16 entrevidas O país de Luís Patrão 36 partidas A “joie de vivre” de Nantes
mAgAziNe
Nº011 OUTUBRO 2010
Marketing aeroportuário: as estratégias que fazem o tráfego crescer.
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editorial ROTAS DE CRESCIMENTO
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os últimos anos o papel dos aeroportos evoluiu radicalmente, passando de infra-estruturas facilitadoras, que tinham sobretudo que responder, com segurança, à evolução do tráfego, a um papel mais activo no seu próprio crescimento, disputando a preferência das companhias aéreas, desde que, com a liberalização, estas ficaram livres para definir onde e como operam. Na ANA, desde que começou a ser sistematizado, nos anos 90, o marketing aeroportuário actua em várias frentes. A primeira é a análise do potencial de tráfego de cada mercado, que permite propor às empresas aéreas rotas realmente atraentes. Segue-se um trabalho de persuasão que passa tanto pela relação dos aeroportos com cada companhia como pelos eventos que, ano a ano, reúnem aeroportos e transportadoras do mundo inteiro. Outra frente são as parcerias com as regiões – através de entidades como o Turismo de Portugal e as Associações Regionais de Turismo – na busca de estratégias comuns para promover o destino, com a ANA a comparticipar nos custos iniciais de novas rotas partilhando riscos com as companhias. Por fim, como a satisfação dos clientes é vital, outra vertente do nosso marketing é a aposta na satisfação – ou antecipação – das necessidades do utilizador, sejam as condições operacionais oferecidas às transportadoras, seja a comodidade ou a oferta de serviços ao passageiro, ao qual se dirige o projecto “Living Airport”. Os resultados estão à vista. As rotas conquistadas aceleraram a rentabilização de grandes investimentos, como os que se fizeram no aeroporto do Porto. Começam a diversificar a procura num aeroporto, o de Faro, historicamente dependente de poucos mercados. Em Lisboa, novas ligações aumentaram a conectividade e atractividade do aeroporto e da região. E os aeroportos portugueses têm ascendido no “ranking” da ACI, com alguns, como o Aeroporto do Porto, a obter prémios relevantes.
Na ANA, desde que começou a ser sistematizado, nos anos 90, o marketing aeroportuário actua em várias frentes. Rui Veres
Conselho de Administração da ANA
No mais novo aeroporto da ANA, em Beja, o marketing será crucial para ajudar a promover, em colaboração com instituições regionais, novos produtos e a criar uma oferta capaz de atrair turistas e negócios. O marketing está vivo na ANA, e é capaz de produzir resultados. Mas estamos conscientes de que temos que aperfeiçoar permanentemente o nosso foco e a nossa atitude de conquista de clientelas em constante transformação.
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_sumário editorial 03
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em foco
10 Madeira: férias na natureza
Há muito que os aeroportos deixaram de apenas responder às solicitações das companhias aéreas e passaram a captar o negócio. Como em qualquer área, o marketing é um instrumento vital para a actividade aeroportuária. chegadas 10
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entrevidas
FICH A TÉCN IC A
40 Novo café em Lisboa PROPRIEDADE: ANA - Aeroportos de Portugal SA Rua D - Edifício 120 - Aeroporto de Lisboa 1700-008 Lisboa - Portugal Tel (+351) 218 413 500 - Fax: (+351) 218 404 231 amagazine@ana.pt DIRECÇÃO: Octávia Carrilho PRODUÇÃO: Teresa Magalhães PROJECTO GRÁFICO E EDITORIAL: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas LX Factory - Rua Rodrigues Faria; 103 1300-501 Lisboa Tel 213 636 152 hamlet@hamlet.com.pt www.hamlet.com.pt REDACÇÃO: Cláudia Silveira EDIÇÃO: Cláudia Silveira e Jayme Kopke DESIGN: André Remédios FOTOGRAFIA: Um Ponto Quatro Carlos Ramos e Paulo Andrade PUBLICIDADE: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas LX Factory - Rua Rodrigues Faria; 103 1300-501 Lisboa Tel 213 636 152 IMPRESSÃO: Madeira & Madeira Rua Cidade de Santarém, Quinta do Mocho Zona Industrial - 2000-831 Santarém PERIODICIDADE: Trimestral TIRAGEM: 5 000 exemplares DEPÓSITO LEGAL: 273250/08 ISSN: 1646-9097
30 Vale a pena Acreditar
A crise económica internacional atrasou-lhe os planos mas Luís Patrão continua decidido a dobrar a receita turística nacional a curto prazo. Para isso, o presidente do Turismo de Portugal defende uma aposta forte na qualidade. inovação 22
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insights
Enquanto decorrem os procedimentos para a certificação do Aeroporto de Beja, a exploração vai avançar para já com o estacionamento de longa duração e a manutenção de aviões. Os primeiros passageiros só deverão aterrar no Alentejo em 2011. ambientes 30 follow me 32 partidas 36 lifestyle 40 aldeia global 48 passageiro frequente 50
Altura mínima 2 cm
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_em foco
O MARKETING AO SERVIÇO DOS AEROPORTOS Num cenário de grande pressão competitiva, os aeroportos abandonaram a posição passiva que tinham no passado e criaram estratégias para captar o negócio. A gestão dos clientes tornou-se mais importante e a relação com o passageiro uma prioridade. Em qualquer negócio o marketing é considerado um instrumento vital para o seu sucesso e os aeroportos já não são excepção.
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omo conceito, o marketing aeroportuário só começou a surgir, em alguns aeroportos, nos anos 80. Antes disso, o papel do aeroporto, enquanto prestador de um serviço público, resumia-se a responder às solicitações das companhias aéreas e a fornecer infra-estruturas eficientes e seguras tanto às companhias como aos passageiros. A iniciativa de atrair novos serviços ou aumentar os existentes não partia do aeroporto. Considerava-se que a tarefa de identificar oportunidades para novos serviços cabia exclusivamente às companhias aéreas. Era raro encontrar um gestor de marketing num aeroporto e a promoção aeroportuária tendia a ser muito básica.
Esta abordagem passiva há muito tempo que desapareceu na maior parte dos aeroportos. Estes tornaram-se proactivos na abordagem e desenvolveram um vasto leque de técnicas, cada vez mais sofisticadas, para ir ao encontro das necessidades dos seus clientes, um grupo heterogéneo que inclui companhias aéreas, passageiros, handlers, transportadores de carga e uma grande variedade de outras empresas. A desregulamentação dos mercados no transporte aéreo tornou o negócio muito mais competitivo. As companhias aéreas na Europa, por exemplo, são agora muito mais livres para escolher os aeroportos a partir de onde e para onde querem operar. O surgimento das low cost também contribuiu para o desenvolvimento e sofisticação do marketing aeroportuário. Por outro lado, o aumento da procura pelo transporte aéreo devido à desregulamentação e a outros factores mais globais, como o crescimento económico, criou novas oportunidades, permitindo que se desenvolvessem inovadoras e agressivas técnicas de marketing. Há também cada vez mais aeroportos a atingirem o limite das suas capacidades, o que significa que há oportunidades para outros se promoverem como alternativa. Ao mesmo tempo, o viajante está mais exigente e sofisticado, o que tem propiciado o desenvolvimento de estratégias direccionadas para o passageiro. Com as tendências de desregulamentação, privatização e globalização, no final dos anos 90 a maior parte dos aeroportos já dedicava importantes recursos às actividades de marketing.
ANA: com o marketing no ADN Na ANA, desde 2003 que existe uma estrutura formal de marketing de aviação – no centro corporativo e em cada aeroporto – e esta é hoje uma actividade intrínseca ao negócio e reconhecida pelos clientes da empresa. É à Direcção de Estratégia e Marketing Aeroportuário (DEMA) que cabe a articulação e o aproveitamento das sinergias entre os vários serviços. Actualmente a DEMA abraçou um desafio que o director, Leonel Horta Ribeiro, considera em tudo semelhante ao que foi colocado há 8 anos, quando se instituiu na empresa o marketing voltado para as companhias de aviação. Através do projecto “Living Airport”, que está em desenvolvimento, a empresa pretende orientar a sua atenção também para o segmento “business to consumer”, ou seja, apostar no marketing de serviços voltados para o passageiro.
Num cenário de grande pressão competitiva, os aeroportos converteram-se em redes de negócios e o passageiro é encarado também como um potencial consumidor.
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Depois do surgimento do segmento de baixo custo, tornou-se cada vez mais difícil para os aeroportos identificar possíveis novas rotas.
Quando utiliza os serviços dos aeroportos da ANA o passageiro raramente tem uma ideia do valor do serviço que lhe é prestado porque existe uma secundarização do papel do aeroporto. “Entendemos que a aproximação ao viajante, enquanto cliente do aeroporto, tem de ser desenvolvida e potenciada em benefício da ANA porque a inexistência de estratégias de serviço e de relacionamento com o cliente passageiro conduz a uma perda de controlo sobre o negócio”, sustenta o director da DEMA. As pesquisas mais recentes mostram um perfil do consumidor que procura muita informação, online e offline, que quer ser um actor participante na criação dos serviços e que quer que estes respondam às suas necessidades. “Identificar este perfil de consumidor, preparar o produto e criar os serviços que os clientes procuram, antecipando as suas necessidades e compreendendo os seus desejos, é de facto um desafio para a ANA”. Para aprofundar a relação com o passageiro a ANA está a desenvolver uma série de serviços e produtos que assentam nos vectores principais do serviço aeroportuário: informação, apoio, conforto, utilidade e rapidez de serviço. Ao mesmo tempo, diz Horta Ribeiro, também interessa transformar o passageiro num consumidor. Num quadro de grande pressão competitiva, é necessário encontrar uma estratégia que maximize o potencial da ANA, não apenas como rede de aeroportos, mas como rede de negócios, quer falemos de retalho, de rent-a-car, de publicidade ou de imobiliário. “É importante uma actuação concertada entre os vários segmentos da empresa porque no fundo todos eles vão ter impacto no posicionamento da empresa enquanto gestora aeroportuária”. No segmento “business to business”, e seguindo as melhores práticas da indústria, a ANA e os seus aeroportos passaram a ser promotores activos de oportunidades de negócio para as companhias. “Começámos a fazer a nossa prospecção de mercado, a identificar oportunidades, a procurar chegar aos decisores das companhias e a mostrar as oportunidades para captar negócio. É um posicionamento diferente, que contrasta com o anterior”.
