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www.d24am.com Domingo, 29 de agosto de 2010

Projeto Original CADERNO ESPECIAL DE CONSTRUÇÃO, IMÓVEIS E DECORAÇÃO

Crédito impulsiona mercado

AMPLIAÇÃO DOS RECURSOS PARA A HABITAÇÃO AJUDA A AQUECER A CONSTRUÇÃO CIVIL EM MANAUS E TODA A CADEIA DE PRODUTOS E SERVIÇOS QUE ENVOLVE O SETOR.


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BANCO AJUDA A IMPULSIONAR O SETOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO AMAZONAS E CRESCE A TAXAS ACIMA DA MÉDIA DO PAÍS

‘Manaus vira canteiro de obras’

Principal agente financeiro do setor habitacional e das obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Caixa Econômica Federal multiplicou as aplicações no Amazonas, ao saltarem de R$ 100 milhões, em 2008, devendo atingir R$ 1 bilhão este ano, o que ajudou a transformar “Manaus em um canteiro de obras”, na avaliação da superintendente regional Noemia Jacob, em entrevista a Jhemisson Marinho. Presente em seis municípios, o banco deve abrir este ano mais três agências no interior, em Coari, Maués e S. Gabriel da Cachoeira, e em 2011, outras dez agências no Estado, sendo quatro no interior e as outras em Manaus.

Qual é a participação da Caixa no Amazonas no financiamento de obras públicas e privadas. A Caixa há muito tempo é o braço do governo federal para os programas de desenvolvimento urbano, saneamento, habitação, drenagem, resíduos sólidos. Mas, além de ser um agente repassador de recursos de 18 ministérios, a Caixa tem uma participação como qualquer banco de mercado, tanto para as micro, pequenas e médias, quanto para as grandes empresas, como também um trabalho voltado para a habitação. Habitação é a cara da Caixa. Durante algum tempo a gente esteve no Amazonas aquém do que deveríamos. Qual o motivo? Primeiro houve uma situação específica no passado com a inadimplência, que era alta, impactava o fluxo para o reinvestimento. Mas havia também um risco jurídico muito grande que eram as dificuldades para a retomada dos financiamentos. Isso fazia com que o índice de aprovação financiamento fosse mais baixo do que no resto do País. Essa situação durou até que ano? Até 1998, ou 1999. Imagine um banco durante quatro anos operando pouco num

Instituição financiou de janeiro a julho deste ano, R$ 471,5 milhões, contribuindo para aquecer o setor da construção civil / Foto: Eraldo Lopes

produto que é o coração da empresa. Isso faz um feito devastador na própria empresa. Nós, empregados da Caixa, deixamos de ter aquela habilidade que tínhamos no crédito imobiliário e até retomarmos isso levou algum tempo. Neste governo a Caixa começou a assumir um papel muito forte, ao fazer uma opção como banco público de desenvolvimento e com isso retomou a dianteira dos créditos. Nós continuamos a ter a maior participação no crédito imobiliário no Amazonas, mas agora o banco também atua no financiamento dos empreendimentos e não só para pessoa física. Isso está fazendo toda a diferença. Nos últimos dois anos, a Caixa no Amazonas vem crescendo em percentuais superiores ao próprio crescimento da Caixa nacional, que já é grande. Dê umexemplodessa situação. Doanopassadoparaesteano, na faixa de baixa renda, a qual não tínhamos imóveis regularizados, nós crescemos mais de 239% entre janeiro e julho.

Qual a faixa de valor desses imóveis. Entre R$ 70 e R$ 80 mil. No total dos imóveis financiados para as demais faixas de renda, o crescimento de 2010 em relação a 2009 foi de 222%. A Caixa cresceu muito no ano passado e este ano as taxas continuaram crescendo a 46%. É fantástico, porque o crescimento já havia sido grande no ano passado.

Esse não é um problema exclusivo de Manaus. Talvez o País não estivesse preparado para esse desenvolvimento. Qual atuação da Caixa no financiamento dos grandes projetos? Até 2000, nós passamos mais de dez anos sem aplicar um tostão em conceito de

“O que está acontecendo com Manaus hoje? Manaus é um canteiro de obras de todos os tipos, do menor, para a classe média e os grandes empreendimentos”.

Quais são os valores efetivamente liberados? Até julho de 2009 foram emprestados R$ 146,3 milhões e este ano até julho de 2010 R$ 471,5 milhões. O que está acontecendo com Manaus hoje? Manaus é um canteiro de obras de todos os tipos, do menor, para a classe média e os grandes empreendimentos. Temos um mercado absolutamente aquecido e as dificuldades naturais desse processo. Dê um exemplo dessas dificuldades. A mão de obra, por exemplo. Há necessidade de qualificação e fica escassa.

Crédito para baixa renda evolui 239%, diz Noemia Jacob / Foto: Raimundo Valentim


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cheque, que mostre cartão de crédito, muito mais para provar a capacidade de pagamento. Identidade, residência, Imposto de Renda. Isso é exigido de quem compra e de quem vende. Fora isso tem o documento do imóvel, uma certidão de inteiro teor, que tira no cartório e informa a condição do imóvel. Para pessoa jurídica é necessário balanços e os documentos dos empreendimentos, o projeto.

