Boletim ABNT Abr 2012

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ISSN - 0103-6688

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Abril 2012 | volume 10 | nº 116

O futuro que queremos Os caminhos para o desenvolvimento sustentável, que serão discutidos na conferência Rio+20, tornam-se cada vez mais acessíveis com a aplicação de normas técnicas. A conjugação das dimensões econômica, ambiental e social, há muito tempo contempladas pela normalização, ajuda a garantir o futuro das próximas gerações.


Cursos Destaques de abril e maio de 2012 Trabalhos acadêmicos Brasília - 15 e 16/05 Padronização de livros e periódicos São Paulo - 10 e 11/05 Gestão de riscos - Princípios e diretrizes ABNT NBR ISO 31000:2009 São Paulo - 17 e 18/05 Aplicação da norma ABNT NBR 10151:2000 ao controle do ruído no meio ambiente - Conceitos procedimentos e uso de instrumentos de medição Brasília - 17 e 18/05 Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis - ABNT NBR 15527:2007 São Paulo - 16/04 Manejo de águas pluviais - Parte 1: Quantidade São Paulo - 17/04 Manejo de águas pluviais - Parte 2: Qualidade São Paulo - 18/04 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - ABNT NBR 9050:2004 São Paulo – 18, 19 e 20/04 São Paulo – 23, 24 e 25/05 Introdução à normalização Rio de Janeiro - 18/04 Porto Alegre - 30/05 Responsabilidade social - ABNT NBR 16001:2004 e ABNT NBR ISO 26000:2010 São Paulo - 19 e 20/04 Guia sobre técnicas estatísticas para a ABNT NBR ISO 9001 ABNT ISO/TR 10017:2005 São Paulo - 23/04 Auditoria interna do SGSI - Sistema de gestão da segurança da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006) São Paulo - 23 e 24/04 Curitiba - 26 e 27/04 Gerenciamento de riscos de explosão ABNT NBR 15662:2009 São Paulo - 23/04 Sistemas de gestão de segurança da informação – Requisitos - ABNT NBR ISO/IEC 27001:2006 e ABNT NBR ISO/IEC 27002:2005 - Código de prática Curitiba - 25/04 Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas ABNT NBR 5419:2005 São Paulo - 26 e 27/04 Porto Alegre - 22 e 23/05

Produtos para saúde - Sistemas de gestão da qualidade Requisitos para fins regulamentares ABNT NBR ISO 13485:2004 São Paulo - 07 e 08/05 Passivo ambiental em solo e água subterrânea - Avaliação confirmatória - ABNT NBR 15515-2 São Paulo - 07 e 08/05 Instalações elétricas de baixa tensão I ABNT NBR 5410:2004 - Proteção e segurança São Paulo - 08, 09, 10 e 11/05 Transporte terrestre, rotulagem e documentação de produtos químicos e resíduos perigosos - Normas brasileiras e legislação São Paulo - 10 e 11/05 Etiquetagem de têxteis com ênfase na norma ABNT NBR NM ISO 3758:2010 São Paulo - 15 e 16/05 Sistemas de aterramento, projeto, construção, medições e manutenção São Paulo - 16, 17 e 18/05 Auditor interno de sistema integrado de gestão São Paulo - 17 e 18/05 Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas - ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 1: Ambientes com gases e vapores inflamáveis Rio de Janeiro - 17/05 Introdução às instalações elétricas em atmosferas explosivas - ABNT NBR IEC 60079-14:2009 - Parte 2: Ambientes com pós combustíveis Rio de Janeiro - 18/05 Gestão de riscos de segurança da informação ABNT NBR ISO/IEC 27005:2008 São Paulo - 24 e 25/05 Diretrizes para treinamento - ABNT NBR ISO 10015:2001 Rio de Janeiro - 25/05 Indústrias do petróleo gás natural e petroquímica - Sistemas de gestão da qualidade específicos do setor - Requisitos para organizações de fornecimento de produtos e serviços ABNT ISO/TS 29001:2010 São Paulo - 28/05 Meios de hospedagem – Sistema de gestão da sustentabilidade – Requisitos - ABNT NBR 15401:2006 Rio de Janeiro - 3105 e 01/06 Aplicação de gerenciamento de risco a produtos para a saúde - ABNT NBR ISO 14971:2009 São Paulo - 31/05 e 01/06

