10 chegadas Na Horta antes do Verão 20 inovação A caminho do mercado
MAGAZINE
Nº13 ABRIL 2011
Avançar na crise: as empresas que crescem em tempos difíceis
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editorial FAZER PARTE DA SOLUÇÃO
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e a conjuntura económica é igual para todos, a maneira como cada empresa a enfrenta faz toda a diferença. A ANA está entre as que têm tido um bom desempenho, mesmo no difícil contexto que, desde 2008, penaliza companhias aéreas e gestoras aeroportuárias de todo o mundo. Nestes três anos não só crescemos como conseguimos, em 2009 e 2010, os melhores resultados de sempre. O volume de negócios atingiu em 2010 os 341,6 milhões de euros, um aumento de 9,2% desde 2008. O lucro operacional cresceu 23%, e os resultados líquidos 27,2%. Por trás destes números está um trabalho em várias frentes, que permitiu que a crise encontrasse a ANA preparada. Investimos fortemente no marketing aeroportuário e demos as mãos ao sector turístico para a promoção internacional dos nossos destinos. Foi assim que conquistámos, desde 2008, 24 novas rotas, além das bases da Ryanair para o Porto e Faro, e da EasyJet para Lisboa. Expandimos os negócios não-aviação – retalho, estacionamento, rent-a-car, publicidade e imobiliário – e continuámos a melhorar as nossas infra- -estruturas, avançando nos Planos de Desenvolvimento dos aeroportos de Lisboa, Faro e Ponta Delgada. Melhorámos continuamente o serviço ao passageiro, obtendo índices cada vez melhores nos inquéritos de satisfação. Partindo de uma ampla análise do comportamento dos passageiros, lançámos o Living Airport: um conjunto de serviços diferenciados, à medida dos vários segmentos de clientes, que traduz uma nova atitude no sector aeroportuário. Por fim, apostámos na inovação. Participando em inúmeros projectos de inovação tecnológica, a ANA é cada vez mais um produtor de conhecimento internacionalmente respeitado.
POR TRÁS DESTES NÚMEROS ESTÁ UM TRABALHO EM VÁRIAS FRENTES, QUE PERMITIU QUE A CRISE ENCONTRASSE A ANA PREPARADA. A soma destes esforços é o que nos tem permitido crescer mesmo na actual circunstância. Felizmente não estamos sozinhos: outras empresas em Portugal também encontraram o caminho para atravessar a crise em segurança. Nesta A Magazine, pareceu-nos oportuno reflectir sobre estas experiências de sucesso em plena crise. São casos que mostram, quando todos enfrentamos um difícil desafio, que é possível preparar-se para ser parte da solução.
A. Guilhermino Rodrigues
Presidente do Conselho de Administração da ANA
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editorial 03
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em foco
Numa conjuntura económica difícil também há espaço para casos de sucesso. Várias empresas portuguesas, de diversos sectores, anunciaram em 2010 os melhores resultados de sempre. A ANA é uma delas.
Uma cidade renovada que não esquece a história
chegadas 10
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entrevidas
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E o palco foi o aeroporto
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antes do verão PROPRIEDADE: ANA - Aeroportos de Portugal SA Rua D - Edifício 120 - Aeroporto de Lisboa 1700-008 Lisboa - Portugal Tel (+351) 218 413 500 - Fax: (+351) 218 404 231 amagazine@ana.pt DIRECÇÃO: Octávia Carrilho PRODUÇÃO: Teresa Magalhães PROJECTO GRÁFICO E EDITORIAL: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas Rua Pinheiro Chagas nº17 - 4º 1050-174 Lisboa Tel 213 636 152 hamlet@hamlet.com.pt www.hamlet.com.pt REDACÇÃO: Cláudia Silveira EDIÇÃO: Cláudia Silveira e Jayme Kopke DESIGN: André Remédios FOTOGRAFIA: Um Ponto Quatro Carlos Ramos e Paulo Andrade PUBLICIDADE: Hamlet - Comunicação de Marketing entre Empresas Rua Pinheiro Chagas nº17 - 4º 1050-174 Lisboa Tel 213 636 152 IMPRESSÃO: Projecção, Arte Grafica S.A. Parque Industrial da Abrunheira - Qta. Levi, 1 2710-089 Sintra PERIODICIDADE: Trimestral TIRAGEM: 5 000 exemplares DEPÓSITO LEGAL: 273250/08 ISSN: 1646-9097
O CEO da Novabase explica a importância da internacionalização e de novas áreas de negócio no crescimento da maior empresa de tecnologia do país. Muito trabalho e capacidade de inovação fazem o resto, diz Luís Paulo Salvado.
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inovação
Dois projectos de inovação em que a ANA participou estão a caminho do mercado: um software de localização e um sistema de rastreio de bagagens que promete acabar com as malas perdidas. insights 22
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ambientes
No rescaldo na 21º edição da Meia Maratona de Lisboa desafiámos o presidente da ANA a partilhar a sua experiência de maratonista: “Correr a maratona não custa, o que custa é preparar a maratona”. follow me 32 partidas 36 lifestyle 40
Altura mínima 2 cm
aldeia global 48 passageiro frequente 50 4
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SUCESSO NA CRISE MESMO NUMA CONJUNTURA ECONÓMICA DIFÍCIL, NEM TUDO SÃO FALÊNCIAS E DESPEDIMENTOS. VÁRIAS EMPRESAS EM PORTUGAL, EM SECTORES QUE VÃO DO TURISMO AO TÊXTIL E AO IMOBILIÁRIO, ANUNCIARAM EM 2010 OS MELHORES RESULTADOS DE SEMPRE. A ANA ESTÁ ENTRE ELAS.
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sector turístico português teve no ano passado o melhor resultado desde que há registos. Os dados divulgados pelo Banco de Portugal revelam que as receitas do sector, que pesa 14% nas exportações totais e 43,3% nas de serviços, subiram mais de 10%, alcançando 7611 milhões de euros. Os tradicionais mercados emissores de turistas, como Reino Unido e França, deram o principal contributo, mas os maiores crescimentos tiveram origem em novos países, como Angola e Brasil. Tal como tem impacto nos resultados da ANA, já que uma importante parcela do tráfego nos aeroportos nacionais é motivado pelos turistas que visitam o país, este crescimento impulsionou outras empresas do sector, a começar pela transportadora aérea nacional. A TAP teve no exercício de 2010 os melhores resultados da sua história com lucros recorde de 62,8 milhões de euros, que colocam a transportadora como a maior empresa exportadora portuguesa, notou o presidente, Fernando Pinto.
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Os lucros da transportadora ficaram a dever-se ao aumento de 15,5% nas receitas impulsionadas pelos mercados brasileiro e angolano. O primeiro pesa já 35% no volume de negócios da TAP e registou um crescimento de 55%. Se o número de turistas aumenta, não é pois de espantar que as estruturas turísticas registem maior procura. O Oceanário de Lisboa, um dos espaços mais visitados pelos turistas na capital, também obteve em 2010 o seu melhor resultado. Com mais de 950 mil visitantes no ano passado, o Oceanário, empresa do grupo Parque EXPO, obteve uma subida de 34% no lucro em relação ao ano anterior, com o resultado líquido a cifrar-se nos 1,36 milhões de euros. Contudo não é só o sector do turismo que tem atravessado a crise com segurança. As principais empresas portuguesas de têxteis superaram as expectativas de crescimento que tinham para 2010. De acordo com o Cenit - Centro de Inteligência Têxtil, registou-se um crescimento de 6,6% nas exportações entre Janeiro e Outubro do ano passado e os empresários deste sector estão confiantes que em 2011 vão continuar a atrair encomendas e a ganhar quota de mercado, apesar da escalada do preço das matérias-primas, nomeadamente do algodão.
Estima-se em um milhão o número de turistas que a easyJet vai trazer a Lisboa durante os próximos três anos.
Os negócios não-aviação contribuem para a economia efectiva dos aeroportos. Na ANA representam já 31% da facturação da empresa.
O SECTOR TURÍSTICO PORTUGUÊS TEVE EM 2010 O MELHOR RESULTADO DESDE QUE HÁ REGISTOS. OS TRADICIONAIS MERCADOS EMISSORES DE TURISTAS, COMO O REINO UNIDO E A FRANÇA, DERAM O PRINCIPAL CONTRIBUTO, MAS OS MAIORES CRESCIMENTOS TIVERAM ORIGEM EM NOVOS PAÍSES, COMO ANGOLA E BRASIL. Outra empresa nacional, a Unicer, teve em 2010 o melhor resultado comercial da sua história. Os lucros da cervejeira cresceram 50% em 2010, para os 30 milhões de euros, uma variação sustentada pela actividade internacional já que 40% da cerveja que produz é exportada. António Pires de Lima, o presidente da empresa, disse à Lusa que este ano a Unicer vai continuar a apostar na exportação e pretende investir em mercados como a China, o Japão, o Médio Oriente e a Venezuela. Empresas de outros sectores também foram felizes em 2010, como a ERA, líder do sector imobiliário em Portugal, que cresceu 29,6% em número de transacções e alcançou o seu melhor resultado de sempre desde que chegou a Portugal, em 1998. Nas tecnologias, além da Novabase (ver Entrevidas) também a Sonaecom apresentou em 2010 lucros recorde, de 41,2 milhões de euros. O crescimento do número de assinantes móveis da Optimus e a política de contenção de despesas são duas das razões apresentadas pela empresa para justificar os resultados. Se a resposta para a crise não é fácil de apontar e certamente não é só uma, há pelo menos, em Portugal, onde ir buscar inspiração.
CONTINUAR A CRESCER NUM ANO ATÍPICO, EM QUE DIVERSOS ACONTECIMENTOS PREJUDICARAM A OPERAÇÃO MAS AINDA ASSIM O TRÁFEGO CRESCEU, A ANA CONSEGUIU RESULTADOS HISTÓRICOS. A CAPTAÇÃO ACTIVA DE NOVAS ROTAS E A EXPANSÃO DOS NEGÓCIOS NÃO-AVIAÇÃO SÃO APONTADOS COMO RAZÕES PARA O CRESCIMENTO. MAS HÁ MUITAS OUTRAS.
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s últimos tempos não foram fáceis para o transporte aéreo. A juntar a uma situação económica debilitada, o ano passado ficará na memória como o ano em que aconteceu tudo, ou quase. Primeiro foi a nuvem de cinzas do tal vulcão de nome impronunciável, depois os controladores de tráfego aéreo em Espanha entraram subitamente em greve e, para acabar o ano, foram as condições atmosféricas extremas que impediram os aviões de voar. Estes acontecimentos tiveram um forte impacto na operação normal dos aeroportos. Só na rede da ANA estima-se em 300 mil o número de passageiros perdidos. Apesar de tudo, passaram pelos aeroportos nacionais 25,9 milhões de passageiros, um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. E se 2009 já tinha sido um ano bom, 2010 foi ainda melhor. O volume de negócios atingiu os 341,6 milhões de euros, um aumento de 9,2% desde 2008. O lucro operacional cresceu no mesmo período 23%, e os resultados líquidos 27,2%. A ANA teve os seus melhores resultados de sempre.
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_em foco O aumento do tráfego em Portugal no último ano deveu-se em grande parte ao desempenho das bases da Ryanair nos aeroportos do Porto e de Faro
Estes resultados têm por trás um trabalho desenvolvido a vários níveis, sendo um dos mais importantes a estratégia do marketing aeroportuário. Depois de em 2009 a ANA ter registado uma contracção do tráfego de passageiros, em 2010 o desempenho (+8%) ficou bem acima da maior parte dos aeroportos da União Europeia. O director de Estratégia e Marketing Aeroportuário nota que este crescimento muito deve ao desempenho das bases da Ryanair nos aeroportos de Porto e Faro. Horta Ribeiro destaca também o desempenho da TAP, que ultrapassou a barreira dos 14 milhões de passageiros no Aeroporto de Lisboa. No Porto, a Ryanair foi responsável por 63% do crescimento no tráfego de passageiros, e, em Faro, suportou sozinha o aumento de cerca de 250 000 passageiros que permitiu cobrir uma redução de cerca de 600 mil passageiros de outras companhias. Horta Ribeiro destaca também a importância das ferramentas de gestão de clientes e a nova abordagem dos aeroportos de aproximação ao passageiro através de um conjunto de serviços desenhados à medida dos vários segmentos de clientes, o Living Airport. O know-how que a ANA vem demonstrando na área do marketing permitiu à empresa, diz Horta Ribeiro, negociar a abertura da segunda base da Ryanair (a de Faro) e atrair para Lisboa uma base da easyJet. Com esta, prevê-se nos próximos três anos “a criação de novos fluxos turísticos, estimados em um milhão de passageiros, provenientes de mercados emissores que são considerados estratégicos”. O director de estratégia e marketing aeroportuário defende que, além dos seus próprios sistemas de incentivos à captação de tráfego, a ANA deve reforçar a colaboração com os parceiros do turismo. Durante as duas últimas estações IATA (a Associação Internacional do Transporte Aéreo divide o ano em duas estações: Verão e Inverno) as 35 rotas apoiadas pelo programa Initiative:pt, uma colaboração com o Turismo de Portugal para a captação de rotas, trouxeram a Portugal cerca de 1,1 milhões de passageiros. O impacto económico traduz-se em 4,4 milhões de dormidas e 525 milhões de euros injectados nas economias das várias regiões do país. Horta Ribeiro nota que a competitividade da política de preços seguida pela empresa também “tem conduzido ao decréscimo do custo de visita dos aeroportos geridos pela ANA”. Além da estratégia pró-activa de captação do tráfego, para garantir um crescimento sustentado do seu negócio global a ANA tem expandido os negócios não-aviação.
