Fatima Abreu
Fatima Abreu
Janela Deixe bem aberta para a brisa entrar Sinta em sua pele levemente tocar Assim que aberta entra de supetĂŁo A luz do sol ou a noite com sua escuridĂŁo Sente-se Ă sua frente e se ponha a esperar Admire com calma tudo o que ela te apresentar Sons, cheiros, imagens Apenas se permita sonhar
Convite Está o sol a bater em minha janela Me convidando a levantar - Ei, sai dessa cama! A vida precisa continuar Seu calor mal chega em mim Sua luminosidade atrai meu olhar Sua presença é constante Insiste em me animar Me deixa aqui Não quero levantar Só quero dormir E deixar a vida passar
Viva a paixão! Precisamos nos apaixonar todo dia Pelas pessoas e pela vida Por aquela comida deliciosa e aquela carinha Por aquele sorriso a aquela brusinha Por aquele pôr do sol e aquele lindo livro Por um trabalho e aquele grande amigo Só se apaixonar Sem segundas intenções Sem em troca nada esperar Mas conseguimos em troca nada desejar? Ou queremos ao menos um sorriso, um abraço ganhar Será?
Somo feitos de emoção Ora contida, ora explícita Mas sempre ali estão A paixão nos move nunca é em vão Ela nos impulsiona a encontrar A andar na contramão Ela cumpre seu propósito O de nos mostrar Que ainda somos de carne e osso E que somos capazes de nos dar Para que o outro em nós possa habitar Viva a paixão! Que nos arrebata Nos convence Sem qualquer permissão
O mar Vem Vai Num Num
e vai e vem fluxo constante compasso acertado
Seja dia ou noite manhã, tarde ou madrugada Nunca se cansa não dá uma parada Vai Vem Num Num Num Que
e vem e vai movimento forte ou meio parado calor frio ou num frio acalorado som alto, bravo ou suave diz: apenas relaxe
Molha-me os pés Refresca-me a alma Lava-me o coração E leva embora Tudo que já abri mão
Alguém Um olhar sincero Uma palavra amiga Um abraço apertado Um afago demorado Alguém Alguém Alguém Alguém
pra pra pra pra
ouvir esperar dividir implicar
Seja um amigo Crush ou primo Pai, mãe ou irmão O que conta no final é amar O quanto se doa e recebe Sem se cobrar
Cores Teus castanhos que atraem os meus Brancos que incendeiam meus marrons Pretos que inebriam meus claros Cinzas que me cingem o coração Cores frias Se opondo às minhas Cores quentes Permita que minhas cores Se misturem às suas E que o acaso Faça de nós uma bela pintura
O sábio tempo Outro dia caminhando pude observar que meus passos eram maiores que minhas pernas podiam dar Mesmo sabendo disso insisti em continuar Pensei: que mal há? Ali não pude perceber mas o futuro me trouxe de presente o que no passado não quis entender As pernas cansadas Os pés doloridos As costas curvadas E o coração ferido
Morfeu Olhei o relógio e já era cedo Porém ainda tarde Disse ele que viria E eu me pus a esperar A esperar, e esperar Pela tranquilidade O conforto do desperta Mas este me negou sua presença Logo o que me faz tão bem Que me restaura as forças E alimenta alma Que me faz esquecer Faz recordar e viver Oh, belo Morfeu! Beija-me e envolva-me em teus braços Faça-me sentir a brisa leve E de novo suspirar
