribuição: Sàfilo
Adidas Os novos óculos evil eye evo da adidas eyewear foram concebidos para um ciclismo mais radical em que a liberdade de movimentos é plena. As lentes muito amplas e a acentuada curvatura garantem uma liberdade visual absoluta. Distribuição: Modavisão
Lozza O modelo Kerouac apresenta uma forma quadrada, em metal, com lentes esfumadas e pontas das hastes transparentes. Distribuição: De Rigo Vision
Silhouette Esta edição especial, que está disponível em quatro cores únicas e extraordinárias - verde, castanho, rosa e laranja néon-, chegou às lojas a partir de Janeiro e já promete ser um dos must-haves deste ano. Distribuição: Modavisão
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Curiosidades
Curar a progressão da miopia através das estrelas
Para tentar compreender e curar a miopia, um grupo de investigadores de optometria fez um aliado inesperado: os astrofísicos. Na Universidade de Valência, em Espanha, um grupo de investigadores de optometria juntou-se a um núcleo de astrofísica para estudar o olho e o erro refractivo mais comum do mundo, a miopia, adaptando os instrumentos e as técnicas que se usam para analisar explosões de raios gama em distantes estrelas de neutrões. Embora 30 por cento dos europeus sofram de miopia e apesar dos avanços na ciência da optometria, ainda não existe um tratamento previna totalmente a progressão da miopia. Um grupo de investigação da Universidade de Valência está à procura de uma solução, utilizando a óptica adaptativa, que permite observar as estrelas através das lentes de um telescópio. A óptica adaptativa, conforme explicaram ao jornal “El País” os cientistas responsáveis pela investigação, permite aos astrónomos e astrofísicos separar os sinais “bons” e “maus” recebidos pelos telescópios: “bons” são aqueles que permitem ver com clareza as estrelas distantes” e “maus” são
aqueles que são causados por perturbações atmosféricas e que distorcem a imagem. Os cientistas querem aplicar esta separação de sinais ao olho e perceber quais os “bons”, que permitem ver com nitidez, e os “maus”, que dizem ao cérebro para incrementar a longitude axial da retina. “Se detectarmos os sinais prejudiciais, podemos propor desenhos de óculos e lentes de contacto que impeçam a progressão da miopia”, diz um dos responsáveis pela investigação, Robert Montés, ao “El País”. A equipa quer depois aplicar esses protótipos a crianças, visto que a miopia se desenvolve, em muitos casos, em idade escolar, quando aumenta a actividade em visão próxima. A equipa começa este ano a fazer testes em humanos e, além da óptica adaptativa, vão usar também outras técnicas que até agora só eram aplicadas no estudo das estrelas. Através de uma técnica computacional usada para investigar as erupções de raios gama em estrelas densas e distantes, os investigadores querem estudar os sinais que chegam à retina.
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Curiosidades
De castanhos a azuis em 20 segundos
As lentes de contacto coloridas são, até agora, a solução para quem deseja mudar a cor dos olhos. Mas um novo procedimento propõe-se a contrariar esta realidade. Através
de
um
que
demora
A empresa justificou que a pequena cirurgia é segura. “Muito
castanhos
podem
dificilmente alguém sai magoado porque a energia do laser é
transformar-se, definitivamente, em azuis. Mas é necessário
muito baixa”, acrescentou, garantindo que o laser não interfere
aguardar algumas semanas para que a transformação se
com a pupila ou com alguma parte interna do olho onde estão
sensivelmente
20
procedimento
a
segundos,
olhos
laser,
concretize. Gregg Homer é o responsável pelo método pioneiro desenvolvido e patenteado pelo Stroma Medical Corporation, com sede na Califórnia. “O fundamento é de que por baixo de cada olho castanho há um azul”, disse Homer em declarações à CNN.
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localizados os nervos que, se forem feridos, podem afectar a visão. Para já, ainda não é possível submeter-se ao procedimento. A companhia encontra-se na fase de angariação de fundos, mas espera completar os testes clínicos dentro de poucos anos.
Médicos oftalmologistas já se mostraram cépticos em relação à
De notar que para alterar a cor dos olhos, de castanho para
eficácia e à segurança do procedimento, por ser uma alteração
azul, o paciente terá de investir cerca de 5.000 dólares
que envolve interferir com um dos órgãos mais sensíveis do
(€4.517), avançou o cientista.
corpo humano.
