Revista Just For - nº 7

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PUBLISHED PUBLISHED JUST FOR

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ANO 2 - EDIÇÃO 7 2011

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RENOVADOR • • • • •

Onde rolar: dunas, geleiras ou neve? Moda: ano novo em qualquer clima Das champanhes, o melhor Eles fazem cinema lá fora A festa da fumaça de Elton John

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EDITORIAL

Tudo se expande em forma de luz Lusa Silvestre: pág. 40

Esta revista é uma publi­ca­ção da 4 Capas Conteúdo e MundoA - Gestão em Comunicação de Luxo, dis­tri­buí­da via correio exclu­si­va­men­te aos moradores da Vila Nova Conceição e Jardins VENDA PROIBIDA

Ricardo Castilho: pág. 44

CONSELHO EDITORIAL Doron Menache Sadka, Georges Schnyder e Mariella Lazaretti

Bruno Lazaretti: pág. 24

Diretor Executivo – Georges Schnyder georges@4capas.com.br Diretora Editorial – Mariella Lazaretti mariella@4capas.com.br Gerente de Publicidade – Ruth Nór ruth.nor@4capas.com.br Diretor de Arte – Fabio Santos arte@4capas.com.br Editora de Arte – Ana Lucia Caldas analucia@4capas.com.br

Fabio Santos

Colaboraram nesta edi­ção: Ana Paula Kuntz, Bruno Lazaretti, Camila Duarte, Caroline Rezende Mendes, Denise Ramiro, Luciana Bianchi, Lusa Silvestre, Marta Barbosa e Maurice Bibas (texto); Danilo Borges, Luis Cersosimo, Marilia Pedroso e Ricardo D’Angelo (fotos); Drica Cruz (stylist), Patrícia Calazans (revisão); Projeto Gráfico: 4 Capas Conteúdo Rua Andrade Fernandes, 283 CEP 05449-050, São Paulo, SP Telefax: (11) 3023-5509 E-mail: 4capas@4capas.com.br

Mariella Lazaretti

É interessante imaginar por que no Brasil o réveillon exige roupa branca. Seria o mesmo princípio de uma página em branco, onde se pode reescrever a tentativa do rascunho a limpo e recomeçar uma história? Ou uma parede onde se pode pintar uma cor para um novo momento de vida? O branco é a cor das possibilidades. Nela, tudo se reflete e se expande em forma de luz. Por isso, escolhemos esse tema para permear nossa última edição do ano. Aqui, o branco pode ser conceitual, como no fantástico ensaio de moda e nos produtos que estão para acontecer no mercado da seção Trends, ou também pode ser um ponto de partida para definir destinos interessantes para as férias, nos hemisférios Norte e Sul. Branco é lindo, pacífico, claro... Mas como nem só disso se faz uma edição, temos reportagens exclusivíssimas! Você vai entender como se faz um filme de sucesso, por Lusa Silvestre, um dos mais profícuos roteiristas de cinema brasileiro que nos conta, em primeira pessoa, como foi fechar o contrato internacional de sua vida, em dupla com o cineasta Marcos Jorge, para escrever uma ficção científica para a poderosa Universal, em Los Angeles. Temos a festa beneficente organizada por Elton John, em Londres. Ainda, a história do pequeno e restrito hotel El Palauet, em Barcelona, feita pelo repórter Bruno Lazaretti. E a cereja do bolo: uma entrevista com o locutor esportivo Galvão Bueno. Ele conta para nosso colaborador especial, Ricardo Castilho, diretor da revista Prazeres da MESA, como anda lidando com sua mais nova paixão: produção de vinhos. E surpreende com outras novidades exclusivas. Just For, a única publicação do Brasil que chega à sua casa com seu nome impresso na capa, firmou-se no mercado como um produto raro, ao qual apenas alguns poucos eleitos têm acesso. Discreta, elegante, personalizada. Just For: quem recebe não alardeia. Pra você, e só pra você, entregamos a última edição do ano. Com carinho, de toda a equipe 4Capas Conteúdo e com votos de um glorioso 2012.

Para anunciar Diretor Comercial – Doron Sadka doron@mundoa.com.br

Boa leitura e boas festas! Mariella Lazaretti

Produção Gráfica – Doron Central de Compras Gráficas, tel. (11) 3813-9799 doroncentral@uol.com.br IMPRESSÃO e acabamento Van Moorsel Gráfica e Editora A revis­ta não se res­pon­sa­bi­li­za pelos con­cei­tos emi­ti­dos nos arti­gos assi­na­dos. As pes­soas não lis­ta­das no expe­dien­te não estão auto­ri­za­das a falar em nome da revis­ta ou a reti­rar qual­quer tipo de mate­rial sem pré­via auto­ri­za­ção emi­ti­da por carta timbrada da reda­ção.

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Ana Lucia Just in case Caso você queira alterar seu nome, seu endereço, dar sugestões, manifestar-se ou deixar de receber esta publicação, entre em contato com justfor@4capas.com.br

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TODO ROLEX ESTÁ DESTINADO À GRANDEZA. O YACHT-MASTER II FOI CRIADO PARA ATENDER ÀS EXIGÊNCIAS DOS NAVEGADORES PROFISSIONAIS. É O PRIMEIRO RELÓGIO DO MUNDO A INCORPORAR UMA FUNÇÃO PATENTEADA DE CONTAGEM

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SUMÁRIO 10. TRENDS

Foto Danilo Borges Edição de moda Drica Cruz

Tentações – O “fantasma” da Rolls-Royce, cesta luxo para piquenique, iPhone de diamantes e o teste da Kawasaki

FOTO sumário Brincos e pulseira h. stern Blazer armani exchange Blusa fh por fause haten Calça talie nk Anel emar batalha Patins acervo stylist

ÍCONE 22. Chá das cinco – No Brown’s, o ritual londrino

é realizado com pompa e doces perfeitos

24. Luxo recuperado – O edifício El Palauet, em Barcelona,

FOTO CAPA Brincos h. stern Bolero acquastudio Vestido gloria coelho

reabre como hotel-butique com quartos personalizados

JUST TO KNOW 26. móveis de vida longa – A artista Karina Vargas transforma

mobília antiga em peças coloridas, atuais e desejadas

30. A Casa Modigliani – Inaugurada em São Paulo a

primeira sede internacional dedicada ao artista italiano

32. TECNO De HD a 3D – TV, smartphone, tablet, headphones e home theater com alta definição de som e imagem

36. BRANDS Do papel ao smartphone – Como a Nokia se transformou na maior marca de celulares do mundo

40. cinema

Ficção científica – Lusa Silvestre conta os bastidores de seu trabalho como roteirista

44. Just Who A cada gol, um gole – Galvão Bueno fala de seu novo negócio: os vinhos Bueno

48. Drink

Brinde perfeito – Dos champanhes, o melhor

52. MODA

Branco no branco – Uma composição onírica em que até o frio é ardente

TURISMO 62. Mar de areia – As lagoas azuis entre

as dunas brancas dos Lençóis Maranhenses

66. Neve dos EUA – Vem chegando a temporada

de esqui em Park City e Jackson Hole

74. saber Cultura chique – O livro de Louboutin, 43

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anos de Pink Floyd e Pelé antes do futebol

78. especial

Festa da fumaça – Elton John e o chef Paco Roncero alegram noite de celebridades

84. CALENDÁRIO 2011 / 2012 – Shows, gastronomia e exposições em São Paulo, música e pintura em Nova York, moda e arte em Barcelona

106. CLICK Natureza selvagem – A indiazinha Thié, registrada por Araquém Alcântara ao lado de Alex Atala na Amazônia

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trends t e n t a ç õ e s FANTASMA DE QUATRO RODAS

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m março de 2012 será possível se deparar com o “Spirit of Ecstasy”, nome da famosa estatueta que adorna os capôs da Rolls-Royce Motor Cars, flanando pelas ruas do país. Brasil e Chile foram os países escolhidos para receber as primeiras concessionárias da marca inglesa na América do Sul. Aqui elas serão representadas pela Via Italia – grupo que já comercializa bólidos da Ferrari, Lamborghini e Maserati – e pela chilena Williamson Balfour Motors. No Brasil, serão vendidos em show room e por encomenda os modelos Phantom e o líder de mercado da marca, Ghost. O icônico “fantasma” tem motor BMW 6.6 V12 de 570 CV e câmbio automático de oito marchas. O feliz comprador tem direito à personalização de cor, rodas, acessórios tecnológicos e estofados ao custo inicial de R$ 2 milhões.

MAIS INFORMAÇÕES: www.rolls-roycemotorcars.com E www.viaitalia.com.br

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trends t e n t a ç õ e s PIQUENIQUE À LA GOYARD

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odo piquenique pode ficar mais gostoso - e indiscutivelmente grã-fino - com copos de cristal, louças de porcelana e talheres de prata armazenados em uma Malle Picnic Blanche Goyard. Fundada em 1853 por François Goyard, em Paris, La Maison Goyard se consolidou no segmento de malas, baús e bolsas de luxo. entre as marcas preferidas da aristocracia francesa do século XVII e de celebridades, como o empresário Jonh Rockefeller, a atriz sarah Bernhardt, a Duquesa de Windsor e o pintor Pablo Picasso, a maison é única nos acabamentos artesanais e personalizados de seus produtos. a mala para piquenique acomoda serviço para quatro pessoas e é vendida somente sob encomenda nas lojas Goyard: 233 saint-Honore, em Paris, e na 116 Mount street, em Londres. INFORMAÇÕES: www.GOyARD.cOM

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TRENDS T E N T A Ç Õ E S MOËT ON THE ROCKS

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champanhe está quente? Melhor ainda. Neste réveillon, não há verão que faça essa Moët & Chandon Ice Impérial amornar. Trata-se do primeiro champanhe do mundo desenvolvido para ser tomado com gelo. Idealizada para combinar com o verão dos trópicos por Benoît Gouez, chef de cave da maison, em Champagne, a bebida é refrescante, com nariz de frutas tropicais e boca com leve toque de frutas vermelhas. A edição vem em embalagem de gala: uma garrafa branca laqueada, com rótulo dourado e prateado e gravata preta. A dica é colocar pedrinhas de gelo na taça e incrementar o drink com raspas de casca de limão, folhas de menta ou grapefruit para degustá-lo à beira da piscina ou em frente ao mar. Em São Paulo, o Moët Ice Impérial está à venda no Empório Santa Maria, e o preço sugerido é R$ 350 a garrafa. MAIS INFORMAÇÕES: WWW.MOET.COM E WWW.EMPORIOSANTAMARIA.COM.BR

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COLEÇÃO FAVO 2012: EM BREVE NAS MELHORES CASAS.

Já nas lojas: criatividade, inovação e bom gosto. Os ingredientes que escolhemos para nossa nova coleção.

Tampo em vidro acidato, com aplicação de calha gourmet em aço inox | Revestimento no tampo e parede em CaesarStone pure white | Tecnologia de abertura touch, através de sensores elétricos em portas e gavetas | TV LCD embutida na porta do armário.

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São Paulo: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.889 - (11) 3791.5333 | Rio Design Leblon: (21) 2294.3144 | CasaShopping: (21) 3325.5554 Belém: R. Benjamim Constant, 1.670 - (91) 3241.7998


TRENDS T E N T A Ç Õ E S NÓS TESTAMOS

300 CAVALOS DOMADOS

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sta é a máquina que você vai querer de Natal: o Jet Ski Ultra 300, da Kawasaki. São 300 cavalos de potência tecnicamente domados de forma a possibilitar que pilotos com qualquer grau de habilidade sejam capazes de guiá-lo suavemente em qualquer condição de percurso. Além do piloto automático, modo de economia de combustível e one-touch (que mantém a hidronave a 8 km/h, velocidade permitida em alguns trechos das praias americanas), há um inteligente modo de pilotagem denominado SLO (Smart Learning Operation): ao encaixar uma chave amarela no contato, a rotação máxima do motor é limitada para que o usuário possa se familiarizar com a resposta do jet antes de liberar sua potência plena. A evolução em relação aos modelos existentes no mercado, incluindo os da própria Kawasaki, é abismal e resultado de anos de aprimoramento em todos os componentes mecânicos e elétricos da hidronave. Não é surpresa, considerando-se que a Kawasaki é pioneira no desenvolvimento de PWCs (Personal Watercrafts) e detentora dos direitos de uso do termo Jet Ski. Um dos principais destaques do Ultra 300 é o novo compressor TVS da Eaton, o mesmo utilizado em carros como o Corvette ZR1, o Cadillac CTS-V e o Audi B8 S4. É ele o responsável pela descarga de adrenalina sentida pelo piloto no momento em que aperta o acelerador e sente, na prática, o que significa domar o mais rápido e potente jet-ski de produção em série do mundo. O Ultra 300 será distribuído para concessionárias selecionadas no Brasil a partir de dezembro nos modelos 300X e 300LX.

PREÇO ESTIMADO R$ 75.000 MAIS INFORMAÇÕES: WWW.KAWASAKIBRASIL.COM.BR POR GIULIO CHRISTIANSEN

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TRENDS T E N T A Ç Õ E S

UMA JOIA DE IPHONE

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Gresso Company, empresa suíça de tecnologia, deixou o iPhone 4 ainda mais irresistível: o modelo Lady Blanche, criado para mulheres, está disponível na versão Diamonds, com diamantes brancos, e Crystal, com cristais Swarovski. O celular possui três relógios suíços com dial perolado, que marcam os horários de Nova York, Paris e Moscou. Além dis-

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so, a Gresso aplicou no artphone uma técnica de alta joalheria chamada “diamantes flutuantes”: em três compartimentos, pequenos diamantes ou cristais se movimentam livremente, criando um leve tilintar e brilho elegantes. O iPhone 4 Lady Blanche está disponível para compra no site da Gresso. O Diamonds, a US$ 30.000, e o Crystal, a US$ 7.000. MAIS INFORMAÇÕES: WWW.GRESSO.COM

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Julio Okubo - JUST FOR - Dezembro 2011 copy.pdf

PRÊMIO LOJISTA

ALSHOP

ELEITA PELOS CONSUMIDORES A MELHOR JOALHERIA DE 2011

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Publieditorial FACHADA EM 1984

FACHADA HOJE

Julio Okubo Uma história que começou com uma pérola Confiança nas pessoas e relacionamento com o cliente. EsSes foram os conceitos do nascimento e continuam sendo as bases que guiam a JUlio Okubo Jóias

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saga da família que se tornou marca de joias e sinônimo de pérolas no Brasil está intimamente ligada a sua origem oriental. Tudo começou quando Tamigoro Okubo e Rosa Haruno Okubo resolveram emigrar para o Brasil em busca de novas e melhores oportunidades de vida, juntamente com a filha mais velha, Teresa, e Julio, que na época era o caçula, com apenas um ano de idade. Ao chegar ao Brasil, em 1924, a família Okubo foi morar no interior do Estado de São Paulo para trabalhar na lavoura. Já mais adaptados ao clima e costumes brasileiros, o casal Rosa e Tamigoro tiveram mais três filhas: Luiza, Magdalena e Emília. Sete anos mais tarde resolveram se mudar para São Paulo com toda a família tendo como objetivo um importante investimento: proporcionar estudos aos filhos. A dificuldade era grande. Além do preconceito por ser mulher e japonesa, Rosa não falava e nem com-

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preendia muito bem o português. Mas quando começou a trabalhar em São Paulo, o seu tino comercial falou mais alto e ela teve, naquele momento, a ideia de trazer para o Brasil aquilo que ainda não existia por aqui: pérolas. Rosa abriu sua própria joalheria em 1934 e as pérolas se tornaram o carro-chefe da casa. Com muito trabalho e determinação, a imigrante japonesa fez história no Brasil e ficou conhecida como a “Rainha das Pérolas”. Rosa faleceu em 1995, aos 102 anos, ainda otimista e acreditando que vale a pena não se deixar esmorecer pelas dificuldades.