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Esta evolução passa também por uma gestão de clientes organizada e pró-activa, que garante um serviço ao cliente e uma proximidade que alavanque o desenvolvimento permanente de novas oportunidades de negócio e novas rotas. Hoje, e sobretudo depois do surgimento do segmento de baixo custo, torna-se mais difícil identificar possíveis novas rotas. Isto levanta um novo desafio, que é, para além de como desenvolver o negócio, como sustentá-lo. “Não chega abrir uma rota. Há todo um processo, desde que descobrimos uma oportunidade até montar a rota com o cliente. Depois é necessário procurar, também com o cliente, a sustentabilidade da rota. E a forma como hoje pensamos na gestão aeroportuária é como uma gestão de parcerias. Temos que ir buscar, dentro dos nossos stakeholders, aqueles que são mais relevantes, como o Turismo de Portugal, e, através de uma articulação e de uma convergência entre a acessibilidade, a promoção e o produto, conseguir não só a captação de novas rotas como a sua sustentabilidade”. Outras ferramentas usadas na estratégia de desenvolvimento do tráfego são os apoios e incentivos, como os prémios de performance, atribuídos às companhias com a melhor performance nos aeroportos de Lisboa e Faro; os sistemas de incentivos para os aeroportos do Porto e dos Açores; e as parcerias com stakeholders relevantes, como a já referida com o Turismo de Portugal e as agências regionais de promoção turística. Existem ainda parcerias relevantes com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e com a Associação dos Hoteleiros.
Preços competitivos e qualidade do serviço são factores determinantes para convencer as companhias a abrir uma rota ou a estabelecer uma base.
O “PRICING” COMO UMA FERRAMENTA DE MARKETING Não por acaso, além do marketing, a DEMA tem também a responsabilidade da regulação económica. Esta é uma área que sofreu recentemente uma alteração profunda com a publicação do novo modelo regulatório, que baliza a definição das taxas aeroportuárias e, logo, determina a evolução das receitas. O modelo de regulação económica procura promover e incentivar a eficiência da gestão aeroportuária e remunerar adequadamente os capitais investidos e a investir pela ANA, ou por outra gestora aeroportuária, explica Horta Ribeiro. O modelo pretende também manter as taxas competitivas através de uma subsidiação cruzada entre o negócio aviação e o negócio não-aviação. “O nosso modelo é um modelo de ‘single till’, ou seja, todas as receitas contribuem para o financiamento das taxas reguladas. Um dos perigos desta abordagem é a eventual tendência de esconder ineficiências do negócio aviação porque irão ser ‘mascaradas’
através dos proveitos da não-aviação”. No entanto, explica o director da DEMA, a ANA pretende aumentar a competitividade não apenas através do desenvolvimento dos negócios não-aviação, mas também fazendo com que o negócio aviação seja competitivo por si só, através da racionalização de custos e da optimização dos processos de negócio, nomeadamente ao nível dos investimentos. “A subsidiação do negócio não-aviação vai potenciar a competitividade das taxas reguladas. Temos que retirar do novo processo as oportunidades que oferece e minimizar as ameaças que pode representar. E também transformar o ‘pricing’ – a definição das tarifas – numa ferramenta de marketing que ajuda o sucesso do negócio”. Diferenciar-se da concorrência através de preços competitivos e da qualidade do serviço é o desafio que se coloca à ANA no novo cenário da regulação económica. “É através desta diferenciação que convencemos uma companhia a abrir uma rota para um dos nossos aeroportos ou a abrir uma base em Portugal e não em Málaga, por exemplo.”
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_chegadas
A Ponta de São Lourenço é a península mais a Este da Madeira e apresenta uma paisagem árida, totalmente distinta do resto da ilha.
FÉRIAS NA NATUREZA
Tem uma vegetação luxuriante, um mar de vários azuis onde vivem baleias, golfinhos, leões-marinhos e tartarugas, paisagens de cortar a respiração e todas as condições para umas férias na natureza. E não fica do outro lado do mundo. Conheça a Madeira.
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elo sim, pelo não, o melhor é prevenirse com uns comprimidos anti-enjoo. É que o mar pode estar agitado e a viagem desde o porto do Funchal até à ilha Deserta ainda demora, pelo menos, umas três horas e meia. Mas a aventura vale bem a pena. Não só pelo passeio de veleiro em si, como pelo privilégio de conhecer esta fantástica Reserva Natural no meio do oceano. Protegida legalmente desde 1990, a Deserta Grande faz parte do arquipélago das Ilhas Desertas, juntamente com as
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menores Ilhéu Chão e Bugio. Com uma área de reserva integral (onde nem é permitido o acesso) e outra de reserva parcial, as Desertas permanecem um tesouro bem guardado. E assim deverá continuar a ser, para salvaguarda das inúmeras espécies da fauna local, da qual o lobo-marinho é o principal ex-líbris. A flora é igualmente rica, constituída por mais de 200 espécies indígenas, 30 das quais são endémicas da Madeira. Existem várias empresas que organizam passeios, de um ou mais dias, até às Desertas e mesmo até às vizinhas Selvagens. Se tiver sorte e o tempo ajudar, poderá avistar uma das baleias que ainda fazem do mar da Madeira o seu habitat, golfinhos e outros cetáceos e tartarugas. Com um clima ameno durante todo o ano e uma enorme variedade e riqueza de recursos naturais, a Madeira tem para oferecer um
Uma vegetação luxuriante e uma enorme variedade de flores, como a estrelícia, granjearam à Madeira o título de “pérola do Atlântico”.
pouco de tudo, para todos os gostos, sobretudo para quem aprecia o contacto com a natureza. Com 153 quilómetros de orla marítima, a ilha apresenta condições de excepção para a prática de actividades desportivas e náuticas durante todo o ano. Para quem prefere manter os pés bem assentes na terra, a Madeira oferece igualmente um vasto leque de opções. É inaceitável visitar a ilha sem fazer pelo menos uma caminhada pelos inúmeros percursos que existem. Os mais procurados são as veredas e as célebres
A Deserta Grande é o maior dos três ilhéus (os outros são Ilhéu Chão e Bugio) que compõem o arquipélago das Desertas, situadas a sudeste da Madeira.
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“levadas”, que não são mais que canais de água que foram construídos há séculos atrás para levar a água às partes da ilha onde esta era mais escassa. Existem mais de 2000 quilómetros de “levadas” na Madeira e os trilhos ao longo destes cursos de água são passeios muito apetecidos para os adeptos das actividades ao ar livre. O ideal, para que não se perca e que tudo corra da melhor forma, é contactar uma das empresas de animação turística que organizam passeios a pé, devidamente acompanhados por um guia de montanha. O Curral das Freiras é uma pequena vila, rodeada por enormes montanhas, no coração da ilha.
As caminhadas nos trilhos e nas levadas são a actividade de lazer mais procurada na ilha.
A vinha que dá origem ao famoso Vinho da Madeira é cultivada em socalcos e suportada por muros em terrenos naturalmente abruptos.
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O Parque Florestal do Ribeiro Frio, por exemplo, é um excelente local para passear a pé. Com uma vereda que liga o Ribeiro Frio à zona dos Balcões, este é um percurso agradável que permite desfrutar de vistas espectaculares, nomeadamente do vale profundo da Ribeira do Faial e do anfiteatro rochoso do Maciço Central e ainda do ponto mais alto da ilha, o Pico Ruivo. Caracterizada por uma vegetação verdejante e variada, a variedade de flora mais emblemática da ilha é, no entanto, a floresta Laurissilva, uma designação que deriva do latim Laurus (loureiro) e Silva (floresta). Esta é a floresta original da Madeira, a mesma que já aqui existia quando chegaram os descobridores portugueses, em 1419. A UNESCO reconheceu a Floresta Laurissilva da Madeira como Património Natural Mundial em 1999, galardão único em Portugal e que torna a floresta madeirense pertença biocultural de toda a humanidade. Um vasto conjunto de áreas protegidas, marítimas e terrestres, fazem do arquipélago da Madeira um destino ecológico por excelência. Além da já referida Reserva Natural das Ilhas Desertas, existem ainda a Reserva Natural Parcial do Garajau (a única exclusivamente marinha de todo o país), a O mergulho permite observar de perto a enorme variedade de espécies marítimas que existe na Madeira e tem vindo a ganhar mais adeptos entre os turistas.
A Igreja Matriz da Ribeira Brava, uma das povoações mais antigas da Madeira.
Reserva Natural da Rocha do Navio e a Reserva Natural da Ponta de S. Lourenço. No total formam o Parque Natural da Madeira que ocupa nada menos que 2/3 do território. É verdade que a ilha da Madeira não dispõe de um vasto areal como acontece em Porto Santo, mas não é por isso que o visitante deixará de apanhar banhos de sol e de mergulhar no mar. São vários os locais com estruturas balneárias que permitem usufruir ao máximo do clima ameno e das águas temperadas. Além disso, esta é também uma boa oportunidade para experimentar uma praia de pedras vulcânicas. Se for esta a sua escolha, lembre-se que um colchão insuflável vai dar jeito. Se insistir na areia, pode fazer um passeio até à Prainha, que fica perto da vila do Caniçal, e aproveite para visitar o Museu da Baleia. Acredite que vale a pena. Sempre com a natureza como pano de fundo, o golfe e o hipismo são outras alternativas para ocupar o tempo de lazer na ilha. O Clube de Golfe do Santo da Serra, situado na localidade do Santo da Serra, a pouca distância do Funchal, é unanimemente tido como um dos mais espectaculares de toda a Europa, sobretudo pelas belas paisagens de serra e mar que se alcançam a partir dele. Com grande tradição no golfe, a Madeira dispõe, além deste, de outros dois campos, o Palheiro Golfe, também na ilha da Madeira, e o Campo de Golfe do Porto Santo. Perto do golfe do Santo da Serra fica a Quinta de São Jorge com o seu Centro Hípico e escola de equitação. Se os cavalos são uma paixão ou mesmo uma mera curiosidade, não deve deixar este spot fora do seu programa. Com dois picadeiros, um coberto e outro ao ar livre, a escola tem monitores disponíveis e organiza passeios em percursos de serra. Entre o verde da vegetação e o azul do mar, a Madeira é uma opção próxima para quem quer fazer umas férias mais ecológicas. E se por acaso depois de tanto verde precisar de uns ares de cidade, não se esqueça que as pitorescas ruas da cosmopolita cidade do Funchal ficam logo ali.
