Ser e tempo A desconstrução da metafísica
Editorial "Heidegger nunca enunciou, mas acredito que ele deveria aceitar: lembrar o ser (para tentar sair da metafísica) significa somente lembrá-lo como já-sempre ter ido embora; como Deus que se mostra a Moisés somente de costas. Portanto, pensar o ser não é uma experiência de presença cheia, de verdade luminosa; se levarmos em consideração que, para Heidegger, a metafísica (esquecimento do ser) é a história do ser, então o ser tem uma história que é sempre de diminuição, de esquecimento, de "fraqueza"..." A afirmação é de Gianni Vattimo, filósofo italiano, que mais uma vez nos brinda com uma instigante entrevista, sobre Martin Heidegger, nos seus trinta anos de falecimento e quase oitenta anos da sua obra fundamental Sein und Zeit. "Acredito que Heidegger começou o seu "erro" nazista quando deixou de meditar sobre São Paulo e começou a mitificar Hölderlin", é outra contundente afirmação do filósofo do pensamento fraco. Assim damos continuidade ao tema de capa da edição número 185, "o século de Heidegger", publicando as entrevistas de João Augusto Anchieta Amazonas Mac Dowell, professor de Filosofia da FAJE em Belo Horizonte, dos filósofos Emmanuel Carneiro Leão, ex-aluno de Martin Heidegger, Rafael Haddock-Lobo e Écio Elvis
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SÃO LEOPOLDO, 3 DE JULHO JULHO DE 2006