A Massa Dezembro 2016

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Dezembro - 2016 Fotos: Paulo Rogério “Neguita”

MAIS DE CINCO MIL TRABALHADORES PARTICIPARAM DA TRADICIONAL FESTA DE NATAL DA FAMÍLIA PADEIROS

Muita alegria e descontração nos shows da FEsta de Natal da Família Padeiros

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nosso Sindicato, mais uma vez, acertou na realização da Festa de Natal da Família Padeiros. Alegria, descontração, shows e muitas brincadeiras para as nossas crianças marcaram o dia de confraternização da nossa categoria. Os shows de MC Gui, Banda

Magníficos, Alexandre e Adriano, Tonyan do Forró levaram a galera à loucura, com suas músicas e ritmos típicos do nosso país. Foram mais de seis horas de show, onde os trabalhadores e suas famílias não pararam de se divertir. MC Gui, a exemplo do ano passado, fez a alegria das crianças e

dos adolescentes que não pararam de dançar e cantar suas músicas. A emoção que o cantor transmitiu a esse público especial contagiou até os adultos, em especial os pais que se divertiram com seus filhos durante a apresentação do cantor. Para a garotada, além dos brinquedos instalados no local da

Festa, da presença do Papai Noel, das brincadeiras com os mágicos, palhaços e oficina de pinturas, a felicidade completa foi o momento da distribuição dos brinquedos. “É uma alegria e uma emoção muito grande ver a felicidade estampada nas faces dos nossos filhos quando são ofertados com

os brinquedos e participando de todas as atividades que nossa Festa lhes proporciona. Realmente, esse momento é muito especial para todos nós.” Diz Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato. Leia e veja as fotos dos melhores momentos da nossa Festa nas páginas 4 e 5 dessa edição

Muita luta, mobilização e importantes conquistas marcaram a nossa campanha salarial deste ano!

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Campanha Salarial da nossa categoria tanto no ABC como em São Paulo, não foi nada fácil esse ano de 2016. Os patrões, utilizando o argumento da crise econômica do país, insistiam em apresentar propostas de reajustes muito abaixo da inflação do período, além de tentar suprimir todos os itens econômicos e sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, como foi o caso do sindicato patronal de São Paulo. Porém, o nosso Sindicato foi firme e enfrentou os patrões apresentando sólidos argumentos e mobilizou os trabalhadores que foram à luta em defesa dos direitos. Foram quase três meses de muitas assembleias, reuniões, paralisações em padarias, estado de greve geral da categoria e Dezembro - 2016

uma presença massiva dos trabalhadores nas reuniões de negociação com os dois sindicatos patronais.

Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, deixou claro para os representantes dos empresários que os trabalhadores

não têm mais condições de perder nenhum direito. São anos de profunda crise e, até agora, os governos e os patrões só tiraram das costas dos trabalhadores as soluções para tão grave problema. “A situação do país é grave. Todos os brasileiros têm consciência disso. Porém, até agora, os governos e os patrões só têm tomado medidas que afetam diretamente os direitos dos trabalhadores e a sociedade. Nós não vamos aceitar pagar essa conta mais uma vez.” Afirmou Chiquinho, em reunião de negociação com o patronal em São Paulo. Leia mais detalhes e sobre nossas principais conquistas no ABC e em São Paulo, na página 3 desse Jornal. 1


Editorial

Artigo publicado no Jornal Metrô News/SP

ENCARGOS SOCIAIS, EMPREGO E RENDA: UMA ANTIGA POLÊMICA BRASILEIRA Décadas após décadas, os brasileiros sofrem as consequências de uma antiga polêmica sobre os encargos sociais, que se constituem em importante divisor de águas quando se discutem alternativas de políticas de emprego e renda. ausência de políticas setoriais consistentes e o ambiente de incerteza econômica do País. Para esses setores e estudiosos do mundo do trabalho, os encargos sociais representam pouco mais de ¼ da remuneração total recebida pelo trabalhador. Eles argumentam que uma grande parcela do que se costuma chamar Chiquinho Pereira, de encargo social é, presidente do Sindicato e Secretário de Organização e Políticas Sindicais da União Geral dos Trabalhadores - UGT na verdade, parte integrante da própria Inúmeros setores econômi- remuneração do trabalhador. cos do País, assim como o Já o empresariado considera os movimento sindical, consideram encargos sociais que as empresas que existem fatores inibidores do brasileiras pagam sobre os salários crescimento do emprego muito um custo altíssimo, o que dificulta a mais importantes que o peso dos sobrevivência das empresas e, porencargos sociais e que se encontram tanto, a manutenção ou ampliação em outra esfera, relacionada às dos postos de trabalho. Para eles, o condições macroeconômicas que di- Brasil tem uma elevada incidência ficultam o investimento e a demanda de encargos trabalhistas sobre a fointerna: são as altas taxas de juros, lha de pagamento e um empregado arrocho monetário, arrocho fiscal, custa duas vezes o valor do salário.