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“FEEL WELCOME” Com 50 rotas directas e mais de 2,2 milhões de passageiros, o Aeroporto da Madeira é a porta de entrada do arquipélago que é um dos principais destinos turísticos do país.
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erca de 2,2 milhões de passageiros provenientes de diversas cidades, maioritariamente europeias, passam todos os anos pelo Aeroporto da Madeira. Hoje são mais de 30 as companhias que voam semanalmente em quase 50 rotas directas para o Funchal, a partir de onde se pode viajar directamente para cidades como Paris, Estocolmo, Varsóvia, Frankfurt, Londres ou Caracas. O maior número de ligações continua a ser, naturalmente, com as cidades nacionais de Lisboa e Porto. As duas capitais estão ligadas ao arquipélago de forma contínua por companhias de baixo custo, que têm permitido o aumento significativo do fluxo de passageiros entre a Região Autónoma da Madeira e o território continental. Porta de entrada e saída de todos os que por diferentes motivações visitam a Madeira, o Aeroporto da Madeira concluiu em 2002 avultados investimentos, nomeadamente o aumento da pista para 2781 metros e a total reformulação da sua aerogare, que passou a ter uma capacidade para 3,5 milhões de passageiros por ano. O espaço da aerogare tem vindo a ser melhorado de dia para dia, aumentando também o número de serviços disponíveis aos passageiros tais como informações turísticas, aluguer de viaturas e câmbios. As áreas dedicadas ao retalho e à restauração são também uma referência pela sua diversidade e qualidade. Os Aeroportos da Madeira – Funchal e Porto Santo – monitorizam anualmente o nível de satisfação dos passageiros num estudo desenvolvido pelo Airports Council International, estabelecem Níveis de Qualidade de Serviço com os seus parceiros, e são certificados desde 2007 pelas normas ISO 9001 e ISO 14001.
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Ambos os aeroportos são geridos pela ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA, empresa do Grupo ANA, através de um contrato de concessão com o Governo Regional da Madeira que prevê a sua gestão e exploração até 2033. A empresa tem vindo a desenvolver parcerias com várias entidades, através de um Programa de Incentivos ao Marketing Aeroportuário e de um Plano de Actuação Comercial com vista à melhoria da sua performance comercial e à aposta numa nova imagem dos aeroportos da Madeira e Porto Santo. Por tudo isso, a assinatura “Feel Welcome”, como os Aeroportos da Madeira gostam de se apresentar, faz todo o sentido.
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_entrevidas
O NOSSO PAÍS L u í s Patr ã o or g u lha - s e d e c onh e c e r b e m os q u atro c antos d o pa í s . Q u an d o t e m t e m p o l i v r e , v i a j ar c á d e ntro é o q u e m a i s g osta d e f a z e r . O ho m e m à f r e nt e d o T u r i s m o d e Port u g al q u e r r e c on q u i star o m e r c a d o i n g l ê s , c ont i n u ar a atra i r os e s panh ó i s e d o b rar a c u rto p ra z o a r e c e i ta t u r í st i c a na c i onal atrav és d e u m a a p osta f ort e na q u al i d a d e .
“O
nosso país” é a expressão que Luís Patrão repete mais vezes enquanto nos fala do trabalho no Turismo de Portugal, onde está neste momento a rever os objectivos do Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT), depois de a crise internacional ter posto em causa os anteriores. As palavras surgem como uma inevitabilidade do discurso e da função, mas com naturalidade. À frente do Turismo de Portugal desde 2006, Luís Patrão deixou o cargo de chefe do gabinete do primeiro-ministro, José Sócrates, para gerir o organismo responsável por uma das principais actividades económicas em Portugal. Colocado entre os 20 principais destinos turísticos do mundo, Portugal foi também afectado pela crise internacional que fez descer drasticamente o número de pessoas que viaja de férias de um país para outro. Aprovado em 2007, o PENT delineou como objectivos aumentar até 2015 em 60% o número de turistas que nos visitam e em 100% a receita turística nacional. A crise económica internacional
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acabou por atrasar a chegada a estas metas mas Luís Patrão reafirma que os principais objectivos se mantêm: crescer mais em receitas do que em número de turistas e crescer anualmente de forma sustentada. “Cumprindo o que o próprio PENT previa, estamos ao fim de três anos a fazer a sua revisão e uma das coisas que será revista é o ritmo de crescimento no nosso turismo, tendo em conta a circunstância extraordinária que foi a crise económica internacional”. Após a acentuada descida, nos últimos dois anos, de turistas do Reino Unido – o principal mercado emissor para Portugal – o presidente do Turismo assiste com interesse e expectativa à evolução da economia britânica. A crise e a desvalorização da libra em 50% diminuiu a competitividade dos destinos em euros e Portugal sentiu fortemente esse impacto. “Queremos continuar a concentrar-nos nos nossos mercados estratégicos, que são os mesmos e têm de voltar a responder. É esse esforço de retoma que estamos agora a fazer”, sustenta. Para fazer frente à quebra do mercado inglês – e também do alemão – a promoção do destino acentuou-se noutros países. Um mercado que tem respondido de forma muito positiva ao investimento feito em publicidade e presença comunicacional é o espanhol. Luís Patrão nota que, enquanto o turismo interno em
LuĂs PatrĂŁo, fotografado no Jardim Bordallo Pinheiro, no Museu da Cidade, em Lisboa.
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_entrevidas
Espanha está em quebra em 5%, a procura turística espanhola por Portugal tem aumentado em cerca de 5% por ano. “Portanto estamos a ser capazes de mostrar uma proposta de valor mais atractiva do que as próprias regiões espanholas”. O Brasil, que atravessa um momento de boom económico e todos os anos vê aumentar a faixa da população com capacidade financeira para viajar, é outro mercado com um potencial importante. Só este ano, em Portugal, o aumento do número de dormidas turísticas de brasileiros é superior a 40%. Por estes motivos e também pelas ligações históricas, Luís Patrão planeia tirar o melhor proveito possível das ligações aéreas que já existem para, em conjunto com a TAP, desenvolver o negócio no Brasil. As ligações aéreas são uma ferramenta fundamental a que o Turismo de Portugal tem dedicado especial atenção, nomeadamente através do programa Initiative:pt, uma parceria com a ANA e as agências regionais de promoção turística para criar e apoiar novas rotas aéreas de interesse turístico. Este projecto começou com um trabalho de prospecção que levou à detecção das origens com maior potencial de emissão de turistas. Concluiuse que havia um conjunto de mais de 40 cidades com aeroportos, de onde seria útil e necessário que passasse a haver rotas aéreas para Portugal. Para Luís Patrão, este programa de apoio permite fortalecer a capacidade de atracção dos nossos destinos turísticos, uma vez que passam a estar comodamente ao dispor de turistas de certas zonas do mundo, sobretudo da Europa. Por outro lado
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A Ribeira, no Porto, é um dos principais cartões de visita do Norte do país.
Nos Açores encontram-se paisagens únicas em Portugal.
permite que o esforço de promoção se concentre nas regiões adjacentes aos aeroportos e deixe de ser feita numa lógica nacional. “Por exemplo, em França, se passarmos a ter um voo de Lyon para Lisboa temos obrigação de concentrar uma boa parte da nossa publicidade na zona de atracção do aeroporto de Lyon e não no resto da França”, diz, acrescentando que isso permite segmentar o mercado e ser mais eficiente. O Initiative:pt permitiu também mostrar às companhias aéreas que Portugal era um destino onde existiam oportunidades de negócio para rotas aéreas equilibradas e sustentáveis, precisamente porque contam com o apoio das autoridades públicas, seja aeroportuárias, seja turísticas. Isto tem permitido, nota Luís Patrão, que hoje haja uma relação bastante próxima e de trabalho constante com muitas companhias aéreas. Até ao final do Inverno IATA 2009/10 já foram criadas 22 novas rotas ao abrigo deste programa, todas na Europa. “O nosso mercado principal continua a ser o europeu. A Europa representa para nós mais de 400 milhões de potenciais consumidores, os cidadãos europeus, que estão à distância de cerca de quatro horas dos nossos aeroportos”. Claro que não existem garantias quanto à longevidade das rotas, mas os apoios apenas são concedidos caso elas se mantenham. Embora as low cost tenham revelado uma maior agilidade a definir novas rotas, os apoios são concedidos a qualquer companhia que se proponha a voar para Portugal. E por apoio entende-se a realização, em conjunto com as companhias aéreas, de acções de marketing, de publicidade, de divulgação do país e da sua oferta turística. Portugal é um país de turismo maioritariamente estrangeiro. Cerca de dois terços das dormidas são de turistas estrangeiros e apenas um terço de nacionais. Esta é uma característica que o Turismo de Portugal está muito
O Mosteiro da Batalha é um exemplo da arquitectura gótica portuguesa.
O Castelo de Almourol, erguido numa pequena ilha no meio do Tejo, evoca os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários.
As praias algarvias são a principal atracção do Sul do país.
interessado em preservar, já que a atractividade turística externa do país é um dos seus maiores factores de competitividade. “Temos de manter esse figurino se quisermos continuar a ter no turismo a principal actividade exportadora nacional”, diz. Para manter a atractividade do destino é necessário não apenas uma oferta hoteleira de qualidade – actualmente a média da classificação dos hotéis está próxima das 4 estrelas – mas também apresentar propostas de valor adicionais, como cultura, animação, espaços públicos arranjados, boas vias de comunicação, etc. “Isso permite chegar a um leque mais alargado de turistas. Uma vez obtido e melhorado continuamente esse mix acabamos por ver surgir quase naturalmente a nossa atractividade turística”. Por isso, uma das suas bandeiras tem sido a criação de um calendário nacional de eventos e desde há três anos que o Turismo de Portugal tornou-se no principal promotor público de iniciativas culturais no país. “Temos vindo a reforçar o empenhamento financeiro mas
Sobretudo no Algarve, o golfe é também uma actividade que atrai cada vez mais turistas.