Julio, o Okubo joalheiro Se a mãe tinha talento nato para o comércio, Julio, o único filho homem de Dona Rosa, nasceu com a vocação para transformar metal e pedras preciosas em joias. Além do rigor de caráter, outra característica

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marcante do povo japonês é a habilidade manual, o que justifica o seu pendor artístico. Para os japoneses, toda arte é caminho para o equilíbrio e a paz interior. A arte está em harmonizar os contrários: corpo e alma, céu e terra, o efêmero e o eterno, o material e o imaterial. Para Julio, a arte vem da busca da perfeição, do trabalho árduo que revela a beleza e o brilho das joias. Aos 14 anos e a pedido da mãe, Julio começou a trabalhar com joias com o intuito de abrir uma pequena oficina. Seu objetivo era criar peças próprias e exclusivas, principalmente com as pérolas vindas do Japão. Consciente de que o contato com grandes mestres o ajudaria a dominar o ofício, com humildade o iniciante aprendiz passou por várias oficinas de joias. Alguns anos mais tarde, os Okubo finalmente conseguiram comprar um imóvel. As vendas das joias eram feitas nessa casa, que tinha três funções: escritório de vendas, oficina para produção das joias e residência da família. Foi ali, nos fundos da casa, que depois de trabalhar para outros joalheiros Julio encontrou seu estilo. “Quando me sentei pela primeira vez numa bancada de joalheiro, foi como se tivesse encontrado meu lugar neste mundo. Era aquilo mesmo o que eu gostaria de passar a vida fazendo. Soldar, cravar, polir, dar forma às joias, para mim era algo natural”, relembra sorrindo. “Confesso que lidar com os funcionários foi mais difícil do que fazer as joias. Tive que aprender como fazer para estimular a equipe a trabalhar de maneira profissional, mas feliz, em paz. Sem alegria no coração não se faz um boa joia”, afirma Julio. Influenciado pela beleza das pérolas, as joias de Julio sempre caminharam pelo estilo clássico. “A pérola, assim como outras gemas, já é linda por si só. O joalheiro deve saber respeitar essa formosura, criando formas que ressaltem essa exuberância, sem interferir no seu destaque”, ensina a receita. A loja dos Okubo prosperava e a família crescia. Em 1952, Julio casou-se com Stella Akachi. “Em pouco tempo desenvolvemos amor, amizade, solidariedade e companheirismo, tudo em prol de formarmos uma família de verdade. Fomos e somos muito felizes! O nosso segredo para permanecermos unidos foi sempre ter muita paciência e respeito um com o outro”, ressalta Stella com orgulho. O apoio de Stella e a base sólida que Julio construiu ao lado dela, com quem teve três filhos, Luiz Carlos, Rosa e Julio Filho, foram decisivos para que ele tomasse a iniciativa de trilhar seu próprio caminho. Em 1965, nascia a Julio Okubo Jóias.

21 Julio Okubo, Stella e os filhos, Luiz Carlos, Julio e Rosa. Na foto da direita, Julio Okubo na oficina em 1945

De fato, a nata da sociedade paulistana dos anos 60, 70 e 80 era cliente da Julio Okubo. A reputação de credibilidade reconhecida pela alta sociedade se espalhou por toda a cidade e fez da Julio Okubo uma referência em joias de qualidade e bom gosto. Com a consolidação da marca e a mudança do comércio com a chegada dos shoppings centers, a empresa passou por mudanças decisivas, que garantiram seu sucesso. Graças à visão de Julio Filho, que previu antecipadamente que o destino das joalherias estava nos shoppings, a empresa adquiriu um ponto comercial no Iguatemi de Campinas. A partir de então, o clã Okubo liderado por Julio Filho, ao lado de sua esposa Lucy, passou a focar no crescimento da marca. A estratégia foi abrir novas unidades da joalheria nos principais shoppings da capital: Ibirapuera, Iguatemi, Paulista e Morumbi. “Crescemos, mas com pé no chão, com o cuidado de não dar um passo maior do que podíamos. Nossa preocupação nunca foi sermos os maiores ou os mais arrojados, mas sim fazer aquilo que sabemos fazer bem-feito: trabalhar, criando joias com design exclusivo e qualidade impecável”, afirma Julinho, como é carinhosamente chamado por colegas do ramo joalheiro. Apesar de ter passado o comando dos negócios ao filho, Julio Okubo ainda faz questão de passar diariamente pela oficina e escolher os pares de pérolas que formarão os brincos que levam sua marca. “É um vício, eu vejo uma pérola do lado da outra e já me pego analisando se elas combinam perfeitamente... Assim como eu e minha esposa, que completaremos 60 anos de matrimônio no início do ano que vem.”

Quando me sentei pela primeira vez numa bancada de joalheiro, foi como se tivesse encontrado meu lugar neste mundo

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brown’s hotel - londres

Uma xícara,

muita história

conheça o melhor chá da tarde de Londres Por marta barbosa, de Londres fotos Ricardo D´Angelo

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tempo passa depressa quando se está em Londres. Aliás, a capital inglesa parece ficar sempre alguns passos à frente do resto do mundo, lançando moda, música, costumes. Isso não significa que as tradições não estejam enraizadas, a exemplo de qualquer outro canto da Inglaterra. E é por isso que Londres é Londres. O Chá das cinco, por exemplo, é uma instituição inglesa por excelência. Um costume que remonta ao século XVII e que até os dias de hoje conquista todo tipo de gente. O que pode haver em comum entre o roqueiro de Nothing Hill, o executivo atarefado de Westminster e a senhora interessada em arte de Mayfair? Todos eles, se tiverem uma folguinha no final do dia, se renderão a uma boa xícara de chá preto, com algumas gotas de leite gelado e uma infinidade de guloseimas deliciosas,

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que compõem o tradicional chá inglês. Muitas histórias cercam esse costume. A começar pela própria origem. A tese mais bem-aceita é a de que a criadora foi uma portuguesa. Dizem que Catarina de Bragança, recém-casada com Carlos II, pegou um resfriado logo em seus primeiros dias em terra inglesa (absolutamente possível considerando o tempo instável no país). Pediu que lhe servissem uma bebida quente quando ninguém na corte tinha esse costume. As damas de companhia lhe trouxeram ervas chinesas, ensinaram como fazer a imersão em água quente e, para agradar a princesa portuguesa, serviram a bebida acompanhada de doces. Foi Catarina também, dizem, quem ordenou a troca dos pratos e canecas de metal, usados na época, por porcelana chinesa. E instituiu alguns sabores que não podiam ficar de fora da mesa, como as geleias (a de

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Algumas das exclusividades do cardápio do Brown´s: da esquerda para a direita, Brown´s scones, tarteletes de limão e shot de panacota de mel com compota de ruibarbo

Fabien Ecuuillon, chef pâtissier do Brown´s Hotel

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laranja era sua preferida). Nascia assim uma tradição. A louça caprichada, as geleias e as ervas trazidas do Oriente ainda estão lá, intactas. De resto, algumas mudanças tornaram a tradição inabalável na sucessão dos anos. Por exemplo: a hora de servi-lo. “Aqui servimos entre três e seis da tarde durante a semana e a partir da uma da tarde nos fins de semana”, diz Nina Colls, diretora de comunicação do Brown’s Hotel, cujo serviço foi eleito o melhor de Londres pelo The Tea Guild’s Top London Afternoon Tea, o Guia Michelin do mundo do chá. “Recebemos todo tipo de cliente, desde turistas (os japoneses adoram!) a casais de namorados, grupos de senhoras, jovens amigos”, afirma Fabien Ecuuillon, chef pâtissier do Brown’s. Para ganhar tão variado paladar, Fabien muda as receitas dos doces periodicamente, seguindo o que os mercados podem oferecer de mais fresco. Quando estivemos no Brown’s, era época de ruibarbo na Inglaterra (erva nativa da China). “Aproveitei a oferta e criei uma compota de ruibarbo, que é servida com panacota de mel”, diz o chef, que revelou essa e outras receitas do cardápio com exclusividade. Outra inovação do Chá das cinco, essa não exclusividade do Brown’s, é acrescentar algumas taças de champanhe (rosé, normalmente) à abertura do serviço. Por 48 libras por pessoa (aproximadamente 150 reais), o luxo está garantido.

O título de melhor chá de Londres não veio por acaso. Inaugurado em 1837, o Brown’s foi o primeiro hotel construído para receber os lordes da Inglaterra. É um cinco estrelas charmoso, mas sem excessos. O salão de chá, com uma biblioteca anexa, tem decoração sóbria, ao mesmo tempo clássica e moderna, e um longo repertório. Ali, Agatha Christie escreveu O Caso do Hotel Bertram e Alexander Graham Bell fez sua primeira ligação telefônica. A atmosfera tem o peso da história. E por mais modernidade que exista na Londres do lado de fora, naqueles minutos diante do carrinho de chá, a gente se sente um pouco parte dos livros.

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El Palauet - barcelona

A arquitetura de uma caixa de

joias

O hotel-butique El Palauet ressuscita e rejuvenesce a sensação de se viver em um palacete modernista em Barcelona

P o r b r u n o LA Z AR E TT I

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m 1997, quando o último inquilino do número 113 da Avenida Passeig de Gràcia fechou a porta de seu apartamento para nunca mais voltar, a sensação de se viver em uma relíquia arquitetônica em Barcelona estava fadada a se perder para sempre. O Deutsche-Bank, dono do imóvel na época, queria transformar o deteriorado palacete de seis andares em um prédio de escritórios. A sorte foi que depois de passar décadas tentando tirar o último inquilino, o banco jogou a toalha e vendeu o prédio, que passou de mão em mão no mercado imobiliário de alto luxo. Cinco anos e 2,6 milhões de euros em reformas devolveram a beleza aos interiores ultrabarrocos projetados em 1906 pelo arquiteto Pere Falqués, estrela do Modernismo catalão do início do século XX. Mas foi só em 2011, que a Casa Bonaventura i Ferrer (como o local é conhecido por amantes da arquitetura) pôde resgatar a função original do palácio: hospedar com luxo e conforto. O que destaca o El Palauet entre os hotéis-butique de Barcelona é a acertadíssima decisão de manter a arquitetura e a decoração intactas e mesclá-las com móveis

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Cada apartamento tem tamanho e atrativos únicos: “O hóspede tem de sentir que o lugar é dele”

e instalações contemporâneas. A aura de cada uma das seis suítes duplas está no ponto ótimo entre história e conforto. Não se trata só dos elementos originais da propriedade, como o pé direito alto, as janelas panorâmicas com vitrais coloridos, os meticulosos detalhes barrocos em cada canto, mas também dos móveis com assinaturas de Starck, Citterio e Eames, no sistema inteligente de ambientação e segurança controlado por tela touch screen e em pequenos requintes como os televisores camuflados atrás de espelhos. A amálgama entre passado e presente dá-se com tanta graça que a sensação não é a de se estar no século XX ou no XXI, mas em algum espaço utópico exatamente entre o dois. Um tempo em que não só é possível sincronizar Edith Piaf do seu iPod para as caixas de som da suíte, como totalmente coerente. Outro fator importante que distingue o El Palauet dos demais hotéis-butique de Barcelona é o tamanho dos apartamentos (são dois por andar). Cada um tem 150 metros quadrados divididos entre duas suítes, uma extensa sala de estar e uma cozinha. “Decidimos oferecer mais área e menos apartamentos, já que nossos temas centrais são exclusividade, privacidade e conforto”, explica Jana Santamaria, diretora do hotel. “O conceito é diferente de um hotel cinco estrelas: não basta o luxo, queremos que os hóspedes sintam que o apartamento é deles.” Nesse sentido, o fato de o prédio ter 105 anos de idade ajuda. A tendência orgânica da arquitetura modernista de Barcelona faz os apartamentos serem diferentes

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entre si. Não são só os detalhes que mudam, como os afrescos únicos (todos registrados como obras de arte pelo governo da Catalunha) que adornam os tetos de cada cômodo, mas também as dimensões e atrativos de cada apartamento, tamanho das varandas, formato das janelas e localização da jacuzzi. Escolher a habitação é uma decisão difícil que o hóspede precisa tomar, mas é a única. O resto fica a cargo do personal assistant designado para suprir o apartamento com tudo o que o hóspede desejar, desde um chef para preparar o café da manhã até a programação cultural para cada noite. E não é porque o El Palauet domina com maestria a arte da exclusividade que o lado social do hotel fica prejudicado. As áreas em comum do térreo são igualmente bem-decoradas e equipadas, com predominância de madeira, que marca a atmosfera com um tom de Belle Époque. As salas de baile do térreo, uma delas iluminada por um lustre de 15 mil cristais da Boêmia, e o antigo armazém do subsolo dão lugar a festas e eventos do jet set de Barcelona. Juntar-se aos convidados no salão ou discretamente retirar-se para o apartamento é uma decisão do hóspede – e outro dos privilégios de se viver em um palacete. El Palauet Living – Passeig de Gràcia, 113. Diárias de € 700 (baixa temporada) a € 1.290 (alta temporada). Informações e reservas: www.elpalauet.com

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JUST TO know décor

A caçadora dos tesouros

P o r A n a P a u l a K u n t z Fotos Marília Pedroso

perdidos Karina Vargas eterniza móveis antigos que, restaurados, ganham uma nova chance de ocupar lugar de destaque na decoração

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Cara nova: peças dos anos 50, 60 e 70 são as mais procuradas, por terem estrutura resistente, de madeira nobre, e formas que revolucionaram o design nacional

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á 20 anos, quando se formou em Moda, Karina Vargas não pensava que ficaria conhecida por vestir casas em vez de pessoas. O apurado senso estético para a combinação de linhas e cores deu-lhe a oportunidade de atuar como decoradora e produtora de fotografia para campanhas publicitárias. “Comecei a trabalhar com móveis na composição de cenários há 15 anos. Eram trabalhos que iam da arrumação de uma cozinha para um comercial de TV a uma mesa de Natal para catálogos de redes de supermercados”, conta. Colocar os pés dentro da casa das pessoas foi um passo natural, até chegar ao Estúdio Gloria, loja recém-inaugurada na Vila Madalena, onde estão à venda as peças revival cheias de personalidade, antes feitas apenas sob encomenda. Foram os projetos de decoração residenciais que abriram as portas para o nicho em que Karina se encontrou como artista e empresária: a restauração de móveis. “Reaproveitar o que meus clientes tinham em casa sempre foi uma característica do meu trabalho. Recuperar móveis antigos, que geralmente são peças muito boas, mas que precisam de uma melhora no acabamento, é enriquecedor: dá personalidade ao ambiente e resgata a identidade da família.” Karina acabou percebendo que, enquanto alguns veem velharia naquilo que outros enxergam como relíquia, muitos objetos que não têm seu valor reconhecido acabam caindo no abandono. Não necessariamente na caçamba

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de lixo ou num terreno baldio, mas encostados num canto da casa de praia ou nos fundos da garagem esperando ser doados. Esses tornaram-se alvo dos olhos caçadores de tesouros da decoradora, que vem cultivando no boca a boca uma rede de contatos que leva a ela mesas, cômodas, cadeiras, camas, armários e peças de todos os cômodos de uma residência, cujo destino é transformado por Karina. Do desprezo, as peças passam a ser desejadas, não apenas pelos proprietários, mas também por outros que, ao verem o resultado do trabalho, com cores vibrantes e mistura de estampas que dão cara moderna ao que parecia obsoleto, suspiram e já imaginam em que espaço da casa poderiam acomodá-las. Diante dessa cobiça pelo

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Notáveis: ambientes ganham alma com detalhes como o abajur usado em cena do filme Onde está a felicidade? (abaixo) e o banquinho à venda na loja

“recuperar móveis antigos é muito enriquecedor: dá personalidade ao ambiente e resgata a identidade da família” mobiliário alheio, Karina inaugurou uma loja na Granja Viana, em 2007, que funcionava temporariamente em alguns meses do ano. “Quando tinha produzido o suficiente, abria o ateliê para vendas. Comecei a garimpar pelo Brasil inteiro. Mas o mais comum é que me liguem oferecendo peças que ficaram obsoletas depois de uma reforma ou de uma mudança de endereço. E eu vou pegando.” Karina formou um time de 12 restauradores, que realizam o trabalho pesado, de carregar, lixar, desmontar e remontar as peças. Cada um com uma especialidade, que vai de pintura à aplicação de laca, de tapeçaria à folheação. “Todos foram selecionados pelo talento. O trabalho de criação artística é por minha conta.” Sua matéria-prima predileta são os móveis das décadas de 50, 60 e 70. “Essa época foi marcada pelo despertar do design. Gosto muito do estilo e do que representam para a história da decoração. Em geral, são feitos de madeira maciça, como jacarandá, bem-estruturados e com desenhos lindos”, afirma.

