Revista VON

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A REVISTA DO RONNIE

MÚSICA EDSON, EX-PARCEIRO DE HUDSON: SALVE, SIMPATIA! AQUI A CELEBRIDADE É VOCÊ

A musa da audiência CONQUISTA

ESPECIALISTA DÁ DICAS PARA SEDUZIR – E SEGURAR – OS HOMENS 001_capa.indd 3

BELEZA

TRATAMENTOS PARA FAZER AGORA E FICAR LINDA NA PRIMAVERA

ROCK &

DINHO CONTA TUDO: A VOLTA POR CIMA, AS DROGAS E A FAMÍLIA

ANO I • Nº 3 . R$ 7,90

PÂNICO NA TV SUPERA A GLOBO RONNIE FOI DESCOBRIR O QUE FAZ DE SABRINA SATO UM SUCESSO

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cartaaoleitor VON COMUNICAÇÃO Diretor Comercial – Ricardo Rangel Área Comercial. Tel. (11) 5044-5850 e-mail: comercial.revista@nossavitrine.com.br

Diretora Responsável Mariella Lazaretti Rua Andrade Fernandes, 283 CEP 05449-050, São Paulo, SP Tel./fax (11) 3023-5509 e-mail: revistavon@4capas.com.br Projeto Editorial 4 Capas Editora

Alegria e aconchego Queridos leitores e leitoras: o frio está chegando, os termômetros começam a registrar temperaturas mais baixas e é hora de colocar em prática pelo menos um dos versos da música de Erasmo e Roberto Carlos, a parte que diz “quero que você me aqueça neste inverno”. Foi pensando em aquecer e tornar mais alegre sua vida que elaboramos a coluna vertebral deste número da revista, uma edição que trata de tornar mais aconchegante seu dia a dia. Temos receitinhas práticas para saborear a dois em noites frias, dicas de Fabio Arruda para deixar a mesa mais romântica e até uma sugestão de viagem com direito a curtir grandes nomes da música erudita em Campos do Jordão. Mas, bonitinha, se você está sozinha e sonha em encontrar um companheiro para as noites frias ou as quentes, não pense que esquecemos seus desejos. Numa conversa franca, divertida e realista, o especialista em relacionamentos e professor na Universidade de São Paulo Ailton Amélio da Silva dá uma injeção de ânimo às mulheres na faixa dos 40 anos que ainda procuram a cara-metade. Segundo ele, quem está realmente disposta e age de acordo com isso não fica sozinha. Confira as ideias desse expert, capriche no visual e vá à luta, porque quem fica parado é poste. E quem não para nunca, mas nunca mesmo, é a apresentadora Sabrina Sato. O repórter Carlos Amoedo teve de fazer uma verdadeira maratona para conseguir a entrevista que você vai ler nas páginas a seguir. No dia previamente marcado com o jornalista, ela gravou num consultório de dentista, viajou para Sorocaba, à tarde, e para Brasília, à noite. Resultado: a foto de capa clicada por Serapião e a conversa ficaram para domingo, dia 23, quando o Pânico na TV mais uma vez bateu a Globo em audiência. Mas sua revista ainda tem muito mais: Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, conta como superou momentos difíceis; e Edson, ex-integrante da dupla com Hudson, mostra sua bela casa em Limeira e destila bom humor e simpatia. Desejo a todos vocês uma ótima leitura e um outono-inverno quente e feliz! Ronnie

Escreva para nós pelo e-mail revistavon@4capas.com.br ou para Rua Andrade Fernandes, 283, CEP 05449-050, São Paulo, SP 4|

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Conselho Editorial Mariella Lazaretti Ricardo Castilho Georges Schnyder R eda ç ã o Direção de Arte - Fábio Santos Assistente de Arte – Eduardo Galdieri Editora – Rosane Aubin Repórter – Ana Paula Kuntz Estagiárias – Luisa Cella e Marina Monaco c o l a b o rad o res Texto – Alice Camargo e Carlos Amoedo Fotos – Ricardo D’Angelo, Slide Fotografia e Serapião Revisão – Gil Bertolino e Ruth Figueiredo I m press ã o Prol Editora Gráfica Unidade Imigrantes: Av. Papaiz, 581, Diadema, SP, CEP 09931-610, tel. (11) 2169-6199 A revis­ta não se res­pon­sa­bi­li­za pelos con­cei­tos emi­ti­dos nos arti­gos assi­na­dos. As pes­soas não lis­ta­das no expe­dien­te não estão auto­ri­za­das a falar em nome da revis­ta ou a reti­rar qual­quer tipo de mate­rial sem pré­via auto­ri­za­ção emi­ti­da pela reda­ção ou pelo depar­ta­men­to de mar­ke­ting da revista Von. Os preços citados nesta edição estão sujeitos a alterações sem aviso prévio, bem como os estoques dos produtos são limitados.

Foto de capa: Serapião Maquiagem: Henrique Martins Cabelo: Cesar Cavalcante (MG Hair) Style: Yan Aciole

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Sumário revista

von

8 • Estilo RV

Estrela do Hollywood em filme de brasileiro; os dez hits do inverno; e modos de usar cachecóis e lenços

14 • entrevista

Dinho fala de amor, rock e drogas

18 • na cozinha com ronnie Delícias rápidas e práticas para refeições a dois

22 • Na mesa

Conheça os perfumes dos vinhos

24 • Perfil

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42 • Tudo seu

Design para torcedores

44 • O especialista

Um homem para chamar de seu

48 • TV

Novo quadro do Tudo É Possível faz festa de casamento

50 • Rasga Coração

A nova vida do punk João Gordo

54 • Caixa-forte

Onde, quando e como investir em ações

Edson, ex-parceiro de Hudson, abre a casa e o coração

56 • Turismo

30 • Beleza

60 • Cabeça boa

Como deixar a pele jovem e bonita

34 • Ame sua Casa O romance vai à mesa

36 • Capa

Pânico: humor e ibope em alta

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Música e muito mais em Campos do Jordão Histórias curtas de Jorge Amado, disco-solo de Sandy e o astro bêbado de Coração Louco

66 • Meninos, eu vi

Paz, amor e lama no Woodstock brasileiro

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comportamento

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moda

estilo

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Garota papo firme Kristen Stewart vai filmar com o brasileiro Walter Salles

Nem ele acreditou: Walter Salles ficou surpreso quando a atriz Kristen Stewart confirmou sua participação no filme On the Road, que será rodado a partir de agosto nos Estados Unidos, Canadá e México. O cineasta de Central do Brasil e Diários de Motocicleta havia convidado a atriz depois de vê-la no filme Na Natureza Selvagem, antes de ela virar a Bella da saga Crepúsculo. “Ela poderia estar estrelando projetos com orçamentos muito maiores, mas fez a opção de participar de um filme independente, produzido por uma companhia francesa, pelo que o filme diz”. A jovem diz queestá empolgadíssima com a personagem Mary Lou, a mulher do escritor beat Neal Cassady, protagonista do livro batizado de Pé na Estrada no Brasil. “Acho que eu posso me exibir um pouquinho contando isso. Estou muito animada. É um grande papel”, disse Kristen ao jornal norte-americano USA Today. Waltinho não poupa confetes à nova musa do cinema, e afirma que ela é uma atriz que não recusa o risco. Uma coisa é certa: os produtores do filme, que será quase todo rodado na estrada, terão de providenciar um bom esquema de segurança para manter a estrela teen a salvo. “Quando descobrem a minha presença em algum lugar, vira um inferno. As pessoas enlouquecem. Os fotógrafos são como bandidos, eu não posso nem dirigir mais”, diz a atriz, que recentemente foi eleita a mulher mais bonita pela conceituada revista americana People e namora o galã da série para adolescentes, Robert Pattinson. A atriz com o galã Robert Pattinson, seu para na série de filmes e na vida real

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moda

Aqueça seu visual Saiba como usar lenços e cachecóis no inverno É difícil encontrar quem não use. Mal a temperatura baixa um pouquinho e as mulheres e homens antenados correm a enrolar lenços, cachecóis e echarpes em volta do pescoço. Hoje, mais que o conforto de ter o colo aquecido, vale o efeito visual proporcionado por esse adereço que ganha cada vez mais espaço nos guarda-roupas. Neste ano, o xadrez está em alta, mas valem todos os clássicos e mesmo cores básicas como o bege e o branco. Ao lado, conheça algumas formas clássicas e novas de envolver seu corpo com esse acessório. 10 |

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Lenço xadrez Márcia Lit, R$ 65

Dourado cachecol Olívia da Rosa Preguiçosa, R$ 89

Echarpe franzida Márcia Lit, R$ 65

Cachecol mesclado Dianna, R$ 72

Xadrez multicolor Khelf, R$ 65

Xadrez dublado Khelf, R$ 85

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Cachecol redondo salmão Rosa Preguiçosa, R$ 195

Echarpe de lã rosa Fili Dell’Arte, R$ 24

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2 Cachecol nude

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Gola de tricô cinza Miss Bella, R$ 75

1. Dê uma volta ao redor do pescoço 2. Pegue o lado esquerdo e passe por dentro do círculo 3. Passe a ponta do lado direito primeiro por cima, depois por baixo da ponta esquerda e por fim por cima novamente

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Echarpe salmão

1. Dobre o lenço ao meio e passe-o em volta do pescoço 2. Passe as duas pontas por dentro da dobra

Cachecol masculino Khelf, R$ 85

Figura 1: French Twist. Dê uma volta em torno do pescoço; dê um nó, puxando uma das pontas por cima; dê um segundo nó, deixando um lado mais comprido que o outra. Figura 2: Gravata. Passe o lenço ao redor da gola da camisa; cruze a ponta do lado direito por cima e depois dê uma volta completa; puxe esta mesma ponta por trás do primeiro ponto em que o lenço foi cruzado e faça o nó passando essa ponta por dentro do primeiro laço e ajustando.

Márcia Lit: tel. (11) 8309 1692 www.flickr.com/photos/marcialit www.dianna.com.br www.missbella.com.br www.filidellarte.com.br www.khelf.com.br www.rosapreguicosa.com.br

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.Cris

Xadrez. A estampa está na moda e tem tudo a ver com o inverno: pode ser uma camisa, uma saia ou um casaco.

Luvas compridas. As luvas já são um acessório que faz toda a diferença. As mais compridas podem ser usadas com mangas três quartos ou sobrepostas: ficam um charme.

Bolsa transpassada. Para o dia a dia, uma bolsinha menor transpassada dá um diferencial à roupa. A alça pode ser tanto de corrente quanto do mesmo tecido da bolsa.

Sapatos pesados. Vão desde as ankleboots, aquelas botas mais curtinhas, até coturnos e sandálias abertas com salto mais grosso.

Você vai precisar! estilo

As consultoras Cris Gabrielli e Fê Resende indicam peças-chave para atualizar o guarda-roupa no inverno As elegantes sabem: não é preciso causar um rombo no cartão de crédito para deixar o visual de acordo com as tendências a cada estação. Muitas vezes aquele look já presente no seu armário fica parecendo recém-saído das passarelas com o simples acréscimo de um lenço com a cor da moda ou um cinto de couro ou formato especial. Cris Gabrielli e Fê Resende, da Oficina de Estilo (www.oficinadeestilo.com.br), que têm como proposta fazer “moda para a vida real”, apontam as peças que podem dar um verdadeiro banho de atualidade em seu visual. Cris, formada em engenharia civil, e Fê, advogada, tinham tudo para ter uma carreira bem-sucedida e certinha em suas profissões e já atuavam na área 12 |

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quando decidiram fazer um curso de consultoria de imagem. Conheceram-se numa viagem a Punta del Este, Uruguai, e resolveram abrir juntas um escritório. Viraram sócias de fato em 2003 e hoje não dão conta de atender a todos os convites de empresas e pessoas interessadas em melhorar a imagem. “O que fazemos não é simplesmente trabalhar com moda, trabalhamos com pessoas, e as ajudamos a se encontrar e melhorar a autoestima”, diz Cris. Entre seus clientes estão a TAM, Alexandre Herchcovitch, Cori, Isabela Capeto, VR, Spezzato, Forum e Triton. Confira os hits do inverno indicados pela dupla e não esqueça: dê sempre um toque pessoal e vista apenas aquilo de que você gosta. Nada de ser mais uma fashion victim.

Cris e Fê: dicas preciosas para garantir a elegância

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Jaqueta de couro. Dá um tchan em qualquer look e foi muito explorada nos desfiles de inverno.

Rendas. As rendas estarão em alta no inverno e cada um usa do jeito que achar melhor. As mais tímidas podem usar uma blusinha de renda preta sobre outra de tecido diferente ou uma meia. Para as mais ousadas, a mesma blusinha com sutiã preto vai bem em saídas à noite.

Calça dentro da bota? Já era

Adeptas da criatividade, as consultoras acham que enfiar as calças jeans dentro da bota já deu o que tinha de dar. “É só fazer um friozinho que nove entre dez mulheres saem de casa com essa combinação. Além de estar batido, aumenta o quadril”, afirma Cris.

Sobreposições. Em alta no inverno europeu, vestido sobre saia ou tricô sobre tricô: vale tudo.

Ombro marcado. Pode ser com as clássicas ombreiras (uma febre dos anos 80 que muita gente julga cafona, mas que está de volta), ou mesmo bordados e babados. Mas cuidado! Quem tem os ombros largos está proibido de usar, porque eles vão ficar ainda mais acentuados.

Meia-calça com textura. Com vestidinhos e saia, ficam o máximo. Mas lembre-se: texturas criam a ilusão de que as pernas são mais grossas.

Sapato masculino. Aquele sapato de amarrar, tipo Oxford, confere um ar moderninho ao look.

Terceira peça: tudo de bom

Elegante era sua avó. Isso foi o que Fê e Cris descobriram e passaram a indicar para momentos que exigem um pouco de classe e formalidade. É a chamada ter-

ceira peça, que pode ser um casaquinho, um paletó, um colete, um cardigã ou mesmo um lenço mais clássico, para complementar os básicos saia/blusa ou calça/ blusa. É usar para crer! R E V I S T A

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Di nho, entrevista

dinho ouro preto

o lutador por carlos amoedo

Cantor vence novo round: supera traumatismo craniano, grava disco com o capital e prepara turnĂŞ 14 |

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ernando de Ouro Preto, ou simplesmente Dinho, caiu de costas do palco, a 3 metros do chão, durante show que sua banda, Capital Inicial, fazia em Patos, Minas Gerais, na madrugada de 1o de novembro de 2009. Com a queda, o roqueiro teve traumatismo craniano, além de fraturar costelas e vértebras. Não morreu e tampouco entrou em coma. Mas ficou um mês no hospital, onde pegou infecção, passou pela UTI e ficou emocionalmente abalado. A internação causou-lhe imensa frustração e sensação de impotência. Hoje, ainda passando por um período de reabilitação, ele já consegue correr 4 quilômetros na esteira e cantar. O Capital está lançando um novo disco, Das Kapital, que tem uma faixa chamada “Ressurreição” – e vai sair em turnê pelo país em junho. Mas nada disso assusta o cantor, que viveu grande parte da vida em Brasília, onde o pai, Affonso, exercia a carreira de diplomata. Ele, que já sobreviveu às drogas, à gripe suína e à vaidade desenfreada que culminou com a extinção do Capital na segunda metade da década de 90, está muito mais preparado e maduro atualmente, aos 46 anos de idade, completados no dia 27 de abril. Casado há mais de dez anos com a arquiteta Maria e pai de Giulia, de 13 anos, Isabel, de 11, e Affonso Celso, de 7, Dinho divide seu tempo entre a família e a música. Tirando um período de ostracismo, entre 1996 e 1997, ele tem quase 30 anos de rock nas costas, como fã apaixonado e praticante desse estilo musical. Está mais feliz do que nunca por ver sua carreira solidificada novamente. É, afinal, um sobrevivente que ainda tem muito a viver. O acidente que você sofreu no final do ano foi o pior momento de sua carreira? Dinho Ouro Preto: Foi um dos piores momentos. Também considero ruim o período entre 1996 e 1997, quando parei de viver da música e passei a fazer campanhas publicitárias para me sustentar. Eu odiava tudo aquilo, mas não teve jeito. Você se refere à época em que o Capital Inicial acabou? Sim. Quando a banda se desfez, eu tentei fazer um projeto solo com o Dado (VillaLobos, ex-Legião Urbana). E não deu certo. Foi uma fase de muita frustração, quando pensei até em esquecer definitivamente o rock, enterrando minha carreira. Mas serviu como um momento de reflexão, fiz um retrospecto de minha carreira. Fui muito severo comigo e atribuí a mim os erros cometidos. Depois de muito pensar, em 1998 resolvi procurar o pessoal e ressuscitar o Capital. Estamos novamente juntos há 12 anos, com uma carreira sólida. Fico feliz por saber que, apesar de ter passado por vários momentos ruins, continuo vivo e fazendo música. Que lições você tirou do acidente? Foi mais um aprendizado de humildade, superação e paciência. Só na UTI fiquei 20 dias. Meu emocional ficou abalado. Eu chorava muito, sem entender o que estava acontecendo, e pedia para as pessoas me tirarem dali. Não cheguei a ficar em coma, mas não me lembro de nada dos primeiros dias de internação. Mas também pude perceber quanto as pessoas eram generosas e gentis comigo. Isso, de certa forma, me confortou. Esse acidente teve uma grande repercussão na mídia. Como foi o apoio dos fãs? Recebi cartas até de pessoas que eu não fazia ideia de quem eram. E nesse período de recuperação passei a responder a todas as mensagens. Chegou uma hora que o r e v i s t a

