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Sindag Cobra BR Distribuidora por Problemas na Gasolina de Aviação
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
Depois de uma reunião com representantes da Diretoria de Comercialização e Logística da Petrobras e das Gerências de Relacionamento com o Poder Público e com o Público Externo da estatal, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães Silva, recebeu a promessa de que a BR Distribuidora deve enviaria, a partir de 8 de fevereiro, um novo lote de gasolina de aviação (avgas) para os Estados. Assim, as distribuidoras locais poderiam, na mesma semana, começar a substituir os lotes de baixa qualidade do combustível comercializados a partir do final de janeiro.
A reunião, via web, ocorreu no dia 4 de fevereiro, intermediada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP/RS), e foi o último capítulo em mais um problema com combustível de aviação registrado no País. No dia 2 de fevereiro, a BR Distribuidora havia divulgado uma nota informando ter detectado problemas em lotes de combustível, que estaria abaixo de padrões técnicos. A empresa, subsidiária da Petrobras, disse que havia suspendido a comercialização, estava providenciando o recolhimento do produto comercializado e pedida que ele não fosse usado. Sem mais informações sobre prazos, como isso ia ser feito e outros dados.
O que fez o sindicato aeroagrícola pressionar por maior clareza, já que o fato corria o risco de paralisar parte do setor em pleno auge dos trabalhos de safra no Brasil. O problema afetou também parte do setor de táxi aéreo, aviação de instrução, de lazer e outros segmentos que utilizam avgas.
ATENÇÃO
Apesar da solução encaminhada, para Magalhães restou a interrogação de como um lote de gasolina fora de padrão foi parar no mercado. Ainda mais sendo essa a segunda vez em menos de um ano que isso ocorria – em junho de 2020, outro lote de avgas com problemas havia causado prejuízos a alguns proprietários de aviões pelo País.
“Se na aviação não há margens para erros, menos ainda na agrícola, onde se voa a baixa altura e desviando de obstáculos. Ou seja, qualquer falha por combustível ruim é fator inadmissível”, comentou o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, que também participou do encontro. Os dirigentes explicaram que a entidade segue atenta à questão.
O Brasil tem a segunda maior frota aeroagrícola do mundo, com cerca de 2,3 mil aeronaves. Seus aviões e helicópteros se dividem entre três tipos de combustíveis: além da avgas (utilizado por mais de 1/3 da frota), o querosene de aviação (QAV) e etanol.