Namorar a Lua O que tem pra hoje? Namorar a Lua Que à minha lente se revela nua Que brilha pouco ou brilha muito Depende do coração que a vê E da alma que a sente Depende Depende Ora revelada, ora escondida Ora muito, ora pouco Ora cresce, ora vai embora Mas sempre lá em cima Olhando pra toda gente A ninguém indiferente
Semente, torne-se flor Oh, Lua! Te pedi amor E deste desprezo Te mostrei o coração E só vi suas sombras Te dei o meu tempo Mas estavas muito ocupada Fui em sua direção E buscaste outra Estive sempre aqui pra ti Enquanto se escondia Ouvi suas palavras E nem leu as minhas Esperei demais Imaginei demais E sei bem Eu não tinha esse direito Mas coração é aventureiro É ele quem manda na gente A gente só sente
O que se pode fazer? Fingir que nada aconteceu? Melhor olhar para o céu Acreditar que será diferente Carregar a semente do amor Cultivar pra que ele ainda cresça E em outro astro torne-se flor
Mestres Quem são estes? Transformam o ser em ser melhor Não cansam e nem desistem Movimentam e promovem Quem são estes? Modificando tudo ao redor Inquietos, tranquilos, animados, concentrados Princípio e meio Alicerce Todos os dias deixam e levam Construindo o amanhã
A tempestade em mim Há momentos que somos sol em dias chuvosos Outros somos chuva em pleno sol Hoje a tempestade foi em mim mais do que eu fui Chegou apressada, assim sem avisar Quando percebi já havia me encharcado Não pude me proteger, nem reagir Me vi imóvel, sem saber onde ir Vi as horas correrem e o tempo parar Vi o amontoado de coisas espalhadas por mim Não consegui nada além de sentar Olhar e esperar sua partida Esperar pelo amanhã Vindo com sua boa nova E voltar ao meu refúgio De onde hoje nem consegui sair
Dias e dias Há dias em que as cores parecem desbotadas Os sons distantes e as vozes distorcidas No reflexo habitando apenas o desconhecido Passos despercebidos na multidão Existências e insistências tímidas Respostas perdidas Nunca entregues Nunca escritas
Bela Dona de uma voz tão doce quanto seu jeito Não há quem consiga não se apaixonar Mas cuidado! Ela sabe como ninguém te ignorar Quando errada não é que vá logo admitir Mas certa, meu bem melhor desistir Bico sabe fazer e pede de um jeito Ah, com certeza vai te convencer Deixa ser no tempo dela não insiste Se ela disser não só desiste Mas se ela quiser Ahh, só Deus pode impedir Não tem muita frescura não Come arroz, coxinha e uns hamburgão
Mas não vem com pão-durice Porque com ela tem isso não Família é seu porto seguro É onde ela sempre está Cuidado com o que fala deles Se não ela vai te pegar Medo ela tem Mas isso não é motivo Para que não vá além
Exagerada Exagerada? Será? Se é pra amar Vou amar até doer Se é pra ter ódio Ah, não Acho que não sei isso fazer
Deixa ser Ei, você! Vista-se de si mesmo Sem medo mostre-se seja o que tens de ser Deixem falar a vida é sua e que mal há? Trilhar novos caminhos se econtrar Andar por cima dos muros e depois pular Pra lá? Pra cá? Sei lá, só deixa acontecer A vida é muito curta Pra perder tempo tentando não ser
Uma pausa Olhar além Acreditar que atrás do muro Há um belo jardim Lindas flores Exalando seu bom odor E colorindo tudo enfim Luz e calor na medida certa Pássaros a cantar Ar puro, sombra e um envolvente balançar Um pacato som pelo lugar De onde será? Das águas vencendo as pedras Deu pra imaginar?