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Representando cerca de 31% da facturação da empresa, estas actividades apresentaram uma subida de 6,4%. Uma evolução que se deve fundamentalmente às actividades de retalho, parques de estacionamento e rent-a-car. Para Heitor da Fonseca “hoje em dia já não se pode pensar em aeroportos sem os negócios não-aviação. São negócios rentáveis e que contribuem para a economia efectiva de um aeroporto e consequentemente para a comunidade envolvente e região. Permitem reduzir as taxas aeroportuárias entre 30 e 60%, tornando os aeroportos mais competitivos”. O administrador destaca também a aposta na inovação como potenciadora da criatividade e do empreendedorismo em prol dos resultados da empresa. Heitor da Fonseca refere o desenvolvimento de diversos projectos na área tecnológica que “permitem posicionar a ANA como uma referência internacional em diversas áreas. Temos a forte convicção de que alguns deles poderão evoluir para produtos com potencial de comercialização para outros aeroportos”.
A TAP ultrapassou no ano passado a barreira dos 14 milhões de passageiros no Aeroporto de Lisboa.
É o caso do projecto AIRNET, que foi seleccionado para ser testado durante três meses numa incubadora de empresas de base tecnológica em Silicon Valley, para determinar o seu potencial de mercado. Outros projectos que estão já numa fase final e de olhos no mercado são o Mala Segura e o LocON (ver a secção de Inovação). Ao mesmo tempo, a ANA tem vindo a preparar-se para os desafios do crescimento, levando a cabo, desde 2005, um ambicioso plano de investimentos de cerca de 480 milhões de euros na melhoria dos aeroportos de Lisboa, Faro, Ponta Delgada e Porto. “Quando estas intervenções tiverem terminado, os aeroportos terão capacidade para mais de 40 milhões de passageiros por ano, um aumento de 15 milhões em relação à sua actual capacidade”, refere Carlos Madeira. O administrador nota que também nos sistemas de informação a ANA tem feito um esforço de modernização e simplificação dos seus processos de negócio. Dá como exemplo a implementação do portal interno de colaboradores − que trouxe ganhos evidentes de eficiência dos processos − e a implementação em curso de uma solução de facturação electrónica. “Um melhor e mais simples acesso à informação de gestão tem um efeito sobre a eficiência da empresa e, dessa forma, da sua base de custos”, conclui. No que se refere à contenção de custos, Carlos Madeira não tem dúvidas de que os objectivos da empresa têm sido amplamente alcançados. “Em 2010, por exemplo, apesar de não ter havido aumentos de preços nas actividades reguladas, o nível de proveitos cresceu cerca de 6% (via aumento de actividade) e o nível de custos com consumos e outros fornecimentos de serviços cresceu apenas 2%. Em resultado, o lucro da empresa melhorou 3,5% face a 2009, atingindo-se assim um máximo histórico na sua rentabilidade”. Recuando um pouco mais, recorda que em 2009, um ano difícil, o crescimento do nível de proveitos da empresa foi nulo mas, ainda assim, conseguiu-se um resultado excelente que foi 24% superior ao de 2008. Isso só foi possível através da redução de custos. “Esses resultados mostram que a empresa apresenta um óptimo nível de resultados que está assente numa estrutura de custos adequada ao nível de proveitos a que aspira em cada ano”. Carlos Madeira nota, no entanto, que a questão da redução de custos deve “ser colocada em perspectiva. As empresas existem para criar valor. O primeiro objectivo de uma gestão empresarial profissional deve ser o de aumentar, de forma sustentada, o lucro da organização. Para isso, é necessário tomar acções destinadas a aumentar os proveitos e a controlar, e nalguns casos reduzir, o nível de custos que lhe vem associado. Mas nesta ordem e não na ordem inversa”. Falta bolinha.
O negócio do estacionamento é também dos que mais tem crescido no portfólio de negócios da ANA.
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A baía da Horta é reconhecida por muitos como uma das mais bonitas dos Açores.
A Igreja de Nossa Sra. das Angústias, em estilo neoclássico, começou a ser construída em 1800.
NA HORTA O ANTES DO VERÃO ENQUANTO NÃO CHEGA O VERÃO A CIDADE DA HORTA PERMANECE UM PACATO PORTO DE ABRIGO, PROPÍCIO A UM FIM-DE-SEMANA DE PURO DESCANSO. UMA OPORTUNIDADE PARA CONHECER O CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DOS CAPELINHOS, TRAZER PARA CASA ALGUNS PRODUTOS REGIONAIS E TOMAR O GIN TÓNICO DA PRAXE DE OLHOS POSTOS NO MAR.
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fim-de-semana não começou da melhor maneira. O mau tempo e o nevoeiro não permitiram a aterragem na Horta e o Airbus da TAP teve ser desviado para o Pico. Bem vistas as coisas, até ficámos a ganhar, duas ilhas pelo preço de uma. Mas quando vamos para uns dias de descanso, qualquer contratempo parece maior do que na realidade é. No aeroporto, uns autocarros fretados pela companhia levam os passageiros para o porto da Madalena onde embarcam no “Cruzeiro das Ilhas” rumo à Horta − no site da Transmaçor diz que o barquinho “começou a operar nos mares dos Açores em Março de 1986”. Aquela ideia do “mau tempo do canal” não é só título literário. É que naquele braço de mar que separa as ilhas do Faial e do Pico o mar pode ser bem agitado. O que vale é que a viagem é curta, cerca de meia hora, fosse um pouco mais longa e o estômago poderia dar de si. A segunda surpresa do dia surge quando, já com os pés no Faial, a cabeça se volta para o canal e o olhar perscruta o horizonte à procura do Pico – porque, é sabido, a melhor vista do Pico é a que se tem a partir da Horta. Mas o Pico nem vê-lo, envolto e escondido num
A Marina da Horta foi o primeiro porto de recreio dos Açores, inaugurado em 1986.
denso nevoeiro que nem deixava adivinhar os contornos da montanha com mais de 2000 metros que se levanta no mar. Estes meses antes da chegada do Verão são a melhor altura para desfrutar de uns dias de sossego na Horta. Assim que chegam as férias, toda a ilha se enche de pessoas, os veleiros preenchem a marina e já é mais complicado conseguir uma mesa no Peter’s, o bar preferido dos velejadores no Atlântico Norte e a principal sala de visitas da cidade. Com as fachadas bem cuidadas e calçadas impecáveis a preto e branco, a Horta é uma cidade pacata (talvez demais para algumas pessoas) e um bom refúgio para um fim-de-semana de descanso. O sábado amanhece com sol mas nem por isso o
Pico se deixa ver. Para a bica matinal procuramos o Café Internacional, numa esquina da Praça do Infante, de frente para a marina. Foi inaugurado em 1926 com direito a orquestra e tudo – como comprova uma fotografia exposta no local – e hoje não deve estar muito diferente do que era então. Mantém os traços e a decoração déco, com os frisos do tecto dourados e muitas gravuras de época. É o melhor local da cidade para beber um café e ler descansadamente os jornais (se houver voo para a ilha nesse dia, caso contrário só mesmo o “Correio da Horta”). Mas tem acesso wireless gratuito, o que pode compensar a falta do papel. Seguindo pelas ruas calmas da baixa, a Conselheiro de Medeiros, a Walter Bensaúde e depois pela Serpa Pinto, chega-se ao Mercado Municipal. Sábado de manhã é dia de compras em qualquer lugar e aqui não é excepção. No entanto, as poucas bancas ocupadas por legumes ou flores fazem pensar que talvez as rigorosas chuvas de Inverno possam ter causado estragos nas produções hortícolas da ilha. Na Loja do Triângulo, que vende exclusivamente produtos produzidos nas ilhas do Faial, Pico e S. Jorge (o tal triângulo) também se podem encontrar
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A Igreja e Antigo Convento de São Francisco, sobre a Rua Conselheiro de Medeiros.
As ruas calmas da baixa da Horta convidam a um passeio matinal.
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O arrojado projecto de arquitectura do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos foi pensado para manter a atmosfera pós-erupção. O edifício está submerso nas areias vulcânicas e aproveita as estruturas soterradas do farol.
produtos caseiros, frescos, das ilhas, como o queijo de S. Jorge, a manteiga do Pico, ou os mais variados doces e compotas. Claro que a visita à cidade não pode ficar completa sem um passeio pela marginal, a Avenida 25 de Abril, e uma passagem pela colorida marina. As pinturas desenhadas testemunham a passagem de marinheiros de todas as partes do mundo que encontraram na Horta um porto seguro para um descanso merecido ou para uns dias de férias. A fachada azul do Peter’s chama para o famoso gin tónico, mas resolvemos resistir e guardá-lo para o final do dia. Em vez disso procuramos um carro e damos a inevitável volta à ilha. Começando pelo Monte da Guia, o morro alto e verde que se ergue logo ao lado da cidade, e passando pela praia de Porto Pim, cujo cenário calmíssimo contrasta com a conturbada história de amor descrita por Antonio Tabucchi em “A Mulher de Porto Pim”. Seguindo pela estrada principal, que rodeia toda a ilha, a próxima paragem é no Varadouro que com as suas piscinas
Com frisos dourados no tecto e traços déco, o Café Internacional mantém uma atmosfera de outra época.
A fachada do mais famoso bar do Atlântico Norte. O Peter’s é uma instituição na ilha.
naturais é um dos spots mais procurados durante o Verão. Não nesta altura. Agora as fajãs estão desertas e daí desfruta-se de vistas privilegiadas para o Morro de Castelo Branco, que já deixáramos para trás. Um dos contratempos de visitar a ilha quando pouca gente o faz é que grande parte dos estabelecimentos – leia-se restaurantes – estão fechados. No Varadouro o Vista da Baía tem como especialidade o frango no churrasco à moda da Califórnia, preparado pelo casal de ex-emigrantes Frank e Mary Vargas. Há outras ofertas mas decidimos apostar na especialidade. A próxima povoação no roteiro é o Capelo, em cujo concelho está situado o Vulcão dos Capelinhos. Sem entrar em lições de história, apenas recordar que as erupções do vulcão duraram mais de um ano, entre 1957 e 1958, e mudaram tanto a paisagem geográfica do extremo poente do Faial como a social de toda a ilha. Nos anos seguintes começaram as ondas de emigração para os Estados Unidos: dos mais de 25 mil habitantes que a ilha tinha na altura, passou-se para metade e até hoje nunca se recuperou essa perda de população. Por mais fotos que tenhamos visto, continua a ser impressionante o contraste absoluto desta paisagem lunar com o verde do resto da ilha. Em 2008, quando passaram 50 anos sobre as erupções, abriu no farol – que surpreendentemente além de ter ficado enterrado em cinzas não sofreu danos maiores – o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos. O arrojado projecto de arquitectura, da autoria de Nuno Lopes, foi pensado para manter a atmosfera pós-erupção e, por isso, o edifício está submerso nas areias vulcânicas e aproveita ainda as estruturas soterradas do farol e os respectivos anexos. O bilhete custa 10 euros e dá acesso a uma visita guiada à exposição que passa pelos faróis dos Açores, pelas diversas fases eruptivas do vulcão dos Capelinhos, por alguns dos vulcões mais
representativos do mundo, pela formação do arquipélago e pelas idiossincrasias das nove ilhas que o compõem. Lá dentro, andando de sala em sala, não temos a noção de quando estamos dentro do farol ou nas instalações que foram construídas de novo. O percurso no Centro termina com uma subida ao farol de onde se tem uma vista singular sobre a paisagem. O regresso à Horta faz-se pela costa norte da ilha, por paisagens únicas marcadas pelo verde da vegetação e pelo azul do mar. Em pouco tempo, o azul das hortênsias que florescem nos meses mais quentes virá trazer novas tonalidades ao cenário. Com o fim da tarde chega finalmente a hora do gin. O Peter’s continua a ser o local mais frequentado de toda a ilha e o sítio onde, seja que altura do ano for, há sempre alguém de fora. Já há alguns anos que os proprietários construíram uma esplanada no lado oposto da rua, claro que o ambiente não é o mesmo mas se estiver sol é uma boa opção. O gin é o mesmo. Se estiver com vontade de alguma acção, pode escolher, logo à frente, entre as várias empresas que levam os turistas a observar as baleias e os golfinhos ao largo da costa. Se isso for demasiada aventura para um fim-de-semana calmo, opte por subir ao Museu de Scrimshaw (mesmo por cima do Peter´s) e aprecie a colecção de dentes de cachalote gravados. Se nem isso o fizer levantar da cadeira, deixe-se estar. Aprecie o fim da tarde e não tire os olhos do oceano, não vá o Pico espreitar entre as nuvens.
COMO IR A TAP voa entre Lisboa e a Horta três vezes por semana, às segundas, sextas e Domingos (no Verão, também às terças e quintas).
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_chegadas MAIS AVIÕES EM MENOS TEMPO A P ÓS 20 M E S E S DE R E MO DEL AÇÃO, A NOVA P L ATAF O RM A DE ES TAC I ON A ME N TO D O A E RO P O RTO DE P O NTA DELG ADA P ERMITIU AU M E N TA R O N Ú ME RO DE MOVIMENTO S P O R H O R A E REDUZIR OS CU S TOS PA R A A S CO MPA N HIAS AÉRE AS .
