FFuunnççããoo eexxppoonneenncciiaall ddee bbaassee aa >> 11 Propriedades: D = IR D’ = IR+ Não tem zeros É estritamente crescente em IR, logo injectiva lim a x = + ∞ e lim ax = 0 x +∞
y=a
x
a>1
x –∞
O gráfico tem ordenada na origem 1 Tem uma assimptota horizontal y = 0 quando x — ∞ Não tem assimptotas verticais nem oblíquas Tem sempre a concavidade voltada para cima O seu crescimento é tanto mais rápido quanto maior for o valor de a O crescimento de a x é tão rápido que se tem lim
y
ax
x +∞ x
k
1–
0
x
= +∞
x
y
y = 10 x y=5 x y=2
Outras características observáveis: Para valores positivos de x a função cresce tão mais rapidamente quanto maior for a base a Para valores negativos de x a função decresce tão mais rapidamente quanto maior for a base a 1–
“o gráfico da função tende a colar-se aos eixos à medida que o valor de a aumenta”
0
x
FFuunnççããoo eexxppoonneenncciiaall ddee bbaassee 00 << aa << 11
D = IR D’ = IR+ Não tem zeros É estritamente decrescente em IR lim a x = 0 e lim a x = + ∞ x +∞
y
x
y=a 0<a<1
x –∞
O gráfico tem ordenada na origem 1 Tem uma assimptota horizontal y = 0 quando x + ∞
1–
0
x
NOÇÃO DE LOGARITMO x
x
x
2 = 8 <=> x = 3, dado que 2 = 8 <=> 2 = 23 x
x
x
2 = 16 <=> x = 4, dado que 2 = 16 <=> 2 = 24 x
2 = 12 <=> x = ? y
Partindo da função exponencial y = 2
x
12
Se y = 12, então graficamente x ≈ 3,58496
Estamos em presença de uma nova função
0 x
x
x = log2 12 Em que x é o expoente a que é necessário elevar a base 2 para obter o número 12
Definição
loga b = x <=> b = a , ∀ a ∈ IR \ {1} , ∀ b ∈ IR x
+
+
Consequências da definição de logaritmo I.
a ∈ IR+ \ {1} dado que
1x = 1 (função constante)
A base de um logaritmo é sempre um nº positivo diferente de 1 II. b ∈ IR pois a +
x
+
é uma função de contradomínio IR
Só os números positivos têm logaritmo
log a x
III.
a
IV.
log a a x
log 2 8
=x
ex:
2
=x
ex:
log 2 23 = 3
V. loga 1 = 0
pois a0 = 1
VI. loga a = 1
pois a1 = a
=8
PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS Logaritmo de um número positivo numa dada base, maior que zero e diferente de 1, é o expoente a que é necessário elevar a base para obter esse número.
loga b = x <=> b = ax (a ∈ IR+\{0}, b ∈ IR+) Consequências da definição
a
loga x
= x , loga ax = x , loga 1 = 0 e loga a = 1
Propriedades 1. O logaritmo do produto é igual à soma dos logaritmos dos factores
loga (u x v) = loga u + loga v (u, v ∈IR+) Demonstração
Se aloga (uv) = uv e aloga u + loga v = aloga u x aloga v = uv
então, loga uv = loga u + loga v
2. O logaritmo do quociente é igual à diferença dos logaritmos dos termos
Caso particular
loga (u / v) = loga u — loga v (u, v ∈IR+) loga (1/x) = — loga x (loga 1 — loga x = 0 — loga x )
Demonstração
Se aloga (
u/v)
= u/v
e aloga u — loga v = aloga u : aloga v = u/v
então, loga (u/v) = loga u — loga v
3. O logaritmo da potência é igual ao produto do expoente pelo logaritmo da base
loga uv= v loga u (u∈IR+, v ∈IR) Demonstração
Se aloga
uv
= uv v
n
e (aloga u ) = avloga u = uv , (am) = am
.n
então, loga uv = v loga u
Assim, também loga (1/x) = loga x —1 = —1 loga x 4. O logaritmo de u numa base a é o quociente dos logaritmos de u e de a numa base b loga u = logb u logb a
(u∈IR+, b∈IR+\{1}) Mudança de base
Demonstração loga u x logb a = logb aloga u = logb u (da propriedade 3: v loga u = loga uv ) Corolários logv u =
1 logu v
loga u = log u log a
lna u = ln u ln a
FFuunnççããoo LLooggaarrííttm miiccaa ddee bbaassee aa >> 11 numa função injectiva, f –1 é a função inversa de f(x) f(x) = y <=> x = f –1(y) logo, a função logarítmica é a inversa da exponencial y = loga x <=> x = ay Propriedades: D = IR+
y
D’ = IR y=a
Zero da função: loga x = 0 <=> x = a0= 1, loga 1 = 0
x
a>1
É estritamente crescente em IR, logo injectiva lim
x +∞
loga x = + ∞ e lim
+
y = logax
loga x = —∞
x 0
1–
O gráfico intersecta o eixo das abcissas para x = 1
|
0
1
x
Tem uma assimptota vertical x = 0 quando x 0+ Não tem assimptotas horizontais nem oblíquas Tem sempre a concavidade voltada para baixo O seu crescimento é tanto mais lento quanto maior for o valor de a O crescimento quando x + ∞ é muito lento log a x lim =0 x +∞
x
Outras características observáveis: Para valores positivos, a função cresce mais rapidamente quanto maior for a base a
y
y = log10 x y = log5 x
A concavidade do gráfico da função é tanto mais “aberta” quanto maior for a base a
y = ln x 0
“o gráfico da função tende a colar-se aos eixos à medida que o valor de a diminui”
x
Transformações geométricas 4
Dada a função f(x) = log2 x, de domínio IR+, e o respectivo gráfico, representar graficamente:
y
2 x -2
0
2
4
6
-2
4
-4
y
2
g(x) = log2(x + 2) O domínio da função é ]—2, +∞[ O gráfico sofre uma translação horizontal de 2 unidades para a esquerda.
x -2
0
2
4
6
-2
-4
y
4
2
h(x) = log2(—x ) O domínio da função é ]—∞, 0[, ou seja, a cada imagem corresponde um objecto simétrico. O gráfico sofre uma simetria relativamente a Oy.
x -6
-4
-2
0
2
4
-2
y -4
4
r(x) = —log2(x ) Para cada objecto a imagem é agora simétrica. O gráfico sofre uma simetria relativamente ao eixo Ox.
2 x -2
0
2
4
6
-2
-4
y
4
s(x) = |log2(x )| Trata-se de uma função módulo, pelo que as imagens negativas passam a ter valores simétricos.
2 x -2
0
2
4
6
-2 y
4
m(x) = log2(|x |) O domínio da função é IR\{0}. Assim, para cada objecto real positivo existe um simétrico com a mesma imagem.
2 x -6
-4
-2
0 -2
-4
2
4
6
RESOLUÇÃO DE INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS Exemplo: log2 x < 3 6 y
Tomando para referência a função f(x) = log2 x e tendo em conta o respectivo gráfico, temos que
4
f(x) = 3 <=> log2 x = 3 <=> x = 23 <=> x = 8 Como o domínio de f(x) é IR+ , então, o conjunto das soluções da inequação log2 x < 3 é ]0 , 8[
2 x -2
0
2
4
6
8
10
-2
Ou seja, para valores de x ∈ ]0 , 8[ a função log2 x tem imagens no intervalo ]— ∞, 3[
-4
Portanto, log2 x < 3 <=> x ∈ ]0 , 8[
Em geral, para resolver uma inequação logarítmica é necessário ter presente o desenvolvimento do gráfico da função logarítmica de referência e o seu domínio Exemplo: 1 — log3 (x + 1) ≤ 0
y
3
1 — log3 (x + 1) ≤ 0 <=> 1 ≤ log3 (x + 1) 2 <=> log3 (x + 1) ≥ 1 ∧ x + 1 > 0 1 <=> log3 (x + 1) ≥ 1 ∧ x > —1 <=> log3 (x + 1) ≥ 1 ∧ x > —1 -1 0 1 2 3 <=> x + 1 ≥ 31 ∧ x > —1 -1 <=> x + 1 ≥ 3 ∧ x > —1 <=> x ≥ 3 — 1 ∧ x > —1 -2 <=> x ≥ 2 ∧ x > —1 Como se pode observar no gráfico, log3 (x + 1) ≥ 1 quando x ≥ 2 y
Graficamente era possível chegar à mesma conclusão traçando o gráfico da função f(x) = 1 — log3 (x + 1) e observando para que valores de x se tem f(x) ≤ 0 Como se pode ver no gráfico, f(x) ≤ 0 para x ≥ 2 (em caso de dúvida, a calculadora permite calcular o zero)
x 4
3
2
1 x -1
0
1
2
-1
Uma metodologia: Simplificar a expressão deixando apenas o logaritmo no 1º membro;
Se necessário, recorrer à equação correspondente;
Converter o logaritmo em exponencial, se facilitar a resolução;
Analisar o gráfico da função logarítmica;
Tendo em conta o domínio, determinar o conjunto solução.
3
4
Resolver as condições 69.b) 1 – log3(x + 1) ≤ 0 1 – log3(x + 1) ≤ 0 <=> –log3(x + 1) ≤ –1 ∧ x + 1 > 0
<=> log3(x + 1) ≥ 1 <=> x + 1 ≥ 3 ∧ x > –1 <=>x ≥ 2 ∧ x > –1 <=>x ≥ 2
69.c)
f(x) – 1 ≥ f(x + 1) sendo f(x) = log2(1/x) 1 log2(1/x) – 1 ≥ log2 1 <=> log2(1/x) – log2 1 ≥ 1 ∧ 1/x > 0 ∧ >0 +1 x x + 1 x + 1
1/x <=> log2 1 x +1
<=>
x + 1 x +1 ≥ 1 <=> ≥2 ≥ 1 <=> log2 x x
x +1 x + 1- 2 x 1- x – 2 ≥ 0 <=> ≥ 0 <=> ≥0 x x x x 1–x x Q
<=> x ∈ ]0, 1] Note-se que o domínio de cada uma das funções resulta em x > 0 ∧ x + 1 > 0 <=> x > 0
70.b)
log (x – 2)2 < log (x2 + 3) log (x – 2)2 < log (x2 + 3) <=> (x – 2)2 < x2 + 3 ∧ x – 2 ≠ 0 ∧ x2 + 3 > 0 <=> x 2 – 4x + 4 < x2 + 3 ∧ x ≠ 2 <=> – 4x + 4 – 3 < 0 ∧ x ≠ 2 <=> – 4x + 1 < 0 ∧ x ≠ 2 <=> x > 1/4 ∧ x ≠ 2 Note-se que o gráfico de log (x – 2)2 apresenta uma assimptota vertical para x = 2, logo não está definido.
70.d)
0 + 0 ss
ln x ≥0 1− ln x Por recurso ao quadro de variação de sinal
ln x ≥ 0 <=> x ∈ [ 1, e[ 1− ln x O gráfico da função f(x) =
x ln x 1 – ln x Q
0+ – + –
1 0 + 0
+ + +
e + 0 ss
+ – –
ln x ≥ 0 apresenta uma 1− ln x
assimptota vertical para x = e dado que o domínio é {x ∈ IR: x > 0 ∧ 1 – ln x ≠ 0 } = IR+\{e}
+ + +
1 0 + 0
– + –
FUNÇÃO INVERSA DE UMA FUNÇÃO INJECTIVA Sendo f uma aplicação injectiva de domínio A e contradomínio B, chama-se função inversa de f a função f—1 de domínio B e contradomínio A tal que f—1[f(x)] = x, ∀ x ∈ A A
B
f–1 x•
•f(x) f
Tal como o diagrama sugere, na correspondência inversa cada imagem de f passa a ser objecto de f—1 e vice-versa. A
Obviamente, não sendo f uma função injectiva a correspondência inversa não é uma função, pois haveria objectos distintos com a mesma imagem.
B
x• f
•f1(x) •f2(x)
Porém, a correspondência inversa, mesmo que não sendo uma função, é útil no cálculo do contradomínio de f, pois D’f continua a ser igual ao domínio da correspondência inversa.
Exemplos: Sejam f(x) = 2x e g(x) = x2 Determinar as funções inversas f—1 e g—1, caso existam, e os respectivos domínio e contradomínio. 1. Determinar a expressão da função inversa é resolver a equação y = f(x) em ordem a x. y x , trocando x por y temos y = 2 2
y = 2x <=> 2x = y <=> x =
A correspondência inversa obtida é também injectiva e o domínio de cada uma das funções é IR, logo f f
f—1 : IR ––> IR x ––>
–1
x
2
2. y = x2 <=> x2 = y <=> x = y v x = – y Cada objecto tem duas imagens, pelo que a correspondência inversa não é uma função. Contudo, o domínio de
x
e — x é {x ∈ IR: x ≥ 0} = IR0+
e o domínio da correspondência inversa é o contradomínio de g Assim, conclui-se que Dg = IR e D’g = IR0+
f
76. Caracteriza a função inversa de cada umas das funções f, g, h e r definidas nos seus domínios por:
a)
f(x) = 2 – 3e–x
y = 2 – 3e–x <=> y – 2 = –3e–x <=> 3e–x= y – 2 <=> e–x= y −2 3
y −2 3
<=> x = – ln
<=> x = ln
−1
y −2 3
y −2 3
<=> –x = ln
3 y −2
<=> x = ln
Df–1 = {x∈IR: y – 2 > 0} = ]2, +∞[ D’f–1 = Df = IR f–1: ]2, +∞[ ––> IR 3 y −2
x ––> ln
b)
g( x ) = y=
2 log( x − 1) − 1 4
2 log 3 ( x − 1) − 1 4
<=> x = 1 + 3 Dg–1 = IR
4 y +1
<=> 4y + 1 = 2 log3 (x – 1) <=> log3 (x – 1) =
4 y +1 2
4y + 1 <=> x – 1 = 3 2 2
D’g–1 = Dg = {x∈IR: x – 1 > 0} = ]1, +∞[ g–1: IR ––> ]1, +∞[ x ––> 1 +
c)
h( x ) =
y=
4x + 1 3 2
3 4−2
x +1
3 4−2
x +1
<=> 4 – 2x + 1 =
3 3 3 x+1 <=> – 2x + 1 = – 4 <=> 2 =4– y y y
4y − 3 4y − 3 <=> x + 1 = log2 ( y y 4x − 3 – = {x∈IR: > 0 } = IR U ]3/4, + ∞[ x
<=> 2x + 1 = Dh–1
) <=> x = – 1 + log2 (
D’h–1 = Dh = {x∈IR: 2x + 1 ≠ 4} = {x∈IR: 2x + 1 ≠ 22} = IR\{1} h–1: IR– U ]3/4, + ∞[ ––> IR\{1} x ––> – 1 + log2 (
4x − 3 x
)
4y − 3 y
)
d)
r(x) = e
1/x
1/x
y=e
+2 1/ x
+ 2 <=> y – 2 = e
<=>
1 1 = ln (y – 2) <=> x = ln( y − 2) x
Dr–1 = {x∈IR: y – 2 > 0 ∧ ln(y – 2) ≠ 0 } = {x∈IR: y > 2 ∧ y – 2 ≠ e0 } = ]2, + ∞[ \{3} D’r–1 = Dr = {x∈IR: x ≠ 0} = IR\{0} r–1: ]2, + ∞[ \{3} ––> IR\{0} x ––> x =
1
ln( x − 2)
78. Determina o contradomínio de cada uma das funções f , g , e h usando a correspondência inversa e também a representação gráfica:
a)
Df = IR\{–3} 1
f(x) = e x + 3 1
1 1 = ln y <=> x + 3 = x +3 ln y
y = e x + 3 <=>
<=> x = –3 +
1
ln y
D’f = Df –1= {x∈IR: x > 0 ∧ ln x ≠ 0} = {x∈IR: x > 0 ∧ x ≠ e0} = IR+\{1} No gráfico observa-se que f é sempre positiva existindo uma assimptota horizontal para y = 1, ou seja D’f = IR+\{1}.
b)
Dg = IR g( x ) =
3–2 2
x2 2
y = 3 – 2x <=> 2x = 3 – y
(
<=> x2 = log2 ( 3 – y ) <=> x = ± log 2 3 − y
(
)
D’g = Dg –1= {x∈IR: log 2 3 − y >0 ∧
)
3 − y > 0} = {x∈IR:
3 − y > 2 ∧ 3 < y } = ] –∞, 3 –1[ 0
Graficamente, determinando o máximo da função g, observa-se que o seu contradomínio é o intervalo ] –∞; ≈0,732[, ou seja, D’g =] –∞, 3 –1[. Note-se que a correspondência inversa não é uma função (dado que g não é injectiva), mas, ainda assim, é possível determinar o domínio da expressão, o qual corresponde ao contradomínio da função g.
c)
Dh = IR\[–1, 1]. h(x) = log2 (| x | – 1)
y = log2 (| x | – 1) <=> 2y = | x | – 1 y
y
y
<=> | x | = 1 + 2 <=> x = 1 + 2 v x = –1 – 2
x
D’h = Dh –1= IR pois os domínios das expressões 1 + 2
e –1 – 2x são ambos IR
O mesmo se pode concluir por análise do gráfico de h, pois trata-se de uma função par sendo o seu gráfico simétrico relativamente ao eixo Oy.
73. Um pingo de tinta que cai num papel «mata-borrão» provoca uma mancha circular cujo raio, em mm, t segundos depois do pingo cair no papel é dado, aproximadamente por:
r(t) = 4 – 3,5e
–0,3t
Recorrendo a métodos analíticos:
a) Determina a medida do raio da mancha 10 segundos depois do pingo cair (arredondado às décimas de mm). r(10) = 4 – 3,5e
–0,3x10
= 4 – 3,5e
–3
≈ 3,8 (mm)
b) Exprime t em ordem a r e indica o domínio da expressão. r = 4 – 3,5e
<=>
–0,3t
<=> 3,5e –0,3t = 4 – r <=> –0,3t = ln
3 4−r t = ln 10 3,5
−1
<=> t =
4−r 3,5
<=> 0,3t = – ln
4−r 3,5
10 3,5 ln ∧4–r>0 3 4-r
0
Para t = 0: r(0) = 4 – 3,5e <=> = 0,5 Domínio: r ≥ 0,5 ∧ 4 – r > 0 <=> r ∈ ]0,5 ; 4[
c) Calcula, com aproximação ao segundo, quanto tempo demora até que a mancha atinja 30 mm2 de área. Área do círculo: πr2 = 30 <=> r = t=
10 ln 3
3,5 4 - 30 /π
30 π
<=> t ≈ 4,49 (t ≈ 4s)
d) A área, também circular, da mancha de um outro pingo que caiu no mesmo instante é dada por: s(t) = 4 – 3,8 (1,2e)
–0,3t
Mostra que durante os dois primeiros segundos há um instante em que as manchas têm raios iguais. Indica um valor aproximado desse instante com erro interior à décima de segundo.
r(t) = s(t) <=> 4 – 3,5e
<=>
(1,2e ) −0,3 t
e −0,3 t
<=> t =
=
–0,3t
= 4 – 3,8 (1,2e)
–0,3t
<=> 3,5e
–0,3t
= 3,8 (1,2e)
–0,3t
3,5 3,5 3,5 1,2 −0,3 t × e −0,3 t 3,5 <=> = <=> 1,2 −0,3t = <=> - 0,3t = log 1,2 − 0,3 t 3,8 3,8 3,8 e 3,8
10 3,5 log1,2 3 3,8
3,8 3,5
log
−1
<=> t =
10 × <=> t ≈ 1,5 3 log (1,2)
74. A massa de carbono 14 por grama de carbono, num fóssil com t anos é dada, em gramas, por: M(t) =
a)
10 −6 t 5500 2
Sendo M = 2 x 10–8 g qual a idade do fóssil com aproximação ao milhar? M(t) = 2 x 10–8 <=>
<=>
10 −6 t 5500 2
10 8 t = log 2 2 × 10 6 5500
t
t
= 2 x 10–8 <=> 2 × 10 -8 × 2 5500 = 10 − 6 <=> 2 5500 =
10 −6 2 × 10 -8
log 50 <=> t = 5500 log 2 1 × 10 2 <=> t = 5500 <=> t ≈ 31041 2 log 2
R: A idade do fóssil é, aproximadamente, 31 000 anos.
b)
Exprime t em função de M e explica o que essa função representa. M(t) =
10 −6 t
2 5500
t
<=> 2 5500 =
10 -6 10 −6 t = log 2 <=> M M 5500
10 -6 <=> t = 5500 log 2 M
A função obtida representa a idade t, em anos, de um fóssil com a massa M de carbono 14 por grama de carbono.
