Tribuna Junho/2014

Page 1

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014 www.sintraconsp.org.br | sintraconsp@sintraconsp.org.br

DENÚNCIA

Construção civil lidera casos de trabalho escravo Pela primeira vez o setor ultrapassou a agricultura em casos de trabalho análogo à escravidão. Conheça seus direitos, procure o Sintracon-SP e denuncie esses crimes! Página 04

Salário da categoria sobe + que o dobro da inflação Por 12 anos consecutivos (de 2002 a 2014) o Sintracon-SP consegue aumento salarial acima da inflação - são 265,56% de aumento real no período. Nesta nova conquista, o piso da categoria foi para R$ 1.145,10 Página 09

REAJUSTE DO PISO SALARIAL (de 2002 a 2014)

INFLAÇÃO ACUMULADA (de 2002 a 2014)

113,03% Tuli: o guerreiro descansou

Página 02


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

02

DIREITOS DOS TRABALHADORES

ARTIGO

Os ensinamentos do Tuli

N

a manhã do dia 26 de maio, perdemos o nosso gerente de Base do SintraconSP, Elton Luís dos Santos, o Tuli, vítima de um infarto aos 50 anos de idade. Ao longo de 17 anos no sindicato, o Tuli foi um grande companheiro e um guerreiro na luta pelos direitos dos trabalhadores da construção civil. Todos os dias enviava as equipes do Sintracon-SP para os canteiros de obras com uma instrução bem clara: o trabalhador em primeiro lugar. Temos muito a agradecer e homenagear o Tuli por sua dedicação ao trabalhador da construção civil, e por quanto ele contribuiu para a maior mobilização e consciência política da categoria. “Eu sinto como se tivesse perdido um braço, porque nesses anos todos em que esteve ao meu lado o Tuli foi um companheiro leal e um amigo de grande coração”, disse o presidente do Sintracon-SP, Ramalho da Construção. Emocionados, os companheiros de trabalho de Base lembraram de uma frase

de Che Guevara que Tuli mantinha em uma placa na sua mesa: há que endurecer-se, mas sem perder a ternura jamais. Tuli deixou esposa e dois filhos, e foi sepultado em sua cidade-natal, Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

‘‘

Ramalho da Construção Presidente do Sintracon-SP

A melhor maneira de homenagear o Tuli é levar com a gente os ensinamentos que ele deixou. Especialmente a indignação que ele sentia sempre que via um trabalhador ser tratado com injustiça disse Ramalho


PÁGINA

03

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

DIREITOS DOS TRABALHADORES

Veja como proceder para recuperar as perdas do FGTS Cerca de dez milhões de trabalhadores, por meio de mais de 700 sindicatos, já entraram com ações na Justiça em todo o país para tentar conseguir a correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Isso porque o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um precedente, já que julgou a correção pela TR (Taxa Referencial) inconstitucional, não considerando a taxa como “indicador de correção monetária.” Por lei, o FGTS é corrigido pela TR, mais 3% ao ano. Com a decisão do STF, todos os trabalhadores que tinham dinheiro no FGTS entre 1999 e 2013, inclusive aqueles que sacaram o valor, podem pleitear o reajuste na Justiça.

SAIBA PEDIR A REVISÃO DO SEU FGTS Como faço para entrar com a ação?

Você deve procurar o sindicato da sua categoria munido dos documentos abaixo, para participar da ação coletiva. Também é possível entrar com ação individual, contratando um advogado particular.

Quais os documentos necessários?

Ao procurar seu sindicato, leve os seguintes documentos: Cédula de Identidade, comprovante de endereço, PIS/PASEP (cópia da CTPS), Extrato do FGTS (Caixa Econômica Federal) e Carta de Concessão do Benefício (no caso dos aposentados).

Quem tem direito à revisão?

Todo brasileiro que tenha tido algum saldo em seu FGTS entre 1999 e 2013, esteja ele aposentado ou não.

Quanto eu tenho direito a receber?