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também de imaginação sobre o que queremos ver surgir, de modo a gerar estímulos para que haja uma maior circulação de pessoas em Portugal”. Apesar de não ser uma alternativa aos turistas que vêm de fora, o turismo interno tem aumentado e actualmente já está mais perto dos 40% do que dos 33% que a procura turística nacional representava. Luís Patrão nota que é normal que em períodos de crise os países se retraiam na despesa e se concentrem nas suas próprias ofertas turísticas. Mas apesar deste aumento não tem dúvidas de que o maior investimento deve ser feito na procura externa. Quando deixou a Secretaria de Estado da Administração Interna, no segundo governo de António Guterres, foi presidente de uma empresa de informação turística. Durante esse período escreveu dois guias de viagens em Portugal, um em português e outro em espanhol. Por isso, e também pelas inúmeras viagens que já fez cá dentro, Luís Patrão orgulha-se de conhecer bem os quatro cantos de Portugal. Sempre que tem tempo livre, aproveita para sair em viagem para conhecer locais, iniciativas, actividades que estão a acontecer em algum ponto do país. Fá-lo, antes de mais, por prazer, embora tire vantagens disso no exercício das suas funções. “Eu sei do que estou a falar quando decido sobre cada processo que me aparece em cima da mesa. Sei onde fica, qual é a dimensão que tem, quais são as potencialidades que pode vir a trazer para aquela região”. As férias de Verão já foram passadas em diversos locais do litoral, de norte a sul: Esposende, Caminha, Figueira da Foz, Mira, litoral alentejano, Algarve… “Cada uma dessas regiões está associada a um momento específico da minha vida. Essa é, para mim, uma maneira muito apropriada de recordar o nosso país: ligá-lo a momentos da vida, a emoções, sentimentos, a situações que fazem parte da nossa história”. E, tal como nota a campanha lançada este Verão para o turismo interno, Portugal “é um país que vale por mil”, existem mil lugares onde podemos, cada um de nós, escrever a nossa história.
As paisagens pitorescas do Alentejo continuam por descobrir pela maior parte dos turistas que visitam Portugal.
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A campanha dirigida ao turismo interno convida os portugueses a descobrir a variedade de locais e paisagens que existem no país.
O património arquitectónico e a gastronomia são dois trunfos importantes da oferta turística nacional.
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ESPAÇOS PÚBLICOS SUSTENTÁVEIS O portal Gestão Sustentável de Espaços Públicos vai estar disponível no site da Agência Portuguesa do Ambiente. Desenvolvido pela ANA e pela Universidade Nova de Lisboa, é uma ferramenta útil para melhorar o espaço que é de todos.
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considerado um espaço público aquele que dentro do território urbano é de uso comum e de posse colectiva. A rua é o espaço público por excelência, mas um jardim, uma escola, a própria cidade ou a zona de partidas de um terminal de aeroporto são igualmente espaços públicos. Por terem um papel fundamental na estrutura social, económica e ambiental das cidades, a sua qualidade é uma condição essencial. Esta foi a ideia por trás do projecto Gestão Sustentável de Espaços Públicos (GSEP), desenvolvido em parceria pela ANA e pela Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Nova de Lisboa, e que se materializou num portal dentro do site da Agência Portuguesa do Ambiente (www.apambiente.pt). O portal GSEP permite caracterizar um espaço público e obter recomendações para a sua gestão sustentável, explica Ivo Silva, coordenador do projecto. A gestão sustentável assenta em alguns princípios fundamentais, como a minimização da pegada ecológica (através da redução de consumos ou de emissões poluentes), a recuperação ambiental, o respeito pelos valores da comunidade, a promoção da inclusão social, entre outros. Chegar a um diagnóstico e a um plano de acção para melhorar a sustentabilidade do espaço público passa por algumas etapas. A primeira é caracterizá-lo, enquadrando-o numa tipologia de espaços públicos e seleccionando os factores de estabilidade e respectivos indicadores que serão usados na análise. Depois define-se uma visão de sustentabilidade de longo prazo e identificam-se as linhas mestras para a atingir. Posteriormente há lugar a um diagnóstico da situação actual de sustentabilidade, segundo as dimensões ambiental, social e económica. Aqui são identificados pontos fortes, pontos fracos, oportunidades de melhoria e ameaças à sustentabilidade. Só depois é formulado um plano de acção com as medidas para melhorar a sustentabilidade do espaço público. O portal é uma ferramenta útil a todas as entidades que queiram abordar a questão do planeamento sustentável de espaços públicos. E porque um espaço público sustentável contribui para a qualidade de vida da comunidade em que se insere, este é um tema que deverá passar pela colaboração entre autoridades públicas, empresas, associações e cidadãos. Este projecto resultou de um desafio lançado à ANA pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, à semelhança de outros projectos de inovação realizados por outras empresas públicas no âmbito do “Compromisso com a Excelência”.
ENTRE CHEGADAS E PARTIDAS, DESCUBRA AS LOJAS, OS RESTAURANTES E AS CAFETARIAS DO AIRPORT SHOPPING DISCOVER OUR SHOPS, RESTAURANTS AND COFFEE SHOPS BETWEEN ARRIVALS AND DEPARTURES
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_insights
GESTÃO DA ANA RECONHECIDA INTERNACIONALMENTE
O compromisso da ANA com uma gestão de excelência acabou de ser reconhecido pela Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade. Ao mesmo tempo, os cinco aeroportos nacionais que se candidataram obtiveram uma certificação pela sua qualidade de serviço, atribuída pelo Airports Council International. E foram os primeiros da Europa a obtê-la.
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O
compromisso da ANA com uma gestão excelente foi reconhecido pela EFQM – Fundação Europeia para a Gestão da Qualidade, de acordo com o modelo europeu de excelência “Committed to Excellence”. Quase em simultâneo, quatro dos aeroportos da ANA (Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada), e o Aeroporto da Madeira, gerido por outra empresa do grupo ANA, a Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, foram certificados pelo Airports Council International (ACI) por um período de um ano no âmbito do Programa Airport Service Quality ASQ Assured. Foram os primeiros na Europa a receber esta distinção pelas boas práticas na sua gestão. Após a Certificação do Sistema de Gestão Integrado (nas vertentes da Qualidade, Ambiente, Segurança e Saúde no Trabalho, Responsabilidade Social e Investigação, Desenvolvimento e Inovação), a empresa decidiu dar continuidade à melhoria entretanto alcançada e optou pela implementação, até Julho de 2010, da primeira fase do Modelo de Excelência EFQM e ainda pela certificação dos seus aeroportos por parte do ACI. A validação, por dois anos, do reconhecimento “Committed to Excellence”, efectuada pela Associação Portuguesa de Qualidade – o representante nacional da Fundação Europeia
Os aeroportos do Porto, Lisboa, Faro, Ponta Delgada e Madeira:a qualidade do serviço é uma meta alcançada.
para a Gestão da Qualidade – coloca a ANA na lista das empresas internacionais reconhecidas pela EFQM como tendo estabelecido um compromisso inequívoco com uma gestão excelente. Em simultâneo, o ACI certificou os cinco aeroportos portugueses candidatos à Certificação Airport Service Quality /ASQ Assured por um período de um ano. O Porto obteve a classificação mais alta, 78,7%, Lisboa teve 75,9%, Faro 73,9%, Ponta Delgada 71,1% e o Aeroporto da Madeira 72,6%. O Gabinete para a Gestão da Qualidade da ANA, responsável pela condução destes processos, observa que estas distinções só foram possíveis graças ao envolvimento de toda a empresa. Após um período de auto-avaliação, em que foram identificadas áreas de melhoria, foi seleccionado um conjunto de projectos prioritários com o objectivo comum de melhorar o desempenho da empresa e o serviço prestado aos passageiros e às companhias aéreas. A revisão do site da ANA foi um dos projectos seleccionados. Tanto os conteúdos como o grafismo foram reformulados com uma orientação clara
para os passageiros. Uma alteração que teve frutos quase imediatos já que os visitantes do site aumentaram mais de 15% em relação a períodos homólogos desde o lançamento, a 21 de Maio. Além disso, foram lançados perfis no Facebook para os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada, uma experiência que procura avaliar as mais-valias para a ANA de uma presença activa nas redes sociais. Outro projecto desenvolvido foi a adopção de uma metodologia que apoiará a tomada de decisão para todos os projectos que envolvam Tecnologias de Informação e Comunicação, sendo transversal a toda a organização, a qual tem como linha de orientação estratégica uma gestão rigorosa dos investimentos em infra-estrutura aeroportuária.
Os aeroportos portugueses foram os primeiros na Europa a obter a certificação Airport Service Quality/ASQ Assured, atribuída pelo ACI.
A melhoria do desempenho dos fornecedores da ANA foi outra das áreas escolhidas para intervir. Para isso foram implementados projectos-piloto de controlo operacional para quatro contratos: Resíduos Sólidos Urbanos no Aeroporto do Porto, Sistema de Tratamento de Bagagem no Aeroporto de Lisboa, Limpeza no Aeroporto de Ponta Delgada e Segurança no Aeroporto de Faro. Os procedimentos e especificações relacionadas com a avaliação dos fornecedores também foram revistos. De acordo com a avaliação da EFQM, a empresa está apta a avançar para o nível “Recognised for Excellence”, o passo seguinte deste modelo de excelência, tendo sido recomendada a sua candidatura.
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_insights
RUMO AO ALENTEJO Enquanto decorrem os procedimentos para a certificação do Aeroporto de Beja para o tráfego civil, a exploração poderá avançar com o estacionamento de longa duração e a manutenção de aviões. Os primeiros passageiros só deverão aterrar no Alentejo em 2011.