Banco lidera a participação no setor imobiliário no Amazonas, destaca Noemia Jacob / Foto: Raimundo Valentim

reurbanização total, em abastecimento de água. A água passou a ser um foco do governo federal, com isso temos grandes investimentos na área de saneamento. Há a reurbanização. Antigamente você fazia um projeto grande e garantia com as emendas uma parte significativa desse recurso e tinha que ficar brigando pela outra parte do recurso. Hoje não, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) trouxe essa dimensão, com o conceito de reurbanização total. Um País como o nosso que tem um índice baixíssimo de esgotamento sanitário com esse programa passa a ter uma outra perspectiva. E os últimos três anos foram muito bons para a Caixa no Amazonas. Quanto o banco liberou nesse período? No PAC temos um total contratado de R$ 542 milhões. Quantas obras? São oito grandes obras. A principal delas é o Programa de Abastecimento de Água do Amazonas (Proama),deR$ 282 milhões. Do total desses recursos, 48,5% já foram liberados e há outras sendo feitas agora. Temos cerca de 60% das obras do PAC no Estado já feitas. Qual a projeção da liberação de crédito até o final do ano? Da habitação, por exemplo,

“Habitação é a cara da Caixa. Durante algum tempo a gente esteve no Amazonas aquém do que deveríamos”. temos projetos possíveis de serem assinados, algo em torno de 7 mil unidades para empreendimentos zero a três salários, que vão representar R$ 273 milhões. No total temos em torno de R$ 690 milhões ainda para aplicar em habitação até o final do ano. Temos obras interiorizadas. Autazes está quase terminando, assinamos Manacapuru e Silves. Isso é fundamental para o desenvolvimento do Estado. Para as obras públicas deveremos liberar ainda este ano de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões. No período eleitoral só liberamos o que já está efetivamente contratado. Qual a participação da Caixa no financiamento no Estado? Oitenta e cinco por cento. E espero que seja mais ainda, não é nenhuma pretensão. A Caixa quando entra no mercado ajuda porque ela faz com que todo mundo entre. Ela teve um papel de indutor do mercado na época da crise.

Essa participação cresceu do ano passado para este ano? Não. A gente manteve. Agora esse ano entram essas operações grandes do Minha Casa, Minha Vida e tenho certeza que quando chegar o final do ano a Caixa vai ter crescido bastante. Há outros bancos que estão trabalhando no mercado da habitação, como o Santander, por exemplo. Como a Sra. vê essa ânsia de outras instituições no setor? Eu acho muito bom. Concorrência é sempre bom para o consumidor e obriga todo mundo que já opera que tenha que ser mais efetivo, mais ágil, que cuide do preço. Ou seja, que as taxas sejam mais compatíveis. Temos clareza que o nosso papel principal é na faixa de baixa e média renda. O mercado é grande e a gente sozinho não vai dar conta. Isso é muito salutar. O Sinduscon sempre reclama da burocracia, que já reduziu muito segundo os construtores, mas ainda é tida como grande. O que fazer para reduzir esse entraves? Eu não diria que é burocracia. É necessário ter cautela em algumas situações. Quando você fala em construção civil, é fundamental ter a garantia de que aquela construtora vai entregar. A Caixa avalia a empresa para saber se ela

tem capacidade de concluir o empreendimento. Temos um seguro término de obras para que a gente não corra o risco de ter um empreendimento que a construtora, por algum motivo de mercado, tenha a possibilidade de contratar outra construtora para finalizar o empreendimento para o cliente e o mutuário não ficar prejudicado. Trabalhamos a garantia da segurança da operação, sem os excessos de precaução. Hoje a Caixa reduziu a sua matriz de avaliação em muitos documentos e começamos a ter muito mais empreendimentos e nossa equipe começou a avaliar de forma mais rápida. Quais os documentos que foram reduzidos na matriz de avaliação? Foram reduzidos em mais de 25%. Hoje temos dois tipos de documento, para pessoa física, que é muito simples, semelhante ao de um empréstimo, como capacidade de renda, além do contra-

“Agora o banco também atua no financiamento dos empreendimentos não só para pessoa física. Isso está fazendo toda a diferença”.

Como está o programa Minha Casa Minha Vida para o consumidor final ? Está muito bom. A velocidade de vendas dos empreendimentos das empresas que lançaram é muito superior a de faixas de renda mais alta. Para quem não precisa de moradia urgente, comprar imóvel na planta é muito vantajoso, pois compra mais barato e vai valorizando. Como no Amazonas temos poucos imóveis regulares nessa faixa de renda, o Minha Casa, Minha Vida veio atender. Para a população mais pobre, como o projeto assinado em junho com o Estado (Meu Orgulho), acredito que no começo do próximo semestre vamos abrir as inscrições. Quanto representa a demanda por imóveis na faixa de R$ 80 mil no Amazonas? Setenta por cento. Na Caixa temos muita gente com crédito aprovado sem ter conseguido o imóvel para financiar. Temacartadecréditonamãoe não tem o imóvel regularizado. Temos informações de que a Caixa no Amazonas, eventualmente, precisa buscar recursos de outras unidades pra atender o fechamento dos contratos, o que mostra a alta demanda local. A gente tem um orçamento destinado a cada programa, como o Minha Casa Minha Vida, que prevê 22,2 mil unidades. Na baixa renda conseguimos fazer uma coisa que há muitos anos não fazíamos, como a velocidade, a demanda e novos contratos gerassem a necessidade de buscar orçamento lá fora. Nos últimos oito anos, o Amazonas não utilizou o orçamento da baixa renda porque não conseguia fazer com que as construtoras se interessassem e este ano não só vamos cumprir o orçamento, como vamos extrapolar na baixa renda.


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INSTITUIÇÃO TENTA SE REESTRUTURAR NO MERCADO PARA A CONCORRÊNCIA COM OS GRANDES BANCOS DO SETOR

Caixa quer acelerar autorização de crédito A Caixa Econômica Federal, que tem 76% do mercado brasileiro de crédito imobiliário, se estrutura para dar o maior passo para acelerar a concessão do financiamento da casa própria no País.

