o que fazemos?
todos os dias
a todos os momentos
esperamos
mas enquanto esperamos?
e se fossemos embora?
ĂŠ melhor esperarmos
O trabalho desenvolve-se em dois contextos. Por um lado a envolvência das artes performativas a divulgação de um espaço novo e de interacção com o público - Performas, por outro lado a sua instalação num espaço sui generis e propício à reflexão acerca do tema - a estação de caminhos de ferro de Aveiro localizada na rua Lourenço Peixinho, na mesma rua onde se encontra o Performas.
O início do percurso e da comunicação acontece nas duas entradas consideradas principais, com a colocação do ícone do trabalho, a fita cola preta, sobre a parede branca com uma grande dimensão. Este inicio é como que o enunciado daquilo que se passará a seguir, é a delimitação conceptual de que aquele espaço - a estação - vai ser o “cenário global” d'a “Espera”. Este ícone pretende marcar a presença do projecto no espaÁo, a delimitação de um espaço que no fundo é aleatório, dentro dos espaços mais destinados à espera - bancos (sala de espera e nas linhas), bilheteira automática e escadas, para além de contribuir visualmente para a coerência e reconhecimento no receptor do projecto em causa. As frases em grande escala e a vinil preto ajudam à compreensão do projecto e deste projecto no espaço que habita. Falas que poderiam ser destas personagens reais, são afinal das personagens de Becket... são falas dos que esperam e dos que sabem o que é esperar ou que se questionam acerca desta circunstância da existência humana. Desabafos acerca da espera naquele lugar... aqueles que poderiam ser os pensamentos naquela circunstância.
vamos embora
n達o podemos
porquĂŞ?
porque estamos Ă espera
"enquanto esperamos"
enquanto esperamos
"estás sempre à espera do último minuto"
estás sempre à espera do último minuto