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Os Cadernos IHU ideias apresentam artigos produzidos pelos convidados-palestrantes dos eventos promovidos pelo IHU. A diversidade dos temas, abrangendo as mais diferentes áreas do conhecimento, é um dado a ser destacado nesta publicação, além de seu caráter científico e de agradável leitura.


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As nanotecnologias no ensino

Solange Binotto Fagan ano 7 - nยบ 125 - 2009 - 1679-0316


UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS – UNISINOS Reitor Marcelo Fernandes de Aquino, SJ Vice-reitor José Ivo Follmann, SJ Instituto Humanitas Unisinos Diretor Inácio Neutzling, SJ Gerente administrativo Jacinto Aloisio Schneider Cadernos IHU ideias Ano 7 – Nº 125 – 2009 ISSN: 1679-0316

Editor Prof. Dr. Inácio Neutzling – Unisinos Conselho editorial Profa. Dra. Cleusa Maria Andreatta – Unisinos Prof. MS Gilberto Antônio Faggion – Unisinos Profa. Dra. Marilene Maia – Unisinos Esp. Susana Rocca – Unisinos Profa. Dra. Vera Regina Schmitz – Unisinos Conselho científico Prof. Dr. Adriano Naves de Brito – Unisinos – Doutor em Filosofia Profa. MS Angélica Massuquetti – Unisinos – Mestre em Economia Rural Prof. Dr. Antônio Flávio Pierucci – USP – Livre-docente em Sociologia Profa. Dra. Berenice Corsetti – Unisinos – Doutora em Educação Prof. Dr. Gentil Corazza – UFRGS – Doutor em Economia Profa. Dra. Stela Nazareth Meneghel – UERGS – Doutora em Medicina Profa. Dra. Suzana Kilpp – Unisinos – Doutora em Comunicação Responsável técnico Jacinto Aloisio Schneider Revisão Vanessa Alves Secretaria Camila Padilha da Silva Editoração eletrônica Rafael Tarcísio Forneck Impressão Impressos Portão

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Instituto Humanitas Unisinos Av. Unisinos, 950, 93022-000 São Leopoldo RS Brasil Tel.: 51.35908223 – Fax: 51.35908467 www.ihu.unisinos.br


AS NANOTECNOLOGIAS NO ENSINO Solange Binotto Fagan

A nanociência e a nanotecnologia estão sendo consideradas áreas de grande potencial científico e tecnológico, e são definidas como multi ou transdisciplinares por natureza. Esta multidisciplinaridade enriquece o conhecimento nas áreas, mas também coloca um grande paradigma para o setor da educação: Como trabalhar temas multi ou transdisciplinares em nanociências que transcendem um determinado campo do conhecimento no qual os educadores possuem uma formação disciplinar específica e uma linguagem diferenciada? Como trabalhar temas com esta complexidade em diferentes ramos da sociedade desde o ensino fundamental até a sociedade em geral? Estas questões não têm respostas concretas, pois são alguns dos paradigmas que emergem juntamente com estas novas áreas. Diante disso, tem-se uma única certeza, devemos ter profissionais que possam transmitir esse conhecimento com perfil diferenciado, ou seja, com uma qualificação que transcende a disciplinaridade. Desta forma, este profissional tem a possibilidade de explorar, no ensino, o potencial da nanotecnologia, demonstrando os verdadeiros riscos e benefícios que esta área impõe em diversos ramos do conhecimento. Também se deve levar em conta a urgência de tratar estes temas frente aos trabalhadores e à sociedade em geral, já que os primeiros produtos da nanotecnologia começam a aflorar no mercado. Introdução A ciência busca constantemente solucionar problemas científicos que, aliados a novas tecnologias, podem modificar drasticamente a vida das pessoas do ponto de vista social, econômico e cultural. Desde o final do século XX, uma nova perspectiva tecnológica tem sido avaliada, a qual se baseia na manipulação da matéria em escala nanométrica, a chamada “nanotecnologia” (TOMA, 2004). Neste contexto, todos os cidadãos inseridos na sociedade devem ter acesso ao conhecimento mínimo desta ciência e tecnologia que está aflorando. Portanto, torna-se essencial que desde a criança inserida no ensino funda-