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m dos grandes objectivos da remodelação da plataforma de estacionamento do Aeroporto de Ponta Delgada foi o aumento da capacidade e da velocidade de processamento do aeroporto. Localizada em frente à aerogare, a nova plataforma viu aumentada a capacidade de estacionamento de 3 para 8 a 10 aviões (dependendo das dimensões), reforçando assim a capacidade de voos por hora. Para apoiar este aumento de capacidade foram feitas outras melhorias, como a ampliação da sala de embarque, com a criação de mais portas de embarque e colocação de mais equipamentos de rastreio de bagagem de mão. A remodelação da área restrita de Partidas contribuiu também para melhorar o conforto dos passageiros enquanto aguardam o embarque. Estes melhoramentos permitem um aumento de 12 para 14 a 16 movimentos por hora. Em relação à capacidade de processamento de passageiros, a obra aumentará a capacidade actual de 1 para 1,2 milhões de passageiros por ano. Ao mesmo tempo, a nova plataforma permite às companhias aéreas reduzirem custos, uma vez que o abastecimento de combustível e o fornecimento de energia eléctrica aos aviões é feito através de
A remodelação da plataforma de estacionamento permitiu aumentar a capacidade do Aeroporto de Ponta Delgada de 1 para 1,2 milhões de passageiros por ano.
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uma rede de tubagem de alimentação colocada por baixo da placa de estacionamento. Além disso, o tempo de rotação dos aviões também é menor agora. Durante as obras, que levaram cerca de 20 meses, foi ainda remodelado o sistema de comando e controlo da sinalização luminosa. A ANA acredita que o investimento, mais de 20 milhões de euros, terá um retorno no longo prazo, conseguido através do aumento do tráfego aéreo para Ponta Delgada.
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ENGENHEIRO NO CORAÇÃO, GESTOR NA RAZÃO NÃO FOI SÓ A ANA QUE , EM PLENA CRISE , ALCANÇOU OS MELHORES RESULTADOS DE SEMPRE. A NOVABASE CONSEGUIU A MESMA PROEZA EM 2010. LUÍS PAULO SALVADO DIZ QUE NÃO HÁ SEGREDOS E APONTA O CAMINHO: CONQUISTAR OS MERCADOS INTERNACIONAIS E APOSTAR EM NOVAS ÁREAS DE NEGÓCIO. E ISTO SERVE PARA TODAS AS EMPRESAS. OU QUASE TODAS.
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odos os dias, em muitos países, milhares de pessoas utilizam a tecnologia criada pela Novabase de cada vez que utilizam os transportes públicos. Em Portugal, quase todos os lares que já beneficiam da televisão digital estão também a usufruir de sistemas desenvolvidos pela Novabase. Com negócios em variadas áreas e mais de 20 anos de existência, a empresa é líder no sector das tecnologias em Portugal. Nascida numa incubadora, frágil não é adjectivo que se use hoje para descrever esta empresa, que é responsável pela produção de alguns dos sistemas de informação mais evoluídos do mundo. No ano passado, a Novabase suportou os desafios da crise e alcançou o melhor resultado líquido de sempre, ultrapassando os 13 milhões de euros. 2010 foi um ano marcante para a empresa também porque iniciou um novo ciclo de desenvolvimento, baseado numa nova estratégia e numa nova visão. Em 2009 Luís Paulo Salvado tornou-se CEO, substituindo Rogério Carapuça, que era presidente desde 1999 e passou a ocupar o cargo de chairman. Esta mudança foi encarada como uma oportunidade de balanço e de mudança. “Tornarmos a vida das pessoas e das empresas mais simples e feliz através da utilização da tecnologia é a nossa nova visão. É uma visão focada nos benefícios para as pessoas, quer sejam os nossos clientes quer sejam os clientes dos nossos clientes. Cada cliente passa a ser uma oportunidade para mudarmos a vida de milhares ou milhões de pessoas”, explica Luís Paulo Salvado. O contexto económico que existia quando assumiu a empresa mantém-se, dois anos depois. É, por isso, com cautela mas sem perder o optimismo que olha para 2011, o terceiro ano da crise. Um optimismo de quem sabe o caminho a seguir. Apesar de continuar a acreditar que o mercado português é fundamental para o crescimento da empresa, Luís Paulo Salvado não tem dúvidas de que o grande crescimento está lá fora. A conquista de novos mercados não é uma novidade para a tecnológica. Desde a cotação em bolsa, em 2000, que a empresa se aventurou, com sucesso, fora de fronteiras. Só no ano passado a Novabase esteve presente em 29 países, desde os EUA, passando pela América do Sul, Europa do Norte, Centro e Sul, Médio Oriente e África, até à índia e China. Essa presença pode ser directa, com escritórios, ou através da participação em projectos. Para este ano o plano é reforçar a internacionalização com a entrada em novos países. No sector da TV digital há mercados com grande dimensão, como a Índia e a China, mas neste momento a Novabase estuda atentamente outros, como a Rússia e o Brasil, onde o
Mundial de Futebol e os Jogos Olímpicos vão levantar grandes necessidades de tecnologia. A entrada em novos sectores é outra aposta para reforçar o crescimento. Na área dos transportes estão a fazer uma aposta no domínio aeroespacial, enquanto nas energias apostaram nas renováveis. Para isso, a Novabase adquiriu a Iberwind, uma pequena empresa que desenvolve um software de monitorização de parques eólicos. Com mais de 2000 colaboradores e mais de 2000 trabalhos em mãos, que vão desde pequenos projectos até sistemas de alta complexidade, a Novabase tem entre os seus clientes entidades bancárias, operadoras de telecomunicações e ministérios. A capacidade de se reinventar e de se adaptar às oscilações da economia e do mercado, com uma amplitude de oferta e uma grande capacidade técnica, poderão ser a chave do sucesso da empresa. “Se a isto juntarmos muito trabalho penso que temos os ingredientes certos para se ultrapassarem a maioria das
adversidades. Acredito que este tem sido um bom modelo e penso que o mesmo se aplica a todos os tipos de negócios”. O universo da Novabase está organizado por unidades segmentadas pelos sectores onde operam: Telecomunicações e Media, Serviços Financeiros, Administração Pública e Saúde, Energia e Utilities, Aeroespacial, Transportes e Indústria e Serviços. Complementarmente existem as áreas de negócio especializadas em Infra-estruturas e Outsourcing, Business Solutions, Digital TV e ainda a Novabase Capital, através da qual investem em novas empresas com ideias promissoras. A estratégia traçada pela empresa assenta em quatro pilares que Luís Paulo Salvado considera fundamentais para a
COM MAIS DE 2000 COLABORADORES E MAIS DE 2000 TRABALHOS EM MÃOS, QUE VÃO DESDE PEQUENOS PROJECTOS ATÉ SISTEMAS DE ALTA COMPLEXIDADE, A NOVABASE TEM ENTRE OS SEUS CLIENTES ENTIDADES BANCÁRIAS, OPERADORAS DE TELECOMUNICAÇÕES E MINISTÉRIOS.
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_entrevidas competitividade e sustentabilidade do negócio. O que vem à cabeça é o forte investimento em I&D: 27 milhões de euros nos últimos anos. Segundo dados da União Europeia, a Novabase é em Portugal a empresa no sector das tecnologias de informação que mais investe em I&D e em 2010 foi a sexta, considerados todos os sectores. A aposta no talento dos colaboradores é outro pilar. Acções de formação avançada, programas de formação interna como o Novabase Campus e até programas de mestrado nas melhores universidades do mundo têm levado à criação de centenas de novos postos de trabalho altamente qualificados. Como terceiro pilar fundamental Luís Paulo Salvado aponta o foco na satisfação dos clientes, que nos últimos anos aumentou continuamente. “O que ainda nos diferencia é o facto de acreditarmos que o cliente deve estar sempre em primeiro lugar”. Por fim, a aposta no crescimento internacional é apontada pelo CEO como outra alavanca fundamental para a empresa. E não só para a Novabase. “Num mundo globalizado, em que as empresas portuguesas, em Portugal, já competem com outras de todo o mundo, a internacionalização é um dos caminhos para todas as empresas que queiram crescer. Se não competirmos com elas noutros mercados ficaremos em grande desvantagem. Além disso, temos todos que colaborar no esforço de redução do nosso défice comercial com o estrangeiro, e isso só se faz aumentando as exportações ou diminuindo as importações”. Luís Paulo Salvado nasceu em Angola. Em criança, segundo contam os pais, queria ser engenheiro de máquinas mas quando aos 15 anos teve o seu primeiro computador − comprado com o dinheiro das explicações de matemática que dava no Fundão, onde passou a adolescência − apaixonou-se pelas máquinas do futuro. Veio para Lisboa estudar engenharia electrotécnica no Instituto Superior Técnico e durante esse tempo montou duas empresas, deu cursos de informática e trabalhou como programador e consultor. Depois foi trabalhar para o Centro de Sistemas Computacionais, ligado ao INESC, e pouco depois já chefiava a equipa. Aí teve o primeiro contacto com os desafios da gestão e para consolidar esta experiência resolve fazer o MBA na Católica. Era aí que estava quando em 1995 foi convidado para integrar a Novabase. Juntouse à equipa de gestão de projectos e 3 anos depois alcançou o lugar de administrador. Apoiou o lançamento de várias empresas
e novas áreas do grupo e em 2000 foi nomeado responsável máximo pela Novabase Consulting, função que acumulou com a administração da área Financeira e dos Recursos Humanos, a partir de 2007. Passado este tempo, é legítimo perguntar, onde ficou o engenheiro? “Como engenheiro procurava sobretudo construir boas soluções, elegantes, robustas e tecnicamente perfeitas. Como gestor percebi que mais importante é a eficácia, os resultados e ficou claro para mim todo o alcance do ditado: ‘de boas intenções está o inferno cheio’”. Hoje diz que se sente “engenheiro no coração e gestor na razão” e, mais recentemente, tem tentado desenvolver também o perfil de designer. “Um lado mais artístico e que tenta ir buscar mais o lado direito do cérebro, as emoções e um lado mais multi- -disciplinar. É a minha forma de viver a nova visão da Novabase e estou a gostar. A combinação engenheiro, gestor, designer/artista pode ser muito poderosa. Vamos ver o que direi daqui a alguns anos”. O tempo, ou a falta dele, é o principal inimigo para este homem de muitas paixões. Faz Pilates duas vezes por semana, gosta de mergulhar e velejar, o que faz ocasionalmente com amigos, e sempre
A iconografia criada para representar a nova visão da Novabase em tons que representam o rigor, a irreverência e a vitalidade.
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“A INOVAÇÃO É UM ESTADO DE ESPÍRITO” A vela e o ski estão entre as actividades de lazer preferidas. Aqui, na Marina de Portimão e em Les Arc, nos Alpes franceses.
que pode parte à descoberta de cidades, países, culturas, geralmente com a mulher, Isabel, companheira das caminhadas. Mais tranquilamente, gosta de cinema, ler e, quando há tempo e inspiração, escrever. E também de uma boa tertúlia com amigos e família, acompanhada de boa comida, bom vinho e por vezes um bom “habano”. “Por tudo isto, há quem me chame epicurista”. O charuto é o seu companheiro de relaxamento diário. “É um momento meu, de reflexão, para encerrar o dia e colocar os pensamentos em ordem”. Outra actividade que o faz desligar completamente é o ski, pelo ritual diário, o ambiente e as paisagens magníficas. Sempre que pode arranca em direcção aos Alpes. “Começo bem cedo e só termino quando as pistas fecham. Chego a fazer todas as pistas duma estância, mesmo as maiores com centenas de quilómetros”. Relaxar é uma coisa, enquanto desligar do trabalho é outra completamente diferente e mais difícil. “Já tive momentos muito difíceis e onde tive mesmo que procurar estratégias para conseguir desligar. O momento actual, a fase de empolgamento da empresa e o contexto adverso da economia, também não têm permitido o alheamento que desejava. “O resultado é que levo trabalho para casa mais vezes do que gostaria, mas procuro respeitar alguns equilíbrios e compensar com alguns períodos para carregamento das energias.”
Qualquer empresa que decida apostar na inovação tem, antes de mais, de realizar uma mudança de mentalidades. É esta a convicção de Luís Paulo Salvado. “A inovação é um estado de espírito e consiste em não nos conformarmos com as soluções que temos, mesmo que sejam adequadas ou mesmo boas. E não estou a falar apenas de inovação ao nível daquilo que as empresas fazem ou produzem. Falo também de toda a outra inovação, às vezes tão ou mais importante”. Na Novabase, uma das maiores inovações foi a criação da Rede de Empresas Especialistas, lançada em 2000 e que permitiu chegar à liderança do mercado em poucos anos. “Foi uma grande inovação face aos modelos tradicionais de desenvolvimento empresarial comuns na altura”. Outra inovação apontada por Luís Paulo Salvado foi, por exemplo, no negócio da Digital TV, passar a fornecer apenas a componente com a propriedade intelectual da Novabase (o chamado SIP, o chip que está dentro da caixa) e não a set-top-box completa. Esta mudança trouxe diversas vantagens: menos fundo de maneio, menos custos, menos riscos com os stocks e até a transformação de antigos concorrentes em parceiros. “Esta atitude de não conformismo e de procurarmos sempre inovar, seja a que nível for, é o que faz a diferença neste mundo cada vez mais competitivo. E a grande vantagem desta abordagem é que isto não custa dinheiro e está ao alcance de todos, PMEs e grandes organizações”.