Função Logística As funções exponenciais, muitas vezes, fornecem modelos matemáticos para o estudo de fenómenos de crescimento ao longo do tempo, os quais podem ser observados na biologia, na física, nos estudos sociais entre outros ramos da ciência. Porém, o crescimento destes fenómenos é limitado no tempo, o que não se verifica ao aplicar funções exponenciais de crescimento ilimitado. Um caso particular de função exponencial que se ajusta favoravelmente a este tipo de estudos é a função logística, dada por f(t) =
c 1 + a × e - bt
em que a, b e c são constantes positivas, sendo t a variável tempo. f(t)
30
c
20
10
c 1+ a t
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
No estudo deste tipo de função podemos concluir que:
A função é crescente em todo o seu domínio, IR
O gráfico da função intersecta o eixo Oy para t = 0, ou seja, f(0) =
Quando t –-> +∞, a função tem uma assimptota vertical de equação y = c lim f(t) =
t –> +∞
1+ a × e
−∞
=
1+ a × e
0
c =c 1+ a × 0
Quando t –-> –∞, a função tem uma assimptota vertical de equação y = 0 lim f(t) = t –> –∞
c
c
c
1+ a × e
+∞
=
c c = =0 1+ a × (+∞) +∞
A função é positiva em todo o seu domínio.
=
c 1+ a
80. No dia 1 de Outubro de 2000 estrearam duas telenovelas A e B em 2 canais diferentes de televisão. O número médio diário de espectadores de cada uma das novelas variou ao longo das semanas de exibição segundo as leis: A( t ) =
40 1+ 2e
e B(t) =
− 0,1t
30 1+ e −0,1t
Em que A(t) e B(t) estão expressos em milhares e t em semanas. Responde às questões seguintes por via analítica.
a)
No dia da estreia qual das novelas teve maior audiência? O dia da estreia corresponde ao 1º dia, como o tempo está expresso em semanas, t = 1/7. A( 1 / 7 ) = B( 1 / 7 ) =
40
≈ 13,5
1+ 2e −0,1/7 30 1+ e −0,1/7
≈ 15,1
b) A partir de que data a telenovela A passou para a frente da B em termos de audiências? 40
A(t) = B(t) <=>
1+ 2e
−0,1/7
=
30 1+ e
− 0,1/7
<=> 40(1 + e–0,1t) = 30(1 + 2e–0,1t)
<=> 40 + 40e–0,1t = 30 + 60e–0,1t <=> 40e–0,1t – 60e–0,1t = 30 – 40 <=> –20e–0,1t = –10 <=> e–0,1t = 1/2 <=> –0,1t = ln (1/2) <=> t = 10 ln (1/2) <=> t ≈ 6,9 Como se pode observar no gráfico e dados os resultados obtidos em a), a função A tem valores mais baixos no início, mas ultrapassa a função B perto do final da 6ª semana.
c)
Alguma das novelas poderá ter ultrapassado os 35000 espectadores diários? Qual e em que condições? A(t) = 35 <=>
40 1+ 2e
−0,1/7
= 35 <=> 35(1 + 2e–0,1t) = 40 <=> 35 + 70e–0,1t = 40
<=> 70e–0,1t = 5 <=> –0,1t = ln (5/70) <=> t = –10ln (1/14) <=> t ≈ 26,4 (semanas) Outra forma de abordar a questão é considerar as expressões dadas para um número elevado de semanas (t –-> +∞), verificando-se que:
lim A(t) = t –> –∞
40 1+ 2e
−∞
=
40 30 30 = 40 e lim B(t) = = = 30 − ∞ 1+ 2 × 0 1+ 0 1+ e t –> –∞
Esta análise permite concluir que, para valores muito elevados de t, a função A tende para valores próximos de 40 e a função B tende para valores próximos de 30 (milhares). Logo, só a telenovela A pode aspirar a atingir audiências superiores a 35 000 espectadores, o que deverá acontecer durante a 26ª semana de exibição.
81. Mostra que a função f de domínio IR definida por f(t) =
et
1+ 2e t
é uma função logística, ou seja, pode ser escrita na forma f(t) =
c
1+ ae - bt
e identifica os valores de a, b e c. et
1+ 2e
t
=
1 1+ 2e
Assim, f(t) =
t
×
1 e
−t
0,5 1 + 0,5e −t
1
= 1e
−t
+ 2e
t -t
=
1 2+e
−t
1 2
=
2+e 2
−t
=
0,5 1 + 0,5e −t
, sendo a = 0,5 , b = 1 e c = 0,5
82. Uma epidemia alastra num concelho e preocupa as autoridades. Fez-se um estudo e, à data desse estudo, a percentagem de indivíduos infectados era p(0 < p < 1). A partir dessa data pensa-se que a epidemia vá evoluir de acordo com a lei: y=
p p + (1 − p)e −bt
sendo (100y)% a percentagem esperada de indivíduos infectadas ao fim de t semanas.
a)
Admitindo que p = 0,2 e b = 1 determina ao fim de quantos dias a percentagem de infectados duplica em relação à data do estudo. População infectada inicialmente
0,2
O dobro da população infectada inicialmente 0,2 0,2 + 0,8e
= 0,2
0,2 + (1 − 0,2)e 0
0,2 0,2 + (1 − 0,2)e −1t
–t
−1t
= 0,4 <=> 0,4(0,2 + 0,8e ) = 0,2 <=> 0,32e
–t
= 0,4
= 0,2 – 0,08
<=> e –t = 0,12/0,32 <=> –t = ln (0,375) <=> t ≈ 1
b) Se nada for feito em contrário, qual a percentagem da população que se espera venha a ser infectada nesta epidemia? Quanto t –-> +∞, lim t –> +∞
0,2 0,2 + 0,8e
−1t
=
0,2 0,2 + 0,8e
−∞
=
0,2 =1 0,2 + 0,8 × 0
Em percentagem, (100 x 1) = 100% Se nada for feito em contrário, o estudo aponta para que 100% da população seja infectada.
LIMITES DE FUNÇÕES REAIS Considere-se a função f(x) = 2x — 1 Pela observação da representação gráfica percebemos que os pontos do gráfico de f com abcissas cada vez mais próximas de 2 têm ordenadas mais e mais próximas de 3.
3
Uma sucessão de valores de x inferiores a 2 (e a tender para 2) cria uma sucessão de imagens a tender para 3. Uma sucessão de objectos superiores a 2 (a tender para 2) cria uma sucessão de imagens, também, a tender para 3.
2
Podemos afirmar que, qualquer que seja a sucessão (un) que tenda para 2, a correspondente sucessão (f (un)) tende para 3. Esta afirmação é equivalente a dizer que f (x) tende para 3 quando x tende para 2 e escreve-se lim f(x) = 3 x→2
Definição de limite segundo Heine Dada uma função f, diz-se que f(x) tende para b quando x tende para a se a toda a sucessão (xn) de valores de x que tende para a, por valores do domínio de f diferentes de a, corresponde uma sucessão f(xn) de valores de f(x) que tende para b.
lim f(x) = b x
Exemplos:
Em geral:
→a
y y2 y4 f(xn) y6b
f
y5 y3 y1
a 0
x1x3x5 x6x4 x2
xn
x
2. f(x) = (4 – x2) lim (4 – x2) = 4 – (–1)2 = 4 – 1 = 3 x → –1
1 x −1 1 1 lim = = –1 0 −1 x → 0 x −1
3. f(x) =
No entanto, há casos em que lim f(x) não é f(a) ou nem sequer existe x→a
Exemplos:
1. f(x) =
x2 −4 x −2
O valor de lim f(x) não pode ser obtido pelo cálculo de f(2), porque 2 não pertence ao domínio da função. No entanto, a representação gráfica sugere que o limite existe, sendo igual a 4. Assim, xlim f(x) = 4 →2
2 2. f(x) = 0,5 x − 1 se x ≠ 2
se x = 2
4
O valor de lim f(x) não pode ser obtido pelo x→2
cálculo de f(2) pois, embora 2 pertença ao domínio de f, por análise do gráfico é notório que, quando x se aproxima de 2, por valores diferentes de 2, f(x) não se aproxima-se de 4, mas de 1. Neste caso, lim f(x) ≠ f(2) x→2
3. f(x) =
x + 1 se x ≤ 2 − x + 1 se x > 2
Considerando uma sucessão de valores de x a tender para 2 por valores inferiores a 2, a função tende para 3. Considerando uma sucessão de valores de x a tender para 2 por valores superiores a 2, a função converge para —1. Assim, f(2) = 3 e lim f(x) não existe. x→2
Considerações acerca da definição de limite segundo Heine lim f(x) = b x→a A definição não exige que o ponto a pertença ao domínio da função. y
Ex: O ponto a ∉ Df e, no entanto, lim f(x) = b
f
x→a
b
Como se viu no exemplo 1 f(x) =
0
x
a
x2 −4 e Df = IR\{2} e lim f(x) = 4 x −2 x→2
Não se admitem sucessões de valores de x a tender para a com uma infinidade de termos iguais a a. Ex: Para estudar lim f(x) não se admite a sucessão xn = x→0
(−1)n + 1 n
cujos termos são x1 = 0; x2 = 1; x3 = 0; x4 = 0,5; x5 = 0; x6 = 0,(3); …
O ponto a tem que ser ponto de acumulação do domínio da função f. Ou seja, em qualquer vizinhança de a tem que existir pelo menos um elemento do domínio de f diferente de a Ex: No conjunto D = [3, 5[ U ]5, 7[ U {9} {5} ∉ a D e é ponto de acumulação de D {9} ∈ a D e não é ponto de acumulação
V2(5)
3
4
5
V1 (9)
6
7 8 9
x
Pode existir lim f(x) e não ser igual a f(a).
y f (a)
x→a
Ex: lim f(x) ≠ f(a)
lim f(x) b x→a
x→a
f 0
O valor de lim f(x) , quando existe é único.
y c
x→a
A função só tem limite no ponto a se, existindo, os limites laterais (à esquerda e à direita) forem iguais.
f b
x
a
0
Ex: lim f(x) = b e lim f(x) = c –
x
a
+
x→a
x→a
Como b ≠ c, lim f(x) não existe x→a
∞ ou — ∞, não existe, em IR, lim f(x) , pois +∞ ∞ ou — ∞ não são números reais, Se b = +∞ mas considera-se
lim f(x) = +∞ ∞
x→a
ou
x →a
lim f(x) = —∞ ∞ x →a +∞
y
A definição de limite de uma função num ponto a estende-se ao caso de a ser +∞ ou — ∞ desde que se possam considerar sucessões de elementos do domínio de f a tender para +∞ ou — ∞.
f
0
Se f(x) =
1 ( x − 2) 2
x
a
e Df = IR\{2}, então lim f(x) = +∞ x→2
2
Pois se x → 0, (x — 2) → 0 e o inverso de um infinitésimo positivo é um infinitamente grande positivo.
Limites laterais se x < 0 A função f(x) = x não tem limite quando x tende para 0
1
x se x > 0
Com efeito, utilizando infinitésimos negativos e positivos: se
Un
=—
1 1 tem-se Un → 0 e f(Un) = = –n → —∞ n −1 /n
y f
0
x
1 1 se Vn = tem-se Vn → 0 e f(Vn) = = n → +∞ n n
Como existem duas sucessões Un e Vn que tendem para zero e lim f(Un) ≠ lim f(Vn) não existe lim f(x) pois contraria a definição. x→0
Se os limites laterais num ponto existirem e forem iguais, a função tem limite nesse ponto lim f(x) = lim + f(x) = b <=> lim f(x) = b
x → a–
x→a
x→a
Exemplo Considera a função representada graficamente abaixo, cujo gráfico tem como assimptotas as rectas de equações x = —1, x = 2, y = 0 e y = 1. Sejam as sucessões cujos termos gerais são dados por: n
un = n2 + 2 , vn = —1 + 1/n , wn = 2 + (—1) /n e xn = 1/2 — n Estuda quanto à convergência as sucessões de termos gerais dados por: f(un) , f(vn) , f(wn) e f(xn) y
1
–3
–2
–1
0
1
2
3
4
5
x
Nota: Cada cor representa os termos de uma das sucessões un a xn e, no gráfico, está associada a pontos de acumulação do domínio da função f para vizinhanças de +∞, —1, 2 e —∞
un = n2 + 2 é um inf. Grande positivo un → +∞, f(un) →1 e lim f(x) = 1 x → +∞
vn = —1 + 1/n é converge para —1 mas não existe
lim f(x) porque lim f(x) = —∞ ∞ e lim f(x) = +∞ ∞ são diferentes x → –1
x → –1+
x → –1–
Como os termos de vn são todos maiores que —1, tem-se: lim f (vn) = lim f(x) = —∞ ∞ Ou seja, para f(x) o limite lateral à direita de —1 é —∞ ∞
x → –1+
n
wn = 2 + (—1) /n converge para 2, mas não existe lim f (wn) porque lim f(x) ≠ lim f(x) x → 2–
xn = 1/2 — n é um infinitamente grande negativo, ou seja, xn → —∞ ∞ Assim, porque lim f(x) = 0 temos que lim f(xn) = 0 x → –∞
x → 2+
180. Utiliza a calculadora gráfica para identificar o valor dos limites seguintes: x
a) lim
x → 1 ( x − 1) 2
x −1
b) lim
x2
x→0
Activando a função trace, para x = 1 no 1º exemplo e x = 0 no 2º exemplo, a calculadora não consegue apresentar o valor de y (a Texas apresenta y= ). Contudo, a análise do gráfico da função apresentada em a) permite concluir que este tem uma assimptota para x = 1, e que quando x se aproxima de 1 quer por valores à esquerda (1— ) quer por valores à direita (1+) a função tende para +∞. Situação idêntica se verifica em b), mas com a função a tender para —∞, quando x tende para 0. Portanto, lim
x→1
x
( x − 1)
2
x −1
= +∞ e lim
x2
x→0
= —∞
183. Recorrendo à representação gráfica calcula, caso existam, os limites nos pontos indicados: 1 2−x 1 lim – = +∞ x → 2 2−x
b) lim
x→2
e lim
+
x→2
1 = —∞ 2−x
Não existe limite quando x → 2 x
c) lim
x →-3
lim x → - 3–
x −9 x 2
= —∞
x −9 2
e
x
lim x →-3
+
x −9 2
= +∞
Não existe limite quando x → 2 | x −3|
d) lim
x →3
x2 −9
f(x) =
x −3 1 ( x − 3)( x + 3) = x + 3 se x > 3 − ( x − 3) = − 1 se x < 3 ( x − 3)( x + 3) x + 3
lim x →3
–
−1 = —1 / 6 x +3
e lim + x →3
1 = 1/6 x +3
lim – f(x) ≠ lim – f(x) Não existe limite quando x → 3 x →3
x →3
184. Mostra que as funções f e g definidas por: 2 se x < 1 1 se x ≥ 1
f (x) =
se x < 1 1 1 + x se x ≥1
e g( x ) =
Não têm limite no ponto 1 mas f + g e f x g têm limite nesse ponto. lim f(x) = 2 e
lim f(x) = 1 +
–
x→1
x→1
logo, lim –f(x) ≠ lim +f(x) não existe lim f(x)
f
g
f +g
f .g
x→1
x→1
x→1
se x < 1 3 2 + x se x ≥ 1
2
se x < 1
e (f .g)(x) = 1 + x se x ≥ 1
(f +g)(x) =
lim (f +g)(x) = 3 e lim +(f +g)(x) = 3 –
x→1
x→1
Logo, lim (f +g)(x) = 3 x→1
lim –(f .g)(x) = 2 e lim +(f .g)(x) = 2 , logo lim (f .g)(x) = 2 x→1
x→1
x→1
190. Esboça uma possível representação gráfica de uma função g de domínio IR, ímpar sabendo que: g (—1) = 3, lim
x → –∞
g(x) = 1, lim
+
x→2
g(x) = —∞ e lim
–
x→2
g(x) = g(2) = 4 y 4–
A função é ímpar, logo: g
3–
(1) = —g (—1) = —3
se lim
2–
g(x) = 1, lim
x → –∞
x → +∞
1–
g(x) = —1
O gráfico tem uma assimptota y = 1 quando x → —∞ e uma assimptota y = —1 quando x → +∞
|
|
-3
-2
|
0
-1 -1 –
|
|
|
1
2
3 x
-2 – -3 –
se lim
se lim
g(x) = g(2) = 4, lim
–
x→2
g(x) = g(–2) = —4 +
x → –2
g(x) = +∞, lim
–
x → –2
+
-4 –
g(x) = —∞
x→2
O gráfico tem uma assimptota x = —2 quando x → —2— e uma assimptota x = 2 quando x → 2+
Em geral: Se uma função é contínua num intervalo [a, b], o limite da função em qualquer ponto de ]a, b[ é a imagem da função nesse ponto;
Se a função não é contínua num ponto de [a, b], o limite da função nesse ponto só existe se os limites à esquerda e à direita desse ponto existirem e forem iguais.