Anjo De olhar terno De abraço apertado E sorriso iluminado De onde vem? Não importa, também! Importa é que chega E está sempre a emprestar Seu ombro amigo E doces palavras para acompanhar Tão rasa quanto um oceano Tão imperceptível quanto um furacão Feita de intensidade entrega, charme e coração Ah, como dói uma lágrima rolar! Medo? Tristeza? Que nada Um sorriso no lugar Quem a vê tão linda assim Pode até ignorar Que por dentro Há uma criança inocente a se entregar
Sorria sempre doce menina Abrace sempre doce menina E que o mundo seja capaz De lhe devolver ao menos o dobro Do que você oferecer
Partiu? Desde que você partiu E partiu meu coração A vida anda meio quebrada Meio na contramão Às vezes acho que é loucura E você ainda está aqui Mas quando olho em volta Há sua falta, vazio em mim
Girikinha Girikinha quando nasce se esparrama pelo chão Pera! Mentira, ela nasceu pra me dar a mão Tamo junto sempre, de verão a verão Seja se a vida tá boa ou melhor ainda não Estava à toa na vida A girikinha chamou Pra ver a banda passar... Que!? Foi isso não Chamou é pra ir lá jantar Forte como um touro Insuperável sua determinação Essa menina é um orgulho Uma grande inspiração Ela é um mulherão da porr* Mas por dentro uma menininha Põe muita gente no chinelo Essa é minha amada girikinha
Vida Ca
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A vida tem dessas coisas Subindo e descendo Pra lรก e pra cรก A nรณs cabe viver Sendo bom ou ruim De alguma forma servirรก
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LoucaLu Bela é ela Tão distraída que nem vê a vida passar Será? Olha ela se enrolando Parece que não vai dar Que nada Ela parece dizer a si mesma... Bora menina, levanta a vida não pode parar! Está sempre de boa Tem um enorme brilho no olhar Aquele de quem sabe que no fundo vai alcançar Pode ser bandejão, coxinha ou sacolé Parece não ter tempo ruim para essa mulher Não se importa em te ajudar Mesmo nas loucuras dela ela vai tentar Loucura é seu jeito maravilhoso De parar e ouvir prestar atenção e só sorrir
E quando menos se espera Lá vem ela com uma palavra que faz o caminho florir Cuidado!! Ela vai te conquistar Seja sensível deixe ela ficar
Pa tu Seus zóio briam como dois faról Sua boca baba como a do boi Seu nariz parece duas casinhas de tatu Como eu num sô besta Fiz esse versinho pa tu
Árvore Como cê é maravilhosa Pega o meu sopro ruim Transforma em vida E devolve pra mim Não posso te ver Mal posso te olhar Que me perco em seu balançar Cheio de sensualidade e charme Carregando vida pra lá e pra cá Em cada pedaço seu Há esperança para o futuro Tem sustento, tem sussurro Tem gritos, tem murmúrios Tem a mão que acalenta E tem a que dá murros
Minha Franguinha Ela chega chegando Falando alto Com seu sorriso largo Diz o que quer Faz o que poder pra ser feliz Tem pé no chão Esperança no coração De alcançar o que sonha pra si Seu jeito abusado com olhar afiado Escondendo a menina doce que mora ali Que sabe o que quer Sim já é uma mulher Que cresce e floresce no jardim da vida Ontem um bebê a franguinha da tia que fazia muita estripulia Hoje uma mulher linda que é, com 18tão Nada muda ela continua sendo da tia o bebezão
Pedacinho de ti Seus cabelos brancos dizem-me o quanto já viveu Seu olhar sobre mim sempre me protegeu E quando tudo parecia me engolir ouvia sua voz dizendo baixinho: “estou aqui” Seu abraço sempre a me afagar Seu amor tão grande E sem palavras Que me fez amar Posso ir a todo lugar com a certeza que sempre tenho pra onde voltar Meu porto seguro Pedacinho de mim Pedaço que sou veio de ti
Tum tum Bate Bate Bate sem parar Vai batendo tão de pressa Seu louco, onde vai para? Tum, tum, tum Tum, tum, tá Nesse ritmo que bate Dá até pra sambar Apertado Apertadinho Parece sufocar Querendo sair do lugar tão bobo, jamais sairá Tão Tão Tão Tão
frio, tão quente cheio, tão vazio mole, tão duro forte, tão burro
Tão meu, tão seu Se ele ainda bate Nem tudo se perdeu
Assim A dor aperta o peito Que espreme o coração E empurra a alma lágrima abaixo A calma afugentada da alma Ainda há de resplandecer O peso no topo escondido Insiste em permanecer Como ferida a ferro quente Dói e nem se sente Como cavalo a galopar Não se permite uma parar Como caminho florido No meio de espinhos escondido Como um belo dia ensolarado Sem sombra, vento ou amparo Assim foi Assim é Assim será Assim A Sim
Pessoas Elas vem e vão Passando despercebidas Rápido ou devagar Sutilmente desviando do que à frente está Enfurecida Atropelando tudo na vida Limpa, suja, frouxa ou apertada Enfileirada, esperando ou esperada Na frente, atrás, de um lado ou de outro De tudo há um pouco Tão diferentes Mas devem ser olhadas igualmente Cheias de curvas e retas Paradas e finais Começos e retomadas Cheias de vem e vai
A noite No silêncio não tão silencioso da noite Ouço um compasso meio descompassado Um tanto acelerado Perdido não Mas encontrado Que quase salta do seu lugar Psiu! Pra que tanto se apoquentar? Olhe que bela noite Tem estrela, tem luar Tem brilho, tem frescor Descanse, não se apoquente Por favor!