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E
stão em curso e deverão terminar em breve as intervenções necessárias para a certificação do Aeroporto de Beja pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). O processo é conduzido por um grupo de trabalho constituído por elementos da ANA, da Força Aérea Portuguesa e do INAC. Enquanto não é possível a operação de transporte aéreo, a ANA decidiu avançar com outros negócios que possam contribuir para a exploração da infra-estrutura e permitir praticar taxas competitivas no futuro. As actividades com mais potencial e que podem arrancar no
curto prazo são a manutenção de aeronaves e o estacionamento de longa duração. Rui Veres, do Conselho de Administração da ANA , explica que, devido ao problema da capacidade dos aeroportos, sobretudo do de Lisboa, deslocar as instalações das empresas que fazem manutenção para Beja é uma alternativa interessante. Foi feita uma consulta a todas as empresas nacionais licenciadas para efectuar manutenção e dentro de alguns meses esta actividade deverá avançar no Aeroporto de Beja. Quanto ao estacionamento de longa duração, que se transformou num problema grave no congestionado Aeroporto de Lisboa, Beja é uma alternativa muito válida para as empresas que precisam de ter os seus aviões estacionados por longos períodos de tempo. Esta actividade pode ter início imediatamente. Após a decisão governamental de converter a Base Aérea Militar de Beja em aeroporto para tráfego civil, a gestão da infra-estrutura adicional (uma plataforma de estacionamento e terminais de passageiros e carga), desenvolvida pela Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), uma empresa de capitais públicos e privados, foi entregue à ANA . “Os estatutos da EDAB não contemplavam a exploração do aeródromo e o governo considerou que após o fim das obras seria a ANA , enquanto gestora aeroportuária, a empresa responsável pela exploração do Aeroporto de Beja”, explica Rui Veres. Foi criada na ANA uma equipa de projecto para levar a cabo as obras de adaptação da base militar, e criar condições para a exploração do aeroporto. Rui Veres explica que a conversão de uma base militar em aeroporto civil é um processo moroso, tendo em conta que os requisitos e exigências internacionais da aviação civil, sobretudo em questões relacionadas com a segurança, não são os mesmos que os dos aeroportos militares. Existem elementos na própria base aérea que são obstáculos ao tráfego civil e, uma vez que o grosso da infra-estrutura continuará a ser militar, nomeadamente as
áreas onde os aviões aterram e circulam, é necessário adaptá-la. Estas alterações vão permitir a certificação do aeroporto, que será feita em duas fases. Na primeira apenas será permitida a operação de voos sem passageiros, ficando as aeronaves com passageiros para mais tarde. Além da certificação existem outras condições necessárias para que o aeroporto possa começar a operar, nomeadamente todos os meios de que a ANA necessita para a sua exploração. Nesta categoria cabem tanto os equipamentos necessários à operação (uns têm que ser adaptados, outros adquiridos) como o plano de exploração, os contratos com fornecedores, os recursos humanos e ainda os procedimentos relacionados com a integração do novo aeroporto na rede da ANA. Concluídos os processos que permitem transferir para a ANA os activos da EDAB, a empresa está já a trabalhar no marketing aeroportuário. O levantamento das possibilidades de rotas, tanto no que respeita a passageiros como a carga, está a ser feito em conjunto com outros interessados, sejam entidades regionais de promoção turística, empresas hoteleiras ou prestadores de serviços. Iniciou-se também um trabalho de promoção do destino Alentejo no exterior e contactos com companhias aéreas, hoteleiros e operadores turísticos. Rui Veres destaca que existem meios de incentivos para ajudar as transportadoras a montar a operação. No entanto, dadas a dimensão e características do mercado, o que será mais viável no início é a operação de voos charter. “A intenção é que no Verão IATA de 2011 (definido pela Associação Internacional do Transporte Aéreo entre Abril e Outubro) possa começar a haver no Aeroporto de Beja voos com passageiros”, diz o administrador. O maior entrave ao desenvolvimento de rotas aéreas sustentáveis para o Aeroporto de Beja é a pouca capacidade hoteleira que existe. Apesar de haver diversos projectos turísticos em curso, sendo o do Alqueva o mais significativo, a oferta que existe actualmente, sobretudo unidades de turismo rural, é ainda incipiente. Rui Veres adianta que estão também a ser feitos contactos com a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva no sentido de abordar eventuais investidores e desta forma contribuir para, em conjunto com o aeroporto, fixar emprego e actividade económica na região.
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_insights QUAL O NOSSO RISCO? O que poderia acontecer à procura dos serviços prestados pela ANA com a entrada em funcionamento do TGV? E se a TAP fosse adquirida por outra companhia? E que riscos resultam da dependência, por parte de alguns aeroportos, das companhias low cost? Podem ser apenas hipóteses – mas uma empresa como a ANA tem que estar preparada.
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P
ara responder a estas e outras questões, antecipar os riscos e sugerir medidas que os mitiguem, foi criada no final do ano passado a Assessoria de Gestão de Risco, integrada na Direcção Financeira. E para coordenar este serviço a administração chamou Helena Veiga, que possui experiência do sector aeroportuário e o perfil certo para fazer uma leitura estratégica do risco associado à actividade da ANA. Foram identificados 6 riscos prioritários. O primeiro é o negócio corrente - para a monitorização do qual existe um software com o sugestivo nome de “Cristal Ball”, que permite saber que percentagem do EBITDA está em risco. Outro dos riscos identificados são os grandes projectos e investimentos, uma área importante na actividade da ANA. O novo modelo regulatório é também um risco para a actividade da empresa, sobretudo porque obriga a planeamentos com uma antecedência de 5 anos que se não forem rigorosos podem traduzir-se em prejuízos para a empresa. Os outros riscos apontados são o risco de crédito, o risco financeiro e a disrupção na procura, que tanto pode ocorrer devido a qualquer um dos cenários apontados em cima como por causa de um fenómeno natural, como foi o caso da nuvem de cinzas do vulcão islandês que durante muitos dias manteve os aviões no chão no início deste ano. Para cada um destes cenários, mais ou menos possíveis, explica Helena Veiga, são criadas metodologias que quantifiquem os riscos e sugeridas medidas que os evitem ou que os tornem menores em caso de se concretizarem. A gestão do risco, habitualmente mais associada ao sector financeiro, porque a banca foi o primeiro sector obrigado a fazê-la, é uma actividade a que cada vez mais empresas têm vindo a dar atenção. Na ANA, o trabalho de monitorização dos riscos é posteriormente relatado ao Comité de Risco da empresa, do qual fazem parte dois membros do Conselho de Administração, um director e ainda outros elementos que não são fixos e são seleccionados consoante os temas a tratar.
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_ambientes
VALE A PENA ACREDITAR Fomentar a esperança. É este o objectivo final da Associação Acreditar, que há 17 anos ajuda crianças a quem é diagnosticado cancro e as suas famílias a superar os vários problemas que se colocam numa fase tão difícil.
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esperança que a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro – oferece está fundamentada pela actual taxa de cura do cancro infantil: cerca de 70% dos cancros em crianças podem ser totalmente curados e a cada dia que passa registam-se progressos na luta contra a doença. O trabalho desta Instituição Particular de Solidariedade Social reparte-se por núcleos regionais, correspondentes aos centros urbanos onde existem hospitais de oncologia pediátrica: Porto, Coimbra, Lisboa e Funchal. Mas grande parte das crianças que são tratadas em hospitais não vive nos grandes centros urbanos. Algumas são de regiões deles distantes, não só do Continente, como da Madeira, dos Açores ou de países africanos de expressão portuguesa. Esta situação obriga frequentemente ao alargamento forçado dos períodos de internamento ou à instalação das famílias em condições precárias e não adaptadas. Para a Acreditar, a resposta encontrada foi a criação de raiz de casas de acolhimento que possam ser o lar de todos os que estão deslocados durante estes períodos e garantir apoio às crianças e famílias. A primeira casa foi construída em Lisboa em frente ao Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. A Casa de Lisboa tem 12 quartos e, desde 2006, que a ANA apoia a associação através do patrocínio de um dos quartos. Para Margarida Cruz, directora-geral da Acreditar, a importância do apoio regular de uma empresa com as características da ANA é fundamental, não só “porque permite a realização dos projectos e do trabalho da associação na medida em que esta depende de fundos privados para a respectiva execução”, mas também porque “sendo prestado por uma
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A Casa Acreditar de Lisboa, em frente ao Instituto Português de Oncologia, foi a primeira a abrir as portas.
empresa de referência do mercado português, pode levar a que outras sigam o seu exemplo”, nota. A Acreditar, que vive essencialmente dos apoios dos associados e amigos, do trabalho de voluntários e de um reduzido corpo de pessoal administrativo, já conseguiu construir também casas em Coimbra e no Funchal. Mas o apoio da Acreditar vai muito além da disponibilização de alojamento: promove actividades
Desde 2006 que a ANA patrocina um dos quartos na Casa Acreditar de Lisboa.
Grande parte das crianças que procura os hospitais para tratamento não vive nos centros urbanos. Algumas são de regiões distantes, como a Madeira, os Açores ou os países africanos de expressão portuguesa.
lúdicas, como campos de férias ou viagens, fornece apoio jurídico e ainda edita originais e traduções de publicações relacionadas com o tema do cancro e que são muito úteis às famílias. No âmbito do voluntariado, Cláudia Mesquita, do Gabinete para a Gestão da Qualidade da ANA, colaborou na associação durante largos anos. “Qualquer palavra sobre a minha experiência de voluntariado na Acreditar, no IPO, ficará sempre muito aquém do que sentia a cada turno passado. Lembro-me da bebé com quem partilhei o meu
primeiro dia, do nome, da cara... de um menino que partiu e de todos aqueles com quem muito aprendi e com quem vivi experiências muitíssimo gratificantes e igualmente intensas”. Todos os anos surgem mais casos de cancro infantil. As crianças com cancro e os seus pais sofrem durante anos psíquica, física e economicamente. A experiência mostra que a solidariedade é um factor de extrema importância para ajudar a minimizar os problemas causados pelos longos e difíceis períodos de tratamento. É por isso que a Acreditar “trata a criança com cancro, não só o cancro na criança”.
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_follow me
A 100 À HORA Ideias, projectos e desafios são talvez as palavras que repete mais vezes. A gestora de marketing, comunicação e eventos da Direcção de Retalho sabe bem que, mais do que lojas, os espaços comerciais dos aeroportos são, para milhões de pessoas, uma das principais portas de entrada do país.