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Na opinião desses empresários e de alguns setores econômicos, essa situação inibe o aumento do emprego formal (registro em carteira), o que contribui para o surgimento do chamado emprego informal (sem carteira de trabalho assinada), para o aumento do desemprego, além de colocar as empresas brasileiras em condições desfavoráveis de competir no mercado internacional. Porém, na interpretação adotada pelo DIEESE e por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), o peso dos encargos sociais é de 25,1% sobre a remuneração total do trabalhador, pois consideram que salário é a remuneração total recebida integral e diretamente pelo trabalhador como pagamento pelo seu serviço prestado ao empregador. Essa interpretação considera que o salário está subdividido em três partes: salário contratual recebido mensalmente, inclusive nas férias; salário diferido (ou adiado), recebido uma vez a cada ano (13º

salário e 1/3 de férias); e salário recebido eventualmente (FGTS e outras verbas rescisórias). Dessa forma, não podem ser considerados como encargos. Portanto, todas essas partes constituem o que o trabalhador “põe no bolso”, seja em dinheiro vivo ou na forma de uma espécie de conta-poupança aberta em seu nome pelo empregador (o FGTS), que constitui um patrimônio individual do trabalhador. Como solução para resolver essa polêmica, os empresários pressionam o governo para adotar medidas que desonerem a folha de pagamentos dos encargos sociais que incidem sobre ela como forma de redução do custo de contratação de mão de obra e estímulo à competividade. Nesse sentido, o setor empresarial tem apresentado inúmeras “saídas” que, infelizmente, só recaem sobre a retirada de direitos dos trabalhadores: negociado sobre legislado, terceirização, aumento

da jornada de trabalho, redução da alíquota do INSS por parte das empresas, enfim, a “saída dos empresários” é acabar com os direitos constitucionais e os que estão assegurados na Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT. Cabe ao Movimento Sindical Brasileiro deixar as diferenças de lado e se unir para impedir tal retrocesso, procurando atuar de duas maneiras. Primeiro, abrir um diálogo com o governo, no sentido de sensibilizar e esclarecer sobre as graves consequências que tais “saídas” trarão aos trabalhadores e ao País. Segundo, esclarecer os trabalhadores sobre a gravidade das propostas, pois todas acabam com os direitos trabalhistas e sociais afinal, a premissa do patrão é que se trabalhe mais e ele pague menos -, e efetivar ações de mobilização para ocupar as ruas com grandes manifestações. Não existe alternativa aos trabalhadores brasileiros a não ser lutar pelos seus direitos!

RAUL JUGMANN, MINISTRO DA DEFESA, VISITA SINDICALISTAS DA UGT Sindicalistas e dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) receberam a visita do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, no início de outubro. O encontro aconteceu na sede da Central, em São Paulo, e reuniu dirigentes e sindicalistas de diversas categorias. Patah ressaltou que a Central cresceu muito desde a sua fundação, em 2007, atingindo, em menos de uma década, o segundo lugar entre as centrais sindicais brasileiras. “A UGT chegou onde está justamente por conta da nossa capacidade de dialogar com o governo, seja ele A ou B, e tentar contribuir com ideias e propostas, pois nós queremos o que o governo quer: um País com crescimento e justiça social”, disse Patah. Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato e Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT nacional, reforçou o argumento

de que a UGT, assim como vários setores do Movimento Sindical brasileiro, consciente da grave situação do país, precisa sentar com o governo para juntos encontrar saídas à grave crise brasileira. No entanto, essa é uma responsabilidade que deve ser divida com toda sociedade, não apenas com os trabalhadores, como tem ocorrido até agora. O ministro Jungmann destacou que a UGT é uma central diferenciada, porque, por ser plural, a entidade consegue ser fiel à classe trabalhadora, tendo a capacidade de mudar e se adaptar para ter trânsito livre e conversar com qualquer governo. “Esta é uma Central que eu admiro, por ter a coragem de mudar, porque o mundo está mudando. É imprescindível que haja soberanamente e criticamente este diálogo com a UGT.” Com informações da Assessoria de Imprensa da UGT