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entrevista dinho ouro preto

“sobrevivi às drogas por milagre, pois usei de tudo na minha vida. só saí dessa quando me casei” volume de cartas ficou grande demais. Mas senti a necessidade de dar uma satisfação a todos que se preocupavam comigo. Escrever sempre foi comigo mesmo. Redação era uma das poucas coisas que eu fazia bem nos tempos de colégio (risos). Você pretende esquecer 2009? Ou ao menos o final dele? É, foi um ano em que tudo aconteceu. Antes de cair do palco, peguei gripe suína. Depois do acidente, ainda no hospital, tive hepatite medicamentosa e septicemia (infecção generalizada). Mas acho que tudo isso de alguma forma serviu de lição. Foi mais difícil sobreviver a isso ou às drogas que costumam rondar a vida dos roqueiros de um modo geral? Sobrevivi às drogas por milagre, pois usei de tudo na minha vida. Só saí dessa quando me casei e formei família. Procurei a

ajuda de um psiquiatra para largar o vício. Hoje, uma das minhas maiores alegrias é poder curtir minha mulher e os meus três filhos. Passar alguns dias com eles no nosso sítio é algo maravilhoso. Esse lado família do roqueiro Dinho é pouco conhecido, não? Tenho horror ao que se chama de culto às celebridades. Uma das virtudes que tenho é não expor minha vida pessoal, mi-

nha família. Jamais abriria as portas da minha casa, para uma revista mostrar como vivo na intimidade. Mas você é, de certa forma, uma celebridade nacional. Eu me considero um artista. Acho que eu me via como celebridade na época em que o Capital Inicial estourou na década de 80. Imagine você cercado de mulheres, fazendo sucesso, ganhando mais do que seu pai aos 20 e poucos anos de idade. Tinha também aquela coisa de sex symbol do rock. Isso tudo, é claro, virou minha cabeça. Agora penso diferente, estou muito mais maduro em todos os sentidos. O Capital também passou por poucas e boas, o que fez com que a banda cultivasse a modéstia. Começou na dureza, viveu uma fase de sucesso estrondoso, voltou a ralar com o final do grupo e então retornou às paradas com os pés bem no chão. O comportamento da banda mudou? Recomeçamos de um novo jeito. Mantivemos nossas raízes musicais, mas aprendemos a valorizar mais os fãs e todos aqueles que apostam na gente.

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Hoje, somos muito gratos por esse carinho. Particularmente, troco mensagens com os presidentes de nossos fãs-clubes, pelo menos uma vez por semana. No início de tudo, com o sucesso nos anos 80, não ligávamos muito para ninguém. Éramos vaidosos e achávamos normal e justo ter aquela legião de pessoas atrás de nós, nos adorando. Nós nos considerávamos acima de todos os demais brasileiros. Você já saiu com alguma fã? Na década de 80 era comum eu ficar com fãs. Hoje, não mais. Estou muito bem casado (risos). Há uns seis anos, uma fã me procurou dizendo ter uma filha minha de 13 anos. Ela disse que a menina tinha me visto na TV e que gostaria de me conhecer. Fez ameaças, dizendo que revelaria toda a verdade às revistas. Como fazia muito tempo, não tinha certeza de que eu podia mesmo ser pai dessa adolescente. Então partimos para o teste de DNA. O exame provou que a paternidade não era minha. Quando saiu o resultado, a mulher pediu para tirar fotos do meu lado. Foi aí que entendi que tudo o que ela queria era chegar perto de mim. O Capital está prestes a lançar um novo CD. O que você pode dizer sobre esse trabalho? O CD será lançado no final de abril. Sou coautor de todas as músicas e tem uma que fiz para minha mulher, chamada “Eu Quero Ser como Você”, que é muito bonita. Estamos com um novo produtor, o David Corcos, que deu uma nova sonoridade ao trabalho. Eu diria que o Capital ficou mais nervoso, pareciDinho no estúdio: o novo disco tem uma música chamada “Ressurreição”

do com o que é nos shows. Mas os fãs vão nos reconhecer nesse novo CD. Qual é sua relação com Brasília? Eu nasci em Curitiba, terra da minha mãe. Mas a maior parte da minha vida foi em Brasília. Meu pai era diplomata e, assim, vivi em três países: Estados Unidos, Áustria e Suíça. Nessas idas e vindas ao Brasil, acho que passei uns nove anos em Brasília. Minha mãe só foi dar à luz em Curitiba para que eu não pegasse tifo ou tuberculose, doença que meu pai tinha na época. Ele, coitado, vivia doente. E foi em Brasília que você descobriu o rock? Foi. Costumo dizer que eu, o Herbert Vianna (de Os Paralamas do Sucesso) e o Dado Villa-Lobos somos criaturas de Brasília. Na época em que o Capital, o Paralamas e a Legião Urbana surgiram, a cidade ainda estava inacabada. Não tinha a estrutura que tem hoje. E mergulhar na música foi uma forma de entretenimento que encontramos para escapar do tédio que a cidade proporcionava. O Capital surgiu em 1983. Na época se chamava Aborto Elétrico e a vocalista era uma menina, que tinha um pai, militar, que a fez abandonar o grupo. Daí fizeram um teste para vocalista e só apareceram duas pessoas: eu e outra garota. Ela não pegou e, na falta de alguém, fecharam comigo mesmo. E olha que eu nunca tinha cantado na minha vida. É o tal negócio: “Se não tem tu, vai tu mesmo” (risos).

Foi uma época boa? Foi. Todos nós éramos muito influenciados pelo movimento punk rock, que tinha como lema o faça você mesmo. Você não precisava ser um exímio cantor, guitarrista ou elaborar letras abstratas para fazer música. A ideia era ser o mais simples possível para aproximar o rock da garotada. Antes de entrar para o Capital, eu tinha uma banda com o Dado e o Bonfá (Marcelo, também ex-Legião), chamada Dado e o Reino Animal. O Dado, aliás, é meu irmão. Meu pai é casado com a mãe dele. Fale mais dessa fase... A gente se reunia no campus da Universidade de Brasília (UnB), no térreo dos prédios residenciais. Afinal, toda a turma do rock era composta de filhos dos professores dessa instituição. A nossa turma se aproximou do pessoal do Renato Russo (antigo vocalista da Legião, morto em 1996) e dos punks da cidade. Nascia, assim, o movimento punk rock de Brasília. Na época ainda não conhecíamos o pessoal que fazia rock em outras capitais, como a banda Barão Vermelho, que surgiu no Rio, ou os Titãs, de São Paulo. Capital, Paralamas, Barão e Titãs surgiram na mesma época. Acho que só a Legião surgiu um pouco antes. Quem são seus ídolos no rock? Nos anos 70 eu curtia o pessoal do Led Zeppelin. Nos 80 eu gostava do The Cure e nos 90 do Sound Garden. Atualmente prefiro uma banda inglesa chamada Muse. r e v i s t a

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NACOZINHACOMRONNIE RECEITAS PRÁTICAS PARA NOITES ROMÂNTICAS

Provinhas de amor Pratos fáceis de fazer com ingredientes práticos para degustar a dois no aconchego de sua casa

ocê está cansada de enfrentar filas em restaurantes lotados, com garçons atarefados andando de lá para cá e filas? Aproveite as suas noites livres para demonstrar a seu amor que você, além de saber fritar um ovo com a maestria de um Alex Atala, também sabe preparar delícias rápidas e práticas para refeições completas. E o melhor: você não precisará comprar uma porção enorme de ingredientes que depois ficarão ocupando espaço na geladeira até ir para o lixo. Como as famílias hoje em dia são cada vez menores e muita gente opta por morar sozinha mesmo, o mercado começa a oferecer produtos adaptados a essa nova ordem. São porções reduzidas, embaladas com quantidades menores, ingredientes picados e fatiados, congelados, pré-preparados, ou seja, que foram pensados especialmente para uma ou duas refeições. Com essa facilidade, dá para criar receitas dignas de um bom gourmet. É o que comprovam as dicas da chef Daniela França Pinto, que comanda a cozinha do Lola Bistrô, badalado restaurante da capital paulista, localizado na Vila Madalena.

TALHARIM VERDE COM QUEIJO DE CABRA, AZEITONAS PRETAS, TOMATE E MANJERONA CROCANTE 2 porções

INGREDIENTES 250 g de talharim verde grano duro 1 tomate Débora maduro 20 g de azeitona preta chilena 1/2 vidro pequeno de queijo de cabra boursin (em bolinhas no azeite) Folhas de manjerona, hortelã, azeite de oliva extravirgem e pimenta-branca moída a gosto MODO DE PREPARO 1 Aqueça uma panela grande com água, que será usada para tirar a pele do tomate e cozinhe a massa. 2. Faça um x na parte de baixo do tomate, coloque-o na água por 1 minuto, retire e passe na água fria para interromper o cozimento. Retire a pele e as sementes e corte-o em pétalas. 3. Corte a azeitona; reserve. 4. Em um bowl, misture tomate, azeitona e queijo; tempere tudo com pimenta-branca moída, sal e azeite. Reserve. 5. Refogue em 30 ml de azeite as folhas de manjerona. 6. Aqueça somente a massa e misture os ingredientes do bowl. 7. Finalize com as folhas fritas de manjerona, o que trará uma crocância especial ao prato. DICA DA CHEF DANIELA Essa massa é para lá de versátil, porque pode ser servida fria ou quente, já que todos os ingredientes são leves e muito saborosos. Para incrementar ainda mais a receita, utilize azeite de oliva grego, pois esse macarrão me lembra a salada grega. Sirva em um bowl, que, além de dar um charme, elimina os protocolos formais de comer à mesa.

Rua Purpurina, 38, Vila Madalena, tel. (11) 3812-3009 www.lolabistro.com.br 18 |

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SALADA DE BIFUM ORIENTAL 2 porções

ingredientes 500 g de bifum 10 ml de azeite de oliva extravirgem 4 cebolas pequenas tipo échalote 30 g de ervilhas frescas 1 cenoura cortada em tirinhas 20 ml de shoyu 1 caixinha de broto de alfafa 10 ml de óleo de gergelim 1 bulbo de erva-doce (somente a parte próxima da raiz descascada com descascador de legumes) 100 g de tofu em cubos grandes Modo de preparo 1 Cozinhe o bifum conforme instruções na embalagem e respeite o tempo de cocção, pois é uma massa delicada; reserve. 2 Aqueça o azeite, coloque a cebola cortada em quatro, deixe suar até ficar transparente. 3 Junte a ervilha e a cenoura e mexa bem; adicione o shoyu e

3 colheres (sopa) de água para cozinhar um pouco os legumes. 4 Quando reduzir um pouco do líquido, desligue e coloque o restante dos ingredientes menos o tofu, para que não desmanche; acerte o sal, se necessário. 5 Com a ajuda de uma pinça ou talher, arrume em um prato e, por fim, adicione o tofu e mais um pouco de shoyu a gosto. Dica da chef Bifum é uma massa típica da cozinha japonesa. Muito utilizada por lá e aqui, poucas pessoas sabem como usá-la. É um daqueles ingredientes que se tornam indispensáveis na despensa quando se descobrem suas mil faces. É amigo de combinações praticamente sem fim. Brinque com a mescla de tiras de alguma carne ou peixe grelhado com o colorido dos legumes. É extremamente leve, pois não tem o glúten e de baixas calorias, se comparada com as massas convencionais.

MEDALHÃO DE FILÉ ENVOLTO eM BACON AO LIMONE E TOMATE RECHEADO COM COGUMELO PARIS 2 porções

ingredientes 2 filés de 180 g a 200 g por pessoa 2 tomates Débora 50 ml de azeite de oliva 1 cebola pequena bem picada 1 bandeja de cogumelo Paris fresco bem picado 100 ml de vinho 2 fatias finas de bacon 200 ml de creme de leite fresco 1 maço de ciboulette 1 limão-siciliano Sal, pimenta-branca moída, salsinha e queijo parmesão a gosto Modo de preparo 1 Com o auxílio de uma faca pequena, retire o miolo do tomate; reserve. 2 Em uma panela, aqueça o azeite, junte a cebola e, em seguida, o cogumelo; deixe refogar um pouco. 3 Acrescente o vinho e, quando secar,

retire do fogo, tempere com sal, pimenta e salsinha fresca. 4 Recheie o tomate com o cogumelo, salpique queijo parmesão ralado e leve ao forno a 180 o C ou até o queijo pegar uma cor dourada. 5 Enrole os filés com o bacon, prenda-o com um palito e tempere com sal e pimenta. 6 Aqueça um fio de azeite e grelhe os filés. Leve-os ao forno um pouco para terminar o cozimento. 7 Coloque o creme de leite em uma panela e leve ao fogo para reduzir pela metade; acrescente o suco de meio limão e acerte o sal. 8 Em um prato, faça um espelho com o molho de limão, arrume o filé em cima, o tomate e salpique tudo com ciboulette e raspas de limão. Dica da chef Prato perfeito para um jantar de última hora. Excelente para aquelas ocasiões em que é preciso impressionar, mas, para isso, só se certifique de que o convidado aprecia carne vermelha. Na escolha do tomate, o tipo Débora costuma ser maior e bem firme, o que é ideal para o preparo recheado. Em apenas 20 minutos, posso garantir que seu jantar estará lindo na mesa. r e v i s t a

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nacozinhacomronnie receitas práticas para noites românticas

RISOTO DE SHIITAKE E PeRAS GRELHADAS 2 porções

ALCACHOFRA AO AZEITE DE ERVAS 2 porções

ingredientes 2 alcachofras 40 ml de azeite de oliva extravirgem Folhas de tomilho, salsinha, manjericão, sal, limão e pimenta-branca moída a gosto Modo de Preparo 1 Com um descascador de legumes, retire uma fina camada do caule, não por completo, para manter a flor perfeita durante a cocção. 2 Coloque a alcachofra em uma panela de pressão com água e sal até cobri-las; quando pegar pressão, conte 15 minutos, desligue e espere parar de fazer barulho sem mexer, isso fará com que elas fiquem macias, sem desmanchar. 3 Enquanto isso, junte as ervas, o azeite, os temperos e o limão em um bowl e massere-os para aromatizar o azeite. 4 Retire a alcachofra da água e regue com o azeite de ervas. Dica da chef Acho essa flor um verdadeiro presente da natureza, linda, saborosa e facílima de preparar. Pode compor muito bem uma entradinha ou chegar à mesa como prato principal, só depende da escolha de um bom acompanhamento. Produto de sazonalidade bem marcada, é bom aproveitar que sua época de colheita é agora e encontramos alcachofras graúdas e macias. Experimente apreciá-las com uma bela taça de Sauvignon Blanc. 20 |

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AMEIXAS AMARELAS RECHEADAS COM SORVETE DE DOCE DE LEITE 2 porções

ingredientes 1 bandeja de ameixas amarelas Sorvete de doce de leite e folhas de hortelã a gosto Modo de preparo 1 Retire delicadamente a pele da fruta e as sementes, de preferência sem parti-las ao meio. 2 Recheie com o sorvete e decore com folhas de hortelã. Dica da chef Depois da invenção da roda e da luz, certamente a melhor descoberta do homem foi o sorvete. Nada melhor que devorá-lo depois do almoço, do jantar, à tarde, de madrugada, sozinho, acompanhado, alegre ou triste... ou seja, sorvete sempre. Guloseima que fica imbatível se acompanhada de frutas frescas. Vá até o freezer mais próximo, e retire o valioso pote de sorvete (diga-se, de boa qualidade, o que fará toda a diferença), recheie as belas frutas e seja muito feliz.

ingredientes 50 g de manteiga 1 cebola grande bem picada 150 g de arroz Arborio 150 ml de vinho branco seco 1 bandeja de shiitakes cortados em tiras (reserve alguns para grelhar inteiros) 1 pera bem firme cortada em cubos 15 ml de azeite de oliva extravirgem Sal e pimenta-branca moída a gosto 2 cubinhos de caldo de legumes diluído em 1,5 litro de água 50 g de queijo parmesão ralado Modo de preparo 1 Derreta a manteiga, junte a cebola e refogue até ficar transparente; acrescente o arroz e frite-o levemente. 2 Junte o vinho e deixe secar para evaporar um pouco para sair o álcool. 3 Mantenha o caldo de legumes quente e vá regando o arroz sem deixar secar; mexa sempre, para desenvolver o amido e assim trazer uma textura cremosa ao risoto. 4 Em uma frigideira, aqueça um fio de azeite e grelhe rapidamente os cogumelos, que são extremamente delicados. 5 Faça o mesmo com a pera; corrija o sal. 6 Quando o arroz estiver cozido, mas ainda firme (al dente), acrescente o queijo, o cogumelo, a pera, a pimenta e sirva imediatamente. Dica da chef Arroz Arborio é outro item daqueles que não podem faltar na casa de quem aprecia uma refeição gostosa e sofisticada. E, o melhor de tudo, rápida. O segredo de um bom risoto é respeitar o tempo de cocção, que gira em torno de 13 a 20 minutos, pois o grão não aguenta longos preparos.