REGRAS OPERATÓRIAS COM LIMITES
1. Função constante Se f é uma função constante, o limite de f(x) quando x → a é a própria constante lim k = k
x→a
2. Função identidade Se f(x) = x , então lim f(x) = lim x = a x→a
x→a
3. Teorema do limite da soma Dadas duas funções f e g, se os limites quando x → a existem e não são infinitos de sinais contrários, então: lim [f(x) + g(x)] = lim f(x) + lim g(x) x→a
x→a
x→a
Se lim f(x) = +∞ e lim g(x) = –∞ (ou vice-versa) trata-se de uma indeterminação x→a
x→a
São indeterminações: (+∞) + (– ∞) Porém, são convenções: +∞ ∞+∞=+∞
—∞ ∞—∞=—∞
+∞ ∞±b =+∞
—∞ ∞±b =—∞
4. Teorema do limite do produto Dadas duas funções f e g, se os limites quando x → a existem e não são um deles zero e o outro infinito, então: lim [f(x) . g(x)] = lim f(x) . lim g(x) x→a
x→a
x→a
Corolário lim [f(x)]n = [lim f(x)]n (n ∈ IN) x→a
x→a
pois lim f(x) . lim f(x) . lim f(x) = lim [f(x)]3 x→a
x→a
x→a
x→a
São indeterminações: 0 x (± ∞) São convenções: (+∞ ∞) . (+ ∞) = + ∞ (—∞ ∞) . (— ∞) = + ∞
(+∞ ∞) . (— ∞) = — ∞
+ ∞ . b = + ∞ se b > 0 —∞ ∞ . b = — ∞ se b > 0 ex: +∞ x 2 = +∞ e –∞ x 2 = –∞ + ∞ . b = — ∞ se b < 0 —∞ ∞ . b = + ∞ se b < 0 ex: +∞ x (–2) = –∞ e –∞ x (–2) = +∞
5. Teorema do limite do quociente Dadas duas funções f e g, se os limites quando x → a existem e se o limite do denominador não é zero e o outro infinito, ou ambos infinitos, então: f(x) lim f(x) x→a lim ––––– = ––––––––– x→a g(x) lim g(x)
Corolário 1
x→a
1
lim ––––– = ––––––––– x→a g(x) lim g(x) x→a
São indeterminações: ( ∞/ ∞ ) e ( 0/ 0 ) São convenções: ±∞ ––––– = ± ∞ se k > 0 k
k ––––– = 0 ±∞
±∞ ––––– + ∞ se k < 0 k
k ––––– = +∞ 0+
k e ––––– = – ∞ se k > 0 ou k =+∞ ∞ (* ) – 0
k ––––– = –∞ 0+
k e ––––– = + ∞ se k < 0 ou k =–∞ ∞ (* ) 0–
6. Teorema do limite da raiz Dada uma função f, se existe limite quando x → a e se o limite é maior ou igual a zero, então: lim
n
f(x) =
x→a
n
lim f(x) x→a
∀n ∈ IN
INDETERMINAÇÕES São indeterminações todos os casos cuja tentativa de determinar o limite de uma função num ponto conduzem a situações dos seguintes tipos:
+∞
— ∞ ou -∞ + ∞
∞ ———— ∞
0
ATENÇÃO
x (± ∞ )
0 ———— 0
Se
k k ≠ 0, ——— 0
Não é indeterminação,
é ±∞ conforme os sinais(*)
Para determinar os limites pretendidos, nestas situações, existem técnicas vulgarmente denominadas levantamento de indeterminações.
Calcular os seguintes limites, utilizando as regras anteriores. 192.a) lim (ex + ln x) = lim ex + lim (ln x) = +∞ + ∞ = + ∞ x → +∞
x → +∞
x → +∞
192.b) lim (ex + 2) = lim ex + 2 = 0 + 2 = 2 x → –∞
x → –∞
193.c) lim [(2x + 1) + (3x)2 + 5] = lim 2x + lim (3x)2 + 1 + 5 = 2 + 9 + 6 = 17 x→1
x→1
x→1
193.d) lim [5x2 . (x3 + 1)] = lim 5x2 . lim (x3 + 1) = 5 x 0 = 0 x → –1
x → –1
x2 − 4
195.b) lim x → –1
x −x 2
lim
=
x → −1
x → –1
x2 −4
lim x − x 2
x → −1
=
( −1) 2 − 4 ( −1) − ( −1) 2
2 1 1 195.c) lim 3 = 3 2 2 2 x − 3x 2( −1) − 3(−1) x → –1
2
x → –1
−3 2
1 = −2−3
k 0
Os três exercícios seguintes dão limites do tipo 197.b) g(x) =
=
2
1 25
=
, sendo necessário calcular limites laterais.
x+2 x +1
lim g(x) = x → –1–
lim g(x) = + x → –1
− 1+ 2 = − 1- + 1
1 0
− 1+ 2
1
+
−1 +1
=
0
+
(1)
= —∞
(2)
= +∞
Quando x → —1 por valores inferiores ( —1—), a função tende para —∞ Quando x → —1 por valores superiores ( —1+), a função tende para +∞ Logo, lim
x → –1
g(x) não existe
Note-se: —1— dá para o denominador, por ex., -1,1+1= -0,1; -1,01+1= -0,01; … valores negativos(1) —1+ dá para o denominador, por ex., -0,9+1=0,1; -0,99+1= 0,01; … valores positivos(2)
197.c) h(x) = t→2
3t 2−t
lim h(x) = –
t→2
3×2 = 2 − 2-
6 0
+
= +∞ e lim h(x) = +
t→2
3×2 2−2
+
=
6 0
−
= —∞
Note-se que, com 2+ temos 2 — 2,1 = —0,1 ( < 0) e com 2— temos 2 — 1,9 = 0,1 ( > 0)
x
197.d) r(x) =
y
x −1 2
x→1
lim + r(x) = x→1
1 0
= +∞ e lim – r(x) =
+
x→1
1 0−
= —∞
–1
0
1
x
–1 2
Por análise do gráfico da função y = x – 1 também é possível determinar o sinal do denominador da função r quando x → 1+ e x → 1— [ver outro processo em 197.b)]. Neste caso, os limites laterais são +∞ e —∞, pelo que não existe lim r(x) x→1
1 /x se x < 0 2 x se x > 0
197.e) f(x) = x→0
lim 1 /x 1 / 0 − 1 /x se x < 0 − ∞ − lim f(x) = = x →0 = = x→0 2 x se x > 0 2 × 0 + 0 lim 2 x + x →0
Neste caso, os limites laterais são —∞ e 0, pelo que não existe lim f(x) x→0
198.c) lim
3 +
x
x→0
=
5
x x → –∞ 2
198.d) lim
3 0+
5
=
3
=
= +∞
0+
−∞
−∞
=
2
= —∞
2
Note-se que raiz de índice ímpar de um número real negativo existe
198.e) lim
2
x → –∞
1- x
=
2 1 − ( −∞ )
=
2 1+ ∞
=
2 =0 +∞
Calcular os limites de sucessões é ter em conta que a variável (n) tende para +∞ 201.d) lim
201.e) lim
2 1 + = ln n n
1
+
+∞
2
+∞
0+0 = 0
=
ln n 1 1 =0+0=0 + 2 = 0+ +∞ n n
201.f) lim e −n +
n +1 = n
lim
1
e
n
log a x =0 x x → +∞
Nota: lim
1 1 1 +1 = + +1 = 0 + 0 + 1 = 1 + ∞ + ∞ n
+ lim
Indeterminações do tipo ∞ — ∞ Por norma, este tipo de indeterminações acontece quando se trabalha com somas de funções (funções polinomiais), com a variável a tender para ±∞.
De um modo geral, quando x → ±∞, o limite de uma expressão polinomial é igual ao limite para que tende o termo de maior grau. lim (a0xn + a1xn–1 + … + an ) = lim a0xn x →+∞ (ou –∞)
x →+∞ (ou –∞)
Dado que, a x n −1 a x n − 2 a a 0 x n 1+ 1 n + 2 n + ... + n n a0 x a0 x a0 x x →+∞
lim (a0xn + a1xn–1 + … + an ) = lim x →+∞
= lim
a a a a 0 x n 1 + 1 + 2 2 + ... n n a0 x a x a0 x 0
= lim
[a0xn(1 + 0 + 0 + … + 0)]
= lim
(a0xn)
x →+∞
x →+∞
(identicamente para x → —∞)
x →+∞
Calcular os limites seguintes 205. b) lim (x3 – 2x + 5)
uma análise à expressão permite concluir que, aplicando limites directamente, obtemos a indeterminação +∞ – ∞ + 5.
x → +∞
Se aplicarmos a regra anterior temos:
2x
3
lim (x3 – 2x + 5) = lim x 3 1 − x →+∞
x → +∞
x
= lim x 3 1 − x →+∞
2
+∞
= +∞ 1 −
+
+
2 x
2
2 5 5 = lim x 3 1 − 2 + 3 3 x x →+∞ x x +
2 5 5 3 = lim x . lim 1 − 2 + 3 3 x x →+∞ x x x →+∞
5 = +∞ ( 1 – 0 + 0) = +∞ +∞
Assim, o limite da expressão polinomial quando x → ±∞ é igual ao limite para que tende o termo de maior grau, pois ±∞ x k = ±∞, k∈IR\{0}.
c) lim (2x – 3)2 – 4x2 x → +∞
há que verificar qual o termo de maior grau.
lim (2x – 3)2 – 4x2 = lim (4x 2 – 12x + 9 – 4x2 ) = lim (–12x + 9) = –∞ x → +∞
x → +∞
x → +∞
206. a) lim (x3 – 3x + 1) = lim x3 = – ∞ x → –∞
x → –∞
b) lim (1 + 8x2 – 5x5 ) = lim (–5x5 ) = –5 x ( –∞ ) = +∞ x → –∞
x → –∞
Os exemplos seguintes, não sendo expressões polinomiais, também conduzem a indeterminações do tipo ∞ — ∞, mas terão que ser usadas outras estratégias. 239. 2x 4 — lim x−2 x −2 x→2
b) lim
x→2
2x 2( x − 2) 4 2x − 4 — lim = lim = lim = lim 2 = 2 x−2 x→2 x→2 x −2 x→2 x −2 x→2 x −2
lim x→2
1 1 = lim − 2 t +t t→0 t
d) lim t→0
converte-se a diferença de limites em limite da diferença
t2 +t −t t 3 + t 2 = tlim →0
f) lim t 2 + 3 − t 2 + 1
= lim t→0
1 1+ t
= 1
neste caso é necessário multiplicar e dividir pelo conjugado
t → +∞
t2 t 2 (1 + t )
t2 + 3 + t2 +1 lim t 2 + 3 − t 2 + 1 = lim t 2 + 3 − t 2 + 1
t → +∞
t → +∞
t2 + 3 + t2 +1
2 2 t + 3 − t −1 = lim 2 2 t → +∞ t + 3 + t + 1
=
2
+∞ + +∞
2 = tlim 2 → +∞ t + 3 + t 2 + 1
=0
240. a) lim (xex – x) = lim [x (ex – 1)] = lim x . lim (ex – 1) = +∞ . (+∞) = +∞ x → +∞
x → +∞
x → +∞
x → +∞
b) lim (e2x – ex ) = lim [ex (ex – 1)] = lim ex . lim (ex – 1) = +∞ . (+∞) = +∞ x → +∞
x → +∞
x → +∞
ln x
c) lim (ln x – x2) = lim x2 x → +∞
x → +∞
x
2
−1
x → +∞
= +∞ . (0 — 1) = —∞
(note-se que ln x → 0) x2
∞ Indeterminações do tipo ——— ∞ Geralmente, acontece este tipo de indeterminações quando se opera com funções racionais (quociente de funções), em que o numerador e o denominador tendem para ±∞. De um modo geral, quando x → ±∞, o limite do quociente de duas expressões polinomiais é igual ao limite do quociente dos termos de maior grau do numerador e do denominador. n
n–1
ax +ax x →+∞ b0x + b1x
+…+a + … + bm
n
0 1 n lim ———————————————————————— = lim m m–1
x →+∞ (ou –∞)
(ou –∞)
ax b0x
0 ——————— ( a0 ≠ 0 e b0 ≠ 0 ) m
dado que
= lim
x →+∞ (ou –∞)
a a2 a n a 0 x n 1 + 1 + + ... a0 x a x 2 a 0 x n 0 b b b b 0 x m 1 + 1 + 2 2 + ... mm b0 x b x b 0 x 0
E conclui-se que: ax b0x
n
ax b0x
n
ax b0
ax b0x
n
a b0x
a b0
Se n = m, lim
0 0 ——————— = ———— m
Se n > m, lim
0 0 ——————— m = —————— = ±∞
Se n < m, lim
0 0 ——————— = —————— = —————— = 0 m p
x →+∞ (ou –∞)
x →+∞ (ou –∞)
x →+∞ (ou –∞)
p
k
±∞
Sejam as funções f(x) = x2 e g(x) = 2x Para lim x → +∞
f (x) g (x )
uma primeira análise indica indeterminação
+∞ +∞
,
a observação dos gráficos das funções apenas sugere que, para cada valor de x, existe uma variação do quociente das imagens…
x2 f (x) = lim (f/g)(x) = lim = lim (x/2) = +∞ x → +∞ x → +∞ x → +∞ g ( x ) x → +∞ 2 x
Mas, lim
e a observação do gráfico f/g permite concluir que (em IR\{0}) é uma função crescente e ±∞ /k = ±∞
Calcular os limites seguintes: 208. b) lim
x → +∞
c) lim
x2 − 5 2x + 1 2
20 x + 100
x → –∞
1 − 3x 2
5 − 2x + 2x
2
1 2
=
2
note-se que n = m (mesmo grau)
x3
= lim
2
2
2x
x → +∞
x 3 − 9 x 2 − 700
x → –∞
f) lim
x2
= lim
20x
x → –∞
2
− 3x 2
= lim
x → –∞
2x
x → –∞
−3 2
=
2
x −∞ = = —∞ 20 20
= lim
(n > m)
(n = m)
x −2+x 2x |2− x|+x = lim = lim =2 |x| x x → –∞ x x → –∞ x → +∞
g) lim
(n = m)
Note-se que x → +∞ (é sempre positivo), logo |x |= x e |2 — x| = |x — 2|
209. e + 2x
a) lim
x → +∞
log x + x
+ 2) x log x + 1 x x
= lim
+ 2) +∞+2 x = = +∞ log x 0 +1 + 1 x
x → +∞
(
x → +∞
b) lim
x → +∞
* lim
x → +∞
= lim
x +1
e
2 x −1
x +1
e
2 x −1
x → +∞
c) lim x → +∞
d) lim
x → +∞
= lim
x → +∞
= lim
x → +∞
x
e
2x
2x + x 2 3 +x x
= lim
x → +∞
ex
x
= lim
x → +∞
=
(e )
x 2
log x log 2 log x log 3
x → +∞
= lim
x → +∞
2 x
x → +∞
e
x
ver início do estudo das funções exponencial e logarítmica
. lim
1
x → +∞
=0x0=0
ex
2º processo Multiplicar ambos os membros por 2x – 1 e fazer 2x – 1 = y. Trata-se de uma mudança de variável legitima, pois se x → +∞ ∞, 2x – 1 → +∞ ∞, e também y →+∞ ∞.
log 3 log 3 ln 3 = ou log 2 log 2 ln 2
1+
)
3 1 x2 2 + x x x
x
= lim
1 x0=0 2
x 2 (1 +
= lim
não é possível determinar qual o termo de maior grau, logo aplica-se a regra
x +1 2x − 1 × 2 x −1 2x − 1 e
x +1 . lim y 2 x − 1 y → +∞ e y
log 2 x log 3 x
ex
= lim
x(
x
= lim
x → +∞
3
x
x
2
2 x +
1+ 1 x
=
2
+∞
+∞+
1
+∞
=
1+ 0 =0 +∞+0
Indeterminações do tipo 0 —— 0 Verificam-se, normalmente, quando se opera com funções racionais (quociente de funções), mas em que o numerador e o denominador tendem ambos para 0. Nos casos mais comuns, a solução passa por simplificar os polinómios do numerador e do denominador, recorrendo à factorização dos mesmos. Dado que x → a, quando possível, deve pôr-se em evidência (x — a) em ambos os membros e simplificar a expressão. Deste modo “elimina-se o problema”. Sejam as funções f(x) = 2x e g(x) = x f (x) g (x )
Para lim x→0
0 0
uma primeira análise indica indeterminação
,
e a observação dos gráficos das funções ilude, pois as imagens tendem para zero em ambas as funções. Contudo, para cada valor de x, o quociente entre as imagens é sempre 2. (ex: 2/1; 0,5/0,25; 0,1/0,05; 0,002/0,001; 0,000002/0,000001).
Efectivamente, lim x→0
f (x) 2x = lim (f/g)(x) = lim = lim 2 = 2 g (x ) x→0 x→0 x→0 x
e observação do gráfico permite concluir que (em IR\{0}) f/g é uma função constante e lim k = k x→a
Note-se que, neste caso, também lim
f (x)
x → +∞ g ( x )
= lim
x → +∞
2=2
Calcular os limites seguintes: 211. b) lim t→1
lim t→1
t3 −1 t −1
É necessário factorizar t3 — 1 recorrendo à regra de Ruffini ou ao algoritmo da divisão
t3 −1 (t − 1)(t 2 + t + 1) = lim t −1 t −1 t→1 t→1
s +1
s → –1 s
d) lim v→0
2
−1
= lim s → –1
0
0
–1
1
1 1
1 1
1 0
α=1
= lim (t2 + t + 1) = 1 + 1 + 1 = 3
c) lim
1
s +1 1 = lim = –1/2 (s − 1)(s + 1) s −1 s → –1
v ( 2 − 5v ) 2v − 5v 2 = lim = lim (2 – 5v) = 2 v v v→0 v→0
246. a) lim x→2
lim x→2
x2 − 4
Neste caso, é necessário multiplicar ambos os membros pelo binómio conjugado do denominador
2− x x2 − 4
2− x
x2 − 4
= lim
2− x
x→2
2+ x
×
2+ x
= lim x→2
( x − 2)(x + 2)( 2 + x ) 2− x
= lim [ − (x + 2)( 2 + x ) ] = [ − (2 + 2)( 2 + 2 ) ] = – 4 x 2 2 = –8 2 x→2
2º processo: tratando como um caso notável o binómio x − 2 equivalente a lim x→2
x2 − 4 2− x
( x − 2)( x + 2)
= lim
2− x
x→2
= lim
( x − 2 )( x + 2 )(x + 2) 2− x
x→2
− ( 2 − x )( x + 2 )(x + 2)
= lim
2− x
x→2
( x − 2)( x + 2)
= lim [ − ( 2 + x )(x + 2) ] x→2
= − (2 + 2)( 2 + 2 ) =–8 2 d) lim
x → 2–
lim
x → 2–
x2 − 4
A subtil diferença, relativamente ao exemplo anterior, obriga a multiplicar ambos os membros por 2 − x
2−x
x2 − 4 2−x
= lim
x → 2–
( x 2 − 4) 2 − x 2−x⋅ 2−x
= lim
x → 2–
( x − 2)(x + 2) 2 − x 2−x
= lim –[ − ( x + 2) 2 − x ] = –(2 + 2) 2 − 2 = – 4 x 0 = 0 x→2
f) lim
x→2
lim
x→2
x 2 + 7 − 8x − 5 x−2
A prática permite omitir algumas equivalências e ganhar tempo, dado que, multiplicando ambos os membros pelo conjugado…
x 2 + 7 − 8x − 5 = lim x−2
= lim x→2
=
x 2 + 7 − 8x + 5 ( x − 2)( x 2 + 7 + 8x − 5 ) ( x − 2)( x − 6) ( x − 2)( x 2 + 7 + 8 x − 5 ) 2−6
4 + 7 + 16 − 5
=
−4 11 + 11
= lim
x 2 − 8x + 12 ( x − 2)( x 2 + 7 + 8x − 5 )
= lim
=
−4 2 11
x−6 x 2 + 7 + 8x − 5
=
− 4 11 2 × 11
=–
2 11 11
Se na resolução dos exercícios anteriores foi possível levantar as indeterminações recorrendo a estratégias envolvendo conhecimentos já adquiridos, casos há em que se torna necessário recorrer a alternativas. As novas estratégias recorrem à utilização de teoremas, vulgarmente designados por limites notáveis, alguns já abordados no início do estudo das exponenciais e dos logaritmos.