Reunião com o ministro da defesa raul jugmann e x pediente

Publicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação e Confeitaria de São Paulo. Diretor responsável: Francisco Pereira de Sousa Filho (Chiquinho) Presidente: Francisco Pereira de Sousa Filho (Chiquinho) 2

Vice-Presidente: Pedro Pereira de Sousa

Secretário adjunto de finanças: Fernando Antonio da Silva

Secretário-geral: Valter da Silva Rocha (Alemão)

Sede - Rua Major Diogo, 126, Bela Vista, São Paulo/SP - CEP: 01324-000 Telefone: 3116.7272 - Fax: 3242-1746

Secretário de assuntos jurídicos: José Alves de Santana

Subsede Santo André - Travessa São João, 68 Telefone: 4436-4791

Secretário adjunto: Geraldo Pereira de Sousa

Secretário para cultura, formação e educação: Ângelo Gabriel Victonte

Subsede São Miguel - Av. Nordestina, 95 Telefone: 2956-0327

Secretário de finanças: Benedito Pedro Gomes

Secretário de comunicação e imprensa: José Francisco Simões

Subsede Osasco - Rua Mariano J. M. Ferraz, 545 Telefone: 3683-3332

Subsede Santo Amaro - Rua Brasílio Luz, 159 Telefone: 5686-4959 Edição e redação: Suely Torres (MTb - 21472) Edição de arte e diagramação: R. Simons Fotografia: Paulo Rogério “Neguita” Colaboração: Guilherme Witai Tiragem: 50 mil exemplares - Impressão: UNISIND www.padeiros.org.br padeiros@padeiros.org.br Dezembro - 2016


CAMPANHA SALARIAL 2016/2017

APESAR DA RESISTÊNCIA DOS PATRÕES, CATEGORIA CONSEGUE 8,50% DE REAJUSTE A

luta dos trabalhadores durante o ano de 2016, para defender seus direitos foi intensa. Foram e, infelizmente, estão sendo apresentadas inúmeras propostas contra os interesses dos trabalhadores brasileiros: negociado sobre legislado, terceirização, idade mínima de 67 anos para aposentadoria, jornada de trabalho de 80 horas semanais, flexibilização dos direitos como férias, 13º, FGTS, descanso semanal remunerado, enfim, apenas os trabalhadores estão pagando por uma crise, da qual não são os responsáveis. Essa situação, é claro, teve importante reflexo durante a Campanha Salarial da nossa categoria no ABC e em São Paulo. A LUTA NA CAMPANHA SALARIAL NO ABC E EM SÃO PAULO Nossa Campanha Salarial no ABC (que tem data-base em 1º junho), por exemplo, a polêmica ficou por conta do índice de reajuste, onde os patrões apresentaram uma proposta bem abaixo da inflação do período. Porém, depois de muita luta e mobilização dos trabalhadores, conseguimos um reajuste de 9,82%, repondo a inflação do período e a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho. Já em São Paulo, além de propor um reajuste de 6%, dividido em duas vezes, o sindicato patronal encaminhou ao nosso Sindicato uma “Pauta de Reivindicação”, propondo a supressão de todas as cláusulas econômicas e sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, algumas delas conquistadas, há décadas, pelos trabalhadores. Porém, os trabalhadores da nossa categoria sabem que todas as

Assembleia geral da campanha salarial de são paulo/2016

conquistas que temos são graças à participação dos companheiros e companheiras nas lutas travadas pelo nosso Sindicato ao longo da nossa história. E desta vez não foi diferente. A categoria se mobilizou, realizou reuniões, assembleias, paralisações pontuais, Estado de Greve e, mais uma vez, saiu vitoriosa. TRABALHADORES CONQUISTAM ATÉ 12% DE REAJUSTE

Cerca de 20 mil trabalhadores foram beneficiados com Acordos Coletivos que foram de 9% a 12%, em empresas da nossa categoria. Essas conquistas foram possíveis graças à luta desses trabalhadores que, com muita mobilização, enfrentaram os patrões e não aceitaram reajustes menores.