Vagando no caminhão Dormir já não consigo Só penso em você Nesse enorme vontade de te ter Se fecho os olhos quem está lá? Se abro Nem preciso falar Te entreguei o coração Sem saber o que fazer O coloquei em sua porta Após a sua devolução Lembro-me de ver ao lado algo inútil a ser descartado Na pressa nem prestei atenção agora o sinto vagar perdido dentro de um caminhão
Estou bem Se me perguntar como estou certamente direi que bem Lhe oferecerei meu melhor sorriso Talvez lhe contarei uma piada idiota e lhe farei rir dela Porque sei que de fato Não quer saber como estou Não lhe direi que trago no peito um coração um tanto partido e alguns planos frustrados Não mencionarei a dor Que me tem corroído a alma Apenas direi: estou bem E você, como está?
Impossível Esqueço o que preciso lembrar Lembro o que preciso esquecer Digo quando deveria calar Calo o que deveria dizer Entrego quando deveria guardar Guardo quando deveria dar Fico quando deveria ir Vou quando deveria ficar No momento é certo Certo, quando é o momento? Isto é algo impossível mesmo Mesmo? Isto é algo impossível? Mesmo impossível isto é algo
Menina Menina da pele morena Da boca pequena Do abraço apertado Menina do cabelo enrolado Do coração apaixonado Que só quer viver Menina que sabe o quer Mesmo com medo Vai até onde puder Menina que cansa e descansa sem desistir Que cai e levanta se recompõe e logo volta a seguir
Passa tempo Enquanto o tempo não passa Passo pelo tempo Enquanto você não passa Passo por você Enquanto Fecho os Enquanto Penso em
as luzes não se apagam olhos você não se apaga você
Tanto faz Tanto faz quem vai estar ao meu lado O sorriso que verei não será o seu A voz que ouvirei não será a sua Os abraços não terão seu cheiro Dizem que o tempo resolve tudo Será? Tanto faz
RealMente Se fecho os olhos Posso ver sua face Morada daquele sorriso Ah, que sorriso! Nele esta minha loucura Por conta dele me pus a suspirar Até já perdi o sono Planejando como de novo o encontrar E aquele olhar? Ainda continua o mesmo? Sinto falta dele esbarrando no meu De num instante me perder E no doce toque da tua voz voltar a estar Doce lembrança Já nem sei até onde é Realmente
Ela é o mar Ela é linda como mar Profunda e cheia de ondas Que me chamam pra admirar Seu olhar é um convite Seu sorriso uma confirmação Sua voz é quem me guia no meio da imensidão Suas palavras soam como notas musicais Perdoa se me perdi no assunto é que sua voz eu amo demais Quem te ensinou a sorrir desse jeito deveria ser punido Porque provocar loucuras com esse sorriso, meu bem, não é permitido Nasço no teu olhar E me encerro no teu sorriso Busco te encontrar Mas me encontro em ti perdido
Produzido em junho de 2018 utilizando a fonte Courrier New, sobre papel offset 75g para o miolo e couchĂŠ 150g para a capa.
Amar é ser piegas ser trouxa se importar ser intenso demonstrar não ter medo só tentar e pra você o que é amar?