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namesa por ricardo castilho

Os aromas do

vinho Ao abrir uma garrafa, servir um pouco do líquido em uma taça e levá-la ao nariz, ficamos próximos de uma experiência única: sentir mais de 150 aromas, que podem ser encontrados nos brancos e tintos. Eles se originam da própria uva, na fermentação e no envelhecimento da bebida. Na taça, o desafio é identificá-los e, assim, descobrir pistas de cada vinho. Ao contrário do que possa parecer, isso não é tarefa apenas para especialistas. Com um pouco de treino e atenção na hora de degustar, todo mundo é capaz de identificar algum cheiro na taça, principalmente, claro, aqueles com que temos mais familiaridade. Para ajudar você nessa tarefa, listamos os principais aromas e alguns dos vinhos em que eles são encontrados.

Pêssego: Sauvignon Blanc, Riesling e Viognier

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Cravo: Syrah, Grenache, Cabernet Sauvignon e Mourvèdre

Cereja: Pinot Noir, Sangiovese, Pinotage e Grenache

Maçã verde: Riesling, Chardonnay sem madeira e Chenin Blanc

Framboesa: típico em vinhos novos, como Shiraz, Tempranillo, Merlot, Cabernet Sauvignon e Malbec

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Banana: aroma tĂ­pico da uva Gamay, como os Beaujolais

Uva-passa: vinhos de sobremesa em geral, como Sauternes, Tokay e Amarone

Cassis: Cabernet Sauvignon, Merlot e Sangiovese

Ameixa: Nebbiolo, Malbec, Barbera, Merlot, Cabernet Sauvignon

canela: Shiraz, Mourvèdre e Pinot Noir, do Novo Mundo

Especiarias: Shiraz, Merlot, Cabernet Sauvignon, Torrontes e alguns Nebbiolo especiais

Figo seco: vinhos doces em geral e Porto

Chocolate: em vinhos que passam por madeira, principalmente em Cabernet Sauvignon, Malbec, Merlot, Tannat r e v i s t a

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perfil edson

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Circo

na alma e música no coração hospitaleiro e alegre, o cantor abre sua casa de Limeira e se prepara para deixar de ser o “Edson do HudSon” em carreira solo P o r C a r l o s A m o e d o F o t o s A n t ó n i o Ro d r i gu e s

uem nos recebe à porta é Paulinho, o produtor, casado com a irmã da mulher de Edson. Mas quem faz as honras da casa, pulando da mesa em que almoçava com a irmã Vitória especialmente para nos recepcionar, é Vitor. Os garotos, também artistas, são filhos do cantor Edson, que até pouco tempo fazia dupla com Hudson. Há três anos, eles formam a dupla Vitor e Vitória, cujo primeiro CD foi indicado ao Grammy Latino de 2009 como o melhor produto para criança. Estamos em um condomínio de alto padrão, no município de Limeira, a cerca de 160 quilômetros da capital paulista. No dia anterior, eu havia visto os garotos no YouTube, em início de carreira. Mas, ao vivo, não reconheci as crianças. Vitor, de apenas 9 anos, apresenta-se com um sorriso maroto no rosto, achando graça de minha pergunta do tipo “quem é você?”. Vitória, de 11, já maquiada para as fotos, continua à mesa. Ao contrário do irmão, ela é tímida e pede para não ser fotografada comendo. Ambos são educadíssimos: “Querem almoçar?”, convidam a mim e ao fotógrafo António. No canto da sala principal, guitarras e uma viola caipira de Edson decoram o lugar. O cantor aparece na sequência, de bermuda e camiseta. Está

descalço. Edson, de 35 anos, dois anos mais novo que o irmão e parceiro Hudson, começou a carreira solo depois de ter estourado como uma das parcerias mais festejadas da nova geração de sertanejos. Alegre e compenetrado, ele preparava nosso almoço: uma galinhada à paulista. “Antigamente, Vitor e Vitória eram filhos do Edson. Hoje, sou o pai de Vitor e Vitória”, diz, sem se importar com minha ignorância musical e franqueza ao confessar que tinha assistido aos filhos dele na TV, mas nunca tinha visto uma apresentação de Edson e Hudson. Humilde, expansivo e brincalhão ao extremo, Edson é filho do palhaço Beijinho, nome artístico de Jerônimo da Silva. Edson, batizado Huelinton, nasceu em família circense, em São José do Rio Pardo, no interior de São Paulo, e correu o país com a trupe de artistas. Viveu boa parte da infância entre Goiânia e Anápolis, em Goiás. Aos 5 anos, junto com o irmão Hudson, que nasceu Udson, então com 7 anos, ele se apresentava ao lado do pai. A

Panfletos da época em que os meninos formavam a dupla Pep e Pupi e se apresentavam ao lado do pai r e v i s t a

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perfil edson

duplinha sertaneja era conhecida como Pepe e Pup. Edson era o Pepe. “Quando eu tinha 13 anos e meu irmão 15, passamos a viver, ou melhor, a sobreviver da música”, diz ele. Sobreviver porque foram tempos de muita luta em busca do reconhecimento, que começou a despontar quando os irmãos se apresentaram no programa de calouros do Raul Gil, ainda na TV Record. Em 1995, pelas mãos de Raulzinho, filho do apresentador, eles gravaram o primeiro disco como Edson & Hudson.

Que Edson? O Edson do Hudson Sucesso mesmo a dupla começou a saborear em 2002. O CD Edson & Hudson Acústico, lançado naquele ano, vendeu cerca de 400 mil cópias. Sem dúvida, uma vendagem de ouro. Entre discos e CDs, os irmãos alcançaram a marca de 2 milhões em 30 anos de carreira. No ano passado, no entanto, depois de também ser indicados ao Grammy Latino como a melhor dupla sertaneja, eles surpreenderam a todos com uma turnê de despedida, selando, assim, o fim de uma parceria de êxito. “Não brigamos. Enquanto eu queria continuar fiel ao sertanejo, o Hudson flertava com o rock”, diz. Então, resolvemos nos separar. “Ao lado do meu irmão eu me sentia como se fosse crooner de um grupo de rock.” Ele está tão à vontade com a separação musical que não se importa em continuar sendo conhecido como “o Edson do Hudson”. Ao chegarmos a Limeira, pedimos ajuda a alguns taxistas da praça para localizar a casa do cantor. Ninguém sabia onde morava o tal Edson. Mas foi só falarmos que se tratava do Edson do Hudson que logo os gentis senhores nos explicaram o caminho. E é assim, com o nome do irmão ainda vinculado ao dele, que o intérprete lançou, no mês passado, o primeiro CD de sua recente carreira solo: Edson & Você. O trabalho é recheado de canções que contam com partici26 |

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A sala com os instrumentos, um dos carros antigos do cantor, e Edson e Hudson ainda pequenos com o palhaço Beijinho

pação ilustre como a de Pelé, em “Eu Sou Brasileiro”, que é uma das apostas para virar hit na Copa, e a de Zezé Di Camargo, em “Quem Canta Não Para”. Até o humorista Carlinhos (ex- Pânico) faz uma ponta em “Aaaah, Taaah”. Mas é na música “Cadê Minha Grana”, em ritmo de samba com direito a viola, composta inicialmente para Zeca Pagodinho, que o sertanejo mostra sua versatilidade como músico. E não é mero acaso: ele sempre ouviu e apreciou diferentes ritmos. Edson tem uma coleção de vinil, que guarda próximo à vitrola adquirida em uma tabacaria. Ali, LPs de várias duplas sertanejas do passado como Tião Carreiro e Pardinho e João Mineiro e Marcia-

no, além de uma preciosidade de Chitãozinho e Xororó, de 1971, quando o tio e o pai de Sandy ainda eram garotos, dividem espaço com Roberto Carlos e uma coletânea da discoteca Papagaio, famosa casa noturna carioca dos anos 1970. “Cresci ouvindo black music americana, Carpenters e grupos como Abba, Earth, Wind & Fire, Village People e Led Zeppelin”, diz. “Admirava também cantoras como Maysa, Elis Regina e Vanusa. Desta última, lembro sempre da música ‘Manhãs de Setembro’, que minha mãe costumava cantar.” Foi graças à mãe, dona Helena, falecida, que Edson foi parar em Limeira, onde vive atualmente com a família. Ela saiu de casa, e o pai foi

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Vitória, Edson, Vitor e Adriana: os meninos já seguem o caminho do pai. A mãe cuida do dinheiro da família atrás dela levando o irmão e ele. Seu Jerônimo, o Beijinho, que também tem participação no CD do cantor, casou outras duas vezes. Ao todo, Edson tem quatro irmãos por parte de pai, além de Hudson. “Com minha mãe, ele se casou de chinelos e bermuda nas areias de Copacabana. E o humorista Costinha foi o padrinho”, diz. Já o próprio cantor se uniu em matrimônio uma única vez, há 11 anos, com Adriana, mãe de Vitor e de Vitória. Mas ele também é pai de Yago, hoje com 14 anos, fruto de um relacionamento do passado. O adolescente, que mora com a mãe, está sempre na casa dele. Edson e Adriana se conheceram em uma concessionária, em Limeira, local em que ela trabalhava como telefonista. “Ele foi levar um carro batido para consertar e nos encontramos. Foi amor à primeira vista”, afirma Adriana. É ela quem administra a casa, inclusive o dinheiro da família. “Adriana é muito chata nesse sentido, e eu deixo tudo por conta dela. Confio na maneira como organiza as coisas”, afirma o sertanejo.

Casa cheia Não éramos as únicas visitas naquele dia na casa do cantor, que parece sempre aberta para receber os amigos. Afinal, Edson faz o convidado sentir-se à vontade, como se o lugar fosse dele. Além do pai, de Paulinho e do amigo Marcos Pinto, o Marquinho, seu contrabaixista há 25 anos e ajudante de cozinha nas horas vagas, o cantor recebia a aspirante a cantora Marcela Peres, de 21 anos, vinda de Itajobi, cidade próxima a São José do Rio Preto, também no interior de São Paulo. A moça estava acompanhada do pai e do irmão, que logo se transformou em parceiro de Vitor na disputa no videogame. “O Edson me viu cantar e gostou. Ele vai dar uma força na minha carreira. Vim para escutar algumas músicas dele que pretendo gravar”, diz Marcela. Enquanto Vitória me mostrava seus dois cães de estimação, o lhasa Pepe e o maltês Pup, chamados assim em homenagem ao início de carreira do pai e do tio, Edson, já livre das panelas, ensaiava, ao violão, algumas músicas com a nova cantora. E, entre o fogão e a cantoria, dava um pit stop na mesa de bilhar, um de seus passatempos prediletos quando está em casa. Edson joga sinuca, e Vitor diverte-se no videogame ou tocando bateria, instalada na mesma sala em que está a coleção de vinil do pai. O moleque, aliás, que diz querer ser cantor quando crescer, tem tudo para se tornar um músico de primeira. Quem assistiu às apresentações de Vitor e Vitória pôde perceber que o garotinho também é fissurado por guitarra. Na hora da sobremesa, o menino toma a frente e serve sorvete de creme aos visitantes. Quando o pai se distrai, ele dispara: “O homem da casa sou eu. Não é meu pai, não, como vocês devem estar pensando”. É de Edson, aliás, que Vitor parece ter herdado o desprendimento e a alegria que irradia e a todos conquista. O sertanejo adora pegar o violão e, acompanhado do amigão Marquinho, canta algumas músicas com letras obscenas, de autoria deles e que, infelizmente, não levarão aos shows, por motivos óbvios. E ele as interpreta com a

mesma cara séria com que conta piadas, pegando a todos de surpresa. “Se você não presta atenção nas letras, pensa que se trata de música de verdade tal a seriedade de quem canta”, afirma Roderley, irmão de Marcela e muito parecido com Hudson. Essa semelhança não passa despercebida a Jerônimo. “Ainda bem que nunca morei perto de vocês, pois iam achar que o filho era meu”, diz ele para o pai do rapaz. Humor, alegria e carisma que passam de pai para filho. É isso que você vê no avô Beijinho, no filho Edson e no neto Vitor. Adriana e Vitória são mais reservadas, ainda que sejam extremamente gentis. O sertanejo, em especial, traz com ele toda a simplicidade e humanidade dos tempos em que era preciso cantar na beira da estrada para arrecadar alguns trocados. A casa vistosa de Limeira e os carros estacionados na garagem em nada influenciaram em sua essência de homem da roça e do povo. E, mesmo sendo um músico de qualidade, gostando você ou não do estilo dele, Edson é também um bom cozinheiro. Quem experimentou a galinhada gostou. Quanto a mim, fiquei feliz com os vários ovos fritos que ele mandou providenciar para que eu comesse com o arroz, respeitando minha condição de vegetariano convicto. Além de tudo, Edson é generoso com o próximo.

A GALINHADA DO EDSON

O “paulista” que dá nome ao prato é por causa do principal ingrediente: o frango criado em granja. “Como é difícil as pessoas das grandes cidades, como São Paulo, encontrarem galinha caipira, a receita leva aquele tipo comprado facilmente em supermercados”, diz Edson. ingredientes 2 kg de sobrecoxas e coxas de frango sem a pele 3 copos de arroz de primeira (sem lavar) 2 tabletes de caldo de galinha caipira 1 colher (sopa) de açafrão 1 colher (sopa) de colorau Salsinha e cebolinha a gosto Modo de fazer Tempere os pedaços de frango com colorau, açafrão e um pouco de sal. Reserve por 30 minutos antes de levar ao fogo. Refogue-os usando um pouco de óleo ou azeite. Quando os pedaços ficarem al dente, jogue os tabletes de caldo de galinha e misture-os ao frango. Cubra a carne com arroz e 6 copos de água. Misture um pouco, se necessário, acrescente sal e tampe a panela até levantar fervura. Abaixe o fogo, deixe a panela semidestampada e espere a água secar. “Quando isso acontecer, aguarde mais minutos antes de apagar o fogo. E não se preocupe se queimar o fundo da panela, pois a raspinha que forma dá um sabor especial ao prato”, afirma Edson. Daí é só jogar a salsinha e a cebolinha por cima e servir. O prato serve cinco pessoas. r e v i s t a

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para o verão dermatologia de hoje é feita de pequenos movimentos e grandes resultados”, diz Shirlei Borelli, uma das mais requisitadas profissionais de São Paulo – é ela quem trata de Ana Maria Braga, que afirma pagar um “Fusca” a cada consulta. Ela referese a uma nova tendência em sua especialidade: os tratamentos são cada vez menos invasivos, a maioria é feita no consultório 30 |

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Aproveite o inverno para fazer tratamentos rejuvenescedores. Conheça os mais eficientes

e permite que o paciente mantenha suas atividades rotineiras. Mesmo assim, o outono e o inverno continuam sendo as melhores estações para procurar o médico e entrar a primavera com a pele rejuvenescida e linda. É importante escolher um profissional qualificado –

na página da Sociedade Brasileira de Dermatologia, no link www.sbd.org.br/publico/busca.aspx, é possível checar se o médico tem o título de especialista. Um bom dermatologista faz uma avaliação criteriosa da pele do paciente e normalmente indica um con-

junto de tratamentos. Cada um tem um estilo, e obtém diferentes resultados com as mesmas técnicas. “Nosso trabalho é como o de um chef: os ingredientes podem ser os mesmos, mas o jeito de preparar é diferente”, diz Christiana Alonso Moron, mestre e doutora em dermatologia pela Universidade de São Paulo (USP). Conheça os principais tratamentos à disposição e suas indicações.