As direções das empresas usaram os mesmos argumentos do sindicato patronal, que não seria possível fazer reajustes acima da inflação por conta da crise econômica do país. Porém, os trabalhadores ameaçaram realizar todas as formas de luta, incluindo a greve, caso os patrões não atendessem suas reivindicações e foram vitoriosos. “Quando o trabalhador segue as orientações do nosso Sindicato, se mobilizam e lutam pelos seus direitos a vitória é sempre maior. Foi o que ocorreu com a nossa categoria em algumas empresas e, portanto, eles tiveram reajustes com aumento real de salários. Essa é um bom exemplo de luta dos trabalhadores dessas empresas.” Disse Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato.

veja abaixo ALGUMAS DAS NOSSAS CONQUISTAS NO ABC E EM SÃO PAULO PRINCIPAIS CONQUISTAS NO ABC

PRINCIPAIS CONQUISTAS EM SÃO PAULO

REAJUSTE SALARIAL De 9,82% (divididos em duas parcelas): 7.50% para todos os salários a partir de 01 junho de 2016. 2.16% para todos os salários a partir de 01 janeiro de 2017. ATENÇÃO: Sobre os salários pagos a partir de 1º de janeiro de 2017, será aplicado o percentual de 2,158%, totalizando os 9,82% de reajuste.

REAJUSTE SALARIAL DE 8,50% - Será aplicado sobre os salários a partir de 1º de novembro de 2016, em uma única parcela.

PISO SALARIAL I CORRIGIDO COM 7,50% = Empresa com até 60 trabalhadores passa de R$ 1.180,00, para R$ 1.268,50 a partir de 1 de junho de 2016. PISO SALARIAL I CORRIGIDO COM 2,16% = Empresa com até 60 trabalhadores passa de R$ 1.268,50, para R$ 1.295,88 a partir de 1 de janeiro de 2017.

DIA DO PADEIRO = R$ 89,37 - para todos os trabalhadores do setor econômico da Panificação e Confeitaria, desde que esteja empregado três meses (90 dias), antes da data de 13/06/2017.

PISO SALARIAL II CORRIGIDO COM 7,50% = Empresa acima de 60 trabalhadores passa de R$ 1.270,00, para R$ 1.365,25 a partir de 1 de junho de 2016. PISO SALARIAL II CORRIGIDO COM 2,16% = Empresa acima de 60 trabalhadores passa de R$ 1.365,25, para R$ 1.394,71 a partir de 1 de janeiro de 2017. DIA DO PADEIRO = R$ 160,00 ABONO: REDISCUTIR EM DEZEMBRO DE 2016. ABONO ATUAL = Empresa com até 15 empregados = R$ 215,00 Empresa com 16 até 40 empregados = R$ 390,00 Empresa acima de 41 empregados = R$ 570,00 ATENÇÃO: Os pagamentos serão realizados em março e maio de 2017, ficando garantido, no mínimo, o pagamento dos valores estipulados na Convenção Coletiva de 2015/2016. Dezembro - 2016

PISO SALARIAL = Para as empresas com até 60 empregados = R$ 1.299,75; Para as empresas com mais de 60 empregados = R$ 1.403,68.

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS (PLR) a) Empresas com até 20 (vinte) empregados = R$ 261,66; b) Empresas com 21 e até 35 empregados = R$ 376,15; c) Empresas acima de 36 empregados = R$ 498,79. ATENÇÃO: Os valores acima especificados serão pagos divididos em duas parcelas iguais, respectivamente, no quinto dia útil do mês de abril de 2017 e no quinto dia útil do mês de agosto de 2017. VALE REFEIÇÃO: O empregador fornecerá uma refeição subsidiada a cada jornada de trabalho, de acordo com o comercializado para os clientes, com limites e padrão estabelecidos em norma interna, com desconto autorizado pelo trabalhador de R$ 0,26 por refeição; As empresas que não comercializem refeição ou lanche, nem possuam restaurante próprio, fornecerão um vale refeição no valor de R$ 12,92, por dia. CESTA BÁSICA = a) Empresas com até 45 empregados = R$ 47,83; b) Empresas a partir de 46 empregados = R$ 67,22. ATENÇÃO: Descontado R$ 2,58 por mês do salário do trabalhador para a concessão da cesta básica. 3


MELHORES MOMENTOS DA FESTA DE N H

á quase duas décadas, o nosso Sindicato realiza a Festa de Natal da Família Padeiros pensando no trabalhador que, muitas vezes, passa o ano inteiro trabalhando de domingo a domingo, sem direito a um momento de descanso e lazer com sua família. Este ano, além da distribuição dos brinquedos e das brincadeiras que foram ofertadas ás nossas crianças, o trabalhador assistiu aos shows de MC Gui, Banda Magníficos, Alexandre e Adriano, Tonyan do Forró entre outras atrações artísticas. Para Chiquinho Pereira, Presidente do nosso Sindicato, “o trabalhador merece ter um momento de lazer para encontrar os amigos e curtir um dia com a sua família, com acesso