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“Valorizo por serem duradouros e sempre atuais. São como um colar de diamantes.” Valoriza e cobra à altura. Não raro, um móvel restaurado por ela custa o mesmo ou mais que um novo. A justificativa faz sentido: por não ser uma linha de produção industrial, mas um trabalho artesanal e personalizado, cada móvel é transformado em uma peça única, de valor emocional e financeiro únicos também. “Há quem queira reformar os móveis para economizar. E isso realmente é uma opção. Mas, dependendo do estado em que se encontra a peça, do tratamento que se quer dar e do resultado que se pretende obter, o trabalho manual e criativo são intensos – e não custam barato.” Karina também produz cenários para comerciais. A campanha da TV Sky estrelada por Gisele Bündchen foi um. O filme Onde está a felicidade?, de Bruna Lombardi, também tem sua mão. Agora, ela deu um jeito de ficar mais próxima da clientela: desde abril, está com o Estúdio Gloria, na Rua Girassol, 654, Vila Madalena, aberto diariamente.

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JUST TO know arte

“MODI” no país tropical Inaugurada no Brasil a primeira sede do Instituto Modigliani fora da Itália Por Caroline Rezende mendes

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amoso pelos retratos de moças de pescoços alongados e rostos inexpressivos, o italiano Amedeo Modigliani foi um dos precursores do Modernismo do século XX. O instituto que leva o nome do artista, em Roma, firmou uma parceria com o Espaço Singular, em São Paulo, para inaugurar sua primeira sede internacional. Tal honra nos foi conferida graças à visibilidade brasileira mundo afora. “O Brasil foi escolhido devido ao excelente momento socioeconômico que está vivendo”, explica Olivio Guedes, diretor cultural da Casa Modigliani, aberta no dia 13 de outubro. Além disso, o fato de possuirmos a maior comunidade italiana fora da Itália também contribuiu para essa decisão. De acordo com Olivio Guedes, mais do que um “museu” de documentos, imagens e papéis de Modigliani, a Casa é um espaço de apresentação e representação do artista, de sua arte e sua vida. Aberto para visitas com hora marcada, o espaço oferecerá, a cada três meses, palestras e cursos sobre a vida de “Modi”. A exposição Modigliani: imagens de uma vida será o primeiro grande evento da Casa e acontecerá em meados do ano que vem. Com mais de 180 obras, sendo 12 pinturas a óleo originais e cinco esculturas em bronze, a mostra revela a trajetória do artista, de seus amigos e também de alguns de seus contemporâneos com a apresentação de documentos, fotografias, desenhos, telas, esculturas e filmes do acervo do Instituto Modigliani da Itália.

Os interessados em conhecer as obras ou em realizar algum evento no local dedicado ao artista devem agendar previamente. Espaço Singular. Informações: www.esingular.com.br

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ELETRÔNICOS

MAIS REALISMO Com a tela superfina de 65 polegadas, a TV Panasonic 3D Vieira tem tecnologia Full HD que utiliza mais quadros sequenciais para criar as imagens tridimensionais com realismo de submersão. Oferece ainda conexão com a internet e transformação de imagens 2D para 3D, simultaneamente, minimizando as imagens duplas, e contorno nítido. Preço: R$ 12.999. WWW.PANASONIC.COM

PARA TELEFONAR E JOGAR O Sony Ericsson Xperia Play é o primeiro smartphone com certificado da Sony PlayStation. Para os jogadores assíduos, o aparelho slice tem um controle exclusivo para os games e vem com o Android 2.3 Gingerbread, a mais rápida versão do sistema operacional para celulares de todos os tempos. São mais de 200 mil aplicativos para download. Preço: R$ 1.599. WWW.SONYERICSSON.COM

VISÃO DE FUTURO Imagem e som de cinema sem sair de casa. O home theater Personal 3D Viewer Head Mounted Display é uma espécie futurista de óculos e fone de ouvidos integrados, que simula imagens tridimensionais, quase simultâneas, para uma tela de 750 polegadas, a 20 metros de distância. O sistema de surround 5.1 built in transmite nitidamente o som, eliminando os ruídos. O aparelho ainda possui distribuição de conexão para Blu-Ray Disc e PlayStation 3. O aparelho ainda não chegou ao Brasil, mas pode ser encomendado no site da Sony. Preço: US$ 799,99. HTTP://STORE.SONY.COM

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MUITO FINO O tablet Eee Pad Transformer TF101 da Asus tem design superfino e tela multitoque de 10,1 polegadas, ótima para ver filmes com cores 50% mais nítidas do que outros tablets do mercado. Possui porta HDMI, duas entradas USB e duas câmeras fotográficas integradas (uma na tela, de 1,2 megapixel, e outra no dorso, de 5 megapixels). O aparelho ainda pode ser alternado entre tablet e notebook, com o Eee Station – uma base de teclado de tamanho padrão. Preço: R$ 1.499 e R$ 399 a base. WWW.ASUS.COM.BR

ÁUDIO CONFORTO O objetivo deste headfone é proporcionar conforto e nitidez para quem ouve música. O aparelho possui tiara flexível e almofadas acolchoadas, proporcionando um som mais potente e isolado. Preço: R$ 329. WWW.SONYSTYLE.COM.BR

FOTOS RADICAIS Imagens e filmes espetaculares de esportes radicais. Isso é o que promete a câmera da GoPro, a HD Hero 2. Segunda versão da câmera de grande sucesso entre o público aventureiro, o aparelho é capaz de gravar filmes com a alta resolução de 1080p e tirar fotos de 11 megapixels. Possui lente grande angular e capacidade para transmissão de dados via web. A câmera é vendida em três versões: para os praticantes de surf, adeptos ao automobilismo e fãs de esportes outdoor. À venda no site da GoPro por US$ 299,99. HTTP://GOPRO.COM

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MOBILIDADE GIGA GoFlex Satellite Mobile Wireless Storage é o primeiro dispositivo móvel de armazenamento de dados externos que possui conexão via wi-fi. Lançamento da Seagate, o eletrônico permite levar no bolso bibliotecas de até 500 GB. O acesso aos dados pode ser feito via aplicativos para iPhone e Android, além de notebooks. À venda na Amazon. Preço: US$ 199,99. WWW.SEAGATE.COM

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Brands

Por Ana Paula Kuntz

história das grandes marcas

Da escrita à

fala

Como a Nokia saiu A história da Nokia começou no papel. Não entenda da era do papel e da isso como uma referência ao planejamento embrionário de uma empresa teórica. A firma aberta pelo finlandês Fredrik Idestam, na cidade gelada de Nokia, foi borracha e chegou a criada sob os auspícios da industrialização, transformando celulose em papel líder no mercado de branco – sim, fabricando papel para escritórios, cartas e cartazes. Mas isso foi só telefones celulares o começo. As voltas que a vida deu, no caso da Nokia, foram tantas e cortando a

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fita de empresas com produtos tão prosaicos e díspares entre si, que custa acreditar em sua chegada ao século XXI como uma das mais high tech do planeta. Fundada em 1865, pelo engenheiro de mineração Fredrik e seu sócio e amigo Leo Mechelin, a empresa foi instalada à beira do Rio Nokianvirta, que corta a cidade ao sul da Finlândia. Daí sua marca primeva ser um peixe. A empresa, que veio a se tornar a líder mundial em aparelhos de telefonia celular, seguiu até o fim do século XIX na área de papel, quando começou a expandir seus negócios para outros setores. Primeiro, passou a produzir armários de madeira. Depois, ao associar-se à Finnish Rubber Works, em 1898, embarcou na era da borracha e tornou-se fabricante de pneus para carros, bicicletas e – suprassumo do conforto! – calçados impermeáveis para pés finlandeses enfiados em neve boa parte do ano. Na virada

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do século, com a incorporação, em 1912, da empresa de cabos e fios elétricos Finnish Cable Works, a Nokia guinou para o futuro, ou o seu atual ramo – a indústria de eletrônicos. Passou, então, a dominar a produção de televisores, monitores e computadores, até chegar, na década de 1960, ao mercado de telecomunicações. Lançou, em 1963, um radiotelefone e, dois anos depois, um modem para transmissão de dados. Em um século de existência, a Nokia tornou-se um poderoso conglomerado industrial. Em 1967, as três empresas se fundiram para formar a Nokia Corporation, que iniciaria uma revolução na comunicação móvel. Pela tecnologia de ponta que detinha, capaz de desenvolver os primeiros

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Reinventada: a logomarca, assim como as áreas de atuação, passou por drásticas mudanças

telefones veiculares lançados na década de 1980, a empresa foi a escolhida para equipar as Forças Armadas da Finlândia. Mas foi em 1987 que a Nokia fez o mundo todo abrir a boca: colocou no mercado o primeiro modelo de telefone, digamos, compacto. O revolucionário Mobira Cityman 900 pesava “somente” 800 gramas (hoje, há aparelhos que pesam 10 vezes menos). Dali em diante, a marca se manteve na liderança do mercado de celulares. Foi a primeira a realizar uma chamada usando tecnologia GSM, em 1991, cuja ligação inaugural foi protagonizada pelo então Primeiro Ministro Finlandês, Harri Holkeri, em Helsinki em um aparelho Nokia.

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Mobira Cityman, o primeiro portátil

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Dois anos depois, estreou o serviço de mensagens de texto via celular, e 10 anos adiante lançou os primeiros celulares com câmera fotográfica, com resolução de 0,1 megapixels. Até hoje, a Nokia é a marca que mais vende celulares no mundo, segundo pesquisa divulgada pelo International Data Corporation (IDC) em julho. O estudo revela que a finlandesa teve 24,2% de participação nas vendas mundiais de aparelhos no segundo trimestre de 2011, seguida pela Samsung, com 19,2%, e pela LG, com 6,8%. Ela sofre mesmo é quando o assunto se restringe aos smartphones – aí, a supremacia está dividida entre a Apple e a Samsung. Mas honrando a liturgia dos seus arrojados fundadores, a Nokia procura manter-se a primeira do mundo em alguma nova categoria. Anunciou, durante o evento anual de lançamento de produtos para o Brasil, o modelo N9, smartphone cuja inovação é o uso da tecnologia Dolby Digital Plus, que trará melhorias na reprodução de sons para músicas e vídeos. O aparelho ainda possui câmera de 8 megapixels, captura vídeo em HD e tem navegação orientada por voz. Novidades para conversar não apenas com quem estiver do outro lado da linha, mas com o próprio celular, que agora fala e escuta. E entende!

LInHa dO TEMPO 1865

É fundada a fábrica de papel, por fredrik idestam

1898

a empresa associa-se à finnish rubber Works e passa a produzir artigos de borracha

1912

a empresa associa-se à finnish Cable Works e passa a produzir cabos elétricos

1960

É criado o departamento de eletrônicos, vendendo e operando computadores

1967

as três empresas se fundem para formar a Nokia Corporation, que começa a desenvolver soluções para telecomunicação

1985

É lançado o mobira talkman, telefone para carros

1987

É lançado o mobira Cityman 900, o primeiro telefone de mão portátil da história

1991

É feita a primeira ligação gsm do mundo usando-se um aparelho Nokia.

1992

a Nokia lança o primeiro aparelho portátil gsm

1994

primeira ligação via satélite é feita, usando-se um aparelho Nokia

2002 2005

É lançado o primeiro telefone 3g da Nokia

2007

a Nokia é reconhecida como a quinta marca mais valiosa do mundo

2008

É inaugurada a Nokia store em são paulo

2011

a empresa investe em smartphones, como o N9, com dolby digital plus e navegação por voz: tentativa de desbancar a concorrência.

a marca atinge 1 bilhão de celulares vendidos

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cinema

Comprometidos até o

esôfago Ou, como entre uma e outra dose de absinto, nos tornamos roteiristas de uma ficção científica para a Universal Filmes, em Los Angeles Por Lusa Silvestre*

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Acima, cenas do filme Estômago. Ao lado, Lusa e Marcos brindam com Limoncello

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“Devemos assinar?”. E o advogado: “o que vocês acham? De um lado, estÃo vocês. Do outro, a Universal de Los Angeles.

arcos Jorge me chamou no canto do seu apê em Curitiba e contou: “Estou bebendo menos, mas melhor”. Em seguida, abriu uma garrafa do famoso Absinto da Fada Verde – 90 euros a garrafa. A bebida não conquistou o nome à toa: é tão forte, mas tão forte, que causa alucinações com duendes verdulengos em quem bebe. Algumas garrafas chegam a ter inacreditáveis 85% de grau alcoolico, teor de destruição próximo ao do Coquetel Molotov. Nos conhecemos, eu e Marcos, por meio da propaganda. De 2003 até hoje já parimos quatro outros roteiros de filmes. A gente trabalha muito bem junto. Eu sou mais o fígado da parceria, ele é mais o cérebro. Eu resolvo as coisas mais no instinto, Marcos é quem repensa e organiza o meio de campo. Eu resolvo as coisas após cinco minutos de reflexão, ele demora dois dias. Juntando os dois, funciona. Naquela noite, a gente estava comemorando. Estômago, nosso primeiro longa juntos, tinha abocanhado todos os prêmios aqui e no exterior – e caído no gosto dos americanos.No sofá do Marcos estava um dos agentes gringos que veio ao Brasil para nos conhecer. No fim da noite, ele não só tinha feito amizade com a

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gente como também estava unha e carne com várias entidades coloridas. Desse primeiro gole surgiram convites para outras degustações. Marcos foi para os Estados Unidos um sem-número de vezes. Recebíamos, pelos contatos dele, roteiros para consertar e ideias soltas para pôr de pé. Um dia, apareceu uma ficção científica. A gente resolveu a história e fomos convidados para escrever o roteiro do filme. “Claro!”, dissemos. (No Brasil, o cinema é feito na base do “Claro!” – sendo como aquele tradicional “passa depois lá em casa”. Ou seja: “Claro!”, mas ninguém acreditando muito que a coisa vai acontecer mesmo). Mas eles eram americanos. Levam as coisas a sério. E, incrível, chega o contrato para assinar. Mandamos para o nosso advogado brasileiro. “Devemos assinar?”, perguntamos. E o advogado: “O que vocês acham? De um lado, estão vocês. Do outro, a Universal de Los Angeles. Quem precisa mais dessa chance?”. Três anos depois da primeira taça de Absinto assinamos. Brindamos com Limoncello. De repente, a gente tinha contrato com os americanos, agente gringo e – sonho de consumo – um advogado judeu em L.A. Estávamos irremediavelmente comprometidos. De cara, o desafio era entender a praia desse filme. Ficção científica. Cada gênero, seja horror,

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no Brasil, o cinema É Feito À Base Do “claro!” – como aquele traDicional “Passa DePois lÁ em casa”. ou seJa: “claro!”, mas ninguÉm acreDitanDo muito que a coisa vai acontecer mesmo.