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entostratamentostratamentostratamentos tratamentostratamentostratamentostratament ÁCIDO POLI-L-LÁCTICO O que é Aplicado na camada mais profunda da pele por meio de injeções, incentiva a produção de colágeno, deixando a face mais jovem e firme. Mais conhecido como Sculptra. Indicações Para o rosto com flacidez. Características São necessárias três sessões com intervalos mensais para resultados visíveis. É um tratamento dolorido, porque são necessárias várias picadas de agulha de injeção realizadas com anestesia tópica. Em alguns casos, pode causar pequenos hematomas facilmente disfar-çados com maquiagem. O pro- duto é totalmente reabsorvido pelo organismo. Média de preço R$ 1.500 cada sessão. CARBOXITERAPIA O que é Injeção de gás CO2 por via subcutânea. Indicações Estrias, celulite, flacidez e gordura localizadas em qualquer área do corpo. Características São feitas 12 sessões, uma vez por semana ou a cada dez dias. Uma agulha minúscula injeta o CO2 sob a pele. A substância melhora a circulação no local, oxigenando os tecidos, reduzindo a gordura e estimulando o colágeno. Média de preço R$ 200. LASER CO2 FRACIONADO O que é Promove uma espécie de peeling, renovando a superfície da pele, 32 |

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ao mesmo tempo que estimula a produção de colágeno. Aparelho: Active Deep FX. Indicações Reduz rugas e linhas finas, remove manchas e cicatrizes e melhora o aspecto da pele, reduzindo a flacidez pelo estímulo ao colágeno e fechando os poros. Características O laser de CO2 fracionado é considerado um dos tratamentos mais efetivos de rejuvenescimento e passou a substituir o laser de CO2 puro, que demanda várias semanas de recuperação. São necessárias três sessões, em procedimento feito em consultório com creme anestésico de uso tópico, aplicado entre 30 e 40 minutos antes. Média de preço R$ 2.000. LASER ERBIUM O que é Trata áreas específicas da pele a cada vez, melhorando a textura e o tônus (por meio do estímulo à produção de colágeno) e removendo manchas. Aparelhos: Fraxel, Ponteira G fracionada da Palomar. Indicações Para toda a face, pescoço, mãos, rugas ao redor dos olhos, cicatrizes de acne, estrias. Características São necessárias de três a cinco

Luz intensa pulsada com Starlux: elimina olheiras, vasinhos e manchas solares, além de fazer depilação definitiva sessões, em intervalos de um mês. A pele fica com um aspecto bronzeado durante alguns dias e depois descama, mais ou menos como após uma queimadura de sol. A sensação também é de uma queimadura de sol leve: em alguns casos, pode surgir um edema mínimo que desaparece em no máximo três dias. Média de preço R$ 1.500. LASER YAG O que é Espécie de laser que age na melanina e na hemoglobina. Indicações Usado para eliminar lesões vasculares, pequenas veias e estrias recentes. Também é indicado para a remoção de tatuagens. Características Em média são necessárias três aplicações, que são praticamente indolores. Nos primeiros dias ocorre uma leve piora nos vasinhos, que depois desaparecem. No caso das tatuagens, o número de sessões aumenta. Média de preço R$ 500 a sessão.

LUZ INTENSA PULSADA O que é Age sobre os pigmentos e sobre a hemoglobina, selecionando pontos específicos da pele, lesionando-os. Aparelhos: Quantum, Starlux, Plataforma Xeo, da Cutera. Indicações Retirada de manchas solares, vasos sanguíneos, olheiras e depilação definitiva. Características São indicadas três a quatro sessões, em intervalos de um mês. O tratamento forma crostas delicadas nas áreas tratadas e às vezes provoca pequenos inchaços, mas em cerca de três dias há uma melhora. Média de preço R$ 600 a sessão. RAIOS INFRAVERMELHOS O que é Atinge a derme, camada da pele onde se encontram os fibroblastos, que são células produtoras de colágeno. O colágeno é remodelado. Aparelho: Titan, ponteira Deep IR da Palomar. Indicações Melhora da flacidez da face, do

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pescoço e da barriga. Atenua sulcos e rugas mais pronunciadas. Características Para o rosto, três a cinco sessões; para a barriga, de cinco a sete. O tratamento é praticamente indolor, o paciente sente apenas o aquecimento da pele. Média de preço R$ 1.600. PREENCHIMENTO O que é Substâncias – a mais indicada é o ácido hialurônico, que já existe no organismo – são injetadas em sulcos e rugas. Indicações Usado para reduzir os sulcos ao redor da boca, tantos os que descem do nariz até os cantos dos lábios quanto os que se formam abaixo, as rugas que se formam entre os olhos e para delinear o contorno dos lábios. Características A aplicação é feita com anestésico de uso tópico (algumas dermatologistas aplicam anestesia com injeção), em média a cada dez meses. Apesar de o ácido ser reabsorvido pelo organismo, a tendência é que os sulcos sejam amenizados com

o tratamento constante. Média de preço R$ 1.300. RADIOFREQUÊNCIA O que é Energia que aquece as camadas mais profundas da pele, contraindo o colágeno e estimulando sua produção. Aparelhos: Thermage (o antigo Thermacool) e Reaction, para o rosto e o corpo. Accent, e Max-6, para o corpo. Indicações Melhora o contorno da face, dos lábios e das pálpebras e algumas áreas do pescoço. Também é usado para reduzir a flacidez e a celulite nas coxas, nos joelhos, no bumbum, no abdômen, nas mãos e nos braços. Para o rosto, em média são necessárias

de seis a dez sessões, uma por semana. Para o corpo, cinco a sete sessões quinzenais. Características Com o desenvolvimento de ponteiras mais sofisticadas, e portanto mais caras, tornou-se um procedimento menos dolorido. Age basicamente na flacidez, não tira manchas e não substitui a toxina botulínica ou o preenchimento. Média de preço R$ 5 mil por sessão (há grande variação de preços, dependendo da ponteira usada) no Thermacool. TOXINA BOTULÍNICA O que é Substância que paralisa temporariamente os músculos em pontos específicos.

Indicações O uso mais comum é para amenizar rugas e marcas de expressão, mas alguns dermatologistas também aplicam para obter efeitos de lifting, quando aplicado sobre um músculo que “puxa” o terço inferior do rosto para baixo, e para suavizar linhas do colo e do pescoço. Características Provoca pouca dor, não causa hematomas. A melhora das rugas dura em média de quatro a cinco meses. Também serve para tratar doenças como a hiperidrose (suor excessivo), com durabilidade de oito meses a um ano. Média de preço R$ 1.500.

O Reaction, de radiofrequência, é aplicado no corpo para tratamento de celulite e, no rosto, com uma ponteira exclusiva

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ame sua casa

por fabio arruda

Pitadas de

paixão Tempere sua noite a dois com uma decoração romântica

O inverno favorece o aconchego e faz com que muita gente pense duas vezes antes de deixar o conforto do lar. Uma boa forma de espantar o tédio e a mesmice em noites frias é esquentar o clima dentro de casa com a preparação de um jantar especiais a dois. E a decoração dá uma força e tanto para um clima diferente e romântico, mesmo que as habilidades culinárias não sejam o forte do casal. Afinal, sempre é possível comprar tudo pronto e só aquecer ou acrescentar um toque pessoal na hora da refeição. O que realmente faz toda a diferença, e não pode faltar, é o carinho na preparação do cenário, na elaboração do décor, que pode se estender por todo o local, com direito a toques especiais no quarto ou no banheiro. A mesa é um dos primeiros passos para noite romântica, e deve preparada com cuidado. Para começar, procure dispor o casal vis-à-vis, ou seja, um de frente para o outro, pois facilita o contato visual, torna a conversa mais agradável e previne torcicolo. 34 |

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Nada de arranjos de flores, ou velas muito altos no meio dos dois que dificulte a conversação. Optei por dois pequenos corações em vela no centro do prato, iluminando o romance, para iniciar, e um belo arranjo maior ao fundo, que pode ter sido um presente de um de vocês, numa mesa de apoio com o espumante. Esse, aliás, deve ser rosé, suave, romântico e com uma cor especial, de preferência servido em taças de família. Uma boa opção, que pode deixar a mesa mais colorida e alegre, é usar diferentes tons nas taças de água. Acredite: misturar jogos de louça e copos é bem legal, e resolve o problema de peças que estejam faltando. Sobre um jogo americano de palha sintética dourada, você pode usar uma louça descontraída, em tons de verde ou outra cor que você tenha em casa, prato principal e de pão. Um detalhe que deixa tudo mais charmoso é arrumar o pão e enfeitá-lo com uma pimenta-biquinho. Aposte nos pequenos gestos.

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Iluminação é tudo: a vela em formato de coração no centro do prato cria o clima romântico

Bilhetinhos carinhosos podem ser espalhados pela mesa e pela casa: surpresas bem-vindas

Colheres de osso encontradas em feiras de artesanato dão um toque especial e intimista

À frente, temos duas pecinhas especiais de faiança, com um creme de tomate e colheres de osso compradas em feira de artesanato pelo Brasil. Os talheres com cabo de madeira complementam o clima informal, mas elegante. Para arrematar, uma discreta peça de vidro com uvas para degustar como quiser. O grande charme: o porta-guardanapo de acrílico comprado no bairro da Liberdade abraçando guardanapos em tom de verde, para combinar com a louça, e impecavelmente passados – capricho é tudo. Observe que a peça tem um furinho em que é possível acomodar uma pequena flor. Delicado, original e muito charmoso. Apesar de serem apenas dois os convivas para essa noite memorável, use o placement, marcador de lugar, indicando os tronos do rei e da rainha desse momento mágico. Acrescentar um pouco de sonho ao cotidiano é o que quebra a rotina e imprime paixão e poesia ao contexto. Bem como se espera de uma noite cheia de paixão. r e v i s t a

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A HORA DO PÂNICO

LOIRA,

SEXY E INTELIGENTE SABRINA SATO DESAFIA OS PRECONCEITOS E BATE RECORDES DE AUDIÊNCIA NA REDE TV! TEXTO CARLOS AMOEDO • FOTOS SERAPIÃO O RISO COMO TERAPIA

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A vida on-line, na maior parte das vezes, nos sufoca com suas notícias horripilantes. Perplexos, tentamos sobreviver em meio a esse estado semiapocalíptico. Ficamos ansiosos para chegar em casa, fechar a porta e deixar para trás esse mundo louco. Mas, quando ligamos a TV, ele insiste em entrar através da tela. Buscando saídas emocionais para nosso

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os 29 anos, Sabrina Sato está no auge. Um de seus quadros no programa Pânico na TV conseguiu a façanha de colocar a pequena Rede TV! na frente da Globo na guerra do ibope dos domingos nos dias 16 e 23 de maio, por 21 minutos e por 35 minutos consecutivos, respectivamente. Segundo a revista Veja São Paulo, ela chega a faturar 300 mil reais por mês – valor não confirmado por seu staff –, entre o salário como humorista no programa, o merchandising e os trabalhos extras. A moça, que despontou do anonimato há sete anos, depois de participar do Big Brother Brasil, firmou-se como peça-chave do quadro humorístico da Rede TV!, no ar aos domingos, a partir das 21 horas. “Sabrina torna-se encantadora por sua simplicidade e autenticidade”, diz Ronnie Von (confira o depoimento abaixo). Comandado por Sabrina, o quadro que prometia transformar a desdentada Gorete da Silva em uma Gisele Bündchen chegou a marcar 17 pontos de audiência. Na semana em que hospedou a mulher na própria casa, um tríplex no bairro de Perdizes, em São Paulo, para ter total controle sobre a pupila a ser transformada, Sabrina foi procurada por VON. Entre as gravações com a própria Gorete e as viagens que fez a Brasília, para entrevistar políticos, para outro quadro de sucesso do Pânico, ou a Curitiba, a fim de azucrinar a vida dos jogadores da Seleção Brasileira que naquela cidade iniciavam a preparação para a Copa do Mundo, Sabrina arrumou um espaço na agenda para dar esta entrevista. “Minha vida nunca esteve tão corrida. Tenho trabalhado muito. Não tenho tempo nem para namorar”, diz ela.

, dia a dia, deparamos com as lembranças de infância, quando tudo parecia melhor e mais seguro. Lá, encontramos as figuras que mais nos marcaram. Meu avô, com suas máximas, dizia: “Rir é o melhor remédio”. Acho que nesse ponto encontramos o sucesso do Pânico, que chegou despretensiosamente, com um

humor infantojuvenil, e acabou atingindo todas as faixas etárias e classes sociais. Nossa capa, Sabrina Sato, torna-se encantadora pela simplicidade e autenticidade. E o Emilio Surita, com sua batuta, rege a moçada. Apesar do nonsense, cada um deles usa, mesmo que muitas vezes apelando para o verdadeiro

pânico, o máximo de seu potencial. Acredito que não exista nada mais difícil do que fazer rir. Acho que a receita para a TV brasileira seja a soma de três fatores: um bom projeto, o carisma e a verdade dos apresentadores, logicamente com uma pitada de humor. Ronnie Von

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Na segunda-feira, depois de levar ao ar, no domingo, a tão esperada mudança de Gorete, Sabrina teria folga. Estava decidida a se encontrar, no Rio de Janeiro, com o namorado, o deputado federal Fabio Faria, um bonitão potiguar, ex de Adriana Galisteu, com quem está há um ano. Não deu. Foi convocada pela produção do Pânico a se preparar para uma nova viagem de trabalho, no dia seguinte, para Buenos Aires. É nessas horas que a garota sapeca de sotaque carregado, nascida em Penápolis, no interior de São Paulo, e que chama a atenção de todos por causa do corpo escultural e do bom humor, vira uma mulher das mais sérias, daquelas que querem fazer o melhor na profissão. Quem diria: a musa do Carnaval, que há alguns anos brilha no Salgueiro, no Rio, e na Gaviões da Fiel, em São Paulo, em trajes mínimos e que por duas vezes foi capa de Playboy, também gosta de jogar xadrez nas raras horas vagas e é perfeccionista no trabalho. “Ela fica muito nervosa quando tem de gravar um quadro do programa que é o centro das atenções, como aconteceu com o episódio da Gorete”, diz Karina, irmã e empresária da humorista. Foi no meio de toda essa turbulência que Sabrina falou com VON sobre este momento tão especial em sua vida. VON: Como é ser um dos raros BBBs que sobreviveram aos 15 minutos de fama, ainda mais fora da Globo? SABRINA SATO: Pois é. Devo isso a minha família. Sempre fomos muito unidos, e, quando passei a fazer televisão, depois de sair do BBB 3, eles abraçaram minha carreira comigo. Minha mãe, psicóloga, sempre me dá conselhos. Meu irmão procura me acompanhar sempre, e minha irmã é quem me empresaria, assim como faz com outros integrantes do Pânico. Meu pai, que também é psicólogo e já foi vereador em Penápolis, cidade em que nasci, procura me ajudar quando tenho alguma pauta em Brasília, dentro do quadro do Pânico, em que entrevisto políticos. Não fosse essa estrutura familiar, não teria ido tão longe. O engraçado é que no começo éramos todos crus em matéria de televisão. Com o passar dos anos aprendemos a lidar melhor com esse lance todo. VON: Você mora com seus irmãos. Nunca pensou em viver num lugar só seu? SS: Eu não conseguiria. Dependo muito de minha família, principalmente da Karina, que faz tudo por mim (recentemente, Sabrina deu uma entrevista em que fala que não sabe quanto tem no banco, já que é a irmã quem controla tudo). VON: Qual é sua fórmula de sucesso? SS: A vontade de fazer televisão. Esse era meu grande sonho de criança. Sempre pensei em fazer o que faço hoje. E o Pânico caiu como uma luva para mim. Desde o início me senti muito à vontade, e os demais integrantes sempre me ajudaram. Não existe estrelismo entre nós. Um levanta a bola para o outro 38 |

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estava decidida a largar o programa para viver com o dhomini em Goiânia cortar e incentivamos uns aos outros o tempo todo. Tenho planos de ficar por muito tempo na televisão, mas não consigo me imaginar fora do Pânico.

peço para dançarem o funk ou o rebolation. Mas tem também aqueles que fogem.

VON: Você já foi assediada por outras emissoras? SS: Já. Fui assediada por três delas. Uma queria que eu fizesse um programa vespertino com outro apresentador. Mas as negociações nunca foram para a frente. De todo modo, estou feliz fazendo o que faço.

