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Scortecci, pronta para a retomada

Ao completar 40 anos no dia 13 de agosto, a editora Scortecci se prepara para reabrir seu espaço, voltando a promover o fundamental encontro entre escritores e leitores.

“Sem dúvida, foi o maior desafio da minha vida profissional.” Dessa for‑ ma, João Scortecci define o impac‑ to da pandemia de Covid‑19 no ofício que abraçou em 1982, ano em que fundou a edi‑ tora que leva seu sobrenome. “Quando a pandemia chegou, bateu o desespero. To‑ das as nossas ações sempre foram calcadas no contato pessoal, na interação entre os autores e deles com o público.”

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A saída apresentou‑se para o editor e gráfico assim como para empresas de todo o mundo: a migração para o digital. Os ca‑ nais de venda pela Internet que já exis‑ tiam foram reforçados e a editora apostou na promoção de eventos online, como mesas de debate, entrevistas e recitais, para man‑ ter viva a ligação dos autores com o público.

A digitalização cumpriu seu papel e ago‑ ra é hora de retomar os encontros presen‑ ciais. “Para o autor, o lançamento do livro é um momento único. A oportunidade de autografar a obra, de encontrar com o lei‑ tor, é insubstituível. Conversei com meu time e decidimos que vamos reabrir o espa‑ ço da editora para esses encontros, estamos confiantes”, comenta Scortecci.

Uma prévia aconteceu durante a 26 ª Bienal Internacional do Livro de São Pau‑ lo, realizada no início de julho, da qual a Scortecci participa desde 1994. O estande esteve movimentado durante toda a feira e em especial na tarde de sábado, 2, com o coquetel alusivo aos 40 anos da editora.

Momento Especial

Vários são os motivos para a comemoração. Pioneira na publicação de livros em peque‑ nas tiragens e na impressão sob demanda, a editora contabiliza mais de 11 mil títu‑ los publicados em primeira edição e uma série de premiações, como o Jabuti, da Câ‑ mara Brasileira do Livro, o APCA , da As‑ sociação Paulista de Críticos de Arte, e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras.

Em sua história, a Scortecci conserva os mesmos objetivos e propósitos desde a sua fundação: editar, imprimir e comercia‑ lizar livros, promover e apoiar concursos e prêmios literários, realizar recitais e leitura de textos, participar de feiras e bienais do livro, organizar antologias literárias, rea‑ lizar cursos, palestras e oficinas sobre o li‑ vro e a arte de escrever, trabalhar pela for‑ mação e ampliação de bibliotecas públicas e comunitárias por meio do projeto Ami‑ gos do Livro e fomentar o hábito da leitu‑ ra. E é justamente para alimentar tudo isso que a Scortecci reabrirá sua sede.

Próximo à editora, no bairro de Pinhei‑ ros, em São Paulo, está a gráfica, inaugura‑ da em 1986, na qual desde 2012 só rodam impressoras digitais. A tecnologia viabili‑ zou várias iniciativas, como a plataforma de autopublicação Fábrica de Livros e o Print on Demand, que oferece o serviço de im‑ pressão para outras editoras. Os dois braços da editora respondem hoje por 3% do fatu‑ ramento da Scortecci e João vê espaço para crescimento. O grosso mesmo vem da pro‑ dução e venda dos livros: cerca de 60 novos títulos por mês, incluindo literatura infan‑ to‑juvenil pelo selo Pingo de Letra. A venda acontece nos canais digitais como Amazon, Americanas, Magalu, Livraria do Mercado e Estante Virtual, além da livraria Asabe‑ ça, criada por Scortecci em 1999 e atual‑ mente apenas como loja virtual. Faz ainda parte do Grupo Editorial Scortecci a Esco‑ la do Escritor, atuando na formação e apoio aos autores e profissionais da área.

SCORTECCI www.scortecci.com.br

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