Veja a programação completa no site: www.abnt.org.br Informações e inscrições: cursos2@abnt.org.br Tel.: (11) 2344 1722 / 1723


[ Editorial ] Enfrentando os desafios globais

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O Brasil prepara-se para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), evento que colocará em discussão a agenda mundial de sustentabilidade para as próximas décadas. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio92), a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), atuando junto da International Organization for Standardization (ISO), despertou para o fato de que precisava dar sua contribuição para o enfrentamento dos novos desafios globais em prol do desenvolvimento sustentável. Era necessário focar, ao mesmo tempo, os aspectos econômico, ambiental e social. Já era do conhecimento mundial que normas técnicas aplicadas a produtos, processos e serviços como, por exemplo, a família ABNT NBR ISO 9000, de sistemas de gestão da qualidade, contribuem para o desenvolvimento econômico, pois conduzem as organizações na busca da melhoria de desempenho e da excelência. Depois da Rio-92, os organismos de normalização passaram a se questionar como as normas poderiam servir de guia para que as empresas, de qualquer porte e ramo de atividade, aliassem aos seus processos boas práticas ambientais, aumentando sua produtividade com menos recursos. A norma de sistemas de gestão ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004) surgiu em resposta a esses anseios e estimulou a elaboração de uma série de outras normas que impulsionam a sustentabilidade em seu aspecto ambiental. Para sedimentar o caminho rumo ao desenvolvimento sustentável, uma infinidade de normas defende os interesses da sociedade ao promover qualidade de vida e lidar com importantes questões como saúde, poluição, segurança dos alimentos e acessibilidade. As organizações sensibilizadas para atender às expectativas do novo padrão de desenvolvimento mundial contam também com as orientações da norma de responsabilidade social (ABNT NBR ISO 26000:2010) e com as diretrizes da (ABNT NBR 16000:2011) para a implementação e certificação da gestão socialmente responsável. Diante desse cenário, a ABNT vai participar da Rio+20 para demonstrar como as normas técnicas podem ser a solução para os desafios globais, transformando o discurso das boas intenções em ferramentas efetivas na conquista do desenvolvimento sustentável.

Ricardo Fragoso Diretor-geral


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Abril 2012 | volume 10 | nº 116

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO: Presidente do Conselho Deliberativo: Dr. Pedro Buzatto Costa Vice-Presidente: Dr. Walter Luiz Lapietra São Membros Natos: MINISTÉRIO DA DEFESA – Secretaria de Ensino, Logística, Mobilização e Ciência e Tecnologia – Departamento de Logística, Associação Brasileira de Cimento Portland

O futuro que queremos Os caminhos para o desenvolvimento sustentável, que serão discutidos na conferência Rio+20, tornam-se cada vez mais acessíveis com a aplicação de normas técnicas. A conjugação das dimensões econômica, ambiental e social, há muito tempo contempladas pela normalização, ajuda a garantir o futuro das próximas gerações.

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(ABCP), Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), Confederação Nacional da indústria (CNI), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTec), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), SIEMENS Ltda., Sindicato da Indústria de Máquinas (SINDIMAQ), WEG Equipamentos Elétricos S/A /

Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Instituto Aço Brasil (IABr), Schneider Eletric Brasil, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SINDUSCON) / Sócio Contribuinte Microempresa: Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) / Sócio Colaborador: Mario William Esper / São membros eleitos pelo Conselho Técnico - Presidente do Conselho Técnico: Haroldo Mattos de Lemos - Comitês Brasileiros: ABNT/CB-03 – Eletricidade, ABNT/CB-04 – Máquinas e equipamentos mecânicos, ABNT/CB-18 – Cimento, concreto e agregados, ABNT/CB-60 – Ferramentas Manuais e de Usinagem