VON: Você namora um político. Muda alguma coisa? SS: Não muda nada. Ou melhor, a única coisa que muda é que ele fica sabendo, antes de a matéria ir ao ar, sobre as brincadeiras que faço com os colegas dele. Os outros deputados sempre comentam minhas matérias com ele. Outro dia ele me ligou dizendo que peguei pesado com um político amigo dele. Mas ele também já entrou na dança. Uma vez o Fabio estava ao lado de um deputado do Ceará e perguntei quem tinha cabeça mais chata: o cearense ou o potiguar? E é lógico que ele, que é potiguar, falou que era o cearense (risos). Também já perguntei qual a porcentagem de votos femininos que ele tinha tido por ser bonito. Ele respondeu que era uns 65%. Hum... Perguntei também o que ele achava pior: leite quente, dor de dente ou o Serra presidente. Acho que ele gosta do Serra, pois respondeu que era dor de dente (risos).

VON: O Emilio Surita, que parece ser o cabeça do Pânico, dá conselhos a você? SS: Sim. O cara é um gênio, mesmo! Ele entende tudo de televisão. No início de minha carreira no Pânico, eu estava muito apaixonada pelo Dhomini (o vencedor do BBB 3, que Sabrina conheceu durante o programa). Eu já tinha comprado passagem e estava decidida a largar o programa para viver com ele em Goiânia. Daí o Emilio me fez refletir melhor sobre essa história, dizendo que não achava bacana eu abandonar meu sonho de fazer televisão para virar a senhora Dhomini, na capital de Goiás (risos). VON: Você já se considera uma humorista feita? SS: Ainda não. Não sei fazer piada, por exemplo. Mas já tenho o “timing” certo. Deixo as pessoas muito à vontade quando faço alguma brincadeira com elas. Daí o pessoal se solta e fica tudo certo. Também tem o fato de o Pânico possuir excelentes editores e roteiristas. A ideia de entrevistar o Suplicy (Eduardo Suplicy, senador petista) sobre plástica foi minha. Mas a pergunta que fiz a ele sobre quem fez mais plástica, a Marta Suplicy, ex-mulher dele, ou o Michael Jackson, é do roteirista. VON: Você tem o poder de dizer o que pretende levar ao ar? SS: Todos nós do Pânico temos de dar palpites na reunião de pauta. E é claro que sempre dou sugestões. Ao receber uma carta da Gorete, pedindo para que fosse transformada, liguei imediatamente para o Emilio para propor a ideia. VON: O que você faz para deixar um político à vontade e fazer com que ele entre no espírito da matéria? SS: Pego o cara de surpresa com minhas perguntas e tento mostrar um lado dele até então desconhecido. O político está preparado para falar de assuntos mais sérios como a questão do pré-sal, mas fica completamente sem jeito quando fazemos uma pergunta desconcertante. Eles não acreditam quando

VON: Mas você disse uma vez que não se interessa muito por homens bonitos... SS: Ah! Mas meus últimos namorados têm sido bonitos. Acho que mudei de ideia (risos). VON: Até que ponto a Sabrina do Pânico é uma personagem de si mesma?

SS: Levo toda minha alegria para o programa. Ponho no no ar meu jeito moleca de ser. Sou assim o tempo todo, em casa ou no estúdio. Já cheguei em casa às 4h30 e peguei minha mãe no sono, roncando alto. Gravei o ronco dela e a acordei na mesma hora para que ela ouvisse. Ela pensou que eu tivesse gravado o ronco do meu cachorro, o Zé Dunha (um buldogue inglês). Minha vida é assim mesmo. Não me levo muito a sério. VON: Você deve ser muito assediada, inclusive por outros famosos. Como você lida com essa situação? SS: Isso acontecia mais quando eu estava solteira e saía bastante. Ultimamente não tenho ido muito para a balada. Mas a melhor coisa a fazer quando você está sendo cantada é agradecer o elogio e ficar amiga do cara para quebrar o clima. VON: Como você cuida desse corpão que tanto chama atenção? SS: Olha, acho que é a genética mesmo, porque não faço muita coisa, por falta de tempo. Quando dá, pratico musculação e luto boxe. Também corro. Mas ultimamente só tenho feito essas coisas uma vez por semana. Quanto às pernas, sempre as tive assim, grossas. Meu apelido na escola era Roberto Carlos, o jogador, que tem coxonas (risos). r e v i s t a

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foto DEIVIS HORBACH

Emilio Surita (à esq.) e a turma do Pânico: eles pegam no pé de famosos e fazem sucesso VON: É tudo natural? SS: Os seios, eu coloquei. Mas fiz isso antes mesmo de participar do BBB. Foi minha mãe quem pagou. Na semana em que saí do programa, faturei 5 mil reais e dei a ela para pagar o empréstimo que fez para o silicone (risos). VON: Você tem medo de envelhecer? SS: Não. Mas não sei se vou ser uma velha “buuunita”. Agora, quero manter o alto-astral. Eu me imagino uma senhora bem perua, cheia de joias, cercada de familiares, filhos e com um monte de amigos gays, pois não sou nada conservadora (risos). Quero envelhecer como a Hebe Camargo. Quero ser que nem ela. Nada de ficar na frente da televisão fazendo tricô. VON: Então, você vai ser uma velhinha animada... SS: É, serei muito festeira, daquelas que bebem com os amigos. Por outro lado, também me vejo morando em um lugar mais calmo, na Chapada dos Veadeiros, longe de tudo. Às vezes tenho essa vontade. VON: O que você gosta de fazer nas horas de folga? SS: Pode parecer estranho para quem me vê de longe e me acha bastante agitada e desconcentrada, mas jogo xadrez e sou boa em buraco. Sempre fui muito distraída, mas dou conta do recado nas primeiras partidas. E não gosto de perder. Fico muito brava quando isso acontece (risos). 40 |

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Humor sem freios e mulheres de biquíni O Pânico na TV, que foi ao ar pela primeira vez em setembro de 2003, pela Rede TV! é a versão do programa de rádio Pânico, transmitido pela Jovem Pan, de segunda a sexta-feira, das 12 às 14 horas. No rádio, os humoristas comandados por Emilio Surita são praticamente os mesmos que aparecem na TV, entrevistam convidados famosos e conversam com os ouvintes. Na televisão, o programa é recheado de quadros politicamente incorretos e de humor negro. Há sete anos, eles causavam mal-estar a todos os envolvidos, pegos de surpresa pelos humoristas. Celebridades eram e são as maiores vítimas. Luana Piovani, Vitor Fasano, Clodovil e Carolina Dieckmann foram alguns desses perseguidos, que se recusavam a entrar na brincadeira da trupe. Fasano chegou a estapear o repórter Vesgo, personagem de Rodrigo Scarpa, quando foi abordado na entrada

de um evento. Carolina processou o programa e ganhou a ação que moveu contra ele, que a perseguiu para que ela calçasse as “sandálias da humildade”, como forma de reconhecer que era uma famosa arrogante. Se as celebridades odiavam a brincadeira, o mesmo não acontecia com o público. O Pânico na TV sempre registrou média de 6 pontos de audiência, a maior da Rede TV!, chegando a picos de 12 pontos em vários momentos. Anônimos também têm vez no programa. Ao longo dos últimos anos, vários deles se incorporaram à turma de humoristas, caso do corintiano Alfinete e de outros membros da produção que também interpretam personagens. E, para atrair ainda mais esse público fiel, formado basicamente por jovens, mulheres de biquíni sempre participam de algumas matérias ou enfeitam a transmissão, ao vivo, diretamente dos estúdios da emissora: são as já consagradas panicats.

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o especialista A i lt o n A m ĂŠ l i o d a S i lva

Conquistadoras,

avante!

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Estudioso de relacionamentos garante: mulheres que estão dispostas encontram sua cara-metade P o r Ro sa ne Au b in

conta não fecha. Sabe aquela história que toda mulher usa para justificar sua solidão? De que há sete mulheres para cada homem, de que nenhum deles quer compromisso etc? Grande parte dessa crença tão disseminada é fantasia feminina. O psicólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Ailton Amélio da Silva, chamado a dar sua opinião em praticamente todo programa de TV ou reportagem sobre relacionamentos amorosos, diz que essa é uma ideia mais baseada em sensações do que em evidências científicas. “Levando-se em conta apenas os números, mesmo na faixa dos 40 anos, homens e mulheres se equivalem”, diz. Ailton calculou o número de homens e mulheres disponíveis, segundo estatísticas do IBGE, e chegou à conclusão de que há apenas 450 mil mulheres solteiras a mais entre 45 e 49 anos em todo o Brasil. O que muda, afirma o especialista em relacionamentos e em comunicação não verbal, são questões bem mais subjetivas. A mulher não encara com naturalidade um namoro com alguém mais novo, o que reduz suas opções. E também é muito mais exigente para qualquer tipo de relacionamento, ou seja, mesmo para uma “ficada”, ela leva em conta uma lista enorme de predicados. Então, as mulheres estão padecendo no paraíso? A história não é bem essa. Realmente, há mais mulheres em busca de um homem para chamar de seu, e muitos deles miram faixas etárias inferiores às suas. A seguir, saiba como as mulheres podem aumentar as chances de encontrar e segurar um namorado. Ailton Amélio é otimista. “Algumas conseguem parceiro em qualquer faixa etária”, diz. É verdade que há mais mulheres solitárias do que homens? Escrevi um artigo chamado “As três estações do amor”. Não é verdade que as mulheres têm mais dificuldade do que os homens, não é algo genérico. Na casa dos 20 anos, elas têm mais facilidade: casam-se em média três anos antes, segundo estatísticas do IBGE. Estudos comprovam que elas namoram mais que os homens na casa dos 20. Depois, na casa dos 30, aquelas que não têm relação se apavoram, e aquelas que voltam ao mercado posteriormente têm mais dificuldades. São as três estações do amor. Na primeira, a vida é uma festa, as mulheres são procuradas por homens mais novos, pelos da mesma idade e pelos mais velhos. A hipótese para explicar por que as mulheres dessa fase atraem tanto os homens seria a de que elas atingem o ápice físico por volta dos 26 anos. Elas desenvolveram plenamente o corpo, os seios ainda não estão caídos e têm vitalidade. As mulheres que saem em revistas masculinas como a Playboy estão nessa faixa etária. Outro motivo, comum a homens e mulheres, é que nessa fase não estão compromissados, sempre há alguém disponível: na escola, no trabalho, na internet. É uma festa mesmo. E depois? Vem a fase do agora ou nunca, a casa dos 30. Principalmente para as mulheres, os homens têm estações menos marcadas. A mulher começa a fazer as contas, pensar em quanto tempo precisaria para encontrar alguém e ter um filho, um segundo... Isso prejudica: quem pensa dessa forma tem menos chances de encontrar alguém. Na faixa dos 40, tem um grupo que chamei de Olha Nós Aqui Outra Vez - de separadas e divorciadas. Aí vai ficando cada vez mais difícil.

Por quê? Porque no Brasil quase 90% das mulheres têm a guarda dos filhos. Elas precisam levar para a escola, tomar conta, e para quem namora é o que mais aparece. Outro motivo é que elas procuram alguém da idade ou mais velho, segundo estudos internacionais. Os homens olham cada vez mais mulheres mais novas, e se eles não forem muito mais velhos não têm dificuldade em encontrar. As mulheres também não querem um homem muito mais velho, mas elas resistem menos, contanto que ele ofereça compensações. Elas dão menos importância para a idade. As estatísticas mostram que o homem quando recasa tem nove anos a mais que a mulher. Isso reduz as opções para as mulheres? A mulher procura na altura de seus olhos e um pouco acima na pirâmide etária e encontra menos gente do que se olhasse para baixo. Já homem de 40 procura mulheres de 30 e poucos, e encontra bem mais. Não é que há mais mulheres do que homens: é que eles miram na faixa dos 30 e, nessa fase, há bem mais mulheres disponíveis do que na dos 40. No Brasil, há cerca de 4 milhões a mais de mulheres, em relaçnao a homens, mas boa parte composta por mulheres idosas,. Afinal, elas sobrevivem entre sete e oito anos aos homens, em média. Aos 40, o número de homens e mulheres é equilibrado, somando separados, viúvos e solteiros, a quantidade disponível por faixa etária se equipara. Não é questão de número. Depois disto, sim: após os 50 anos, há mais mulheres do que homens. Nesses 4 milhões há muitas mulheres fora do mercado amoroso? Exatamente. Na faixa dos 40, são apenas cerca de 450 mil mulheres disponíveis. No Brasil, nascem mais homens que mulheres, cerca de 5%, mas até os 18 anos a conta equilibra, porque eles morrem mais desde novos. Somos vítimas de doenças infecciosas e de vários outros tipos de problemas. Outro fenômeno é que elas são mais exigentes para todos os fins: para namorar, ficar, casar. Um estudo mostrou que o nível de exigência delas é maior em todos os estratos, exceto no caso de casamento, quando os homens são tão criteriosos quanto elas. Quando é para levar para a cama, há um bando de mulheres que cumpre os requisitos. r e v i s t a

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o especialista A i lt o n A m é l i o d a S i lva

Um paciente meu brincava que quem não escolhe comida está sempre mastigando. A mulher tem a sensação de que faltam homens porque, para vários fins, é mais exigente. Reclamam que há sete delas para cada homem... Sete para cada homem? A sensação delas é essa. Elas relatam no consultório. Criam uns folclores e ditados. Têm uma sensação de carência de homem absurda, contam que saíram, no bar só tinha mulher, os homens estão difíceis. Isso em parte é verídico, em parte psicológico. Na verdade, a sensação feminina é de uma composição de diversos motivos, mas o imaginário atribui tudo à falta de homem. É falta de analisar tudo isso que estamos abordando. E a quantidade de homens é um dos fatores, mas muito pequeno. O filme Como Perder um Homem em Dez Dias brinca com vários estereótipos da mulher chata. Qual é a melhor forma de espantar um pretendente? Para começar, escolher um parceiro não adequado. Para dar certo, precisa ser alguém de seu nível, muito semelhante, e tem de haver atração, admiração. Muitas mulheres não encontram parceiros porque escolhem alguém discrepante, geralmente acima. Essa tendência de escolher acima é feminina? Os homens também fazem isso, mas elas caem mais nesse engodo, porque têm a maldição da mulher bonita, que atrai alguém, o cara só quer sexo, e ela quer relacionamento. Só descobre isso tarde demais. Como elas atraem, estabelecem um padrão, mas esse tipo de parceiro só quer sexo com elas. É um erro danado. O cara é predador, sem-vergonha, não revela que só quer transar porque ela não preenche os requisitos. Também existem casos em que as mulheres hiperqualificadas assustam, porque o homem acha que ela é muita areia para seu caminhãozinho. Outra forma de espantar seria ir com muita sede ao pote? Sim. Tenho uma paciente que disse ao cara: “Seu interesse é apenas sexo? Eu não tenho tempo a perder”. Qualquer um se assustaria. Ele está conhecendo, e a mulher já quer casar. É como se você fosse ver um apartamento, entrasse, e o vendedor perguntasse: “Quer comprar agora?”. A falta de polidez também assusta. Conheci uma mulher lindíssima em uma palestra numa agência de casamentos. Ela se destacava na plateia, era muito atraente em vários sentidos, bem produzida. Fiquei me perguntando por que ela estava lá, e descobri em dois minutos. No intervalo, ela disse: “Eu me sinto no fim de feira vindo a uma palestra como essa”. Ela me ofendeu umas dez vezes em minutos. E, ao mesmo tempo, mostrou que tinha pouco amor próprio... Era muito azeda, amarga, chutava o balde. Escrevi um artigo chamado “Polidez”, que pode ser aplicado a homens e mulheres. A gente pode ofender, ameaçar e causar desconforto rapidamente. Ser polido não significa não ser firme: é dirigir-se ao outro de forma delicada. Há várias estratégias para conseguir o que se quer sem ameaçar ou ofender o outro. Outra maneira de afastar é não ouvir ou não abrir a boca. O diálogo exige um falante e um ouvinte que mantenham a conversa, demonstrem interesse,

apresentem um feed back e se revelem um pouco para não ficar impessoal. Tem gente que mata uma atração inicial porque não sabe conversar, não consegue ouvir. Por ansiedade? Por ansiedade, por querer agradar, ou não está interessado no outro. Os homens disparam a falar muito, também, quando querem mostrar serviço. Contam vantagem. Conheci um cara que logo já apresentava sua declaração do Imposto de Renda. No caso das mulheres, transar logo pode pôr um fim no relacionamento. Tem estudo. Os homens acham ótimo, mas depois hesitam. Um paciente que transou de cara, quando perguntei se iria namorar, disse que não. “Ela é muito liberal, se fez isso comigo faria com outros, ou você quer que eu acredite que é só comigo?”, disse. Quais são os outros erros que uma mulher pode cometer? Não mostrar sua feminilidade. A mulher às vezes é feminina, os comportamentos são femininos, mas não usa outros recursos para acentuar, como falar mais fino, fazer gestos, mover mais os ombros... No flerte a voz da mulher torna-se mais aguda, cantada. E mostra a palma da mão, é um comportamento que os gays imitam e desmunhecam. Isso é cultural? Algumas atitudes são culturais e outras pessoais. Muitas vezes as pessoas não agem assim por timidez, normalmente já sabem como agir. Eu treino no consultório, a pessoa já sabe, só ajudo a firmar. E algumas coisas são muito efetivas, o paciente faz e já percebe os efeitos da mudança. Qual é o maior inimigo de uma conquista? A timidez. A pessoa age na presença da outra como se não estivesse interessada, congela, não fala nada... O outro acha que ela está sendo hostil, que não está interessada. Outro fator importante é a imagem. Se vai para um encontro, a pessoa tem de se produzir, estar bonita. Todo mundo sabe que quem está inte-

tem a maldição da mulher bonita. Ela atrai alguém, o cara só quer sexo, e ela quer relacionamento. só descobre isso tarde demais 46 |

