Novo atual maio e junho

Page 1

Maio/Junho 2014 | Ano VII | Nº 92 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

PRONTO-SOCORRO. QUAL SUA REAL FUNÇÃO? Conhecer a resposta para essa questão é o caminho correto para o bom atendimento, uma vez que a cada 10 pessoas que procuram o serviço, em média, seis não são casos de urgência. Ou seja, mais da metade vai ao pronto-atendimento de forma desnecessária. Confira mais na página 4.

>> Entrevista Dra. Lilian Pellegrini, reumatologista, fala sobre a esclerodermia sistêmica PÁG. 2

>> Curso Associadas podem se inscrever no Curso para Gestantes PÁG. 2

>> Ouvidoria A Medical conta, agora, com seu Departamento de Ouvidoria PÁG. 3


MEDICALATUAL | 2

Maio/Junho 2014

>> Entrevista

ESPESSAMENTO DE PELE E ATROFIA ESPAÇO SAÚDE PODEM SER ESCLERODERMIA Curso para gestantes SISTÊMICA Dra. Lilian Pellegrini - Reumatologista - CRM: 45.857

Você já ouviu falar de esclerodermia sistêmica? Trata-se de uma doença que provoca desordem sistêmica do tecido conjuntivo, que é representada por espessamento e fibrose da pele, rins, coração, pulmão, trato gastrointestinal e ósteoarticular. Quem explicara melhor sobre a doença é a médica reumatologista Dra. Lilian Pellegrini. “Os sintomas vão desde o espessamento da pele, falta de ar, dor articular, atrofia, úlceras digitais, entre outros”, explica. A esclerodermia sistêmica, de acordo com a Dra. Lilian, é uma

doença autoimune. “Há ativação do sistema imune contra o sistema conjuntivo do próprio organismo. Quanto às causas, existem fatores de risco, como instrumentos vibratórios, infecção viral, cloreto de vinil, anorexígenos, entre outros”, completou. Não há tratamento definitivo para a esclerodermia sistêmica, conforme explica Dra. Lilian. “O tratamento deve ser dirigido conforme o acometimento da doença e suas complicações”, finalizou.

EXPEDIENTE Informativo sem fins lucrativos, dedicado aos clientes Medical e à comunidade em geral, com o objetivo de informar a população sobre saúde e benefícios da Medical

Conselho editorial: Dr. João Carlos Rodrigues de Almeida, Dr. Luiz Pedro Prada Neto e Erika Cristina Nakahara. Projeto editorial: Renata Reis e Denis Martins. Jornalistas: Renata Reis (MTB: 58.974) e Denis Martins (MTB: 58.418).

Textos, fotos e diagramação: Renata Reis e Denis Martins. Projeto gráfico: Álamo Impressão: Gráfica Meio de Expressão Editora EIRELI EPP. Tiragem: 32.000 exemplares.

A Medical disponibiliza, às suas associadas, o Curso Para Gestantes, com programação para o ano inteiro. As vagas são limitadas e o próximo grupo começa as atividades a partir do dia 11 de junho. As atividades ocorrem às quartas-feiras, das 19h às 21h, no Auditório Medical e as inscrições podem ser feitas no Espaço Saúde Medical. As outras datas de início são: 30/07 - 17/09 e 05/11. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3446-4655 ou 34464646 (ramais 801 e 802).


MEDICALATUAL | 3

Maio/Junho 2014

>> Ouvidoria

DICA

MEDICAL LANÇA OUVIDORIA

A Medical possui agora seu Departamento de Ouvidoria, que tem por objetivo acolher as manifestações dos beneficiários, tentar resolver conflitos que surjam no atendimento ao público e subsidiar o aperfeiçoamento dos processos de trabalho da operadora, buscando sanar eventuais deficiências ou falhas em seu funcionamento. Por ser uma unidade de segunda instância, a Ouvidoria irá atender demandas de usuário que já passaram por atendimento em nosso departamento de Relacionamento ao Cliente (RC), sendo necessário o número do protocolo de

atendimento ou o contato do próprio beneficiário que registrou o atendimento. A responsável pelo setor é a assistente social Daiane de Oliveira, que atuava no Serviço de Atendimento ao Cliente e tem ampla experiência nessa área.