Cenas do filme Estômago

drama, comédia, tem suas convenções. Na comédia romântica, por exemplo, todos os filmes seguem a mesma estrutura: carinha conhece garota. O amor deles a princípio é inviável. Aparecerão sogras, ex-namoradas, empregos, viagens, forças opositoras que complicarão o amor até que, no fim, o cupido triunfa. Horror tem outros truques: tem o religioso que sabe como matar o demônio, a criança andando de velotrol no corredor do hotel, enfim. A plateia espera por isso quando vai ver a obra. A Tragédia de Romeu e Julieta, de Shakespeare, chama-se assim para todo mundo saber que é pra levar lencinhos ao teatro. Começamos a trabalhar diretamente com David Gerson, nosso chefe. Os gringos não fazem filmes autorais, como a gente. Aqui no Brasil, o filme é feito com dinheiro de incentivos. Editais, fundos setoriais, leis fiscais. O filme só é rodado depois de toda a grana captada – e tanto faz se der certo ou não, porque o dinheiro já entrou no banco. Lá, o filme tem que se pagar na bilheteria. É business, algo em torno de

quatro milhões de dólares. O público tem que gostar. Sobra muita pesquisa, muito planejamento – e roteiro tecnicamente bem-escrito. Sempre funciona o clássico “triple H”, como eles chamam: Happy, Hopeful, Hollywood. Lá, eles querem ver aquilo que se aprende nos livros. Neste momento, estamos diante da terceira guinada da história.Ainda estamos descobrindo a trama – ainda sem escrever o roteiro em si. Pode ser que, como acontece quando se abre uma picada no mato, não cheguemos a lugar algum. Daí teremos que começar de novo. A história que estamos fazendo não é um simples ‘carinha-conhece-menina-e-os-dois-se-apaixonam’. É ficção científica, viagens siderais, dobras espaciais, planetas. Tem até Einstein no enredo. Já tentou entender Einstein? Imagine então juntar a Teoria da Relatividade a traições, tiroteios e final feliz. O nome provisório é Mortal Coil. Tem horas que a gente desconfia que estamos vendo fadinhas verdes. Serão de Marte – influência da história –, ou de novo é o Absinto atuando?

uM FiLME, CEnA A CEnA escrever roteiro dá trabalho, mas é um negócio bem planejadinho, cheio de fases. ninguém senta para escrever sem saber para onde a história vai. não é literatura, em que os próprios autores descobrem o fim quando chegam nele. a primeira fase do trabalho é o argumento, no qual o roteirista propõe a trama, apresentando o contexto e os personagens. depois disso, tem a escaleta. nela, a história defendida no argumento é desdobrada em cenas, e as cenas são só planejadas, sem diálogos nem descrição detalhada da ação. fica claro, na escaleta, o objetivo de cada cena, o que ela tem que entregar para a história sempre caminhar pra frente, em direção ao fim. depois da escaleta, aí vem mesmo a diversão: pôr o roteiro de pé, escrever o bicho. entre o argumento e o roteiro terminado lá se vão quatro meses de labuta. pode demorar mais se a história requer pesquisa.

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Quem é Lusa Silvestre Considerado um dos roteiristas mais profícuos da atualidade, Lusa, que originalmente é publicitário, tem sua assinatura em inúmeros filmes brasileiros de sucesso, além do premiado Estômago. Dono de um texto coloquial e divertido, escreve ocasionalmente também para algumas revistas. A seguir, sua produção cinematográfica em desenvolvimento, pré-produção ou em filmagem, descrita segundo ele mesmo:

E aí, Comeu? As filmagens começaram dia 12 de novembro. Deve ser lançado em Julho de 2012. Com Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira, Emilio Orciollo, Dira Paes, elenco global e forte. Direção de Felipe Joffily. Dois Sequestros Drama policial em dupla com Marcos Jorge como co-roteirista e diretor. Ganhamos o edital do Fundo Setorial em novembro. Com Rodrigo Santoro. Deve ser filmado em agosto de 2012. O Incrível Roubo da Taça Jules Rimet História do desastrado roubo da taça do tri. Bastante inspirado em fatos reais – o que é incrível, porque a história verídica parece mentira. Este deve ser filmado no primeiro semestre de 2013 para estrear na virada pro ano da Copa. Também com esse ganhamos o edital do Fundo Setorial no fim de novembro. Direção de Caíto Ortiz, da Prodigo Films. A Graça e a Glória Comédia melodramática, com Carolina Ferraz e Sandra Corveloni. Dirigido por Flavio Tambellini. Este ainda está na captação. O roteiro ainda precisa de uns tapas. Deve ser filmado daqui a um ano e meio. O Amor é Importante, Porra Comédia melodramática, com cenário no cemitério da Consolação. Direção de Georgia Guerra Peixe, que acabou de lançar o documentário “O Samba que Mora em Mim”. O roteiro ainda carece de um bom trabalho. O Amor tem Cura Eu e Marcos Jorge, de novo escrevendo uma comédia. É a história de um legista que, de repente, leva um pé da mulher obstetra. Estamos nos divertindo bastante para escrever. O Outro Lado do Paraíso Épico baseado na obra de Luiz Fernando Emediato, que também é co-roteirista. Ainda estamos passando WD 40 na história, ‘azeitando’ aqui e arrumando acolá. É uma história que se passa em Brasília durante o Golpe de 64.

Quem é marcos jorge Marcos Jorge é diretor de filmes, roteirista e fotógrafo. Estudou Jornalismo no Brasil e Cinema na Itália. Seus primeiros filmes, realizados na década de 90, venceram mais de 80 prêmios em festivais. Nessa época, atuou como artista plástico: suas videoinstalações foram expostas na França, Itália, Holanda e Japão. Depois de mais de 10 anos vivendo no exterior, em 2001 voltou ao Brasil. Realizou diversos curta-metragens premiados. Dirigiu o documentário O Ateliê de Luzia, e foi autor do livro Brasil Rupestre, ambos sobre arte préhistórica no Brasil. Dirigiu centenas de filmes publicitários e venceu por duas vezes o Prêmio Profissionais do Ano, da Rede Globo. Seu primeiro longa-metragem de ficção, Estômago, arrebatou 36 prêmios, 16 deles internacionais, e foi o filme brasileiro mais premiado do biênio 2008-2009. A revista americana Variety considerou-o um dos diretores mais interessantes da nova geração do cinema brasileiro, e a brasileira Revista de Cinema colocou-o entre os 10 cineastas brasileiros que mais se destacaram nesta década.

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Just Who

Vai

Por ricardo castilho fotos ricardo d´angelo

que é sua,

Galvão!

O melhor narrador esportivo do país investe no mundo do vinho e mostra que também é um craque nos negócios. Nesta entrevista exclusiva ele revela que vai lançar um Brunello di Montalcino e o seu time do coração

Novembro de 2011 foi um mês especial para o narrador Galvão Bueno. Primeiro, ele fez sua estreia no UFC, narrando a vitória do Junior Cigano sobre o mexicano Cain Velásquez, com o brasileiro se tornando campeão mundial da categoria pesos-pesados. Depois, entre jogos da seleção e do Campeonato Brasileiro de Futebol, fez sua trigésima narração do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, uma marca digna de campeão. Se não bastasse, o vinho degustado nos boxes de equipes como Ferrari, McLaren e Mercedes Petronas era o Bueno Paralelo 31, um dos rótulos que levam sua assinatura, elaborado em conjunto com a vinícola Miolo. E assim tem sido a trajetória vitoriosa do melhor e mais polêmico narrador de esportes do país, que nos últimos 30 anos esteve presente nos principais acontecimentos esportivos do mundo: Copa do Mundo, Olimpíadas, grandes finais de campeonatos... Não importa o esporte, quando precisa de emoção, a Globo não titubeia em escalar Galvão.

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Sua facilidade em narrar bem quase que uma dezena de esportes, do futebol ao vôlei, passando pelo automobilismo e chegando agora aos grandes combates, é impressionante. Não há como ficar indiferente durante suas narrações. Seus críticos reclamam exatamente desse estilo cheio de vibração e bordões, com os quais procura prender a atenção do telespectador. Outros reclamam de suas bolas fora. Mas fazer ao vivo não é fácil, e a grande maioria adora o seu jeito “torcedor” de narrar, e não há esportista que não sonhe em escutar, ao final de uma disputa, o bordão: “É do Brasilllllll”. Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno nasceu no Rio de Janeiro e começou a carreira em 1974 como radialista. Depois passou pelas emissoras Gazeta, Record e Bandeirantes. Está na Globo desde 1981. Hoje, além de narrador, apresenta o bom programa Bem Amigos, no SporTV, uma mesa redonda moderna e com mais humor. Apaixonado por automobilismo, Galvão tem dois filhos que correm na Stock Car, Cacá e Popó Bueno. Já a filha, Letícia, cuida do marketing dos

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fui apurando o paladar, o sentimento. porque o vinho não é simplesmente uma bebida. O vinho é uma sensação, um estado de espírito. no meu caso, uma paixão

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negócios (além dos vinhos, possui fazendas de gado e sociedade na rede Burger King). Tem ainda Luca, um garoto de 10 anos, de seu segundo casamento com Desirée Soares. Foi em uma luxuosa suíte do hotel Grand Hyatt, em São Paulo, que ele concedeu a seguinte entrevista:

Há dois anos você se mudou para Mônaco, antes estava morando em Londrina, mas está quase o tempo todo viajando. Como você faz para ter uma casa, uma rotina? Às vezes é uma loucura. Estou morando em Mônaco boa parte do tempo. Vim em novembro para o Brasil e devo ficar por aqui até o início de fevereiro. A casa de Londrina está praticamente fechada. Quando estou em São Paulo, moro aqui nessa suíte do Hyatt, onde sou extremamente bem-tratado e mimado. É o lugar perfeito. Já no Rio de Janeiro, fico no hotel Fasano, que dispensa comentários. É outro lugar fantástico. Não dá para reclamar.

O que motivou você a entrar no mundo do vinho? Vivi os últimos 37 anos viajando pelo mundo. Comecei a viajar em 1974 e fui aprendendo a tomar vinho. Me encantei com isso. No início, eu tinha dois problemas básicos. Falta de conhecimento para escolhê-lo e falta de dinheiro para comprá-lo. (risos). Mas com o tempo, fui resolvendo as duas coisas. E passei a comprar vinhos melhores. Eu não sou um grande enófilo e tento não ser um enochato.

O Bueno está no Sass Café, em Mônaco, um lugar muito bemfrequentado. O Bono, do U2, o George Clooney, o Brad Pitt, a Angelina Jolie, além de quase todos os pilotos de F1 são frequentadores. Como sou cliente antigo, criei um rótulo exclusivo para eles. Sou abusado” Modéstia, né? Um enófilo você é.

E qual é o seu estilo de vinho?

Não, não. Sou um apaixonado. Nunca fiz curso, fui apurando o paladar, o sentimento. Porque o vinho não é simplesmente uma bebida, é uma sensação, é um estado de espírito, no meu caso, uma paixão. Você não fabrica um vinho. Você produz. Isso começa na escolha do terroir e na forma como se monta o seu vinhedo. Depois o enólogo vai confeccionar esse vinho, empregará a arte para fazê-lo. Fui me apaixonando e planejei que um dia eu faria um vinho com o meu nome.

Sou um apaixonado pela Toscana, na Itália. O sul dela é maravilhoso, Montalcino é linda. O caminho de Siena para Firenze, por dentro do Chianti Classico, é uma das coisas mais lindas do mundo. E comecei a colocar na minha cabeça que iria procurar uma pequena tenuta ou mesmo um poderi, uma propriedade menor, me associar a alguém e fazer um vinho.

E já é sucesso, não? Vendido até no exterior. Sim, está no Sass Café, em Mônaco, um lugar tradicional e muito bem-frequentado. O Bono, do U2, o George Clooney, o Brad Pitt, a Angelina Jolie, além de quase todos os pilotos de F1 são frequentadores da casa. E como sou cliente antigo, criei um rótulo exclusivo para eles, uma edição especial do espumante. É um abuso, né? Vender espumante brasileiro na terra onde reina o champanhe. Mas eu sou abusado.

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Mas como você foi parar na Miolo? Por meio do meu sócio Ivan Magalhães eu conheci Darci Miolo e a família. Com isso, surgiu uma oportunidade de negócio lá na Campanha, no Rio Grande do Sul. Fui lá me reuni com Darci e com Adriano Miolo, conheci um espetáculo de cantina e me apaixonei.

Mas você palpita na vinificação? Claro, essa era uma das condições para topar o projeto. Cada vez que me sento com Adriano a gente deixa o resto da equipe maluca, porque vamos viajando, sonhando e

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mudando tudo. A decisão do corte das uvas para o primeiro Bueno foi minha e eu já fui falando que queria um Bordeaux. Cabernet Sauvignon e Merlot majoritariamente. Pensei em um corte bordalês autêntico, incluindo a Cabernet Franc. Foi aí que entrou o gênio do Michel Rolland [enólogo francês que presta consultoria para o grupo Miolo] na história. Junto com Adriano ele me convenceu a usar a Petit Verdot no lugar da Cabernet Franc. E o resultado foi muito bom. Depois, partimos para o espumante na Serra Gaúcha, o Cuvée Prestige. Fizemos pelo método champenoise, com 50% Chardonnay e 50% Pinot Noir, da mesma maneira que os grandes champanhes.

Para onde você acha que vai tudo isso? Começou como paixão e está se tornando um grande negócio? Tenho dedicado tudo o que posso do meu tempo no vinho. Virou absolutamente negócio, já comprei mais vinhedos. Em abril, na Expovinis, vamos lançar mais dois rótulos. Um será o Bueno Bellavista 100% Pinot Noir, no melhor estilo da Borgonha. Deveria lançar também, que foi um desafio que eu fiz para Adriano e para Michel, o meu primeiro branco, um Sauvignon Blanc. Desafiei os dois a fazer um vinho adstringente, muito mineral, como os da Nova Zelândia, que eu adoro. Sem madeira, com um ano e meio no aço. Provei outro dia e está muito bom, mas ainda precisa esperar mais um pouquinho. O outro lançamento é um 100% Sangiovese, o Bueno La Valletta, com vinificação feita em Montalcino, pelo enólogo Roberto Cipresso, o mesmo que faz o Achaval Ferrer na Argentina. E em abril de 2013 vem o Bueno Brunello di Montalcino.

Como narrador esportivo você já viveu dezenas de emoções. Com qual delas você compararia a emoção de degustar seu vinho pela primeira vez? Com uma vitória do Ayrton Senna. Senna dedicava 110% da vida dele para aquilo que fazia. Senna era pura emoção, se exigia demais, mas era um gênio. O Ayrton, que era o meu irmão mais novo, era um herói nacional, ultrapassou a condição de ídolo do esporte.

Aproveitando, a gente nunca mais vai ter um campeão do mundo de Fórmula 1? Vai. O Felipe Massa tem condições de chegar. Chegou a uma curva de ser campeão. Acredito que ele vai fazer uma grande temporada no próximo ano. Ele teve atuações muito boas em 2008, mas depois teve o acidente terrível e, na sequência, a Ferrari foi muito cruel com ele. Um ano após ter saído vivo do acidente, quando estava ganhando a corrida, veio a ordem para ele deixar o Alonso passar.