COMPOSIÇÃO DO CONSELHO FISCAL Presidente: Nelson Carneiro. São membros eleitos pela Assembléia Geral - Sócio Coletivo Mantenedor: Instituto Nacional do Plástico (INP). Sócio Coletivo Contribuinte: Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) / Sócio Coletivo Contribuinte Microempresa: Associação das Empresas Reformadoras de Pneus do Estado de São Paulo (Aresp) / Sócio Individual Colaborador: Marcello Lettière Pilar CONSELHO TÉCNICO: Presidente: Haroldo Mattos de Lemos (ABNT/CB-38)

[ Índice ] 03 [ Capa ]

O futuro que queremos

13 [ Entrevista ]

Construindo um legado de sustentabilidade

17 [ Artigo ]

As Normas ISO ajudam a tornar o planeta mais verde

18 [ Institucional ] Foco e comprometimento ISO TC 20/SC 14 reúne-se no Brasil Para seu conhecimento

DIRETORIA EXECUTIVA: Diretor Geral – Ricardo Rodrigues Fragoso (rfragoso@abnt.org.br) / Diretor de Relações Externas – Carlos Santos Amorim Júnior (csamorim@abnt.org.br) / Diretor Técnico – Eugenio Guilherme Tolstoy De Simone (eugenio@abnt.org.br)/ Diretor Adjunto de Negócios – Odilão Baptista Teixeira (odilao.teixeira@abnt.org.br) ESCRITÓRIOS: Rio de Janeiro: Av. Treze de Maio, 13 – 28º andar – Centro – 20031-901 – Rio de Janeiro/ RJ – Telefone: PABX (21) 3974-2300 – Fax (21) 3974-2346 (atendimento.rj@abnt.org.br) – São Paulo: Rua Minas Gerais, 190 – Higienópolis – 01244-010 – São Paulo/SP – Telefone: (11) 3017.3600 – Fax (11) 3017.3633 (atendimento.sp@abnt.org.br) – Minas Gerais: Rua Bahia, 1148, grupo 1007

27 [Dúvidas] 28 [ Turismo e Normalização ] Rumo à Córeia

29 [ Negócios ]

Capacitação amplia atuação

– 30160-906 – Belo Horizonte/MG – Telefone: (31) 3226-4396 – Fax: (31) 3273-4344 (atendimento.bh@abnt.org.br) - Brasília: SCS – Q. 1 – Ed. Central – sala 401 – 70304-900 – Brasília/DF – Telefone: (61) 3223-5590 – Fax: (61) 3223-5710 (atendimento.df@abnt.org.br) – Paraná: Rua Lamenha Lins, 1124 – 80250-020 – Curitiba/ PR – Telefone: (41) 3323-5286 (atendimento.pr@ abnt.org.br) – Rio Grande do Sul: Rua Siqueira Campos, 1184 – conj. 906 – 90010-001 – Porto Alegre/RS – Telefone: (51) 3227-4155 / 3224-2601 – Fax (51) 3227-4155 (atendimento.poa@ abnt.org.br) – Bahia: Av. Sete de setembro, 608 – sala 401 – Piedadde – 40060-001 – Salvador/ BA – Telefone: (71) 3329-4799 (atendimento.ba@abnt.org.br) EXPEDIENTE – BOLETIM ABNT: Produção Editorial: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) / Tiragem: 5.000 exemplares / Publicidade: imprensa@abnt.org.br / Redação e Revisão: Monalisa Zia (MTB 50.448) / Oficina da Palavra / Colaboração: Léia Tavares (MTB 50.166) / Assessoria de Imprensa: Oficina da Palavra / Jornalistas Responsáveis: Denise Lima (MTB 10.706) e Luciana Garbelini (MTB 19.375) / Coordenação: Laila Pieroni / Boletim ABNT: Abril 2012 – Volume 10 – Nº116 / Periodicidade: Mensal / Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: RP Diagramação (rpdiagrama@gmail.com) / Impressão: Type Brasil. PARA SE COMUNICAR COM A REVISTA: www.abnt.org.br – Telefone: (11) 3017-3600 – Fax: (11) 3017-3633