O telefone para mais informações é 3446-4646 (ramal 869).

Recomendações para uso dos repelentes tópicos Nunca usar antes de dois meses de idade (ideal após os 6 meses). A aplicação deve ser feita pelo adulto e somente nas partes do corpo permitidas e expostas, ou seja, evitar o uso sob as roupas (pois aumenta o risco de absorção); evitar aplicação nas mãos das crianças devido ao perigo de ingestão; na face, aplicar com as mãos, evitando as mucosas (boca, nariz, olhos); evitar aplicar nas genitais. Evitar reaplicações frequentes e retirar o repelente com água e sabonete ao voltar para ambientes fechados e sempre que for dormir. Orientações publicadas no “Boletim Pediatra Informe-se, de autoria de Zilda Najjar Prado de Oliveira e Selma Helene.

ALTERAÇÕES NO CORPO CLÍNICO Inclusão

Dr. Thiago Louza do Nascimento Fontenelle (Cirurgia vascular). Rua Pernambuco, nº 852. Fone: 3702-6873

Alterações de endereço

Dr. Romalino Marques (Cirurgia pediátrica). Rua João Machado Gomes Júnior, nº 13, Vila Claúdia. Fones: 3445-1260/3445- 1544

Alterações de telefone

Labcenter. Rua João Dadona, nº 36, Iracemápolis. Fone 3456-5683.

Esta é Eliane, mãe do Matheus Matheus nasceu na Medical e, com ele, nasceu também uma grande mãe: Eliane. O Matheus chegou para alegrar toda a família e tornou-se um grande presente. Nós, da Medical, desejamos ao Matheus uma vida cheia de presentes e agradecemos por poder fazer parte desse momento tão importante. PARABÉNS A TODAS AS MAMÃES

NOVAS EMPRESAS ATENDIDAS MARÇO *Ramos Telefonia e Equipamentos Ltda *Opy Viagens Turismo e Estudos Ltda *Márcia Ap. dos Santos Rezende – ME *Maria de Lourdes Barboza de Araújo Limeira – ME *Maste – Comércio de Móveis para Escritório Ltda - ME

*Prefeitura Municipal de Iracemápolis *Ourosul do Brasil Ltda – ME ABRIL *Sprogis Organização Contábil S/S Ltda *Autentcar de Limeira Auto Center Ltda *Companhia Energética Salto do Lobo - Matriz


MEDICALATUAL | 4

Maio/Junho 2014

>> Orientações

A BUSCA DESNECESSÁRIA POR ATENDIMENTO DE URGÊNCIA

A emergência representa uma situação ameaçadora, que requer medidas imediatas. Também significa acidente e necessidade urgente. A urgência no dicionário médico consta como um estado patológico que se instala bruscamente em um paciente, causado por acidente ou moléstia que surge, que deve ser feito com rapidez: acidentados, suspeita de infartos por dores no peito e formigamento, derrames, apendicite, pneumonia, fraturas, entre outras complicações. É fato que todos os hospitais passam por aumento incontrolável na demanda nos pronto-atendimentos, assim como também é muito claro que alguns fatores contribuem para este aumento vertiginoso. A direção da Medical listou, abaixo, alguns desses fatores e sugere reflexão. 1. A mudança na expectativa do cliente quanto à velocidade de resolução. Tenta se imprimir ao diagnóstico em saúde a mesma velocidade que outros setores apresentam. Hoje a informação corre quase que de forma imediata. Os serviços de comércio ficaram absurdamente ágeis. Você compra quase tudo em minutos e recebe em casa. Há uma corrente que compara a expecta-