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mental até o trabalhador que manipulará nanomateriais conheçam o potencial da nanotecnologia, assim como os riscos e os benefícios de seu uso. Primeiramente, vamos definir o termo nanotecnologia que, de forma resumida, é associado à manipulação de estruturas atômicas e moleculares para aplicação em tecnologias que estão presentes em uma escala que corresponde a um bilionésimo de metro (10-9m), denominada “nano”. Paralelamente, a ciência que envolve o conhecimento das propriedades e potencialidades nessa escala nano é denominada nanociência (TOMA, 2004). Já está estabelecido entre pesquisadores, atuantes na área de nanociências, que a nanotecnologia promete revolucionar a forma como vivemos, nos comunicamos e como trabalhamos. Percebe-se, na nanotecnologia, o potencial para que doenças incuráveis sejam tratadas, materiais com propriedades excepcionais nunca observados sejam obtidos, gerando perspectivas de grandes mudanças sociais e econômicas (GRUPO ETC, 2005). Países desenvolvidos e em desenvolvimento, como no caso do Brasil, acolhem a nanotecnologia como área prioritária e estratégica para a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico da nação (MCT, 2008). Portanto, é essencial que a sociedade em geral conheça o que é a potencialidade e as consequências da nanotecnologia, visto que esta área promete realizar uma nova revolução tecnológica. Diversos países já possuem disciplinas que abordam temas específicos de nanociência e nanotecnologia, desde o ensino infantil até o ensino superior (ST HELENA SECONDARY COLLEGE, 2008; NATIONAL NANOTECHNOLOGY INITIATIVE, 2008). No Brasil, temos também cursos de pós-graduação multidisciplinares específicos na área de nanociências como na UNIFRA, Santa Maria, RS, onde temos o Mestrado em Nanociências (MESTRADO EM NANOCIÊNCIAS, 2008) e na Universidade Federal do ABC (UFABC/SP) com o curso de Mestrado e Doutorado em Nanociências e Materiais Avançados (PÓS-GRADUAÇÃO EM NANOCIÊNCIAS E MATERIAIS AVANÇADOS, 2008), desta forma, retratando a importância de levar o conhecimento desta emergente área para a formação do cidadão informado e crítico. 1 Nanociências, Nanotecnologia e Ações Educativas 1.1 Nanociências, nanotecnologia e seu potencial Inicialmente, ao pensarmos como abordar temas relacionados às aplicações e o potencial da área de nanociências, devemos entender melhor o que é a escala nano. Para tanto, é necessária a definição das principais características das dimensões macro, micro e nanométrica.


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O termo macroscópico é geralmente utilizado na descrição de objetos físicos que podem ser mensurados e observados a olho nu. De forma geral, podemos relacionar como macroscópicas as escalas de comprimento que variam de 1 mm até 1 km. Na física, a macroscopia pode ser uma peculiaridade aplicada, relativamente, a quem está na condição de observador.

Figura 1 – Esquema relacionando as escalas macro-, micro- e nanométrica com seus respectivos exemplos.

Por outro lado, a percepção microscópica pode demonstrar características mais gerais da composição do material em uma escala de comprimento que varia de 1 mm a alguns mm (1 mícron corresponde a 10-6 m). Um dos exemplos típicos são as células sanguíneas, como as hemácias que constituem o sangue e que estão em uma escala de alguns mícrons. Já a nanoescala vai além, nesta dimensão, denotamos a composição atômica e molecular de qualquer material presente na natureza. Nesta escala, estamos tratando de sistemas com dimensões de alguns nanometros (10-9m) a alguns Ângstrons (10-10 m). A Figura 1 apresenta um esquema relacionando as escalas macro-, micro- e nanométrica com exemplos específicos. Podemos citar, na escala nanométrica, moléculas como o fulereno (KROTO, 1985), a qual é uma molécula orgânica que tem sido alvo de muitas pesquisas para aplicações nanotecnológicas. Também nos referimos à porfirina, que é uma molécula presente


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na hemoglobina e é responsável pelo transporte dos gases no sangue. Por outro lado, na escala microscópica, podemos citar as células vivas presentes no nosso organismo, como, por exemplo, as hemácias. Deste modo, quando estamos interessados em manipular, de alguma forma, a matéria em uma escala nanométrica temos, como consequência, a nanociência e a nanotecnologia, as quais buscam, respectivamente, explorar o potencial científico e tecnológico nessa nova dimensão. O prefixo nano foi popularizado nos anos 80, a partir de especulações com bases científicas contidas no livro “Engines of Creation” (Motores da Criação) de Eric Drexler (1986), o qual se baseia em uma tecnologia molecular, onde seria possível a construção átomo a átomo de dispositivos inovadores para o ser humano. Podemos ressaltar que os materiais para serem aplicados na nanotecnologia, os quais são denominados nanomateriais, podem ser obtidos a partir de duas abordagens: (i) de baixo para cima, do inglês bottom-up, que trata da agregação de átomos e moléculas de forma auto-organizada, ou seja, desenham-se estruturas moleculares de acordo com a necessidade de aplicação científica ou tecnológica e (ii) de cima para baixo, do inglês up-bottom, que retrata a obtenção de nanomateriais por meio da redução do tamanho das estruturas macro- ou microscópicas (POOLE, 2003). Uma das grandes potencialidades da obtenção de nanomateriais está associada ao aumento, de forma acentuada, da área superficial da estrutura quando reduzimos o tamanho desta, ou seja, quando passamos de uma escala macro- ou micropara a nanoescala. Este fato faz com que estas nanoestruturas tenham uma grande expectativa de aplicação, por exemplo, em termos de sensores de moléculas de interesse químico (remoção de gases tóxicos, transporte de medicamentos no organismo etc.) ou biológicos (interação com proteínas, detectores de vírus, aminoácidos etc.) (SOUZA FILHO e FAGAN, 2007). Ou seja, com uma quantidade reduzida de material base (nanoestruturas) podemos aumentar, gradativamente, a interação com as estruturas de interesse. Atualmente, a nanotecnologia tem sido um tema muito atrativo, tanto para a academia como para a população em geral. Isso se deve ao fato da divulgação da possibilidade desta tecnologia extrapolar os limites do nosso entendimento sobre como poderemos viver e nos relacionar em um futuro próximo. Por outro lado, a linguagem e os termos técnicos utilizados nesta área são impasses importantes na transmissão deste conhecimento, principalmente, no conhecimento científico associado à multidisciplinaridade. Este fato não é diferenciado na área de nanociências. Um dos maiores empecilhos para o pleno entendimento da área é a linguagem, pois, diferentes áreas do conhecimen-