O banco quer fazer com que o comprador de imóvel saia com o empréstimo aprovado dentro das imobiliárias e das construtoras, exatamente como acontece no mercado de veículos, em que o comprador sai da concessionária com o financiamento e o seguro do carro novo aprovados. A Caixa estuda acordos operacionais com as principais imobiliárias e construtoras do país e não descarta a possibilidade de comprar participações nessas empresas. O objetivo é manter a posição de mercado quando os concorrentes se estruturam para crescer no setor. “Precisamos de parceiros na geração do crédito imobiliário. São vários modelos: em alguns casos, pode aparecer via acordo operacional; em outros, a gente pode construir uma joint venture”,afirmou o vice-presidentedaCaixapar,MarcioPercival, braço de participações da instituição federal. A adesão da Caixa ao modelo de correspondente imobiliário, em que os corretores de imóveis fazem 90% da origem de crédito imobiliário, tem o potencial de mudar a forma com que o financiamento da casa própria acontece no País. O correspondente imobiliário terá treinamento para fazer simulações, esclarecer

dúvidas, identificar e propor o melhor caminho de financiamento para cada cliente. Poderá, inclusive, receber e conferir os principais documentos, encaminhando tudo para aprovação interna do banco, que dá a palavra final. “O controle de risco é da Caixa. Você não vai deixar um correspondente ou um corretor de imóvel aprovar o crédito. Mas é inegável que ele tem um papel importante. A rede da Caixa é muito grande e não vai parar de fazer crédito. Nós vamos alavancar mais esse processo”, observa. O modelo foi introduzido há três anos pelo Itaú, que fez parcerias com a Lopes e a Coelho do Fonseca, duas tradicionais imobiliárias de São Paulo. Na Coelho da Fonseca, 60% das vendas ocorrerão com financiamento imobiliário neste ano. Em 2008, só 20% das vendas tinham financiamento e, no ano passado, já eram 40%. “Antes, o financiamento era para quem não tinha dinheiro. Hoje, é justamente para quem tem alta renda e dinheiro para pagar à vista. Por que pagar à vista, se você pode fazer um financiamento com o menor juro do Brasil? O cliente acaba financiando e guarda os recursos para aplicar”, disse Cláudio Costa, gerente da Coelho. A Caixa também busca sócios para atuar na parte operacional e na arquitetura do crédito, como securitização de recebíveis de crédito. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

Crescimento do setor imobiliário deve ser acompanhado pela Caixa com a redução dos prazos para a concessão de crédito / Foto: Jair Araújo / 27/07/10


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AQUECIMENTO DO SETOR PARA A COPA DO MUNDO VAI GERAR DEMANDA POR MÃO DE OBRAS QUE JÁ ESTÁ EM FALTA

Construção deve abrir 20 mil vagas Tabajara Moreno Da Redação Manaus, Amazonas

O aquecimento da construção civil e a realização das obras da Copa do Mundo de Futebol de 2014 devem gerar mais 20 mil postos de trabalho no segmento no Amazonas, projeta o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (Sintracomec). A carência de 10 mil profissionais qualificados para atuar no mercado, esse ano, está deixando o setor em alerta.

Segundo o presidente do Sintracomec, Roberto Andrade, a procura é maior por profissionais como carpinteiros,

pedreiros, eletricistas e bombeiros hidráulicos. “Nós temos profissionais qualificados, mas a demanda cresceu muito. Esse ano, as construtoras estão sem contratar 10 mil por não ter gente capacitada para assumir as funções dentro dos canteiros”, conta. Para tentar contornar o déficit da mão de obra, as empresas estão investindo na qualificação de profissionais que realizam atividades parecidas nos canteiros com as de maior carência. Atualmente, o Sintracomec e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon), em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), estão capacitando 150 traba-

Programas de qualificação devem atingir 185 mil no País, segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil / Foto: Jair Araújo

lhadores nas áreas mais problemáticas do mercado. De acordo com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady, a enti-

dade deve qualificar em todo o País 185 mil pessoas para atuarem nas empresas do ramo por meio do projeto ‘Próximo Passo’. O programa é uma iniciativa dos ministé-

rios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Trabalho e Emprego (MTE) e do Turismo (MTur) e capacita integrantes do Bolsa Família para inserção no setor da construção civil e turismo. “Temos outros projetos de treinamento de mão de obra para poder atender a demanda crescente por profissionais do setor no Brasil. No Amazonas, as parcerias para capacitação ocorrem com as entidades do Sistema S, afirmou Safady. A escassez de profissionais qualificados na construção civil em Manaus tem levado as construtoras a ‘importar’ trabalhadores de outros Estados, grande parte do Nordeste, segundo as próprias empresas.


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PROFISSIONAIS HABILITADOS E QUALIFICADOS ESTÃO EM FALTA COM EXPANSÃO DO SETOR IMOBILIÁRIO DE MANAUS

Mercadoprecisademilcorretores

Mercado imobiliário em expansão precisa de maior número de profissionais qualificados para prestar consultoria venda e aluguel / Foto: Raimundo Valentim

Tabajara Moreno Da Redação Manaus, Amazonas

O mercado imobiliário amazonense tem espaço para, pelo menos, mais mil corretores de imóveis desenvolverem suas atividades, estimam os empresários do setor. O Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Amazonas (Creci) possui 6 mil profissionais cadastrados, mas segundo o Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis), somente 1,5 mil corretores estão aptos a trabalhar no Estado.