31 [ Normalização em Movimento ] ABNT inicia trabalhos na área de Defensivos Agrícolas CEE de Símbolos Gráficos ABNT NBR ISO/IEC 31010 aprovada para publicação Segurança em parques de diversões

32 [ Fique por Dentro ]


[ Capa ]

O futuro que queremos Durante a Rio+20, a ABNT pretende demonstrar como as normas técnicas fornecem soluções nos aspectos econômico, ambiental e social, que compõem o tripé da sustentabilidade, ajudando a transformar boas intenções em resultados concretos.

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O Pnuma contribuiu para a elaboração Draft Zero com base em seu relatório Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza. “Este documento revela que um investimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) global, cerca de US$ 1,3 trilhão, em dez setores - agricultura, edificações, energia, pesca, silvicultura, indústria, turismo, transporte, água e gestão de resíduos, seria suficiente para concretizar a transição para a economia verde que tanto almejamos”, revela

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A Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente Humano realizada pela ONU em Estocolmo, Suécia, em 1972, chamou a atenção para as discussões sobre desenvolvimento e meio ambiente. Esse encontro produziu a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano e estimulou a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Em 1992, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento

Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB-38)

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Rio+20

(Rio-92) consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável, criando importantes documentos, atuais até hoje, como a Agenda 21, a Convenção sobre Mudanças Climáticas e a Declaração do Rio. (veja box na pág. 10). Agora, a Rio+20 deverá renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável e apontar os caminhos futuros. O Draft Zero, documento da ONU que serve de base para as negociações da Conferência, define dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. De acordo com o Pnuma, economia verde “é aquela que resulta na melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo que reduz significativamente os riscos ambientais e as carências ecológicas”.

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mundo voltará suas atenções ao Brasil, nos dias 13 a 22 de junho, quando será realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, no Rio de Janeiro (RJ). Representantes dos Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos mais variados segmentos da sociedade discutirão a agenda mundial de sustentabilidade para as próximas décadas, vinte anos depois da histórica Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92). A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), assim como a International Organization for Standardization (ISO), participarão do evento, demonstrando como as normas técnicas são ferramentas fundamentais para o desenvolvimento sustentável, atuando em suas três dimensões: econômica, ambiental e social. Grande parte do acervo da ABNT, com cerca de 9 mil normas , contribui para o desenvolvimento sustentável ao responder aos desafios ambientais como o aquecimento global, a poluição, o consumo de energia e o desmatamento florestal. Nos negócios, as normas oferecem meios para que as organizações avaliem e melhorem seu desempenho, realizem transações comerciais justas e seguras, tornando-se também um instrumento de marketing e de competitividade. As normas também defendem os interesses da sociedade ao tratar de questões como saúde e bemestar, qualidade da água, segurança dos alimentos, acessibilidade e responsabilidade social.


[ Capa ] “Um investimento de 2% do PIB global seria suficiente para concretizar a transição para a economia verde que tanto almejamos”

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Haroldo Mattos de Lemos, superintendente do Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB38), presidente do Conselho Técnico da ABNT, vicepresidente do Comitê Técnico de Gestão Ambiental da ISO (ISO/TC-207) e Presidente do Instituto Brasil PNUMA. Já o debate sobre a estrutura institucional tem o objetivo de melhorar a coordenação e a eficácia das atividades desenvolvidas pelas diversas instituições do sistema ONU que se dedicam aos diferentes pilares do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental). Nesse sentido, pretende-se discutir reformas nos programas da ONU que tratam dessas questões, tais como a Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS) e o Pnuma.