Fonte: Globo
Breves Saúde Universitários portugueses cada vez mais míopes
A população estudantil portuguesa revelou um aumento da
Este deverá passar por um estudo epidemiológico da população
miopia de 23% para 42%. Estes são os resultados de um
e pela implementação de acções de sensibilização dos pais e
estudo da Universidade do Minho, que envolveu cerca de 200
educadores sobre os factores de risco para o aparecimento e
estudantes do ensino superior, realizado em dois momentos,
progressão da miopia e dos profissionais da saúde visual sobre
em 2002 e 2014.
as técnicas de retenção da progressão da miopia”, alerta Jorge
A realização prolongada de tarefas que exigem esforço visual
Jorge, coordenador do projecto do Laboratório de Investigação
e a falta de actividades ao ar livre são dois dos principais
em Optometria Clínica e Experimental da Universidade do
factores que conduzem ao aparecimento e o desenvolvimento
Minho.
da miopia.
Esta realidade tem vindo a verificar-se em vários países do
“A miopia está a aumentar exponencialmente na população
mundo, especialmente nos asiáticos, onde a prevalência de
estudantil portuguesa. Os resultados vêm reforçar a necessidade
miopia nas populações universitárias atinge valores superiores
de se estabelecer um programa nacional de prevenção da miopia.
a 85%.
Maus hábitos de higiene aumentam contaminação de estojos das lentes Um estudo recentemente publicado no Optometry and Vision
As taxas de contaminação foram elevadas: 66 por cento dos
Science revela que os usuários de lentes de contacto com maus
recipientes revelaram contaminação bacteriana ou fúngica.
hábitos de higiene aumentam a probabilidade de contaminação
Os pesquisadores determinaram três hábitos de higiene
bacteriana nos estojos das lentes.
específicos associados a níveis mais elevados de contaminação
No estudo, foram avaliados os comportamentos de 119 usuários
nos estojos de lentes de contacto:
e respectivos hábitos de higiene com as lentes de contacto.
• Não lavar as mãos com água e sabão antes de manusear as
Os participantes entregaram ainda os seus estojos para serem
lentes de contacto
testados em laboratório. Os pesquisadores avaliaram, assim,
• Não secar o estojo ao ar livre
a relação entre as práticas de higiene e contaminação dos
• Usar estojos e soluções desinfectantes incompatíveis com as
estojos.
lentes
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Breves Saúde
Doenças oculares afectam mais mulheres que homens De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística,
mulher cai para metade em relação aos 20 anos.
os homens têm uma esperança média de vida de 76,43 anos,
As alterações hormonais durante a gravidez também podem ter
enquanto, nas mulheres, esse valor sobre para 82,30 anos.
como consequência alguns problemas de visão. A sensibilidade
Este facto já explica por que as doenças oculares como cataratas,
da córnea, por exemplo, costuma diminuir principalmente nos
degeneração macular e retinopatia diabética afectam mais as
últimos três meses da gestação – voltando ao normal pouco
mulheres.
tempo depois de o bebé nascer. São quatro os principais
Nos Estados Unidos, por exemplo, a síndrome do olho seco
problemas oculares que podem ocorrer durante a gravidez:
atinge cinco milhões de pessoas com mais de 50 anos. Desse
olho seco, visão enevoada, manifestações da pré-eclâmpsia e
total, três milhões são mulheres. Uma das causas da falta de
da diabetes gestacional. Estes dois últimos são os problemas
lubrificação ocular são as alterações hormonais provenientes
mais graves.
da menopausa. Aos 60 anos, a produção de lágrimas de uma
Fonte: Dr. Visão
Dentes do siso podem ajudar na cicatrização de córneas
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As células-tronco da polpa de dentes do siso podem ser
mundialmente, é normalmente tratada através de transplantes
transformadas em células da córnea, podendo, no futuro,
de córneas de dadores. “A escassez de córneas de doadores e
reparar a cicatrização do olho após uma infecção ou lesão. Os
rejeição do tecido do doador não ocorrer, o que pode resultar
resultados do estudo realizado por pesquisadores da Faculdade
em perda permanente da visão”, disse o pesquisador James
de Medicina da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos,
Funderburgh, da Universidade de Pittsburgh. “O nosso trabalho
indicam que também se podem tornar numa nova fonte de
é promissor, pois o uso de células do próprio paciente para o
tecidos para transplante de córnea feita a partir das células do
tratamento pode ajudar-nos a evitar estes problemas.”
próprio paciente.
Os resultados desta pesquisa foram publicados no site
A cegueira da córnea, que afecta milhões de pessoas
Translational Medicine.