LIMITES NOTÁVEIS
∞ ——— ∞
0 —— 0
a x →+∞ x
x
por transformação
x
e –1 lim ——————— = 1
lim ———— p =+∞
x→0
x
lim —————— = x x →0 e – 1
x
1 ex − 1 lim x →0 x
=1
(a > 1 e p∈ IR) logax lim —————— =0
ln(x + 1) lim ————————— = 1
x →+∞
x→0
x
x
x
1 lim ———————— = =1 ln x →0 ln(x + 1) lim ( x + 1) x →0
x
Ainda assim, na generalidade dos casos, a aplicação destes limites notáveis para levantar indeterminações não se revela directa, como se verá seguidamente.
Calcular os seguintes limites: 214. b) lim x→0
1 − e3x x
– (e
= lim
x→0
= –3 x lim y→0
c) lim x→1
x2 −1
= lim x→1
= lim x→1
− 1)
x
x→0
= –1 x lim
e x −1 − 1
3x
= lim –1 x lim x→0
x→0
e3x − 1 x
3(e 3 x − 1) e3x − 1 = –3 x lim 3x 3x x→0 ey − 1
= –3 x 1 = –3
y
e x −1 − 1 e x −1 − 1 1 = lim x lim ( x − 1)( x + 1) x −1 x →1 x +1 x →1 ey − 1 1 1 x lim = × 1 = 1/2 y 2 x +1 y →0
Multiplicar por —1 e converter em produto de logaritmos. Multiplicar e dividir ambos os membros por 3. Mudança de variável com y = 3x para obter o limite notável. E se x → 0, y → 0.
Expandir o caso notável e converter em produto. Mudança de variável com y = x – 1 para obter o limite notável. Note-se que y → 0.
e) lim x→2
ln( x − 1)
= lim
x−2
ln( y + 2 − 1)
= lim
ln( y + 1) y
y→0
g) lim x→0
2x
A mudança permite utilizar uma variável que tende para zero e criar um limite notável.
=1
2x 2 2x x = lim ln(2 x − 1) x → 0 ln( 2 x − 1) x x
2
ln(2 x − 1)
Se x → 2, então x – 2 → 0, pelo que y → 0. Como y = x – 2 <=> x = y + 2, faz-se uma mudança de variável para y. Assim temos que y → 0.
y +2−2
y→0
= lim x→0
y
= lim
ln( y − 1)
y→0
2y
= lim
ln( y − 1)
y→0
y /2
y
Dividam-se ambos os membros por x e simplifique-se a expressão. Fazendo y = 2x <=> x = y/2, aplica-se uma mudança de variável para y.
2×0 =0 1
= 248. b) lim
x→0
x 1− e
0,1x
−1
(0/0)
= lim x→0
e
0,1x
−1
= lim
y→0
x
= lim y→0
d) lim x→2
y→0
x→2
ln( x − 1) (0/0) x −4 2
= lim
x→2
=
g) lim
x→0
ey − 1 y
e −1 10 y
= –10
e x − e 2 (0/0) e y +2 − e 2 e y +2 − e 2 = lim = lim x −2 y y→0 y +2−2 y→0
= lim
f) lim
− 10
−1 y
e 2 (e y − 1) ey − 1 2 = e .lim = e2 y y y→0
Dividam-se ambos os membros por —x e simplifique-se a expressão. Fazendo y = 0,1x <=> x = 10y, aplica-se uma mudança de variável para y.
Fazendo y = x – 2 <=> x = y + 2, aplica-se a mudança de variável para y, com y → 0 Factorizar o numerador da expressão tendo em conta que e2 é uma constante.
ln( x − 1) ln( x − 1) 1 = lim x lim ( x + 2)( x − 2) x → 2 x + 2 x → 2 ( x − 2)
ln( y + 1) 1 1 x lim = x 1 = 1/4 y 4 y→0 4
Fazendo y = x – 2 <=> x = y + 2, aplica-se a mudança de variável para y, com y → 0
e x − x − 1 (0/0) ex −1 x ex −1 − −1 = 1 – 1 = 0 = lim = lim x x x x x→0 x→0
249. ln x − 1 (0/0) y −1 y −1 = lim y = lim y −1 x→e x −e − 1) y→1 e −e y → 1 e( e
a) lim
b) lim
x→0
=
1 y −1 1 x x lim = x lim y − 1 x e y→1 e e x → 0 e −1 −1
=
1 x lim e x→0
= −
x →+∞
1
ex −1 x
=
Nova mudança de variável fazendo y –1 = x <=> y = x +1, e como y → 1, x → 0 o que permite obter o limite notável.
1 e
(0 / ) 1 3 x − 1 1− 3 x 0 = lim − 2x 2 x x→0
= −
d) lim
1 2
1 2
5x
x Fazer 3x = exln 3 pois exln 3 = (eln 3) , eln 3 = 3, logo exln 3 = 3x
e xln 3 − 1 × ln 3 lim x ln 3
x→0
Multiplicar e dividir por ln 3 com mudança de variável para y = x ln 3. Como x → 0, y → 0 (0 xln 3 =0)
ey − 1 1 ln 3 × ln 3 = − × 1 × ln 3 = − lim y→0
3 x − ln x (∞/∞) 2
Fazendo y = ln x <=> x = ey, aplica-se a mudança de variável para y. Como x → e, y → ln e ou seja y → 1
= lim
x → +∞
3 x (∞ – ∞)
x →+∞ 5 x
= lim
y
— lim
2
x →+∞
3x 5x
2
ln x 5x 2
(1)
— lim
x → +∞
2
2
Converter limite da diferença em diferença de limites, aplicar regra (1) e encontrar caso notável.
1 ln x . =0–0x0=0 5x x
Indeterminações do tipo 0 x ∞ A estratégia de resolução consiste em transforma este tipo de indeterminações num dos anteriormente estudados, bastando para tal efectuar alguns cálculos. Verificar que a aplicação das regras conduz a uma indeterminação e levantá-la nos casos seguintes: 215. 1 e x + x (0 x ∞) ⋅ b) lim = lim 2
x →+∞ ln x
1 ex + x ⋅ 2 ln x
x →+∞
x 1 ex + x 1 ⋅ ⋅ = ⋅ lim x 2 ln x 2 x →+∞
= lim
x →+∞
1 2
=
x −1
1 ⋅ lim ln x x →+∞ x
(0 x ∞)
x
Indeterminação do tipo 1 × ∞ = 0 × ∞ . ∞ Procurar formas de utilizar limites notáveis.
+ 1 x
ex
.
( x − 1)x
1 x ⋅ 2 x − 2
x→1
d) lim e x ⋅ x → –∞
x 2
250.
[0 x (-∞)]
= lim x → –∞
(∞ x 0)
2e
−x
x →+∞
= −
1 2
−x
x →+∞
2
b) lim
x →+∞
(∞ x 0)
–x x [x . e . 2 ] = 2
2
y 1 lim 2 y → +∞ e y
–x
y → +∞
x
x2 lim x x →+∞ 2
⋅
.
1 ey lim y → +∞ y
x
e −x x
0
Factorizar o denominador e simplificar 1 x ⋅ lim = 2 x →1 x − 2
=
1 1 1 ⋅x =– ⋅ 2 1− 2 2
Indeterminação do tipo 0 × ( − ∞ ) .
e
Passar ex para denominador e mudar variável y = –x e se x → –∞ , y → +∞ 1 2
= −
−x
x →+∞
2
5 e ⋅ = 1 x lim
2
2
ex x + x x
Indeterminação do tipo 0 × 1 = 0 × ∞ .
1 −y = lim ⋅ y
= −
e a) lim [x . e . 5x] = lim 1 ⋅ 2
x
⋅
1 1 x x (+∞ + 1) = +∞ x (+∞ ) = +∞ 2 0+
=
c) lim ⋅ 2 = lim 2( x − 1)( x − 2) 2 x − 3x + 2 x→1 x→1 = lim
x ln x
x
1
∞
x2 ⋅ 1 = 1 x lim x x →+∞ 2
x
= −
1 x0=0 2
5 x →+∞ x
lim = 1 x
1 x x lim 2 x →+∞ 2 x
0 +∞
x
5 = 1 x0x0= 0 +∞
= 1x0 x
0 = 1 x0 x0 = 0 +∞
Função contínua num ponto Uma função f diz-se contínua num ponto c do seu domínio se e só se lim f(x) = f(c) x→c
y f
Na definição está implicito que: c
é um ponto de acumulação do domínio de f
f(c)
f(c)
existe, ou seja, c ∈ Df
c
0
x
lim f(x) existe x→c
Exemplos de gráficos de funções descontínuas num ponto do seu domínio 1. c é ponto de acumulação do domíno
y
f(c) existe, ou seja, c ∈ Df
f(c)
Não existe lim f(x)
f
x→c
c
0
x
2. c é ponto de acumulação do domíno
y
não xiste f(c), ou seja, c ∈/ Df
g
lim f(x) não é um número real x→c
c
0
x
3. c é ponto de acumulação do domíno
y
f(c) existe, ou seja, c ∈ Df f(c)
lim f(x) não existe
h
x→c
0
4. c é ponto de acumulação do domíno
y i
lim f(x) existe x→c
f(c) não existe, ou seja, c ∈/ Df 0
c
x
c
x
As propriedades operatórias dos limites permitem concluir que sendo f e g funções contínuas num ponto c do seu domínio, então também são contínuas nesse ponto as funções: f±g
f/g (se g(c) ≠ 0)
fxg
f n (n ∈ IN)
n
f (se c ∈ D n f )
Se f é contínua num ponto c , e g é contínua em f(c) , então também é contínua nesse ponto a função composta gof
Consequências dos teoremas:
Toda a função polinomial é contínua em IR
Toda a função exponencial é contínua em IR
Toda a função logarítmica é contínua em IR+
Toda a função racional é contínua no seu domínio
Toda a função irracional é contínua no seu domínio
Usar a difinição de continuidade de uma função num ponto para estudar a continuidade de cada uma das funções seguintes nos pontos indicados: 258. b) g(x) = |x – 1| + x , em x = 2 e x = 1 x − 1 + x se x ≥ 1 2 x − 1 se x ≥ 1 <=> g(x) = se x < 1 − x + 1 + x se x < 1 1
g( x ) =
g(x) = 1 e lim
lim
x → 1–
+
g(x) = 2 x 1 – 1 = 1 e g(1) = 2 x 1 – 1= 1 função contínua em 1
x→1
lim
g(x) = lim
x → 2–
+
g(x) = 2 x 2 – 1 = 3 e g(2) = 2 x 2 – 1= 3 função contínua em 2
x→2
t 2 − 1 c) h(t) = t + 1 t +1
se t < −1
, em t = —1 e t = 0
se t ≥ −1 (0/0)
lim
h(t) = lim –
x → –1
x → –1–
(t − 1)(t + 1) = lim (–t – 1) = –2 t +1 x → –1
e lim +h(t) = lim x → –1
+
x → –1
t +1 = 0
Não existe limite quando x → –1, logo a função não é contínua em —1
lim x → 0–
h(t) = lim
+
x→0
h(t) = lim
(t – 1) = –1 e h(0) =
0 +1= 1
x→0
Existe limite quando x → 0 mas lim h(t) ≠ h(0), logo a função não é contínua em 0 x→0
1 − e − x se x < 0 c) r(x) = x , em x = 0 e x = 1 ln(1 + x ) se x ≥ 0 (0/ )
lim x → 0–
lim
− (e − x − 1) 1 − e −x 0 e −x − 1 ey − 1 = lim = lim = 1 lim =1 −x x − (− x ) y x→0 x→0 y→0
r(x) = lim x→0
h(t) = lim ln(1 + x) = ln(1 ) = 0
+
x→0
x→0
Não existe limite quando x → 0, logo a função não é contínua em 0
259. Investigar se existe k de modo que as funções sejam continuas nos pontos indicados: k 2 x 2 a) f(x) =
se x ≤ 2 (1 − k )x se x > 2
lim
f(x) = lim
–
x→2
no ponto 2
k2x2 = 4k2 e
lim + f(x) = lim (1 – k)x = 2(1 – k)
x→2
x→2
x→2
É necessário que lim – f(x) = lim + f(x) pelo que x→2
x→2
4k = 2(1 – k) <=> 4k = 2 –2k <=> 4k + 2k –2 = 0 <=> k = 1/2 ∨ k = –1 2
2
2
Existindo limite em 2, é necessário que seja igual à imagem Para k = 1/2: lim
f(x) = lim
4k2 = 4(1/2 )2 = 1 e f(2) = 4k2 = 1
Para k = –1: lim
f(x) = lim
4k2 = 4(–1)2 = 4 e f(2) = 4k2 = 4
x→2
x→2
x→2
x→2
Assim, conclui-se que a função é contínua no ponto 2.
x2 −1 se x < −1 x +1 se x = − 1 , no ponto —1 c) f(x) = k 2 x + 3 − 1 se x > −1 x +1 (0/ )
lim
f(x) = lim –
x → –1
x → –1
x2 −1 0 ( x − 1)( x + 1) = lim = lim (x –1) = –2 x + 1 x → –1 x +1 x → –1 (0/0)
lim
f(x) = lim
+
x → –1
x → –1
= lim x → –1
2x + 3 − 1 = lim x +1 x → –1 2( x + 1)
(x + 1)(
)
2x + 3 + 1
( 2x + 3 − 1)( 2x + 3 + 1) = lim (x + 1)( 2x + 3 + 1) x → –1
= lim x → –1
2 2x + 3 + 1
= lim x → –1
Não existe limite quando x → –1 , logo é impossível obter k.
2x + 3 − 1
(x + 1)( 2
− 2 + 3 +1
)
2x + 3 + 1
=1
Prolongamento de uma função A x1 • x2 •
Dada uma função f de domínio A e um conjunto B tal que A ⊂ B, a função h diz-se um prolongamento (ou extensão) de f a B se Dh = B e h(x) = f (x), ∀ x ∈ A
xn–1 • xn • B
f
•f(x1) •f(x2)
h
•f(xn–1) •f(xn) IR
Dadas as funções f, g e h definidas graficamente, todas com domínio IR \{—1}, para cada uma delas indicar se é , ou não, possível definir um prolongamento que seja uma função contínua no ponto —1 e, em caso afirmativo, caracterizar essa função.
2 x + 1 se x > −1 f1(x) = − − − se x = −1 − 2 x + 1 se x < −1
g( x ) g1(x) = − 1 g( x )
se x > −1 se x = −1 se x < −1
ln( x + 1)
se x > −1 se x = −1 se x < −1
h1(x) = − − − −
− 2 x + 1
Continuidade lateral e continuidade num intervalo
Diz-se que f é contínua à esquerda no ponto c se lim –f(x) = f(c)
y f
x→c
0
c
x
y f
Diz-se que f é contínua à direita no ponto c se lim f(x) = f(c)
c
0
x
+
x→c
f
Uma função é contínua num intervalo aberto ]a , b[ do seu domínio se é contínua em todos os pontos do intervalo a
Uma função é contínua num intervalo fechado [a , b] do seu domínio se é contínua em ]a , b[ e também o é à direita da a e à esquerda de b.
b x
g
a
b x
261. Mostra que as funções f e g definidas por se x < 1 se x ≥ 1
2 x 1
f(x) =
1 1+ x
e
g(x) =
se x < 1 se x ≥ 1
não são contínuas no ponto 1, mas f + g e f x g são contínuas nesse ponto. lim f ( x ) = lim 2x = 2 e lim f ( x ) = lim 1 = 1 não contínua em 1 dado que lim f ( x ) ≠ lim f ( x ) x →1−
x →1+
x →1
x →1−
x →1
x →1+
lim g ( x ) = lim 1 = 1 e lim g ( x ) = lim 1 + x = 2 não contínua em 1 dado que lim g ( x ) ≠ lim g ( x ) x →1−
x →1+
x →1
x →1−
x →1
2 x + 1 x+2
x →1+
se x < 1 se x ≥ 1
Seja h(x) = f(x) + g(x) =
lim h( x ) = lim 2x + 1 = 3 e lim h( x ) = lim x + 2 = 3 x →1−
x →1+
x →1
x →1
f(x) + g(x) é uma função contínua em 1 dado que lim h( x ) = lim h( x ) x →1−
x →1+
Situação idêntica para f(x) x g(x) 262. Considera a função f definida em IR\{1} por f(x) =
x3 +1 x +1
Esboça o gráfico de f e define um prolongamento de f a IR que seja uma função contínua em IR O gráfico da função é descontínio para x = –1, obviamente. Mas porque é que se representa por uma parábola do 2º grau? Porque
x3 +1 = x2 – x + 1 em IR\{1} x +1
1
0 0 1 –1 1 – 1 –1 1 0 2 Q(x) = x – x + 1 –1
Então f(x) = x2 – x + 1 em IR\{1}. Para criar o prolongamento a IR é necessário que a função seja contínua em —1, ou seja: lim f ( x ) = lim f ( x ) = f(–1) x → −1−
x → −1+
f ( x ) se x ≠ − 1 3 se x = − 1
Ora se f(x) = x2 – x + 1 temos f(–1) = (–1)2 – (–1) + 1 = 3, pelo que f1(x) =
263. Seja a função h definida em IR\{0} por h(x) =
ex − 1 e2 x − 1
Define um prolongamento de h a IR que seja uma função contínua em IR ex −1
lim h( x ) = lim h( x ) = lim x →0 −
x →0 +
x →0
ou lim
x →0
e 2x − 1
ex −1 e
2x
−1
= lim
x →0
= lim
x →0
2x 1 ex −1 ⋅ ⋅ = 1/2 (limites notáveis) 2x 2 x e −1
ex − 1 (e ) − 1 x 2
= lim
x →0
h( x ) Pelo que o prolongamento deve ser h1(x) = 1
/2
ex − 1 (e − 1)(e + 1) x
x
se x ≠ 0 se x = 0
= lim
x →0
1
e +1 x
=
1 = 1/ 2 1+ 1
264. Considera a função f definida por: |x|
se x ≠ 0
−1
se x = 0
f(x) = x
Estuda a continuidade de f no ponto 0 e, caso não seja contínua, estuda a continuidade lateral
f(x) =
lim
x → 0–
x x x − x −1
se x ≥ 0 1
se x < 0 <=> f(x) = − 1 −1
se x = 0
f(x) = –1 e
se x ≥ 0 se x < 0 se x = 0
lim + f(x) = 1 x→0
os limites laterais são diferentes, logo a função não é contínua em 0
lim
x → 0–
lim
+
x→0
f(x) = f(0) = –1 pelo que a função é contínua à esquerda no ponto 0 f(x) ≠ f(0) pelo que a função não é contínua à direita no ponto 0
267. Determinar os valores de a e b para os quais f é contínua à esquerda no ponto 0 mas não é contínua à direita sendo: ex − 1 ax f(x) = 2 log ( x + | b |) 2
se x < 0 se x = 0 se x > 0
Para ser contínua à esquerda de 0 é necessário que lim – f(x) = f(0) = 2 x→0
lim
x → 0–
ex −1
f(x) = 2 <=> lim
ax
x→0
= 2 <=> lim
x→0
1 ex −1 = 2 <=> 1/a = 2 <=> a = 1/2 a x (limite notável)
Para que não seja contínua à direita de 0 é necessário que lim + f(x) ≠ f(0) ≠ 2 x→0
lim
f(x) ≠ 2 <=> lim [log2 (x + |b|)] ≠ 2 <=> log2 (0 + |b|) ≠ 2 <=> |b| ≠ 4 <=> b ≠ 4 ∧ b ≠ 4 +
x→0
x→0
268. Estudar quanto à continuidade a função definida por: | 1 − x | log 4 (2 x ) f(x) = 2 x − 3x − 2 x−4
x ≤2 se se 2 < x ≤ 4
se
x> 4
Dado que a função é composta por troços em que cada função é contínua no seu domínio, f só poderá ser descontínua nos pontos de reunião dos seus ramos, ou seja, em 2 e/ou em 4.