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to tratam o mesmo fenômeno, usando termos diferenciados. Desta forma, uma provável saída para este problema é a formação ampla e multidisciplinar de profissionais com uma linguagem apurada na área de nanociências, de forma a tornar claro para todos os segmentos da sociedade o que realmente é a nanotecnologia e suas aplicações. 1.2 Ensinar nanociências e nanotecnologia A nanotecnologia é uma área multi ou transdisciplinar e, neste cenário, o aprendiz deve ser capaz de entender ciências básicas como física, química e biologia para entender o real potencial da nanotecnologia, assim como relacioná-las para visualizar a sua aplicação. A interação entre estas ciências básicas, bem como suas técnicas de manipulação, é que torna a nanotecnologia uma área extremamente promissora. Esta interação é definida como o ponto-chave na forma de ensinar e aprender nanociências. Os conteúdos não podem mais ser tratados isoladamente. Este fato é complexo para os educadores, mas os mesmos não podem subestimar a capacidade dos alunos quanto a esta questão. Desta forma, sabendo que a área de nanociências é por natureza multidisciplinar, como trabalhar este tema nas diferentes esferas da sociedade? Como ter uma linguagem mais ampla possível para que todos compreendam os princípios básicos da nanociência? Portanto, percebe-se que, desde o ensino fundamental até a sociedade em geral, deve-se ter o conhecimento mínimo do potencial desta área. É necessária uma linguagem universal e acessível a todas as esferas educativas por meio de profissionais qualificados. Ações para o ensino básico No ensino básico no Brasil, as orientações curriculares para as áreas de ciências da natureza do Ministério da Educação (PCNs, 2008) designam que é essencial a formação científica e cultural do cidadão de forma a superar obstáculos que surgem devido às novas tendências científicas e tecnológicas. [...] A crescente presença da ciência e da tecnologia nas atividades produtivas e nas relações sociais, por exemplo, que, como consequência, estabelece um ciclo permanente de mudanças, provocando rupturas rápidas, precisa ser considerada. Comparados com as mudanças significativas observadas nos séculos passados – como a máquina a vapor ou o motor a explosão –, cuja difusão se dava de modo lento e por um largo período de tempo, os avanços do conhecimento que se observam neste século criam possibilidades de intervenção em áreas inexploradas [...] (PCNs, 2008).


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Os PCNs já deixam claro que as mudanças tecnológicas são abruptas e que todos os cidadãos devem estar preparados. Percebe-se, então, que é urgente a aplicação de abordagens diferenciadas de conteúdos relacionados com temas de nanotecnologia no ensino básico. A nanotecnologia já está no nosso dia-a-dia, ainda que de forma ingênua, mas está. Já existem ações no Brasil para levar temas de nanociências nas escolas de ensino básico. Diversos pesquisadores têm visitado estes ambientes, tentando expor o que é a nanotecnologia e suas implicações. Paralelamente, um grupo de professores pesquisadores da UNICAMP organizou, recentemente, um museu exploratório itinerante de nanociências, chamado de Nanoaventura (NANOAVENTURA, 2008) com o objetivo de levar esta intrigante ciência a toda a comunidade e, principalmente, às escolas de ensino fundamental e médio. Neste ensejo, destaca-se, novamente, a questão da linguagem científica e a proximidade dos alunos e professores, fato primordial para o amplo entendimento da área. Ações no ensino superior: graduação e pós-graduação Quando trabalhamos com temas em nanociências, trabalhamos com a integração de diversas áreas do conhecimento. O formato do ensino superior em cursos disciplinares como física, química, biologia, matemática, farmácia etc. relaciona a concepção de um profissional com uma formação sólida na sua área do conhecimento, mas que muitas vezes não denota a capacidade de perpassar por outras áreas específicas. Esta incapacidade é fruto, principalmente, das diferentes linguagens científicas utilizadas nas várias áreas de atuação. O aluno e, muitas vezes, o professor, no ensino superior, não conseguem superar as barreiras impostas pela linguagem para associar o seu conhecimento em outras áreas. No caso da nanociência, este tema já tem sido percebido em diversas áreas do conhecimento no ensino superior, mas as barreiras de linguagem continuam. O aluno consegue ver, na maioria das vezes, a nanotecnologia dentro da sua área de conhecimento, mas a transposição para outras áreas é que fica prejudicada. Portanto, a nanociência pode ser um ótimo exercício de inter- e multidisciplinaridade no ensino superior. Várias áreas se seguem como básicas para as nanociências, dentre elas podemos citar a física, principalmente a física quântica, a química de estruturas moléculas, cristalinas ou amorfas, assim como a biologia, da qual fazem parte todas as moléculas biológicas com suas especificidades e aplicações. Várias áreas do conhecimento convergem quando manipulamos a nanoescala, tendo como consequência novos produtos e novas implicações na vida humana.


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Figura 2 – Esquema relacionando a nanotecnologia com diferentes áreas do conhecimento.