Breves Negócios Actividade económica recupera e consumo privado mantém abrandamento Os indicadores de actividade económica e consumo privado do
homóloga do consumo privado, voltou em Fevereiro a apresentar
Banco de Portugal (BdP) mantiveram evoluções distintas em
um abrandamento: variou 1,2%, contra os -0,1% de Janeiro,
Fevereiro, com o primeiro a reforçar a trajectória de melhoria e
prosseguindo assim a tendência registada desde meados de
o segundo a registar novo abrandamento, conforme tendência
2014.
mantida desde finais de 2014.
Em termos acumulados, este indicador apresentou até Fevereiro
Segundo o BdP, o indicador coincidente mensal para a evolução
uma taxa média de variação de 1,3%, que compara com 2%
homóloga da actividade económica subiu 0,4% em Fevereiro,
em Janeiro.
reforçando “a trajectória de melhoria observada desde o final
Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que
de 2014”.
procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga
Numa análise do acumulado de Janeiro e Fevereiro, o indicador
do respectivo agregado macroeconómico, apresentando assim
de actividade económica registou uma taxa média de variação
“um perfil mais alisado” e não se destinando a reflectir em cada
de 0,1%, contra 0,4% em 2014.
momento do tempo a evolução da taxa de variação homóloga
Relativamente ao indicador coincidente mensal para a evolução
do respectivo agregado de Contas Nacionais.
Contas externas com excedente de 278 milhões As contas externas de Portugal chegaram ao final de Janeiro
Em Janeiro de 2015, a balança corrente registou os 131,8
com um saldo positivo de 277,8 milhões de euros, depois
milhões de euros e a balança de capital chegou aos 146,1
de terem registado um défice de 410,1 milhões de euros no
milhões de euros, totalizando as contas de Portugal com o
mesmo mês do ano passado.
estrangeiro os 277,8 milhões de euros no primeiro mês do ano.
De acordo com o boletim estatístico do Banco de Portugal,
Em 2014, as contas externas de Portugal fecharam nos 3.608,2
publicado recentemente, em termos homólogos, as contas de
milhões de euros, um saldo que, apesar de positivo, foi inferior
Portugal com o exterior melhoraram 132,3 milhões de euros
em mais de 2.500 milhões ao de 2013, segundo o Banco de
em Janeiro - um desempenho que se deveu tanto à balança
Portugal.
corrente como à da balança de capital.
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Breves Negócios Contributo das médias empresas para a economia deve atingir 16,7 mil milhões em 2019 O contributo das médias empresas para a economia nacional
Contudo, em 2014 este indicador registou um “aumento
deverá aumentar dos 14,5 mil milhões de euros de 2014
marginal” para 14,5 mil milhões de euros, prevendo-se que,
para 16,7 mil milhões de euros em 2019, depois de cair “de
em 2019, ascenda a 16,7 mil milhões de euros.
forma acentuada” desde 2008, segundo um estudo divulgado
“O mercado das empresas de média dimensão em Portugal caiu
recentemente.
substancialmente entre 2008 e 2014 e, em consequência, o
Realizado pela Sage, com o apoio do Centro de Pesquisa
seu contributo e importância relativa em termos da economia
Económica e Empresarial (CEBR), o estudo “Impacto Económico
nacional também se reduziu substancialmente. No entanto, os
Europeu – A Contribuição das Empresas de Média Dimensão para
primeiros sinais de recuperação surgiram já durante 2014 e
as Economias da UE” (União Europeia) revela que o mercado
essa tendência deverá manter-se até 2019, ano em que o VAB
desse segmento de empresas em Portugal registou um declínio
das médias empresas portuguesas recuperará para valores de
do seu Valor Acrescentado Bruto (VAB) desde 2008, atingindo
2009”, conclui-se no trabalho.
o seu valor mais baixo em 2012-2013, equivalente a 14,4 mil milhões de euros.
PME com acesso a 1,45 mil milhões desde Abril No final de Março foram assinados os protocolos para a operacionalização da Linha PME Crescimento 2015 e da Linha para Apoio à Revitalização Empresarial e desde 1 de Abril que as PME têm disponíveis duas linhas de financiamento no valor de 1,45 mil milhões de euros: 1,4 mil milhões da linha PME Crescimento 2015 e 50 milhões de um instrumento piloto destinado a empresas que tenham saído de processos especiais de revitalização. 50
Fonte: Oje
PUB SHAMIR
PUB ESSILOR