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ressado se arruma mais. Só não pode exagerar na dose. Outro erro comum é se esquecer de flertar. Não pode! Lá estão uma mulher e um homem, esse é o tema principal. Posso falar de tudo, mas tenho de flertar, olhar nos olhos, tocar, mover os ombros e acentuar a feminilidade. Encontro é isso: olhar o outro. Se esquece disto, desanda. Cria outro clima. Quais assuntos favorecem o flerte? Tem de ser assunto neutro, leve... Nada de contar tragédias... Há temas tabus. Não pode contar do ex-namorado, falar de sexo... Tive um paciente que terminou o namoro porque a mulher contou todos os detalhes sexuais com os ex-parceiros, o que ela gostava, como eram os atributos físicos. Ele não aguentou porque se achava inferior nisso, naquilo. Os homens tentam impressionar, falar algo inteligente. Perguntam: “Como faço?” “E = mc2”, respondo. Não tem fórmula, mas é preciso ser leve. Falar do entorno, comentar sobre a festa, dizer que está animado. Não pode contar quanto ganha, com quantos já transou! Quais as diferenças entre homens e mulheres? Elas tentam descobrir se eles são capazes de compromisso, eles, se elas vão transar. Eles tentam impressionar com carrão, emprego. Os estudos mostram que a mulher é mais ativa, só que é sutil. Põe a mão na cabeça, sorri, inclina o rosto, vai ao toalete. O homem é apenas mais óbvio. A mulher fala sobre um filme, diz que ainda não assistiu, que não gosta de ir sozinha ao cinema... Aí, o cara fala: “Vamos”, e parece que a iniciativa partiu dele. Seria um erro não fazer esse papel? Se ela fica parada igual a uma múmia, não acentua a feminilidade, mal responde ao que ele pergunta, não fala de si, não reage ao que ele está dizendo, as chances diminuem. A admiração soa como música aos ouvidos do homem. Se fizer tudo isso de maneira artificial, não adianta. É o paradoxo. É por isso que os livros de autoajuda não funcionam. Muitas vezes precisa de terapia, porque a pessoa tem temores, insegurança. Não é simples, senão eu estaria rico. É como um regime: todo mundo sabe que precisa ingerir menos calorias. Claro que saber a fórmula errada piora o problema. É útil saber, mas daí a pôr

em prática, são quilômetros. Não sou nenhum charlatão que prega “Leia meu livro, decore as minhas letras e você fará sucesso no amor”. Algumas mudanças são fáceis, mas há coisas que nem com terapia. E aquela história de que os homens são de Marte e as mulheres de Vênus? E o autor é de Plutão! Não são! Todos os estudos mostram que somos essencialmente semelhantes, existem diferenças, sim, mas são mínimas. As exigências para escolher parceiro, as fantasias sexuais e os tipos de amor são basicamente iguais. Existe uma teoria do amor líquido, criada pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Em sua opinião os relacionamentos hoje são mais fluidos? Sim, o ficar é um exemplo. Com bem menos compromisso se atinge muito mais intimidade. Os relacionamentos ficaram mais descartáveis em certo sentido. Isso favorece ou dificulta a felicidade? Não há nenhum estudo sobre isso. Uma geração sempre critica a outra. Na Bíblia, no “Livro de Jó”, diziam que o mundo estava perdido... É difícil avaliar os prós e os contras. A vantagem é a flexibilidade: não é preciso seguir o modelo. Cada um pode optar de acordo com seu desejo. As desvantagens: filhos de pais separados talvez sejam mais inseguros, mas ficar num mau casamento também pode ser danoso para eles. O que o senhor diria para uma mulher na faixa dos 40 anos? Que saia, se interesse, que toda vez que tenha oportunidade faça alguma coisa para aumentar as chances de se relacionar. Se a mulher diz que está animada, vai fazer o que for preciso, se vir alguém na fila e achar simpático, entre atrás, sente perto, se aproxime. Se estiver lendo um livro, fique ao lado. Na dúvida, faça; cada dia faça alguma coisa. Não exagere: vá só um pouco além de seus limites. Tem mulheres que em qualquer faixa etária conseguem parceiro. São femininas, se aproximam, dão bola, tentam. E a etiqueta sexual? O que uma mulher não pode fazer? Tanto um quanto outro, se pularem etapas, sofrem as consequências. Se ela tomar a iniciativa, vai conseguir sexo. Se ele se apressar, vai estragar o relacionamento em 95% dos casos. Se colocar a mão na mulher, acabou. O relacionamento exige uma progressão, um clima. A mulher, se quiser sexo, é bem-sucedida, têm 100% de chance de sucesso. O problema é ela querer sexo e depois namoro, aí está errado. Ela obtém sexo quando quer. Aquele mito de que ela intimida os homens é bobagem. Qualquer mulher que cruze as pernas com uma saia curta, terá uma fila de homens interessados em sexo. r e v i s t a

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P o r M a r i na M o nac o

Pedala, garoto! Na estreia de “Casamento na Real” o noivo teve de andar 20 quilômetros de bicicleta para ganhar uma festa

Os noivos ganharam uma festa no elegante Clube Nacional, o que incluiu as roupas da dama de honra, dos noivos e de seus pais e padrinhos engenheiro de computação Gladston José de Oliveira e a noiva, a auxiliar de enfermagem Cristiane Silva Lima, namoravam há sete anos e sonhavam com o casamento. Queriam reunir a família e os amigos, mas a falta de recursos para bancar os 150 convidados fez com que ela se inscrevesse em 2009 no novo quadro do programa Tudo É Possível, exibido aos domingos pela Rede Record. Sem avisar o namorado, ela mandou sua história para o “Casamento na Real”, reality show criado e apresentada por Fabio Arruda que mostra a disputa entre casais e a festa dos vencedores. Depois de alguns meses, num dia comum de trabalho, o chefe-presidente da empresa de engenharia onde Gladston trabalha chamou o engenheiro e disse que ele seria transferido para Portugal, pois muitos colegas não gostavam dele. Uma apresentação sobre o país luso começou a passar no computador do chefe de Gladston, que, ao mesmo tempo que fingia estar tranquilo com a decisão de seu superior, passou momentos de de48 |

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sespero pensando em como iria explicar para a namorada a transferência para outro país. Após minutos que pareceram horas, apareceu na tela do computador que ele e sua amada haviam sido escolhidos para participar de “Casamento na Real”. Logo de cara, a primeira prova: Gladston recebeu a incumbência de avisar a noiva sobre o prêmio em duas horas, mas estava proibido de usar carro e telefone. Sem pestanejar, pegou uma bicicleta e foi pedalando da cidade de Salto até Indaiatuba, a cerca de 20 quilômetros de distância. Prova completa, noiva histérica de felicidade, e o primeiro prêmio, que inclui toda a festa no elegante Clube Nacional de São Paulo e o cerimonial – com direito a padre católico e alianças, quase garantido –, só faltava ele passar por mais uma série de provas. “Quando avisei a Cris, ela chorou, pulou, gritou, não sabia se cumprimentava o Fabio Arruda, se me beijava, ficou eufórica”, diz Gladston. O noivo teve de encarar os outros testes sem a companhia de Cris, que sofre de hipertensão. Um deles era equilibrar-se num cabo de aço a 100 metros de altura; o outro, cantar a música do casal, “Tem Que Ser Você”, dentro de um avião fazendo manobras radicais. Cada teste dava direito a uma parte do casamento. No total foram cinco provas, e uma delas com finalidade filantrópica: eles deveriam

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Dani fez os doces e Fabio Arruda cuidou de toda a decoração do salão

xe a ideia, e pensei: ‘Quero esse projeto para mim!’ Na verdade foi uma pequena disputa lá dentro da Record, pois todos sabiam que seria um quadro de muito sucesso”, afirma Ana Hickman, a apresentadora do Tudo É Possível. O quadro oferece aos noivos que passam pelas provas um casamento perfeito, inteiramente patrocinado pela Record. Até o nome do programa foi proposto pelo consultor de etiqueta. “Não adianta os participantes terem só o sonho de se casar, devem lutar por ele, precisam suar a camisa para ganhar os prêmios. É tudo na real mesmo”, diz Fabio Arruda. O projeto demorou a sair do papel, mas depois tudo ficou conforme o planejado. “A Record adorou o projeto, a Ana também, e por minha sorte a equipe de produção, que é muito competente, se apaixonou. Melhor, seria impossível”, afirma o mestre de cerimônia da atração. “Gostei tanto da ideia que fiz questão de acompanhar tudo de perto, com muito carinho. Demorou um pouco para estrear porque realmente queríamos preparar um casamento de rainha, pois o maior sonho de uma mulher é se casar”, diz Ana Hickman. As inscrições foram abertas no final do ano passado, e somaram mais de 1.000 interessados. Todos os casais finalistas foram entrevistados por Fabio. Ele, Ana e a produção procuravam namorados com uma história bonita e harmoniosa, que morassem na casa dos pais e fossem solteiros. O casal felizardo ganhou uma festança no Clube Nacional de São Paulo, com direito a roupas dos noivos, dos pais e dos padrinhos cedidas pela Black Tie. O jantar preparado por Dani Padalino, do Buffet Banqueteria, os quitutes da Mariza Doces, a decoração escolhida e preparada pelo próprio Fabio Arruda e as joias confeccionadas por Rosana Chincher. A festa embalou os 150 convidados noite adentro, com música de Paula Fernandes.

Acima, Fabio e Ana brindam com Gladston e Cristiane; ao lado, a gravação, que reuniu os 150 convidados do casal

arrecadar a soma de seu peso em alimentos. Animados, fizeram mais: reuniram quase meia tonelada, doada para o Fundo Social de Solidariedade (Funsol) de Indaiatuba, uma sugestão de Fabio Arruda. A gravação das provas e da cerimônia levou 14 dias. Foi uma maratona tanto para os noivos quanto para Fabio e sua equipe. “Gravamos direto, nos dias úteis, desde o dia 22 de abril até 6 de maio, quando aconteceu o casamento. Foi tudo bem corrido, o ritmo era muito pesado, a gente acordava de manhãzinha para as provas, a produtora me ligava a toda hora querendo a lista de convidados, as medidas

dos padrinhos, tudo. Fiquei quebrado, mas valeu a pena, faria tudo de novo”, diz Gladston. No dia do casamento, ele estava radiante e tranquilo. “Acho que fiquei tão nervoso durante as provas, principalmente na penúltima, quando tive de atravessar o cabo de aço a 100 metros de altura, que agora estou calmo, quer dizer, isso porque ainda não vi a Cris, né?”, disse, antes de subir ao altar. Após sair de A Fazenda, Fabio Arruda assinou contrato com a Rede Record e propôs a produção de um reality show focado em casamentos. O projeto foi bem aceito, tanto que dois programas queriam o quadro. “O Fabio trou-

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rasga coração histórias de Superação

Nasci para ser

pai

A frase, por incrível que pareça, é de João Gordo, que já foi parar na UTI por consumo de drogas e obesidade

DEPOIMENTO A ALICE CAMARGO • FOTOS RICARDO D’ANGELO

irreverência é a mesma, mas a vida, quanta diferença! João Francisco Benedan, de 46 anos, o João Gordo, já pesou mais de 210 quilos, usou vários tipos de droga e envolveu-se em brigas. Hoje, divide com os dois filhos, Victoria, de 6 anos, e Pietro, de 4, e a mulher, Viviana, de 37, uma espaçosa, confortável e bem decorada casa na Vila Madalena, reduto de descolados em São Paulo. A residência da família tem sala de vídeogame, áreas de estar com grandes janelas para o jardim, onde estão as coleções de filmes antigos, bonecos e discos do cantor e apresentador. Essa tranquilidade de pai de família também se reflete na carreira de João: depois de uma longa passagem pela MTV, ele está na Record, apresentando o programa Legendários, que se firma no segundo lugar do Ibope aos sábados à noite. Segundo o apresentador, a emissora, conhecida pelo conservadorismo, não impôs

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restrições à sua atuação. Filho de pai militar e mãe cabeleireira, João Gordo cresceu na Vila Gustavo, Zona Norte de São Paulo. Estudou em colégio de freiras e era o gordinho da turma. “Sempre levava tapa na orelha”, diz. Aos 12 anos, descobriu o rock com bandas como Kiss, Led Zeppelin, AC/DC e Queen. Aos 15, virou fã de grupos punks como Sex Pistols e Ramones e logo depois criou a

Ratos de Porão, que existe até hoje e é famosa pelas letras rebeldes e críticas. O jeito firme e o linguajar repleto de palavrões de João Gordo já lhe renderam algumas polêmicas, como a que cercou sua briga com Dado Dolabella. Mas, em geral, seu estilo meio agressivo de ser é bemvisto pelo público. “Acho que minha boa índole prevalece”, diz João, tentando explicar a admiração dos fãs. A seguir,

confira a história de sua vida contada por ele mesmo. “Minha infância foi difícil. Por eu ser gordinho, o dia a dia não era fácil, levava muito tapa na orelha, e para conseguir mulher, pior ainda (risos)! Depois dos 12 anos, comecei a gostar de rock e as coisas foram mudando, ouvia música, comprava discos, o rock me ajudou muito. Quando o punk entrou na minha vida, acendeu toda a rebeldia que eu tinha dentro de mim. Daí por diante, vários episódios aconteceram: um dia meu pai jogou todos os meus discos fora, isso foi um incentivo para eu gostar mais ainda de rock. Na época, fui expulso de casa várias vezes, mas eu tenho uma teoria: a melhor forma de você provar que odeia sua família é não indo embora (risos). Meu pai falava que meu fim iria ser na cadeia, na sarjeta, no hospício ou no cemitério.