Verificar se a função é contínua em 2
lim
–
f(x) = |1 —2| = 1, lim
x→2
+
f(x) = log4 4 = 1 e f(2) = |1 —2| = 1
x→2
A função é contínua em 2 dado que lim –f(x) = lim f(x) = f(2) + x→2
x→2
Verificar se a função é contínua em 4
lim
–
f(x) = lim
x→4
lim
+
x→4
log4 (2x) = log4 8 = log2 8
1/2
= log2 2
3/2
= 3/2
x→4
x 2 − 3 x − 2 x 2 − 3 x + 2 (0/0) x 2 − 3x − 2 = lim x → 4 x−4 (x − 4) x 2 − 3 x + 2
f(x) = lim
x→4
( x − 4)( x + 1) x 2 − 3x − 4 = lim = lim x → 4 (x − 4 ) x 2 − 3 x + 2 x → 4 (x − 4 ) x 2 − 3 x + 2 x→4
= lim
x +1 x − 3x + 2 2
= 5/4
f(4) = log4 8 = 3/2
A função é contínua à esquerda de 4, mas não é contínua à direita de 4
Resumindo, a função é contínua em ]—∞, 4] e ]4, +∞[, mas não é contínua à direita de 4, pois lim + f(x) ≠ f(4) x→4
270. Estudar quanto à continuidade a função definida por: x −2 1 f(x) = e x − 2 1− x ln x
x ≥2
se
se 1 ≤ x < 2 se 0 < x < 1
Verificar se a função é contínua em 2 lim
+
lim
–
x→2
x − 2 = 0 e f(2) = 0
f(x) = lim
x→2
x→2
f(x) = lim
–
x→2
1 e x −2
1
=0
(note-se que e
0−
= e −∞ = 0 )
Verificar se a função é contínua em 1 lim
+
f(x) = lim
–
f(x) = lim
x→1
lim
x→1
+
1 x e −2
x→1
–
x→1
= e–1 = 1/e e f(1) = 1/e
1− x = —∞ (note-se que ln (0/1) = ln 0 = —∞) x
ln
A função é contínua em ]0 , 1[ dado que, neste intervalo 1− x 1− x > 0 } = ]0 , 1[ e Df = {x∈IR: x x
f(x) = ln
1–x x
Q
+ – –
0 + 0 ss
+ + +
1 0 + 0
A função é contínua em ]0 , 1[ e em [1, + ∞[ Não é contínua à esquerda de 1 dado que lim f(x) ≠ f(1), mas é contínua à direita de 1. – x→1
– + –
TEOREMA DE BOLZANO Se f é uma função contínua em [a, b] e k é um valor entre f(a) e f(b), então existe pelo menos um ponto c ∈ ]a , b[ tal que f(c)= k y
Em linguagem informal diz-se que uma função contínua num intervalo não passa de um valor a outro sem passar por todos os valores intermédios.
f (b ) f k f (a ) 0
a
c
b x
Corolário do Teorema de Bolzano Se f é uma função contínua em [a, b] e se f(a) e f(b) têm sinais contrários, então f tem pelo menos um zero em ]a , b[. Ou seja, a equação f(x)= 0 tem, pelo menos, uma solução em ]a , b[.
Se f(a) e f(b) têm sinais contrários então f(a) x f(b) < 0 pelo que
y f (b )
Se f é contínua em [a, b] e se f(a) x f(b) < 0 a função têm, pelo menos, um zero em ]a , b[.
f
∃ c ∈ ]a , b[ : f(c)= 0
0
a
c
b x
f (a )
272. Seja f(x) = x3 – x2 + 4. Usa o teorema de Bolzano para concluir que f(x) = —1 tem, pelo menos, uma solução no intervalo ]—2 , —1[. a)
A função é polinomial, logo é contínua em IR, pelo que também é contínua em ]—2, —1[. f(–2) = (–2)3 – (–2)2 + 4 = –8 f(–1) = (–1)3 – (–1)2 + 4 = 2
Dado que —1 é um valor compreendido entre f(–2) e f(–1), o teorema de Bolzano garante que existe, pelo menos, um x ∈]—2, —1[ tal que f(x) = —1, ou seja, ∃ x ∈]—2, —1[: f(–2) < f(x) < f(–1) (pois —8 < —1 < 2) Pelo corolário f(x) = –1 <=> x3 – x2 + 4 = –1 <=> x3 – x2 + 5 = 0
Fazendo g(x) = x3 – x2 + 5 g(–2) = (–2)3 – (–2)2 + 5 = –7 g(–1) = (–1)3 – (–1)2 + 5 = 3
Como g(–2) x g(–1) < 0 , o corolário do teorema de Bolzano garante que ∃ x ∈]–2, –1[: g(x)= 0
274. Usa o teorema de Bolzano para provar que f(x) = ln (x) + x tem pelo menos um zero no intervalo ]1/e , 1[. f(x) = ln (x) + x é uma função contínua em IR+, logo contínua em ]1/e , 1[ f(1) = ln 1 + 1 = 0 + 1 = 1 e f(1/e) = ln (1/e) + 1/e = ln (e–1) + 1 = –1 + 1/e
Portanto f(1) > 0 e f(1/e) < 0 Assim, dado que f(1/e) < 0 < f(1), o teorema de Bolzano garante que ∃ c∈ ]1/e, 1[.: f(c) = 0 Pelo corolário Como f(1) > 0 e f(1/e) < 0 resulta que f(1) x f(1/e) < 0 Logo, o corolário do teorema de Bolzano garante que ∃ c∈ ]1/e, 1[.: f(c) = 0
275. Seja a função definida por: ax − 2 f(x) = 2 bx + 1
se x < 1 se x = 1 se x > 1
Determina valores para a e b de modo que o teorema de Bolzano se possa aplicar à função no intervalo [1 , 3] mas não no intervalo [0 , 1]. Para que a função seja contínua [1 , 3] deve verificar-se lim
+
x→1
f(x) = lim
+
y 3
bx + 1= 2 e f(1) = 2 assim,
x→1
2
para x = 1 temos b + 1= 2 <=> b = 1
1
Para que a função seja contínua [0 , 1] deve verificar-se lim
–
x→1
f(x) = lim
–
0 -1
ax – 2 = 2 e f(1) = 2 assim,
x→1
1
2
3
-2
para x = 1 temos a – 2 = 2 <=> a = 4
Para que não se possa aplicar o teorema de Bolzano num intervalo basta que não esteja satisfeita a condição de a função ser contínua nesse intervalo fechado. Ora se a ≠ 4 na função y = ax – 2 , f(1) ≠ 2 o que faz com que a função f seja contínua em [0 , 1[, mas não em [0 , 1].
278. Seja f uma função contínua em [a , b] e tal que f(a) = 3 e f(b) = –1. Justifica que o domínio da função g definida por g(x) = 1/f(x) não pode ser [a , b]. Sendo f uma função contínua em [a , b] e f(a) x f(b) < 0, o corolário do teorema de Bolzano garante que f tem, pelo menos, um zero em ]a , b[. Dado que g(x) = 1/f(x) , o zero de f não pertence ao domínio de g, ou seja, Dg = [a , b]\{c∈IR: f(c) = 0 }
y
c 0
a
b x
x
279. f é uma função par e contínua de domínio [—3 , 3], Se f é crescente em [—3 , 0], y quantas são as soluções da equação f(x) = 2: a) Se f (–3) = 4 ? b) Se f (0) = 2 ?
4
y=2
a) Se f (–3) = 4, a função é par e crescente em [—3 , 0], então f (3) = 4 e f (x) > 4 ∀x∈]–3 , 3[, pelo que f (x) = 2 é impossível, logo tem zero soluções.
–3
0
x
3
y
b) Se f (0) = 2, nas mesmas condições de monotonia, f (0) é um máximo da função, pelo que só tem uma solução como se pode verificar no exemplo.
y=2
–3
0
x
3
281. Uma função f é contínua em IR e conhece-se a seguinte tabela de valores: x f(x)
–3 1
0 2
1 –3
5 –1
Justifica que: a) f tem, pelo menos, um zero b) g : x f(x) + 2 tem, pelo menos, dois zeros a) f(0) x f(1) < 0 e f é contínua em]0 , 1[, logo o corolário do teorema de Bolzano garante que f tem pelo menos, um zero em ]0 , 1[. b) g : x
f(x) + 2 apresenta a correspondente tabela:
x g(x)
–3 3
Assim, g(0) x g(1) < 0 e g(1) x g(5) < 0 pelo que g apresenta, pelo menos, dois zeros: um em ]0 , 1[e outro em ]1 , 5[
0 4
1 –1
5 1
2
285. Seja f a funçãoé de domínio IR definida por f(x) = ex – 2,5x . a) Justifica que a aplicação do teorema de Bolzano à função f no intervalo [0 , 1] não 2 permite tirar conclusões acreca da existência de soluções da equação ex = 2,5x no intervalo ]0 , 1[. f(0) = e0 – 2,5 x 0 = 1 e
f(1) = e1 – 2,5 ≈ 0,218
f(0) x f(1) > 0
O teorema de Bolzano nada permite concluir, pois tendo as imagens dos extremos o mesmo sinal, não há evidência de que intersecte o eixo Ox , ou seja, que f(x) = 0.
b) Calcula f(0,6) e explica o que podes agora concluir. 2
f(0,6) = e0,6 – 2,5 x 0,6 ≈ –0,07 Sendo f(0) x f(0,6) < 0 e f(0,6) x f(1) < 0, o teorema de
Bolzano, através do seu corolário, permite concluir que a função tem, pelo menos, um zero em ]0 ; 0,6[ e, pelo menos, outro em ]0,6 ; 1[, como mostra a figura.
ASSIMPTOTAS DO GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO Os gráficos de funções reais podem ter três tipos diferentes de assimprotas: verticais, horizontais e oblíquas, como se verificar pelos exemplos seguintes. Cada um dos gráficos apresenta duas asssimptotas
Fig 1 Assimptotas vertical e horizontal
Fig 2 e Fig3 Assimptotas verticais e oblíquas
Assimptotas Verticais A recta de equação x = a é assimptota do gráfico de uma função f se e só se: lim f(x) = ± ∞ ou lim + f(x) = ± ∞
x → a–
x→a
Nos exemplos, a recta de equação x = a é assimptota dos gráficos das funções f, g e h
As assimptotas verticais do gráfico de uma função podem existir:
Em pontos de acumulação do domínio que não pertençam ao domínio ex: os zeros do denominador de uma função racional
Em pontos que pertençam ao domínio mas onde a função não seja contínua ex: funções definidas por ramos
Para encontrar assimptotas verticais do gráfico de uma função f deve-se: 1º — Determinar os pontos a tal que a ∈/ Df ou f não é contínua em a; ∞ (ou —∞ ∞) 2º — Calcular lim – f(x) e/ou lim + f(x), obtendo, como resultado, +∞ x→a
x→a
Sem recorrer à calculadora (mas confirmando o resultado posteriormente), escreve equações das assimptotas verticais dos gráficos das funções definidas por: 290. a)
f(x) =
2x + 6 x 2 + 3x
Df = {x ∈ IR: x2 + 3x ≠ 0 } = {x ∈ IR: x(x + 3) ≠ 0 } = IR\{–3, 0}
Como –3 e 0 são pontos de acumulação da função, mas não pertencem ao domínio, devem-se procurar assimptotas nestes pontos. 2x + 6
lim f ( x ) = lim
x → −3
x → −3
lim f ( x ) = lim x →0
−
x →0
lim f ( x ) = lim x →0
+
x →0
x + 3x 2
2x + 6 −
x + 3x 2
2x + 6 +
x + 3x 2
= lim
x → −3
= lim x →0
= lim x →0
2( x + 3) 2 = lim = –2/3 não existe assimptota x ( x + 3) x → −3 x
−
2 = –∞ x
existe assimptota à esquerda
+
2 = +∞ x
trat-se de uma assimptota bilateral x = 0
291. a)
f(x) =
x ln x
Df = {x ∈ IR: x > 0 } IR+\{1} ln x
Procurar assimptota para x = 0+ lim f ( x ) = lim
x →0 +
x →0 +
0 x = =0 −∞ ln x
não tem assimptotas
Procurar assimptota para x = 1— e x = 1+ lim f ( x ) = lim
x →1−
x →1−
lim f ( x ) = lim +
x →1
b)
+
x →1
g(x) = 3
1 x = − = –∞ tem assimptota à esquerda ln x 0 1 x = + = +∞ tem assimptota bilateral x = 1 ln x 0
1 x −1
Dg = {x ∈ IR: x – 1 ≠ 0 } = IR\{1} 1
lim g ( x ) = lim 3
x → 1−
0−
x → 1−
= 3 −∞ = 0
não existe assimptota à esquerda
1
lim g ( x ) = lim 3
x → 1+
x → 1+
0+
= 3 +∞ = +∞ existe assimptota à direita x = 1
Assimptotas Horizontais A recta de equação y = b é assimptota do gráfico de uma função f se e só se: lim f(x) = b ou lim f(x) = b
x → –∞
x → +∞
y
y
0
y
0
x
x
0
x
O gráfico de uma função tem, no máximo, duas assimptotas horizontais: uma que acompanha o gráfico quando x →—∞ ∞ e outra quando x →+∞ ∞ Se o domínio da função é um intervalo limitado então o gráfico não tem assimptotas horizontais, pois não é possível determinar lim f(x) ou lim f(x) x → –∞
x → +∞
Os gráficos das funções racionais fraccionárias apresentam uma assimptota horizontal quando o grau do denominador é maior ou igual ao do numerador
293. Escreve equações das assimptotas horizontais dos gráficos das funções definidas por: a)
h(x) =
x 2 + 3x
2x 2 + 1
lim h( x ) = lim
x → +∞
c)
x → +∞
∞ x 2 + 3 x ( / ∞) x2 x2 = lim = lim = 1/2 2 2 2 x → +∞ 2x x → −∞ 2x 2x + 1
e1 − x g(x) = 2 x x
se x ≥ 0 se x < 0
lim g (x ) = lim e1− x = e–∞ = 0
x → +∞
x → +∞
lim g (x ) = lim
x → −∞
x → −∞
assimptota y = 1/2
x2 x
= lim
x → −∞
assimptota y = 0 |x| = –1 x
assimptota y = —1
Note-se que o quociente é negativo porque x → —∞, logo o numerador e o denominador apresentam
sinal contrário.
Assimptotas Oblíquas A recta de equação y = mx + b é assimptota não vertical do gráfico da função f se e só se: lim [f(x) — (mx + b)] = 0 ou lim [f(x) — (mx + b)] = 0
x → –∞
x → +∞
y
y
y
y=b 0
0
x
x
Se m ≠ 0 a recta é uma assimptota oblíqua
Se m = 0 a recta é uma assimptota horizontal
0
x
Determinar o declive m de uma assimptota não vertical do gráfico de uma função Observando a figura, verifica-se que, quando x →+∞ a diferença entre as ordenadas de f e de y = mx + b (a sua assimptota) tende para zero, ou seja,
y f f(x) mx + b
lim [f(x) — (mx + b)] = 0
f(x) – mx + b
x → +∞
Se lim
0
g( x ) 0 = 0 dado que =0 x + ∞ x → +∞
g(x) = 0, também lim
x → +∞
Assim também se verifica
x
x
lim
f ( x ) − (mx + b ) =0 x
e obtêm-se as equivalências seguintes:
lim
f ( x ) mx b − − =0 x x x
note-se que x →+∞ ,
lim
f (x ) =m x
x → +∞
x → +∞
x → +∞
O declive da assimptota é dado por
f(x)
m = lim ———— x →+∞
x
b
+∞
→ 0, pelo que
se m = 0 a assimptota é horizontal
Determinar o valor b de uma assimptota não vertical do gráfico de uma função Como lim [f(x) — (mx + b)] = 0 x →+∞
lim [f(x) — mx — b] = 0 x →+∞
lim [f(x) — mx ] — lim b = 0 (o limite da constante é a própria constante) x →+∞
x →+∞
lim [f(x) — mx ] = b x →+∞
A ordenada na origem da assimptota é dada por
b = lim [f(x) — mx] x → +∞
Resumindo, podemos afirmar que se a recta de equação y = mx + b é assimptota do gráfico da função f, então: f(x)
m = lim ———— x →+∞ (x → –∞)
x
b = lim [f(x) — mx]
e
x →+∞ (x → –∞)
Quando estes limites não existem ou não são números reais, o gráfico da função não tem assimptotas não verticais.
Sendo m e b números reais, se m ≠ 0 a assimptota diz-se oblíqua e se m = 0, trata-se de uma assimptota horizontal.