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iz a sabedoria popular que só temos uma vida completa quando plantamos uma árvore, escrevemos um livro e temos um filho. À parte do filho – e neste capítulo já leva vantagem porque já tem dois – Iolanda Campelo ainda não fez nenhuma das outras duas coisas. No entanto, participou no processo de criação da marca do “Airport Shopping” que é uma árvore estilizada, e em breve irá lançar um conto infantil. Por isso, afirma que está a caminho da realização. Quando chegou à ANA, há 9 anos, depois de responder a um anúncio para trabalhar no arranque de um departamento de marketing e comunicação na direcção comercial, estava muito por fazer nesta área. “Foi um desafio!”, diz. Na bagagem trazia já uma experiência considerável. Trabalhou na Egor, onde participou na organização da maior competição nacional de desporto-aventura para empresas, o Challengers Trophy. Foi responsável de marketing na Adecco e, na Sonae Sierra, esteve no lançamento do marketing do Centro Comercial Vasco da Gama. Foi durante os cinco anos na Sonae que “começou a ser consumida pelo bicho do retalho”, como costuma dizer. Licenciada em Ciências da Comunicação, durante algum tempo hesitou entre o jornalismo e as relações públicas. Chegou a fazer estágios na informação mas quando, ainda na faculdade, experimentou a
organização de eventos, para finalistas e ex-alunos, soube que tinha encontrado um rumo profissional. Na ANA trabalhou primeiro como gestora de lojas até que começou a ocupar-se da promoção e comunicação das áreas comerciais. A Direcção de Retalho é hoje uma dinâmica equipa de 25 pessoas responsável pela comercialização, remodelação, ampliação e dinamização dos espaços comerciais dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Açores. Em curso estão vários projectos modernos e ambiciosos que levam em conta as novas tendências do retalho aeroportuário no mundo. Iolanda Campelo explica que a estratégia seguida em cada aeroporto pretende melhorar a experiência de compra dos passageiros e criar uma oferta adaptada ao novo perfil de consumidores, novos hábitos e A estratégia seguida em novas tendências de consumo. cada aeroporto pretende Há hoje a necessidade de olhar melhorar a experiência de para uma nova segmentação dos passageiros. É fundamental compra dos passageiros e ter em atenção os estilos de criar uma oferta adaptada ao vida, a nacionalidade, o modo novo perfil de consumidores. de viagem (se está sozinho, em grupo, em família, em negócios ou em lazer), bem como o tempo que tem disponível, facto que continua a ser o principal obstáculo ao consumo. Por se tratar de um sector muito dinâmico, é preciso estar constantemente informado e actualizado sobre as últimas tendências. Por isso, Iolanda Campelo vive “a 100 à hora” e no seu léxico palavras como “desafios”, “ideias” e “projectos”, surgem naturalmente. “Existe todo um mundo novo no retalho aeroportuário que é muito atractivo. Há muito para fazer ao nível de estratégias de comunicação e projectos online.” Um projecto para breve é continuar a apostar na sua formação pessoal, com uma pós-graduação ou um mestrado numa área que venha complementar os conhecimentos e experiência já adquiridos, como por exemplo, a área de comportamento do consumidor. Adepta das grandes viagens – tem na Costa Rica, Amazónia e Maldivas os destinos preferidos – quando está em trânsito mantém os olhos bem abertos nos aeroportos por onde passa. Elege o Aeroporto de Singapura como o melhor, destaca o do Dubai, pela dinâmica e pela diferença e, na Europa, escolhe Schiphol, A Livening, pela oferta e diversidade. Agora que os filhos pequenos que já vai na 5ª impedem deslocações maiores são os amigos que estão edição, mostra aos passageiros encarregues de deitar um olho às lojas dos aeroportos o que há de por onde vão passando. melhor nos aeroportos É também responsável pela coordenação da revista nacionais. Livening e do site www.liveningonline.com que mostram aos passageiros o que de melhor há para comprar e consumir nos aeroportos nacionais. É com um orgulho mal disfarçado que Iolanda fala do trabalho e da empresa, que é afinal uma das principais portas de entrada no país.
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DESAFIOS DE UM AEROPORTO CONGESTIONADO Em qualquer aeroporto cabe aos oficiais de operações aeroportuárias, os OPAS, a segurança operacional na área de movimento do aeródromo e a gestão das infra-estruturas, tanto no terminal como na placa do aeroporto. Mas num aeroporto congestionado como o de Lisboa há desafios novos quase todos os dias.
S
ubindo as escadas de ferro encaracoladas vamos ter à antiga torre de controlo do aeroporto, a partir de onde é feita hoje em dia a coordenação de aeródromo. Um espaço circular, todo envidraçado, com vários monitores dispostos à volta que vão bombeando informação a cada minuto. Nuno Lopes, Oficial de Operações Aeroportuárias – ou OPA, na linguagem dos aeroportos – é o nosso guia. Trabalha no Aeroporto de Lisboa há três anos mas antes de entrar para a ANA teve outros empregos que o levaram ao Aeroporto de Faro e aos açorianos de Ponta Delgada e de Santa Maria. Estava já familiarizado com o meio aeroportuário quando respondeu a um anúncio para OPA em Lisboa. Sobre as operações aeroportuárias tinha a imagem mais clássica relacionada com a função, a condução do follow me. Os primeiros dias dos seis meses de formação foram suficientes para perceber que a condução do carrinho amarelo que indica as posições de estacionamento aos aviões não era mais do que uma pequena parte do trabalho. Um OPA é responsável por funções tão diversas que vão desde a gestão das infra-estruturas, tanto na placa como no terminal, à garantia de que tudo decorre de acordo com as normas de segurança. No Aeroporto de Lisboa que, como se sabe, é um aeroporto congestionado e que ao longo dos anos tem vindo a receber obras de remodelação e expansão, as coisas podem mudar com alguma rapidez. No terminal a sinalização é extremamente importante, nota Nuno Lopes, para orientar os passageiros. Por outro lado, sinalização excessiva pode ter um efeito contrário, por isso, a presença dos OPA no terminal é essencial não só para garantir que tudo está a funcionar como devia, portas, tapetes, sinalização, etc, como também para assistir os passageiros que necessitem.
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No lado ar a situação é mais ou menos a mesma sendo que a assistência e a supervisão aqui são prestadas às aeronaves e aos diversos operadores que se movimentam neste lado do aeroporto. Um OPA tem que garantir a movimentação segura das aeronaves no solo bem como de todos os operadores que utilizam os caminhos de circulação. Tendo em conta que por vezes há obras a decorrer dentro da área de movimento do aeródromo, nota Nuno Lopes, a tarefa é duplamente exigente. “É preciso assegurar que todas as obras decorrem dentro das normas e procedimentos de segurança, que estão assinaladas, vedadas, etc, e isso cabe-nos a nós”. No Aeroporto de Lisboa são cinco equipas de dez elementos que se revezam em turnos – das 7h às 15h,
das 15h às 0h e das 0h às 7h. A regra é trabalhar três dias e descansar ao quarto e quinto, embora muitas vezes seja necessário ter posições de reforço, sobretudo quando se sabe que por algum motivo vai haver mais movimento no aeroporto. Foi o que aconteceu, por exemplo, nos dias em que decorreu a Cimeira UE-África, durante a presidência portuguesa da União Europeia. Apesar do esforço extra, Nuno Lopes afirma que “é muito interessante estar no aeroporto nesses dias”. A distribuição das tarefas é feita pelos supervisores operacionais que também são responsáveis pela verificação do correcto funcionamento das operações. Para a gestão operacional existe o UFIS, um software de planeamento que os OPAS utilizam para inserir, gerir
e consultar os movimentos que irão ocorrer, onde estacionam, etc. Com 29 anos, Nuno Lopes é licenciado em Gestão de Recursos Humanos e está a fazer uma pós-graduação em Higiene e Segurança no Trabalho. Apesar de as exigências académicas para o cargo de OPA não irem além do 12º ano, muitos são licenciados e “alguns colegas até têm duas licenciaturas”, nota. “A formação pessoal é sempre importante quer seja relevante para as funções que ocupo actualmente ou não”. Na antiga torre de controlo os monitores continuam a descarregar informação e os operacionais a lidar com ela. A localização é privilegiada, com vista para as pistas e para todo o aeroporto. Dali, melhor do que de qualquer outro sítio, se vê como cresceu e foi sendo aumentado, a pouco e pouco, o Aeroporto de Lisboa.
Um OPA tem que garantir a movimentação segura das aeronaves no solo bem como de todos os operadores que utilizam os caminhos de circulação.
A condução do follow me e o marshalling, a sinalização visual entre o pessoal no solo e os pilotos, são as funções mais emblemáticas de um OPA, mas o trabalho não se fica por aí.
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NANT “JOIE DE VIVRE”
“Nantes é provavelmente, a par com Paris, a única cidade francesa onde sinto que alguma coisa importante me poderá acontecer”. Estas palavras, proferidas pelo poeta surrealista André Breton, espelham bem o carisma e os atractivos de Nantes, hoje a sexta maior cidade francesa.
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ituada a 50 quilómetros da costa atlântica, Nantes é a porta de entrada do Vale do Loire e da Bretanha e um lugar extremamente atraente que se destaca pela sua elegância, estilo e modernidade. Com cerca de 270 mil habitantes, surge habitualmente no topo da lista das cidades francesas com maior qualidade de vida, certamente devido aos muitos parques, às lindas ruas empedradas, à excelente actividade artística e cultural e também por funcionar como um relógio suíço.
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Seguindo as pegadas de Breton, sugerimos-lhe um roteiro de dois dias pela cidade dos duques da Bretanha, que combina heranças poderosas: a influência de Anne de Bretagne, as histórias dos grandes aventureiros marítimos que dali saíram entre os séculos XVI e XIX para o mundo inteiro, o legado dos inovadores da indústria e o amor pela arte. Nantes respira a famosa “joie de vivre”, com a brisa do Atlântico em fundo.
Primeiro dia 10h30 – Museu do Castelo dos duques da Bretanha
A residência dos Duques foi o primeiro castelo à beira do rio Loire. Após uma renovação que durou 10 anos, abriu ao público em 2007.
ES O castelo dos duques da Bretanha (em cima) e a Catedral de Nantes (em baixo) são os edifícios mais imponentes da cidade.
Aqui nasceu Anne de Bretagne (1477-1514), filha do duque Francisco II, que, graças aos seus dois casamentos, uniu o ducado à França. 12h30 – Crêperie
Depois de um desvio pela Catedral e uma visita ao seu sumptuoso interior, tire tempo para relaxar e provar uma especialidade local: crepes! Pode testar o seu conhecimento dos livros de Júlio Verne, o mais ilustre filho da terra, enquanto saboreia o seu crepe num dos locais favoritos: a Crêperie Heb Ken (perto da Rue Crébillon).
14h – Quartier du Bouffay
Um passeio depois do almoço ao longo das estreitas ruas pavimentadas do bairro medieval. Este é o centro histórico de Nantes, onde tudo começou com a chegada da tribo gaulesa dos Namnetes (que ali se mantiveram até à conquista romana). 15h – Passage Pommeraye
O Passage Pommeraye, uma arcada com três andares em estilo neoclássico do século XIX, liga a Rua Crébillon, em cima, com a Place du Commerce, em baixo, e é um excelente ponto de partida para umas compras em Nantes. Aproveite para apreciar o rebuscado interior da tradicional chocolataria Gautier Debotté que foi classificada como monumento nacional.