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Mudando de assunto, quais os restaurantes bacanas de Mônaco? O Sass Café, sem dúvida. Uma casa de muita qualidade, que depois de um certo horário, muda de restaurante para danceteria. Vou no Budha Bar, no Maya Bay, de comida oriental, e no Ducasse, que fica no Hotel de Paris. Tem um sensacional, onde vão quase todos os pilotos da F1, que é o La Saliére, nome francês, mas de gostosa cozinha italiana. Um lugarzinho bom demais.

Para finalizar, para que time torce o Galvão Bueno, afinal? Aos 61 anos, acho que posso me permitir revelar isso. Sou carioca, minha paixão é o Flamengo.

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DRINK

Um brinde ao

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“E Noé plantou a videira...”

Um pouco da história da bebida e uma prova com seis bons espumantes brut para não errar na hora da comemoração POR MAURICE BIBAS

Essa é a primeira citação bíblica da prestigiosa planta que é uma constante no Antigo e no Novo Testamento. Mas a história da videira está irremediavelmente ligada à da mitologia oriental, que ao longo dos séculos fez milhões de chineses, persas, gregos, latinos, alemães, semitas e árabes considerar o vinho como a nobre bebida que sobreviveria às mutações da história. Na origem, nos países do Oriente Médio, a videira é um dom do céu. O vinho é a bebida ligada ao culto aos deuses e à celebração dos heróis e poetas, cantado por Horácio, Ovídio e Homero no século IX a.C., ou por Li Ling no primeiro século a.C. Mais tarde, no período galo-romano (do século III ao V d.C.), sob os auspícios do clero surgem os vinhedos produtivos em Champagne, França. A partir do século X, os vinhos de Champagne ganharam notoriedade. No século XVII, Dom Pérignon, monge da Abadia de Hautvillers, praticou (dizem que, sem querer) o assemblage de diversas cepas e estabeleceu as premissas de Champagne existentes até hoje. Foi em 1927 que a legislação oficializou a região de Denominação de Origem Controlada de Champagne. Na época, a região delimitada envolvia aproximadamente 70 mil hectares de terras. Desde meados do século XX, porém, tem havido uma pressão cada vez maior para que se modifique a legislação, flexibilizando a área delimitada. Assim, no início de 2009 foi aprovada uma revisão da legislação regendo a área delimitada de denominação, que foi dividida em duas zonas. A primeira, a de elaboração, cobre todas as áreas onde o champanhe pode ser vinificado. Nessa zona, é proibido elaborar outros espumantes que não sejam champanhe. A outra é a zona de produção – menor e situada dentro da zona de elaboração –, em que é permitido o plantio das cepas autorizadas pela legislação. Tudo indica que haverá lento e progressivo aumento de área da zona de produção para assim atender ao aumento da demanda mundial. Apesar disso, dificilmente chegará aos históricos 70 mil hectares em 2020, como declaram alguns críticos pessimistas contrários à revisão. Enquanto o futuro não chega, confira as boas opções para brindar.

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HENRIOT SOUVERAIN Castas: (60%) Pinot Noir e (40%) Chardonnay - Álcool: 12% Fundada no ano de 1640 por nicolas henriot, a vinícola permaneceu durante sete anos sob a bandeira do grupo LvMh, quando, em 1994, voltou a ser independente. Com mais de cinco milhões de garrafas estocadas e produção total anual de 750 mil garrafas, este rótulo apresenta forte coloração amarela conferida pela Chardonnay, além de bom aroma de café torrado. Ideal com peixes defumados. vinci, US$ 122,90

DEUTZ BRUT CLASSIC Castas: (30%) Chardonnay, (38%) Pinot Noir e (32%) Pinot Meunier - Álcool: 12% Fundada por William deutz e pierre Geldermann há mais de 170 anos, essa casa incorpora uma proporção de vinhos provenientes de colheitas anteriores à cuvée (entre 20% e 40%) no intuito de alcançar a constância na qualidade ano a ano. Um terço dos mais de 3 milhões de garrafas estocadas é do tipo safrado. Um vinho com estilo leve, fresco e vivo, com boa acidez e ótimo na companhia de aperitivos. Casa Flora/porto a porto, R$ 176,4

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IMPORTADORAS CASA FLORA / PORTO A PORTO Tel.: 11 3327.5199 INOVINI Tel.: 11 3623.2280 VINCI Tel.: 11 2797.0000 WORLDWINE Tel.: 11 3383.7477 ZAHIL Tel.: 11 3071.2900

PIERRE MONCUIT BRUT Casta: Chardonnay Álcool: 12% há mais de um século na região de Mesnil-sur-oger, no coração da Côte des Blancs, a família pierre Moncuit produz champanhes dignos de premiação. Este vinho, leve e refrescante é feito exclusivamente com a casta Chardonnay. na boca, o intenso frescor, a acidez e a borbulha provocam uma sensação chamada agulha, que é considerada qualidade em um bom champanhe, além de longo retrogosto. Como aperitivo é perfeito. World Wine, R$ 205

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CUVÉE DE RÉSERVE PIERRE PÉTERS GRAND CRU Casta: Chardonnay - Álcool: 12% Elaborado apenas com uvas de vinhedos próprios localizados na região de Champagne-Ardenne, no nordeste da França. É feito com 1/3 de vinhos de reserva, sendo que alguns têm mais de 15 anos de idade. Elegante, com excelente acidez e aromas intensos de leveduras e cítricos. perfeito com frutos do mar. vinci, US$ 127,25

Fotos: Ricardo d´Angelo (garrafas) / Fotolia

DRAPPIER CARTE-D’OR BRUT Castas: (90%) Pinot Noir, (7%) Chardonnay e Pinot Meunier - Álcool: 12% desde o ano de 1808, a drappier construiu uma história com personagens famosos – seus vinhedos foram plantados ainda no século I por mãos galo-romanas. durante a Idade Média, monges cistercienses tomaram para si a cura das plantas e diz-se que São Bernardo em pessoa participou da construção das caves de Urville. Este vinho, com aromas de frutas vermelhas, é potente e caloroso. Combina com carnes brancas, mas com molhos untuosos. Foi o preferido do público. Zahil, R$ 185

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LAURENT-PERRIER BRUT L-P Castas: (45%) Chardonnay, (40%) Pinot Noir e (15%) Pinot Meunier - Álcool: 12% Faltando somente dois anos para completar dois séculos de existência, a Laurent-perrier é hoje a maior vinícola familiar da região, com produção que gira em torno de seis milhões de garrafas por ano. Além de contar com boa proporção da casta Chardonnay, o Brut L-p é produzido com um blend de vinhos oriundos de mais de 55 crus (vilas) de Champagne. Um espumante de estilo leve, delicado e elegante. vai bem com carnes brancas e molho delicado. Inovini, R$ 199

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MODA

Casquete, macacão e cinto WalÉrio araÚJo anel lÁZara design

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FOTOS DANILO BORGES • EDIÇÃO DE MODA DRICA CRUZ/ ABA MGT • BELEZA RAFAEL GUAPIANO

NOITES

BRANCAS DEIXE-SE LEVAR PELO SONHO! DESPERTE EM VOCÊ A PRINCESA RUSSA ENVOLTA EM LUXOS, ARDENTE E DISTANTE...

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Vestido aCQuastudio Brincos marCo apollonio

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Colares marco apollonio e giorgio armani Braceletes marco apollonio Vestido fh por fause haten Botas fernando pires

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Camisa giorgio armani Colar flavia caldeira Casaqueto max mara Braceletes usados como cinto gloria coelho Bracelete marco apollonio Saia talie nk

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Brincos h. stern Bolero Vitor ZerBinato Vestido lethiCia anĂŠis emar Batalha

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Vestido e bracelete gloria Coelho sapatos fernando pires

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Regata R. rosner Vestido fh por fause haten Pulseira h. stern Botas fernando pires

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Blusa ronaldo fraga Braceletes gloria Coelho saia aCQuastudio

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Brincos e pulseira h. stern Blazer armani exchange Blusa fh por fause haten Calça talie nk Anel emar batalha

Modelo: Manoela Ew / Mega Produção De Moda: Satomi Maeda Direção De Arte E Cenografia: Felipe Tadeu - Mangaba Produções AssiStentes De Produção: Fatima Sosa e Bia Saueia - Mangaba Produções Tratamento de imagens: Jujuba Digital AGRADECIMENTOS: AcquaStudio 11 3223 2133 Armani Exchange 11 3062 2660 Emar Batalha 11 3081 4529 Fernando Pires 11 3068 8177 FH Por Fause Haten 11 3062 2240 Flavia Caldeira 34 3831 9866 Giorgio Armani 11 3323 3535 Gloria Coelho 11 3085 6671 H. Stern 11 2106 0001 Lázara Design 31 4388 6889 Lethicia 11 3081 1635 Marco Apollonio 11 3081 6370 Max Mara 11 3062 0617 Ronaldo Fraga 11 3816 2181 R. Rosner 11 3129 5685 Talie Nk 11 3897 2600 Vitor Zerbinato 11 3052 1033 Walério Araújo 11 3258 7665

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TURISMO D U N A S

É ROOTS! Mas é bom DESFRUTE UM PROGRAMA SELVAGEM NOS LENÇÓIS MARANHENSES, ONDE O MAIOR LUXO ESTÁ NA NATUREZA... TEXTO E FOTOS ANA PAULA KUNTZ

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É

um programa roots – numa tradução livre da gíria é algo como “buscar as raízes”. Na verdade, estamos propondo a você um encontro de igual para igual com a natureza. Livre-se dos excessos. Bastam os mais simples dos chinelos para proteger os pés do chão quente. E também chapéu e óculos escuros para filtrar o calor e proteger da luz que irradia das areias brancas. O que é preciso ter bastante é fôlego. Não apenas para as subidas íngremes de areia fofa, mas para não perder o ar ao se deparar com as lagoas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - uma experiência única. Além do visual e do silêncio, um mergulho nessas águas é como retornar como convidado de honra ao mundo quando ele festejava seu momento inaugural. Sem o sal e as ondas do mar, sem a corredeira dos rios, sem o cloro das piscinas ou o lodo das lagoas tradicionais, boiar nas piscinas dos Lençóis, joias calmas e límpidas, criadas a partir das águas caídas das nuvens, é fazer um voto de renovação consigo mesmo e com a vida. O parque tem área equivalente a da cidade de São Paulo, cerca de 1.550 quilômetros quadrados – para os andarilhos de plantão, há opções de passeios que fazem a travessia em uma caminhada de três dias, com direito a pernoite à luz das estrelas –, e na época das chuvas abriga dezenas de piscinas naturais. Quem visita os Lençóis Maranhenses entre abril e junho tem o privilégio de encontrá-las bem cheias, com mais de 1,5 metro de profundidade. Nesses meses, na região de Vassouras, estão em plena forma também os Pequenos Lençóis – menores (aqui a travessia dura cerca de uma hora), mas não menos belos. Nos outros períodos do ano, mesmo as maiores lagoas, como a Bonita, a Azul e a da Preguiça, vão secando até desaparecerem. Apenas a Lagoa do Peixe, que recebe o nome por causa dos lambaris que vivem nela, continua cheia.

COMO CHEGAR A visita aos Lençóis exige dos turistas uma boa dose de espírito aventureiro para superar barreiras, a começar por Barreirinhas – sem trocadilho. A vila, que é a mais utilizada porta de entrada para o parque, fica a 272 quilômetros da capital, São Luís. Agências de turismo locais podem providenciar aviões monomotores, ao custo de 200 reais por pessoa, que fazem o trajeto em pouco mais de um hora e com muito mais conforto, proporcionando a experiência do visual panorâmico sobre o mar de areias brancas. No geral, contudo, o percurso da estrada de mão dupla e pista única, que parece mais frequentada por vacas que por automóveis, leva quase quatro horas para ser vencido

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Miniatura: os Pequenos Lençóis (acima) podem ser atravessados em uma caminhada de uma hora. Ao longo do Rio Preguiças, visitas às comunidades ribeirinhas

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Oásis: depois das chuvas, o deserto, que tem o tamanho da cidade de São Paulo, fica pontilhado de lagoas

QUEM VISITA OS LENÇÓIS MARANHENSES ENTRE ABRIL E JUNHO TEM O PRIVILÉGIO DE ENCONTRAR AS LAGOAS BEM CHEIAS, COM MAIS DE 1,5 METRO DE PROFUNDIDADE

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de carro. Quem não estiver disposto a partir de São Luís antes do raiar do dia (para o passeio render, recomenda-se sair por volta das seis da manhã), a dica é hospedar-se em Barreirinhas. “Temos um trabalho com a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) para incrementar a infraestrutura, sofisticar os passeios e implantar o sistema de gestão para um turismo sustentável”, diz a secretária municipal de Turismo, Kátia Maria Xavier Raposo de Lima, que não quer ver nenhum turista em maus lençóis (essa foi infame!). Se você quer esse blind date com a natureza, corra. Toda essa sofisticação traz conforto, mas talvez, menos emoção. Se é emoção que você quer, adiantamos que Barreirinhas não é o destino final. Para chegar às espetaculares dunas, é preciso ainda encarar um trajeto feito em veículo com tração nas quatro rodas. Chacoalhando aqui, quicando dali, cerca de uma hora depois chega o momento. De desembarcar e seguir a pé até as lagoas!

OUTROS PASSEIOS Mas tudo isso vale para o plano A, quando as dunas estão salpicadas pelo azul das águas. Vamos ao plano B. Na falta de lagoas cheias ou no caso de haver mais dias para curtir a viagem, há outras coisas para se ver. Margeada pelo Rio Preguiças, Barreirinhas é ponto de partida das voadeiras, pequenas lanchas que nos levam aos pontos turísticos. Um deles é o Farol de Mandacaru. Construído em 1940, tem 35 metros de altura e 160 degraus. “Antigamente havia outro, que tinha um elevador com capacidade para duas pessoas, mas era feito de ferro e foi corroído pelo salitre”, diz, num tiro só, o guia mirim George, em troca de alguns reais. Na comunidade de Marcelino, onde a energia elétrica chegou há apenas um ano, é possível observar as artesãs transformando a palha de buriti (espécie de palmeira) em bolsas e chapéus, coloridos naturalmente. “Da salsa, fazemos a cor verde; do urucum, a vermelha; da casca da cebola, a marrom”, diz Sônia Maria Batista Cabral, vice-presidente da Associação das Artesãs dos Lençóis Maranhenses (Artcop). Já no

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Histórias: os guias mirins (na página ao lado) contam o passado de Mandacaru. Em São Luís, tradição nas fachadas de azulejo e nos artesanatos regionais do Mercado Central

povoado Tapuio, a atração é a Casa de Farinha, onde a comunidade, formada por 2.000 habitantes, produz a farinha de macaxeira, nome que se dá à mandioca no Maranhão. A matriarca Maria José Diniz Araújo, mãe de oito filhos e avó de 33 netos, é quem recebe os visitantes. Seu filho, José Maria, explica o processo de fabricação, que segue o método criado por índios séculos atrás. “Descascamos e moemos no catitu. Depois, colocamos a massa úmida no tapiti para desidratar”, diz. “Esse líquido amarelo que sai ao espremer a mandioca é o tucupi, de sabor avinagrado, que usamos para temperar peixes.” A parte branca que decanta desse líquido é a goma da mandioca, usada tanto na indústria de cosméticos como no preparo da tapioca. A massa de mandioca desidratada é passada na peneira e fica uma hora e meia no forno para secar bem, até estar pronta para ser consumida. “Um quilo de farinha não dura mais que um dia numa casa aqui na comunidade”, afirma José Maria.