Os valores dependem de caso a caso, de acordo com o período em que o trabalhador possuiu valores depositados no FGTS. Há casos em que a atualização chega a 88,3% do valor do fundo.

Eu poderei sacar o dinheiro?

Tudo vai depender de como a Justiça decidirá. Porém, o FGTS possui regras específicas para os saques. A tendência – como aconteceu no acordo de 2001 – é que só possam sacar os recursos os trabalhadores que já adquiriram esse direito, como os demitidos sem justa causa e os aposentados. De toda forma, a vitória na Justiça significará o aumento do valor do fundo, para quando o trabalhador puder sacá-lo.

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL EDIÇÃO 249 - JUNHO 2014 Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo / Fundado em 16 de Junho de 1936 / Adaptado ao Decreto de Lei 1.402 - por carta de 14 de maio de 1941. Sede: Rua Conde de Sarzedas, 286 - Centro - São Paulo CEP 01512-000 Fone: 3388-4800 - Fax: 3207-4921 Sub-Sede Taboão: Rua Elisabetha Lips, 118 - Jardim Bom Tempo - Taboão da Serra - SP - CEP 06763-190 Fone: 47711145 / 4771-1146 Internet: www.sintraconsp.org.br E-mail: sintraconsp@sintraconsp.org.br

Base territorial: Municípios de São Paulo, Itapecirica da Serra, Taboão da Serra, Embú e Embú-Guaçú, Franco da Rocha, Mairiporã, Caieiras, Juquitiba, Francisco Morato e São Lourenço da Serra.

Diretoria de Base: Atevaldo Vieira Leitao, Jose Pedro dos Santos, Ezequiel Barbosa de Sales, Franciso de Assis P. Lima, Manoel Teixeira de Carvalho, Cícero Saldanha de Oliveira, José Ailson dos Santos Souza.

Impressão: Novacamp Editora e Gráfica Ltda. Tiragem: 100 mil exemplares.

Conselho Fiscal: Osvaldo de Oliveira Souza, Cláudio Aureliano Moreira, Francisco de Andrade Coelho. / Suplentes: José Luiz do Nascimento, Mário Brito do Nascimento, José Geraldo Martins.

Representantes: Categoria Profissionais de Trabalhadores do Ramo da Construção Civil, Ladrilhos Hidráulicos e Produtos de Cimento, Cerâmica para Construção, Pinturas, Decorações, Estuques, Ornatos, Artefatos de Cimento Armado, Instalações Elétricas, Oficiais Eletricistas, Gás, Hidráulicas, Sanitária, Montagens Industriais e Engenharia Consultiva. Diretoria Executiva: Presidente: Antonio de Sousa Ramalho, Secretário Geral: Antonio de Freitas Pereira, 1o. Secretário: Antonio de Sousa Ramalho Junior, 2a. Secretária: Josileide Neri de Oliveira, Tesoureiro Geral: Wilson Florentino de Paula, 1o. Tesoureiro: Darci Pinto Gonçalves, 2o. Tesoureiro: Moisés Antonio de Oliveira

Delegados da Federação: Antonio de Sousa Ramalho, Darci Pinto Gonçalves. / Suplentes: João Rodrigues de Araújo, Miguel Machado Pereira. Conselho de Redação: Antonio de Sousa Ramalho, Darci Pinto Gonçalves. Redação: Arnaldo Jubelini Jr. - Mtb: 12.597, Daiani Duarte. Fotografias / Edição Final e Diagramação: OFA Comunicação (ofa@ofacomunicacao.com.br | 11-3311-7729)