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A CAMINHO DO MERCADO D OI S P ROJ E C TO S D E I N OVAÇÃO EM Q UE A ANA PART ICIPOU FOR A M CO N CLU Í D O S E A PRES ENTADO S P UB L IC AMEN T E : O LOCON E O M A L A S E G U R A . O PRÓXIMO PASS O, EM AMB O S O S C ASOS, É P ROC U R AR U M PA RCE I RO E CO MERCIAL IZ AR AS S O LUÇÕ ES .
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objectivo final de um projecto de inovação é a sua transformação num produto com potencial de mercado e, em última análise, a sua comercialização. Tudo parece encaminhado para que seja esse o rumo de dois projectos em que a ANA participou e que foram há pouco tempo apresentados publicamente: o LocON e o Mala Segura. O primeiro, uma plataforma integradora de várias tecnologias e sistemas de localização de curto alcance, foi apresentado no início de Fevereiro no Aeroporto de Faro, onde estiveram presentes os diversos parceiros do projecto e também representantes de outras entidades, potenciais interessadas na sua utilização. Nuno Duarte, coordenador técnico do projecto por parte da ANA, explica que o LocON, nome simplificado para “Platform for Inter-Working of Embedded Localisation and Communication System”, é um software que junta os dados de localização fornecidos por vários sistemas (previamente instalados e a funcionar) e, entre outras coisas, fornece a posição mais aproximada dos vários objectos a monitorizar, sejam pessoas, veículos ou aviões. Ao processar em simultâneo todas as informações que lhe são transmitidas, o sistema permite detectar problemas em tempo real, optimizar trajectórias, fazer estatísticas e lançar alertas aos vários responsáveis operacionais: controlo de tráfego aéreo, operações aeroportuárias, controlo de segurança, etc. Destinado a responder aos desafios de contextos críticos, o LocON pode ser usado com grande eficácia, em aeroportos, terminais portuários, plataformas intermodais, entre outras. A precisão da informação, proveniente de diferentes fontes de localização como os sistemas GPS/EGNOS, WiFi e RFID, conjugada com a fusão da informação, tem uma margem de erro que pode ir de poucos metros a apenas alguns centímetros.
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No ambiente aeroportuário, onde a questão da segurança é um tema sensível, o sistema permite lançar alertas sempre que alguém não autorizado entre numa zona de acesso restrito ou monitorizar a circulação de viaturas e aeronaves, exemplifica Nuno Duarte. Para a construção desta plataforma foi criado um consórcio de 9 empresas, de 5 países diferentes, liderado pelo instituto alemão Fraunhofer IIS. Para o desenvolvimento do LocON foram investidos 3,8 milhões de euros, co-financiados pela União Europeia no âmbito do 7.º Programa Quadro da Comissão Europeia. Um investimento que parece, para já, ter compensado. A demonstração feita no Aeroporto de Faro agradou à Comissão Europeia, que já deu aval para um novo financiamento destinado a permitir melhorias na plataforma. Isabel Oliveira, gestora do projecto por parte da ANA, adianta que “há vontade dos parceiros e da Comissão Europeia de criar uma empresa para colocar esta
plataforma no mercado europeu num curto espaço de tempo”. A ANA fará parte da empresa, que poderá mesmo vir a ficar em Portugal. Outro exemplo de sucesso é o projecto Mala Segura, que foi apresentado no final de Fevereiro no Aeroporto do Porto. Lançado em Setembro de 2008 por um consórcio português que integra quatro empresas, entre as quais a ANA, e dois centros de investigação e desenvolvimento, o Mala Segura nasceu com o objectivo de encontrar uma solução para o problema do extravio de bagagens, que todos os anos obriga as companhias aéreas a pagarem milhares de milhões de euros em indemnizações. A equipa, que do lado da ANA foi coordenada por Artur Arnedo, desenvolveu uma forma inovadora de embutir no material das malas de viagem rígidas, durante o processo O LocON é um software de localização que fornece a posição mais aproximada dos objectos a monitorizar.
Com o Mala Segura criou-se uma pequena etiqueta com tecnologia RFID que é embutida nas malas.
de fabrico, uma pequena etiqueta com tecnologia RFID (identificação por radiofrequência), capaz de guardar muita informação que depois pode ser lida à distância. Uma vez que o fabrico implica altas temperaturas e pressões, foi necessário desenvolver um processo que não danificasse a etiqueta quando é embutida nas malas. Outro desafio que os investigadores conseguiram superar foi o desenho da etiqueta num formato inovador, permitindo uma melhor leitura da informação armazenada. O novo formato permite também comercializar esta aplicação à parte, mesmo para malas em tecido. Por fim, criou-se um sistema próprio com um software para os aeroportos gerirem e controlarem a informação destes novos tipos de malas. Foi já pedido um registo de patente para a solução final do Mala Segura e o próximo passo será encontrar um parceiro na indústria para fabricar estas “malas inteligentes” e as comercializar. Uma das maiores marcas de malas de viagem do mundo, a Samsonite, foi consultora técnica do projecto, o que poderá ser um bom sinal. Por outro lado, a IATA, a associação internacional que representa as companhias aéreas e que também foi consultora, poderá ser uma ajuda importante para um eventual lançamento no mercado. A tecnologia RFID não é nova nos aeroportos mas hoje em dia as etiquetas são coladas manualmente em cada bagagem, com um custo de 10 cêntimos por passageiro que depois se reflecte nas taxas cobradas às companhias aéreas. Se as bagagens passarem a ter o dispositivo RFID incorporado, esse custo passa a ser suportado pelos passageiros ao adquirirem as suas malas, o que tornará mais fácil a generalização desta tecnologia, com ganhos tanto para os aeroportos como para as companhias e para os próprios passageiros. Em conjunto, a ANA, a SETSA - Sociedade de Engenharia e Transformação, SA, a Critical Software, a Tecmic Tecnologias de Microelectrónica, o PIEP-Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros e o INOV - Inesc Inovação investiram no projecto cerca de 2,5 milhões de euros, dos quais 1,6 milhões comparticipados pela União Europeia.
LOCON E G-AOC APRESENTADOS EM FRANÇA O LocON foi um dos dois projectos de inovação que a ANA apresentou no “9th Innovative Research Workshop & Exhibition”, uma conferência anual dedicada à investigação, desenvolvimento e inovação, organizada pelo Eurocontrol, a Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea. O outro foi o G-AOC_GeoReferenced Airport Obstruction Charts, um projecto que visa a criação e actualização de cartas geográficas tridimensionais electrónicas e geo-referenciadas num curto espaço de tempo. Esta solução recorre à fusão de dados obtidos a partir de radares assentes em satélites e de outras tecnologias de detecção remota e é a base de um pedido de registo de patente nacional e internacional feito pela ANA. A conferência decorreu entre 7 e 9 de Dezembro no Centro Experimental do Eurocontrol, em Brétigny sur Orge, em França.
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O MELHOR RESULTADO DE SEMPRE EM 2010 MESMO NO DIFÍCIL CONTEXTO QUE ATRAVESSAMOS, O DESENVOLVIMENTO DOS NEGÓCIOS E UMA GESTÃO RIGOROSA DOS CUSTOS PRODUZIRAM NÚMEROS QUE CONFIRMAM A ANA COMO UMA EMPRESA SÓLIDA E RENTÁVEL.
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ano de 2010 foi particularmente difícil para o transporte aéreo na Europa. Além da crise económica, alguns acontecimentos tiveram um impacto negativo no sector como o episódio da nuvem vulcânica e, no final do ano, a neve que obrigou ao encerramento de muitos aeroportos europeus durante vários dias. Apesar das dificuldades, a ANA teve no ano passado os melhores resultados de sempre. Pelos aeroportos nacionais passaram 25,9 milhões de passageiros, 254 mil movimentos de aeronaves e 138,7 mil toneladas de carga, que representaram crescimentos de 7,8%, 4,3% e 11,3%, respectivamente. A empresa encerrou o exercício económico com um resultado líquido de 56,4 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,9 milhões de euros (3,5%) face a 2009 e 12,4 milhões de euros (28,2%) face a 2008. O EBITDA (resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) totalizou 155 milhões de euros, mais 6,9 milhões de euros (4,6%) que em 2009, correspondente a uma margem de 45,8%. Estes resultados reflectem a evolução da actividade, concretizada num aumento dos ganhos operacionais de 20,4 milhões de euros (6,1%), que totalizaram 352,3 milhões de euros em 2010. O aumento no volume de negócios foi mais expressivo nas receitas de tráfego, que contribuíram com um acréscimo de 9,5 milhões de euros (6,3%), em linha com a evolução do número de passageiros e do movimento de aviões comerciais. Um crescimento que beneficiou das várias iniciativas de cooperação da empresa com as principais entidades do sector do turismo para a captação de novas rotas e para a promoção de Portugal no estrangeiro. Este trabalho de cooperação, juntamente com a melhoria das infra-estruturas e dos serviços dos aeroportos, permitiu à ANA conquistar 39 novas rotas em 2010. A recente abertura nos aeroportos de Porto e Faro das bases operacionais da Ryanair, e da easyJet em Lisboa, também já produziu efeitos visíveis no tráfego. Para o aumento do volume de negócios contribuiu também o forte investimento que a empresa fez nos chamados negócios não-aviação, sobretudo no retalho, com a remodelação das áreas comerciais dos aeroportos e um aumento significativo da oferta.
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Os custos operacionais ascenderam a 260,9 milhões de euros, superiores em 17 milhões de euros relativamente a 2009. Neste valor pesou o aumento nos custos com pessoal, por via dos incentivos e indemnizações pagos no âmbito do programa de optimização dos efectivos. Nos custos com fornecimentos e serviços externos houve um crescimento de 1,9%, para o qual contribuíram as áreas directamente relacionadas com a actividade da ANA. O aumento na rubrica Outros Gastos reflecte, entre outros, o incremento dos incentivos concedidos às companhias aéreas. O resultado financeiro, que totalizou 13,3 milhões de euros negativos, registou um agravamento de 0,9 milhões de euros (7,1%) face a 2009, fruto do impacto da única operação ainda activa de swap (um instrumento de cobertura da taxa de juro), apesar da evolução favorável conseguida nos juros líquidos.
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VENDAS NOS AEROPORTOS CRESCEM NOS ÚLTIMOS 5 ANOS AS VENDAS NOS ESPAÇOS COMERCIAIS DOS AEROPORTOS DA ANA CRESCERAM 43% E, EM 2010, NO MEIO DE UMA CONJUNTURA ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL , FORAM ALCANÇADOS OS MELHORES RESULTADOS DE SEMPRE.
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o ano de 2010 a actividade de retalho dos aeroportos geridos pela ANA alcançou os melhores resultados de sempre com as vendas dos espaços comerciais a alcançar um volume superior a 220 milhões de euros. Transversais a todos os aeroportos e áreas de actividades (lojas, restauração e serviços), estes resultados reflectem um crescimento de 13% relativamente a 2009 e de 43% se considerarmos o período entre 2005 a 2010. Quando comparada com a evolução registada no mercado de retalho nacional e no retalho aeroportuário europeu, esta é uma performance notável. O índice de vendas do Banco de Portugal mostra que o crescimento do retalho nacional acumulado até Novembro de 2010 foi de 0,9%. Por
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outro lado, o European Travel Retail Council revelou que o crescimento do retalho aeroportuário na Europa se ficou pelos 9%. Convém destacar que estes resultados foram alcançados durante uma conjuntura macroeconómica difícil, vivida tanto em Portugal como noutros países europeus. A incerteza da actual situação económica, que pode influenciar o comportamento do consumidor e as perspectivas futuras da evolução do negócio de retalho em Portugal, tem dificultado a captação de marcas internacionais para investirem nos aeroportos nacionais. Os bons resultados alcançados são um reflexo do forte investimento realizado pela empresa ao longo dos últimos anos e mostram que, apesar da conjuntura económica, a estratégia seguida pela ANA tem conseguido estimular as vendas das marcas e lojas instaladas nos seus aeroportos.
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HOTÉIS ARRANCAM ESTE ANO
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Em Faro a concessão foi para a FTP Hotels.
O hotel do Porto está concessionado ao Grupo Coperfil.
O grupo Hotti Hotéis ganhou a concessão do hotel de Lisboa.