SÃO LUÍS Claro, há ainda São Luís para conhecer. A capital maranhense, que completa 400 anos no ano que vem, foi fundada em 1612 por franceses, invadida por holandeses e construída por portugueses. Seu Centro Histórico é tombado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade por possuir uma rica arquitetura, marcada principalmente pelas fachadas com acabamento de azulejos coloridos. No mercado, lembrancinhas típicas como as bandejas e os quadros decorados com esses tradicionais azulejos, bolsas de palha de buriti e bibelôs do Bumba-meu-Boi (festa regional com comemorações que vão de junho a novembro), dividem espaço com as iguarias regionais. Entre elas estão as geleias de pimenta, o açaí, o bacuri e o cupuaçu, as folhas de vinagreira, usadas no preparo do arroz-de-cuxá, receita encontrada em todos os cardápios da região, e a tiquira, destilado de mandioca comumente vendido em garrafas que levam dentro cobra, aranha, caranguejo. Eles bebem, e garantem que dá força, imunidade e disposição. Quem não tiver essa audácia, pode usar a garrafa de enfeite para recordar a viagem.

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SERVIÇOS Melhor época De julho a novembro, depois das chuvas e antes da seca. Preço Em média, um passeio de um dia custa cerca de R$ 200 por pessoa, com saída de São Luís às 7 h (incluindo passeio nas dunas, no Rio Preguiças, passando por Vassouras, Mandacaru e Caburé) e retorno às 20 h. Partindo de Barreirinhas, o passeio de meio período aos Lençóis custa R$ 50 por pessoa. Hospedagem em Barreirinhas Pousada Encantes do Nordeste www.encantesdonordeste.com.br e tel. (98) 3349-0288 Resort Lençóis Maranhenses www.lencoisresort.com.br e tel. (98) 3349-1139 Gran Solare Lençóis Resort www.gruposolare.com.br e tel. (98) 3349-6000 Quem leva Passeio Náutico do Rio Preguiças - Tropical Adventure: www.tropical-adventureexpedicoes.com e tel. (98) 3349-1987 - Espírito de Aventura: www.espiritodeaventura.com.br e tel. (98) 3349-5012 Visita às comunidades de Tapuio e Marcelino - Freeway: www.freeway.tur.br e tel. (98) 3349-0298 - Flutuação no Rio Cardosa: Rota das Trilhas, www.rotadastrilhas.com.br e tel. (98) 3349-0372 Passeio 4x4 Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses - São Paulo Turismo: www.saopauloecoturismo.com e tel. (98) 3349-0079 - Discovery Brasil Tours: www.discoverybrasiltours.com e tel. (98) 3349-6659

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TURISMO N E V E

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NEVE nos pés CALOR no coração CASAS SUPEREQUIPADAS PARA VÁRIOS FORMATOS DE FAMÍLIAS EM ESTAÇÕES CHEIAS DE GENTE BONITA – ESQUIAR EM PARK CITY E JACKSON HOLE É PROGRAMA QUENTE, A 15 GRAUS ABAIXO DE ZERO POR MARIELLA LAZARETTI

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A

paisagem pode parecer sempre a mesma – toneladas de neve em oscilações, vales e penhascos a perder de vista – mas a emoção a cada descida não tem nada de tediosa. Nas estações de esqui de Park City, no estado de Utah, centro norte dos Estados Unidos, e na de Jackson Hole, em Wyoming, as ofertas de pistas e acomodações podem manter um turista entretido por semanas, em casas ultraconfortáveis e com passeios que invariavelmente utilizam a neve como estrela principal. Para escolher entre Jackson Hole e as três estações da cidade de Park City – Park City, The Canyons e Deer Valley – é preciso, antes, fazer uma autoanálise e descobrir qual é a sua. Se você é do tipo Clint Eastwood, apaixonado pela robustez da natureza, já tentou fazer fogo a partir da fricção de dois galhos molhados, gosta de confraternizar shots alcóolicos em um bar com porta vai e vem e, principalmente, se você se sente em casa ao lado de ursos empalhados e lustres de chifres de alces e elks, então seu lugar é em Jackson Hole. A estação, que singra todo o Grand Teton National Park, tem as descidas mais radicais. Os frequentadores podem ser divididos entre ‘odara-natureba-chiques’, e esportistas top viciados em adrenalina. Gente bacana e amiga da natureza selvagem, como Harrison Ford, Uma Thurman, Sandra Bullock e Juliane Moore vão para lá, de modo que você pode, a qualquer momento, ter a sorte de rolar ladeira abaixo atracado a um megastar destes. As opções de hospedagem são escandalosamente perfeitas. Há condomínios para todos os gostos. Ao pé da descida principal da estação da Grand Teton ficam as mansões de até nove quartos, com tudo o que a modernidade pode proporcionar – máquinas novas em folha, cozinhas completas, banheiras aquecidas ao ar livre, camas king size, banheiros bacanérrimos. Da sala calafetada, você toma café da manhã assistindo

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aos primeiros fanáticos descerem e seguirem rumo à subida nevada de novo. E de novo. E de novo. Boas agências, incluindo a da American Airlines, através de seu Skiclub, acertam pacotes com casa, carro, passagens e lifts em todas as estações americanas. Basta escolher seu tamanho. E se alugar uma mansão não é a sua, lá está um dos hotéis sustentáveis mais badalados do momento – o Terra. Também é ali que funciona um dos liftings mais fraternais do país, com lugar para 100 pessoas de uma só vez, que em nove minutos sobe 3.185 metros até o topo da Rendez-Vous Mountain.

CLINT EASTWOOD PODE ESTAR À ESPREITA A vida social está reservada a uns 10 restaurantes (um impecável no alto da estação de Jackson Hole, com comida ótima) e dois bares. Um deles é o Mangy Moose, um lugar soturno, onde, apesar disso, come-se um prime rib por U$ 20, observando-se a triste decoração feita de tralhas penduradas no teto e pelo indefectível lustre de chifres. No centro da cidade faroeste com algumas casas originais da fundação, há o famoso bar Cowboy onde há – adivinhe? – um urso empalhado, banquetas com selas de cavalo e mesas de bilhar. Os habitantes adoram este lugar. De dia, um dos programões é visitar o Parque Yellowstone, a reserva natural onde, segundo Hanna Barbera, vive o personagem Zé Colméia, e na qual só entram 700 pessoas por dia. O lance é passear de snowmobile. Prepare-se para o teste de sobrevivência: a excursão que se compra na cidade exige um despertar às seis da manhã. Então, são 40 minutos de ônibus até o parque, mais 40 para vestir o macacão ‘vedatudo’ em cima da roupa acolchoada de neve e mais 40 para chegar de snowmo-

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HÁ CONDOMÍNIOS PARA TODOS OS GOSTOS. AO PÉ DA DESCIDA PRINCIPAL DE ESQUI, MANSÕES EQUIPADÍSSIMAS OFERECEM TUDO O QUE A MODERNIDADE PODE PROPORCIONAR bile, com manoplas e pedais aquecidos, até os gêiseres, ponto alto do passeio. Até lá, a paisagem parece ter sido feita em preto e branco: a neve profunda e a perder de vista é salpicada por árvores e pedras negras, bisões e búfalos atolados, cascatas de água fria ou sulfurosa. É assim até o destino final dos gêiseres, onde, com hora marcada, assiste-se a jatos de água fervente jorrar a 5 metros de altura. Pra quem gosta de frio, é imperdível.

SE ROBERT REDFORD GOSTA, VOCÊ GOSTARÁ Agora, se seu negócio é manter-se a uma saudável e breve distância de lojas de grife, ter três estações de esqui na mesma região, com restaurantes charmosos e gente bonita a cada passo, então o lance é ficar em Park City. A 50 quilômetros de Salt Lake, Park City está de frente para as três estações, Park City, Deer Valley e The Canyons. Elas ficam localizadas nas montanhas Wasatch, nas Rocky Mountains, onde foi filmado o premiado Dança com Lobos. A cidade tem construções de 1800, período de glória da mineração – e tem também o teatro Egyptian, onde todo ano acontece

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PREPARE-SE PARA CONHECER YELLOWSTONE: A EXCURSÃO EXIGE UM DESPERTAR ÀS SEIS DA MANHÃ, MAS VALE A PENA o cintilante Sundance Festival de cinema independente organizado por Robert Redford (que, aliás, é dono da estação de esqui Sundance, próxima dali). As estações tiveram o privilégio de serem sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002, recebendo, à época, muitos milhões de dólares em investimentos em equipamentos, restaurantes, hotéis e condomínios. Isso veio juntar-se ao potencial natural de ventos frios do Alasca, que flanam livremente até baterem nas Rochosas, produzindo uma neve leve, fina, de altíssima qualidade, nas suas 322 pistas, de novembro a abril. Park City, a estação homônima da cidade, é justamente a que mantém o lift sobre o centrinho de restaurantes e lojas, para cujas ruas pode-se deslizar na hora do almoço. E de onde, da mesma maneira, voltar ao topo da montanha em poucos minutos para terminar a tarde sobre esquis. Park City e The Canyons são as melhores estações para quem tem crianças. Depois, há Deer Valley, mais adulta, onde não é permitida a prática de snowboard. Classificada entre as três melhores estações dos Estados Unidos, Deer Valley tem sido premiada por excelência no atendimento ao hóspede e por deter os melhores restaurantes em estações. Nas três, há professores de vários países (inclusive do Brasil), de pele bronzeada e disposição juvenil, dando aulas básicas e de aperfeiçoamento. Só não esquia quem não quer. À noite, a vida palpita em bares e restaurantes com premiadas cartas de vinhos e seleções de

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cervejas ale (com fermentação rápida e temperaturas altas) e as lager (envelhecidas em baixa temperatura). É ali, entre uma taça e outra, que amigos com o tom saudável das bochechas cor de rosa adquiridas ao sol das montanhas relembram os grandes lances destemidos do dia, e se preparam para queimar todas as calorias nos snowboards e esquis do dia seguinte. O clima pode chegar a inclementes 15 graus abaixo de zero, mas o ambiente é tão caloroso que você nem vai perceber. E o melhor: vai querer voltar todo ano até conhecer profundamente o estilo american way of snow de cada estação. SERVIÇOS

Abertura da temporada de esqui 2011/2012: Park City – de 19/11 a 17/4 The Canyons – de 13/12 a 15/4 Jackson Hole – de 26/11 a 8/4 Deer Valley – de 13/12 a 15/4 A American Airlines, através do AA Ski Club, oferece pacotes com passagens aéreas a partir de 3.119 dólares. Em algumas datas da alta estação, em Jackson Hole, crianças de até 12 anos não pagam passagens, subidas e hospedagem. Mais informações, no site www.aaskiclub.com.br

Informações gerais: www.parkcitymountain.com - Tel. 435-649-8111 www.deervalley.com - Tel. 435-649-1000 www.jacksonholewy.com - Tel. 866-749-4079

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Quando as descidas frenĂŠticas cansarem, o forasteiro pode se deixar levar de balĂŁo pelas paisagens silenciosas e brancas de Park City

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SABER

CULTURa aOS BOCaDOS

O HOmEm Da SOLa VERmELHa

Por aNa PaULa KUNTZ

CHRISTIaN LOUBOUTIN VEm aO BRaSIL DIVULGaR SEU LIVRO E FaLa DE SEUS PLaNOS DE EXPaNSÃO Em SÃO PaULO

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hristian Louboutin garantiu, em pessoa: em breve vai abrir uma loja no Shopping Cidade Jardim. Ainda não há data certa, mas o conceito está definido: uma parte só para mulheres e outra só para homens. Sua primeira loja de sapatos masculinos foi inaugurada neste ano, na Rua Jean Jacques Rousseau, em Paris, do lado oposto ao da primeira loja da marca, aberta há exatos 20 anos. Para celebrar duas décadas de história, foi lançado em outubro um livro que leva seu nome no título. Ele esteve no Brasil para divulgá-lo em novembro, quando recebeu clientes fanáticos para uma sessão de autógrafos na sua loja do Shopping Iguatemi. De dimensões bíblicas e capa de couro rosa claro, a publicação conta sua história e traz dezenas de fotos de suas obras de arte, clicadas por David Lynch e Phillippe Garcia. A trajetória do designer é contada em cinco capítulos,“Uma Vida”, “Os Sapatos”, “Fetiche”, “Os Lugares” e “Vinte Anos”, escritos por Éric Reinhardt. Ele explica seu entusiasmo em expandir no mercado brasileiro. “Esse é um país feminino. É sensual. Não é preciso educar as mulheres sobre o que é ser feminina. Vamos ver como será com os homens”, diz. Criado pela mãe e três irmãs, admite que viver entre mulheres foi crucial para definir

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sua linha de trabalho. Por frequentar assiduamente salas de música e teatro, logo incorporou também a atmosfera exótica e sensual e, aos 15 anos, começou a confeccionar sapatos para atrizes e dançarinas. Com a ousadia crescendo junto com a altura dos saltos, ele conta que em 20 anos nada mudou no seu jeito de pensar e criar. Sempre dramáticos, seus sapatos têm sido inspirados especialmente nas referências cinematográficas de Hollywood dos anos 40 e 50 e, atualmente, recebem muita influência de Bollywood – a indústria de cinema indiano. “Adoro as cores, o movimento.” Dono de uma coleção de cerca de 400 Havaianas e outro tanto de espadrilles – um tipo de alpargata catalã –, modelos que são puro conforto, Louboutin acredita que toda cor, todo brilho e, sim, todo exagero cênico podem estar nos pés também de quem caminha pelas ruas mais ordinárias. “Não sou uma pessoa dedicada à praticidade ou à utilidade. Pense: quem precisa de salto alto? Ninguém. Mas toda mulher, mesmo aquela que não é propriamente uma “shoe girl”, quer, em algum momento do dia, ou da vida, sentir-se incrível, ter o prazer de ser especial, de exaltar a feminilidade. E os meus produtos estão aí para isso”, afirma. “Meus sapatos são como uma risada. Podemos viver sem, mas com eles, a vida fica melhor.”