Os profissionais que exercem a profissão na informalidade e que não estão regularizados no Creci têm seu campo de atuação limitado, afirma o proprietário da Nortimóveis, Ricardo Benzecry. “Quem firmar contrato com profissional que não está em dias com o conselho pode ser multado”, disse. A Lei 6530/78, que regulamenta a profissão de corretor de imóveis e disciplina o funcionamento dos conselhos regionais, prevê aplicação de

Aquecimento do setor abre oportunidade para profissionais / Foto: Eraldo Lopes

sanções como multas e suspensão de inscrição aos corretores e empresas que exercem a atividade em desacordo com a legislação. Segundo Benzecry, a escassez desses profissionais no mercado também reflete o crescimento da construção civil no Amazonas. “O setor triplicou e a quantidade de profissionais não acompanhou isso”, disse. Corretor de imóveis há 17 anos em Manaus, o empresário Roberto Fiacadori, dono da MCI Imóveis, testemunhou a gradativa expansão do

setor na capital do Amazonas. “Manaus está caminhando para ser uma das grandes capitais brasileiras para o setor imobiliário”, avalia. Para Fiacadori, outro grande problema do mercado é a falta de especialização dos profissionais para a função. “Precisamos treiná-los para um atendimento muito profissional. O corretor fomenta o mercado. É responsável pela venda de empreendimentos dos mais caros aos mais baratos”, frisou. Os 120 corretores vinculados à MCI, conforme Fiaca-

dori, participam de treinamentos diários sobre técnicas de venda, atendimento ao cliente e conhecimento dos produtos do catálogo de vendas. “O resultado é extremamente positivo, pois com o aperfeiçoamento, o corretor consegue vender mais”, destacou. Há quatro anos atuando como corretora, Patrícia dos Santos, 26, entrou no ramo imobiliário como secretária em uma empresa. Aos poucos, ela foi se interessando pela profissão e, após três meses fazendo o curso de técnico imobiliário, voltado a formação de corretores, começou a trabalhar na nova função. “Hoje ganho em uma semana, três vezes mais do que ganhava com o meu salário mensal de secretária. Não quero deixar de ser corretora nunca”, disse. O curso de técnico imobiliário tem duração de três meses e custa em média R$ 1,5 mil. A lista com o nome das instituições autorizadas a oferecerem o curso no Amazonas pode ser obtida no Creci. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

“Quem firmar contrato com profissional que não está em dias com o conselho (de corretores) pode ser multado”. Do corretor e proprietário da Nortimóveis, Ricardo Benzecry.

“Hoje ganho em uma semana, três vezes mais do que ganhava com o meu salário de secretária. Não quero deixar de ser corretora nunca”. Da corretora Patrícia dos Santos, 26, que entrou no setor após fazer o curso técnico.

“Manaus está caminhando para ser uma das grandes capitais brasileiras para o setor imobiliário”. Do corretor e proprietário da MCI Imóveis, Roberto Fiacadori.


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RECURSOS DA POUPANÇA APLICADOS NO FINANCIAMENTO DA CASA PRÓPRIA TÊM O MELHOR RESULTADO EM 43 ANOS

Crédito imobiliário tem forte elevação Bancos podem oferecer maior parte do valor

Realização do sonho da casa própria eleva a procura pelo financiamento, segundo os dados da Abecip do primeiro semestre / Foto: Raimundo Valentim

O percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos no País, atingindo, no primeiro semestre, uma média de 61,9% do valor total da moradia, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que engloba todos os empréstimos feitos pelos bancos nesse período.

Em 2009, havia ficado em 61,1%, patamar bem acima do contabilizado um ano antes (58,6%). Os números registrados em 2004 (46,8%) e em 2005 (47,8%) mostram que os clientes dos bancos davam mais da metade do valor de entrada para realizar o sonho da casa própria naquela época de falta de crédito. Ao todo, nos primeiros seis meses deste ano, as operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões, registrando o melhor resultado para esse intervalo da série histórica, iniciada em 1967. De acordo com o presidente da Abecip, Luiz Antônio França, esse crescimento mostra “claramente uma antecipação de compras”,

devido, principalmente, às condições de crédito mais favoráveis,com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento. Para o executivo, a tendência é que o percentual continue subindo e a experiência mundial mostra que 80% é um patamar considerado sustentável. Um estudo encomendado pela Abecip à MB Associados mostra que não há indí-

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança atingiram R$ 23,8 bilhões, o melhor resultado para esse intervalo da série histórica.

cios de bolha imobiliária no País, como aconteceu nos Estados Unidos com a crise do ‘subprime’. O assunto está sendo debatido desde que esse segmento do crédito passou a bater sucessivos recordes e os preços dos imóveis começaram a subir, principalmente nas capi t ai s. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

CRÉDITO

FINANCIAMENTO DE IMÓVEIS Pencentual médio do valor total do imóvel emprestado pelos bancos *

47,8%

53,2%

56,4%

58,6%

O dado divulgado pela Abecip (61,9%) se refere à fatia financiada pelo tomador do empréstimo, mas os bancos oferecem a possibilidade de um percentual ainda maior. A Caixa Econômica Federal, líder de mercado com 67% dos empréstimos com recursos da poupança concedidos no primeiro semestre, financia até 90% do valor do imóvel. No Itaú Unibanco, maior banco privado do País e segundo nesse segmento, o montante pode chegar a 80%. Outro motivo apontado por França para a diminuição do valor de entrada é a atuação maior dos bancos no mercado de imóveis usados. Segundo o executivo, as pessoas costumavam usar outras maneiras de se financiar nesse caso, citando as compras à vista ou com parcelamento feito diretamente com o vendedor. “O papel dos usados é fundamental”, completa, citando os consumidores que saem de uma moradia para outra, seja por crescimento da família ou mobilidade. “Se há liquidez no imóvel usado, é mais fácil mudar, porque faz com que o mercado gire com mais fluidez”, observa.

Cresce oferta influenciada pela melhoria da atividade econômica 61,9% **

61,1%

R$ 23,8 bi foram fechados em operações de crédito, nos primeiros seis meses, o melhor resultado para esse intervalo da série histórica, iniciada em 1967.

46,8%

61,9% 2004 Fonte: Abecip

2005

2006

2007

2008

2009

*com recursos da poupança

2010

** No 1º trimestre

foi o percentual médio de financiamento dos imóveis no primeiro semestre no País.

450 mil unidades habitacionais devem ser financiadas no ano, segundo a Abecip.