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rasga coração histórias de Superação

Tenho muita clareza sobre o período em que usei drogas: a verdade é que você começa porque é gostoso, se fosse ruim, ninguém fumava maconha. Quem é vocalista de banda de rock acaba entrando nessa e não consegue sair. Mas eu consegui. Nunca fui viciado. A todo momento eu sabia que poderia sair na hora em que eu realmente quisesse. Meu objetivo, dos 18 anos até pouco tempo atrás, era ficar louco. No começo você usa tudo, inalantes, anfetaminas, cola, daí para cair no vício são dois passos. Em 1992, a Ratos de Porão quase acabou por causa das drogas, em especial por causa do crack. As coisas começaram a desandar, mas a gente conseguiu dar a volta por cima. Rolou um momento na minha vida em que achei que não voltaria mais. Quase morri em 2000, tive um ataque cardíaco e fui parar na UTI. Isso aconteceu por vários motivos: drogas, obesidade, diabetes, fumava três maços de cigarro por dia. Cheguei a pesar 210 quilos, hoje estou com 150. Minha grande virada foi quando eu conheci a Vivi, minha mulher. Ela é tudo para mim. É minha esposa maravilhosa, linda, que me ajudou a não voltar às drogas. Nós nos conhecemos na Argentina, em 1995. Ela gostava de mim sei lá por quê. Fez uma entrevista com a banda, veio para o Brasil em 2001, aí começou nosso namoro. Agora vamos fazer uma festa de dez anos de casados. Essa coisa de dizer que existem pessoas que nascem umas para as outras, existe mesmo. A Vivi e eu, tinha de acontecer, tem sempre um pezinho de porco para um chinelinho nojento (risos). Outro grande momento foi ser pai, descobri que estou no mundo para isso. Tem gente que não nasceu para isso, muito pilantra que não assume a paternidade. Mas eu estou aqui para isso. Minha meta é viver o maior tempo possível para estar com meus filhos. Tento me cuidar, mas depois que mudei de trabalho e de casa parei com os exercícios, não tenho vontade de sair. Também dei um tempo nas viagens, estou curtindo minha vida um pouco aqui. Tenho boas lembranças da MTV, foram 12 anos de casa, eu tinha toda a liberdade para fazer o que quisesse. Mas chegou uma hora em que essa fórmula se desgastou, eu não preciso provar que sou maluco, retardado. Já está pro-

vado. As pessoas chegam e me perguntam por que eu não falo mais palavrão. Eu falo! Tive uma postura totalmente profissional, tudo o que eu já comentei e já escrevi sobre religião foi irrelevante para mim e para a Record. Eles sabem quem contrataram. Sempre fui do contra, por

que não vou ser agora? No começo, foi uma bomba quando eu divulguei que deixaria a MTV pela Record, mas hoje o programa está aí, sendo lapidado, é legal trabalhar na Record. Ela oferece uma estrutura que eu não tinha na MTV. Uma coisa legal é que tenho

minha grande virada foi quando conheci a vivi, minha mulher. ela é tudo para mim 52 |

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fãs de todas as idades, desde criancinhas até velhinhas, a quantidade de pessoas que gostam de mim é muito maior do que a de que não gostam. Acho incrível as pessoas gostarem de mim, porque faço tanta coisa errada (risos). Mas no fim, minha boa índole prevalece. Muitos me perguntam por que estou na Record. É simples. Quero ganhar dinheiro. Todos falam muito, mas os momentos difíceis ninguém sabe. Quando comprei minha casa atual, por exemplo, fiquei duro. A partir disso, resolvi cuidar do meu. Foi uma jogada meio louca sair da MTV e ir para a Record, mas estou feliz. Não tenho muito interesse na música que se produz hoje. Ouço metal, muita coisa antiga, rock dos anos 60, rock peruano e africano, até o chá-chá-chá. A última banda boa a explodir foi o Nirvana. Quanto mais o tempo vai passando, mais velho eu vou ficando, e mais raiva tenho do que se ouve hoje nas rádios. A música perdeu o valor, a tecnologia ajudou para que isso acontecesse mais rápido. O rock me colocou aqui, agradeço muito a isso. Se estou aqui, não foi porque planejei, foi por acaso. Meu maior defeito é que sou desequilibrado emocionalmente, às vezes dou umas piradas e procuro um médico para me ajudar, não consigo segurar o rojão sozinho. Minha qualidade é que sou uma pessoa do bem, não faço maldade. Não conseguiria roubar, matar, nem nada disso. Uma coisa chata que sempre tenho de acabar comentando é essa bobagem que aconteceu com o Dado Dolabella no meu programa. Naquele momento, se tivesse uma arma, eu atirava nele, mas se encontrar ele hoje nos corredores só vai rolar uma risada, até porque ele também virou pai, e isso sempre acaba mudando um homem. Hoje, depois de tudo o que vivi, posso dizer que não me falta nada. Se eu conseguir ver meus netos, estarei feliz. Na televisão, não tenho grandes pretensões. Não quero ser o Jô Soares. E estou mais tranquilo em relação a shows, até porque são quase 30 anos de banda. Mas não consigo João posa no ficar muito tempo longe da minha família. muro grafitado de sua casa na Antes, ficava três meses fora. Hoje se fico Vila Madalena; uma semana, parece um ano. A música finas outras fotos, porta-retratos e cou como um hobby, tem gente que joga a vasta coleção futebol, eu toco rock.” de bonecos

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caixa-forte Por Myrian Lund*

ganhe com ações

Conheça os prós e os contras de investir na Bolsa de Valores

Por que aplicar em ações? O mercado brasileiro mudou. Não oferece mais aquelas taxas maravilhosas para aplicações em renda fixa, quando você dobrava o patrimônio em três anos. Com a estabilização e a redução da taxa de juro da economia, a tendência é procurar investimentos que possam dar um retorno maior no médio e no longo prazo. Uma das opções é entrar de sócio em uma empresa que esteja com perspectiva de resultados positivos e crescentes para os próximos anos.

Como fazer? Comprando ações em Bolsa de Valores ou cotas de um fundo de investimento em ações. Quando adquire ações de uma empresa na Bol54 |

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sa, o investidor vira sócio dessa companhia. Por isso, ao decidir por esse tipo de investimento, escolha a empresa que você gostaria de ser sócio. Para isso, você precisa ter em mente que sua expectativa é com os resultados futuros, com a tendência da empresa e também do segmento em que ela atua. Você só perde o dinheiro se a empresa falir.

Por que é tão arriscado? Porque o ambiente de negociações, em que as pessoas compram ou vendem suas participações, é a Bolsa de Valores. Os investidores colocam as ofertas num painel eletrônico e as transações ocorrem. Em alguns momentos, muitas pessoas querem ser sócias da mesma empresa e, então, cada uma vai colocando um

preço mais alto no painel eletrônico para adquirir mais rapidamente as ações. Quando sai uma notícia, nacional ou internacional, que possa afetar o resultado (lucro) da empresa, as pessoas começam a vender as participações e, então, entram com preços cada vez mais baixos no painel eletrônico para sair mais rapidamente. Muitas vezes a notícia não vai afetar aquela empresa, mas o medo ou o receio levam a uma corrida dos investidores. Portanto, o movimento que ocorre na Bolsa de Valores, local de compra e venda, está muito sujeito ao emocional, ao efeito provocado pelas manchetes de jornais. É por isso que vemos tantas altas e baixas.

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Como lidar com a angústia do sobe e desce

Em primeiro lugar, é imprescindível conhecer a empresa para a qual você está entrando de sócio e se lembrar de que, no médio e longo prazo, seu ganho vai depender da evolução dela, e não do sobe e desce provocado pela disposição dos compradores e vendedores na Bolsa de Valores.

Mas como acompanhar? Inicialmente, você precisa se cadastrar numa corretora. Os bancos tradicionais fazem isto. Antes de fazê-lo, veja se a empresa oferece relatórios escritos das companhias negociadas em Bolsa para que você possa lê-los e conhecer a sociedade que está escolhendo. Verifique também se a corretora lhe dará acesso aos analistas que fazem esses relatórios para que você possa tirar suas dúvidas sobre o segmento de atuação e sobre a empresa. O ideal é que você tenha umas três ou quatro ações, de segmentos diferentes, com o objetivo de diversificar.

Não tenho tempo de acompanhar as empresas, o que posso fazer?

Você pode: Cadastrar-se numa corretora, entrar no ambiente de negociação via internet (home broker) e comprar Bova11, que é uma carteira composta atualmente de 66 ações e que oscila de forma similar ao Ibo-

dica

vespa, ou seja, se a Bolsa sobe, sua carteira sobe, se a Bolsa cai, sua carteira cai na mesma proporção. Comprar cotas de um fundo de investimento de ações. Comprar cotas de um clube de investimento – fazer um condomínio entre amigos, com no mínimo três e no máximo 150 cotistas. É interessante observar, no quadro abaixo, que entre o sobe e desce as aplicações bem-feitas em Bolsa de Valores acabam rendendo entre 1,5% e 2% ao mês. Isso significa que, se você fizer depósitos mensais ininterruptos, “faça sol ou faça chuva”, e por longo prazo, terá acumulado um valor substancial, que pode oscilar entre R$ 1,4 milhão e R$ 6 milhões.

Por que é tão difícil um ganho substancial acontecer entre as pessoas que conhecemos?

p r e m i s sa s 10 anos 20 anos 30 anos

Depende de persistência e de não se deixar abater pelo vai e vem e pelos comentários dos outros. Não é só aplicar em Bolsa e, sim, escolher boas empresas para ser sócio, ou procurar um gestor (um fundo) e acompanhar se a rentabilidade oferecida por ele está igual ou superior à rentabilidade do Ibovespa. Acreditar. Quem conhece juros compostos (juro sobre juro) sabe o poder da multiplicação. Se quiser manter o poder de compra, aumente o valor aplicado todos os anos, de acordo com a inflação do ano. Exemplo: inflação neste ano de 4%, ano que vem comece a depositar R$ 104. Faça o mesmo nos anos subsequentes. Você chegará em 10, 20 ou 30 anos a um valor com o mesmo poder de compra de hoje. Com certeza, se seguir a receita, você terá um futuro feliz. Mas lembre-se: quanto maior o prazo, mais significativo será o efeito dos juros compostos.

expectativa de ganho depósitos R$ 100,00 1,50% ao mês R$ 33.128,82 R$ 23.885,44 R$ 1.411.358,54

Evite transferir para ações o dinheiro que você juntou com tanto sacrifício e está aplicado em renda fixa. Se você deseja investir em ações, comece agora com dinheiro novo, fazendo aplicações mensais, sem parar, e você terá grande chance de ter um futuro abastado

* Myrian Lund é planejadora financeira pessoal e professora de finanças na Fundação Getulio Vargas (FGV)

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2% ao mês R$ 48.825,82 R$ 574.443,68 R$ 6.232.805,64

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turismo CAMPOS DO JORDÃO

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música sobe a serra CAMPOS DO JORDÃO VIBRA AO RITMO DE ALGUNS DOS MELHORES MÚSICOS DO MUNDO

Por Rosane Aubin

ão tem programa mais paulistano do que devorar uma pizza sábado à noite, degustar um bom pastel na feira e viajar para Campos do Jordão nas férias de julho. Ainda mais tendo o Festival Internacional de Inverno, que há 41 anos garante uma programação que atrai turistas de todo o Brasil e até estrangeiros. A charmosa cidade encravada na Serra da Mantiqueira, com sua paisagem e arquitetura europeias, é o cenário ideal para aproveitar os dias frios com clima de montanha, céu azul e ar puro. Isso sem falar nos bons restaurantes, hotéis e pousadas confortáveis e aconchegantes, nas lareiras quentinhas e nas lojas de malharia que são uma verdadeira tentação. 56 |

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A Osesp toca na abertura do festival, em 2009, no Audit贸rio Cl谩udio Santoro R O N N I E

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turismo campos do jordão

Música de primeira qualidade e bela vista: os pianistas Cristina Ortiz e Nelson Freire e a Pedra do Baú, uma das muitas atrações turísticas da cidade

Neste ano, o festival de música erudita está com uma programação ainda mais extensa e atraente do que nos anos anteriores. Serão 80 concertos no total, de 3 de julho a 1o de agosto, em vez dos 40 habituais, além de várias atividades educativas. O tema de 2010 é A Música e Seus Diálogos, e a lista de solistas é capaz de empolgar os exigentes frequentadores do circuito internacional. Só os pianistas brasileiros Nelson Freire, Cristina Ortiz e Arnaldo Cohen, mais o violinista Gilles Apap e o violoncelista Marc Coppey já valem uma porção de “Bravo!”. Treze orquestras vão acompanhar esses e outros grandes instrumentistas em concertos no Auditório Cláudio Santoro, no Palácio Boa Vista (capela), na Praça Capivari e nas igrejas de São Benedito, Santa Terezinha e Nossa Senhora da Saúde. Outra novidade desta edição é a realização de 11 eventos na capital, na Sala São Paulo e no auditório do Sesc Vila Mariana. Gilles Apap, considerado o melhor intérprete de Mozart e um dos maiores virtuoses do século XXI, costuma apresentar-se de calças jeans e camiseta de surfista e toca passeando entre os músicos da orquestra. O repertório de seu concerto terá Bach, Mozart, Vivaldi, country, folk, blues e música cigana. Outro destaque é Albrecht Mayer, primeiro oboé da Filarmônica de Berlim, para muitos a melhor do mundo. No posto desde 1982, ele está sempre em busca de novos repertórios para seu instrumento e emplacou um segundo lugar na lista dos mais vendidos no gênero música clássica na Alemanha. Levando-se em conta a popularidade de um instrumento como o oboé, é um feito digno de aplausos. A lista de tops da música tem também o Akademie Für Alte Musik Berlin (Akamus), um dos mais importantes conjuntos de câmara dedicados à música antiga; o Arditti Quartet, quarteto de cordas que executou as estreias mundiais de compositores como Cage, Stockhausen e Xenakis; e a pianista Maria João Pires, uma das maiores da atualidade, entre muitos outros. A programação completa está no site www.festivalcamposdojordao.org.br. 58 |

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O centro da Vila Capivari é ideal para fazer compras e flanar pelas calçadas

Muito para visitar O município de Campos do Jordão é bonito por natureza e também por obra e efeito da mão humana. Quem não dispensa uma boa sessão de compras pode começar pela Vila Capivari, que concentra lojas e restaurantes cheios de charme. Em dias de baixa temperatura e sol quente vale a pena flanar pelas calçadas limpas e bem cuidadas do centro comercial: dá para fazer de conta que se está na Europa. Depois, uma boa opção é visitar o Horto Florestal, que ocupa 40% da área do município e proporciona atividades culturais, lazer e esporte. A beleza vista por vá-

rias culturas pode ser apreciada nos jardins Amantikir, que reproduzem o paisagismo de algumas regiões do mundo. Tem também o Morro do Elefante e o teleférico, a Pedra do Baú, o bondinho com estrada de ferro, o Museu Felícia Leirner, a Casa da Xilogravura... O que não falta são lugares para visitar. Confira as atrações no site www.guiadecamposdojordao.com.br.

Restaurantes e bares Araucária Referência da alta gastronomia local, faz parte do Grande Hotel Campos do Jordão – Hotel-Es-

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baronesa, um café expresso com leite cremoso e chocolate belga gianduia. Avenida Alto da Boa Vista, 3025, tel. (12) 3662-1121, www. baronesavonleithner.com.br

O menu especial do Araucária neste ano tem medalhão de lagosta com purê de batata ao açafrão e bisque de pastis

cola Senac. Durante o inverno, serve um menu degustação criado pelo chef Alexandre Righetti, com amuse bouche, entradas fria e quente, peixe, ave, carne, sorbet, pré-dessert e dessert, tudo por R$ 145 (quem estiver hospedado no hotel tem 20% de desconto). Alguns dos pratos servidos são medalhão de lagosta com purê de batata ao açafrão e creme bisque ao pastis, supremo de galinhad’angola com purê de batata-doce ao creme de foie gras, timbale de vieiras com sauce vierge, tempura de camarão com flocos de batata e crocante com páprica e carré de cordeiro assado em baixa temperatura com crosta de pinholi, ravióli de batata-doce e queijo brie. Outra novidade de 2010 é o Menu Confiance, em que Righetti conversa com os clientes e elabora na hora um cardápio exclusivo de acordo com as preferências da pessoa, utilizando sempre os melhores e mais frescos produtos disponíveis. Av. Frei Orestes Girardi, 3549, Vila Capivari, tel. (12) 36686000. www.grandehotelsenac.com.br Baronesa Von Leithner Landscape Oferece um dos melhores espaços para apreciar o pôr do sol em Campos. Os destaques da cafeteria são o chocolate quente suíço, com leite vaporizado e pasta de chocolate belga, e a moka

O Le Foyer serve a melhor fondue da região em ambiente confortável e de bom gosto

Cervejaria Baden-Baden Ponto obrigatório na cidade, tem como destaques as cervejas artesanais da marca que dá nome à casa e o prato chucrute a garni, com joelho de porco, quatro tipos de salsicha e bisteca suína. Serve duas pessoas, por R$ 78,80. O ambiente, com mesinhas na calçada, é animado e descontraído. Rua Djalma Forjaz, 93, Vila Capivari, tel. (12) 3663-3610. Fazenda Lenz Gourmet Oferece programa duplo. Além da boa comida, com destaque para o bolo Lenz, de açúcar mascavo, frutas cristalizadas, uva-passa e nozes, tem um mirante de onde se avista o Vale do Lageado, um dos mais belos cenários da Serra da Mantiqueira. O espaço tem também trilhas, cachoeira, lojinha com artesanato, geleias e chocolates. Estrada Paulo Costa Lenz César, próximo ao Hotel Toriba, tel. (12) 3662-1421. www.lenz.com.br Le Foyer Localizado na pousada Château de la Villette, tem ambiente charmoso e elegante. Faz parte da Associação de Restaurantes da Boa Lembrança e serve a melhor fondue da região. Neste ano, a chef Dulce Martinez incluiu um novo sabor no cardápio, o de doce de leite. A chef sugere também a batata rösti com ragu de shitake como entrada e o confit de canard acompanhado de ri-

soto de arroz vermelho com maçã como prato principal. Rua Cantídio Pereira de Castro, 100, tel. (12) 3663-2767, www.lefoyer.com.br