O gráfico de uma função tem, no máximo, duas assimptotas não verticais: uma que ∞ e outra que acompanha o gráfico quando x →—∞ ∞. acompanha o gráfico quando x →+∞
298. Escreve equações das assimptotas dos gráficos das funções definidas por: x 2 + 3x x +1
a) f(x) =
O domímio da função é IR\{—1}, logo: Estudo quanto a assimptotas verticais x 2 + 3x x +1
lim
−
=
f (x) =
x → −1
x( x + 3) como não é possível simplificar, deve-se investigar para x = –1 x +1
1+ 3 0−
= –∞ e
lim
+
x → −1
f (x) =
1+ 3 0+
= +∞
confirma-se assimptota vertical para x = –1
Estudo quanto a assimptotas não verticais m = lim
x → +∞
f (x ) ∴ lim x x → +∞
x 2 + 3x 2 2 x + 1 = lim x + 3 x = lim x + 3 x = 1 2 x x → +∞ x ( x + 1) x → +∞ x + x
e da mesma forma lim
x → −∞
b = lim [f ( x ) − mx ] ∴ lim x → +∞
x → +∞
x 2 + 3x f (x) = lim = 1 , portanto m = 1 2 x x → −∞ x + x
x 2 + 3x x 2 + 3x − x 2 − x 2x − x = lim = lim =2 x +1 x + 1 x +1 x → +∞ x → +∞
e da mesma forma lim [f ( x ) − mx ] = lim x → −∞
x → −∞
2x = 2 , portanto b = 2 x +1
R: o gráfico da função apresenta um assimptota vertical x = –1 e uma assimptota oblíqua y = x + 2
299. Considera a família de funções definidas por: x2 − x − 6 , a ∈ IR x−a
fa(x) =
Determina a de modo que: a) A recta de equação y = x + 5 seja assimptota do gráfico de fa A recta de equação y = x + 5 tem m = 1 e b = 5, logo lim
x → +∞
f (x) = 1<=> lim x x → +∞
x2 − x − 6 x2 − x − 6 x2 − x − 6 x−a = 1 <=> lim = 1 <=> lim = 1, ∀ a ∈IR x x( x − a) x → +∞ x → +∞ x 2 − xa ( x → −∞ )
lim [f ( x ) − mx ] = 5 <=> lim
x → +∞
x → +∞
<=> lim
x → +∞
x2 − x − 6 x 2 − x − 6 − x 2 + ax − x = 5 <=> lim =5 x−a x−a x → +∞
− x − 6 + ax x( a − 1) − 6 x ( a − 1) = 5 <=> lim = 5 <=> lim =5 x−a x−a x x → +∞ x → +∞ ( x → −∞ )
a – 1 = 5 <=> a = 6 para que y = x + 5 seja assimptota é necessário a = 6
b) A função fa não tenha assimptotas verticais. Dado que a função é composta por expressões polinomiais, contínuas em IR, só poderá ter assimptota vertical quando x + a = 0, logo x2 − x − 6 x−a
lim fa(x) = lim
x →a
x →a
( x − 3)( x + 2) x−a
= lim
x →a
0
se a = 3 temos que lim
x →3
( x − 3)( x + 2) ( /0) = lim ( x + 2) x −3 x →3
assim, lim f a ( x ) = lim f a ( x ) = lim x + 2 = 5 , pelo que não existe assimptota para x = 3 x →3 −
x →3 +
x →3
se a = –2 temos que lim
x →-2
( x − 3)( x + 2) x+2
= lim ( x − 3) x →-2
assim, lim f a ( x ) = lim f a ( x ) = lim x − 3 = —5, pelo que não existe assimptota para x = –2 x →-2 −
x →-2 +
x → −2
300. Escreve equações das assimptotas dos gráficos das funções definidas por: a) f(x) =
x
e −1 x
O domímio da função é {x ∈IR: e x − 1 ≠ 0 } = IR\{0}, logo: Estudo quanto a assimptotas verticais lim f ( x ) = lim x →0
x →0
x
(0/0)
e −1 x
= lim
x →0
1
e −1 x
x
=1
o gráfico da função não apresenta assimptota vertical
Estudo quanto a assimptotas não verticais quando x → + ∞ x x f (x) 1 1 = lim e − 1 = lim = lim = =0 x x x x + ∞ x → +∞ x → +∞ x (e − 1) x → +∞ e − 1 x
m = lim
x → +∞
b = lim [f ( x ) − mx ] = lim x → +∞
(∞/∞)
x
x → +∞
e −1 x
= lim
x/ x
x → +∞
e −1 x
1
= lim
x → +∞
e
x
x
x
−
=
1 x
1 =0 +∞−0
assimptota horizontal y = 0, ou seja, o próprio eixo Ox Estudo quanto a assimptotas não verticais quando x → – ∞ x m = lim
x → −∞
x x 1 f (x) 1 = lim e − 1 = lim = lim = = –1 x x 0 −1 x → −∞ x (e x − 1) x → −∞ x → −∞ e x − 1
b = lim [f ( x ) − mx ] = lim x → −∞
x → −∞
b = lim [f ( x ) − mx ] = lim x → −∞
x → −∞
x
ex − 1 −x
+ x = lim
x + xe x − x
x → −∞
/x − x
1 e − −x −x
= lim
y → +∞
ex −1 −1
x → −∞
= y
1 e − y y
= lim
x ex
(-∞x0)
ex −1
−1 =0 0−∞
x → −∞
(∞/∞)
x
= lim
1−
1
(cont.)
ex
(mudança de variável. Se x → —∞ => y =—x → +∞)
Conclui-se assim que, quando x → — ∞, o gráfico apresenta a ass. oblíqua y = –x
301. Seja f a função de domínio IR+ definida por f(x) = 2x + x ln (1/x ) a) Determina a abcissa do ponto em que o gráfico de f interssecta o eixo das abcissas. b) Escreve equações das assimptotas do gráfico de f. a) f(x) = 0 <=> 2x + x ln (1/x ) = 0 <=> 2x + x (ln 1 – ln x ) = 0 <=> 2x – x ln x = 0 <=> 2x = x ln x <=> 2 = ln x <=> x = e2
b) A função é contínua em IR+, logo, só poderá existir assimptota vertical em 0+ (0x∞)
ln(1 / x ) 1 ln y lim f ( x ) = lim 2x − x ln = lim 2 x – lim = 0 – lim = 0 (se x → 0 => y → 1/0 ) + 1 x x →0 y → +∞ y x →0 x →0 x →0 /x
Não existe assimptota vertical em 0
Estudo quanto a assimptotas não verticais, só quando x → + ∞ 1 x ln(1 / x ) f (x) 2x = lim + = 2 + lim ln = 2 + ln 0 = 2 – ∞ = – ∞ x x x x → +∞ x → +∞ x → +∞ x
m = lim
Não existindo m ∈ IR, conclui-se que também não existe assimptota horizontal ou oblíqua.
304. Escreve equações das assimptotas do gráfico da função definida em IR\{—2} por: 2 − x x se x ≥ 0 f(x) = e 2 x x + 2 se x < 0
Estudo quanto a assimptotas verticais lim f ( x ) = lim x →0
−
x →0
−
lim f ( x ) = lim
x → −2−
0 =0 e 2
x → −2 −
lim f ( x ) = lim x →0
+
x →0
4 x2 = − = –∞ e x+2 0
lim
2 +
x → −2 +
e
=
0
2 = 2 não tem assimptota para x = 0 1
4 x2 = = +∞ 0 tem assimptota vertical bilateral x + 2 0+
Estudo quanto a assimptotas não verticais quando x → + ∞ lim f (x ) = lim
x → +∞
x → +∞
2 − x (∞/∞) = lim x
e
x → +∞
2
e
x
−
x
e
x
= lim
x → +∞
2
e
x
1
–
lim
x → +∞
e
x
=0–
1
+∞
= 0 assimptota y = 0
x
Tendo a certeza que existe assimptota horizontal, nada nos obriga a procurar assimptota oblíqua.
Estudo quanto a assimptotas não verticais quando x → – ∞ m = lim
x → −∞
x2 x2 f (x) x2 = lim = lim = lim =1 2 2 x x → −∞ x ( x + 2) x → −∞ x x → −∞ x + 2 x
b = lim [f ( x ) − mx ] = lim x → −∞
x → −∞
x2 x 2 − x 2 −2 x − 2x − 2x − x = lim = lim = lim = –2 x+2 x+2 x x → −∞ x → −∞ x + 2 x → −∞
Quando quando x → — ∞, o gráfico apresenta a assimptota oblíqua y = x – 2
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO NUM PONTO Na figura, os pontos P, P1 , P2 , P3 , ... pertencem ao gráfico de f e as suas abcissas estão cada vez mais próximas de xo. A posição limite das rectas P0P1, P0P2, …, P0Pi é a recta r tangente ao gráfico de f no ponto P0. P
0
x3
x2
x1
x
h
Designa-se por taxa média de variação no intervalo [x , x0] ao declive da recta que passa por P e P0 TMV[x , x0] =
f (x ) − f (x 0 ) f ( x 0 + h) − f ( x 0 ) ou TMV[x , x0] = h x − x0
Interpretação geométrica de derivada de uma função num ponto Designa-se por taxa de variação instantânea em x0 ou derivada da função f no ponto x0 ao declive da recta tangente ao gráfico da função no ponto P0 e representa-se por f’(x0) = lim
f ( x 0 + h) − f ( x 0 ) h
h →0
Diz-se que f é derivável ou diferenciável no ponto x0 se existe e é finito lim
h →0
f ( x0 + h) − f ( x0 ) h
ou lim
x → x0
f (x ) − f (x 0 ) x − x0
Ao valor desse limite chamas-e derivada de f no ponto x0 e representa-se por df dx x = x 0
f ’(x0), Dfx = x0, ou
358. Seja f(x) = 0,5x2 – x + 1 b) Escreve a equação reduzida da recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 0. m = lim
x →0
f ( x ) − f (0 ) x(0,5 x − 1) 0,5 x 2 − x + 1 − 1 = lim = lim = lim 0,5 x − 1 = –1 x −0 x x x →0 x →0 x →0
b = f(0) = 1
equação da recta y = –x + 1
360. Uma partícula move-se sobre uma recta de acordo com a lei e = 5t2 + 20t sendo e a distância percorrida em metros ao fim de t segundos. b) Calcula a velocidade no instante t = 3. e’(t) = (5t2 + 20t)’ = 10 t + 20 e’(3) = 10 x 3 + 20 = 50 A velocidade no instante 3 é 50 m/s
352. Usa a definição de derivada de uma função num ponto para calcular: b) g’(1) sendo g(x) = e2x g’(1) = lim
h →0
e 2 + 2h − e 2 e 2 ⋅ e 2h − e 2 e 2 (e 2h − 1) g ( x + h ) − g (1) e 2(1+ h ) −g (1) = lim = lim = lim = lim h h h h h h →0 h →0 h →0 h →0 = lim e 2 h →0
c) h’(0) sendo h(x) =
ey −1 (e 2h − 1)2 = e2 lim 2 × = 2e2 y 2h y →0
2x x +1
2x 2x − f (0 ) −0 h( x ) − h(0 ) 2x 2 h’(0) = lim = lim x + 1 = lim x + 1 = lim = lim =2 x +1 x −0 x x →0 x →0 x →0 x →0 x ( x + 1) x →0 x + 1
354. Exprime em função de f ’(a) o limite lim
h →0
lim
h →0
f ( a + 2h ) − f ( a ) f ( x + a ) − f ( a) × 2 = 2 lim 2h x x →0
= 2 lim
x →a
f ( a + 2h ) − f ( a ) h
(mudança de variável x = 2h)
f ( x ) − f (a) = 2 f ’(a) x−a
FUNÇÃO DERIVADA Uma função f diz-se derivável num conjunto C se é derivável em todos os pontos de C (ou seja, tem derivada finita em todos os pontos do conjunto C) A função derivada de f num conjunto C representa-se por f’ e faz corresponder a cada ponto de C a derivada de f nesse ponto. f’ : C → IR x
f’(x)
Algumas regras de derivação já conhecidas função
derivada
f(x) = k
f´(x) = 0
f(x) = x
f´(x) = 1
f(x) = ax
f´(x) = a
f(x) = ax n
f´(x) = nax n – 1
f(x) = g(x) + h(x)
f´(x) = g´(x) + h´(x)
f(x) = g(x) • h(x)
f´(x) = g´(x) • h(x) + h´(x) • g(x)
g(x) f(x) = ––––– h(x)
g´(x) • h(x) – h´(x) • g(x) f´(x) = –––––––––––––––––––– 2 h(x)
a
a
f(x) = ––– x
f´(x) = – ––– 2 x
356. Usa as “regras práticas” de derivação para obter as funções derivadas das funções definidas por: d) r(x) = (2x + 3)2 – 1 r’(x) = [(2x + 3)2 – 1]’ = 2(2x + 3) x (2x + 3)’ = (4x + 6) x 2 = 8x + 12
ou (4x2 + 12x + 9 –1)’ = 8x + 12
e) s(x) =
x 2 +1 x
2 2 2 2 2 2 x 2 +1 ' = ( x +1)' x − x' ( x +1) = 2 x ⋅ x − 1( x +1) = 2 x − x −1 = x −1 = x − 1 s’(x) = 2 2 2 2 2
x
x
x
x
x
x
Derivabilidade e continuidade num ponto Se uma função tem derivada finita num ponto, então é contínua nesse ponto, ou seja:
Se não é contínua num ponto, não é derivável nesse ponto
Se é derivável num ponto tem de ser contínua nesse ponto
Mas pode ser contínua num ponto e não ser derivável nesse ponto
Para a correcta compreensão destas implicações é necessário conhecer o conceito de
Derivada lateral
f´(x0+) = lim
Derivada lateral direita em x0
f (x ) − f (x 0 ) x − x0
x → x0 +
f ( x + h) − f ( x 0 )
= lim
h
h → 0+
Se existir, e for finito, representa o declive da semitangente ao gráfico à direita de x0
Derivada lateral esquerda em x0 f´(x0–) = lim
f (x ) − f (x 0 ) x − x0
x → x0 −
f ( x + h) − f ( x 0 )
= lim h → 0−
h
Se existir, e for finito, representa o declive da semitangente ao gráfico à esquerda de x0
Se existirem e foram iguais as derivadas laterais em x0, então existe f´(x0)
Exemplos de funções não deriváveis num ponto do seu domínio x − 1 f(x) = − 1 − x
− x 2 + 2 g(x) = 1 x+2
se x ≥ 1 se x < 1
se x ≥ −1 se x < −1
y
y t1 f
g 0
–1
x
A função é contínua para x = 1 as derivadas laterais têm o mesmo sinal f não apresenta extremo em 1 f(1) = 0 e lim f ( x ) = lim x →1−
x →1
0
x
t1
t2
t2
A função apresenta um ponto anguloso para x = —1 pelo que g´(–1–) ≠ g´(–1+), logo não é derivável em —1 Como g´(–1–) > 0, g´(–1+) < 0 g tem um máximo em —1.