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INDÚSTRIA AQUECIDA VAI DEMANDAR MAIORES ESPAÇOS PARA A LOGÍSTICA DE ARMAZENAMENTO DE COMPONENTES

Construçãodegalpões devecrescer 50% Com perspectivas otimistas, o setor da construção civil projeta números de crescimento expressivos, de até 50%, para o segmento de galpões industriais no próximo ano na capital amazonense aquecem o segmento.

Para executivos de construtoras e incorporadoras, o aumento da capacidade de produção das indústrias será fundamental para este avanço. É o que defende o diretor comercial da RD Engenharia, Fábio de Melo Rafael. “Este ainda é um negócio tímido e que teve uma retração com a crise econômica, mas o aquecimento da economia já é um

bom indicador. Para este ano, a perspectiva é de uma alta de 30% em relação ao ano passado”, explica. Foi a RD Engenharia quem construiu o complexo Distribution Park Manaus, na Avenida Torquato Tapajós, sob encomenda da norte-americana Hines, apresentado no ano passado como uma alternativa economicamente viável às operadoras de logística e às novas empresas com projetos de instalação ou expansão no Polo Industrial de Manaus (PIM). O executivo ressaltou o potencial de crescimento deste mercado na cidade. O centro de distribuição pelo sistema de condomínio é

IMÓVEIS

Economistas descartam bolha do setor no País Aaltados preços dos imóveis e o aumento do crédito para a habitação, não é resultado de uma bolha imobiliária semelhante à dos Estados Unidos, em 2007, que causou a crise financeiramundial. A avaliação é de economistas,comooprofessor dodepartamento de Economia e Análise da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Rodemarck Castelo Branco, par quem a expansão do crédito não surpreende e é um processo naturaldaestabilidadeeconômica. “A possibilidade de financiar um imóvel no longo prazo era impensável antes da estabilidade, quando a inflação era altíssima”,disse. Já o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1995/1998) José Roberto Mendonça de Barros avalia que o aumento dos preços dos imóveis se sustenta principalmente no crescimen-

to da demanda, provocada, em parte, pelo aumento da renda da população e pelas melhores condições de crédito. A situação não representa, ao menos em médio prazo e desde que mantidas as atuais condições, um riscoàeconomia. “Nossos estudos sugerem que não existe uma bolha imobiliária no Brasil. Não há qualquer exagero no volume de empréstimos e a proporção de recursos próprios usados na compra de imóveis ainda é muito alta. Além disso, os financiamentos são bastante controlados e o País está crescendo, o que faz com que a massa salarial e a capacidade de pagamento aumentem”, disse o economista responsável pela empresa MB Associados, contratada pela AssociaçãoBrasileiradas Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) para realizar um estudo sobreo setor.

um complexo com mais de 122 mil metros quadrados em dois galpões com capacidade para abrigar até 25 empresas. Após investir R$ 170 milhões no empreendimento, a empresa estuda abrir uma nova unidade, segundo informou Smith. O Distribution Park Manaus está localizado na Avenida Torquato Tapajós, a cinco minutos do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes. “As empresas ganham em economia de escala, com toda a parte de administração e manutenção rateada entre as partes”, explicou o executivo. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

Logística de armazenagem exige mais espaços e galpões para abrigar os produtos destinados ao Polo Industrial de Manaus / Foto: Raimundo Valentim


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SHOPPING TEM 60% DA ÁREA BRUTA LOCÁVEL COMERCIALIZADA ANTES DO LANÇAMENTO, ANUNCIA EMPREENDEDOR

Vendas do Ponta Negra surpreendem Beatriz Gomes Da Redação

Cinemas com poltronas que reclinam e até pipoca trufada

Manaus, Amazonas

Acomercializaçãode 60%da árealocáveldofuturo shopping ParquePontaNegra surpreendeu aincorporadoraJHSF, queem outubrofaráolançamentooficial doprimeirograndecomplexode usomistodeManaus. Às margens doRioNegro,o empreendimento vaiabrigar, alémdocentrodecompras,oito torres residenciais e umhotelem um terrenode84,5milmetros quadrados (m²)naáreamais valorizadadacidade.

Segundo o diretor de incorporações da JHSF, Rogério Lacerda, a valorização desses empreendimentos é mais rápida pelo alto valor agregado dos imóveis que dispõem de toda a infraestrutura para seus moradores. A companhia é responsável pelo sofisticado Parque Cidade Jardim, em São Paulo (SP), onde possui um dos mais conceituados shoppings da cidade. O investimento somente para o centro de compras será de R$ 300 milhões. “Depois de pronto estimamos uma receita das lojas de R$ 24 milhões anuais”, revelou Lacerda. A Direcional Engenharia, parceira no empreendimento, será responsável pela construção das torres residenciais e do hotel. De acordo com o diretor comercial da construtora, Guilherme Diamante, serão cinco torres com apar-

Serviços de alto padrão, com cinemas dotados de salas vips e salas de espera com toda a comodidade / Perspectiva de projeto

tamentos de dois e três quartos, duas torres com apartamentos de quatro quartos e uma torre de flats. “Todos estarão interligados ao Shopping Ponta Negra, mas independentes entre si, cada um com uma área de lazer voltada para os perfis dos moradores”, afirmou. O Valor Geral de Vendas (VGV) das torres é de R$ 150 milhões, ou quanto deverão valer a unidades após

a entrega do empreendimento. Ao todo, o complexo deve movimentar R$ 450 milhões. O Shopping Ponta Negra terá um mix de lojas que contempla lazer, diversão, moda, gastronomia, entretenimento, saúde, beleza, academia, choperia e restaurantes, além de serviços que atenderão às tarefas do dia a dia do cliente. Serão 170 lojas em três pisos na

primeira fase. Marcas como Renner, C&A e Riachuelo já confirmaram lugar no shopping, além das lojas ainda inéditas em Manaus, como a Livraria Cultura e a Etna. Entre os nomes locais confirmados estão Pão e Cia, Bemol e Cachaçaria do Dedé. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