tiva do doente com o atendimento semelhante ao de uma loja de conveniência, onde você pode encontrar tudo ali, imediatamente, sem esperar. Esse pode ser um erro fatal, uma vez que a evolução natural das doenças continua a mesma. Não há bola de cristal para o diagnóstico. Ele é um raciocínio de encaixe de peças que podem demorar a aparecer. 2. O desconhecimento sobre os PRÓDROMOS das doenças: conjunto de sinais e sintomas que precedem as doenças, muitas vezes em dias. Uma pneumonia começa com pouca febre e tosse, antes mesmo de aparecerem alterações nos exames de sangue e Raio-X. Acontece que um resfriado comum tem os mesmos sintomas. Ou seja, não é possível prever. É preciso esperar a evolução para completar o diagnóstico. Os atendimentos hoje estão repletos de pessoas com sintomas leves e de poucas horas. Sendo assim, todos vamos conhecer histórias de pessoas que procuraram atendimento duas ou três vezes antes de terem suas situações definidas. ISTO É NORMAL e não dá pra mudar. E cria a sensação, no indivíduo leigo, que ele não foi bem atendido. 3. A procura por justificativas de ausência (trabalho, escola, etc.) ou atestados clínicos (para academias, por exemplo). Os atestados clínicos para a prática

de exercício devem ser fornecidos após exame clínico ELETIVO, ou seja, nos consultórios. As justificativas de ausência, desde que causadas por doença, são de exclusiva decisão do médico que atende o paciente. Via de regra, é de bomsenso que as doenças que demandam afastamentos maiores sejam reavaliadas por um médico assistente, que pode ter uma visão melhor da evolução do caso. Sendo assim, é comum que pessoas com doenças de evolução mais arrastada, procurem o Pronto-Atendimento com frequência, para renovação de atestados. Isto não é correto tecnicamente e favorece a lotação das emergências. Sem comentar as tentativas de fraude, com simulação de sintomas. 4. A deterioração da relação médico-paciente ou equipe-paciente. Muitos atendimentos vêm impregnados de agressividade e desconfiança, que começaram ANTES mesmo da chegada ao PA. Médicos, equipes e pacientes precisam começar um atendimento desprovidos de sentimentos negativos e resolver as dúvidas, de todas as partes, de forma tranquila.

“Prontosocorrização” da Pediatria: colocando crianças em risco Por Mário Roberto Hirschheimer - Presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo

Para quem atende em prontos-socorros, é importante entender que o conceito de urgência e emergência é diferente para médicos e pacientes. Em grande número dos atendimentos, a urgência é a ansiedade da família e esta tem que ser entendida e atendida com muita paciência e sensibilidade. Entretanto, mesmo para problemas corriqueiros, por comodidade ou pela dificuldade de agendar um consulta ambulatorial, as mães não estão levando seus filhos para o consultório, mas para o pronto-socorro, sobrecarregando-o. Para muitas, existe o mito de sua resolutividade, onde o atendimento é imediato, sem marcação de horário, o médico já pede exames, faz o diagnóstico, indica o tratamento e o problema está resolvido. Essa ideia é completamente equivocada!

Há muito o pronto-socorro de Pediatria deixou de ser serviço para atendimento de urgências e emergências para se tornar serviço de conveniência! Esta situação está colocando toda a geração das crianças de hoje em risco! Nós temos que mudar isso! É muito importante que o pediatra que atende no pronto-socorro, ao dispensar o paciente, alerte sua família que lá só foi dada atenção inicial à urgência que motivou aquele atendimento. Saindo de lá, ela deve marcar uma consulta com o pediatra da criança. É no Atendimento Ambulatorial em Puericultura em consultório que a relação médico-paciente adquire peculiaridades diferentes, na qual a empatia é determinante para o sucesso do resultado pretendido. Uma assistência segmentada, prestada em pronto-socorro, é inapropriada porque não estabelece vínculos ou compromissos. Afeta um elemento essencial - a confiança. E confiança

não se impõe - se conquista! É no consultório do pediatra que a criança e sua família receberão não só a orientação sobre a continuidade do tratamento iniciado no pronto-socorro, mas principalmente um atendimento que promove a saúde e previne agravos, com as orientações sobre os cuidados que a criança requer para um bom crescimento e desenvolvimento. É dessa maneira que estaremos cumprindo o nosso principal objetivo, que é orientar a formação de futuros cidadãos saudáveis e capazes de construir uma sociedade melhor. Artigo publicado na edição 173 do “Boletim Pediatra Informe-se”, da Sociedade de Pediatria de São Paulo


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.