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

04

DIREITOS DOS TRABALHADORES

Construção Civil lidera casos de trabalho escravo O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou um balanço afirmando que a Construção Civil lidera os casos identificados como trabalho escravo, superando a agricultura. O documento contempla ações realizadas em 2013, quando foram identificadas 849 pessoas em regime de trabalho análogo à escravidão. São Paulo foi o segundo Estado com o maior número de casos, com 419 pessoas resgatadas. O estado também foi o segundo em casos em áreas urbanas, com 360 pessoas resgatadas após 16 fiscalizações. O maior número de casos (256) foi verificado na construção civil. Recentemente, A TRIBUNA divulgou que o SintraconSP ajudou a resgatar trabalhadores nordestinos que haviam sido enganados e trazidos para São Paulo em situação humilhante. Na ocasião, o sindicato denunciou a existência de uma máfia agindo, especialmente no Nordeste brasileiro, para enganar e explorar trabalhadores. Temos conhecimento também de companheiros haitianos vítimas de esquemas semelhantes. O presidente do Sintracon-SP, Ramalho da Construção, disse que o cenário é preocupante. “O Ministério do Trabalho admite que não tem estrutura para fazer a fiscalização que deveria, por isso é muito importante que o trabalhador conheça bem os seus direitos e procure o sindicato sempre que tiver dúvidas”, disse ele.

‘‘

O Ministério do Trabalho admite que não tem estrutura para fazer a fiscalização que deveria, por isso é muito importante que o trabalhador conheça bem os seus direitos e procure o sindicato sempre que tiver dúvidas

Se você tiver informações sobre trabalho escravo na construção civil, denuncie:

disse Ramalho

3388-4800


PÁGINA

05

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

AFINAL, O QUE É

TRABALHO ESCRAVO

É quando o trabalhador não consegue se desligar do patrão por fraude ou violência, quando é forçado a trabalhar contra sua vontade, quando é sujeito a condições desumanas de trabalho ou é obrigado a

E COMO ELE

trabalhar tão intensamente que seu corpo não aguenta e sua vida pode ser colocada em risco. Trabalho escravo não é apenas desrespeito a leis trabalhistas ou problemas leves. É grave violação aos direitos humanos.

?

FUNCIONA

1

- Em muitos locais do Brasil existe muita pobreza e falta de trabalho decente

2 - Esta situação facilita o aparecimento dos “gatos”,

pessoas que aliciam candidatos para as vagas nas obras, pagam suas contas atrasadas e levam o trabalhador, já endividado, para a empreitada

3 - Ao chegar na obra não há volta. O trabalhador se encontra preso em uma realidade que em nada se parece com as propostas, e fica praticamente impossível deixar a “empresa”

4 - Com péssimas condições de saúde e habitação,

muitas vezes não há sanitários e a alimentaão é precária

5

- Na cantina ou refeitório o trabalhador come sem saber os preços do que consome, e sua dívida sempre cresce

6 - A saída é a fuga, ou aguardar que uma denúncia os

retire desses locais que, muitas vezes, são guardados por seguranças armados

7 - Há casos em que os trabalhadores são vítimas fatais

decorrente de envenenamento por produtos químicos ou pela falta de segurança nas obras em que trabalha

?


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

DIREITOS DO TRABALHADOR

06

Operário morre eletrocutado na Arena Pantanal. Copa já soma nove mortes! A impunidade persiste. Maciel é a nona vítima da autoritária aventura que cerca a realização da Copa do Mundo de Futebol.

Falta de aviso não é. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo vive dizendo que a falta de planejamento na edificação das arenas da Copa levaria a jornadas excessivas de trabalho, podendo causar acidentes de toda ordem, muitas vezes fatais. A falta de comprometimento social do governo federal e a intransigência dos patrões, que trocam oportunidades de lucro por vidas humanas, continua. No último dia 8 de maio, mais uma tragédia foi registrada: Mohammed Ali Maciel, de 32 anos, recebeu uma descarga elétrica e morreu trabalhando nas obras da Arena Pantanal, em Cuiabá. Com o choque, ele sofreu uma parada respiratória e acabou falecendo ainda no local do acidente, mesmo após atendimento de duas equipes médicas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para variar, o operário era de uma empresa terceirizada (gato), que nem sempre tem condições estruturais à altura da empresa contratante. A impunidade persiste. Maciel é a nona vítima da autoritária aventura que cerca a realização da Copa do Mundo de Futebol. Até agora, além de Mohammed Ali Maciel já faleceram quatro operários na Arena Amazônia, três na Arena Corinthians e mais um no Estádio Nacional, em Brasília. As lamentáveis ocorrências vão parar por aí? Tudo indica que não. Infelizmente.