a shows de importantes cantores, bebidas e churrasco e, especialmente proporcionar aos seus filhos divertimento nos brinquedos que são colocados à disposição da garotada. Sem dúvidas, todos nós merecemos esse momento de descontração. Chiquinho Pereira afirma, ainda, que os últimos períodos foram muito difíceis para os trabalhadores brasileiros. E que a nossa categoria, por exemplo, tem realizado importantes lutas para defender e garantir seus direitos que, a toda momento, são ameaçado pelos patrões, pelos governos, pelo judiciário e pelos Projetos de Leis que estão tramitando no Congresso Nacional. Portanto, todos merecem um momento de alegria e lazer com os amigos e a família.

É PRECISO MAIS SOLIDARIEDADE NA NOSSA CATEGORIA O nosso Sindicato solicitou dos trabalhadores que participaram da Festa de Natal da Família Padeiros, que levassem como ingresso do evento um (1) quilo de alimento não perecível para ser doado à entidades beneficentes que trabalham ajudando crianças filhos de trabalhadores desempregados. Infelizmente, poucos atenderam ao chamado do nosso Sindicato. Em momentos de grande desemprego como o que estamos passando é preciso ser solidário com os companheiros que estão sem trabalho. Por isso, a nossa campanha continua. Pedimos aos trabalhadores que entreguem na Sede ou nas Subsedes

do nosso Sindicato um (1) quilo de alimento para ajudar os nossos companheiros que se encontram em dificuldades. Ser solidário é uma marca dos nossos trabalhadores!

Chiquinho Pereira conversa com trabalhadores na Festa da nossa categoria

galera à loucura Show de MC GUI leva a

dançar o povo e põe todos para A Banda Magníficos agita 4

oficina de pinturas Criançada se diverte na

am a garotada Alexandre e Adriano anim

A Banda Ton Dezembro Dezembro - 2016- 2016


NATAL DA FAMÍLIA PADEIROS DE 2016

horas de show a vibrar com mais de três ler ga a fez ró For do n nya Dezembro Dezembro - 2016- 2016

"Sindicato realiza o sonho da menina Giovana (Gigi) de encontrar e tirar uma foto com o seu ídolo, MC Gui" 5


Artigo

CAMPANHAS SALARIAIS: A LUTA DOS TRABALHADORES PARA REAJUSTAR OS GANHOS E PRESERVAR OS DIREITOS Artigo publicado no Jornal Metrô News/SP

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crise da economia instalada em nosso País, além de aumentar o número do desemprego, trouxe graves consequências para as trabalhadoras e trabalhadores brasileiros com carteira assinada: a perda de recomposição dos salários. Dados do balanço realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) sobre as negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre apontam que a variação real média dos reajustes foi negativa. Os dados confirmam o momento adverso pelo qual passam as negociações coletivas brasileiras. Pouco menos de um quarto dos reajustes (em torno de 24%) resultaram em aumentos reais aos salários, 37% tiveram reajustes em valor igual à inflação e 39%, reajustes abaixo da inflação, tomando por referência a variação do INPC-IBGE. Tratase do pior desempenho das negociações por reajustes salariais de primeiro semestre desde 2003. Esse estudo foi realizado em 304 unidades de negociações dos setores da Indústria, do Comércio e dos Serviços em todo território nacional. Porém, com a nossa categoria não foi diferente. Durante as negociações, os patrões, além de negarem reajustar os salários, encaminharam ao nosso sindicato uma pauta de reivindicação propondo retirar todas as cláusulas econômicas e sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, conquistada há décadas pela categoria.

Ora, é verdade que existe uma crise econômica em nosso País. Nem o movimento sindical nem os trabalhadores negam essa realidade. No entanto, o que não pode ocorrer é o fato de apenas os trabalhadores e a sociedade terem que pagar por ela. É necessário que os governos e os patrões encontrem alternativas para sanar a crise e não querer, única e exclusivamente, resolver a questão tirando direitos trabalhistas e penalizando a sociedade brasileira. Aliás, é lamentável, mas os patrões têm se aproveitado da proposta de o negociado prevalecer sobre o legislado, que está em debate no País, para pressionar os trabalhadores e os

sindicatos a fechar acordos com reajustes abaixo da inflação do período e, pior, a fechar acordos que retiram direitos históricos dos trabalhadores. E o argumento apresentado é sempre o mesmo: a crise econômica do País. A nossa categoria, assim como tantas outras do Brasil, não se encolheu diante das ações dos patrões. Resistiu e lutou bravamente, apresentando nos processos das negociações inúmeros