x − 1 = 0 e lim f ( x ) = lim − 1 − x = 0 x →1+
f é contínua em 1
x →1
f ’(1+) = lim
f ( x ) − f (1) = lim x −1 x →1+
f ’(1–) = lim
f ( x ) − f (1) − 1 − x − f (1) − 1− x 1− x 1 = lim = lim = lim = lim = 2 − − − − (1 − x ) − x −1 x − 1 1 − x (1 − x ) x →1 x →1 x →1 x →1
x →1+
−
x →1
x − 1 − f (1) x −1 = lim = lim x −1 x →1+ x − 1 x →1+
x −1 ( x − 1)
2
= lim
x →1+
1 = x −1
1 0+ 1 0+
= +∞
= +∞
f é contínua em 1, mas as derivadas laterais não têm valor finito f ’(1) = +∞, logo não é derivável em 1
x 2 − 2 x + 3 − x + 5
h(x) = 3 ( x + 1) 2
j(x) =
y
y
se x ≤ 1 se x > 1 t2
t1 t2 f –1
t1
0
j
x 0
−
h( x ) = lim
x → −1
h ’(–1+) = lim
+
x → −1
h ’(–1–) = lim
−
x → −1
3 −
x → −1
( x + 1) 2 = 0 e lim
h( x ) − h( −1) = lim x −1 x → −1+
+
h( x ) = lim
x → −1
3
( x + 1) 2
x −1
x
A função j não é contínua em x = 1 e – + j ´(1 ) ≠ j ´(1 ), logo não é derivável em 1 j não tem máximo, mas tem mínimo em 1
A função h é contínua em x = —1 as derivadas laterais têm sinal contrário h tem um mínimo em —1
h(–1) = 0 e lim
1
= lim
x → −1
3 +
x → −1
3 +
( x + 1) 2 ( x + 1)
3
( x + 1) 2 = 0 h é contínua em —1
= lim
3 +
x → −1
1 = x +1
3 ( x + 1) 2 h( x ) − h( −1) 1 ( x + 1) 2 = lim = lim 3 = lim = 3 − − − x −1 x −1 1− x ( x + 1) x → −1 x → −1 x → −1
1 0+ 1 0−
= +∞
=–∞
h é contínua em —1, mas não existe derivada pois h ’(–1 ) ≠ h ’(–1 ), logo não é derivável em —1 –
+
362. Seja f a função definida por e x −1 se x ≤ 0 f(x) = ln( x + 1) se x > 0 x
Justifica que f não é derivável em 0. Resolução
Verificar se f é contínua em 0: lim f ( x ) = lim e x −1 = 1 – 1 = 0 e
x →0
−
x →0
lim f ( x ) = lim x →0
+
x →0
ln( x + 1) =1 x
Como lim f ( x ) ≠ lim f ( x ) a função não é continua em 0, condição necessária para ser derivável x →0 −
x →0 +
368. Seja f a função definida por x 2 − b ax + 3
se x < 2 se x ≥ 2
f(x) =
Determina a e b de modo que f seja derivável no ponto 2. Para ser derivável é necessário que seja contínua e que as derivadas laterais sejam iguais. lim f ( x ) = lim f ( x ) <=> 22 – b = 2a + 3
x →2 −
x →2 +
f ’(x–) = 2x e f ’(x+) = a f ’(2–) = f ’(2+) <=> 2 x 2 = a <=> a = 4 2
2 – b = 2 x 4 + 3 <=> b = –7
x 2 371. Seja f(x) =
se x ≤ 2
8 x − 8 − x 2
se x > 2
Esboça o gráfico de f e calcula as derivadas laterais no ponto 2. Existe recta tangente ao gráfico de f no ponto de abcissa 2? Resolução
Para existir é necessário que a função seja contínua nesse ponto e que as derivadas laterais sejam iguais. Quanto à continuidade: lim f ( x ) = 4 e lim f ( x ) = 4 e f (2) = 4 , logo a função é contínua em 2
x →2 −
x →2 +
Quanto à derivabilidade: f ’(2+) = lim
x →2 +
− x 2 + 8 x − 12 f ( x ) − f ( 2) 8 x − 8 − x 2 −f (2) − x 2 +8 x − 12 = lim = lim = lim x −2 x−2 x−2 x −2 x →2 + x →2 + x →2 + ( x − 2)( − x + 6) = lim − x + 6 = 4 = lim + x−2 x →2 x →2 +
f ’(2–) = lim
x →2 −
–1
8
–12
–1
–2 6
12 0
α=2
Q(x) = –x +6
f ( x ) − f ( 2) ( x − 2)( x + 2) x 2 −f (2) x 2 −4 = lim = lim = lim = lim x + 2 = 4 x−2 x −2 x →2 − x − 2 x →2 − x − 2 x →2 − x →2 −
f ’(2–) = f ’(2+), logo a função é derivável em 2
Dado que as derivadas laterais são iguais e a função é contínua nesse ponto, existe uma recta tangente ao gráfico no ponto x = 2, que é: m = 4 e f (2) = 4 então (2 , 4) ∈ y = mx + b 4 = 4 x 2 + b <=> b = – 4
A recta de equação y = 4x – 4 é tangente ao gráfico no ponto 2
REGRAS DE DERIVAÇÃO Algumas demonstrações
Derivada de uma função constante f ’(x0) = lim
h →0
f(x) = c => f(x)’ = 0, ∀ x ∈ IR
f ( x 0 +h) − f ( x 0 ) c-c = lim = 0 (f é cte todas as imagens são iguais: f(x0+h) = f(x0) = c ) h h h →0
Como x0 é um ponto qualquer do domínio, então f(x)’ = 0, ∀ x ∈ IR
Derivada de uma função afim f ’(x0) = lim
x → x0
f(x) = ax + b => f(x)’ = a, ∀ x ∈ IR
f (x) − f (x0 ) ax + b − ax 0 − b ax − ax 0 a( x − x 0 ) = lim = lim = lim = lim a = a x − x0 x − x x − x x − x0 x → x0 x → x0 x → x0 x→ x 0 0 0
Derivada da soma
[f(x) (–) + g(x)]’ = f’(x) (–) + g’(x), ∀ x ∈ Df´ ∩ Dg´
Se f e g são deriváveis no ponto a: (f + g )( x ) − (f + g )( a ) f ( x ) + g ( x ) − f ( a) − g (a ) f ( x ) − f (a) + g ( x ) − g (a) = lim = lim x−a x−a x−a x →a x →a x →a
(f+g)’(a) = lim
= lim
x →a
f ( x ) − f (a) g ( x ) − g (a) + lim = f ’(a) + g ’(a) x−a x−a x →a
Derivada do produto [f(x) . g(x)]’ = f’(x) . g(x) + g’(x) . f(x) , ∀ x ∈ Df´ ∩ Dg´ Se f e g são deriváveis no ponto a: (f × g )( x ) − (f × g )(a ) f ( x )g ( x ) − f ( a )g ( a ) = lim [adicionando e subtraindo f(a)g(x)] x − a x−a x →a x →a
(fxg) ’(a) = lim
= lim
x →a
f ( x )g ( x ) − f ( a )g ( x ) + f ( a )g ( x ) − f ( a )g ( a ) x−a
[f ( x ) − f ( a )]g ( x ) + [g ( x ) − g ( a )]f ( a ) x−a x →a
= lim
= lim
x →a
f ( x ) − f (a) g ( x ) − g (a) g ( a ) + lim f (a) x−a x−a x →a
Quando x → a, f(x) = f(a), logo
= f ´( a )g ( a ) + g ( a )´f ( a ) e f’(x) g(x)+ g’(x) f(x)
Em particular, se f é uma função constante, tem-se: f(x) = k , ∀ x ∈ IR, então k’= 0 pelo (kg)’ (x) = k’g(x)
x
kg’(x) = 0 + kg’(x) = kg’(x)
Regras de derivação
Derivadas de potências, produtos e quocientes de funções Escreve uma expressão da função derivada de: 384. a) f(x) = 5x(x – 1)4 f´(x) = 5x´(x – 1)4 + 5x[(x – 1)4]´
(recorrendo à regra da potência)
(un)´= n un—1 u´
f´(x) = 5(x – 1)4 + 5x[4(x – 1)3( x – 1)´] f´(x) = 5(x – 1)4 + 5x[4(x – 1)3 x 1 ] f´(x) = 5(x – 1) (x – 1)3 + 20x(x – 1)3 f´(x) = (5x – 5) (x – 1)3 + 20x(x – 1)3 f´(x) = (5x – 5 + 20x )(x – 1)3 f´(x) = (25x – 5 )(x – 1)3 f´(x) = 5(5x – 1)(x – 1)3
384. c) f(x) = (ex + x – 1)3 f´(x) = 3(ex + x – 1)2 (ex + x – 1)´
(recorrendo à regra da potência)
(un)´= n un—1 u´
f´(x) = 3(ex + x – 1)2 [(ex)´ + x´ + 0]
(recorrendo à regra da exponencial)
(ex)´ = ex
(recorrendo à regra do produto)
(u.v)´=u´v+v ´u
(recorrendo à regra do logaritmo)
(ln x)´ = 1/x
f´(x) = 3(ex + x – 1)2 (ex + 1) f´(x) = 3(ex + 1) (ex + x – 1)2
384. d) f(x) = 5x2 (ln x + x ) f´(x) = (5x2)´ (ln x + x ) + (ln x + x )´ 5x2 f´(x) = 10x (ln x + x ) + [(ln x )´ + x´] 5x2 f´(x) = 10x ln x + 10x2 + (1/x + 1) 5x2 f´(x) = 10x ln x + 10x2 + 5x2 + 5x f´(x) = 15x2 + 5x + 10x ln x
381. Define as funções derivadas das funções definidas por: a) f(x ) = ex( x + 1) 3
x
g(x ) = x e + 1 2
h(x ) = x ln x
b) Determina os zeros de cada uma das funções f´, g´ e h´
a) f´(x ) = [ex( x + 1)]´ = (ex)´ (x + 1) + ( x + 1)´ ex = x ex + ex + ex = ex(x + 2) 3
x
3
x
3
x
3
x
2
x
3 x
2
(u.v)´=u´v+v ´u ; (ex)´ = ex
x
g´(x ) = (x e + 1)´ = (x e )´ = (x )´ e + x (e )´ = 3x e + x e = x e (x + 3) 2
2
2
2
h´(x ) = (x ln x )´ = (x )´ ln x + x (ln x )´ = 2x ln x + x /x = 2x ln x + x = x (ln x + 1)
b) f´(x ) = 0 <=> ex(x + 2) = 0 <=> ex = 0 v (x + 2) = 0 <=> x = –2 2
x
2
(ln x)´ = 1/x
x
(e = 0 impossível em IR)
x
g´(x ) = 0 <=> x e (x + 3) = 0 <=> x e (x + 3) = 0 v (x + 3) = 0 <=> x = 0 v x = –3 –1
h´(x ) = 0 <=> x (ln x + 1) = 0 <=> x = 0 v ln x = –1 <=> x = 0 v x = e <=> x = 0 v x = 1/e
Derivadas de funções irracionais 385. Determina a função derivada de cada uma das funções seguintes e indica o seu domínio: a) f(x ) = 1 + ln x b) g(x ) = 3 e 2 x
(un)´= n.un—1.u´ e (ln x)´ = 1/x
1 1 (1 + ln x )´ = 1 a) f´(x ) = ( 1 + ln x )´= (1 + ln x ) 2 ´ = (1 + ln x )− 2 (1 + ln x )´ =
2 1 + ln x
2
1
/x
2 1 + ln x
1
=
2 x 1 + ln x
Df´ = { x ∈ IR : x ≠ 0 ∧ x > 0 ∧ 1 + ln x ≠ 0 } = { x ∈ IR : x > 0 ∧ ln x ≠ –1 } = IR \{1/e}
b) g´(x ) = ( 3 e 2 x )´ =
(e 2 x )´ 3
3 e 2x
(e 2 x )´
=
=
33 ( e 2 x ) 2
(2 x )´e 2 x
2e 2 x
=
3
3 e 4x
33 ( e 2 x ) 2
=
2e 2 x 3e x
3
ex
=
2e x 3
3 ex
Dg´ = IR
(un)´= n.un—1.u´ ; (eu)´ = u´.eu
ou
1 1 g´(x ) = ( 3 e 2 x )´ = (3 e 2 x )1/ 3 ´ = (e 2 x )1/ 3 −1(e 2 x )´ = (e 2 x ) −2 / 3 (2 x )´e 2 x =
3
3
2e 2 x
( )
33 e 2 x
2
=
2e x 3
3 ex
387. Determina g’ sendo: c) g(x ) =
3
ex 0 × e x − 3(e x )´ − 3e x 3 ´ = = (e x ) 2 (e x ) 2 ex
g´(x ) =
= −
3
ex
3 3 ´ –x –x = 3e − x = 3(–x)´e = – 3 e = − x x e e
ou g´(x ) =
d) g(x ) =
u’v — uv´ (u/v)´= ——————— v2
(eu)´= u’ eu
−4 ln x −4 ln x
g´(x ) =
´ 4 1/ x 4 0 × ln x + 4(ln x )´ = = = 2 2 (ln x ) (ln x ) (ln x ) 2
u’v — uv´ 1 (u/v)´= ——————— e (ln x)´= —— v2 x
Derivadas de funções racionais 388. Escreve a expressão simplificada da função derivada de cada uma das funções seguintes x −1 2x + 1
b) g(x ) =
x − 1 ´ ( x − 1)´(2 x + 1) − ( x − 1)(2 x + 1)´ 2 x + 1 − 2( x − 1) 3 = = = 2 2 2 x + 1 (2 x + 1) (2 x + 1) (2 x + 1) 2
g´(x ) =
u’v — uv´ (u/v)´= ——————— v2
2e t
c) h(x ) =
t2 +1
2 2 t t t 2 t t 2 t 2e t ´ = (2e )´(t + 1) − (2e )(t + 1)´ = 2e (t + 1) − 2t (2e ) = 2e (t + 1) − 4te h´(x ) = 2 2 2 2 2 2 2
t +1
(t + 1)
=
(t + 1)
2e t t 2 + 2e t − 4te t (t 2 + 1) 2
=
2e t (t 2 + 1 − 2t ) (t 2 + 1) 2
=
(t + 1)
2e t (t − 1) 2 (t 2 + 1) 2
2x
g) v(x ) =
1− ln x
2x v´(x ) = 1 − ln x
u’v — uv´ 1 (u/v)´= ——————— ; (ln x)´= —— v2 x
´ (2 x )´(1 − ln x ) − 2 x(1 − ln x )´ = (1 - ln x ) 2
=
2(1 − ln x ) − 2 x(− 1/ x ) (1 - ln x )
2
=
2 − 2 ln x + 2
(1 − ln x )
2
=
4 − 2 ln x
(1 − ln x ) 2
Derivadas de funções exponenciais e logarítmicas ( eu/ln u) 390. Caracteriza a função derivada de: b) y = 2e −t y´ = 2e
2
(eu)´= u’ eu
−t 2 ´
2
= 2(–t )´ e
–t2
= – 4t e
– t2
Dy ´ = IR
c) y = ln (2x3 – x – 1) 3
y´ = [ln (2x – x – 1)]´ =
(2 x 3 − x − 1)´ 2x 3 − x − 1
=
u´ (ln u)´= —— u
6x 2 − 1 2x 3 − x − 1
Importante: Como o domínio da função é { x ∈ IR : 2x3 – x – 1 > 0} e esta só é derivável em pontos de seu domínio, logo, o domínio da função derivada tem, necessariamente, que ser o mesmo ou um subconjunto deste. Daí que 3 Dy ´ = { x ∈ IR : 2x – x – 1 > 0 } = ] 1 , +∞ [
c. a.
2
0
2
2 2
α=1
–1
–1
2 1
1 0
2
P(x) = (2x + 2x + 1)(x –1) 2 2x + 2x + 1 = 0 <=> x=
−2±
4 − 4× 2×1 4
não tem outros zeros
i) y =
x e /2
u’v — uv´ (u/v)´= ——————— ; (eu)´= u’ eu v2
x
e x/2 y´ = x
´ =
(e
x/2
)´x − x´( e
x/2
)
x2
=
x x ( x / 2)´( e / 2 )x − e / 2
x2
=
x x x 2 e / 2 − 2e / 2
2x 2
=
x e / 2 ( x 2 − 2)
2x 2
Dy ´ = { x ∈ IR : x ≠ 0 } = IR \{0}
u´ u’v — uv´ (ln u)´= —— ; (u/v)´= ——————— u v2
2−x x +1
l) y = ln
2 − x ´ 2 − x ´ x + 1 (2 − x )´( x + 1) − ( x + 1)´(2 − x ) = (2 − x )´( x + 1) − ( x + 1)´(2 − x ) = y´ = ln = 2 − x 2−x 2−x x +1 ( x + 1) 2 ( x + 1) 2 x +1 x +1 x +1
=
−1( x + 1) − 1(2 − x ) −x − 1 − 2 + x −3 3 = = = (2 − x )( x + 1) (2 − x )( x + 1) (2 − x )( x + 1) ( x − 2)( x + 1)
Dy ´ = { x ∈ IR :
2− x x +1
x 2 –x x+1 Q
> 0 ∧ x – 2 ≠ 0 ∧ x + 1 ≠ 0 } = ] –1, 2 [
–∞ –1 + + – 0 – ss
2
+ + +
0 + 0
+∞ – + –
Derivadas de funções exponenciais ( au ) 393. Calcula as funções derivadas de: 2
b) f(x ) = ( x + 1) 3x c) f(x ) =
2x + 1 2 x +1
2 2 2 b) f´(x ) = [( x + 1) 3x ]´ = ( x + 1)´ 3x + (3x )´( x + 1) x2
2
x2
x2
(u.v)´=u´v+v ´u ; (au)´=u´ au ln a
x2
x2
= 3 + (x )´ 3 ln 3 ( x + 1) = 3 + 2x 3 ln 3 ( x + 1)= 3 [ 1 + 2x ln 3 ( x + 1)]
2 x + 1 (2 x + 1)´(2 x +1 ) − (2 x +1 )´(2 x + 1) c) f´(x ) = x +1 ´ = (2 x +1 )2 2
=
=
( x )´ 2 x ln 2( 2 x
+1
u’v — uv´ (u/v)´= ——————— ; (au)´=u´ au ln a v2
) − ( x + 1) ´ ( 2 x + 1 ) ln 2( 2 x + 1) ( 2 x +1 ) 2
2 x (2 x +1 ) ln 2 − 2 x (2 x +1 ) ln 2 − (2 x +1 ) ln 2
(2
x +1 2
)
=
=
2 x ln 2(2 x
− (2 x +1 ) ln 2
(2
x +1 2
)
+1
) − (2 x +1 ) ln 2(2 x + 1) (2 x +1 ) 2
=
− ln 2 2 x +1
Derivadas de funções logarítmicas ( lna u) 394. Determina o domínio e a função derivada da função de variável real definida por: b) log3 t 2 + 1 log t 2 + 1 ´ 3
= =
(
t 2 + 1)´
(t 2 + 1)´
=
t 2 + 1 ln 3
2 t2 +1
2t 2 t 2 + 1 ⋅ t 2 + 1 ln 3
=
u’ (loga u)´= ——————— ; (un)´= n.un—1.u´ u ln a
1
×
t 2 + 1 ln 3 t t 2 + 1)2 ln 3
(
=
t (t + 1) ln 3 2
=
Df ´ = { x ∈ IR : t + 1 > 0 } = { x ∈ IR : t > –1 } = IR 2
d) log 2
2
x +1 x −1
x + 1 ´ log 2 x − 1
x + 1 ´ x − 1 x + 1 ln 2 x − 1
=
=
= Df ´ = { x ∈ IR :
g) g(x) = ln 1 x
g(x) = ln
´ x + 1 =
x − 1
1 x + 1 ln 2 x − 1
( x + 1)´( x − 1) − ( x + 1)( x − 1)´ ( x − 1) x − 1− x − 1 ( x − 1)
x +1 x −1
2
×
2
( x − 1)
(x + 1) ln 2
=
×
( x − 1) ( x − 1) − ( x + 1) ( x − 1) = × 2 (x + 1)ln 2 (x + 1) ln 2 ( x − 1) −2( x − 1)
( x − 1) (x + 1) ln 2
> 0 ∧ x2 – 1 ≠ 0 } = IR \[–1, 1]
2
=
−2 −2 = 2 ( x − 1)(x + 1) ln 2 ( x − 1) ln 2 x x+1 x–1 Q
–∞ –1 – 0 – – + 0
+ – –
1 +∞ + + 0 + ss +
u’ (ln u)´= ——— ; (un)´= n.un—1.u´ u
1 x
x −3 / 2 x −1 / 2 ´ − x −3 / 2 x 1/ 2 1 ln(x )−1/ 2 ´ = 2 = = − = − = − 3 / 2 −1/ 2 −1/ 2 −1/ 2 2 x 2x x x 2x
1 1/ 2 = ln(x )− / 2
Dg´ = { x ∈ IR : 1/x > 0 } = IR
u’ u’v — uv´ (loga u)´= ——————— ; (u/v)´= ———————v2 u ln a
+
SEGUNDA DERIVADA Seja f uma função real de variável real e f’ a sua função derivada no ponto a. Se f’ admite derivada no ponto a, diz-se que f é duas vezes derivável no ponto a. f' (a + h) − f' (a )
f’’(a) = lim
h →0
ou f’’(a) = lim
x →a
h
f' ( x ) − f' (a) x −a
Função segunda derivada (ou função derivada de ordem 2) de uma função f é uma nova função: Cujo
domínio é o conjunto de todos os pontos em que f´ tem derivada;
Que a
cada ponto do seu domínio faz corresponder a derivada da função f´ nesse ponto.