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18h – Um cruzeiro ao longo do Loire
15h – Máquinas da ilha
A empresa Navibus liga Nantes ao pequeno porto de pesca de Trentemoult, na margem esquerda do Loire, que, por estar situado mesmo em frente ao centro, oferece uma magnífica vista sobre a cidade.
Alguma vez viu um elefante de 12 metros a caminhar pela cidade? Ou já pedalou numa lula? Ou já andou num carrossel de animais subaquáticos? Na Galerie des Machines pode fazer tudo isto e muito mais. Les Machines de I’Île são um grupo de artistas especializados em fazer grandes obras robóticas, usando materiais como ferro e madeira, cuja complexidade não deixa de impressionar.
19h30 – Restaurant La Civelle, em Trentemoult
Neste restaurante combina-se a qualidade com a simplicidade: pratos de frutos do mar e produtos regionais frescos. Depois disto nunca mais podemos dizer que a cozinha francesa é complicada e pretensiosa. 23h – Lieu Unique
Chegou a hora para alguma cultura hip no Lieu Unique (Lugar Único). Esta antiga fábrica dos biscoitos LU foi transformada em centro cultural que explora todas as formas de arte, principalmente as contemporâneas. É ao mesmo tempo um espaço de vida e convívio. Pode-se sentar e tomar um copo, fazer uma refeição, comprar um objecto design ou um bom livro, ou até passar horas num hamman – um spa ao estilo marroquino – construído na cave da fábrica.
17h – Um copo no Hangar das Bananas
Siga os Anéis de Buren espalhados ao longo do Cais das Antilhas e descubra esta nova área de Île de Nantes, um centro de lazer, turismo e cultura. O Hangar das Bananas (que antes não era mais do que um armazém) é agora um local com uma galeria de arte, restaurantes, bares, discotecas e várias esplanadas.
As lojas da Passage Pommeraye convidam o visitante a “crébillonner”, palavra inventada a partir do nome da rua Crébillon, onde se situa a galeria, e que designa um passeio pelas montras.
Segundo dia 10h – O Mercado de Talensac
É o mais antigo mercado de Nantes, foi inaugurado em 1937 e é desde então uma instituição local. Abre todos os dias das 8h às 13h, excepto às segundasfeiras, e os nanteses adoram percorrê-lo e fazer ali as suas compras. 11h – Museu de Belas Artes
Turner, Ingres, de la Tour, Courbet, Chagall, Picasso, Monet, Chaissac, Dubuffet, Tinguely, Kandinsky... O Museu de Belas Artes, um edifício do século XIX com um pátio transbordante de luz, alberga colecções desde os primitivos italianos até à arte contemporânea. 13h – Almoço no La Cigale
O La Cigale é sem dúvida a mais bela “brasserie” em toda a França. Com a sua exuberante decoração dourada Art Déco, é um deleite tanto para o palato como para os olhos.
À beira da Ilha de Nantes, 18 anéis concebidos por Daniel Buren cortam circunferências no céu e na terra.
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Na antiga fábrica dos biscoitos LU é hoje possível ver exposições, tomar um copo ou comprar um livro.
A vida nocturna é animada e variada. Na foto, o Bar Le Carroussel. La Fontaine de Verre foi feita em 1993 com o dinheiro obtido com a venda de vidro usado.
20h – Jantar-cruzeiro no rio Erdre
Embarque num dos famosos Bâteaux Nantais para um jantar mágico enquanto navega num dos mais belos rios de França. Aprecie os bosques e pântanos nas margens, assim como as grandes propriedades que ainda testemunham a glória de um passado.
O Grand Eléphant das Machines de l’Île oferece um passeio extraordinário nas passadas de Júlio Verne.
COMO IR: A Transvia voa do Porto para Nantes às segundas e sextas-feiras às 19h30. A chegada de Nantes ao Porto acontece nos mesmos dias às 13h45. O Aeroporto Nantes-Atlantique fica a 10 quilómetros do centro da cidade e existem as eficientes “navettes” que fazem o percurso em 20 minutos.
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_lifestyle
NOVO CAFÉ NAS CHEGADAS A
pensar nos mais apressados mas também nos mais descontraídos, abriu recentemente na área pública das Chegadas do Aeroporto de Lisboa o Slice Caffé, um espaço que concilia refeições ligeiras, petiscos e cafetaria. Para responder a todas as necessidades tem uma zona de sofás e outra de mesas altas para consumos rápidos. O Slice Caffé propõe abranger necessidades de refeições ligeiras como pequenos-almoços, lanches e brunchs. O balcão divide-se em três áreas distintas: charcutaria gourmet, pastelaria e tapas, frias e algumas quentes, confeccionadas no forno e finalizadas na sua maioria à vista do cliente. Na charcutaria, os produtos estão prontos para serem fatiados no momento e as sanduíches são compostas ao gosto do cliente, sendo ainda possível aromatizálas com um dos deliciosos molhos disponíveis. A área da pastelaria é uma verdadeira tentação: grande variedade de bolos, cafés, bebidas quentes, chocolates e chás.
DESIGUAL NA FASHION GATE A
mais original das marcas de roupa catalãs acabou de chegar ao Aeoporto de Lisboa, com a criação de um “corner” dentro da Fashion Gate. A Desigual, que como o nome diz quer marcar a diferença através da originalidade dos seus produtos, registou nos últimos anos um enorme crescimento. Actualmente existem mais de 1500 pontos de venda espalhados por todo o mundo (só em Espanha existem 700), em países tão díspares como a Inglaterra e o Líbano. No espaço da Fashion Gate a marca disponibiliza a linha de senhora, criança e acessórios nas vertentes casual, chic, urban e fashion wear. A Desigual foi criada em 1984 por Thomás Meyer, então com apenas 20 anos. Passadas mais de duas décadas, a marca continua a crescer e a praticar a mesma filosofia, apostando em colecções urbanas e desportivas, com destaque para os jeans, t-shirts e camisas. Na década de 90 começou a ser conhecida através das estampagens audazes e coloridas que lhe valeram muito do sucesso que tem hoje.
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s passageiros para destinos não Schengen à partida de Lisboa têm desde Junho mais duas novas lojas na mais recente área do aeroporto, o Pier Norte. A papelaria/livraria/tabacaria Divers é um conceito que já existia no aeroporto, uma loja diversa que apresenta uma excelente colecção de livros, de autores nacionais e estrangeiros, uma criteriosa selecção de imprensa e ainda uma zona dedicada a artigos diversos, sobretudo úteis para quem viaja, como malas de viagem, música, produtos regionais e uma grande variedade de “gifts”. Na Divers há também um espaço dedicado a alimentação que inclui bebidas, snacks, doces e pastilhas. A outra novidade no Pier Norte é a loja Adolfo Dominguez. Depois do Porto, chegou a vez do Aeroporto de Lisboa dar as boas-vindas ao estilista galego que assim abre mais uma loja em Portugal. Tratase de um conceito de pronto-a-vestir e acessórios de criação espanhola, presente em várias cidades do mundo, que conjuga design arrojado e moderno com distinção.
MAIS LOJAS NO PIER NORTE
FAZER COMPRAS EM QUALQUER LADO Desde o dia 1 de Julho que os trabalhadores da ANA já podem fazer compras em todas as lojas localizadas na área restrita de partidas do T1, desde que possuam cartão de acesso a essa área. Se é colaborador da ANA informe-se sobre todas as condições e vantagens em www.staffonly.com.pt. Basta registar-se para saber como proceder. E boas compras!
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GOLFE SEM PREOCUPAÇÕES A partir de agora quem vier jogar golfe no Algarve já não tem de se preocupar com a despesa e o incómodo de transportar os tacos. O Clubs to Hire abriu recentemente um espaço no Aeroporto de Faro. À disposição de todos os golfistas.
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e já viajou de avião com os seus tacos de golfe sabe bem como isso pode ser aborrecido. Além das taxas de transporte cobradas pelas companhias aéreas há o desconforto de os carregar e esperar por eles nos tapetes de “bagagem fora de formato”. Quem vier jogar golfe num dos muitos campos do Algarve já não tem que se preocupar com nada. Basta aceder ao site www.clubstohire. com, registar-se, reservar os tacos que deseja, indicando a data que pretende e pagar com o cartão de crédito. Assim que aterrar no Aeroporto de Faro só tem que se deslocar à loja Clubs to Hire e recolher os tacos. Existe uma variedade de tacos de diversas marcas, como TaylorMade ou Seve Ballesteros, para atender a todas as necessidades e preferências. O período de aluguer vai de um dia até 4 semanas. O Clubs to Hire foi uma ideia do golfista irlandês Paul McGinley, cansado de pagar dinheiro extra para levar consigo os tacos nas suas viagens de golfe. O Aeroporto de Faro foi o primeiro a abrir as portas a este projecto, mas McGinley vai abrir outras lojas em Dublin, de onde é natural, em Edimburgo, Glasgow e em Málaga. Além de ser mais barato alugar os tacos do que pagar o transporte, McGinley destaca a conveniência do serviço. “Veja-se, por exemplo, o caso da minha mãe: ela tem os seus tacos e vai passar uma semana a Portugal. Tem de pagar €30 euros em cada trajecto e além disso tem que carregar com os tacos através dos aeroportos”, disse McGinley ao Irish Golf Desk, um portal irlandês sobre golfe. No regresso a casa, os clientes só têm que entregar o material no aeroporto e seguir viagem. Prático mais prático não há.
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O PETER’S NO AEROPORTO O MAIS FAMOSO BAR DO ATLÂNTICO NORTE CHEGOU AO AEROPORTO DA HORTA. COM UMA EXCELENTE VISTA PARA A PISTA E PARA O PICO PODEM DESFRUTAR-SE PRATOS TIPICAMENTE AÇORIANOS E SABOREAR O GIN TÓNICO DA PRAXE.