PÁGINA

07

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

DIREITOS DO TRABALHADOR

Diretoria do Sindicato dos Brinquedos é eleita com 95% dos votos

C

om apoio declarado do presidente do Sintracon-SP, Ramalho da Construção, e de sua diretoria, a líder do Sindicato dos Trabalhadores de Brinquedos e Instrumentos Musicais, Maria Auxiliadora, da Chapa 1, venceu as eleições da categoria com 95,14% dos votos válidos.

Além de lutar pela manutenção e ampliação de direitos trabalhistas, Maria Auxiliadora tem como objetivo fundamental ações destinadas à defesa da igualdade entre homens e mulheres, bandeira que também mobiliza os trabalhadores da Construção Civil. A vitória nas urnas assegura um mandato até 2018 para a presidente do Sindicato dos Brinquedos, que também é secretária Nacional de Políticas para as mulheres da Força Sindical. Em discurso, Auxiliadora afirmou que a nova diretoria vai se empenhar ainda mais para que as bandeiras de luta como a redução da jornada para 40 horas, o combate à rotatividade e o fim da demissão imotivada sejam implementadas na Convenção Coletiva da categoria, atualmente composta por 10 mil profissionais em todo o Estado de São Paulo.


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

08

NOTÍCIAS DO SINDICATO

Ser sócio do Sintracon-SP é um bom negócio, veja:


PÁGINA

09

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

DIREITOS DO TRABALHADOR

Em 12 anos, salário na construção civil sobe o dobro da inflação

Com a Convenção Coletiva de Trabalho assinada pelo Sintracon-SP no início de maio, o trabalhador da construção civil comemorou o 12º ano seguido de aumento salarial acima da inflação. É o chamado “aumento real”, porque significa que, além de compensar o que perdeu com a inflação, o trabalhador está aumentando o poder de compra do seu salário. A inflação acumulada pelo INPC, nesses 12 anos, foi de 113,03%. Enquanto a diferença do piso salarial de 2014, em comparação com 2002, ficou em 265,56%. Isso significa que em termos de poder de compra, hoje o trabalhador da construção civil ganha o equivalente a dois salários que ele ganhava em 2002. “É uma grande melhoria das condições de vida do trabalhador, e um motivo de muito orgulho para nós do Sintracon-SP”, disse o presidente do sindicato, Ramalho da Construção. Ele destaca que, além do salário, muitos outros benefícios foram conquistados: vale-supermercado em cartão, café da manhã e lanche da tarde, filtro solar, uniforme completo, e muitos outros. “Todas essas conquistas são motivo de muito orgulho para toda a equipe do Sintracon-SP, e são a prova de que o trabalhador da construção civil pode contar com o seu sindicato”, concluiu Ramalho.

‘‘

Todas essas conquistas são motivo de muito orgulho para toda a equipe do SintraconSP, e são a prova de que o trabalhador da construção civil pode contar com o seu sindicato disse Ramalho


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

10

NOTÍCIAS DO SINDICATO

Conheça o Cartão Amigo do Trabalhador e aproveite as vantagens!

O

Cartão Amigo do Trabalhador é um benefício exclusivo para os sócios do Sintracon-SP. Além de descontos em uma rede de estabelecimentos comerciais e de ensino, o trabalhador que tem o Cartão Amigo do Trabalhador também concorre a R$ 2 mil por semana. 47 companheiros já ganharam e você pode ser o próximo!