OS PROJECTOS DE ARQUITECTURA DOS TRÊS HOTÉIS QUE A ANA VAI CONSTRUIR NOS AEROPORTOS DO PAÍS JÁ FORAM APROVADOS PELAS CÂMARAS DE LISBOA, DA MAIA E DE FARO. A CONSTRUÇÃO ESTÁ PRESTES A ARRANCAR. epois de assinadas as parcerias para a construção e exploração de três hotéis, nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, e concluídos os processos de licenciamento, as obras vão arrancar imediatamente. No conjunto, as três unidades representam uma área bruta de construção de cerca de 18 mil m2, uma oferta de 380 quartos, e envolvem um investimento de 27 milhões de euros, totalmente suportado por investidores privados. O hotel do Aeroporto de Lisboa, cuja concessão foi ganha pelo Grupo Hotti Hotéis, será uma unidade de 4 estrelas, com cerca de 150 quartos e com todas as condições para responder à procura de lazer e de negócios geradas pela cidade e pelo aeroporto, que por si só funciona com um elemento gerador de dormidas. A construção começa já este mês e deverá terminar em Outubro de 2012. No Aeroporto de Faro a concessão do hotel foi entregue à FTP Hotels, que vai construir uma unidade de três estrelas com 100 quartos. Este hotel vai fazer face à escassez de oferta de alojamento na cidade de Faro e está estrategicamente posicionado para captar tanto hóspedes individuais como de grupos de negócios. O período de construção vai decorrer entre Maio de 2011 e Abril de 2012. A procura que resulta da forma de operação deste aeroporto é também interessante: muitos voos aterram depois das 23h e outros descolam antes das 9h. Como em qualquer hotel de aeroporto, os atrasos e as irregularidades decorrentes da operação podem gerar dormidas. Os colaboradores das empresas ligadas à aviação e os passageiros de voos low cost que viajem sem reservas de alojamento são também potenciais utilizadores do hotel. Já no Porto, para evitar a concorrência dos hotéis de 4 e 5 estrelas da cidade, o hotel concessionado ao Grupo Coperfil será dirigido ao segmento budget, de modo a oferecer um serviço diferenciado da maioria e garantir um maior retorno do investimento. De notar que nos últimos anos o Aeroporto do Porto tem tirado proveito de uma área além-fronteiras captando clientes também na Galiza. Para isso, o aeroporto realizou fortes investimentos que permitiram aumentar muito a sua capacidade tanto para receber aviões como para prestar todo o tipo de serviços aos passageiros. A construção arranca já este mês e deverá terminar em Março de 2012. O impulso ao negócio de imobiliário por parte da ANA vai ao encontro da tendência do sector aeroportuário, que se tem focado cada vez mais no desenvolvimento dos negócios não-aviação – que também incluem o retalho, a publicidade, o estacionamento e o rent-a-car. Até agora, a maior parte do portfólio imobiliário da empresa eram edifícios ligados à operação dos aeroportos mas também terrenos e edifícios destinados a escritórios e armazéns.
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SUPERAR A CRISE OS DESAFIOS QUE A SITUAÇÃO ECONÓMICA COLOCA À GESTÃO AEROPORTUÁRIA VÃO ESTAR EM DESTAQUE NO 21º CONGRESSO ANUAL DO ACI EUROPA , A DECORRER EM LISBOA EM JUNHO. A ANA SERÁ A ANFITRIÃ DESTE QUE É O PRINCIPAL ENCONTRO DA INDÚSTRIA AEROPORTUÁRIA EUROPEIA .
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ANA será a anfitriã do 21º Congresso Anual do Airports Council International (ACI) Europe, que decorre entre 15 e 17 de Junho no Centro de Congressos do Estoril. “Como superar a realidade económica e operacional sem descurar a experiência do passageiro” vai ser o tema central desta conferência da associação internacional de aeroportos, que reúne os principais líderes da indústria aeroportuária europeia. “Como pode a aviação europeia responder eficazmente à mudança dos parâmetros económicos globais?”, é um dos tópicos que constam no programa da conferência. A redução de custos versus a expansão ou modernização das infra-estruturas; a manutenção da Europa como hub entre continentes; a influência das taxas de aviação nos fluxos de tráfego e o impacto do crescente poder de mercado das low cost são algumas das questões que vão ser apresentadas e debatidas. No chamado Fórum dos Investidores, os stakeholders da indústria vão partilhar as suas opiniões sobre o que mudou para os investidores aeroportuários depois de uma das piores crises económicas e financeiras de sempre. Quais são agora os factores que mais influenciam as decisões dos investidores? Será que o seu interesse diminuirá por causa dos enormes custos que não se verificam noutras indústrias? O que é necessário para atrair novamente os investimentos? As novas realidades operacionais também serão abordadas durante estes dois dias. Que lições retirar do episódio da nuvem de cinzas? O que é necessário para que os aeroportos possam ter pleno controlo de toda a actividade no solo de modo a haver uma resposta coordenada por parte de todos os intervenientes? Devem os
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aeroportos ser responsáveis por estabelecer níveis de qualidade e de serviço mínimos para os handlers? Devolver o entusiasmo à experiência de passar num aeroporto, é outro dos assuntos que consta no programa. Até onde podem os aeroportos ir para melhorar a experiência do passageiro? Podem as redes sociais contribuir para gerir eficazmente situações de ruptura? E podem desempenhar um papel importante no aumento das receitas comerciais? Embora a lista de oradores não esteja ainda fechada, está já confirmada a presença de várias entidades, como a BAA, o Eurocontrol, a Autoridade da Aviação Civil do Reino Unido e de vários aeroportos, como Gatwick e Aeroporto de Sidney. Fernando Pinto, CEO da TAP também será um dos oradores. Ao longo das duas últimas décadas, o Congresso Anual do ACI Europa estabeleceu-se como o ponto de encontro anual dos executivos dos aeroportos e principais líderes do sector. A conferência é acompanhada por uma exposição que atrai os principais fornecedores da indústria aeroportuária. Em paralelo decorre um atractivo programa social cuja organização está desta vez a cargo da ANA. No Congresso são também atribuídos os prémios do ACI Europa aos melhores aeroportos, numa cerimónia que decorre durante o jantar de gala.
Os vencedores dos prémios do ACI Europa durante a cerimónia que no ano passado decorreu em Milão.
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A CORRIDA DA PONTE CUMPRIU-SE A TRADIÇÃO E NA 21ª EDIÇÃO DA MEIA MARATONA INTERNACIONAL DE LISBOA MILHARES DE PESSOAS ATRAVESSARAM A PONTE 25 DE ABRIL. A PROVA JÁ ATRAI MUITOS ESTRANGEIROS E É UMA ETAPA IMPORTANTE NA AGENDA INTERNACIONAL DE ATLETISMO.
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ste ano foram cerca de 40 mil os participantes que atravessaram a Ponte 25 de Abril. Uns vieram para a Mini, outros para a Meia, mas todos com o objectivo de fazer desta prova uma grande festa no calendário desportivo nacional e internacional. Pelo alto nível competitivo reunido, a prova viu renovado o título de “Gold Road Race”, atribuído pela International Association of Athletics Federations a apenas 12 meias maratonas em todo o mundo.
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Organizada pelo Maratona Clube de Portugal, a Meia Maratona de Lisboa realiza-se desde 1990. De ano para ano a cidade foi aprendendo a adaptar-se para receber os milhares de visitantes, nacionais e estrangeiros, que vêm a Lisboa para participar nesta corrida que é um espectáculo cheio de emoção sobre o Tejo. Com partida na praça da portagem da Ponte 25 de Abril e meta instalada em frente do Mosteiros dos Jerónimos, a Meia de Lisboa tem um percurso plano e rápido. Várias vezes a melhor marca mundial foi realizada aqui, como na edição de 2010, em que o atleta da Eritreia, Zersenay Tadese, quebrou o recorde mundial da meia maratona fazendo o percurso em 58 minutos e 23 segundos e arrecadando o prémio de 50 mil euros.
O PRESIDENTE DO MARATONA CLUBE DE PORTUGAL DESTACOU O IMPACTO ECONÓMICO QUE O EVENTO PROPORCIONA À CIDADE. NÃO É POR ACASO QUE ESTE É O DIA DO ANO EM QUE SE VENDEM MAIS PASTÉIS DE BELÉM. Desde o final dos anos 90 que a ANA patrocina a Meia Maratona de Lisboa. Actualmente o apoio ao Maratona Clube de Portugal é uma verba anual de 25 mil euros e abrange três provas: a Meia Maratona de Lisboa, a Meia Maratona de Portugal e a Corrida da Mulher, cujas receitas revertem a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro. É indiscutível a projecção que a Meia Maratona de Lisboa dá à cidade e ao país, uma vez que, pela sua dimensão, é um evento que entra nos circuitos internacionais. O presidente do Conselho de Administração da ANA, Guilhermino Rodrigues, também atleta, nota que “a corrida se torna muito mais visível por incluir a travessia da ponte 25 de Abril, o que é um atractivo. É extraordinário para quem corre”. Sobre o patrocínio da ANA, Guilhermino Rodrigues nota que é um investimento que tem retorno. “Todos os anos vem muita gente de fora correr, pessoas que utilizam o aeroporto. Do ponto de vista do turismo, a prova também é uma atracção importante”. A organização diz que são à volta de quatro mil os estrangeiros que participam na corrida e, na ANA, todos os anos cerca de 250 colaboradores também marcam presença na ponte. Durante a apresentação da prova deste ano, Carlos Moia, presidente do Maratona Clube de Portugal, também destacou o impacto económico que o evento tem proporcionado à cidade. Não é por acaso que este é o dia em que se vendem mais pastéis de Belém em todo o ano. O Maratona Clube de Portugal nasceu em 1989 no Estádio Nacional, onde um pequeno grupo de amigos se juntava para correr. Foi o primeiro clube português a dedicar-se exclusivamente ao atletismo, com uma componente muito forte de alta competição. O desporto de recreação com o objectivo de dar exemplo de que o corpo humano necessita de movimento e não de sedentarismo foi outra faceta que o clube promoveu desde o início. Enquanto acumulava títulos nacionais e internacionais, o Maratona Clube de Portugal começou a dedicar-se à organização de eventos de grande dimensão, sendo os mais emblemáticos as duas meias maratonas, a de Lisboa e a de Portugal, que acontece no final do Verão com partida da Ponte Vasco da Gama. Estas duas provas agitam verdadeiramente a sociedade portuguesa e puseram a correr quem nunca antes tinha participado em eventos destes.
Há dois anos em Londres, Guilhermino Rodrigues “apadrinhou” Pedro Simões, da Jerónimo Martins, que se estreava aqui na maratona.
OBJECTIVO: MARATONA É
a mais longa e desgastante mas também a mais emocionante prova de atletismo. Se correr uma maratona está nos seus planos de vida, leia o testemunho de quem já correu várias e inspire-se. Como diz Guilhermino Rodrigues, “correr a maratona não custa, o que custa é prepará-la”. Foi com alguma relutância que aceitou o desafio de alguns amigos e resolveu experimentar a corrida. Desportista desde sempre, o ténis e o futebol eram as suas modalidades de eleição e temia que um novo passatempo o afastasse dos hobbies preferidos. Corria então o ano de 1998. Daí para cá, Guilhermino Rodrigues já correu seis maratonas que, para quem não sabe de cor, têm exactamente 42,195 quilómetros cada uma. Quando começou a fazer umas corridas, era na altura secretário de Estado dos Transportes, a Maratona não estava no seu horizonte. Correr servia apenas para aliviar o stress do dia-a-dia e das responsabilidades. Ganhou-lhe o gosto e rapidamente se apercebeu das alterações no seu estilo de vida. “Comecei a ter uma disciplina diferente: corria quatro vezes por semana, sempre antes das sete da manhã, e isso obrigou-me a deitar mais cedo; nos dias em que corria também chegava mais cansado ao fim do dia e essa rotina foi alterando a minha forma de estar”. Começou a ir a provas, primeiro minis (cerca de 7 km) e depois meias (21 km). Foi só seis anos após se ter iniciado que começou a pensar na maratona. Escolheu a prova e a data e um ano antes decidiu que tinha de parar de fumar. Em seis meses parou definitivamente e engordou seis quilos. Passou os seis meses seguintes a treinar para perder o peso ganho e a controlar a alimentação. “Quem corre sabe a diferença que fazem uns quilos a mais. Sob o ponto de vista da saúde, passei a olhar muito mais para todos estes aspectos”.
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© Foto de Ian Gavan / Getty Images
Expositor na aerogare com alguns objectos que não são permitidos na bagagem de mão.
Mas não se chega um dia e diz-se “Vou correr a maratona” e já está: tem de haver uma preparação. “Correr a maratona não custa, o que custa é preparar a maratona. Para isso, nos três meses antes, uma pessoa corre entre 500 a 600 quilómetros”. Uma preparação adequada − e ninguém quer estar despreparado quando chega o dia − implica um plano de treinos que, nota Guilhermino Rodrigues, é elaborado de uma forma muito científica, de acordo com a idade, peso, quantas vezes corre por semana e objectivo de tempo na prova. “Se a pessoa cumprir rigorosamente o plano de treinos que lhe é traçado e controlar a cadência da corrida, isto é, se souber dosear o esforço durante as 4, 4 horas e meia que dura a corrida, normalmente chega ao fim com algum sofrimento mas sem dor”. Ter alguém com experiência que acompanhe e aconselhe ao longo da corrida também é muito importante. “Como se preparou bem, no início a pessoa tem tendência a correr numa velocidade superior à que deveria e depois essas forças vão fazer falta para chegar ao fim”. Durante aquelas quatro horas todo o corpo reage: “Sentem-se os músculos, as articulações, tomamos consciência de todas as partes do corpo. A partir dos 35 quilómetros, às vezes, perguntamo-nos ‘será que vou conseguir, serei capaz, porque não fico já por aqui’. Nessas alturas temos que nos focar no objectivo e seguir em frente. E é uma satisfação enorme, cumprir aquele objectivo”.