A Figura 2 mostra a convergência de algumas áreas do conhecimento em torno da nanociência e nanotecnologia. As áreas de química, física e biologia estão engajadas na pesquisa de novas nanoestruturas, sua manipulação, bem como seu potencial biológico. Já as engenharias buscam o aproveitamento destes nanomateriais em aplicações tecnológicas específicas, baseadas nas suas propriedades físico-químicas excepcionais. A computação e a matemática buscam criar modelos virtuais, abrindo a possibilidade de síntese ou novas aplicações de nanomateriais. Uma das áreas de conhecimento promissora relacionada com a nanotecnologia é a área de ciências da saúde, onde se busca o uso de nanomateriais com potencial biológico para o tratamento e diagnóstico de doenças, bem como na aplicação cosmética. Paralelamente, com o surgimento dos primeiros produtos da nanotecnologia, inicia-se a discussão em torno do seu impacto ambiental (efeito das nanoestruturas sintéticas), de legislação e ética, com o uso da nanotecnologia e sua implicação social e humana e, do ponto de vista econômico, relacionado ao domínio da nanotecnologia (TOMA, 2004; GRUPO ETC, 2005) Na pós-graduação, as discussões não se diferenciam da graduação. Por outro lado, a pós-graduação é o momento em que a multi ou transdisciplinaridade pode aflorar. A pós-graduação brasileira e dos países desenvolvidos tem incentivado a criação de cursos multidisciplinares em áreas que transcendem uma formação específica. Na nanociência, esse fato torna-se muito relevante. Percebe-se que os pesquisadores de diversas áreas estão observando que a melhor forma de ensinar nanociências a todos os segmentos da sociedade é a partir de profissionais capacitados, e isso só ocorrerá com um profissional com formação multidisciplinar, tendo uma visão ampla de várias áreas do conhecimento e suas conexões.


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A área de educação em ensino superior deve ficar alerta quanto à demanda crescente por profissionais que busquem além de seu campo específico. Com o advento da nanotecnologia, este conhecimento multidisciplinar tornar-se-á obrigatório em diversas áreas. Ações para trabalhadores e sociedade Uma das áreas de grande preocupação e estudo, atualmente, é a questão ambiental e a toxicidade de nanomateriais. Para a sociedade e para os trabalhadores e manipuladores de nanomateriais, está é uma questão essencial. Conhecer o potencial da nanotecnologia é importante, mas conhecer os seus riscos é urgente. Os trabalhadores que manipulam ou virão a manipular produtos nanotecnológicos deverão conhecer o potencial e os riscos que os perseguem. A sociedade consumidora também deve estar informada sobre o significado da palavra “nano” em produtos que venha a adquirir. Diversos países estão desenvolvendo legislações específicas acerca da manipulação de nanomateriais, mas pouco tem sido feito no sentido de educar sobre o que é, e os reais riscos à saúde e ao meio ambiente dos produtos da nanotecnologia. Da mesma forma, a sociedade conhecedora, em geral, deve ser capaz de atuar como agentes reguladores dos produtos derivados desta tecnologia. Os reais impactos da nanotecnologia na saúde humana e no meio ambiente ainda são assuntos muito controversos na comunidade científica. Se avaliarmos a toxicidade de nanoestruturas sintéticas, temos, na literatura, avaliações controversas sobre a definição do tema. Por exemplo, no caso de nanotubos de carbono, alguns trabalhos mostram que estes compostos são extremamente tóxicos (SMART, 2006) quando inalados ou absorvidos via corrente sanguínea, por outro lado, outros estudos mostram que nanotubos com elevado grau de pureza não demonstram esta toxicidade (SMART, 2006). Desta forma, ainda está em aberto o entendimento sobre a toxicidade dos nanotubos e/ou de suas impurezas associadas como metais pesados, usados como catalisadores durante o seu processo de produção. Quanto ao meio ambiente, também poucos estudos são relatados e muito pouco se pode concluir. Os impactos para a saúde humana e o meio ambiente são temas essenciais para o uso correto da nanotecnologia e devem ter uma atenção especial nas políticas de nanotecnologias. Dos nanoprodutos presentes no mercado, atualmente, poucos têm se preocupado com o impacto destes na saúde e no meio ambiente, e com o conhecimento da sociedade em geral e dos trabalhadores sobre o tema. Diversas áreas da nossa sociedade sofrerão impasses devido à nanotecnologia. Uma mudança que está muito próxima e que, por meio da biotecnologia, já temos vivenciado é o aumen-