ABNT e ISO Durante a Rio+20, a ABNT e a ISO vão demonstrar para empresas, autoridades mundiais e sociedade como as normas técnicas podem transpor o discurso das boas intenções para obtenção de resultados concretos rumo ao desenvolvimento sustentável. Os dois organismos de normalização ministrarão palestra no espaço oficial da Convenção, o Riocentro. “Vamos falar de Normas Internacionais como solução para os desafios globais e sua contribuição para desenvolvimento sustentável”, informa o gerente de Relações Internacionais da ABNT, Eduardo São Thiago. A ABNT vai realizar mais quatro eventos, sendo dois no Forte de Copacabana e os outros no Pier Mauá, em parceria com a ISO, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Global Ecolabelling Network (GEN), sobre normalização, sustentabilidade e rotulagem ambiental. “Esperamos transmitir a mensagem da importância da normalização nesse contexto de globalização e de-

senvolvimento sustentável às autoridades e ao público que lá estará”, comenta São Thiago.

Economia Aplicadas a produtos, serviços, processos ou qualificação de pessoal, as normas técnicas são fundamentais para que empresas, governos e entidades setoriais conquistem a excelência em aspectos como gestão da qualidade, segurança, desempenho ambiental, eficiência energética, atendimento ao cliente. Os sistemas de gestão da qualidade (ABNT NBR ISO 9001:2008), ambiental (ABNT NBR ISO 14000:2004), da energia (ABNT NBR ISO 50001:2011), de segurança da informação (ABNT NBR ISO/IEC 27003:2010), entre outros, traduzem os benefícios que as normas técnicas trazem para o desenvolvimento sustentável. Publicada pela primeira vez em 1987, a ISO 9001 agora passa por uma importante revisão de conteúdo. “Desde seu lançamento, a ISO 9001 facilitou o comércio nacional e internacional. Essa norma é o primeiro passo para se caminhar para a excelência”, assegura o superintendente do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25), Renato Pedroso Lee.

Renato Pedroso Lee, superintendente do Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25)

ABNT vai sediar evento internacional O Global Ecolabelling Network (GEN) é uma associação sem fins lucrativos, formada por organizações de terceira parte, que desde 1994 promove o reconhecimento de desempenho ambiental, a certificação e a rotulagem de produtos e serviços. Na América do Sul, apenas o Brasil tem representação no GEN, por meio da ABNT. Anualmente o GEN realiza uma reunião geral, com a participação de todos os membros. Este ano o

evento será no Brasil, no Rio de Janeiro, na primeira “O evento compreende uma reunião do Board do GEN, seminário internacional aberto ao público com palestras e discussões a respeito de rotulagem ambiental e outros temas relacionados, reunião interna com participação de todos os membros e um workshop a respeito de algum tema relacionado com a rotulagem ambiental”, antecipa o gerente de Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat


[ Capa ] “Vamos falar de Normas Internacionais como solução para os desafios globais” Com a ABNT NBR ISO 9001, vieram normas complementares, que auxiliam em sua implementação. “Existe também a ABNT NBR ISO 9004 que ainda é pouco utilizada, mas atende a todas as partes interessadas: empresários, empregados, fornecedores, comunidade no entorno e a sociedade. Essa visão global é resultado dos conceitos de sustentabilidade que a norma traz”, observa Lee. A norma em questão é a ABNT NBR ISO 9004:2010 Gestão para o sucesso sustentado de uma organização — Uma abordagem da gestão da qualidade.

Eficiência energética

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Alberto J. Fossa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Energia (ABNT/CEE-116)

Uma norma inovadora. É assim que José Augusto Pinto de Abreu, diretor da Sextante Ltda. e técnico de apoio da Secretaria do Comitê Brasileiro do Turismo (ABNT/CB-54), avalia a ABNT NBR 15401:2006 - Meios de hospedagem - Sistema de gestão da sustentabilidade – requisitos, por ter sido uma das primeiras normas do mundo a reconhecer a importância da gestão nesse segmento. Implementada em variados tipos de meios de hospedagem (hotéis, pousadas, resorts), a norma vem proporcionando bons resultados. “Sua aplicação gera o aumento da rentabilidade e satisfação dos clientes, um melhor desempenho ambiental (incluindo aspectos que são críticos na hospedagem, como o consumo de água, de energia ou a geração de resíduos), além de trabalhadores mais motivados, assíduos e satisfeitos e melhores relações com as comunidades locais”, revela Abreu.