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Guilhermino Rodrigues começou logo pela que, diz quem já correu, é das mais extraordinárias do mundo. “A Maratona de Londres é absolutamente fantástica. Quando a corri pela primeira vez, em 2005, estimava-se que houvesse um milhão de pessoas na rua a apoiar os maratonistas que eram à volta de 50 mil. Há sempre alguém a incentivar-nos enquanto corremos. É quase impossível não chegar ao fim”, recorda. A Maratona de Londres tem a particularidade de mobilizar toda a cidade de Londres não só pela corrida em si mas pela defesa de causas. A prova tem uma forte componente de solidariedade social e uma parte das receitas são distribuídas por organizações não-governamentais, consoante o número de atletas que correm por essa causa. Correr por uma causa é uma ideia que agrada a Guilhermino Rodrigues, algo que faz com o célebre Clube do Stress, através do qual algumas caras conhecidas da sociedade portuguesa angariaram fundos para várias instituições de solidariedade social. A solidariedade é outros dos ensinamentos que, diz o presidente, a corrida proporciona. “Correr em grupo ensina-nos a apoiar quem estiver com dificuldades, a não deixar ninguém para trás”. Voltou a Londres mais duas vezes para a maratona e também já correu a de Paris, a de Roma e a de Hamburgo. Uma por ano. Este ano, pela primeira vez, não sabe ainda como vai ser. Estava a pensar em ir a Copenhaga em Maio mas como ainda não se preparou, o tempo começa a escassear. Talvez outra, mais para o fim do ano. Entretanto continua a ter o “compromisso” de ver nascer o sol, três vezes por semana, no Estádio Universitário de Lisboa e o Tejo ao fim de semana.
DEOLINDA SANTOS
Gabinete de Desenvolvimento do Aeroporto de Lisboa
- QUANDO E ONDE CORREU A PRIMEIRA MARATONA DA SUA VIDA? Em 2004, em Lisboa. - QUANTAS MARATONAS JÁ CORREU? QUAL A SUA PREFERIDA? Já corri oito. A preferida é, sem dúvida, a de Londres, pois é uma grande festa da cidade em que os maratonistas, vindos de todo o mundo, são acolhidos e acarinhados pelos londrinos. É inspirador e inesquecível. Em Lisboa, quando corremos, as ruas estão vazias, e os condutores, aborrecidos, apitam-nos e gritam para sairmos da estrada…estamos a anos-luz … - QUE IMPORTÂNCIA TEM A CORRIDA NA SUA VIDA? Correr sem exageros, duas vezes por semana, faz parte de um estilo de vida saudável, que tento manter.
ANTÓNIO MORGADO
Direcção de Planeamento e Controlo de Gestão
- QUANDO E ONDE CORREU A PRIMEIRA PROVA? A minha primeira mini-maratona foi na da ponte 25 de Abril, há cerca de 10 anos. - QUANTAS JÁ CORREU? QUAL A SUA PREFERIDA? Já corri imensas. Destaco a Meia Maratona de Lisboa, a Corrida do Tejo, Corrida da Linha, Corrida do Fim da Europa… A corrida que mais gosto de fazer é a do Fim da Europa que sai de Sintra para o Cabo da Roca. São 17 quilómetros sempre por dentro da Serra de Sintra. Embora um pouco dura, pois o trajecto é na sua maior parte a subir, tem paisagens maravilhosas. - QUE IMPORTÂNCIA TEM A CORRIDA NA SUA VIDA? O atletismo é um desporto que gosto de praticar e que contribui de uma forma geral para a manutenção do meu bem-estar físico.
MARIA JOANA SOBRAL Direcção de Auditoria e Organização
- QUANDO E ONDE CORREU A PRIMEIRA PROVA? Corri pela primeira vez uma mini-maratona em Março de 2002, na Maratona da Ponte 25 de Abril. - QUANTAS JÁ CORREU? QUAL A SUA PREFERIDA? Participo regularmente nas mini-maratonas de Lisboa, na Corrida do Tejo, Corrida da RTP, Corrido do Aeroporto. Durante três anos participei também no Troféu de Loures. A minha prova preferida é a Corrida do Tejo, onde tento participar todos os anos. - QUE IMPORTÂNCIA TEM A CORRIDA NA SUA VIDA? A corrida é muito importante para mim porque ajuda a aliviar-me do stress do dia-a-dia e a manter-me saudável.
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À PAISANA “I MANUEL CUNHA É O HOMEM QUE TEM A CHAVE DE TODAS AS PORTAS DO AEROPORTO DO PORTO. LICENCIADO EM DIREITO, JÁ FOI MILITAR, TRABALHOU NAS OPERAÇÕES DE SOCORROS E ESTEVE QUASE A ENTRAR NA POLÍCIA JUDICIÁRIA.
Expositor na aerogare com alguns objectos que não são permitidos na bagagem de mão.
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mpor uma segurança rígida é fácil mas aqui temos que a combinar com a qualidade de serviço e tentar não complicar a vida ao passageiro”. Desta forma o chefe do Gabinete de Segurança do Aeroporto do Porto resume a complexidade inerente ao processo de segurança, deste e de qualquer aeroporto do mundo. Vestido à “paisana”, Manuel Cunha vai desfiando o rol das forças e serviços de segurança presentes no aeroporto: PSP, PJ, Alfândega, SEF, GNR e SIS. Isto, claro, para além dos cerca de 200 elementos da empresa de segurança privada. Embora a legislação seja clara sobre as atribuições de cada um e em teoria as fronteiras estejam bem definidas, no dia-a-dia estas revelam alguma volatilidade e é preciso lidar com as fricções que possam surgir. Cabe ao Gabinete de Segurança garantir a aplicação dos processos de segurança em todo o aeroporto e coordenar o trabalho com as forças de segurança. Não é por acaso que o item da segurança é o que habitualmente mais penaliza os aeroportos nos inquéritos de satisfação feitos aos passageiros, como os que o Airports Council International realiza para a atribuição dos seus prémios. Distinções que o Aeroporto do Porto tem arrecadado sucessivamente e se orgulha de expor na zona mais nobre do moderno aeroporto. “A SEGURANÇA É UM FACTOR “Enquanto a limpeza é um MAIS SUJEITO À SUBJECTIVIDADE aspecto onde não existem DE CADA UM. ALGUNS duplas interpretações − um espaço ou está limpo PASSAGEIROS PREFEREM UMA ou não está − a segurança SEGURANÇA VISÍVEL, COM ARMAS é um factor mais sujeito À VISTA, MAS HÁ OUTROS QUE SE à subjectividade de cada SENTEM MAIS SEGUROS SE NADA um. Alguns passageiros DISTO ESTIVER À MOSTRA”. preferem uma segurança visível, com armas à vista, etc., mas há outros que se sentem mais seguros se nada disto estiver à mostra. Há passageiros que consideram que a revista pode ser excessiva enquanto outros a podem achar insuficiente”, exemplifica Manuel Cunha. Outro desafio, talvez o maior, é fazer toda a comunidade aeroportuária entender que a manutenção da segurança é um dever de todos, “desde a senhora da limpeza ao operador de placa”. O chefe do Gabinete de Segurança defende que toda a gente que trabalha no aeroporto deveria, por exemplo, estar alerta para qualquer bagagem abandonada e esse alerta deveria começar logo no check-in, perguntando ao passageiro se transporta objectos proibidos.
O responsável máximo pela segurança no aeroporto é o seu director, é ele o representante do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). Abaixo na hierarquia existe o Gestor de Segurança e depois o Gabinete de Segurança, a estrutura que organiza todos os aspectos relacionados com a segurança do aeroporto. Depois de cinco anos como militar nas Forças Armadas, Manuel Cunha entrou para a ANA em 2000 através das Operações de Socorros (OPS), às quais chama “o corpo de elite”, a função que tem as provas psico-físicas mais exigentes. Um tempo depois resolveu concorrer à Polícia Judiciária. Foi admitido e estava já com um pé fora da ANA quando surgiu a proposta para chefiar o Gabinete de Segurança. Entretanto licenciou-se em Direito, na Universidade do Minho. “Os princípios da segurança de bens e pessoas são universais e toda a base da segurança é regulamentada”. E não são pouco os reguladores: o INAC, a Comissão Europeia, a Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) e ainda a European Civil Aviation Conference. Fez também um curso de gestor de segurança no Centro de Formação Europeu, em Bruxelas e, mais recentemente, foi convidado pela ICAO para consultor de segurança deste organismo. Se 50% do seu tempo é gasto em actividades relacionadas com a empresa de segurança privada − analisar o desempenho dos equipamentos, de rastreio e de videovigilância, analisar o tempo de fila, a sensação de segurança do passageiro, etc. − outro tanto passa-o a interpretar e analisar a regulamentação: “Só no ano passado saíram oito regulamentos da UE relacionados com a segurança”. Na segurança, tanto na Europa como nos EUA, nada foi igual depois do 11 de Setembro. No meio de tanta legislação e regulamentos há muito espaço para episódios caricatos. Recorda-se de um, nos primeiros tempos após a entrada em vigor da proibição do transporte de líquidos na bagagem de mão, de um emigrante português que levava o sangue da galinha morta nessa manhã para, à chegada a Paris, preparar uma cabidela. Claro está que teve de almoçar outra coisa. O que Manuel Cunha não esquece nunca, e que é o factor que diferencia a segurança aeroportuária de outra qualquer, é que trabalha para o passageiro. Por isso, ideias facilitadoras são sempre bem-vindas. Como o “One Stop Security”, um conceito que defende que o passageiro com voos de ligação seja rastreado apenas uma vez, no início da viagem. Não sendo nova, esta ideia não vingou sobretudo devido à falta de cooperação entre os diferentes Estados, mas permanece uma ambição no universo dos aeroportos e da aviação. Outra ideia, cuja concretização pode não estar longe, é o chamado “túnel de segurança”, pensado para substituir os longos e intrusivos controlos de segurança aos passageiros. Neste esquema, proposto pela IATA, os passageiros são identificados através de documentos com chip e das impressões digitais. Depois o passageiro passará por um túnel de cerca de dez metros, no qual scanners inteligentes procurarão simultaneamente por objectos metálicos perigosos e líquidos suspeitos.
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ORGULHO NA FARDA ANA CRISTINA PIMENTEL É A ÚNICA OPERACIONAL DE SOCORROS DO SEXO FEMININO NA ANA. DEPOIS DO AVÔ E DO PAI, É TAMBÉM A TERCEIRA GERAÇÃO DA SUA FAMÍLIA A TRABALHAR NA EMPRESA, NO AEROPORTO DE SANTA MARIA.
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oi no distante ano de 1946 que o seu avô trocou a ilha Terceira, nos Açores, pela de Santa Maria para trabalhar como técnico de comunicações de rádio no aeroporto. Ana Cristina Pimentel é agora a terceira geração desta família a trabalhar na ANA, e no Aeroporto de Santa Maria, onde o pai é chefe de manutenção. Foi este que há oito anos a alertou para a abertura de um concurso no aeroporto para admitir operacionais de socorros, ou OPS, o nome que no ambiente aeroportuário se dá aos bombeiros. Atento ao gosto e aptidão da filha pela actividade física, pensou que seria uma função indicada. Não errou. Aos 35 anos, Ana Cristina sente que é a pessoa certa no local certo. “Tirei o curso dado pela empresa e diga-se que foi muito exigente e rigoroso, mas ensinou-me muito em todos os aspectos”. A função de um OPS consiste, essencialmente, em estar atento e preparado a todo o momento para garantir a segurança dos aviões e passageiros. O Aeroporto de Santa Maria é um aeroporto pequeno com poucos movimentos diários e o total dos colaboradores não ultrapassa as 60 pessoas. Apesar de um dia-adia tranquilo no aeroporto, não esconde que existe adrenalina durante a aterragem e descolagem das aeronaves, quando estão dentro dos carros, equipados e preparados para tudo. Como uma boa preparação física é fundamental para o desempenho da função, boa parte do tempo é também gasta em exercícios. A colaboração nas tarefas de outros colegas e o estudo também ocupam os turnos. Recentemente Ana Cristina e outros colegas fizeram um curso de Formadores facultado pela ANA. “Foi um curso que para além de nos ensinar a dar formação, nos ajudou e ensinou muito sobre o relacionamento com os colegas no nosso dia-a-dia. Deu-nos muito trabalho mas também nos ensinou muito sobre dedicação, empenho e motivação.” Por enquanto a equipa de Socorros é formada por 20 pessoas mas depois do Verão ficarão apenas sete, os mais jovens. Com a aproximação da idade de reforma os colaboradores mais antigos vão sair e a empresa celebrou um contrato de prestação de serviços com os bombeiros da terra que passarão a dar assistência no aeroporto.
