Fiar a vida e juntar os pontos. Devagar, unindo as múltiplas cores e origens dos fios. Ajustar, alinhar e tecer. Eis a multiplicidade do pano da vida, que tanto mais bela quanto mais plural for a hospitalidade à diferença. Não se trata de impor ou aceitar a convicção alheia, mas de tecer a vida por um respeito e diálogo com a diversidade política, filosófica e religiosa. O Diálogo interconvicções, debate oriundo do campo acadêmico francês nos últimos anos, tem, justamente, no contato com o Outro um campo fértil de relação com o plano real da vida, com vistas à consciência humana sobre as próprias convicções e a necessidade concreta de respeito e convívio com o mundo contemporâneo, pleno de desafios, contradições e possibilidades.