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Todo tipo de energia causa impactos ao meio ambiente, por isso as nações têm se esforçado na busca de alternativas sustentáveis e de eficiência energética. A ABNT NBR ISO 50001:2011 - Sistemas de gestão da energia — Requisitos com orientações para uso enquadra-se nesse contexto. “A ISO 50001 trata dos elementos de um sistema de gestão de energia e possibilita que qualquer tipo de organização estabeleça procedimentos para gerenciamento do desempenho energético associado ao uso, consumo e eficiência da energia utilizada em suas atividades”, explica Alberto J. Fossa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Gestão de Energia (ABNT/CEE-116). De acordo com Fossa, que é diretor executivo da Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência das Instalações (Abrinstal), sócio diretor da MDJ Assessoria e Engenharia Consultiva e consultor do ICA/ Procobre para gestão da energia, a norma ainda preconiza a necessidade de serem adotados indicadores para monitorar o desempenho energético ao longo do tempo, possibilitando que a organização evidencie as melhorias alcançadas.

Inovação no turismo

José Augusto Pinto de Abreu, técnico de apoio da Secretaria do Comitê Brasileiro do Turismo (ABNT/CB-54)

Meio ambiente O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental (ABNT/CB38) foi criado em 1999 para acompanhar a normalização ambiental internacional, junto ao Comitê Técnico de Gestão Ambiental (ISO/TC-207). A publicação da ABNT NBR ISO 14001 - Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso foi um marco para as organizações desenvolverem e atestarem boas práticas ambientais aos seus processos. O sucesso e a aceitação da norma foram tão grandes, que a família ISO 14000 só tem crescido ao longo do tempo, com documentos que tratam de avaliação de ciclo de vida (ABNT NBR ISO 14040:2009 e ABNT NBR ISO 14044:2009), de avaliação de desempenho


[ Capa ] “A ISO 9001 é o primeiro passo para se caminhar para a excelência”

ambiental (ABNT NBR ISO 14031:2004) e de rotulagem ambiental (ABNT NBR ISO 14020:2002; ABNT NBR ISO 14021:2004 e ABNT NBR ISO 14024:2004). “As normas de gestão ambiental evitam desperdícios, racionam de forma equilibrada os recursos naturais, gerem a renda, aumentam a qualidade de vida da população e mantêm os recursos econômicos

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Alexandre Valadares Mello, coordenador do Subcomitê 09 - Mudanças Climáticas do ABNT/CB-38

favoráveis para o crescimento”, ressalta Alexandre Valadares Mello, coordenador do Subcomitê 09 Mudanças Climáticas do ABNT/CB-38. Ele é também coordenador do Comitê de Clima do Conselho de Empresários de Meio Ambiente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e assessor de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos da V&M do Brasil. As mudanças climáticas também têm mobilizado os normalizadores. A ABNT NBR ISO 14064:2007, com três partes, permite a uma organização projetar, desenvolver, administrar e relatar inventários de gases de efeito estufa (GEE), assim como desenvolver e validar os projetos. Nessa mesma linha, a ABNT NBR 15948:2011 - Mercado voluntário de carbono — Princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões especifica princípios, requisitos e orientações para comercialização de reduções verificadas de emissões no mercado voluntário de carbono nacional.

Projeto de gestão de GEE para pequenas e médias empresas A ABNT e o Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estão desenvolvendo um projeto para auxiliar pequenas e médias empresas (PME) a medirem e gerenciarem sua pegada de carbono. O convênio prevê também a acreditação da ABNT como um organismo de terceira parte para validação de verificação de gases de efeito estufa (GEE). “O objetivo desse projeto-piloto é criar um modelo de gestão de GEE voltado para as pequenas e médias empresas e construir um melhor entendimento de como criar estratégias mais efetivas para as PME no combate às mudanças climáticas”, informa o chefe da equipe de Desenho do Projeto do BID/Fumin, Luciano Schweizer. O projeto está previsto para durar três anos e vai contar com a participação de 200 PME. “Os critérios para a seleção das empresas que farão parte do projeto levarão em consideração questões como consumo de energia e/ou setores que geram impactos mais significativos ao meio ambiente”, explica o gerente de Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat. De acordo com Ladvocat, o BID/Fumin investirá US$ 920 mil e a ABNT já tem compromissos com

