Informativo abril

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«Tempos de dizer que não são tempos de calar É tempo de lutar É tempo de festa, tempo de cantar as velhas canções e as que ainda vamos inventar Tempos de criar, tempos de escolher Tempos de plantar o que iremos colher É tempo de dar nome aos bois. de levantar a cabeça acima da boiada Porque é tempo de tudo ou nada » -Mauro Iasi

Informa vo da CN ABEEF 2015/2016 Nesta Edição : Ÿ 46º CBEEF Ÿ 7º EME, 2 Ÿ 1º EREEF Mata

Atlan ca, 2 Ÿ Nota de

Conjuntura, 3 Ÿ 2ª CNATER

Juventude Rural, 4

volume 1, edição 5

Abril, 2016

AlÔ ALÔ FLORESTEIRAS E FLORESTEIROS, TA CHEGANDO O 46º CBEEF!! O 46º Congresso Brasileiro de estudantes de engenharia florestal se aproxima, e é com todo vapor que a Comissão Organizadora junto à Coordenação Nacional, gestão 2016/2016 se prepara pra receber todas e todos estudantes de engenharia florestal desse país. Esse ano, o 46º CBEEF ocorrerá entre os dias 10 a 18 de junho de 2016, na Universidade Federal da Sergipe – Campus São Cristovão – SE, Com o tema: “Extensão Universitária e Agroecologia:Por uma formação profissional pra além dos muros da universidade”. Va m o s d e b a t e r a n o s s a F o r m a ç ã o Profissional, e a agroecologia como alterna va, entendo também a necessidade de debatermos a nível nacional e na engenharia florestal a Extensão Universitária, uma vez que o Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado, colocando a obrigatoriedade de de 10% a 15% de extensão nos currículos universitários, uma conquista histórica do movimento estudan l brasileiro. Com isso, visualizamos a necessidade de estar aprofundando o debate em torno ao modelo de extensão, do seu modelo até a forma com que a extensão se dá dentro das universidades.

Quer ir pro 46º CBEEF e não sabe como? Organize as/os estudantes de seu curso, Entre em contato com o CA/DA da suauniversidade para a solicitação do transporte, também é importante ficar atento às promoções de passagens aéreas, não esquecendo que a organização de polí ca financeira cole va é necessária pra garan r a ida de todas/os estudantes ao 46º CBEEF. Em breve a Comissão Organizadora estará divulgando a circular para apresentações de trabalho e inscrições do evento. Não vai ficar de fora dessa, é com toda alegria e o calor de Aracaju, que esperamos vocês. VEM PRO 46º CBEEF, VEM PRO NORDESTE!


Informa vo CN ABEEF 2015/2016

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7° Encontro de Mulheres Estudantes da UNE (EME) De 25 a 27 de março, ocorreu na universidade Federal Fluminense em Niterói –RJ o 7° EME, o encontro reuniu mais de 3 mil mulheres de todo o país. Se fizeram presentes mulheres da nossa querida ABEEF, em torno da temática “A cultura feminista transformando o Brasil”. Durante os 03 dias de Encontro pudemos debater sobre diversos problemas que enfrentamos na sociedade patriarcal em que vivemos, e as formas de organização perante a esse modelo de universidade e conjuntura atual do país e do mundo. Como encaminhamento do encontro, está em pauta o combate à corrupção, mas não acreditamos que deva ser da forma como vem ocorrendo, de manipulação através da mídia e de investigações seletivas, por isso reivindicamos o “fora Cunha”, entendendo que Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos deputados, atenta contra os direitos das mulheres. O EME trouxe à tona o debate sobre o acesso à universidade, reconhecendo os avanços obtidos no último período, e resgatando que nossa luta não cessa, é preciso continuar a

luta estudantil pela universalização do acesso e a garantia de permanência na universidade através do aumento significativo do investimento na assistência estudantil, garantindo o direito de mulheres entrarem e concluírem os seus cursos. Ressaltamos que as mulheres continuarão a ser protagonistas na organização estudantil e na luta pela garantia e ampliação da democracia: sem feminismo, não há democracia! A carta de Niterói, resultado do 7° EME, encontra-se disponível no endereço virtual: http://www.une.org.br/noticias/carta-de-niteroiafirma-sem-feminismo-nao-ha-democracia/ Há braços Feministas!