“A maioria dos sindicatos dá uma carteirinha para os sócios, no Sintracon-SP nós damos o Cartão Amigo do Trabalhador, cheio de benefícios”, disse o presidente do sindicato, Ramalho da Construção.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DO CARTÃO AMIGO DO TRABALHADOR? Uma ampla rede de estabelecimentos comerciais e de ensino que oferecem descontos; Sorteios semanais que dão R$ 2 mil ao vencedor; Seguro de R$ 1500 em caso de morte acidental; Diária de Incapacidade Física Temporária por Acidente (DIT) de R$ 10 por dia até 30 dias, a contar do 16º dia

QUEM TEM DIREITO AOS BENEFÍCIOS? Todos os sócios do Sintracon-SP em dia com suas mensalidades e com o cadastro atualizado, para poderem ser localizados em caso de ganharem o sorteio. Mais do que um bom negócio, o Cartão Amigo do Trabalhador é uma conquista dos trabalhadores, resultado de uma gestão moderna, transparente e eficaz do Sintracon-SP.

CARTÃO DO ASSOCIADO

SAIBA COMO CONSULTAR OS

BENEFÍCIOS

1) Entrar no site do Sindicato. www.sintraconsp.org.br 2) click em CONVÊNIOS 3) click no logo da Previsul Seguradora 4) em BUSCA AVANÇADA escolha o: “GRUPO – ESTADO – CIDADE” e em Buscar

Os conveniados estarão relacionados


PÁGINA

11

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

NOTÍCIAS DO SINDICATO

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Venha se divertir com toda a família nos cursos de dança do Sintracon-SP!

O

Sintracon-SP oferece para você e sua família mais uma opção de lazer e cultura. A dança é um excelente exercício físico que relaxa e diverte! INSCRIÇÕES ABERTAS!

Dança de Salão (Adultos) Terças e quintas, das 09h às 10h

Dança Brasileira (07 a 13 anos) Segundas e quartas, das 09h às 10h

Ballet e Jazz (06 a 10 anos) Segundas e quartas, das 10h às 11h

CURSOS GRATUITOS PARA ASSOCIADOS E DEPENDENTES Início das aulas: 09/06/2014 Faça sua inscrição: 11 3388-4800 (ramais 4142 ou 4219) Ou na recepção do Sintracon-SP: Rua Conde de Sarzedas, 286 – Centro – São Paulo.


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

12

NOTÍCIAS DO SINDICATO

Ambulatório Médico do Sintracon-SP realizou 91 mil consultas em 2013

D

e janeiro a dezembro de 2013, o Ambulatório Médico do Sintracon-SP realizou 91.474 consultas. O número supera o de muitos estabelecimentos públicos de saúde.

A maior procura de sócios e dependentes (25.334) foi na especialidade de clínica-geral, que recebeu casos de gripes, problemas respiratórios, hipertensão, dores musculares, lombares e entorses. Em segundo lugar ficou a ortopedia, com 11.643 pacientes recebidos, normalmente com traumas, tendinites e moléstias relacionadas à articulação. “Pela natureza do trabalho na Construção Civil, feito em ambientes sempre perigosos e que exigem muito esforço físico das pessoas, a ortopedia sempre foi um dos campeões de atendimento”, avalia o diretor clínico do ambulatório, Dr. Sumio Egawa. A oftalmologia é a especialidade que ocupa o terceiro lugar na procura dos associados do Sintracon-SP. Ao longo do ano passado, 9.341 pessoas receberam tratamento relativos à visão. Segundo o Dr. Sumio, o atendimento no ambulatório é uma das muitas vantagens que os trabalhadores encontram ao ficarem sócios do Sintracon-SP. “O orçamento da saúde pública é muito maior que o do sindicato, mas infelizmente o cidadão não encontra lá fora o atendimento e a facilidade que tem aqui”, disse ele.

CONSULTAS

91.474 consultas 25.34 clínica geral 11.643 ortopedia 9.341 oftalmologia

PREVENÇÃO O diretor clínico do Ambulatório do Sintracon-SP também alerta que prevenir é sempre melhor que remediar. “O associado deve procurar fazer exames periódicos, mesmo quando ele acha que está bem de saúde. Isso permite que possíveis doenças sejam rapidamente detectadas e plenamente curadas”, diz o Dr. Sumio.