O empreendimento reunirá cinemas de última geração da rede Cinepolis. Serão 12 salas, sendo quatro vips e uma 3D. As salas vips terão serviços de primeira classe, como poltronas reclináveis e mesas para refeições, serviço de bar com champagne, whisky Green Label e pipocas trufadas. Sucesso no shopping Cidade Jardim, em São Paulo, a JHSF precisou ampliar as salas vips por causa da alta procura. AJHSFé responsávelpelo planejamentoedesenvolvimentodo ShoppingPontaNegra,cuja comercializaçãoestá sendo realizadaem parceriacomaMetro. Aincorporadora FPARé sóciadaJHSFno shopping. Lacerda afirma que a expectativa gerada pelo conceito do empreendimento está sendo superada em Manaus. “A Ponta Negra possui uma forte demanda reprimida por um centro de compras e serviços, que tem perfil de alto padrão e falta de áreas comerciais, isso será suprido por esse empreendimento “mixed use”. Há muita comodidade para os moradores que interagem com áreas de serviços, compras e lazer”, explicou. A estimativa de inauguração do shopping Ponta Negra é no segundo semestre de 2012. A direção prevê a geração de 2 mil empregos durante a obra e 2,5 mil após a inauguração. O projeto arquitetônico é do escritório André Sá e Francisco Mota Arquitetos.

Lucro da JHSF cresceu 649% no último trimestre A incorporadora e administradora de shoppings centers JHSF Participações anunciou um lucro líquido ‘pro forma’ (com dados estimados) de R$ 19,5 milhões no segundo trimestre, desempenho 649% maior que o registrado em igual período do ano anterior. Com isso, a margem líquida da empresa saltou de 2,7% para 13,6%. “Tínhamos propriedades, como o

Shopping Santa Cruz e o Edifício Nações, que foram vendidas no fim de 2009. Para não distorcer os resultados, desconsideramos esses ativos na base comparativa do ano passado”, explica o vice-presidente e diretor de relações com investidores, Eduardo Camara. No período, a margem bruta apresentou uma melhora de 3,2 pontos porcentuais, passando de 32,9%

para 36,1%. No primeiro semestre, a companhia obteve lucro líquido pro forma de R$ 25,9 milhões. Entre janeiro e junho, a receita líquida da JHSF cresceu 18% em relação a igual período do ano anterior, para R$ 253,7 milhões, enquanto o Ebitda somou R$ 46,8 milhões, com alta de 53%. A margem Ebitda avançou de 14,2% para 18,5%. No período, a margem bruta da companhia

passou de 32,4% para 35,6%. No segundo trimestre, as vendas contratadas da companhia recuaram 13,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 225,3 milhões. No primeiro semestre, as vendas somaram R$ 327,9 milhões, mostrando alta 12,4%. No momento, a empresa trabalha na construção de três shoppings: o Bela Vista, em

Salvador, que deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2012; o Ponta Negra, em Manaus, com inauguração prevista para o início de 2012; e o Metrô Tucuruvi, em São Paulo, com inauguração prevista para o fim de 2011. O Bela Vista já tem 65% de sua Área Bruta Locável (ABL) comercializada, enquanto o Ponta Negra tem 80% e o Metrô Tucuruvi, 85%.


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FINANCIAMENTO

Finep vai selecionar propostas para setor de construção A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançou uma chamada pública para selecionar propostas voltadas ao fomento da infraestrutura laboratorial na área de construção civil. Podem participar Institutos Tecnológicos e de Pesquisa (ITPs), públicos ou privados, sem fins lucrativos, que atuem de acordo com as normas do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (Sinat). Serão disponibilizados R$ 15 milhões em recursos não reembolsáveis provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O prazo dado pela instituição ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) para o envio eletrônico da proposta vai até o dia 16 de setembro. Um dos objetivos específicos desta chamada é formar um conjunto de Instituições Técnicas Avaliadoras (ITAs) para ampliar a operação descentralizada do Sinat. Responsável pela avaliação e concessão do Documento de Avaliação Técnica (DAT) para produtos e sistemas construtivos inovadores, o Sinat serve de instrumento para produtores e agentes financeiros. Seu principal objetivo é harmonizar procedimentos para a avaliação de novos produtos para a construção, quando não existem normas técnicas prescritivas específicas aplicáveis ao produto. Cada instituição executora principal poderá participar com apenas uma proposta, exceto no caso de instituição composta por unidades localizadas em diferentes regiões do País. Nesse caso, essas instituições poderão apresentar uma proposta por região.


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DÍVIDAS ACUMULADAS PELO ANTIGO DONO E NÃO INFORMADAS AO NOVO NÃO DÃO DIREITO À RETOMADA DO BEM

Lei da Penhora protege comprador A nova Lei da Penhora protege os compradores de imóveis, que têm dívidas de financiamento. Nos casos em que o antigo dono não pagava as prestações, o banco solicitava a retomada do imóvel, e a venda era cancelada pela Justiça. Hoje, o novo morador que agiu com boa-fé ao fazer a compra, ou seja, não sabia da dívida, pode evitar a penhora.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Caixa Econômica Federal não poderá executar a penhora de um imóvel com dívida, em Goiás. O antigo dono deixou de pagar as prestações do empréstimo bancário e vendeu o imóvel. Como o banco quis cancelar a venda, o novo comprador recorreu à Justiça para ficar com o bem. A decisão vale para outros mutuários. Como o banco quis cancelar a venda, o novo comprador recorreu à Justiça para ficar com o bem. A decisão vale para outros mutuários.