I EREEF Mata Atlância: Formação Profissional e perspec vas da atuação sustentável Floresteiros e floresteiras desse Brasil! O feriado foi muito aproveitado pelos abeefentos e abeefentas de plantão! Nos dias 21 a 24 de abril, ocorreu o I Encontro de Estudantes de Engenharia Florestal- EREEF da região Sudeste na Universidade Federal de Lavras- UFLA. O encontro contou com a presença dos Floresteir@s da ESALQ, UFV, UFRRJ e até a UFSM e a UFAC estiveram representadas. Os estudantes de Engenharia Florestal se reuniram neste evento para debater a respeito da Formação Profissional e as Perspectivas de Desenvolvimento Sustentável, discutindo sobre questão agrária, agroecologia, movimento estudantil, além das diversas oficinas e paineis de bioconstruções, sistemas agroflorestais, energia, plantas medicinais, recuperação de nascentes e hortas urbanas. Encontros como esses, só tem a acrescentar e contribuir na nossa formação como futuros engenheiros florestais conscientes e preocupados com os povos e as florestas! Gratidão a todos e a todas que participaram e logo logo nos veremos novamente no 46º Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal- CBEEF, porque a ABEEF é de quê? DE LUTA! A regional Mata Atlântica é de quê? DE LUTA!


volume 1, edição 3

A

Nota sobre a conjuntura

s s i m c o m o apontamos ao longo do 45° Congresso Brasileiro de Estudantes de Engenharia Florestal-CBEEF, uma onda conservadora vinha tomando força, e adentrando no país, exemplo disso é o congresso nacional eleito em 2014, considerado o mais conservador desde a ditadura, sendo essa marcada pela grande polarização em torno de dois projetos para o Brasil. Contando com o apoio dos movimentos sociais e vastos setores populares o projeto da Presidenta Dilma saiu vitorioso, porém, a direita insa sfeita com o resultado das urnas, desde o início do mandato, empurrou através de sua maioria no congresso uma série de agendas e medidas de cunho neoliberal. Dessa forma que vimos tramitar na câmara dos deputados diversos projetos que atacam os direitos dos/das trabalhadores/as, estudantes, jovens, mulheres, indígenas, entre outros; além de mercan lizar nossas riquezas aturais e facilitar sua exploração. Podemos aqui citar a PEC(Proposta de Ementa à Cons tuição) 215 que transfere a responsabilidade pela demarcação de terras indígenas do execu vo para o legisla vo, além de revisar as terras já demarcadas e permite a exploração de riquezas naturais dentro das reservas. A PEC 4330 regulamenta as terceirizações precarizando as condições de trabalho. A PEC 5069 que ataca diretamente as mulheres proibindo a pílula do dia seguinte e criminalizando mulheres ví mas de estupro. A PEC 171 que reduz a maioridade penal para 16, atacando a juventude, principalmente pobre e negra e periférica, historicamente já marginalizada e criminalizada.

O mesmo programa neoliberal que aplica um ajuste fiscal recessivo, que coloca a crise nos ombros dos trabalhadores e c o r ta ve r b a s d a s a ú d e e d a educação. Como sabemos os cortes na educação implicaram diretamente na vida dos e das estudantes, uma vez que os cortes a ngem primeiro os recursos des nados a assistência estudan l, necessários para a permanência dos e das estudantes, que historicamente foram excluídos das universidades e nos úl mos anos conseguiram acessar o ensino superior. Lembrando que muitos conseguiram ingressar nas universidades através de programas como PROUNI, REUNI e FIES e que também estão ameaçados.

Se no início a direita estava dividida entre um setor que aderia a tá ca de pressionar o governo para que ele implantasse o projeto derrotado nas urnas, fazendo assim o mesmo se desgastar e perder o apoio da população, e outro que

pretendia, através do pretendia, através do iimpeachment, interromper o mandato democra camente eleito, agora vemos uma direita ar culada com as elites, a mídia e o judiciário apostando todas suas fichas na interrupção do mandato da presidenta Dilma. Essa ar culação fica clara ao ver os ataques diários e sele vos da mídia, que dissemina o ódio e o fascismo com o intuito de criminalizar a esquerda e os movimentos sociais. Os vazamentos sele vos e abusos da jus ça, que vem passando por cima da cons tuição. Estes que hoje adotam um discurso an corrupção (muito semelhante com o discurso u lizado em 1964 para derrubar Jango), sendo esses mesmos citados e inves gados pela operação Lava Jato, não tem como obje vo o fim da corrupção e sim interromper um ciclo de governos progressistas da América La na, realinhar o Brasil aos interesses dos Estados Unidos e romper com outras formas de integração como o BRIC´s e a UNASUL, e retomando um projeto neoliberal que traria imensos retrocessos aos direitos conquistados nos úl mos anos. O que está em jogo não é o governo, e sim qual projeto de sociedade será levado adiante.