algumas instituições, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para investimentos na ordem de US$ 1,8 milhão. “A questão das mudanças climáticas é muito importante para o BID. Nossa expectativa é que o projeto em parceria com a ABNT possa tornar-se um modelo ampliável e replicável às pequenas e médias empresas no Brasil, na América Latina e no Caribe, escopo de atuação da entidade”, conclui Schweizer

Luciano Schweizer, chefe da equipe de Desenho do Projeto do Fundo Multilateral de Investimentos do BID/Fumin


[ Capa ] “A aplicação da ABNT NBR 15401:2006 gera o aumento da rentabilidade e um melhor desempenho ambiental”

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Quase uma década após sua publicação, a ABNT NBR 16001:2004 - Responsabilidade social - Sistema da gestão – Requisitos está em Consulta Nacional. “Para as organizações, esta norma é uma ferramenta de gestão importante que facilita o alcance dos objetivos da responsabilidade social, o fortalecimento de boas práticas e o tratamento de impactos adversos”, declara o coordenador da ABNT/CEE-111 e gerente de Novos Negócios da Fundação Vanzolini, José Salvador da Silva Filho.

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A iniciativa brasileira

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Nas últimas décadas, os organismos de normalização têm procurado responder aos anseios da sociedade, com a elaboração de normas que dão suporte às atividades dos setores público e privado rumo ao desenvolvimento sustentável. Em meio a normas sobre saúde, segurança alimentar, acessibilidade, entre outras, que promovem a qualidade de vida, a ABNT NBR ISO 26000:2010 - Diretrizes sobre Responsabilidade Social veio fortalecer definitivamente a prática da sustentabilidade. De adesão voluntária, a norma internacional fornece orientações para todos os tipos de organizações, sobre princípios e práticas de responsabilidade social. A gerente do Departamento de Sustentabilidade de Furnas, Lisangela da Costa Reis, comenta que a empresa acompanhou todo o processo de elaboração da ISO 26000 e participa da Comissão de Estudo Especial de Responsabilidade Social (ABNT/CEE-111) desde sua criação. “Furnas representou a Indústria, na qualidade de observadora, na delegação brasileira do Grupo de Trabalho Internacional que elaborou a ISO 26000”, lembra.

para uma organização que pretende contribuir para o desenvolvimento sustentável e ser reconhecida como socialmente responsável”, conclui Lisangela.

José Salvador da Silva Filho, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Responsabilidade Social (ABNT/CEE-111)

Lisangela da Costa Reis, gerente do Departamento de Sustentabilidade de Furnas

Mais de um ano após o lançamento da norma, a empresa permanece divulgando a ISO 26000 em seminários e tem aplicado suas principais diretrizes no planejamento das ações de responsabilidade social e sustentabilidade. “A adoção das diretrizes da ISO 26000 nos dá certeza de que estamos trabalhando com o estado da arte da responsabilidade social e da sustentabilidade, porque a norma foi construída em torno do consenso de vários especialistas de mais de 90 países sobre o que é essencial

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Fator social

“Os consumidores ligados a uma organização certificada serão beneficiados com práticas de marketing leal, proteção à saúde e segurança, solução de reclamações e controvérsias, proteção e privacidade de seus dados”, ressalta o coordenador da ABNT/CEE-111. A família de normas é composta pela ABNT NBR 16002:2005, para qualificação auditores, e ABNT NBR 16003:2009, que oferece diretrizes para realização de auditorias.

Certificação A organização que conquista a certificação ambiental pode comprovar ao mercado e à sociedade que adota um conjunto de práticas destinadas a minimizar impactos prejudiciais à preservação da biodiversidade. Em tempos de busca da sustentabilidade, esse é um diferencial muito relevante.


