A imagem que ilustra a capa da revista IHU On-Line desta semana, a pintura de Charles Le Brum chamada A apoteose de Luís XIV (1677), sintetiza uma ideia central na obra de Giorgio Agamben: a modernidade nunca foi secular, mas profana. A paradoxal imagem que enaltece a força do Estado expresso na figura messiânica do rei mostra também o lado obscuro do poder, que pela força cria suas zonas de exclusão e exceção. Agamben está “convencido da impossibilidade de salvação da modernidade – e, por conseguinte, também da política moderna”, explica Patrick Baur, da Albert-Ludwigs-Universität.
Diante da falência da promessa moderna de avanço civilizatório, o filósofo italiano assenta seu pensamento que inspira o VI Colóquio Internacional IHU – Política, economia, teologia. Contribuições da obra de Giorgio Agamben, evento organizado pelo Instituto Humantias Unisinos – IHU, que ocorre nos dias 23 e 24 de maio na Unisinos, campus São Leopoldo.