399. Define a 2ª derivada de: a) f(x) = (2x – 1)3 b) g(x) =
1 x
c) h(x) =
x ln x
a) f´(x) = [(2x – 1)3]´ = 3(2x – 1)2 (2x – 1)´ = 3(2x – 1)2 x 2 = 6(2x – 1)2 f´´(x) = [6(2x – 1)2]´ = 0 x (2x – 1)2 + 6[(2x – 1)2]´ = 6[2(2x – 1)] (2x – 1)´ = 24(2x – 1) = 48x – 24
1 1 b) g´(x) = ´ = − 2 x
x
1 2x 2 0 × ( x 2 ) − ( x 2 )´(−1) g´´(x) = − 2 ´ = = 4 = 3 2 2
x
(x )
x ´ x´ln x − (ln x )´ x = c) h´(x) = = (ln x ) 2 ln x
x
x
1 x x = ln x − 1 (ln x ) 2 (ln x ) 2
ln x −
1 (ln x ) 2 − (ln x − 1) × 2(ln x )(ln x )´ ln x − 1 ´ (ln x − 1)´(ln x ) 2 − (ln x − 1)[(ln x ) 2 ]´ x h´´(x) = = = 2 (ln x ) 4 (ln x ) 4 (ln x )
=
1 1 (lnx ) 2 − (lnx )(2 ln x − 2) x x (ln x )
4
=
1 (ln x )(ln x − 2 ln x + 2) x (ln x )
4
=
2 − ln x x(ln x ) 3
400. Define a 1ª a 2ª derivada de: b) f(x) = x log2 x c) f(x) = e2x . ln x d) f(x) = (ln 2x )2 − 2 x 2 + 4 x se x ≤ 0 e) f(x) = 2
se x > 0
x
b) f´(x) = (x log2 x )´ = x´ log2 x + x (log2 x)´ = log2 x + x
f´´(x) = log 2 x +
1 x´ = log 2 x + ln 2 x ln 2
1 ´ 1 = (log2 x)´ + 0 = ln 2 ln 2
2x c) f´(x) = (e2x . ln x )´ = (e2x )´ ln x + e2x (ln x )´ = (2x)´e2x ln x + e /x = e2x (2 ln x + 1/x )
f´´(x) = [e2x (2 ln x + 1/x )]´ = (e2x )´( 2 ln x + 1/x ) + e2x (2 ln x + 1/x )´ 2x
2x
= 2e (2 ln x + 1/x ) + e
(2/x – 1/x 2) = e2x (4 ln x + 2/x + 2/x – 1/x 2) = e2x (4 ln x + 4/x – 1/x 2)
d) f´(x) = [(ln 2x )2 ]´ = 2 ln 2x (ln 2x)´ = 2 ln 2x 2 ln 2 x ´ (2 ln 2 x )´x − 2 ln 2 x f´´(x) = = = x2 x
− 4 x + 4 se x < 0 se x > 0 2x
e) f´(x) =
− 4 2
f´´(x) =
se x < 0 se x > 0
2
(2 x )´ 4 ln 2 x 2 ln 2 x = = 2x 2x x (2 x )´ 4 x − 2 ln 2 x x − 2 ln 2 x 2 − 2 ln 2 x 2x 2 x = = 2 2 x x x2
note-se que f(x) não é derivável para x = 0 dado que f´(0)– ≠ f´(0)+
INTERPRETAÇÃO DAS DERIVADAS y
m=0
m>0
x1
m<0
0
x2
x3 x4
x5
x6
x7
x
Seja f uma função contínua em [a , b] e derivável em ] a , b [
Se f’ (x) > 0 , ∀ x ∈ ]a , b[, então f é estritamente crescente em [a , b] ex: x2 > x1 => f(x2) > f(x1)
x6 > x5 => f(x6) > f(x5)
Se f’ (x) < 0 , ∀ x ∈ ]a , b[, então f é estritamente decrescente em [a , b] ex: x3 < x2 => f(x3) < f(x2)
x5 < x4 => f(x5) < f(x4)
Se f’ (x) ≥ 0 , ∀ x ∈ ]a , b[, então, em [a , b], f é crescente em sentido lato
Se f’ (x) ≤ 0 , ∀ x ∈ ]a , b[, então, em [a , b], f é decrescente em sentido lato ex: x3 ≤ x2 => f(x3) ≤ f(x2)
Se f é uma função contínua em [a , b] e tem um máximo ou um mínimo em c do intervalo ]a , b[ , então f’(c) = 0 ou f’(c) não existe
Um elemento c do domínio de f é um ponto crítico de f se f’(c) = 0 ou f’(c) não existe Se
f’ muda de positiva para negativa em c, então f(c) é um máximo relativo de f
Se
f’ muda de negativa para positiva em c, então f(c) é um minimo relativo de f
Em resumo: Num intervalo aberto ]a , b[ os extremos relativos de uma função só podem surgir:
Quando a derivada se anula desde que haja mudança do sinal da derivada; ex: f(x2)
Nos pontos onde não há derivada desde que as derivadas laterais tenham sinais contrários ou uma delas seja nula. ex: f(x5) e f(x4)
Num intervalo fechado [a , b] os extremos relativos de uma função são:
os que existem em ]a , b[;
f(a) e f(b) se f decresce ou cresce à direita de a e à esquerda de b. ex: f(x5) e f(x7)
INTERPRETAÇÃO FÍSICA DE DERIVADA VELOCIDADE e ACELERAÇÃO Seja a equação de um movimento uniforme (v = cte) que permite determinar o espaço (e) percorrido em função do tempo (t) dada por: e = vt Por exemplo: e = 4t
ou
f(t) = vt
e´ = 4 ou seja, v = 4
o valor da 1ª derivada é a velocidade
e´´ = 0 ou seja, a = 0
o valor da 2ª derivada é a aceleração
Num movimento uniformemente acelerado Por exemplo: e = —t2 + 4t
e´ = —2t + 4 e´´ = —2
e 4 3 2 1
a velocidade varia em função do tempo a aceleração é cte
v 4 3 2 1
0
1 2 3 4
0 -1 -2 -3 -4
t
a 4 3 2 1 1 2 3 4
t
0 -1 -2
1 2 3 4
t
INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DE DERIVADA MONOTONIA e CONCAVIDADE y
y m=0
f´´
f m=0
0
a
y
b
f´ +
+ x
0
PI
a –
b
+ x
0 –
c
x
m=0
Monotonia x a b f´ + 0 – 0 + max min f
Concavidade x c f´´ – 0 + f ∩ PI ∪
Em resumo: Se
a 1ª derivada é nula e passa de positiva a negativa ou vice-versa, a função tem um máximo ou um mínimo (absoluto ou relativo)
Se
a 2ª derivada é nula e passa de positiva a negativa ou vice-versa, o gráfico da função muda o tipo de concavidade, apresentando um Ponto de Inflexão
403. Indica os extremos relativos da função representada graficamente. Indica se são máximos ou mínimos e se existe derivada nesses pontos. é um mínimo absoluto, existe f’(–3) pois a função é derivável nesse ponto.
f(–3)
é um máximo relativo, mas não existe f’(–2) pois as derivadas laterais têm valores distintos: à esquerda é positiva e à direita é negativa.
f(–2)
é um máximo relativo, pois na vizinhança de 1 não existe nenhuma imagem maior que f(1). Não existe f’(1) pois não existem derivadas (finitas) à esquerda e à direita de 1. f(1)
não é mínimo, dado que existem na vizinhança de 2 pontos com imagens inferiores à de 2.
f(2)
406. Determina os valores de m e n de forma que tenha um extremo relativo no ponto (2, 4).
3
f(x) = x + mx + n
2
f´(x) = 3x + m
Para ter um extremo relativo em x = 2 é necessário que f´(2) exista e que f´(2) = 0, logo: 2
f´(2) = 0 <=> 3 x 2 + m = 0 <=> m = –12 3
f(2) = 4 <=> 2 – 12 x 2 + n = 4 <=> n = 4 – 8 + 24 <=> n = 20
407. Determina os extremos relativos de h(x) = 2x (x – 1)4 em IR. A função é contínua em IR, pelo que os pontos críticos verificam-se onde h´(x) = 0 h´(x) = [2x (x – 1)
4
]´ = 2 (x – 1)4 + 2x[4(x – 1)3] 4
= 2 (x – 1) + 8x (x – 1)
3
3
= 2(x – 1) (x – 1 + 4x) 3
= 2(x – 1) (5x – 1) 3
h´(x) = 0 <=> 2(x – 1) = 0 v 5x – 1 = 0 <=> x = 1 v x = 1/5 h´(x) > 0 ∀ x ∈ ]–∞ , 1/5 [ ∪ ]1 , + ∞ [ h´(x) < 0 ∀ x ∈ ]1/5 , 1[
Por observação do quadro do sinal da derivada conclui-se em que intervalos h´ é positiva ou negativa, aos quais correspondem os intervalos de monotonia de h. Portanto, h(1/5) é máximo e h(1) é mínimo
Monotonia x –∞ 3
(x – 1) 5x – 1 h´ h
– – +
1/5 – 0 0 max
1
+∞
– 0 + + – 0 min
+ + +
409. Identifica os extremos relativos e intervalos de monotonia de uma função f sabendo que: b) f´(x) = (x – 2)2(x + 1) f´ é contínua em IR , pelo que também f é contínua em IR
Os zeros da derivada identificam os pontos críticos de f f´(x) = 0 <=> (x – 2)2(x + 1) = 0 <=> (x – 2)2 = 0 v x + 1 = 0 <=> x = 2 v x = –1
O quadro de variação do sinal de f’ permite estudar a monotonia de f e identificar extremos: 1. onde f´ < 0, f é decrescente
]—∞ , –1]
2. onde f´ > 0, f é crescente
[–1, +∞ [
Monotonia x –∞ 2 (x – 2) + x+1 – f´ – f
–1
2
+ 0 0 min
+ + +
0 + 0
+∞ + + +
3. onde f´ = 0 mudando de sinal, f tem um extremo — mínimo absoluto para x = –1 4. onde f´ = 0 mas não muda de sinal, f não tem extremo
c) f´(x) = x . ln x f´ tem por domínio IR+ e é contínua no seu domínio, pelo que também f é contínua em IR+ Monotonia 0+ x
f´(x) = 0 <=> x . ln x = 0 <=> x = 0 v ln x = 0 <=> x = 0 v x = 1
Conclusões:
x ln x f´ f
f é decrescente para x ∈ ]0 , 1] • f é crescente para x ∈ [1 , +∞[ • f tem um mínimo absoluto para x = 1 •
+∞ + + +
1
+ – –
+ 0 0 min
d) f´(x) = ex – x2 ex f´ é contínua em IR , por ser a diferença de funções contínuas, logo f é contínua em IR f´(x) = ex – x2 ex <=> f´(x) = ex ( 1 – x2 ) f´(x) = 0 <=> ex ( 1 – x2 ) = 0 <=> 1 – x2 = 0 <=> x2 = 1 <=> x = –1 v x = 1
Conclusões: f é decrescente para x ∈ ]– ∞, –1] U [1 , +∞[ • f é crescente para x ∈ [–1 , 1] • f(–1) é mínimo relativo e f(1) é máximo relativo •
x x
e
2
1–x f´ f
–∞ +
–1 +
+
+
– –
0 0
+ +
0 0
min
1
max
+∞ + – –
411. Dois medicamentos foram injectados a dois doentes. A concentração de um dos medicamentos, em mg por ml de sangue, t horas depois de ser administrado é dado por: C1(t) = 2te–0,3t
Para o outro medicamento, a concentração em decigramas por litro de sangue, t horas depois de ser administrado é dada por: C2(t) = t2e–0,6t
Mostra, por via analítica, que o tempo necessário para se obter a concentração máxima é igual para os dois medicamentos. Em qual deles a concentração máxima é superior? Resolução
Basta traçar o gráfico de cada uma das funções e determinar os seus máximos para ver que são obtidos para o mesmo valor de t. Porém é exigido o estudo analítico. Assim: C1´(t) = (2te
–0,3t
)´ = (2t)´ e
C1´(t) = 0 <=> 2e <=> e
–0,3t
–0,3t
–0,3t
– 0,6t e
+ 2t (e
–0,3t
–0,3t
)´ = 2e
= 0 <=> e
–0,3t
–0,3t
– 0,6t e
–0,3t
( 2 – 0,6t) = 0
= 0 v 2 – 0,6t = 0 <=> t = 10/3 t
2 –0,6t
C2´(t) = (t e
2
)´ = (t )´ e –0,6t
2
C2´(t) = 0 <=> 2te
–0,6t
<=> t e
–0,6t
2
+ t (e –0,6t
– 0,6t e
–0,6t
)´ = 2te
–0,6t
–0,6t
= 0 <=> te
2
– 0,6t e
–0,6t
–0,6t
te
2 – 0,6t
( 2 – 0,6t) = 0
= 0 v 2 – 0,6t = 0 <=> t = 0 v t = 10/3
C´2 C2
10/3 +∞
0 0
+
+
+
+ 0
+ +
0 0
– –
min
max
Neste contexto, o domínio de cada uma das funções é IR+. Como e–0,3t > 0 e t e–0,6t ≥ 0 , + ∀ t ∈IR , a derivada tem o sinal de 2 – 0,6t, ou seja, é positiva à esquerda e negativa à direita de t = 10/3, indicando que ambas as funções atingem o máximo para t = 3: 20 h C1(10/3) = 20/3e
–1
= 20/3e ≈ 2,45 mg/ml
2 –2
C2(10/3) = (10/3) e
= 100/9e ≈ 1,5 mg/ml logo C1 > C2
415. A distância percorrida por um para-quedista t segundos depois de ter aberto o pára-quedas é dada em metros, aproximadamente, por: d(t) = 25 + 6t – 25e –1,7t
Determina a aceleração na queda, 3 segundos depois de se abrir o pára-quedas (arredondada às centésima) do metro.
Resolução
A aceleração é obtida fazendo o estudo da 2ª derivada, assim: d´(t) = (25 + 6t – 25e d´´(t) = (6 + 42,5e d´´(3) = –72,25 e
–1,7t
–1,7t
)´ = 6 – 25(–1,7t)´e
)´ = 42,5(–1,7t)´e
–1,7 x 3
–1,7t
–1,7t
= 6 + 42,5e
= –72,25 e
–1,7t
–1,7t
≈ – 0,4404
A aceleração é, aproximadamente, –0,44 m/s2 (ouseja, trata-se de desaceleração)
417. Considera a representação gráfica da função f e resolve as condições:
y
a) f’(x) ≥ 0 b) f(x) . f’’(x) ≤ 0
0
a) Elaborando o quadro de variação da monotonia da função determin-se o sinal da 1ª derivada por intervalos.
x f f’
Conclui-se que f’ (x) ≥ 0 <=> x ∈ ] –∞ , 0] U [2, +∞ [
b) Elaborando um quadro de variação do sinal, quer da função quer da 2ª derivada, conclui-se que f(x) . f’’(x) ≤ 0 <=> x ∈ [ –2 , 3]
Embora não esteja explicito no enunciado, considerou-se que f tem um ponto de inflexão para x = 1. O sinal de f’’ em cada intervalo está associado à concavidade que f apresenta nos mesmos intervalos.
x f f f’’ . f f’’
–∞ –
+
–∞ +
0
0 ∩ – 0
2 –
máx 0
–2
x
min 0
1 +
–
3
0 PI 0 0
–
0 ∪ + 0
–
+∞ +
+∞ +
+
420. a) A recta representada é o gráfico da 2ª derivada f´´ de uma função contínua e derivável em IR. Justifica que f tem um gráfico com um só ponto de inflexão e que f não pode ter mais do que 1 máximo e 1 mínimo relativos.
y
0
|
|
1
2
x
Resolução A função f tem um único ponto de inflexão para x = 2 (onde f’’ = 0 e muda de sinal). f’ é crescente à esquerda e decrescente à direita de 2, logo tem no máximo um zero à esquerda e outro à direita deste ponto. Assim, se f’= 0 no intervalo ]— ∞, 2[, f tem um mínimo nesse intervalo, pois f’ passa de negativa a positiva. Se f’= 0 no intervalo ]2 , ∞ [, f tem um máximo nesse intervalo, pois f’ passa de positiva a negativa. Portanto, f pode ter um extremo à esquerda e outro à direita de x = 2.
x f´´ f´ f x f´ f
–∞ + ∪
–∞ ? – 0 min
2 +∞ 0 – max PI ∩ 2 ? +∞ + 0 – max
421. Seja f derivável em [a, b] e xo um ponto de ] a, b [ a) Se a função tem um máximo em xo, que podemos dizer de f´´(xo)? b) Se f´´(xo) > 0 e f´(xo) = 0 que conclusão tiras para a função f ? c) Se f´´ é sempre negativa em ] a, b [, f tem de ter um máximo ] a, b [? Justifica Respostas:
a) Apenas se pode afirmar que f´´(xo) < 0, pois a concavidade do gráfico da função é negativa no intervalo em que xo é máximo.
y
0
b) Se f´(xo) = 0 a função f pode ter aí um extremo. Como f´´(xo) > 0 a concavidade do gráfico da função é positiva, permitindo concluir que o gráfico da função tem um mínimo em xo c) Não. Só tem que ter um máximo se for verdade que ∃ xo ∈ ] a, b [ : f´(xo) = 0. Ou seja, se no intervalo ] a, b[ existir um ponto com 1ª derivada nula e sendo a concavidade negativa (f´´ < 0), então a monotonia passa de positiva a negativa e o gráfico da função apresenta um máximo nesse ponto.
x
y f’=0 x
0
y y 0 0
x
x
422. Este é o gráfico da função f´(t ), derivada de f(t ), no intervalo [0, a] a) Justifica que f é contínua e que tem dois extremos relativos em ]0, a[ b) Prova que f´´(t ) se anula num ponto deste intervalo, passando de positiva a negativa e, portanto, o gráfico de f tem um ponto de inflexão.
y f´
0
a t
a) Se f´ é contínua e derivável em [0, a] então, f também é contínua no mesmo intervalo.
x f´ f f
Como f´ tem dois zeros no intervalo ]0, a[, é contínua nesse intervalo e muda de sinal, então ∃ x1, x2 ∈ ] 0, b [ : f´(x1) = f´(x2) = 0 pelo que f tem dois extremos relativos
0 –
a x1 x2 0 + 0 – min max ∪ PI ∩
b) No ponto em que f´(t ) apresenta um máximo, f´’(t ) será necessariamente nula. Como f´ é contínua no intervalo, o gráfico de f tem um mínimo em x1 e um máximo em x2, pelo que, algures no intervalo ]x1 , x2[, tem que apresentar um ponto de inflexão.
423. Estuda as concavidades do gráfico de f, sendo: 2
a) f (x) = x ex
b) f’(t ) = (t – 3) et 2
2
2
2
2
2
a) f´(x) = (x ex )´ = x´ ex + x (ex )´ = ex + 2x2 ex = ex ( 2x2 + 1) x2
x2
2
x2
2
2
x2
x2
2
f´´(x) = [e ( 2x + 1)]´ = ( e )´ ( 2x + 1) + e ( 2x + 1)´ = 2x e ( 2x + 1) + 4x e
2
= 2x ex (2x2 + 3)
Analisando a expressão de f´´ conclui-se que: 2
ex > 0 pois é uma função par com mímino = 1 2
2x + 3 >
0 por razões idênticas e óbvias
Portanto, f´´ tem o sinal de 2x e o gráfico de f apresenta as concavidades mostradas no quadro
x f´´ f
–∞ – ∩
0 0 PI
+∞ + ∪
x f´´ f
–∞ – ∩
1 0 PI
+∞ + ∪
b) f’(t ) = [(t – 3) et ]´ = (t – 3)´ et + (t – 3)( et )´ = et + et (t – 3) = et (t – 2) t
t
t
t
f´´(t ) = [e (t – 2)]´ = e (t – 2) + e = e (t – 1) t
f´´(t ) = 0 <=> e (t – 1) = 0 <=> t = 1
(dado que et > 0 ∀ t ∈IR:)
Sendo et sempre positiva f´´ tem o sinal de t – 1 Portanto, o gráfico da função apresenta as concavidades resumidas no quadro
SÍNTESE SOBRE O ESTUDO DE FUNÇÕES Nesta altura, deves estar em condições de fazer o estudo de uma função, analisando os itens abaixo indicados, e interpretar um fenómeno por ela traduzido, nomeadamente sobre a determinação de valores óptimos (máximos ou mínimos) para um determinado objectivo. No estudo de uma função deves começar por identificar se a função pertence a alguma das famílias estudadas (quadráticas, exponenciais,…) e obter uma representação gráfica recorrendo à calculadora ou ao computador. Em seguida, deves abordar os seguintes itens:
Domínio — Pode ser dado na caracterização da função, pode ser determinado pelas condições do problema ou pode ser o domínio de existência da expressão analíti:a da função.
Continuidade e paridade — Dentro de domínio é preciso procurar se há pontos de descontinuidade. E útil saber se a função é par eu ímpar pois, em caso afirmativo, simplifica o estudo de muitas características.
Assimptotas — Imprescindíveis para a compreensão da função, devem ser determinadas e caracterizadas pelas suas equações.
Limites — Há que calcular os limites latlerais em pontos de descontinuidade, de mudança de definição da função e em pontos que não pertencem ao domínio mas são pontos de acumulação.
Pontos notáveis — Devem determinar-se as coordenadas dos pontos de intersecção do gráfico com os eixos, pontos de descontinuidade, etc.
1.ª derivada — O sinal e os zeros da 1.ª derivada indicam-nos os intervalos de monotonia e as abcissas dos possíveis extremos relativos. A derivada «explica» a variação da função. Não esqueças que pode haver outros máximos ou mínimos em pontos onde não há derivada ou nas fronteiras do domínio.
2.ª derivada — O sinal e os zeros da segunda derivada indicam o sentido da concavidade do gráfico e possíveis pontos de inflexão. Estes podem identificar onde o crescimento (decrescimento) foi máximo ou mínimo.
Gráfico e contradomínio — O estudo analítico feito permite esboçar uma representação gráfica da função que considere todas as características obtidas. A representação gráfica permite, por sua vez, a leitura do contradomínio. A imagem geométrica da função é a forma mais sugestiva e eficaz de apresentar globalmente o comportamento de uma função.