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P o r c a roline m endes

REDESCOBRINDO O PINK FLOYD Em 1968, o guitarrista e vocalista David Gilmour tomava o lugar de Syd Barrett em uma banda formada três anos antes na cidade de Cambridge, Inglaterra. Assim, Gilmour ao lado de Roger Waters, Nick Mason e Richard Wright se consolidaram como a formação clássica do Pink Floyd, uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Hoje, 43 anos mais tarde, a EMI lança Discovery, box com os catorze álbuns de estúdio da banda remasterizados e um livro com mais de sessenta páginas

de fotos e desenhos produzidos para shows e discos do Pink Floyd. Toda a arte do box – desde a caixa até o livro, passando pelas capas dos álbuns, ilustrações e encartes com as letras das músicas de cada CD – foi organizada por Storm Thorgerson, colaborador da banda para produções gráficas durante anos. De acordo com o jornalista musical Mike Diver, da BBC britânica, Discovery “é tudo o que se precisa ter do Pink Floyd em um único pacote”. Preço: R$ 759,90

QUANDO PELÉ NÃO ERA REI Em uma final de campeonato infanto-juvenil entre Santos e Jabaquara, um jovenzinho jogador do time santista perdeu um pênalti e decidiu abandonar a carreira futebolística. Foi impedido pela cozinheira do time, dona Antônia, que teimava com o menino negro e de canelas finas, que ele devia sair com um documento escrito, . Assim, o mundo ganhou Pelé. Com comentários e depoimentos inéditos, Primeiro Tempo traz detalhes sobre as origens, a infância, a juventude e o início da carreira de Edson Arantes do Nascimento. Lançado pela editora Magma Cultural, o livro conta com mais de 180 fotos do rei, que vão desde Pelé fazendo café, tocando violão, servindo o exército e se casando, até seus grandes dribles, gols e comemorações, todas clicadas por José Dias Herrera. Com organização de Luiz Felipe Heide Aranha Moura e textos de Benedito Ruy Barbosa, Carlos Alberto Torres, Jô Soares, Rivellino, Tostão, Zagallo, entre outros, as 320 páginas são mais do que uma biografia de um “vir-a-ser-rei”: são histórias de moleque, de um jovem talento e de um ícone do futebol. Preço: R$ 129. C.M

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SABER

CULTURa aOS BOCaDOS

CINQUENTa aNOS DE LUXO

a JOIa DO SUBÚRBIO PaRISIENSE

A personagem Holly Golightly com suas pérolas, óculos escuros, luvas pretas e piteira consagrou Audrey Hepburn no meio hollywoodiano e fizeram do longa Bonequinha de Luxo um clássico do cinema. Para comemorar os cinquenta anos do filme, que conta a história de uma sonhadora e ambiciosa moça do interior norte-americano que foge para Nova York, a Paramount, em parceria com as livrarias Saraiva, preparou um box comemorativo contendo um DVD, um Blu-Ray, uma cópia do scrip original – com anotações feitas à mão por Audrey –, três fotos em preto e branco de cenas do filme e a cópia de uma carta escrita pelo diretor Blake Edwards, além de conteúdo extra inédito: making of, especial sobre Audrey Hepburn e mais. É a primeira vez que o longa é disponibilizado em alta definição. Preço: R$ 139,90. C.M

“Da origem miserável, ela guardou um jeito atrevido, comum a quem conhece o dia a dia nas ruas, e o espírito alegre, enquanto se reinventava como a cantora que ultrapassaria barreiras sociais, nacionais e linguísticas para dar voz às emoções de gente comum”. Com essas palavras, a escritora Carolyn Burke finaliza o primeiro parágrafo de Piaf – Uma vida, a nova biografia de Edith Piaf, uma das maiores vozes francesas de todos os tempos. Nascida no dia 19 de dezembro de 1915, em Belleville – subúrbio leste de Paris –, foi criada entre bordeis, circos itinerantes, trabalhadores humildes e miseráveis que, mais tarde, influenciariam as quase cem canções de sua autoria. Agora, um século após seu nascimento, a infância, as lutas contra o álcool e as drogas, as tragédias e os amores de Piaf são contados em detalhes ao longo das 392 páginas do trabalho de Carolyn Burke. Preço: R$ 44,90. C.M

QUArENTA ANoS CAETANoS As quatro décadas de sucesso de Caetano Veloso como compositor, músico e cantor foram reunidas pela Universal Music em quatro boxes exclusivos. Dividida de dez em dez anos, a coletânea Quarenta Anos Caetanos traz todos os discos de estúdio gravados pelo baiano, além de CDs com raridades e livretos com fotos inéditas e informações sobre cada um dos álbuns. Além da voz caetana, outras famosas como as de Chico Buarque, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia fazem parte da obra. Preço: a partir de R$ 204,90. C.M

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especial

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Rock, Por Luciana Bianchi, de Londres

fumaça e azeitonas esferificadas

Pegue um superstar como Elton John, adicione o chef Paco Roncero recriando pratos com nitrogênio líquido, chame as celebridades do topo do mundo... Resultado: uma festa com 500 mil libras de arrecadação

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o programa daquela noite não faltaram rock & roll, fumaça de nitrogênio líquido e celebridades. A extravagância do músico Elton John uniu-se à explosiva cozinha espanhola executada pelo chef Paco Roncero, para angariar fundos para a David Furnish a Elton John Aids Foundation (Ejaf), no Battersea Park, em Londres. Foram 700 convidados, que desembolsaram 350 libras (algo como R$ 1.200) por um lugar à mesa, naquele 29 de outubro. O jantar beneficente, que se repete há anos, foi concebido utilizando os pratos mais emblemáticos do recém-fechado restaurante elBulli, do chef catalão Ferran Adriá, de quem Paco é discípulo aplicado. Mais que isso, Paco foi o general do elBulli Catering de Madri no final dos anos 90, o que o içou a único chef indicado para comandar a noite e dar de comer a 700 pessoas nos padrões da cozinha tecnoemocional. Quando vazou na imprensa inglesa a notícia de que o jantar seria feito nos moldes ‘bullianos’ por Paco Roncero, gourmets se desesperaram para garantir uma entrada. Basta lembrar que dois milhões de pessoas anualmente tentavam reservas no restaurante elBulli – até ele fechar as portas em julho passado para tornar-se uma espécie de centro de pesquisas –, e apenas oito mil eram atendidas. A fila de órfãos do elBulli era enorme...

Elton John e Paco Roncero: 700 pessoas a 320 libras por cabeça

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No alto, a equipe na cozinha, em bigodes de algodão doce. Acima, Boris Becker e a esposa sentados, e Shirley Bassey abraçada a Roncero. Acima, a modelo Olivia Ing e, ao lado, o casal David Furnish e Elton John

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Com raras exceções, a maioria dos que obtiveram seu lugar ao sol eram ricos, loiros, magros e famosos. Às vezes, tudo junto em uma pessoa só. Afinal, a sociedade que cintila no topo do mundo, embora parcialmente anoréxica, tem fome de fumaça e estilo. Os preparativos em Londres começaram no dia anterior ao evento, no Battersea Park, o galpão gigantesco onde acontece o London Fashion Week e os shows da MTV. Na cozinha, o chef Roncero mantinha seu caráter zen e alegre, enquanto as joias tilintavam e a seda farfalhava calorosamente no grande salão cenografado para reproduzir a Plaza Mayor de Madrid.“Será uma festa memorável”, dizia Paco calmamente, enquanto filetava lagostas para o prato principal. “Para garantir a autenticidade do menu, trouxemos tudo da Espanha”, afirmava. Do evento já conhecido, nunca se espera pouco. A fórmula anual de Sir Elton John em Londres é sempre a mesma: um chef estrelado, roqueiros, top models, celebs e milionários. Mas neste ano, Elton caprichou na purpurina e na fantasia para expressar a alegria de seu novo momento como pai do pequeno Zachary, gestado por uma mãe de aluguel e entregue a ele e seu companheiro David Furnish em abril último. Os efeitos especiais dos inigualáveis menus do elBulli fizeram da noite uma grande brincadeira de parque de diversões. Contudo, não se pode negar a ajuda luxuosa do crème de la crème para a arrecadação de verbas que culminou em 500 mil libras esterlinas. Christian Louboutin, o designer de sapatos de solas vermelhas, construiu um bar em forma de sapato para ser leiloado durante a festa. O polêmico artista plástico Marc Quinn ofereceu a série de quadros retratando as íris humanas, e o designer de moda escocês Jonathan

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Dançarina burlesca sobre balcão de Louboutin. Ao lado o ‘elBullidry martini

Saunders desenhou o uniforme dos funcionários da festa e doou um modelo de sua nova coleção também para leilão. No balcão do bar Louboutin, uma atriz e dançarina burlesca fazia um pequeno show, enquanto no interior dele, os mixologistas preparavam coquetéis inspiradores. Paco Roncero recriou o dry martini, cocktail de James Bond, mas no lugar das azeitonas verdes, sapecou um mimetismo esferificado idêntico à oliva, que explodia sua essência ao tocar a língua. Por cima de tudo, golpes de nitrogênio líquido. Era tudo tão feérico e divertido que nenhum vip se importou em entrar na fila várias vezes para pegar outro e mais outro ‘elBulli-dry martini’ – nem mesmo a cantora Shirley Bassey, que imortalizou as trilhas sonoras dos filmes de James Bond Goldfinger e Os Diamantes são Eternos. Logo na entrada, havia três ‘gastrobares’ moleculares. Os chefs faziam canapés esferificados, coquetéis sólidos, várias texturas em azeite de oliva e bombons de nitrogênio líquido. Quando comidos, faziam as pessoas soltarem fumaça pelo nariz como dragões. Entre um discurso e outro, o menu do elBulli começou a ser servido. Primeiro chegaram as tapas ‘retrochiques’, depois, as entradas com texturas complexas e, então, o prato principal: lagostas com grapefruit em sopa de azeite de oliva. A sobremesa era a execução de um conto de fadas: um vaso de flores com uma rosa comestível, sorvete de pétalas de rosa e algodão doce. A comida foi tão envolvente e espantosa que, um jantar oferecido no El Taller de Paco Roncero no Casino de Madrid, em leilão, arrematou 30 mil libras esterlinas em prol da fundação. O tenista Boris Becker, com a

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perna engessada por uma fratura recente, agradeceu ao chef pela aventura culinária. E Shirley Bassey, em novo embarque na fila do dry martini, abraçou o chef calorosamente dizendo: “Roncero é um star!”. Muito discreto e evitando ser o centro das atenções, Sir Elton foi ao palco por poucos minutos, somente o suficiente para elogiar o banquete de Paco e apresentar a sua banda favorita do momento – Plan B –, que finalizou a noitada com um grande show. Enquanto lindas modelos pediam para ser fotografadas ao lado do chef, ‘nitrobombons’ entravam em bandejas para injetar mais fumacê à festa. Na cozinha, após o jantar, a tropa espanhola comemorava o êxito da empreitada posando para fotos em bigodes de algodão doce. No salão da Plaza Mayor, a banda reafirmava o que ia na cabeça dos eufóricos convivas, que bradavam o refrão da canção. “Ninguém vai me fazer deixar este lugar, por nada, de jeito nenhum...”

Para ver a entrevista de Paco Roncero antes da festa, acesse o link: www.youtube.com/watch?v=ZxL9etPY-JM Para o vídeo dos bastidores do evento e da agitação da cozinha: www.youtube.com/watch?v=wSRAdaxeUr0 Entrevista com Elton John sobre a Ejaf (em inglês) www.ejaf.org/video/AC360/ Festa: www.youtube.com/watch?v=DN6_-iDY4y8 www.ejaf.com www.pacoroncero.com

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São paulo

Por camila duarte

Natal tocante Após reabrir as portas em junho, com uma retocada geral em seu edifício, o Theatro Municipal se prepara para o último espetáculo do ano com apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal e do Coral Paulistano. Serão apresentados o Concerto Fatto per La Notte di Natale, do compositor barroco Arcangelo Corelli, sob a regência de Luís Gustavo Petri; o Concerto de Brandenburgo n°2, em fá maior, de Johann Sebastian Bach; e Te Deum, de Joseph Haydn. Para completar o clima natalino, o maestro carioca Ernani Aguiar e o coral finalizam com uma Cantata de Natal. Orquestra Sinfônica Municipal e Coral Paulistano – Theatro Municipal de São Paulo. Dia 22 de dezembro, às 21 h. Ingressos de R$ 15 a R$ 50 no site www.ingressorapido.com. br/prefeitura ou pelo telefone (11) 4003-2050

Laura Pausini inédita Ela está de volta. Os apaixonados por Laura Pausini terão a chance de começar o ano assistindo ao seu show Inedito , ao vivo. Com um repertório consagrado entre os brasileiros, a cantora sai em turnê para divulgar seu 11º CD homônimo do show com 14 canções, obviamente inéditas. Algumas foram originalmente compostas por ela em português – um agrado para seu imenso fã clube brasileiro, que já coleciona outras canções da italiana versadas em nosso idioma. O tour mundial começa em dezembro, na Itália. Em São Paulo, ela faz três apresentações em janeiro. Laura Pausini,World Tour Inedito – Dias 21, 22 e 23 de janeiro, no Credicard Hall. Ingressos de R$ 70 a R$ 500. Informações: http://www.credicard.com.br

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85 Obras reunidas O mais antigo museu de São Paulo vai virar o ano com exposição da artista multimídia Jac Leirner, que ficou conhecida nos anos 1980 pelo sarcasmo de suas obras. Respeitada também no exterior, ela já foi representante do Brasil na Bienal de Veneza e tem uma instalação à mostra no MoMA, em Nova York. A exposição na Pinacoteca é uma coletânea com cerca de 60 trabalhos da paulistana, entre esculturas e aquarelas. Objetos de coleção, como cédulas de dinheiro e maços de cigarro, também fazem parte do enredo. Jac Leirner – Pinacoteca – Até 26 de fevereiro. Largo General Osório, 66 – Centro. De terça-feira a domingo, das 10 h às 17h30. Informaçõe pelo telefone (11) 3335-4990

Sabores do Acre Começou no mês de novembro e fica até fevereiro o novo menu de comida brasileira do restaurante Brasil a Gosto, da chef Ana Luiza Trajano. O 24º cardápio temático executado pela chef traz produtos e comidas surpreendentes do estado do Acre. Ana Luiza, uma incansável pesquisadora, que tem ido a campo para entender e documentar as cozinhas de cada região brasileira, trouxe ingredientes valiosos e pratos desconhecidos da maioria dos brasileiros. É bom começar a experiência com o miniquibe, que, na verdade, é um pastel de mandioca recheado de carne temperada com pimentas acreanas. Não deixe de pedir a Caldeirada de Pirarucu com 7 feijões, que é imperdível e muito saborosa. E vale aproveitar a chance para provar a carne de tartaruga sustentável, criada para abate, trazida para esse consumo limitado. O restaurante está vendendo ao público, por este período, alguns produtos nativos do estado, como a farinha de tapioca Cruzeiro, considerada patrimônio do Acre; os feijões de nomes pitorescos, como o mundubim e o quarentão branco de arranca; e o gramixó, um derivado do açúcar mascavo produzido na cidade de Juruá. Nas paredes da casa está a bela exposição fotográfica desta deliciosa expedição. Brasil a Gosto – Rua Prof. Azevedo Amaral, 70 – Jd. Paulista - SP Telefone (11) 3086-3565 - www.brasilagosto.com.br

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barceloNa

Por bruNo lazaretti

oNde vivem aS teNdÊNciaS

um clÁSSico Que defiNiu o balé O Grande Teatro do Liceu começa o ano em grande estilo: em fevereiro a sala principal recebe a companhia Corella Ballet Castilla y León e sua encenação de O Lago dos Cisnes , o clássico dos clássicos de Tchaikovsky. A partitura de 1877 é prova viva e pulsante de que algumas obras de arte têm vida eterna. Não obstante sua difícil execução, O Lago dos Cisnes é uma das peças de balé mais adaptadas e notórias do mundo – recentemente serviu de pano de fundo para o filme Cisne Negro do diretor Darren Aronofsky. A versão de Ángel Corella, diretor da companhia, mantém o centro da obra inalterada, enquanto adota uma cenografia mais moderna que ajuda a manter o frescor do espetáculo. Imperdível.