argumentos: os trabalhadores não são os responsáveis pela crise que aí está, ao contrário, eles são as principais vítimas dessa caótica situação e, portanto, não têm mais condições de perder direitos. A cada dia, direitos históricos estão sendo retirados dos trabalhadores, seja por meio das votações no Congresso Nacional, das medidas do judiciário ou do governo. Além disso, os trabalhadores sofrem com o custo de vida que aumenta a todo o momento: alimentação, luz, água, aluguel, escola, gás. Enfim, aumentam os preços dos produtos de primeira necessidade para sobrevivência dos trabalhadores e suas famílias, mas os salários e os direitos são reduzidos. Dessa forma, apesar dos duros embates travados durante as negocia- ções, os trabalhadores, por meio dos seus sindicatos, têm, em sua maioria, conseguido reajustar os salários repondo a inflação do período e, principalmente, têm mantido todas as cláusulas que constam nas Convenções Coletivas de Trabalho. O fato é que o ano de 2016 não foi fácil para nenhuma categoria no Brasil. A crise política e econômica deixou o País à deriva: direitos estão ameaçados, programas sociais estão sendo retirados, postos de trabalho estão sendo reduzidos e o desemprego já atinge mais de 14 milhões de brasileiros.

É fundamental que o governo apresente, de forma imediata, saídas para barrar esse processo. Caso contrário, para o ano que vem, essa crise se apresentará com maior profundidade. Porém, as alternativas propostas como os Projetos de Reformas que estão sendo apresentados não podem penalizar apenas os trabalhadores e trabalhadoras. Será necessária a contribuição de todos: empresários, governos e sociedade. A crise é grave e, portanto, todos devem contribuir para sairmos dessa situação. O Brasil precisa voltar a se desenvolver de forma sustentável e com valorização do trabalho. “AUMENTAM OS PREÇOS DOS PRODUTOS DE PRIMEIRA NECESSIDADE PARA SOBREVIVÊNCIA DOS TRABALHADORES E SUAS FAMÍLIAS, MAS OS SALÁRIOS E OS DIREITOS SÃO REDUZIDOS” Chiquinho Pereira Presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT Nacional

SINDICATO REALIZA SEMINÁRIO DE PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO

o

nosso Sindicato realiza todos os anos um Seminário de Planejamento e Organização, onde participam toda diretoria e assessores. Este ano, o Seminário contou com a presença dos diretores da Federação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Confeitarias e Padarias – FEBRAPAN. O objetivo do Seminário é fazer um balanço das atividades do Sindicato que foram realizadas durante o ano que termina, bem como planejar as lutas e ações para o ano seguinte. “O ano de 2016 exigiu do nosso Sindicato e dos trabalhadores muitas batalhas para preservar e garantir direitos, alguns conquistados há décadas, que estavam sendo ameaçados, pelo governo, pelo judiciário e pelos patrões como, por exemplo, a NR 12.” Diz Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato. As lutas dos trabalhadores para defender

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diretoria do nosso sindicato e da federação debatem temas no seminário de 2015

seus interesses trabalhistas têm demandado, a cada ano, maior esforço do Sindicato, pois as frentes de luta se ampliam e se o trabalhador não estiver organizado, juntamente com sua entidade, não terá vitórias.

Por isso, é fundamental avaliar as ações e lutas realizadas e preparar a equipe do Sindicato para enfrentar as lutas do ano que vem. E temos a certeza que 2017 não será fácil para os trabalhadores brasileiros e nem para

a nossa categoria: terceirização, reforma da previdência, reforma trabalhista, suspensão da NR 12, enfim, inúmeros direitos estão ameaçados. Portanto, vamos nos preparar para garantir e ampliar nossas conquistas! Dezembro - 2016


Previdência Social

Proposta de Reforma da Previdência do governo Temer é inaceitável C

om o argumento de que é necessário realizar um ajuste fiscal nas suas contas, o governo Michel Temer apresenta uma proposta de Reforma da Previdência que, de certa forma, choca o país e deixa os trabalhadores apreensivos quanto a possibilidade de ter tempo para usufruir desse direito antes de morrer. Acontece que pelas novas regras o trabalhador, homens e mulheres, só poderão se aposentar com idade mínima de 65 anos e, pior, a aposentadoria integral, por exemplo, exigirá 49 anos de contribuição e haverá regras de transição. Pelas regras atuais, a idade mínima para obter esse benefício é de 65 anos para homens e de 60 anos para mulheres. Os trabalhadores rurais, por exemplo, podem pedir aposentadoria por idade aos 60 anos homens, e aos 55 anos (mulheres). O tempo mínimo de contribuição para obter esse tipo de aposentadoria é de 15 anos. O projeto do governo, que muda oito artigos da Constituição brasileira, se por um lado terá impacto positivo para os cofres

