SINOPSE DE PESQUISA – 2012/2013 INDICADORES ECONÔMICOS DAS VIAGENS CORPORATIVAS ALAGEV VERSÃO FINAL
São Paulo Janeiro/2014
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Associação de Apoio à Pesquisa ALAGEV – Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas Representantes: Viviânne Martins, Paulo Amorim Realização Senac/SP Coordenação: Márcia Harumi Miyazaki APOIO: ABRACORP – Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil
Professores Pesquisadores: Professor Hildemar Silva Brasil, Dr. Professor Antonio Carlos Bonfato, Msc. Professora Maristela de Souza Goto Sugiyama, Msc.
Apoio: Deborah Griebeler – Centro Universitário Senac Nicole Boh – ALAGEV Rodolfo Reis Sancho Resch – Centro Universitário Senac
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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
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2.1. GERAL
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2.2. ESPECÍFICOS
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3. METODOLOGIA
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3.1. CONCEITUAÇÃO
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Viagens Corporativas Empresa Cliente Unidade Amostral Receita Líquida Emprego Direto Emprego Indireto Empresa Fornecedora Receita Bruta Salários e outras Remunerações Pessoal Assalariado Receita de Prestação de Serviços 3.2. Segmentos da cadeia produtiva das viagens corporativas 3.3. Métodos de pesquisa e coleta 3.4. Fontes de pesquisa 3.5. Coleta e tratamento dos dados 4.0. Resultados da Pesquisa 4.1. Receita Anual das Viagens Corporativas 4.2. Distribuição das receitas pelos segmentos corporativos 4.3. Impactos Econômicos 4.3.1. Empregos Diretos e Indiretos 4.3.2 Impacto Econômico Total 5. Gastos do governo federal com viagens corporativas
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INTRODUÇÃO – A ECONOMIA BRASILEIRA APRESENTOU UM RESULTADO POSITIVO NO ANO DE REAL DO
2013 COM UM CRESCIMENTO
PIB ESTIMADO EM 2,30 % ENQUANTO AS RECEITAS TOTAIS DOS SETORES QUE COMPÕEM O IEVC1
CRESCERAM NA MÉDIA
13,83 %.
PARA 2014, PROJETA-SE UM CRESCIMENTO DAS VIAGENS CORPORATIVAS DE 12,37%. ESSE COMPORTAMENTO DEVE-SE AO CRESCIMENTO ESPERADO DO
PIB BRASILEIRO E MUNDIAL, ALÉM DA PRESSÃO
INFLACIONÁRIA EM UM AMBIENTE DA COPA DO MUNDO E DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS.
2. OBJETIVOS 2.1. Geral Atualizar o conjunto de indicadores referentes ao ano de 2013 e projeções para 2014.
2.2. Específicos Os objetivos específicos do projeto são: Atualizar a receita anual do setor de viagens corporativas; Dimensionar o emprego direto e indireto gerado por esta atividade; Projetar os impactos econômicos das viagens corporativas;
3. METODOLOGIA 3.1. Conceituação2 3.1.1 Viagens Corporativas Conforme entendimento entre as associações participantes e apoiadoras neste projeto entende-se por viagem corporativa “todas as viagens pagas por pessoas jurídicas”. 3.1.2 Empresa Cliente Toda empresa que realiza viagens corporativas e que não tenha como atividade fim o turismo. 3.1.3 Unidade Amostral 1
Indicadores Econômicos das Viagens Corporativas. Conceitos obtidos na Revista Valor Econômico – agosto de 2007 e Pesquisa Anual de Serviço (Série Relatórios Metodológicos) – ano 2006.
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Caracteriza-se como um evento específico na realização de viagens corporativas dentro do universo total de empresas clientes.
3.1.4 Receita líquida Valor obtido com a dedução, a partir da receita bruta, de impostos, descontos e devoluções. Igual a faturamento líquido ou vendas líquidas. 3.1.5 Emprego Direto Total de pessoas ocupadas nas atividades diretamente ligadas à cadeia produtiva, estipuladas neste projeto e às empresas clientes. 3.1.6 Emprego Indireto Total de pessoas ocupadas que se beneficiam das viagens corporativas, mas não fazem parte da cadeia produtiva. Será utilizado o multiplicador de emprego no setor de turismo estimado pela Organização Mundial de Turismo. 3.1.7 Empresa Fornecedora Toda unidade jurídica, caracterizada por uma razão social, que tem como atividade fim a prestação de serviços em um dos segmentos da cadeia produtiva. 3.1.8 Receita Bruta Receita proveniente da prestação de serviços, da revenda de mercadorias, sem a dedução dos impostos incidentes sobre estas receitas, assim como das vendas canceladas, abatimentos e descontos incondicionais. 3.1.9 Salários e outras remunerações Importâncias pagas a título de salários fixos, honorários, comissões, horas extras, participação nos lucros, ajudas de custo, décimo terceiro salário e férias. 3.1.10 Pessoal Assalariado Pessoas efetivamente ocupadas, independente de terem vínculo empregatício, desde que tenham sido remuneradas pela empresa. 3.1.11 Receita de Prestação de Serviços Receita proveniente da exploração de uma ou mais atividades do âmbito da pesquisa.