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s aviões a aterrar e descolar, o mar e o Pico ao fundo. É esta a deslumbrante vista do novo restaurante Peter Cafe Sport, que abriu recentemente no 3º piso, no Aeroporto da Horta. Com este novo restaurante a passagem pelo Aeroporto da Horta tem tudo para se tornar inesquecível. E quem não tinha motivos para ir ao aeroporto agora já tem, uma vez que o Peter’s é um convidativo espaço para relaxar ao fim da tarde. Por outro lado, se está no aeroporto e não tem tempo para se deslocar ao centro da Horta poderá ainda assim ter um cheirinho da atmosfera do Peter’s. O Peter’s cresceu de um pequeno bar de apoio aos navegadores para se tornar numa verdadeira instituição na cidade da Horta. Em 1986, a revista Newsweek colocou-o no lote dos melhores bares do mundo e hoje continua a ser a principal sala de visitas da ilha do Faial e o bar preferido dos velejadores no Atlântico norte. No aeroporto, o restaurante ocupa uma sala com 200 m2 onde antes funcionava uma cafetaria, tem capacidade para 48 lugares sentados e uma carta baseada nos sabores
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açorianos: sopa de baleia, atum grelhado ou bife da terra. E, como não poderia deixar de ser, o famoso gin tónico, obrigatório para quem visita a ilha. Ao almoço há pratos do dia a preços muito convidativos. No restante horário, para além da ementa à carta, há também refeições ligeiras e pastelaria. O Peter’s no Aeroporto da Horta funciona diariamente entre as 8h e as 22h.
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OUTONO DO NOSSO CONTENTAMENTO À medida que as árvores de despem, as folhas do calendário avançam em direcção à estação dos sabores quentes. Fomos à procura, nos aeroportos, dos aromas doces e fortes que reconfortam o corpo e a alma.
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Frascos de doce Prisca Gourmet €6,50 cada (tomate, abóbora e laranja) Vinagre aromatizado com oregãos, Horteja €6,75 Azeite aromatizado com poejo, Horteja €15,50 (temporariamente esgotado) Licor de Bolota, €14,90 Cartuxa, tinto colheita 2007 €18,50 Cavalo Maluco, tinto colheita 2006 €42,30 (temporariamente esgotado) Porto Messias, colheita 1970 €154,70
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Taças meloa €17,50 cada Jarro €25 Terrina coelho €62 Tudo Bordallo Pinheiro, na Alma Lusa
Tudo disponível nas lojas Dreams Gourmet e Just for Travellers/Taste of Portugal
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Companhias aéreas brasileiras criticam aeroportos
Ligações ferroviárias de Heathrow e Gatwick estão concluídas
Inaugurado o novo T3 do aeroporto de Deli
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s obras das ligações ferroviárias nos aeroportos londrinos de Heathrow e de Gatwick foram concluídas. Em Heathrow, ficou terminada a ligação entre o T5C e o edifício principal do Terminal 5. O T5C é o segundo edifício satélite do Terminal 5, depois do T5B, e ainda não está operacional. Deverá abrir no próximo Verão e vai oferecer 12 posições para aeronaves, oito das quais aptas para acomodar o A380. A ligação subterrânea férrea é um passo vital para a abertura do T5C, que levará o Terminal 5 à sua capacidade máxima. No aeroporto de Gatwick também foram concluídas as obras da ligação ferroviária interna, que tinha 20 anos de uso, entre os Terminais Norte e Sul. O serviçio de shuttle esteve fechado durante 10 meses, período em que os passageiros foram transportados de autocarro entre os dois terminais.
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om um custo estimado de três mil milhões de dólares, o terceiro terminal do Delhi Indira Gandhi International Airport, na capital da Índia, acabou de ser inaugurado. O novo edifício possui 78 portas de embarque, 97 tapetes rolantes e 95 balcões de imigração, numa área total superior a 500 mil m2. Nos últimos 12 meses, a Índia abriu novos aeroportos em Hyderabad e em Bangalore e em 2012 abrirá um novo terminal no aeroporto de Mumbai. Os analistas prevêem que o tráfego doméstico do país pode chegar a 180 milhões de pessoas em 2020 e que no mesmo ano o tráfego internacional superará os 50 milhões de passageiros, com destaque para o aumento de tráfego fora dos hubs de Deli e de Mumbai.
s principais companhias aéreas brasileiras estão preocupadas com a capacidade do governo para resolver os estrangulamentos nos aeroportos do país nos próximos quatro anos, a tempo da realização do Campeonato do Mundo de Futebol de 2014. O aumento dos rendimentos da população a par com o crescimento da economia nos últimos anos têm levado cada vez mais brasileiros a utilizar o avião como meio de transporte. De Janeiro a Junho, o tráfego de passageiros no país disparou 27,6% frente a igual período de 2009, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Os principais problemas prendem-se com as poucas vagas para estacionamentos dos aviões e com a insuficiência dos terminais para os passageiros. Segundo um estudo recente da consultoria McKinsey, a capacidade dos aeroportos do Brasil encerrou 2009 em 126 milhões de passageiros, com uma procura de 111 milhões. Em 2014, o fluxo deverá alcançar os 146 milhões.
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A A Magazine agradece a colaboração das seguintes pessoas e entidades na elaboração desta edição: Cláudia Gonçalves ANAM - Aeroportos da Madeira Ivo Silva Rota – Sociedade de Consultores Aeronáuticos Lda José Bento dos Santos Gastrónomo e produtor vitivinícula Kátia Carvalho Associação de Promoção da Madeira Luís Patrão Turismo de Portugal Maria Paula Antunes Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa Margarida Cruz Associação Acreditar Paulo Zacarias Gomes Turismo de Portugal Ricardo Beon Associação de Promoção da Madeira
Aeroporto de Toronto vai ter túnel
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Autoridade do Porto de Toronto vai avançar com a construção de um túnel para pedestres que vai ligar a cidade ao Billy Bishop Toronto City Airport, localizado numa ilha artificial a apenas 100 metros do continente e que actualmente é servido apenas por uma linha de ferry. A construção deverá começar em Janeiro, assim que a avaliação ambiental estiver concluída e seja escolhida uma empresa para construir, financiar e manter o túnel, disse o CEO da Autoridade do Porto, Geoffrey Wilson. “Sabemos que existem grupos interessados em financiar e construir o túnel tanto do Canadá como dos EUA”. Wilson acrescentou que o investimento necessário está estimado em 43,7 milhões de dólares e que uma parceria públicoprivada tornará desnecessário o uso de dinheiros do governo ou o aumento das taxas de utilização do aeroporto. Cerca de 770 mil passageiros utilizaram o aeroporto em 2009 e estima-se que esse número este ano suba para 1,2 milhões.
Roberto Santa Clara ANAM - Aeroportos da Madeira Sylvia Frango Atout France ANA Cláudia Mesquita Gabinete para a Gestão da Qualidade Iolanda Campelo Direcção de Retalho Leonel Horta Ribeiro Director de Estratégia e Marketing Aeroportuário Maria Helena Veiga Assessoria de Gestão do Risco Nuno Lopes Serviço de Operações Aeroportuárias do Aeroporto de Lisboa Rui Veres Administrador
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DIFÍCIL É SABER VIVER!
José Bento dos Santos
Engenheiro, produtor vitivinícola e gastrónomo
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voo XPTO-007 está atrasado por motivos”… e o impropério mental refreou-se para dar lugar à visão inteligente do “não há nada a fazer”. Para quem viaja pelo mundo, esta cena acontece mais do que se imagina e, de facto, não há nada a fazer. Há os que refilam, os que se enervam e os que rezam… Eu sempre tentei fazer passar o tempo, instalando-me confortavelmente e iniciando os “meus” jogos. Primeiro: predizer a fortuna dos que por ali passam; este é um agiota rico, ganhou a vida com expedientes, tem medo de perder tudo, deve valer... um milhão de dólares; aquele não tem cheta mas exibe-se vestindo a despropósito, anda com ar superior mas não aguenta sequer as dívidas aos amigos; aquela é uma viúva jovem e rica, a outra o que será? Deixa cá ver, é uma professora reformada a quem saiu algum no totoloto... não, não, é uma jogadora de casino, tem esses tiques destemidos. Sorrio e o tempo passa… Mudo de jogo: aposto comigo mesmo o número de pessoas que vão passar por mim, homens com mais de 50 e raparigas com menos de 20 ganho eu, do contrário perco; se ganhar pago-me um jantar com o melhor vinho da casa, se perder… faço dieta.
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Um dia, a coisa correu bem. Estava na Portela, tinha um voo que se atrasou. Aposta aqui, brincadeira acolá, ganhei a mim próprio um razoável pecúlio. Com o que “ganhei”, decidi ir à “Caviar House” (havia uma nessa altura cá em baixo, ao nível da pista). Comprei uma lata de caviar Oscietre, que trazia bolachas, manteiga e limão, tudo preparado num tabuleiro. Deliciado, sentei-me para desfrutar da minha sorte, quando oiço o anúncio para embarcar. Arrumei a iguaria, dirigi-me à porta de embarque, autocarro, e aí estou eu, sentado como sempre no meu lugar de coxia, à frente. O voo ia vazio, mas do outro lado sentou-se um tipo de bigode, carrancudo, desesperado pelo atraso. Supu-lo um funcionário público. Ou talvez um tenebroso “gambler” de segunda escolha… O avião levantou, o serviço começou a a ser servido e lembrei-me do caviar, preciosamente guardado para a ocasião. Pus a bandeja na mesa e recusei o que me era oferecido, pedindo apenas uma garrafa (mini) de Champagne. Com ar pimpão, comecei a degustar o meu caviar. A hospedeira inclinou-se sobre o meu vizinho e falou com ele, deixando do meu lado um perfil de formas perfeitas. Continuou na posição excêntrica, numa conversação mais prolongada do que seria usual. Não prestei atenção, naturalmente, até o meu vizinho ter elevado a voz: “não me venha com tretas, aqui somos todos iguais, pagamos o mesmo e eu exijo que me traga a mesma refeição que aquele senhor está a comer!” Esbocei um sorriso. Viver, mesmo em aeroportos e aviões, não é difícil. Difícil é... saber viver!
RAPID A abrir portas para uma nova experiência
Através da utilização do RAPID – Reconhecimento Automático de Passageiros Identificados Documentalmente, a passagem no controlo de fronteira está agora simplificada para os portadores de passaporte electrónico. Os cidadãos europeus com mais de 18 anos e que possuam passaporte electrónico, podem utilizar o sistema automático de controlo de fronteira RAPID à partida e à chegada de voos ao Espaço Schengen (países fora da União Europeia e voos com origem ou destino no Reino Unido ou Irlanda). Para tal, basta colocar o passaporte electrónico num dos leitores preparados para o efeito e, em apenas 12 segundos, fica completa a passagem pelo controlo de fronteira. Desta forma é garantido o mínimo tempo de espera, ficando o processo de embarque e desembarque mais fácil e ágil.
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