PÁGINA

13

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

AMBULATÓRIO MÉDICO O Ambulatório Médico funciona no andar térreo da sede do Sintracon-SP, localizada na Rua Conde de Sarzedas, número 286.

‘‘

Todas essas conquistas são motivo de muito orgulho para toda a equipe do Sintracon-SP, e são a prova de que o trabalhador da construção civil pode contar com o seu sindicato disse Ramalho

Horário de funcionamento: de segundas às sextas-feiras das 7h30 às 16h30 Atendimento gratuito aos sócios do Sintracon-SP. Para os dependentes dos sócios é cobrada uma taxa simbólica de R$ 6,00. Os 25 médicos existentes cobrem as áreas de clínica geral, cardiologia, ortopedia, urologia, oftalmologia, pediatria, dermatologia, otorrinolaringologia, ginecologia, endocrinologia, problemas gástricos e pequenas cirurgias.


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

14

ARTIGO

A educação pede algo a mais

No último 13 de maio, eu e minha equipe visitamos a CEI Carrossel de Ouro na região de Arthur Alvin, Zona Leste. Tive a oportunidade de acompanhar o belo trabalho de 96 professores que ensinam, a crianças de até 4 anos de idade, um pouco sobre cidadania e participação social em 3 creches, num total de 500 crianças. Naquele dia foi apresentada uma peça teatral - preparada por educadores e voltada integralmente para as crianças – sob o tema preconceito. Esse é o caminho. A educação das nossas crianças não pode se resumir apenas ao ensino tradicional. Para que elas se tornem cidadãos preparados e bem formados, é preciso também cultura, cidadania, esporte, etc. E essa tarefa não pode ser apenas da escola, tem de ser de todos nós.

É importante ter um tempo para conversar com os nossos filhos, falar sobre nosso trabalho, ensinar a tratar todas as pessoas com respeito, e ajudar no cuidado da nossa casa e da nossa cidade. É fundamental mostrar para eles os bons caminhos. Temos boas alternativas para fazer isso tudo até de graça. Ir a um museu, uma peça de teatro, um local histórico, estimular o gosto pela música, por desenhos, esportes. Por isso, fiquem atentos às novidades do Sintracon-SP. Estamos investindo para levar ao trabalhador e à sua família mais opções de lazer, cultura e esporte. Participe! Ramalho da Construção Presidente do Sintracon-SP


PÁGINA

15

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

NOTÍCIAS DO SINDICATO

Sardinhada na Embratel e mais uma vitória do Sintracon-SP

O

Sintracon-SP realizou em abril uma sardinhada de protesto em frente à sede da Embratel. O objetivo era pressionar a empresa a assumir suas responsabilidades com cerca de 45 funcionários da Benco, empresa subcontratada, que enfrentavam irregularidades como pagamento atrasado, rescisões não pagas, atraso no vale-adiantamento e vale-refeição, não pagamento de férias e de horas extras e transporte deficiente.

“A Embratel havia se proposto a assumir os trabalhadores da Benco e regularizar todas as pendências. Porém, o tempo foi passando e nada foi solucionado”, explicou Ramalho da Construção, presidente do Sintracon-SP. As negociações não foram fáceis. Demandaram outras assembleias lideradas pelo Sintracon-SP contra as irregularidades. Diante da demora para solucionar o problema, nosso sindicato e os trabalhadores aumentaram ainda mais a pressão, até que a Embratel tomou a decisão que todos queriam: o rompimento do contrato com a Benco e a solução das pendências. A Embratel se comprometeu a acompanhar as ações da Benco no que diz respeito ao pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores.