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to progressivo na expectativa de vida. Este aumento se acentuará drasticamente quando a manipulação da nanobiotecnologia estabelecer, do ponto de vista comercial, técnicas revolucionárias de diagnóstico e tratamento de doenças como prometem as pesquisas. Um dos impactos, também muito esperado, para a sociedade em geral, é o uso de materiais sintéticos com propriedades inteligentes, como roupas autolimpantes, bactericidas, fungicidas e que podem substituir as atuais matérias-primas usadas em confecções. Este aproveitamento pode ter uma implicação social acentuada em países pobres que não detenham políticas próprias de inovação de ciência e tecnologia. Há muito espaço a ser explorado na nanotecnologia. Mudanças drásticas no modo como vivemos podem acontecer, sendo que muitas das quais ainda não temos nem ideia, portanto, a sociedade deve estar preparada para usufruir dos benefícios e afastar os riscos desta emergente ciência. Considerações finais e Perspectivas A urgência em tratar temas de nanociências e nanotecnologia nas diferentes esferas da sociedade está ficando cada dia mais acentuada. Os primeiros produtos nanotecnológicos começam a aflorar no mercado, sendo que esta tecnologia deixa de ser simplesmente um tópico de ficção científica. Paralelamente, a multidisciplinaridade da nanotecnologia é um fator essencial para o pleno desenvolvimento da área, mas, por outro lado, é um dos grandes entraves para o ensino de nanociências nas áreas do conhecimento. Da mesma forma, também fica evidente que pesquisadores, agentes políticos e reguladores devem estabelecer políticas sobre as questões de impacto dos produtos baseados na nanotecnologia e sobre as suas consequências do ponto de vista social, econômico e cultural. Este fato somente será possível com um fortalecimento da divulgação e educação científica em nanociências e nanotecnologia, levando o conhecimento à população de forma geral. Referências bibliográficas DREXLER, E., Engines of Creation: The Coming Era of Nanotechnology, Anchor Books, New York, 1986. GRUPO ETC, Nanotecnologia - os Riscos da Tecnologia do Futuro, L & PM: Porto Alegre, 2005. KROTO, H. W.; HEATH, J. R.; OBRIEN, S. C.; CURL, R. F.; SMALLEY, R. E. Nature, 318, 162, 1985. MCT, Ministério de Ciência e Tecnologia. Disponível em: <http://www.mct. gov.br>. Acesso em: 06 mai. 2008. MESTRADO EM NANOCIÊNCIAS, UNIFRA. Disponível em: <http://www.unifra.br/ mestrado/nanociências>. Acesso em: 06 mai. 2008.


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NANOAVENTURA. Disponível em <http://www.mc.unicamp.br/nanoaventura>. Acesso em: 06 mai. 2008. NATIONAL NANOTECHNOLOGY INITIATIVE. Disponível em: <http://www.nano.gov/html/edu/home_edu.html>. Acesso em: 06 mai. 2008. PCNS, ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO. MEC. Disponível em: <http://www.mec.gov.br/seb>. Acesso em: 06 mai. 2008. POOLE, C. P.; OWENS, F. J. Introduction to Nanotecnology. Willey Int., Hoboken, 2003. PÓS-GRADUAÇÃO EM NANOCIÊNCIAS E MATERIAIS AVANÇADOS, UFABC. Disponível em: <http://200.133.215.136/~nano>. Acesso em: 06 mai. 2008. SMART, S.K.; CASSADY, A.I.; LU, G.Q.; MARTIN, D.J. The biocompability of carbon nanotubes. Carbon, 44, 1034, 2006. SOUZA FILHO, A. G.; FAGAN, S. B. Química Nova, 30, 1695, 2007. ST HELENA SECONDARY COLLEGE. Disponível em: <http://www.sthelena.vic.edu>. Acesso em: 06 mai. 2008. TOMA, H.E., O Mundo Nanométrico: a dimensão do novo século. Oficina de Textos, São Paulo, 2004.


TEMAS DOS CADERNOS IHU IDEIAS N. 01 N. 02

N. 03 N. 04 N. 05 N. 06 N. 07 N. 08 N. 09 N. 10 N. 11 N. 12 N. 13 N. 14 N. 15 N. 16 N. 17 N. 18 N. 19 N. 20 N. 21 N. 22 N. 23 N. 24 N. 25 N. 26 N. 27 N. 28 N. 29 N. 30 N. 31 N. 32 N. 33 N. 34 N. 35 N. 36 N. 37 N. 38 N. 39 N. 40 N. 41 N. 42 N. 43 N. 44 N. 45 N. 46 N. 47 N. 48 N. 49