3.2. Segmentos da Cadeia Produtiva das Viagens Corporativas
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Para este projeto definiu-se que a cadeia produtiva das viagens corporativas será composta dos segmentos3 abaixo: Transporte Aéreo Locadoras de Automóveis Serviços de Hospedagem Alimentação Agenciamento Tecnologia (software customizado e não customizado) 3.3. Métodos de pesquisa e coleta Historicamente, a pesquisa objetiva estimar os gastos dos clientes e as receitas dos fornecedores dos serviços relacionados à cadeia produtiva das viagens corporativas. Partindo-se do universo das 1.000 maiores empresas brasileiras e das 100 maiores instituições financeiras, a pesquisa por amostragem (coleta direta) realizada entre 2006 e 2008 possibilitou a construção de um painel de respostas que, após tratamento estatístico, permitiu a geração dos indicadores desejados, quais sejam, gasto com viagens corporativas e emprego direto gerado, com uma margem de confiança estimada em 95%. A repetição do experimento acima permitiu estabelecer uma tendência econométrica para o caso dos gastos das empresas dentro de um intervalo correspondente ao nível de confiança acima estipulado. No caso dos fornecedores, o ponto de partida foi a coleta da série histórica das informações constantes na Pesquisa Anual de Serviços – PAS, publicada pela Fundação IBGE, e pelas estatísticas médias geradas a partir dos percentuais referentes aos clientes dos serviços de viagens corporativas em relação à receita total. A partir de 2009, o painel respondente foi preenchido pelas empresas clientes associadas da ALAGEV. Os resultados foram complementados pelas entrevistas qualitativas realizadas junto aos presidentes de associações representativas dos setores de locação, de hotelaria e dos gestores corporativos, além das Travel Manager Corporations. O ajustamento da estimativa final obtida resulta da convergência da sondagem acima frente à estatística obtida pelo modelo econométrico (tendência). Em 2013, foram consideradas as percepções das empresas constantes na sondagem3 da Fundação Getúlio Vargas – FGV para o Ministério do Turismo no fechamento do “cenário resultado” que derivou as estatísticas finais a serem divulgadas à frente. 3.4. Fontes de pesquisa 3
Esses setores representaram um total de R$ 222,99 bilhões de faturamento a preços de 2013 (FIBGE).
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Serviram como fontes de pesquisa: 3.4.1. Primárias Empresas Clientes e Associadas à ALAGEV; Empresas Fornecedoras Associadas à ALAGEV; Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH; Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis – ABLA; Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas – ABRACORP; Comitê de Tecnologia da ALAGEV; Comitê de Agenciamento da ALAGEV; e Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil – FOHB. 3.4.2. Secundárias Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC; Fundação IBGE; Banco Central do Brasil; Ministério do Turismo e Fundação Getúlio Vargas – FGV; e Instituto de Pesquisas Aplicadas – IPEA.
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3.5. Coleta e tratamento dos dados Pesquisa Quantitativa Entrevista indireta e aplicação de questionário fechado, através da internet, ao representante do setor de viagens da empresa cliente e da empresa fornecedora (associados da ALAGEV). Os dados coletados foram submetidos ao tratamento estatístico inferencial. Pesquisa Qualitativa Entrevista direta roteirizada e gravada com os representantes da ABRACORP, ABLA, ABIH, COMITÊ DE TECNOLOGIA - ALAGEV e FOHB. Os textos tiveram tratamento com a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo4. Séries Temporais Técnica de Regressão para estimativa da tendência histórica. Intervalos de confiança com margem de erro máximo de 5%.
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Discurso do Sujeito Coletivo – Lefevre & Lefevre – 2005.