públicos, ele dificultará o acesso à aposentadoria para quem ainda não tem o direito ao benefício. Ou seja, essa proposta de Reforma só serve aos interesses do governo e dos patrões, deixando os trabalhadores à mercê de futuro incerto. O nosso Sindicato, assim como a nossa União Geral dos Trabalhadores (UGT), não concorda com essas novas regras e não medirá esforços em organizar e mobilizar os trabalhadores para lutar contra essa proposta de Reforma da Previdência. “Achamos até que é necessário que se faça uma Reforma na Previdência, porém, que atenda aos interesses dos trabalhadores brasileiros, no sentido de melhorar e não de piorar o acesso a esse benefício que, atualmente já é difícil para o trabalhador, imaginem com essas novas regras?” Diz Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato. Ainda, para Chiquinho Pereira,que também é Secretário

de Organização e Políticas Sindicais da UGT nacional, “o país está, de fato, precisando realizar várias reformas, isso ninguém nega. Porém, o sacrifício não pode ser apenas dos trabalhadores. Aumentar a idade mínima para 65 anos e, pior, igualar aposentadoria entre homens e mulheres é desumano, pois todos sabem que além de ganhar menos que os seus companheiros, as trabalhadoras têm que lidar com as duplas ou triplas jornadas de trabalho.” Finaliza o sindicalista.

Ministro Meirelles explica propostas de reforma da previdência na sede da UGT Por Fábio Ramalho - Imprensa UGT

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União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu, na tarde do dia 06 de dezembro, em sua sede, em São Paulo, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano para ministrarem a palestra: “Situação das contas Públicas para retomar o crescimento com distribuição de renda e justiça social”. A visita à sede da UGT foi o primeiro encontro do ministro da Fazenda com a classe trabalhadora. Ricardo Patah, presidente da entidade, enfatizou que é preciso ampliar o dialogo entre governo e sociedade e que da maneira que está sendo apresentada essa mudança, na correria e às pressas, a UGT e muito provavelmente as demais centrais sindicais não aceitarão. “Quando pensamos em mudanças na Previdência, esse é um tema muito sensível para ser aprovado da maneira que está sendo apresentado, de uma forma muito radical. Não vamos aceitar essa proposta da forma que está, vamos insistir que essas mudanças não devem acontecer justamente em cima das pessoas que fazem parte das camadas mais pobres”, afirmou Patah. Segundo o presidente ugetista, o Brasil Dezembro - 2016

Foto: FH Mendes

Ministro Meirelles explica a reforma da previdência na ugt

é um País em que a população já tem uma determinada dificuldade de alcançar as ínfimas exigências para a aposentadoria sem uma idade mínima, com essas regras que o governo está propondo, muitas pessoas não se aposentarão, pois temos estados em que a expectativa de vida da população é de 70 anos, segundo estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Patah reforçou que a UGT entende que é preciso que haja uma reforma na aposentadoria, mas tenha como foco principal a

unificação de todo o sistema, para que não tenha mais diferenciação entre categorias. “Precisamos acabar com privilégios, todos somos iguais, só não podemos igualar a aposentadoria entre homens e mulheres, uma vez que nossas trabalhadoras além de ganhar um salário menor do que os seus companheiros, em muitos casos elas são obrigadas a cumprir duplas ou triplas jornadas de trabalho”, disse o dirigente. Henrique Meirelles ressaltou que o sistema previdenciário está em colapso, pois

o déficit no setor vem aumentando muito e num ritmo acelerado, por isso não é possível esperar o pior acontecer, é preciso que algo seja feito agora. “Essa é uma proposta que visa beneficiar governos futuros, pois hoje o ministro é o Meireles, amanhã será outro, ontem tínhamos uma presidente, que já mudou e logo este atual também será mudado, então nossa proposta pensa na sustentabilidade do país e do sistema. “O país precisa assegurar diversas coisas, entre elas que a economia volte a crescer e que postos de trabalho voltem a ser criados”, destacou Meirelles que esclareceu que a visita a UGT é o início de uma conversa entre o governo e a sociedade. Segundo Marcelo Caetano, a ideia do governo é que todo o sistema previdenciário seja unificado para que não haja nenhum grupo que se beneficie. O secretário reforçou que a fragilidade das contas públicas aponta para a necessidade das reformas. “O governo buscou não aumentar tributos, ao invés disso visou rever renuncias fiscais e corrigir um déficit estrutural, já que no Brasil se vive mais”. Fonte – Matéria publicada no site da UGT – em 07-12-2016 7