Regras Para não perder todo o dinheiro já pago pela casa, muita gente vende o imóvel antes de ele ser penhorado. A dívida do antigo proprietário continua, mas o banco não conseguirá tomar a casa se o contrato for pelo Sistema Financeiro Habitacional (SFH) e tiver cobertura do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). Caso contrário, é possível a retomada do imóvel, explica a advogada especializada na área cível Renata Ferreira. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

Como o banco quis cancelar a venda, o novo comprador recorreu à Justiça para ficar com o bem, o que foi acatado. A decisão vale para outros mutuários.

Bens adquiridos para toda uma vida agora estão mais protegidos por dívidas eventuais dos seus proprietários, conforme prevê a legislação / Foto: Jair Araújo

Projeto impede uso do dinheiro da venda O dinheiro obtido com a venda da casa própria de uma família também poderá ser impenhorável, como já ocorre com a residência, desde que a família compre outra casa nos seis meses seguintes. A extensão da impenhorabilidade consta de projeto (PLS 60/06) que está em exame desde o final de julho, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), da Câmara dos Deputados, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). As informações são da Agência Senado. Ele argumenta que famílias donas um único imóvel para sua moradia são hoje impedidas de trocar de residência, caso tenham dívidas em execução, pois o dinheiro no banco pode ser apreendido por determinação judicial. Para ele, os congressistas de 1990, que aprovaram a Lei 8.009/90, queriam proteger a

Patrimônio da família deve ser preservado / Foto: Michael Dantas /26/07/08 morada da família, "e não a sua perenização em determinado imóvel, pois o foco não é a residência, mas a família". A proposta já recebeu parecer

favorável do relator, senador Marco Maciel (DEM-PE). Ele pondera que a atual legislação coloca em risco a proteção dada à família ao não prever a

impenhorabilidade do produto da venda da casa própria. A Lei 8.009/90 é o resultado de uma medida provisória (MP 143/90) assinada pelo então presidente José Sarney. O Congresso fez algumas modificações na proposta original e a proteção à casa própria da família entrou em vigor no final de março de 1990. A legislação protege apenas a residência de menor valor da família, caso ela tenha outros imóveis, salvo se outro tiver sido registrado, para esse fim, no Registro de Imóveis. A lei estabelece que as obras de arte e ‘adornos suntuosos’ da casa da família estão sujeitos à penhora. A própria lei também aceita penhora caso o proprietário não pague o seu financiamento habitacional ou a hipoteca da casa. Também aceita penhora para pagamento de pensão alimentícia.


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LEGISLAÇÃO DETERMINA QUE PROFISSIONAL DEVE APONTAR OS PROBLEMAS ESTRUTURAIS OU DE DOCUMENTAÇÃO

Corretor é obrigado a detalhar bem Rafael Nobre Da Redação Manaus, Amazonas

Os corretores de imóveis são obrigados pelo Código Civil a informar todas as condições estruturais e financeiras do imóvel, antes de realizado o contrato de compra e venda do bem, sob pena de responder criminalmente por perdas materiais e danos morais.

Até o momento nenhum corretor no Estado foi processado judicialmente nestas condições, informou a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Estado do Amazonas (Sindimóveis/AM), Jane Farias. “O corretor é obrigado a

executar a mediação com diligência e prudência, e a prestar ao cliente, espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do negócio, sob pena de responder por perdas e danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos acerca da segurança ou do risco do negócio e alterações de valores”, observa. “Com a nova redação do Artigo 723 o comprador do imóvel pode ter certeza de que o corretor vaideixar bemclaro quais as condições do imóvel, ou o próprio corretor será punido pelo Código Civil”, explica Jane. Os corretores trabalham sem salário fixo e dependem das comissões pela venda de cada imóvel. No caso de apartamentos e casas novas, a

Profissionais do setor comemoraram na última sexta-feira, os 48 anos de regulamentação no Dia Nacional do Corretor de Imóveis / Foto: Jair Araújo

construtora proprietária da obra repassa até 3% para a agência imobiliária e esta paga 1% de comissão ao corretor, sobre o valor total do imóvel.

Nos imóveis usados e prédios ou salas comerciais as construtoras pagam entre 5% e 10% às imobiliárias que repassam até 3% aos corretores.

Dia do corretor O Dia Nacional dos Corretores foi comemorado na última sexta-feira. A data marca os 48 anos da regulamentação da profissão no País. No Amazonas existem 3.100 corretores, sendo que 2.000 têm a corretagem de imóveis como atividade econômica secundária, conforme as estatísticas do Sindimóveis. Para trabalhar como corretor é necessário ter o diploma do curso técnico de Transações Imobiliárias com 12 meses de duração. Existe, ainda, o curso superior em Gestão Imobiliária que pode ser feito em dois anos e meio. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br


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EMPREENDIMENTO DA AGRE E ALIANÇA SERÁ IMPLANTADO NO DOM PEDRO, EM ÁREA PRÓXIMA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

Empresas anunciam nova fase do Paradise A Agre Empreendimentos Imobiliários e a Aliança Construtora fecharam a comercialização de todas as 206 unidades do Paradise Residencial Sky, em apenas cinco dias e anunciam o Paradise River.

O sucesso de vendas foi creditado à localização, na Avenida Pedro Teixeira, no Dom Pedro, próximo à futura Arena Amazônia, do Sambódromo, do novo shopping Ponta Negra, dois grandes hipermercados, além de área verde, escolas particulares, cursos de idiomas, farmácias e restaurantes. O Paradise faz parte de um pacote de investimentos de R$ 1,1bilhãodas duas construtoras para os próximos dois anos em Manaus. O condomínio residencial possui quatro torres, com 204 unidades de 64 metros quadrados, com dois dormitórios e uma suíte.A unidade de 84 metros quadrados possui três quartos,e uma suíte.Todos com opções de planta, terraço, cozinha americana integrada a sala e banheiros com iluminação e ventilação naturais. Segundo as empresas, todas as áreas comuns de circulação serão entregues prontas e decoradas com projeto paisagístico de Maura Jardins. A obra será executada pela Aliança Construtora e a incorporação pela Agre e Aliança. “O Paradise é ideal para quem já tem um apartamento e procura mudar para algo maior e melhor. O local onde será construído possui excelente infraestrutura”, avalia o