Em finais de janeiro, a edição de inverno do evento The Brandery renova o look da metrópole espanhola com passarelas e shows dos maiores nomes da moda urbana e da música eletrônica. O evento é separado em duas grandes áreas: o Trade Show, onde marcas da indústria da costura e grandes compradores fecham negócios e emplacam seminários, e o Brandtown, onde o público pode curtir desfiles de marcas como Zuelements e Superdry, shows de artistas do festival de música eletrônica Sonar, do naipe de M.I.A., Aphextwin e James Murphy, além de exibições de moda, design e decoração. the Brandery Winter 2012 - montjuïc exhibition centre, avenida reina maria cristina s/ nº. de 27 a 29 de janeiro. informações: www.thebrandery.com

O laGO dOs cisnes – Gran teatre del liceu, la rambla, 51-59. de 9 a 12 de fevereiro, cinco apresentações em horários diferentes. entradas de €20,25 a €112. informações e ingressos: www.liceubarcelona.cat

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87 a dupla diNÂmica da arte coNtemporÂNea Desde que os artistas barceloneses David Bestué e Marc Vives decidiram trabalhar juntos, em 2002, suas instalações e performances têm se tornado cada vez mais referência de provocação e novos pensamentos dentro da arte contemporânea. Ironicamente, a cidade onde ambos cresceram ainda não havia recebido uma de suas instalações mais interessantes, Aktionen Im Universum (Ações no Universo), um trajeto por 11 salas em que o tema da universalidade é explorado de maneira ampla e sagaz. Eles estarão em Barcelona a partir de fevereiro, quando o espaço cultural CaixaForum expõe a obra – uma das mais recentes adições à sua coleção de arte contemporânea. BestuÉ-vives. acciOnes e el universO - caixaforum barcelona: av. de francesc ferrer i Guàrdia, 6-8. de 8 de fevereiro a 29 de abril. entrada franca. informações: http://obrasocial.lacaixa.es/nuestroscentros/caixaforumbarcelona

moda em pelÍcula O casamento entre moda e cinema já tem data marcada. Neste janeiro, Barcelona sedia pela primeira vez o festival itinerante Asvoff (A Shaded View on Fashion Film) que há quatro edições dedica-se a uma tarefa tanto nobre quanto óbvia: unir a moda – geralmente associada à fotografia – ao cinema. Este ano, sob o tema “A Musa”, dezenas de curtas-metragens de 5 minutos sobre alta-costura selecionados pela criadora do evento, a crítica e jornalista de moda Diane Pernet, competirão pelos votos de jurados do calibre de Francesca Thyssen, curadora do Thyssen-Bornemisza Art Contemporary de Viena. Além das categorias “Oficial” e “Estudantes”, neste ano surge uma novidade: a categoria “Mobile Film”, para filmes produzidos exclusiva e integralmente com celulares. asvOff - caixaforum barcelona: av. de francesc ferrer i Guàrdia, 6-8. dias 24, 25, 26 e 27 de janeiro de 2012. informações: www.asvoff.es

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NOVA YORK

Por camila duarte

Porgy and Bess na Broadway A legendária ópera dos irmãos Gershwin, Porgy and Bess, exibida pela primeira vez em 1935, vai à Broadway. Com um elenco de cantores negros, a ópera que retrata a vida dos afro-americanos em 1920 ganha adaptação de Suzan-Lori Parks, direção de Diane Paulus e a elogiada atriz Audra Mc Donald no papel de Bess. No novo musical, os diálogos foram alterados para um ritmo mais dinâmico e atual para atrair o público contemporâneo, mas mantém a essência e clareza de sua concepção. Estreia prevista para o dia 17 de dezembro, com ingressos entre US$ 75 e US$ 150.

Arte no mural Obras do pintor muralista Diego Rivera estão sendo exibidas no MoMA, em Nova York. A exposição “Diego Rivera: Mural for the Museum of Modern Art”, que teve início em novembro, reúne cinco murais portáteis que o artista pintou para a exposição realizada em 1931, também no MoMA. A mostra apresenta o período em que o artista mexicano morou nos Estados Unidos, além de desenhos feitos pelo pintor quando criou o mural do Rockfeler Center.

The Gershwins’ Porgy and Bess – The Broadway Musical – Richard Rodgers Theatre – 226 West, 46th Street.Entre Broadway e 8th Avenue, Manhattan, NY 10036. Informações e ingressos: www.ilovenytheater.com ou pelo telefone (877) 250-2929.

Diego Rivera: Mural for theMuseumofModernArt–em cartaz até dia 14 de maio, no MoMa. Informações: http://www.moma.org

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89 Tempo de renascer Cinquenta pinturas de artistas venezianos renascentistas estarão em exposição no Metropolitan Museum of Art. São trabalhos feitos pelos mestres Giovanni Bellini, Vivarini Zoppo Marco e Vittore Carpaccio. A maioria com motivos sacros, pinturas e desenhos que documentam a transição do estilo gótico veneziano para o renascentista de Florença e Pádua, entre o final do século XIV até 1515. Em cartaz até o dia 5 de fevereiro. Arte na Renascença Veneza, 1400-1515 – The Metropolitan Museum of Art – 1000 Fifth Avenue, New York,10028-0198. Informações: www.metmuseum.org

Brasil é jazz Pouco conhecida no Brasil, mas com a agenda lotada nos Estados Unidos, a paulistana Luciana Souza conquistou seu espaço no jazz norte-americano, onde atua desde 2000. A jazzista de voz doce e poderosa, conhecida aqui como intérprete de bossa nova, teve seu nome indicado quatro vezes ao Grammy como Melhor Cantora de Jazz – a última delas em 2010, após lançar o CD Tide . O álbum foi dedicado aos seus pais Walter Santos (que foi amigo de infância e apoio vocal de João Gilberto), e a letrista Tereza Souza, compositores de Amanhã e Canção de Fim de Tarde . Luciana Souza – 27 e 28 de janeiro, no Jazz at Lincoln Center, com apresentações às 19h30 e 21h30. Ingressos de U$ 63 a U$ 73. Informações:www.jalc.org

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Publieditorial

JUST vnc fotos Luiz Cersosimo

Parceria entre imobiliárias busca excelência na prestação de serviços Escolher é melhor do que procurar

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usões estão sendo realizadas entre empresas de todos os setores. E no mercado imobiliário não é diferente: o grupo formado pela VNC, junto a outras imobiliárias Associadas Lopes, está criando uma plataforma de imóveis prontos totalmente inovadora. “Parceria é o caminho. Estamos quebrando o paradigma da competição, nos unindo para prestar um serviço ainda melhor”, diz Marcos Goggi, diretor da VNC, que ganhará uma nova agência no Itaim, na rua Fernandes de Abreu, em janeiro de 2012. Dessa forma, os imóveis passam a ser oferecidos por todas as empresas do grupo. Porém, apenas uma delas fica responsável pelo contato com o proprietário.

“É a Gestão Centralizada de Venda, uma evolução do sistema de exclusividade. Assim, podemos ter centenas de corretores trabalhando pelo cliente, mas apenas um fazendo a gestão e comunicação.” O know-how da VNC será compartilhado para que haja sempre ofertas com informações atualizadas, baseadas em documentos, com transparência e credibilidade. “O relacionamento será reafirmado por essa confiança”, diz a gerente de relacionamento Luciane Amarante. “Com um sistema organizado, em poucas horas o cliente conhece todas as possibilidades de negócios, sem perder tempo. E escolher é sempre melhor do que procurar.”

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AG. v. novA conceiÇão: (11) 3638-9999 • AG. moemA: (11) 2770-5070 * À cargo do proprietário, com custo e contratação direto com a empresa representante indicada pela VNc.

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vila nova conceição Ref.: 63807 Atmosfera de requinte Vista deslumbrante para o Parque do Ibirapuera, em um dos empreendimentos mais valorizados de São Paulo. Acabamento impecável nos mínimos detalhes, automação de cortinas, ar condicionado, som ambiente, armários de altíssima qualidade em todas as 4 suítes, sendo a suíte master com banho Sr e Sra e closets independentes. Projeto de renomado arquiteto com atmosfera de requinte, faz deste apartamento a essência do morar bem. Área útil: 720 m2 5 dormitórios 5 suítes 8 vagas Valor de Venda: R$ 22 000 000,00

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vila nova conceição Ref. 64076 Objeto de Desejo A Vila Nova Conceição virou objeto de poucos, um bairro charmoso, com ruas arborizadas que se transformou em um dos metros quadrados mais valorizados de São Paulo. Este apartamento com todo charme e acabamentos impecáveis, vão desde a sala com ar condicionado, varanda envidraçada, sala de jantar integrada, cozinha e armários Elgin suítes com muita iluminação e banhos com metais modernos.

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Área útil: 235 m2 3 dormitórios 3 suítes 3 vagas - opção para 4 Valor de Venda: R$ 3 000 000,00

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vila nova conceição

ref.: 40638

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Conforto será seu novo endereço Sobrado residencial excelente localização próximo ao Parque. Amplos ambientes com living para dois ambientes, sala de jantar integrado à área externa. Espaço é que não falta nas três suítes com amplas janelas. Confortável e com sensação única de morar numa casa e ter o Parque como vizinho. Área construída: 314 m2 Área do terreno: 320 m2 3 dormitórios 3 suítes 2 vagas Valor de venda: R$ 2 000 000,00

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vila nova conceição Ref. 1653 Em harmonia com o verde do Parque O charme de morar na Vila Nova, com a comodidade de ter tudo ao alcance, na rua das mais tranqüilas e arborizadas do bairro. O jardim de inverno é integrado à aconchegante sala de leitura, amplas salas de estar e jantar cozinha com acesso para área externa, onde a edícula conta com, escritório, banho, lavanderia e suíte de funcionário. Amplos dormitórios, bem iluminados com vista para o verde do bairro. Área construída: 369 m2 Área do terreno 370 m2 2 dormitórios 2 suítes 4 vagas cobertas Valor de venda: R$ 2 950 000,00

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vila nova conceição Ref. 56145 Charme na medida certa Mais que um ótimo investimento, este apartamento decorado por Cynthia Pedrosa, tem uma charmosa cozinha gourmet com completa linha de appliances em inox escovado, dormitório integrado com armários e banho. Suite principal com escritório e metais com aquecimento de toalhas, perfeito para o seu conforto. Área útil: 72 m2 2 dormitórios 1 suíte 2 vagas Valor de venda: R$ 900 000,00

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vila nova conceição Ref. 64161 Praticidade na medida certa Ótima localização, andar alto, armários ORNARE, sala de almoço e cozinha DESIGN. Piso de madeira nobre em todo apto. Sacadas com vidro. Projeto aprovado de modernização do prédio, muito bom custo benefício do valor do condomínio, excelente lazer com playground, sala de ginástica, piscina coberta aquecida, brinquedoteca, miniciclovia. Excelente Lazer. Excelente valorização. Área útil: 207 m² 4 dormitórios 4 suítes 4 vagas Valor de venda: R$ 2 200 000,00

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campo belo

Ref.: 62963 Projeto Impecável Projetado com ótima distribuição de ambientes com ampla sala de estar para 2 ambientes. Home theather automatizado, espaçosa sala de jantar para reunir amigos e família. Charmosa varanda gourmet, perfeita para relaxar e aproveitar bons momentos. Vista para o verde do bairro. Condomínio com infra estrutura completa, SPA L´Occitane, sala de jogos, quadra de tênis e piscinas. Área útil: 386 m² 3 dormitórios 3 suítes 5 vagas Valor de venda: R$ 3 250 000,00

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vila nova conceição Ref .60695 Extraordinária Elegância Na varanda um verdadeiro cenário da cidade de São Paulo com o charme da Vila Nova e o privilégio de ter o Parque ao seu lado, este apartamento é a combinação perfeita. Projeto com excelente distribuição dos ambientes, acabamentos com mármores nobres, automação Lutron,home theather, escritório,suíte principal com banho Sr e Sra, walking closet,cozinha Kicthens. Empreendimento com serviço impecável, para seu conforto e segurança. Área útil: 517m² 4 dormitórios 4 suítes 6 vagas Valor de venda: R$ 11 000 000,00

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moema pássaros Ref. 57745

Feito para ser Único Na região nobre de Moema, o projeto de Israel Rewin, paisagismo Marcelo Faisal, traz sofisticação nos detalhes e inteligência na distribuição dos ambientes, acabamentos em mármore travertino romano bruto, piso do living em tacão. Banhos das suítes em mármore piguês, infraestrutura para instalação de cabeamento estruturado, aspiração central, ar condicionado multisplit, tratamento acústico no piso do living, caixilhos das salas e dormitórios, terraço Gourmet integrado ao living. Um ótimo lugar para reunir a família e os amigos. Área de Lazer: Piscina coberta e aquecida; fitness; sauna seca; brinquedoteca; praça dos pássaros; piscina descoberta; quadra esportiva gramada e playground. Área útil : 408 m² 4 dormitórios 4 suítes 6 vagas Valor de venda: sob consulta

Ref. 60125 Atitude e Elegância Localizado num dos endereços mais reconhecidos e desejados de Moema Nobre em um terreno com 2.700 m², próximo ao Parque do Ibirapuera. O empreendimento tem o conceito da personalidade arquitetônica com a precisão na construção. Sua planta é diferenciada com detalhes de altíssimo padrão e a assinatura Fraiha: pisos das salas e suítes com tratamento acústico, piso do banho em mármore, suíte máster com 63m², varanda e amplo closet. Além de 2 elevadores sociais com acesso através de leitura biométrica. Área útil: 364 m² 4 dormitórios 4 suítes 5 vagas Valor de venda: sob consulta

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moema pássaros

Ref.: 63883 Espaço nunca é demais Neste amplo e charmoso apartamento, cada cômodo é pensado no bem estar e transmite o prazer em viver num lugar onde cada espaço proporciona conforto. Praticidade nos acabamentos de altíssima qualidade, tudo bem planejado para tornar os ambientes confortáveis e, seu jeito de morar em harmonia. 4 dormitórios 4 suítes Área útil: 306 m² Valor de venda: R$ 2 750 000,00

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ibirapuera

Ref. 64179 Projeto Perfeito Excelente planta com fácil distribuição dos ambientes faz deste apartamento o cantinho para sua família. Suítes amplas repletas de armários, sala de estar com dois ambientes. Localização privilegiada próximo do melhor do bairro. Lazer para toda família. Área útil: 201 m2 3 dormitórios 3 suítes 4 vagas Valor de venda: R$ 2 100 000,00

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brooklin

Ref. 64298 Seu Estilo Único de Viver O verdadeiro significado do alto padrão começa pela localização, passa pela concepção do projeto e estende-se aos detalhes de acabamento. Este condomínio é elaborado para quem não se contenta com soluções convencionais, sistema de aquecimento solar, gerador, sistema inteligente de irrigação dos jardins com águas pluviais, suíte principal com hidro, aspiração central, home theater com lareira.

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Área construída: 430 m2 Área do terreno: 482 m2 4 suítes 5 vagas Valor de venda: R$ 2 150 000,00

Ag. V. Nova CONCEIÇÃO: (11) 3638-9999 • Ag. Moema: (11) 2770-5070

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vila clementino

Ref. 64192 Verdadeiro Clube Arborizado Com amplos espaços verdes, lagos, playgrounds, pista de cooper e locais apropriados para a prática de esportes ao ar livre. Imagine um edifício contemporâneo, projetado por Itamar Berezin, com estilo único. 4 suites com terraço e churrasqueira, piscina para adulto semi-olímpica, piscina infantil, deck molhado, jardim com pérgola, sala de fitness e descanso, mini-quadra gramada, sauna, salão de festas, jogos e recreação. Um verdadeiro clube para toda família. Área útil: 245 m2 4 dormitórios 4 suítes 4 vagas Valor de venda: R$ 2 300 000,00

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condomínio reserva

granja julieta

Ref. 64353 Bosque como Vizinho Que tal ter um Bosque em casa, desfrutar todos os dias, além da infra estrutura de serviços completa? Um verdadeiro clube para toda família, próximo ao Colégio Pueri Domus. Este apartamento possui a melhor vista do empreendimento. Amplos ambientes para deixar sua imaginação livre para aproveitar. Varanda integrada a sala de estar, home theather, biblioteca e suíte principal com amplo closet.

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Área útil: 242 m² 4 dormitórios 3 suítes 4 vagas Valor de venda: R$ 1 950 000,00

Ag. V. Nova CONCEIÇÃO: (11) 3638-9999 • Ag. Moema: (11) 2770-5070

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CLICK Araquém Alcântara

Premiado e bem cotado por seus cliques nos incontáveis corações deste país, o fotógrafo é autor de mais de 40 livros. O mais novo deles está saindo do forno: A Amazônia de Araquém e Atala. Ele e o chef Alex Atala viveram e registraram os recônditos da floresta em natureza, gente, cores e sabores. Entre as mais de 80 fotos selecionadas para o livro, está a imagem da indiazinha da tribo Zoé salvando seu almoço.

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