‘‘

Sozinhos, esses 45 trabalhadores estavam passando dificuldades. Unidos, nós vencemos. Essa é a missão do sindicato e eu tenho muito orgulho em dizer que nós levamos esse trabalho a sério comemorou Ramalho


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

PÁGINA

16

NOTÍCIAS DO SINDICATO

Assessoria de Base realiza mais de 900 greves em um ano

VEJA OS PRINCIPAIS MOTIVOS DE GREVES Atrasos de pagamentos, refeições de má qualidade, jornadas excessivas de trabalho. Essas são algumas das reclamações dos trabalhadores da construção civil que geram greves realizadas pelo Sintracon-SP em obras. Entre março de 2013 a março de 2014, foram 906 greves. Todas realizadas com sucesso. Isso porque o Sintracon-SP é um sindicato atuante que coloca os direitos dos trabalhadores acima de qualquer coisa. Para isso, conta com uma Assessoria de Base que tem 14 equipes fiscalizando os canteiros de obras e conversando com os trabalhadores para garantir o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho. Quando uma irregularidade é encontrada, os assessores do sindicato tentam resolver a questão pelo diálogo, mas nem sempre isso é suficiente para fazer valer os direitos dos trabalhadores. Por isso, quando o diálogo não resolve, a obra é paralisada até que a situação seja resolvida. “Eu gostaria de não precisar paralisar obras, gostaria que o trabalhador fosse respeitado e encontrasse as condições de trabalho a que ele tem direito em todas as obras que ele trabalhasse. Mas, infelizmente, não é assim. E diante de um desrespeito ao trabalhador, o Sintracon-SP jamais deixará de agir”, afirma o presidente do sindicato, Ramalho da Construção. Para ele, os assessores de Base são os melhores amigos do trabalhador. Além da fiscalização constante, eles recebem denúncias e reclamações. “O trabalhador da construção civil pode sempre contar com nossos assessores de Base”, disse Ramalho da Construção.

Atraso de pagamento Atraso de pagamento do vale adiantamento Atraso na entrega do vale transporte Irregularidades encontradas na área de vivência dos canteiros que podem levar a acidentes por vezes fatais Refeição de má qualidade oferecida na obra Jornadas excessivas de trabalho (tarefas), expondo o operário a riscos de acidentes e problemas de saúde.


PÁGINA

17

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

CIDADANIA

CIDADANIA

Na cidade do prefeito Haddad, dengue avança...

Enquanto o Brasil registra queda histórica no número de casos de dengue, a cidade de São Paulo vai na contramão, registrando mais de 6 mil casos recentes. O Sintracon-SP recebeu a denúncia de que 30 operários de um canteiro de obras da região do Jaguaré ficaram doentes. “É o resultado da péssima administração do prefeito Haddad, que prometeu o mundo durante as eleições e só entregou decepção para o povo”, destaca Ramalho da Construção, presidente do Sintracon-SP. O setor da Construção Civil pode colaborar – e muito – para minimizar o alastramento da doença. “Só em São Paulo, sob a influência do nosso Sindicato, há cerca de 10 mil canteiros de obras que deveriam seguir as orientações dos especialistas no sentido de prevenir a doença”, conta Ramalho da Construção. A melhor forma de se evitar a dengue é eliminar os focos de acúmulo de água parada, que são locais propícios para a procriação do mosquito. Exemplos: latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerante, pneus velhos, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. Além do canteiro de obras de Jaguaré, os diretores de base do Sindicato vêm recebendo muitas reclamações de ambientes de trabalho com todos esses fatores de risco.

E o nosso Ambulatório Médico está acusando um aumento de casos de dengue. Os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça e dor atrás dos olhos. “A prevenção é a única arma contra a dengue, que pode até matar. Por isso estamos alertando as empresas e pedindo a atenção dos trabalhadores”, diz Ramalho.