São todos homens, mas isso não apoquenta Ana Cristina. “Sempre me comportei e reagi como mulher, fazendo sempre questão de me afirmar como tal, provando ao sexo oposto de que nós, mulheres, somos capazes de muito mais do que eles julgam”. Sente-se protegida, respeitada e as brincadeiras encara-as como saudáveis para o relacionamento de toda a equipa. “Não existem os conflitos que às vezes acontecem quando se trabalha só com mulheres”, diz. Mas por trabalhar entre homens não quer dizer que tenha de se vestir como eles. E apesar de sentir um indisfarçável orgulho na farda que veste, Cristina confessa que uma coisa que a desgosta é que não seja um pouco mais feminina, como acontece com as das colegas das Operações Aeroportuárias, por exemplo. Qualquer mulher sabe o que um acessório ou uma peça diferente pode fazer pelo ânimo e a auto-estima. Se no aeroporto tem “SEMPRE ME COMPORTEI E tido a sorte de nunca se REAGI COMO MULHER, FAZENDO ter confrontado com uma SEMPRE QUESTÃO DE ME AFIRMAR ocorrência complicada COMO TAL, PROVANDO AO SEXO que merecesse uma OPOSTO DE QUE NÓS, MULHERES, intervenção, enquanto membro da equipa dos SOMOS CAPAZES DE MUITO MAIS Bombeiros Voluntários de DO QUE ELES JULGAM”. Santa Maria (há 4 anos) já teve a sua dose de situações difíceis, sobretudo acidentes de viação em que teve de prestar primeiros socorros. “Já tive muitas situações complicadas que me dão muita adrenalina e força para ajudar o próximo, pois não há sensação melhor.” Em 1946, quando, no final da Segunda Guerra Mundial, os americanos entregaram ao Estado português a base aérea de Santa Maria (que construíram num prazo recorde de um ano com o objectivo de minimizar as perdas navais dos Aliados e apressar o fim do conflito), o avô de Ana Cristina deixou a Terceira natal para ir trabalhar nas comunicações de rádio do aeroporto. Quando o pai seguiu o mesmo caminho, ela tinha apenas um ano. Além de Ana Cristina também o irmão, que é Técnico de Informação e Comunicações Aeronáuticas na NAV, segue esta espécie de tradição familiar de lidar com aviões. Apesar de ter nascido na Terceira, Santa Maria é a sua casa desde sempre. “Por ser uma ilha muito calma, pequena e tranquila parece que não há que fazer, mas é ao contrário. Há sempre que fazer e por gostar muito de desporto e da natureza arranjo sempre uma actividade qualquer”. Para além, claro está, da família, da casa e dos cães.
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BOSTON
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UMA CIDADE RENOVADA QUE NÃO ESQUECE A HISTÓRIA COM A CONCLUSÃO DO BIG DIG, BOSTON GANHOU UMA NOVA ORLA MARÍTIMA, CHEIA DE MUSEUS, RESTAURANTES, LOJAS E MUITOS QUILÓMETROS PARA PASSEAR. E DEPOIS HÁ A HISTÓRIA, PORQUE FOI NESTA CIDADE À BEIRA DO OCEANO ATLÂNTICO QUE OS ESTADOS UNIDOS SE TORNARAM UMA NAÇÃO.
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O Rose Kennedy Greenway é uma área pública que se estende por quase dois quilómetros de extensos relvados e áreas de lazer. O Simmons Hall, residência estudantil do MIT, foi projectado por Steven Holl e inaugurado em 2002.
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élebre pelos prédios históricos de tijolo vermelho, aos poucos Boston tem vindo a redesenhar a sua silhueta com linhas mais modernas. Com a construção do Big Dig − como é conhecido o Central Artery / Tunnel Project, uma série de vias rápidas transformadas em túneis subterrâneos de até dez pistas − o centro da cidade está agora directamente ligado à zona do porto e transformou Boston numa cidade completamente diferente. É claro que a cidade, fundada pelos ingleses em 1630, não se despediu da sua história: a cúpula de ouro do Faneuil Hall continua a brilhar e o memorial a Paul Revere (um dos símbolos do patriotismo da Guerra da Independência) continua no Granary Burying Ground, mas há agora toda uma exuberância high-tech, com parques modernos e um porto completamente renovado. Não foi de um dia para o outro, mas quase. Uma marina industrial abandonada na costa sul de Boston deu origem ao Fan Pier, um novo espaço à beira-mar que junta moda, arte, compras e gastronomia. A âncora desta nova área é o Instituto de Arte Contemporânea, um museu de vidro e aço que parece pairar sobre o porto e já é o ponto de encontro preferido dos mais “cool” da cidade. Depois de muita espera, inúmeros atrasos e milhões de dólares gastos, a conclusão do Big Dig, que literalmente enterrou o trânsito que saturava a
cidade, trouxe à população de Boston muitos e variados espaços de lazer. É o caso do Rose Kennedy Greenway, o espaço onde antes estava a estrada I-93 e que agora é ocupada ao longo de quase dois quilómetros por extensos relvados, intercalados com peças de arte popular e áreas de lazer que ladeiam a Atlantic Avenue. Explorar este oásis na cidade é obrigatório. Podemos começar na South Station e andar para norte, fazendo as paragens necessárias para usufruir das fontes, experimentar o carrossel ou observar os barcos no porto e os aviões que descolam do Aeroporto Logan a partir do Christopher Columbus Park. Perto fica o bairro de North End, a comunidade residencial mais antiga de Boston, habitada desde a chegada dos primeiros colonos. É conhecida como a Little Italy da cidade devido à população ítaloamericana que ali vive. Apesar de não ser muito grande, tem mais de 100 restaurantes, muitas confeitarias e variadíssimas lojas que atraem os turistas. Uma opção para descansar da caminhada e ao mesmo tempo desfrutar das melhores vistas de Boston é um passeio pelo Rio Charles. Por cerca de 30 euros pode alugar um caiaque para todo o dia na Community Boating. A Primavera é uma excelente altura para visitar Boston: a neve já derreteu, as temperaturas já vão mais amenas, ainda não há muitos turistas e os preços dos hotéis ainda não atingiram os preços da época alta. Se tiver a sorte de apanhar um dia ensolarado, vai ver como a luz e as sombras projectadas nos arranha-céus de Back Bay dão à cidade um aspecto de ficção científica. Continuando na área de North End podemos visitar algumas das atracções do Freedom Trail, um caminho na baixa de Boston com cerca de 4 quilómetros, marcado com uma linha vermelha, onde se
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encontram os pontos históricos mais emblemáticos da capital do Massachusetts. Aqui perto ficam a casa de Paul Revere, venerado pelos americanos pela sua famosa cavalgada nocturna para avisar sobre a chegada das tropas britânicas à cidade, e a Old North Church, cujo pároco ajudou Revere colocando lanternas no campanário da igreja. Se tiver tempo e interesse na história americana pode percorrer toda a trilha à procura dos outros marcos fundamentais (são 16), nomeadamente relacionados com a célebre “Tea Party”. A Festa do Chá de Boston foi uma acção de protesto levada a cabo pelos colonos contra o governo britânico, na qual destruíram muitos caixotes de chá da Companhia Britânica das Índias Orientais atirandoos às águas do Porto de Boston. O acontecimento, a 16 de Dezembro de 1773, tornou-se um eventochave no desenrolar da Revolução Americana e é um dos acontecimentos mais simbólicos da história dos EUA. Se já teve a sua dose de história e a fome começa a apertar, pode escolher um dos restaurantes tradicionais italianos das redondezas mas também pode optar por algo novo e diferente. Como o Nepture Oyster, com o seu bar de crus e o bistrô de inspiração parisiense, ou o Grezzo, que serve comida italiana vegan, ou ainda o Sensing, em Fairmont Battery Wharf, onde o chefe Guy Martin é dono de 3 estrelas Michelin. Caso ainda tenha mais tempo para passeios não deixe de ir a Cambridge. Separada de Boston pelo Rio Charles e a poucas paragens de metro ou de eléctrico do centro, a pequena cidade é famosa no mundo por albergar duas das mais prestigiadas universidades norte-americanas: Harvard e o Massachusetts Institute of Technology.
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No Community Boating é possível alugar um caiaque para passear ao longo do rio Charles.
O “campus” da Universidade de Harvard, em Cambridge.
Com cerca de 100 mil habitantes, a população de Cambridge é muito diversa. Os residentes vão desde distintos professores das universidades a famílias de classe operária, passando por imigrantes de todo mundo. Esta diversidade contribuiu ao longo dos anos para um ambiente liberal que se sente por toda a cidade. Não é de estranhar, portanto, que a primeira união civil entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos se tivesse realizado no Cambridge City Hall. Porque o nascimento de uma nação é sempre um assunto apaixonante, e sobretudo porque falamos de
O bairro de North End, mais conhecido por Little Italy, é a comunidade residencial mais antiga de Boston.
uma das maiores nações do planeta, porque não dar um salto até aonde tudo realmente começou? A 70 quilómetros de Boston está Plymouth. Hoje uma graciosa cidade, foi onde os primeiros colonizadores, os chamados Peregrinos ou Puritanos, desembarcaram no novo continente pela primeira vez, em 1620, vindos do porto de Southampton, em Inglaterra, a bordo do navio Mayflower. Plymouth carrega ainda outra simbologia importante para os americanos pois foi aqui que, segundo consta, algures entre Setembro e Novembro de 1621 se celebrou o primeiro “Thanksgiving”, ou Acção de Graças, o dia de agradecer a Deus. Depois da primeira colheita, os colonos jantaram com os índios da tribo Wampanoag: a festa durou 3 dias e incluiu milho, cevada, perus, aves aquáticas e veado. O Instituto de Arte Contemporânea de Boston.
COMO IR: A Sata voa para Boston a partir de Ponta Delgada várias vezes por semana, com partida às 17h45 e chegada às 19h30. No percurso inverso o voo sai às 22h30 e chega a Ponta Delgada às 7h15. O Aeroporto Internacional de Boston Logan fica a 6 quilómetros da cidade de Boston (do outro lado da baía), sobre Harborside Drive. Pode chegar-se à cidade de comboio, metro, autocarro ou ferry. O free shuttle do aeroporto leva os passageiros à estação do metro e ao terminal dos ferries.
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VIAGENS SEM SACOS
COM O NOVO SERVIÇO “PICK UP ON RETURN SHOPPING” OS PASSAGEIROS DO AEROPORTO DO PORTO JÁ PODEM FA ZER AS SUAS COMPR AS ANTES DE EMBARC AR SEM TER DE AS LEVAR CONSIGO NA VIAGEM. É FÁCIL , PR ÁTICO, CONFORTÁVEL E GR ATUITO.
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uantas vezes já deixou de comprar no aeroporto um artigo só para não ter de carregar os sacos durante a viagem? No Aeroporto do Porto essa situação deixou de ser um problema. A Direcção de Retalho da ANA lançou no dia 1 de Março o ser viço Pick Up On Return Shopping. Este conceito inovador representa um valor adicional para os passageiros que, assim, podem fazer as suas compras antes de embarcar e recolhê-las no seu regresso no espaço Pick Up On Return Shopping , localizado na área pública de Chegadas. Fácil, prático, confortável e gratuito. Este ser viço insere-se no novo conceito Living Airport , que marca uma nova era na vida dos aeroportos nacionais. Se antes as pessoas tinham de se adaptar aos aeroportos, com os novos ser viços que a ANA tem vindo a criar, agora são os aeroportos que se adaptam aos passageiros. Disponível (para já) no Aeroporto do Porto, o ser viço é válido para quem viaja para destinos dentro da Comunidade Europeia, nas lojas aderentes.
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Apoio à Divulgaçao
Organização
Co-Produçao
Parceiros Institucionais
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AZURE DOS AÇORES O NOME FOI BUSC AR INSPIR AÇÃO ÀS CORES DA ILHA E DO MAR . O MENU TR A Z OS PR ATOS REGIONAIS, IMPERDÍVEIS EM QUALQUER VIAGEM AOS AÇORES. O A ZURE É O NOVO RESTAUR ANTE DO AEROPORTO DE PONTA DELGADA .
A
palavra “azure” deriva do nome persa de um lugar no Turquestão, uma região da Ásia Central onde existem vastas reservas de lápis-lazúli. Esta pedra semi-preciosa, conhecida desde a Antiguidade, tem uma intensa cor azul. A palavra hoje é usada para referir uma tonalidade de azul, qualquer coisa como o azul do céu num dia limpo e brilhante. Desde há pouco tempo é também o nome do mais novo restaurante do Aeroporto de Ponta Delgada. Situado no piso superior da zona pública das Partidas, é um espaço muito amplo que acolhe facilmente 200 pessoas e é, por isso, um local privilegiado para eventos sociais e de negócios.
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Com uma sala em forma de um semicírculo envidraçado, no Azure podemos fazer uma refeição tranquilamente enquanto observamos o movimento da zona de Partidas e da sala de embarque. A decoração é moderna e clean, predominam o branco, o cinza inox e os azuis, remetendo para o Azure que dá nome ao espaço. Com uma iluminação suave, que vem de grandes globos brancos e de candeeiros azul-turquesa, o ambiente à noite é bastante intimista e descontraído. Já ao almoço, a luz natural que chega através do tecto em vidro, parte da estrutura da própria aerogare, revela um outro lugar.
Na carta não faltam, claro, as iguarias açorianas como os filetes de abrótea, o bife à Açores, o bife de tubarão e produtos ex-líbris do arquipélago como o queijo de S. Jorge e o saboroso ananás. Além da carta, ao almoço há sempre opções de pratos do dia, servidas em buffet assistido. Um conjunto de biombos móveis permite modelar o espaço de formas diferentes, consoante as necessidades de cada momento e de cada evento. Há também menus específicos para grupos. O Azure funciona todos os dias, ao almoço, das 12h às 15h, e ao jantar, das 19h às 22h.
