A COMUNICAÇÃO PAULINA E AS PRÁTICAS PUBLICITÁRIAS: SÃO PAULO E O CONTEXTO DA PUBLICIDADE E PROPAGANDA1 Denis Gerson Simões
Introdução Perpetuando-se no passar de mais de dois mil anos, o cristianismo é, na atualidade, a maior crença religiosa do Ocidente. Proveniente do judaísmo, a cultura cristã se difundiu no passar dos séculos e alcançou comunidades nos diferentes continentes. Trata-se de um pensamento que atuou fortemente nos rumos da humanidade nos últimos 17 séculos, influenciando até mesmo as bases muçulmanas, e pautou o universo mítico de seus seguidores. Todavia, essa expansão não ocorreu por geração espontânea. Os processos comunicativos foram fundamentais para essa disseminação religiosa, que transpôs barreiras culturais e acabou por mudar o cotidiano de muitos povos. Os primeiros cristãos foram essenciais na divulgação da palavra de Jesus de Nazaré (com ênfase em seus apóstolos), tornando pública sua mensagem e construindo mecanismos de publicizar a Boa Nova. Promovendo uma análise, com enfoque especial nos estudos da publicidade e propaganda, observa-se que o texto bíblico não só se faz relevante como fonte da doutrina cristã, como também nele acabaram registrados processos comunicacionais de importância ímpar para a expansão desta crença religiosa. Assim, a análise destes dados passa a tangenciar o universo teológico, propiciando sua discussão também em outros campos e enfoques. Com base nisto, é possível afirmar que estes registros sacros correspondem a destacadas fontes primárias da história da comunicação.
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Este artigo é produto do Trabalho de Conclusão de Curso, intitulado “A comunicação paulina e as práticas publicitárias: análise das cartas canônicas de São Paulo via o contexto da publicidade e propaganda”, da graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), apresentado por Denis Gerson Simões, em dezembro de 2007, com orientação do Prof. Dr. Valério Cruz Brittos.