o diretor da Região Norte, Luiz Sérgio Brito. A empresa vai lançar, no mesmo local, o Paradise River, com as mesmas características, ou seja, uma torre com apartamentos de 64 metros quadrados e outras três com 83 metros quadrados. A empresa investiu em uma bem planejada campanha de mídia, acompanhada de ações pontuais, como a distribuição de folhetereria em locais estratégicos e a consulta à carteira de clientes, além de criar uma forte expectativa no mercado antes do lançamento com o mote ‘Dá pra valorizar. Dá pra viver’. “A qualidade e o conceito do produto, somados à localização privilegiada, foram itens essenciais para o recorde de vendas em tão pouco tempo”, observa o diretor técnico da Aliança, Daniel Santos. Nascida da fusão de três grandes incorporadoras, a Agre está entre as maiores empresas imobiliárias do país, presente em 16 Estados de todas as regiões e com mais de 60 empreendimentos entregues, totalizando mais de 7 mil unidades. As obras em andamento somam quase 5 milhões de metros quadrados de construção. A Aliança atua há 11 anos no mercado local e possui mais de 135 mil metros quadrados de construções de padrão elevado, voltadas para as fatias da renda A e B.

Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

Área de lazer do Paradise Sky, da Agre e Aliança, que possui projeto paisagístico de Maura Jardins, a ser erguido no bairro Dom Pedro / Perspectiva de projeto

Sucesso de vendas com a comercialização da primeira etapa em apenas cinco dias, parte dos negócios no estande do Amazonas Shopping / Foto: Divulgação


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AMBIENTES DEVEM RECEBER ILUMINAÇÃO DE ACORDO COM A FINALIDADE PARA DAR CONFORTO E DESCATAR DECORAÇÃO

Projetos devem valorizar a luz Rafael Nobre Da Redação Manaus, Amazonas

A iluminação é um aspecto da decoração que deve ser considerado ainda no processo de elaboração do projeto arquitetônico da imóvel. Uma reforma para adequar o ambiente para ter a iluminação desejada pode sair até 100% mais caro que a execução a partir do projeto de construção.

A utilização de luz indireta, jatos de luz ou aproveitamento da iluminação natural são instaladas durantes o processo de construção da obra. A arquiteta e urbanis-

ta com especialidade em lightdesign Dafne Ribeiro, aconselha que o projeto de construção considere a finalidade de cada ambiente. “Você não pode usar os mesmo tipos de luminárias ou intensidade de luz para todos os cômodos da casa. Cada local tem uma finalidade e os tipos de luz devem ser respeitados para casar os objetos de decoração com os móveis”, explica Dafne. Para uma sala de jantar o ideal é usar iluminação indireta e branca nas extremidades da sala, seguida por um ponto de luz sobre a mesa de jantar. A luz central pode ser uma luminária incandescente penden-

do no teto. A luz incandescente é mais indicada para sala de jantar, pois não interfere na cor dos alimentos. “As (lâmpadas) incandescentes possuem 100% de IRC (Índice de Reprodução de Cores) e não modificam as cores que percebemos nos alimentos”. Por esta razão, as incandescentes também são usadas próximas aos quadros e esculturas que precisam de iluminação. Deve-se ter cuidado com a intensidade da luz para não danificar a tela ou o revestimento da escultura. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br

Sobriedade e conforto com projeto de iluminação de sala de jantar projetada pela arquiteta e lightdesigner Dafne Ribeiro / Foto: Jair Araújo


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OBJETOS VALORIZAM OS AMBIENTES E SERVEM COMO PEÇAS IMPORTANTES NA DECORAÇÃO E NO CONFORTO VISUAL

Modelos são produzidos em diferentes materiais, como acrílico e cristal, com preços variados, especialmente se a peça for assinada / Fotos: Audimar Arruda

Lustres para todos os bolsos e gostos Rafael Nobre Da Redação Manaus, Amazonas

Utilizados desde o Egito antigo, os lustres são itens que passaram de simples iluminadores de ambientes para peças de decoração indispensáveis usadas de salas de estar a salões para grandes eventos.

Existem lustres de todas as formas, tamanhos e preços, cada um com uma função específica e que podem modificar completamente a ‘cara’ de uma ambiente, como disse o gerente de Casa dos Lustres, Joelson Souza. Os lustres podem ser instalados na parede, onde são denominados de arandelas, ou no teto, recebendo o nome de luminária, mas ambos são lustres. As arandelas são utilizadas em corredores e nos quartos, locais que necessitam de iluminação indireta e discreta. “As arandelas são procuradas por quem quer iluminar o ambiente de maneira simples, sem chamar atenção e ao mesmo tempo oferecer um charme lugar que é proporcionado pela luz indireta

e de baixa intensidade”, explica Souza. Para grandes espaços abertos onde a atenção está voltada para os objetos de decoração como esculturas e quadros, ou até mesmo a própria arquitetura do imóvel, o mais indicado é utilizar uma bela e grande luminária. Os modelos de cristal chegam a custar, no mínimo, quatro vezes o preço de um modelo de acrílico ou vidro. Para lugares externos os modelos mais indicados são os coloniais, no melhor estilo português do século 19. Uma luminária de cristal de 80 centímetros de comprimento por 50 centímetros de diâmetro, com detalhes folheados a ouro e sem assinatura de um designer, pode custar até R$ 4 mil. Um modelo assinado não sairia por menos de R$ 10 mil. Já uma luminária menor e de acrílico, com 40 centímetros de comprimento por 25 de diâmetro pode ser comprada por até R$ 140. O gerente disse chega a vender 80 unidades por mês. Fale com o editor redacao@diarioam.com.br


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