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Informa vo CN ABEEF 2015/2016

Dessa forma, nós da Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal, sabendo dos retrocessos para a educação que implicam um projeto neoliberal, tais como o sucateamento das universidades federais e por consequência a priva zação intea das mesmas através de parcerias público-privadas, cortes na assistência estudan l, fim de programas e polí cas afirma vas (PROUNI, FIES, cotas, etc) nos colocamos contra o golpe, (uma vez que pela cons tuição brasileira, o

cumpriu nos rumos desse país, orientamos toda a nossa militância a ocupar as ruas em defesa da DEMOCRACIA, e pela mudança da polí ca econômica. Assim como, de acordo com as deliberações do 45° CBEEF, par cipar das reuniões e a vidades da Frente Brasil Popular, além de organizar outras formas de resistência como os comitês universitários contra o golpe, em defesa da democracia.Não vamos permi r que 64 se repita! Corrupção se combate com reforma polí ca! entendendo o papel histórico que o movimento estudan l sempre processo de impeachment sem embasamento real de envolvimento com corrupção é caracterizado como golpe) que é não respeitar o voto da maioria, e

G O L P I S TA S , FA S C I S TA S N Ã O PA S S A R Â O ! 2ª Conferencia Nacional de Assistência Tecnica e Extensão Rural para a Juventude Durante os dias 28 e 29 de março de 2016 foi realizada, em Brasília, a etapa da 2ªConferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (CNATER) voltada para a juventude rural. Esta etapa nha como obje vo discu r junto com jovens, beneficiados e prestadores de assistência técnica, os problemas e dificuldades que a juventude rural e dos povos e comunidades tradicionais enfrentam no âmbito da assistência técnica e as polí cas públicas relacionadas a mesma. A conferência foi organizada pela Assessoria de juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Na conferência se fizeram presentes jovens representantes de movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais, empresas públicas e privadas prestadoras de ATER e jovens extensionistas de todas as regiões

do país. A Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal esteve presente e co l a b o ro u co m o s d e b ate s , principalmente com o que tange a formação dos profissionais que trabalham com ATER. Está é uma g r a n d e problemá ca já que a formação dos profissionais das agrárias geralmente é p e n s a d a e direcionada para atender ao agronegócio deixando de lado, e muitas vezes menosprezando, a agricultura familiar. Neste sen do, nós da ABEEF, viemos pautando a formação profissional como o principal debate para dentro do nosso curso. Cada vez fica mais evidente

a necessidade de uma outra formação para os engenheiros florestais. Se hoje nos deparamos com currículos ultrapassados e voltados para um campo de trabalho cada vez mais restrito, é nosso dever enquanto estudantes

buscar uma formação mais ampla, que busque não só atender aos interesses de grandes empresas, mas também das pessoas que trabalham e vivem no meio rural. Para isso necessitamos de uma formação crí ca, que permita


volume 1, edição 3 compreender a pluralidade e a complexidade do campo brasileiro. Um dos pontos que teve grande repercussão na conferência foi a importância da manutenção e consolidação das polí cas públicas já existentes e a criação de novas que contemplem principalmente a juventude rural, levando em consideração a importância da manutenção dos e das jovens no campo como forma de combater o êxodo rural. Cabe ressaltar a importância da par cipação do Estado para o fortalecimento da agricultura familiar e a formação de um novo projeto de desenvolvimento para o

campo, baseado na produção de alimentos com base agroecológica e na exploração racional dos recursos naturais.

Esta universidade agricultura contribuir

aproximação da com a realidade da familiar, além de na formação de

profissionais mais completos e colocar a agroecologia em debate dentro das ins tuições de ensino, abre espaço para que a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias contemplem também a pequena produção e não somente ao agronegócio. Tendo em vista que um dos grandes limitantes de uma produção limpa e agroecológica, feita pela agricultura familiar é a falta de tecnologias especificas para a mesma, sendo obrigada a aderir aos pacotes tecnológicos do agronegócio. Para romper com as amarras desta educação bancária e

limitante é que se faz presente a extensão universitária, e que foi apontada na conferência como meio de aproximar os estudantes e a universidade da realidade dos trabalhadores rurais e dos povos e comunidades tradicionais, onde foi deba da a importância de projetos de extensão, como por exemplo os estágios de vivência, historicamente construídos pelas execu vas de curso das agrárias ( FEAB E ABEEF ). Dessa forma fica evidente fica evidente a necessidade da organização dos e das estudantes para discu r, propor e construir alterna vas para o curso. Os CA´s/DA´s e a ABEEF, assim como os grupos de extensão e agroecologia, são ferramentas uteis para isso, tendo em vista que é somente agindo cole vamente que conseguindo transformar a realidade em que estamos inseridos. Depende basicamente da organização dos e das estudantes a construção de uma formação profissional com a realidade e as reais demandas da sociedade

VAMOS FLORESTEIROS TEMOS QUE POR UM POUCO MAIS DE FORÇA!


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