A teoria da justiça de John Rawls – Dr. José Nedel O feminismo ou os feminismos: Uma leitura das produções teóricas – Dra. Edla Eggert O Serviço Social junto ao Fórum de Mulheres em São Leopoldo – MS Clair Ribeiro Ziebell e Acadêmicas Anemarie Kirsch Deutrich e Magali Beatriz Strauss O programa Linha Direta: a sociedade segundo a TV Globo – Jornalista Sonia Montaño Ernani M. Fiori – Uma Filosofia da Educação Popular – Prof. Dr. Luiz Gilberto Kronbauer O ruído de guerra e o silêncio de Deus – Dr. Manfred Zeuch BRASIL: Entre a Identidade Vazia e a Construção do Novo – Prof. Dr. Renato Janine Ribeiro. Mundos televisivos e sentidos identiários na TV – Profa. Dra. Suzana Kilpp Simões Lopes Neto e a Invenção do Gaúcho – Profa. Dra. Márcia Lopes Duarte Oligopólios midiáticos: a televisão contemporânea e as barreiras à entrada – Prof. Dr. Valério Cruz Brittos Futebol, mídia e sociedade no Brasil: reflexões a partir de um jogo – Prof. Dr. Édison Luis Gastaldo Os 100 anos de Theodor Adorno e a Filosofia depois de Auschwitz – Profa. Dra. Márcia Tiburi A domesticação do exótico – Profa. Dra. Paula Caleffi Pomeranas parceiras no caminho da roça: um jeito de fazer Igreja, Teologia e Educação Popular – Profa. Dra. Edla Eggert Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros: a prática política no RS – Prof. Dr. Gunter Axt Medicina social: um instrumento para denúncia – Profa. Dra. Stela Nazareth Meneghel Mudanças de significado da tatuagem contemporânea – Profa. Dra. Débora Krischke Leitão As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, história e trivialidade – Prof. Dr. Mário Maestri Um itinenário do pensamento de Edgar Morin – Profa. Dra. Maria da Conceição de Almeida Os donos do Poder, de Raymundo Faoro – Profa. Dra. Helga Iracema Ladgraf Piccolo Sobre técnica e humanismo – Prof. Dr. Oswaldo Giacóia Junior Construindo novos caminhos para a intervenção societária – Profa. Dra. Lucilda Selli Física Quântica: da sua pré-história à discussão sobre o seu conteúdo essencial – Prof. Dr. Paulo Henrique Dionísio Atualidade da filosofia moral de Kant, desde a perspectiva de sua crítica a um solipsismo prático – Prof. Dr. Valério Rohden Imagens da exclusão no cinema nacional – Profa. Dra. Miriam Rossini A estética discursiva da tevê e a (des)configuração da informação – Profa. Dra. Nísia Martins do Rosário O discurso sobre o voluntariado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – MS Rosa Maria Serra Bavaresco O modo de objetivação jornalística – Profa. Dra. Beatriz Alcaraz Marocco A cidade afetada pela cultura digital – Prof. Dr. Paulo Edison Belo Reyes Prevalência de violência de gênero perpetrada por companheiro: Estudo em um serviço de atenção primária à saúde – Porto Alegre, RS – Prof. MS José Fernando Dresch Kronbauer Getúlio, romance ou biografia? – Prof. Dr. Juremir Machado da Silva A crise e o êxodo da sociedade salarial – Prof. Dr. André Gorz À meia luz: a emergência de uma Teologia Gay - Seus dilemas e possibilidades – Prof. Dr. André Sidnei Musskopf O vampirismo no mundo contemporâneo: algumas considerações – Prof. MS Marcelo Pizarro Noronha O mundo do trabalho em mutação: As reconfigurações e seus impactos – Prof. Dr. Marco Aurélio Santana Adam Smith: filósofo e economista – Profa. Dra. Ana Maria Bianchi e Antonio Tiago Loureiro Araújo dos Santos Igreja Universal do Reino de Deus no contexto do emergente mercado religioso brasileiro: uma análise antropológica – Prof. Dr. Airton Luiz Jungblut As concepções teórico-analíticas e as proposições de política econômica de Keynes – Prof. Dr. Fernando Ferrari Filho. Rosa Egipcíaca: Uma Santa Africana no Brasil Colonial – Prof. Dr. Luiz Mott. Malthus e Ricardo: duas visões de economia política e de capitalismo – Prof. Dr. Gentil Corazza Corpo e Agenda na Revista Feminina – MS Adriana Braga A (anti)filosofia de Karl Marx – Profa. Dra. Leda Maria Paulani Veblen e o Comportamento Humano: uma avaliação após um século de “A Teoria da Classe Ociosa” – Prof. Dr. Leonardo Monteiro Monasterio Futebol, Mídia e Sociabilidade. Uma experiência etnográfica – Édison Luis Gastaldo, Rodrigo Marques Leistner, Ronei Teodoro da Silva & Samuel McGinity Genealogia da religião. Ensaio de leitura sistêmica de Marcel Gauchet. Aplicação à situação atual do mundo – Prof. Dr. Gérard Donnadieu A realidade quântica como base da visão de Teilhard de Chardin e uma nova concepção da evolução biológica – Prof. Dr. Lothar Schäfer “Esta terra tem dono”. Disputas de representação sobre o passado missioneiro no Rio Grande do Sul: a figura de Sepé Tiaraju – Profa. Dra. Ceres Karam Brum O desenvolvimento econômico na visão de Joseph Schumpeter – Prof. Dr. Achyles Barcelos da Costa Religião e elo social. O caso do cristianismo – Prof. Dr. Gérard Donnadieu. Copérnico e Kepler: como a terra saiu do centro do universo – Prof. Dr. Geraldo Monteiro Sigaud


N. 50 N. 51 N. 52 N. 53 N. 54 N. 55 N. 56 N. 57 N. 58 N. 59 N. 60 N. 61 N. 62 N. 63 N. 64 N. 65 N. 66 N. 67 N. 68 N. 69 N. 70 N. 71 N. 72 N. 73 N. 74 N. 75 N. 76 N. 77 N. 78 N. 79 N. 80 N. 81 N. 82 N. 83 N. 84 N. 85 N. 86 N. 87 N. 88 N. 89 N. 90 N. 91 N. 92 N. 93 N. 94 N. 95 N. 96 N. 97 N. 98 N. 99 N. 100 N. 101 N. 102 N. 103 N. 104 N. 105