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4. RESULTADOS DA PESQUISA – 2011/2013 4.1. Receita Anual das Viagens Corporativas Tabela 1 – Receita Operacional –2011/2013 IEVC VARIAÇÃO ANUAL (%)
ANO
VALOR
2011
28.623.312,54
-
2012
32.310.958,83
12,88
2013
36.789.257,72
13,86
(R$ 1.000)
FONTE: PAS 2011 E PESQUISA DIRETA 2011 A 2013 ; (1) Hospedagem,Aéreo, Locação,Alimentação,Agenciamento, Tecnologia .
4.2. PARTICIPAÇÃO RELATIVA DOS SEGMENTOS CORPORATIVOS NA RECEITA TOTAL A apropriação das receitas operacionais obtidas durante os anos de 2012 e 2013 pelos segmentos em estudo apresentou a seguinte distribuição:
Tabela 2 – Participação Relativa na Receita Corporativa – 2012 / 2013 COMPOSIÇÃO DA RECEITA IEVC (%) AÉREO HOSPEDAGEM LOCAÇÃO DE AUTOS ALIMENTAÇÃO
2013 46,75 34,37 6,09 5,24
2012 45,59 34,98 7,17 5,19
AGENCIAMENTO TECNOLOGIA TOTAL
4,98 2,57 100,00
4,82 2,25 100,00
FONTE: PESQUISA DIRETA 2012 e 2013.
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4.3.IMPACTOS ECONÔMICOS 2012/2013 4.3.1 Empregos Diretos e Indiretos Em 2013 foram gerados 351.034 empregos diretamente ligados às viagens corporativas e 393.158 postos de trabalho em atividades complementares ao setor. Em relação a 2012, o crescimento do número de empregos foi de 5,42%, representando uma criação de 38.260 novos postos de trabalho.Vale considerar a qualificação da mão-de-obra que atua no segmento específico das viagens corporativas e sua contribuição na geração da riqueza econômica, cujo valor foi estimado em 7,93%. A figura a seguir mostra os dados globais de emprego e produtividade.
Tabela 3 – Viagens Corporativas - 2012/2013 IEVC TIPOS
2013
2012
Emprego Direto
351.034
331.969
Emprego Indireto
393.158
371.805
Produtividade da Mão-de-Obra
107,93
100,00
(base=2012) Fonte: PAS 2012 e PESQUISA DIRETA 2013;.
4.3.2 Impacto Econômico Total: No que tange aos dados projetados sobre o montante do desempenho operacional (tabela 4), o impacto direto na economia se elevou de 61,07 bilhões em 2012, para 69,54 bilhões em 2013, em decorrência do aumento nas receitas operacionais (13,83%) do setor corporativo no biênio em estudo. Tabela 4 – Viagens Corporativas - 2012/2013 IEVC TIPOS
2013
2012
IMPACTO DIRETO NA ECONOMIA (R$)
69,54 bilhões
61,36 bilhões
EMPREGO TOTAL GERADO
744.193
703.774
Fonte: PAS 2012 e PESQUISA DIRETA.
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O setor de viagens corporativas teve significativa participação na composição das receitas operacionais dos segmentos de viagem que demandam serviços turísticos no ano de 2013. Mantendo o mesmo desempenho de crescimento em relação aos anos anteriores, o setor de viagens corporativas foi responsável por 55,68% do total de receitas recebidas pelo trade turístico no ano (tabela 5). Tabela 5 – Comparativos por Segmentos de Viagens (R$ 1.000,00) IEVC
SEGMENTOS / RECEITAS DAS EMPRESAS VIAGENS CORPORATIVAS TURISMO DOMÉSTICO – LAZER1 - AVIÃO TURISMO INTERNACIONAL RECEPTIVO2 SETOR PÚBLICO FEDERAL COM VIAGENS TOTAL DE GASTOS PARTICIPAÇÃO CORPORATIVO NO TOTAL PARTICIPAÇÃO CORPORATIVO NO GASTO DOMÉSTICO
2013 R$ 36.789.257,72 R$ 13.291.832,33 R$ 14.149.480,78 R$ 1.847.243,49 R$ 66.077.814,32 55,68 % 70,85 %
5. Gastos do Setor Público Federal com Viagens
O Governo Federal aumentou seus gastos com viagens em 19,5% em 2013. Tal percentual de crescimento o coloca como o de maior crescimento dentre todos os segmentos analisados, conforme mostra tabela 6.
Tabela 6 – Distribuição dos Gastos do Governo Federal com Viagens - 2011/2013 GASTO / ANO TOTAL
2011 R$ 1.286.173,92
2012 R$ 1.545.769,70
2013 R$ 1.847.243,49
Fonte: SIAFI/ Contas Abertas – 2006/2011
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