‘‘

As empresas que não cuidam do ambiente de trabalho estão colocando em risco os trabalhadores e toda a sociedade. Estamos prontos para paralisar as obras em que isso acontecer, até que se elimine o perigo. A saúde do trabalhador é nossa prioridade! Ramalho da Construção, presidente do Sintracon-SP


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

ENTREVISTA

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

Dilma não cumpre promessa e critica 40 horas

Mais uma prova de que a presidente age com descaso para com as reivindicações do movimento sindical e dos trabalhadores ficou evidenciada na matéria “Dilma rebate críticas sobre suposta falta de diálogo”, publicada na Folha de S. Paulo (“Poder”). Em 2010, recebemos no Palácio do Trabalhador, sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a então candidata à presidência da República, que se comprometeu a encampar a nossa Pauta Trabalhista, que prevê o fim do Fator Previdenciário e a redução constitucional da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem redução de salário. Dilma, além de não cumprir este compromisso, foi aplaudida, conforme a matéria da Folha, em palestra a empresários, ao dizer que é contra as 40 horas porque o cenário é de “quase pleno emprego”. Não entende a presidente, ou finge desconhecer, que a redução da jornada não é somente para gerar emprego. Se adotada no País, a medida contribuirá para diminuir os acidentes e doenças do trabalho (diminuindo gastos do INSS e das empresas), aumentar a produtividade e proporcionar à classe trabalhadora mais tempo para a qualificação profissional, lazer e convívio familiar. Acreditamos ainda que, com uma jornada menor, as empresas poderão otimizar os turnos de trabalho, contribuindo para melhorar o trânsito, a mobilidade urbana e a qualidade de vida nas grandes cidades, que fazem parte do amplo leque de reivindicações da sociedade brasileira. Miguel Torres Presidente da Força Sindical

PÁGINA

18


PÁGINA

19

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

CIDADANIA

Haddad não cuida nem do próprio quintal

Uma reportagem feita pelo jornal Agora, em 5 de maio, mostrou que ruas vizinhas aos prédios das subprefeituras de São Paulo estavam esburacadas, com mato alto, falta de iluminação e todo tipo de descuido. O prefeito Haddad gosta de dizer que governa para os pobres. Pena que faça isso só nos discursos. São os mais pobres que precisam de boas praças e parques públicos para levar seus filhos, de ruas bem iluminadas quando estão voltando para casa depois do trabalho, de calçadas bem cuidadas para não sofrerem acidentes. O que esperar de um prefeito que não consegue oferecer isso nem para os vizinhos das subprefeituras, que são as responsáveis por esses tipos de serviços?

A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL


A TRIBUNA DA CONSTRUÇÃO CIVIL

EDIÇÃO 249 | 2 DE JUNHO 2014

ÍNDICE DE

AUMENTO SALARIAL

PÁGINA

7,32 %

MAIO 2014 A ABRIL 2015

PISO EM R$

POR HORA

AUMENTO DE

QUALIFICADO

R$ 1.393,01

R$ 6,3319

7,32%

NÃO QUALIFICADO

R$ 1.145,10

R$ 5,2050

7,32%

MONTAGENS

R$ 1.669,25

R$ 7,5875

7,32%

TIQUETE

Era de R$ 18,00 foi para R$ 19,00 (Aumento de 5,5555%)

VALE SUPERMERCADO

Era de R$ 200,00 foi para R$ 240,00 (Aumento de 20,00%)

SEGURO DE VIDA MORTE OU INVALIDEZ

Era de R$ 45.000,00 foi para R$ 50.000,00 (Aumento de 11,11%)

MORTE NATURAL MORTE DO CÔNJUGE E FILHO (SOLTEIRO) AUXÍLIO FUNERAL

20

Era de R$ 16.875,00 foi para R$ 18.750,00 (Aumento de 11,11%) Até 21 anos de R$ 3.375,00 foi para R$ 3.750,00 (Aumento de 11,11%) Era de R$ 2.025,00 foi para R$ 2.250,00 (Aumento de 11,11%)

Seconci = Obrigado a contribuir (Cláusulas 10a. e 24a.) A Empresa contratada deverá fornecer aos seus funcionários, nos termos da Cláusula 3 da presente convenção, refeições no mesmo padrão e qualidade das refeições fornecidas pela empresa contratante no canteiro de obras.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.