Modernidade e pós-modernidade – luzes e sombras – Prof. Dr. Evilázio Teixeira Violências: O olhar da saúde coletiva – Élida Azevedo Hennington & Stela Nazareth Meneghel Ética e emoções morais – Prof. Dr. Thomas Kesselring Juízos ou emoções: de quem é a primazia na moral? – Prof. Dr. Adriano Naves de Brito Computação Quântica. Desafios para o Século XXI – Prof. Dr. Fernando Haas Atividade da sociedade civil relativa ao desarmamento na Europa e no Brasil – Profa. Dra. An Vranckx Terra habitável: o grande desafio para a humanidade – Prof. Dr. Gilberto Dupas O decrescimento como condição de uma sociedade convivial – Prof. Dr. Serge Latouche A natureza da natureza: auto-organização e caos – Prof. Dr. Günter Küppers Sociedade sustentável e desenvolvimento sustentável: limites e possibilidades – Dra. Hazel Henderson Globalização – mas como? – Profa. Dra. Karen Gloy A emergência da nova subjetividade operária: a sociabilidade invertida – MS Cesar Sanson Incidente em Antares e a Trajetória de Ficção de Erico Veríssimo – Profa. Dra. Regina Zilberman Três episódios de descoberta científica: da caricatura empirista a uma outra história – Prof. Dr. Fernando Lang da Silveira e Prof. Dr. Luiz O. Q. Peduzzi Negações e Silenciamentos no discurso acerca da Juventude – Cátia Andressa da Silva Getúlio e a Gira: a Umbanda em tempos de Estado Novo – Prof. Dr. Artur Cesar Isaia Darcy Ribeiro e o O povo brasileiro: uma alegoria humanista tropical – Profa. Dra. Léa Freitas Perez Adoecer: Morrer ou Viver? Reflexões sobre a cura e a não cura nas reduções jesuítico-guaranis (1609-1675) – Profa. Dra. Eliane Cristina Deckmann Fleck Em busca da terceira margem: O olhar de Nelson Pereira dos Santos na obra de Guimarães Rosa – Prof. Dr. João Guilherme Barone Contingência nas ciências físicas – Prof. Dr. Fernando Haas A cosmologia de Newton – Prof. Dr. Ney Lemke Física Moderna e o paradoxo de Zenon – Prof. Dr. Fernando Haas O passado e o presente em Os Inconfidentes, de Joaquim Pedro de Andrade – Profa. Dra. Miriam de Souza Rossini Da religião e de juventude: modulações e articulações – Profa. Dra. Léa Freitas Perez Tradição e ruptura na obra de Guimarães Rosa – Prof. Dr. Eduardo F. Coutinho Raça, nação e classe na historiografia de Moysés Vellinho – Prof. Dr. Mário Maestri A Geologia Arqueológica na Unisinos – Prof. MS Carlos Henrique Nowatzki Campesinato negro no período pós-abolição: repensando Coronelismo, enxada e voto – Profa. Dra. Ana Maria Lugão Rios Progresso: como mito ou ideologia – Prof. Dr. Gilberto Dupas Michael Aglietta: da Teoria da Regulação à Violência da Moeda – Prof. Dr. Octavio A. C. Conceição Dante de Laytano e o negro no Rio Grande Do Sul – Prof. Dr. Moacyr Flores Do pré-urbano ao urbano: A cidade missioneira colonial e seu território – Prof. Dr. Arno Alvarez Kern Entre Canções e versos: alguns caminhos para a leitura e a produção de poemas na sala de aula – Profa. Dra. Gláucia de Souza Trabalhadores e política nos anos 1950: a idéia de “sindicalismo populista” em questão – Prof. Dr. Marco Aurélio Santana Dimensões normativas da Bioética – Prof. Dr. Alfredo Culleton & Prof. Dr. Vicente de Paulo Barretto A Ciência como instrumento de leitura para explicar as transformações da natureza – Prof. Dr. Attico Chassot Demanda por empresas responsáveis e Ética Concorrencial: desafios e uma proposta para a gestão da ação organizada do varejo – Profa. Dra. Patrícia Almeida Ashley Autonomia na pós-modernidade: um delírio? – Prof. Dr. Mario Fleig Gauchismo, tradição e Tradicionalismo – Profa. Dra. Maria Eunice Maciel A ética e a crise da modernidade: uma leitura a partir da obra de Henrique C. de Lima Vaz – Prof. Dr. Marcelo Perine Limites, possibilidades e contradições da formação humana na Universidade – Prof. Dr. Laurício Neumann Os índios e a História Colonial: lendo Cristina Pompa e Regina Almeida – Profa. Dra. Maria Cristina Bohn Martins Subjetividade moderna: possibilidades e limites para o cristianismo – Prof. Dr. Franklin Leopoldo e Silva Saberes populares produzidos numa escola de comunidade de catadores: um estudo na perspectiva da Etnomatemática – Daiane Martins Bocasanta A religião na sociedade dos indivíduos: transformações no campo religioso brasileiro – Prof. Dr. Carlos Alberto Steil Movimento sindical: desafios e perspectivas para os próximos anos – MS Cesar Sanson De volta para o futuro: os precursores da nanotecnociência – Prof. Dr. Peter A. Schulz Vianna Moog como intérprete do Brasil – MS Enildo de Moura Carvalho A paixão de Jacobina: uma leitura cinematográfica – Profa. Dra. Marinês Andrea Kunz Resiliência: um novo paradigma que desafia as religiões – MS Susana María Rocca Larrosa Sociabilidades contemporâneas: os jovens na lan house – Dra. Vanessa Andrade Pereira Autonomia do sujeito moral em Kant – Prof. Dr. Valerio Rohden As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria Monetária: parte 1 – Prof. Dr. Roberto Camps Moraes Uma leitura das inovações bio(nano)tecnológicas a partir da sociologia da ciência – MS Adriano Premebida ECODI – A criação de espaços de convivência digital virtual no contexto dos processos de ensino e aprendizagem em metaverso – Profa. Dra. Eliane Schlemmer As principais contribuições de Milton Friedman à Teoria Monetária: parte 2 – Prof. Dr. Roberto Camps Moraes Futebol e identidade feminina: um estudo etnográfico sobre o núcleo de mulheres gremistas – Prof. MS Marcelo Pizarro Noronha