Hosted by
21st ACI EUROPE Annual General Assembly Congress and Exhibition 15-17th June 2011, Estoril Congress Center
“Overcoming new economic and operational realities, while improving the passenger experience� Bringing the leading airport industry figures from Europe together in Lisbon Confirmed speakers include:
Gold Sponsors
t "OUĂ‚OJP (VJMIFSNJOP 3PESJHVFT $IBJSNBO PG UIF #PBSE PG %JSFDUPST ANA Aeroportos de Portugal SA t 'FSOBOEP 1JOUP $&0 TAP t +PT /JKIVJT 1SFTJEFOU BOE $&0 Schiphol Group t $PMJO .BUUIFXT $&0 BAA t .BY .PPSF 8JMUPO $IBJSNBO Sydney Airport BOE $IBJSNBO Airports Council International t 5PSCPSH $IFULPWJDI $&0 Swedavia t %S .JDIBFM ,FSLMPI $&0 Munich Airport t ,FSSJF .BUIFS $&0 MAp Airports t %BWJE .D.JMMBO %JSFDUPS (FOFSBM EUROCONTROL t 4UFXBSU 8JOHBUF $&0 Gatwick Airport t "OESFX )BJOFT $IJFG &YFDVUJWF UK Civil Aviation Authority t %S 4UFGBO 4DIVMUF $&0 'SBQPSU "( 7JDF 1SFTJEFOU ACI EUROPE
www.aci-europe-events.com 43
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AIR TASTY ATERRA EM FARO
É A CO MPAN HIA MAIS S AUDÁVEL DO AERO P O RTO DE FARO. E , EM VE Z DE UM, HÁ AG O R A DO IS NOVO S ES PAÇO S AIR TAS T Y, Q UE O F ERECEM REF EIÇÕ ES S AUDÁVEIS S EM DES CUR AR O S AB O R .
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gora o Aeroporto de Faro tem dois restaurantes Air Tasty, um localizado na área pública e outro na área restrita de Partidas. Para além de se tratar de uma remodelação dos espaços já existentes, este novo conceito apresenta-se com uma nova imagem e uma oferta diferenciada. Vo cacio nad a p ara o s clientes em viag em e o rientad a p ara uma alimentação saud ável, a Air Tast y é o lo cal cer to p ara q uem q uer fazer uma refeição lig eira. Há p ro p o stas d iferentes to d o s o s d ias e, se d esejar, o p assag eiro p o d e levar co nsi go a refeição, numa alternat iva ao ser viço de refeiçõ es a b o rd o . O menu é variado e colorido: saladas à escolha, sanduíches, sopas originais, doces ou fruta. A s deliciosas combinações de sumos de frutas completam a oferta da companhia mais saudável do aeroporto. Com cores fortes e animadas, os novos espaços são atrac tivos, divertidos e dão destaque aos verdadeiros protagonistas da Air Tasty : os produtos. Seja a que horas for, vai encontrar sempre montras apelativas, com muita atenção ao detalhe e cheias de cor e sabor. O compromisso com a qualidade é outra das apostas da Air Tasty. Uma vez que a frescura está em primeiro lugar, no final de cada dia há promoções nas lojas a preços mais baixos para esgotar o stock .
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ALL BLUE
DOS SUAVES AOS INTENSOS, PASSANDO PELOS TONS METÁLICOS E PELO TURQUESA, O AZUL CHEGA PARA COLORIR E AQUECER A NOVA ESTAÇÃO.
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_lifestyle 01 02 03 04 05
Calções Pepe Jeans Top Pepe Jeans Saco Diesel Sandálias Diesel Relógios Lacoste À venda na Fashion Gate, no Aeroporto de Lisboa
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Mala Hugo Boss Vestido Burberry Lenço Burberry À venda na loja Multimarcas, Aeroporto de Lisboa
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Óculos Vogue Óculos Ray Ban Óculos Bulgari À venda na Sunglass Hut, no Aeroporto de Lisboa
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Colares e brincos Stone by Stone À venda na Stone by Stone, no Aeroporto de Lisboa
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_aldeia global SCANNERS POLÉMICOS EM MAIS PAÍSES
CHEGOU O TERMINAL MÓVEL
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pesar da ausência de uma directiva de Bruxelas, mais países europeus vão adquirir a nova tecnologia de segurança, os scanners corporais, que têm causado polémica, sobretudo por questões relacionadas com a privacidade dos cidadãos Face às capacidades imaginativas dos
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terroristas e a novos tipos de explosivos, os responsáveis dos países têm considerado necessário utilizar também novas medidas para os detectar e neutralizar. Vários países já anunciaram a decisão de instalar scanners corporais nos seus principais aeroportos. É o caso da República Checa, cujo ministro do Interior, Martin Pecina, afirmou recentemente ser favorável à utilização destes equipamentos, numa primeira fase, nos passageiros com destino aos EUA e a Israel, países “mais problemáticos em matéria de segurança”. O ministro referiu que, dentro de um mês, o seu país apresentará em Bruxelas a sua posição sobre a utilização de scanners corporais nos aeroportos da UE. Os peritos da aviação dos 27 já se reuniram em Bruxelas para discutirem a utilização desta tecnologia mas não chegaram ainda a um acordo sobre a questão. A Holanda e o Reino Unido já têm scanners corporais instalados em alguns dos seus aeroportos e decidiram que vão começar a utilizá-los. Também nestes países, presumese que, numa primeira fase, apenas irão ser submetidos à “vigilância” do scanner os passageiros que viajam para os EUA.
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COMPANHIAS PODEM SER MULTADAS POR EXCESSO DE RUÍDO
Aeroporto Internacional de Genebra mostrou recentemente o primeiro terminal de passageiros móvel do mundo. Trata-se de uma estrutura temporária que pode ser montada para fazer frente aos picos de tráfego de passageiros que frequentemente sobrecarregam os terminais de aeroporto. Alguns exemplos mais óbvios são os desastres naturais ou as condições meteorológicas extremas, como alguns dos que assistimos no ano passado: a nuvem de cinzas vulcânicas, as tempestades de neve nos EUA, chuvas, inundações e ciclones. Outras das circunstâncias que levam a um aumento de passageiros são, por exemplo, os grandes eventos desportivos. Em todas estas ocasiões o terminal pop-up pode servir para aliviar a pressão num aeroporto. O Aeroporto de Genebra pretende utilizar a estrutura durante toda a época de Inverno e também durante as obras de ampliação previstas, que vão obrigar a encerrar os terminais convencionais por curtos períodos de tempo. Desenvolvido pela empresa austríaca TMT Management, o terminal contém balcões de self-service check-in e, para expandir a sua capacidade, podem ser adicionados módulos de chegada e partida. Colocado mais próximo da pista, proporciona uma maior facilidade de processamento de passageiros.
s estados-membros da União Europeia podem impor sanções às companhias aéreas que fizerem muito barulho em áreas residenciais nas proximidades dos aeroportos, afirmou recentemente um conselheiro do Tribunal de Justiça da União Europeia Num parecer não vinculativo, o advogadogeral Pedro Cruz Villalon defendeu que as regras da UE sobre os níveis de ruído máximo e a restrição de operações não impedem os estados-membros de imporem sanções se as companhias aéreas ultrapassarem os limites de ruído permitido. A companhia europeia DHL tinha solicitado ao tribunal que rejeitasse uma multa imposta na Bélgica por excessivo ruído nocturno produzido pelos seus aviões. Mas o conselheiro do tribunal considerou que os regulamentos belgas não representam uma restrição da operação nem impedem o acesso ao aeroporto, apenas defendem a aplicação de multas se os níveis máximos de ruído forem ultrapassados.
Cruz Villalon destacou também que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou que a poluição sonora faz parte do ambiente e que os estados europeus podem tomar medidas de protecção contra ela. “A protecção de direitos fundamentais − em especial o direito fundamental à vida privada e familiar, e o direito à protecção ambiental − justifica a adopção de tais medidas”, escreveu o advogado-geral no parecer, já considerado histórico. Os juízes do tribunal ainda terão de se pronunciar sobre o assunto. E embora o parecer não seja vinculativo, na maioria dos casos os juízes apoiam a opinião do conselheiro.
A A MAGAZINE AGRADECE A COLABORAÇÃO DAS SEGUINTES PESSOAS E ENTIDADES NA ELABORAÇÃO DESTA EDIÇÃO:
REMODELAÇÃO DO AEROPORTO DE MAPUTO ENTRA NA ÚLTIMA FASE
ANDRÉ SERPA SOARES TAP LUÍS PAULO SALVADO Novabase MARIA MANUEL Maratona Clube de Portugal MARTA CANÁRIO Novabase RITA GUERRA cantora ANA ALBERTO MOTA BORGES Chefe da Divisão de Planeamento, Gestão e Controlo da Direcção de Aeroportos dos Açores ANA CRISTINA PIMENTEL Operacional de Socorros do Aeroporto de Santa Maria ANTÓNIO MORGADO Director de Planeamento e Controlo de Gestão ARTUR ARNEDO ANA Consulting CARLOS MADEIRA Administrador
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remodelação do Aeroporto Internacional de Maputo, a cargo da construtora chinesa Anhui Foreign Economic Construction, já entrou na sua última etapa: a construção de um novo terminal doméstico de passageiros. O projecto está estimado em 26 milhões de euros. As actuais instalações darão lugar a um novo terminal que irá dispor de duas salas amplas e modernas com capacidade para atender 580 passageiros à hora de pico. Após 18 meses de reabilitação, o novo edifício terá disponíveis 14 balcões de check-in, equipados com tecnologia moderna de atendimento ao passageiro, gabinetes de trabalho no hall público, uma área comercial, um posto médico e área pública de restauração. O projecto de ampliação e modernização das infraestruturas da empresa Aeroportos de Moçambique teve início em 2007 e já resultou na construção de um terminal de carga, uma torre de controlo e um terminal internacional, orçados em 98 milhões de euros. Em Novembro, a construtora chinesa entregou ao governo moçambicano o novo terminal de voos internacionais com capacidade para atender 900 mil passageiros por ano e que tem agregado um parque de estacionamento para 600 viaturas. O terminal, com 13 balcões de check-in e painéis electrónicos de informações de voo, foi financiado pelo governo da China em 80 milhões de euros.
DEOLINDA SANTOS Gabinete de Desenvolvimento do Aeroporto de Lisboa ESMERALDA FERREIRA Direcção de Retalho GONÇALO CARDOSO Direcção de Retalho GUILHERMINO RODRIGUES Presidente do Conselho de Administração HEITOR DA FONSECA Administrador IOLANDA CAMPELO Direcção de Retalho ISABEL OLIVEIRA ANA Consulting JORGE M. NUNES Direcção de Imobiliário LEONEL HORTA RIBEIRO Director de Estratégia e Marketing Aeroportuário LUÍS CASTANHO ANA Consulting MANUEL CUNHA Chefe do Gabinete de Segurança do Aeroporto do Porto MARIA DA LUZ CAMPOS Directora Financeira MARIA JOANA SOBRAL Direcção de Auditoria e Organização VITOR RODRIGUES Direcção de Retalho
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_passageiro frequente
E O PALCO FOI E O AEROPORTO! Rita Guerra Cantora
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ra altura das festas da semana do mar, na ilha do Faial. Eu, apaixonada pelos Açores desde os meus 10 anos, e após ter vivido 4 anos na Terceira, estava com muita expectativa, pois finalmente surgira o convite para ir cantar nas festas, o que seria a concretização de um dos meus sonhos. Havia voo para os Açores para toda a equipa na véspera do concerto, mas como eu tinha actuações diárias no Estoril optei por partir para o Faial sozinha no dia seguinte. Assim só teria de ser substituída no Estoril uma noite e não duas. Tudo marcado, bilhete prioritário. Chegada ao aeroporto em Lisboa, check-in feito, tudo certo, eis que surge a informação de que o voo estava atrasado. Telefonei para a road-manager a avisar das novidades. Ela informou-me de que o facto de ter um bilhete prioritário obrigava a companhia a garantir que eu chegaria ao meu destino, fosse como fosse. Lá se resolveu parte do problema, com um voo até a ilha de São Miguel. Não fazem ideia do estado de nervos em que todos estávamos. Já em São Miguel, soube que tudo estava já preparado para o concerto. Falei pelo telemóvel mais uma vez com a roadmanager, para pô-la ao corrente: não haveria mais nenhum voo para eu poder estar no meu concerto com o Beto. Solução: ele teria de fazer o concerto sozinho, o que se torna num grande problema; as minhas canções não estavam no tom dele, teria de se explicar ao público o que se estava a passar. Não há muito tempo antes, havia acontecido um “stress” muito grande com outra artista, e eu não queria que tal acontecesse comigo. Então, o nosso técnico de som sugeriu que fosse feita uma ligação directa através do telemóvel dele ao sistema de som para que o público conseguisse ouvir-me. E assim aconteceu: “Boa noite a todos, neste momento estou presa na ilha de São Miguel, não há como chegar aí hoje. Terei de ficar aqui até amanhã, para depois regressar a Lisboa, sem ter concretizado um dos meus sonhos, que seria estar aí hoje para cantar nas festas do mar. O Beto terá de fazer o favor de tentar cantar as minhas canções e sei que o espectáculo fica muito bem entregue. Também sei que está a chover e que todos vós se mantêm aí de pedra e cal, e por isso mais me custa não estar presente. Peço-vos desculpa e espero poder cantar para vós brevemente! Beijinhos!” Foi emocionante, enquanto falava, ouvia o público a gritar o meu nome. Obrigada, faialenses! Obrigada Beto, obrigada Ana Moitinho e todos os envolvidos neste evento :)
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imagem David Rumsey Map Collection, www.davidrumsey.com design Joana Monteiro
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