dezembro / 2018
Consciência ambiental marca oficinas O ano de 2018 foi de muito trabalho, desafios e bons resultados para o Programa Sesc de Voluntariado. De acordo com a assistente social da unidade de Erechim, Clari Ratkiewicz, a iniciativa teve uma procura bem positiva em todos os serviços oferecidos na região. Entre os destaques, ela cita o Curso de preparação para o voluntariado. “O público em geral e as instituições se organizaram para inscrever seus participantes, se capacitarem e melhor atender os seus usuários”, afirma a profissional. Por meio dessa capacitação, o Sesc Erechim ganhou neste ano uma voluntária para atuar em ações educativas no Mesa Brasil. “Ela realiza oficinas socioambientais, com materiais recicláveis, utilizando todo o excedente que iria para o lixo, como garrafas PET, papelão, sacolas plásticas, madeiras, roupas e tecidos, entre outros itens”, descreve.
Desafios constantes A terapeuta reikiana Marli Didoné, de 51 anos, queria muito ajudar a comunidade e descobriu no voluntariado uma forma de fazer o bem tanto para ela como para quem atua em entidades sociais. No final de 2017, ela fez o Curso de preparação para o voluntariado do Sesc/RS e passou a atuar como oficineira em instituições localizadas na parte norte do Estado. “Vejo o lixo e encontro nele formas de transformá-lo em algo bom. Como amo trabalhos manuais, pensei em passar um pouco desses conhecimentos para as pessoas”, explica a moradora de Erechim.
Após a formação, Marli passou a realizar oficinas junto ao Sesc/RS, com o intuito sustentável de reaproveitar, reutilizar e reciclar itens que seriam descartados. “Procuro passar uma nova consciência de meio ambiente, por meio de ações que possam gerar uma renda extra e a redução de consumo”, ressalta a voluntária. Em parceria com o Programa Mesa Brasil, a terapeuta realizou várias oficinas em 2018, como em um asilo no município de Jacutinga, e uma entidade para recuperação de dependentes químicos, em Gaurama. “Trabalhei com artesanato e customização de roupas para transformação. Matérias-primas, como sacolas e garrafas plásticas, são repassadas pelas próprias instituições”, relata a oficineira. Para as festas de final de ano foram feitas recentemente duas capacitações no Sesc/RS Erechim voltadas a decorações natalinas. “Produzimos guirlandas com sacolas plásticas e rolinhos de papel higiênico”, conta Marli. Mais de 100 pessoas, segundo ela, foram beneficiadas pelas ativi-
Clari Ratkiewicz/Sesc Erechim
Unidade do Sesc/RS no norte do Estado realizou diversas ações educativas na região, com auxílio de terapeuta que trabalha com materiais recicláveis nas entidades sociais, como alternativa para geração de renda e consumo mais sustentável
dades disponibilizadas na região. “Sinto-me realizada com esse trabalho. Termina uma oficina e vêm pessoas me dar um abraço, agradecer”, comemora. Conforme a voluntária, a procura pelo curso tem sido grande, mas ainda são poucos que se dispõem a esse tipo de trabalho. “Muitos se envolveram com outras entidades, nis quais se identificaram. Escolhi o Sesc/RS e pretendo me tornar uma oficineira profissional”, planeja ela, que se dedica um dia por semana às programações. “A equipe do Sesc faz os agendamentos. O voluntariado para mim significa o campo em que eu posso jogar as minhas sementes. As que brotarem é muito bom”.
Participe do voluntariado A assistente social Clari Ratkiewicz acredita que o Programa Sesc de Voluntariado está tendo cada vez mais interesse da população, que busca a unidade para participar dos cursos e oficinas, além de fazer parte dessa rede de solidariedade. Interessados em integrar
a iniciativa podem acompanhar o trabalho realizado pela unidade em www. facebook.com/sescerechim. A unidade fica na rua Silveira Martins, 583 – sala 1. Mais informações pelo telefone (54) 3522-8076 ou no site www.sesc-rs.com. br/acaosocial/voluntariado.
na prática
com a palavra, o Centro de Valorização da Vida de Ijuí
O Centro de Valorização da Vida (CVV) de Ijuí, associação civil sem fins lucrativos e filantrópica, é reconhecido como de Utilidade Pública Federal e oferece serviço voluntário gratuito de apoio emocional às pessoas que desejam e precisam conversar sobre suas dificuldades e problemas. O movimento nacional do CVV existe desde 1962 e cerca de 9 mil ligações são recebidas diariamente em 604 postos espalhados pelo país, de forma anônima e sigilosa. Gilberto Woitchunas, presidente do Centro de Apoio à Vida de Ijuí (Cavi), mantenedora do CVV, compartilha que a iniciativa é delicada, pois emprega grande carga emocional sobre os voluntários, mas com-
pensadora. “O atendente do CVV é um ouvido, escutando, acolhendo e dando amor com 100% de atenção para que as pessoas possam compartilhar seus pensamentos e batalhas – independentemente do assunto.” O posto de Ijuí agrega 16 pessoas voluntárias que atendem os telefonemas, contando também com o apoio de 4 profissionais de psicologia. Em funcionamento desde novembro, a unidade teve formação iniciada no mês de março, com visitas periódicas da mantenedora durante 9 semanas para aprender sobre todo o processo de abertura e estruturação na cidade de Três de Maio. O Sesc/RS promoveu em junho deste ano seu curso de volunta-
Divulgação/Centro de Apoio à Vida de Ijuí
Acolhimento para todos
Grupo de colaboradores passou por formação para viabilizar o projeto em Ijuí riado para capacitar membros do Cavi e demais interessados, incluindo pessoas agora ativas no trabalho realizado pelo CVV em Ijuí. Mais informações do serviço podem ser requisitadas pelo número 188, em ligação gratuita.
com a palavra, o voluntário
Praticando a mudança Arquivo pessoal
Mara Waschik conheceu o trabalho promovido pelo Centro de Valorização
Mara Waschik é voluntária e reforça a prática como suporte pessoal
da Vida por meio da Casa de Auto Mútua Ajuda (AMA), entidade que frequenta desde 2013 e que integra a rede da Associação da Saúde Mental de Ijuí (Assami). Em busca de mais conhecimentos sobre a prática do voluntariado e a conexão com mais interessados, aproximou-se do CVV durante o Curso de preparação para o voluntariado do Sesc, que fundamenta os papéis e responsabilidades no auxílio ao próximo e também potencializa a estruturação de normas básicas no funcionamento das organizações. O evento reuniu a comunidade de Ijuí e entre eles
estava Gilberto Woitchunas, presidente da mantenedora do CVV e marido de sua amiga Vera, também integrante da Casa AMA. A partir do enfrentamento de depressão e das experiências já vividas na comunidade, com trabalhos e conscientização sobre temas como a prevenção ao suicídio, Mara abraçou a causa. “É uma verdadeira realização ser agente de mudança, assumindo responsabilidades com os outros. Faço do problema pelo qual passei um aprendizado, podendo ajudar. Assim, sinto-me mais fortalecida, viva e útil”, compartilha.
AGENDA
Veja as próximas atividades de formação dedicadas ao Programa em www.sesc-rs.com.br/acaosocial/voluntariado