NR 12 NOVAMENTE EM PERIGO A

Norma Regulamentadora Número 12 (NR 12), que trata da saúde e segurança dos trabalhadores nos locais de trabalho vem sido ameaçada no Congresso Nacional. A Norma se encontra em debate na Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania (CCJ) no Senado e pode ser suspensa a qualquer momento. A NR 12 é uma luta histórica do nosso Sindicato, e por isso, estamos nos mobilizando a todo o momento para garantir que ela não seja suspensa. Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato, tem viajado à Brasília nas últimas semanas, junto com outros sindicalistas, para argumentar com os parlamentares e garantir que a categoria não saia penalizada pelos interesses dos patrões. O relator do projeto de lei que suprime a NR 12 é o senador, Armando Monteiro, ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Mais uma vez, a pressão e os interesses dos empresários se sobressaem às necessidades dos trabalhadores. Até o momento, as votações que suspendem a Norma têm sido adiadas, por conta das articulações que o nosso Sindicato tem feito em Brasília. Estamos nos reunindo, também, com a Comissão Tripartite (composta por trabalhadores, empregadores e governo) para discutir a situação em que a NR 12 se encontra.

Sindcalistas e Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, debatem a importância da NR12, na Sede do nosso Sindicato em 21/07/2016

CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO O SINDICATO OFERECE VÁRIOS BENEFÍCIOS AOS SINDICALIZADOS O objetivo do nosso Sindicato é lutar para defender todos os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria. Direito à saúde, a justiça, ao descanso e ao lazer, por exemplo, são questões fundamentais para todos nós. Por isso, além de muita luta, o nosso Sindicato oferece aos seus associados uma série de benefícios que, muitas vezes, não são garantidos nem pelo governo e nem pelos patrões.

Atendimento odontológico de segunda a sexta, das 8 às 17:30H

Na Sede do sindicato o associado irá encontrar atendimento médico, odontológico e jurídico e nas subsedes ele conta com atendimento odontológico, jurídico, além de convênios com Faculdades com descontos a partir de 10%. Porém, além desses benefícios, o Sindicato valoriza o lazer e o descanso dos seus associados. Nossa Colônia de Férias em Caraguatatuba

Atendimento Médico de s egunda a sexta, das 8 às 17:30h

Depto. Jurídico do Sindicato com atendimento de segunda a sexta

“ALÔ, PADEIROS!” Nosso programa na Rádio Capital 1040am

O

Colônia de Férias Informações sobre valores das diárias e regulamento pelo telefone: (11) 3106-5543, ramal 230

Endereço do Sindicato: Rua Major Diogo, 126 – Bela Vista – São Paulo/SP Fones: 3116.7272 – 3242.2355 www.padeiros.org.br

CHIQUINHO PEREIRA NA RÁDIO WEB DA AGÊNCIA SINDICAL

Paulo Rogério “Neguita”

“Alô, Padeiros!” é o programa de rádio do nosso Sindicato, que busca estabelecer um canal de comunicação com o trabalhador, no sentido de informar, debater e orientar toda categoria, falando sobre seus direitos. Luiz Parahyba, apresentador do programa, promove uma conversa dinâmica com Chiquinho Pereira, presidente do nosso Sindicato, tratando sempre de temas que estão ligados diretamente aos trabalhadores. O programa vai ao ar de segunda à sexta-feira, às 5h57 da manhã, na Rádio

Capital 1040 AM. E você pode interagir com a gente no facebook.com/sindpadeiros, enviando sugestões de temas, tirando suas dúvidas ou contribuindo com os debates. Venha participar com a gente!

www.padeiros.org.br 8

é uma excelente opção de lazer no litoral norte de São Paulo. Lá tem tudo para você relaxar e se divertir. Confira:

T

odas as quartas, às 17h, Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, é o convidado da Agência Sindical para ser entrevistado na Rádio Web e falar sobre o dia a dia do

sindicalismo, as lutas e as conquistas dos trabalhadores. Para ouvir a rádio e saber tudo que acontece de mais importante no mundo do trabalho é só acessar www.agenciasindical.com.br

FACEBOOK.COM/SINDPADEIROS Dezembro - 2016


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