Solange Binotto Fagan é natural de Ivorá, RS. É graduada pela Universidade Federal de Santa Maria, RS, (UFSM). Mestre (UFSM/2000) e Doutora (UFSM/2003) em Física na área de nanomateriais. É professora Adjunta do Centro Universitário Franciscano/UNIFRA, onde atua nos programas de Mestrado em Nanociências e Ensino de Física e de Matemática. É pesquisadora nível 1D/CNPq e, em 2006, ganhou o prêmio L’oreal/ Academia Brasileira de Ciências para jovens pesquisadoras na área de Física com o tema “Nanomateriais de Carbono”. Possui mais de 50 artigos publicados em revistas internacionais. Trabalha com ênfase nos temas: nanociências, nanomateriais, simulação e ensino de ciências. Algumas publicações da autora FAGAN, S. B.; FAZZIO, A.; MOTA, R. Titanium monomers and wires adsorbed on carbon nanotubes: a first principles study. Nanotechnology (Bristol), v. 17, n. 4, p. 1154-1159, 2006. FAGAN, S. B.; SANTOS, ELTON J. G. dos; SOUZA FILHO, A. G.; MENDES FILHO, J.; FAZZIO, A. Ab initio study of 2,3,7,8-tetrachlorinated dibenzo-p-dioxin

adsorption on single wall carbon nanotubes. Chemical Physics Letters, v. 437, p. 79-82, 2007. FAGAN, S. B.; SOUZA FILHO, A G.; MENDES FILHO, J.; CORIO, P.; DRESSELHAUS, M. S. Electronic properties of Ag- and CrO3-filled sin-

gle-wall. Chemical Physics Letters, v. 406, p. 54-59, 2005. SILVA, L. BARROS da; FAGAN, S. B.; MOTA, R. Carboxylated carbon nanotu-

bes under external electrical field: An ab initio investigation. The Journal of Physical Chemistry C, v. 113, p. 8959-8963, 2009. ZANELLA; S. GUERINI; FAGAN, S. B.; SOUZA FILHO, A. G.; J. MENDES FILHO.

Chemical doping induced gap opening and spin polarization in graphene. Physical Review. B, Condensed Matter and Materials Physics, v. 77, p. 073404, 2008.

N. 106 N. 107 N. 108 N. 109 N. 110 N. 111 N. 112 N. 113 N. 114 N. 115 N. 116 N. 117 N. 118 N. 118 N. 119 N. 120 N. 121 N. 122 N. 123 N. 124

Justificação e prescrição produzidas pelas Ciências Humanas: Igualdade e Liberdade nos discursos educacionais contemporâneos – Profa. Dra. Paula Corrêa Henning Da civilização do segredo à civilização da exibição: a família na vitrine – Profa. Dra. Maria Isabel Barros Bellini Trabalho associado e ecologia: vislumbrando um ethos solidário, terno e democrático? – Prof. Dr. Telmo Adams Transumanismo e nanotecnologia molecular – Prof. Dr. Celso Candido de Azambuja Formação e trabalho em narrativas – Prof. Dr. Leandro R. Pinheiro Autonomia e submissão: o sentido histórico da administração – Yeda Crusius no Rio Grande do Sul – Prof. Dr. Mário Maestri A comunicação paulina e as práticas publicitárias: São Paulo e o contexto da publicidade e propaganda – Denis Gerson Simões Isto não é uma janela: Flusser, Surrealismo e o jogo contra – Yentl Delanhesi SBT: jogo, televisão e imaginário de azar brasileiro – Sonia Montaño Educação cooperativa solidária: perspectivas e limites – Prof. MS Carlos Daniel Baioto Humanizar o humano – Roberto Carlos Fávero Quando o mito se torna verdade e a ciência, religião – Róber Freitas Bachinski Colonizando e descolonizando mentes – Marcelo Dascal Colonizando e descolonizando mentes – Marcelo Dascal A espiritualidade como fator de proteção na adolescência – Luciana F. Marques & Débora D. Dell’Aglio A dimensão coletiva da liderança – Patrícia Martins Fagundes Cabral & Nedio Seminotti Nanotecnologia: alguns aspectos éticos e teológicos – Eduardo R. Cruz Direito das minorias e Direito à diferenciação – José Rogério Lopes Os direitos humanos e as nanotecnologias: em busca de marcos regulatórios – Wilson Engelmann Desejo e violência – Rosane de Abreu e Silva


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