Hotéis e pousadas Chris Park Hotel Situado no Morro do Elefante, a 1.760 metros de altitude, oferece uma visão panorâmica das montanhas e instalações confortáveis. Todos os apartamentos têm varanda, de onde é possível assistir ao nascer do sol. Tem piscina coberta e aquecida, sauna e academia, e fica a apenas três quadras do centro de Capivari. Alameda Pérolas, 182, Vila Capivari, tel. (12) 3663-1151. www.chrisparkhotel.com Pousada Butique de Charme Vila Natal Localizada na Vila Natal, a 4,5 quilômetros do centro da cidade, a pousada é famosa pela vista e pelo cuidado dispensado aos hóspedes. As roupas de cama e banho são da conceituada marca Trussardi, e os produtos de higiene da L’Occitane, grife francesa de alta qualidade. Rua Serafim Capela, 390, Vila Natal, tel. (12) 3664-4524. www.pousadavilanatal.com.br. Pousada Recanto das Araucárias Ideal para quem busca aconchego e contato com a natureza. Fica no alto de um vale, com vista para as copas das araucárias, e a apenas 10 minutos de carro do centro de Capivari. Av. Dr. Irineu G. da Silva, 1870, Recanto das Araucárias, tel. (12) 3662-7073. www.recantodasaraucarias.com.br r o n n i e

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CabeçaBoa O UNIVERSO DOS LIVROS, DISCOS E ESPETÁCULOS • P O R

S É R G I O

C R U S C O

CONTOS EM

CORES HISTÓRIAS BREVES DE JORGE AMADO GANHAM EDIÇÕES ILUSTRADAS POR ARTISTAS

Todos conhecem o Jorge Amado dos romances e das personagens – sobretudo as femininas – que hoje fazem parte do imaginário brasileiro, em boa parte por causa das produções para a televisão, que transformaram em mito figuras como Gabriela, Tieta e Teresa Batista. O Jorge Amado dos contos é pouco lido, mesmo porque o autor não fez muitas incursões no gênero das histórias curtas. Uma nova e bela edição da Companhia das Letras, porém, reúne três obras dispersas, escritas pelo baiano para revistas e coletâneas. A charmosa caixa Três Contos Ilustrados as traz interpretadas visualmente por artistas plásticos brasileiros e ainda conta com comentários de escritores e críticos sobre cada texto: De Como o Mulato Porciúncula Descarregou seu Defunto (ilustrado por Andrés Sandoval), O Milagre dos Pássaros (com desenhos de Joana Lira) e As Mortes e o Triunfo de Rosalinda (com o traço de Fernando Vilela). Nas narrativas breves, Jorge mantém os mesmos elementos que o fizeram célebre como romancista: as cores sensuais da Bahia, personagens marginalizados e românticos, a religião e os cultos populares. E boas doses de erotismo.

A caixa Três Contos Ilustrados traz obras publicadas originalmente em revistas e coletâneas

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LIVROS

UMA ILHA DE METER MEDO, DICAS DE MAQUIAGEM E A VIDA BREVE E CHEIA DE GRAÇA DE BUSSUNDA

ASSUNTOS DE MULHER

EMOÇÕES ARREPIANTES

PARA NÃO BORRAR O OLHO

BUSSUNDA E AS SANDÁLIAS

Marjane Satrapi ficou famosa com a autobiografia em quadrinhos Persépolis, que virou longametragem de animação. Em Bordados, ela retoma seu tema principal: a condição da mulher iraniana depois da Revolução Islâmica, que ceifou as liberdades civis, religiosas e comportamentais. Com seu traço simples e elegante em preto e branco, Marjane nos desvenda um mundo desconhecido: o da total submissão feminina em um regime fundamentalista. As histórias são reveladas em sessões familiares de bordado – que equivale ao nosso tricô e também designa a cirurgia de reconstrução do hímen, a que muitas mulheres iranianas se submetem para se safar das rigorosas leis de seu país.

Esta história de Dennis Lehane já havia sido publicada no Brasil com o título de Paciente 67. Com o sucesso do filme de Martin Scorsese, estrelado por Leonardo DiCaprio, volta às livrarias como Ilha do Medo. O herói, Teddy McDaniels, investiga o sumiço de uma mulher fortemente vigiada em um hospital psiquiátrico de Boston, numa ilha onde vários outros pacientes criminosos estão detidos. Teddy e seu parceiro na polícia descobrem que ali são realizadas experiências psicológicas radicais, com o intuito de aplicar essas técnicas na Guerra Fria. A situação fica ainda mais pesada quando um furacão se aproxima e irrompe uma rebelião entre os presos. De deixar os cabelos em pé!

Lauren Luke era uma simples garota (que trabalhava como motorista de táxi!) até entrar no site de vendas eBay para fazer um dinheirinho extra no comércio de cosméticos. Foi além: tornou-se especialista em maquiagem com os vídeos de dicas que postou no YouTube e, hoje, tem a a própria linha de produtos. Seu livro, Looks – A Maquiagem das Celebridades Passo a Passo, pretende ser mais que um guia para quem quer parecer a Lady Gaga, a Penélope Cruz ou a Beyoncé (artistas cujo estilo é analisado por Lauren). Há lições de automaquiagem em vários níveis: para as descoladas que conseguem passar batom conversando e para as que costumam borrar os olhos com o delineador.

O humorista Bussunda partiu há quatro anos, durante a Copa do Mundo na Alemanha, vítima de um ataque cardíaco. Sua história, até então, era pouco conhecida, e hoje é revelada na biografia escrita pelo jornalista Guilherme Fiuza em Bussunda – A Vida do Casseta. O autor narra as agruras do carioca Cláudio Besserman Vianna antes da fama, os tempos em que não tinha dinheiro nem para pegar ônibus até a revolução que ele e seus colegas fizeram no humor televisivo – depois de lançar os jornais Casseta Popular e Planeta Diário. Mesmo célebre, Bussunda era fiel a seu estilo carioca e despojado: dizia que seu sonho de consumo milionário era ter 40 mil pares de sandálias Havaianas.

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CabeçaBoa CD’S

SANDY SOZINHA E INTIMISTA, A HERDEIRA DE CLARA NUNES E AXÉ E ROCK EM DUETOS

ENFIM, SOLO

RODA DE BAMBAS

IVETE E AMIGOS

O BAÚ DE RENATO

Depois de anunciar o final da dupla que fazia com o irmão, Junior, Sandy passou dois anos longe do foco dos refletores. Não foram tempos de férias ou de plena lua-de-mel ao lado do marido, o músico Lucas Lima. Ela deu tratos à bola e imergiu em seu trabalho de compositora, cultivando canções suaves e intimistas, que ela mostra agora no primeiro álbum solo. Quem não se esquece dela como estrela da música pop vai se surpreender com seu novo som – Manuscrito é uma viagem acústica por vários ritmos, pontuados por letras confessionais e românticas. São músicas que provavelmente não lotarão estádios, mas criarão uma nova relação de Sandy com seus fãs.

Teresa Cristina, cria da nova boemia da Lapa carioca, firmou-se ao longo dos últimos anos como uma das mais interessantes intérpretes do samba – autêntica herdeira da linhagem de Clara Nunes e Beth Carvalho. Melhor Assim, seu novo trabalho (lançado também em DVD), é um apanhado de sua carreira, em que ela canta sucessos e mostra várias composições próprias. Caetano Veloso, Marisa Monte, Lenine, Seu Jorge e o parceiro Arlindo Cruz participam da festa, armada no Espaço Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Mesmo em um espetáculo de gala, a simpatia de Teresa Cristina nos dá a impressão de estarmos na intimidade de uma roda de samba, entre amigos.

O novo pacote CD/DVD de Ivete Sangalo não traz muita coisa inédita, mas fará a alegria do fã que é fã, por reunir encontros da cantora baiana que estavam dispersos em outros meios – vídeos, clipes e programas de televisão. Há cenas e sons de grandes espetáculos, em que ela divide o palco com Roberto Carlos, Alexandre Pires, Samuel Rosa, Gilberto Gil, Alejandro Sanz e outros astros. Mas também há momentos do tipo “um cantinho e um violão” ao lado de Maria Bethânia, Marcelo Camelo, Carlinhos Brown e Rosa Passos. Duetos é uma mostra da versatilidade de Ivete e traz uma diversão a mais: comparar, em cada imagem do DVD, as mudanças visuais da cantora.

Mais um projeto intitulado Duetos, este álbum desvenda raridades deixadas em velhos baús por Renato Russo. Há de tudo um pouco: uma parceria inédita feita com Marisa Monte, uma gravação de “Só Louco” com Dorival Caymmi (extraída de um programa de TV) e o hit “A Cruz e a Espada”, na companhia de Paulo Ricardo. Em outros casos, intervenções foram feitas postumamente, como “Like a Lover” (O Cantador), em que Fernanda Takai colocou a voz sobre a gravação original de Renato. É um disco desigual (inclusive em termos de qualidade sonora), mas muito interessante do ponto de vista histórico – e que vai agradar a quem foi fã de Renato e da Legião Urbana nos anos 80.

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CabeçaBoa FILMES

A ELEGÃNCIA COM CHANEL, ADOLESCENTES SUPERPODEROSOS E ALTO TEOR ALCOÓLICO

CHANEL ROMÂNTICA

DEUSES ADOLESCENTES

GUERRA NUA E CRUA

ASTRO EMBRIAGADO

Esta é a terceira produção que retrata Gabrielle Chanel – ou melhor, Coco Chanel (18831971) –, a mulher que mudou para sempre a cara da moda feminina. Rodada para a televisão e apresentada em DVD duplo, a minissérie pinta um quadro romântico da estilista, suprimindo passagens críticas de sua vida – a mais chocante: sua colaboração aos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Para quem gosta de histórias de amor, no entanto, o filme é prato cheio, narrando glórias e amarguras de duas grandes paixões da modista. O melhor de Coco Chanel é a presença de Shirley MacLaine interpretando a Chanel septuagenária, lutando para não perder o que tinha de mais precioso: sua marca.

A onda de literatura fantástica para adolescentes – detonada pelo sucesso da série de livros Harry Potter – gera várias crias no cinema, em produções cheias de efeitos visuais e doses de adrenalina que instigam os pequenos e os maiores. Agora é a vez de Percy Jackson, protagonista de várias aventuras criadas pelo autor americano Rick Riordan. Ele chega ao cinema na adaptação da primeira história, Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Percy é um adolescente aparentemente comum, não fosse o fato de ser filho do deus Posseidon e ter uma missão: chegar até o pilantra que roubou o raio de Zeus. Ele e mais dois amigos sobrenaturais cruzam os Estados Unidos para desvendar o caso.

Quem perdeu no cinema agora tem a chance de conferir, em DVD, porque Guerra ao Terror, de Kathryn Bigelow, foi digno de ganhar o Oscar de melhor filme. É uma produção das boas, que retrata, nua e cruamente, o cotidiano de uma tropa especializada em desarmar bombas, em missão no Iraque. O tom é quase documental – e a atuação realista do elenco nos garante a impressão de veracidade (com destaque para Jeremy Renner, na pele do intrépido e loucão sargento William James). Lá pelo final, o clima severo do filme é quebrado por um “momento doçura” ou “moral da história”, que os americanos tanto gostam. O que não chega a tirar o brilho e a força de Guerra ao Terror.

Jeff Bridges levou o Oscar de melhor ator pela interpretação do astro country decadente Bad Blake em Coração Louco. É uma história para quem gosta de dramas fortes: o filme começa com Brad em sua viacrúcis de bar em bar, cantando para um parco público que ainda lembra sua fama – e enchendo a cara com ele. A trama toma outro rumo quando ele conhece a repórter Jean (Maggie Gyllenhaal), que o entrevista, se vê apaixonada e começa a descobrir mistérios de seu passado – traumas que ele tenta esconder a todo custo. O ponto forte acontece quando Brad tem de se confrontar com seu antigo pupilo, Tommy (Colin Farrell), aprendiz que o superou em popularidade e fortuna.

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MENINOS, EU VI!

POR

MARCIA

CAMACHO

Woodstock brasuca Lembra do Festival de Iacanga, que reuniu relutantes da geração paz e amor em São Paulo? Eu estava lá!

ganhas!”. Depois, entrou a Vanderléa que, digamos assim, não combinava bem com o perfil do público. Foi ela cantar o primeiro “Por favor, pare agora!” para uma enxurrada de vaias fazer a estrela da Jovem Guarda encerrar antes da hora seu show. Uma pena. Para os resistentes que continuaram no lamaçal, como eu, a recompensa veio no encerramento: João Gilberto fez a melhor apresentação dos quatro dias. O repertório, é verdade, não tinha nada a ver com rock. Mas João Gilberto conseguiu hipnotizar o público. Voltamos de Iacanga com as marcas da lama nas roupas, nos sapatos, na pele. Parecia que nunca mais iriam sair. E quando cheguei em casa, achando que todos os problemas estavam resolvidos, dei de cara com minha mãe, furiosa, depois de ver flashes do festival pela televisão: “Nunca mais você...” Nem a deixei terminar a frase: “Não se preocupe, mãe, esse é o tipo de experiência que não me arrependo, mas também não penso em repetir.”

convi te che gou sem mui tas pre ten sões. O tio de uma ami ga mui to pró xi ma nos cha mou pa ra as sistir a um show nu ma fazen da do inte rior de São Pau lo. Is so foi há mais de 20 anos, e eu ti nha, naque la épo ca, 22 ani nhos. Mi nha mãe, sempre mui to cui dado sa, não viu pro ble ma em dei xar a fi lha viajar sob os cui da dos do tio de uma das ami gas pa ra quatro bu có li cos dias no cam po. Nem ela nem eu so nhá va mos que o tio era ape nas três anos mais ve lho que nós e que na fazen da aconteceria o Festival de Iacanga, a ver são bra si lei ra do Woods tock. Tive a primeira surpresa quando abri os olhos após uma noite de viagem numa caminhonete. Ainda meio sonolenta, saí do carro sem calçar as botas, e afundei, literalmente, num atoleiro que batia quase nos joelhos. Começava naquele minuto o que os amigos chamavam de “camping selvagem”. Não consegui mais me manter limpinha. Aquele foi o último ano do evento, também conhecido como Festival de Águas Claras, uma espécie de reunião da geração paz e amor, criado em 1975, e que teve outras três versões nos anos de 1981, 1983 e 1984. Surgiu na esteira do Woodstock, aquele célebre encontro musical-alternativo que reuniu 400 mil pessoas numa fazenda perto de Nova York em 1969. Nossa versão tupiniquim não deixou nada a desejar no que se refere ao uso do famoso tripé “sexo, drogas e rock and roll”. Eu, sinceramente, nunca fiz a linha patricinha, mas também não era o melhor exemplo de cultura hippie. Mas já que estava na lama, era para me sujar. Para uma permanência pacífica e o menos traumatizante possível: nada de comida. Minhas refeições se limitaram a líquidos. Radical? Você entenderia se tivesse conhecido, como eu, o banheiro improvisado no alto de um morro da fazenda. Também desisti de encontrar utilidade para todos os apetrechos de beleza que trouxe na mochila, como os cremes e o meu querido secador de cabelo (para você ver como fui iludida!). Só não abri mão de uma coisa: lavar os cabelos pelo menos uma vez por dia. Os banhos (coletivos) aconteciam numa espécie de bica ao ar livre, a maioria circulando pelada em banhos inspiradores. Montamos nossas barracas de camping formando uma meia-lua e mantendo todos os amigos juntos. Até que ficou aconchegante. O que não significa que alguém tivesse conseguido boas horas de sono. Era tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que ninguém queria dormir. Claro que tudo foi um choque. Para se ter ideia, as meninas andavam sempre juntas, mesmo na hora de fazer xixi. Éramos umas 15 mil pessoas e, seguramente, os “muito loucos” eram a maioria. No começo, existia até um certo clima de tensão de que a polícia poderia invadir a fazenda a qualquer momento ou que o excesso do uso de drogas pudesse causar alguma tragédia. Que nada! O clima paz e amor imperou absoluto. A sensação é de que todos que estavam ali queriam mesmo era curtir, curtir e curtir. E foi o que fizemos. Comecei trocando de namorado. Cheguei com um, voltei com outro. E olha que não foi apenas um “amor de festival”. Fiquei quatro meses namorando o rapaz que conheci em Iacanga. Os shows aconteciam sempre à noite. E foi mesmo inesquecível ver Raul Seixas (que mal conseguia cantar) com sua síndroÉramos umas 15 mil pessoas numa fazenda em Iacanga e, me de perseguição. Ele repetia a todo momento: “Eu sei que seguramente, os “muito loucos” eram a maioria vocês estão aqui me vigiando, eu sei que vocês estão aqui, me66 |

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