[ Capa ]

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“As normas de gestão ambiental mantêm os recursos econômicos favoráveis para o crescimento” A ABNT dispõe de diversos programas de certificação nessa área, envolvendo desde Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR ISO 14001:2004) a Sustentabilidade para Meios de Hospedagem (ABNT NBR 15401:2006) e Sistema de Gestão da Responsabilidade Social (ABNT NBR 16001:2004). Há ainda um programa em parceria com o Instituto Algodão Social (IAS), do Mato Grosso, para a certificação anual da safra de algodão das fazendas associadas à entidade, com base em requisitos de responsabilidade social. Entretanto, o gerente de Certificação de Sistemas da ABNT, Guy Ladvocat, afirma que o programa de maior evidência atualmente é o de Rotulagem Ambiental, para certificação de produto ou de serviço. “Os requisitos a serem atendidos são definidos em um documento que engloba um conjunto de critérios ambientais, com base em considerações sobre o ciclo de vida do produto”, ele explica. Conforme o nível de impacto ambiental que o produto pode causar ao meio ambiente ao longo de seu ciclo de vida (extração da matéria-prima, produção, utilização e descarte), os critérios serão mais ou menos rigorosos nessas etapas. “O interesse pela certificação ambiental também tem sido impulsionado pela tendência cada vez maior de os governos estabelecerem critérios ambientais, ou de sustentabilidade, nas compras públicas”, comenta o gerente de Certificação de Sistemas da ABNT. Ladvocat cita como exemplo a Instrução Normativa N° 1 de Janeiro de 2010, emitida pelo Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão, que dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela administração pública federal direta, autárquica e fundacional. “Não se trata de uma reserva de mercado para as empresas certificadas. Entretanto, aquelas que buscarem a certificação terão uma evidência imediata de atendimento aos critérios ambientais estabelecidos para as compras públicas”, ele ressalta.

Com o Rótulo Ecológico ABNT Atender às exigências de conformidade ambiental para obras financiadas pelo Governo, melhorar a qualidade ambiental e exigências ambientais para atender a exportações de produtos e incentivar a melhoria contínua de seus processos e produtos. Estes são alguns dos muitos motivos que levaram a ArcelorMittal a buscar o programa de certificação de Rotulagem Ambiental da ABNT. De acordo com José Otávio Andrade Franco, gerente de Meio Ambiente - Aços Longos da ArcelorMittal na América do Sul, o processo de certificação levou cerca de um ano. Ao todo foram certificados nove produtos pelo programa de Rotulagem Ambiental, entre eles, vergalhões, treliças, pregos, arames para amarração e barras laminadas. “A obtenção do Rótulo Ambiental ABNT contribui para que os processos produtivos da empresa sejam realizados de forma sustentável, pois devem atender

O legado da Rio-92 A Conferência Rio-92 é considerada um marco para o debate sobre desenvolvimento sustentável. Dela surgiram importantes documentos com propostas e orientações a serem aplicadas pela comunidade internacional. Alguns deles: • Agenda 21 – Define o conceito e propõe medidas práticas para se alcançar o desenvolvimento sustentável. Trata das dimensões sociais e econômicas do desenvolvimento; da conservação e gerenciamento dos recursos naturais; do fortalecimento da participação da sociedade e dos meios de implementação dos compromissos acordados. O documento permanece como referência para os programas de desenvolvimento. A implementação da Agenda 21 no Brasil tem sido realizada pela Comissão de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC). Para saber mais, acesse o site: www. desenvolvimento.gov.br. • Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – Reconhece que as mudanças climáticas e seus efeitos negativos são uma preocupação comum à humanidade, estabelecendo diretrizes para os países atuarem no combate às emissões de gases de efeito estufa (GEE). Em 1997, serviu de base para a elaboração do Protocolo de Kyoto, que propõe metas para a redução de GEE. • Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Documento com 27 princípios, apontando a necessidade de os países desenvolvidos manterem oferta adequada de recursos financeiros e de transferência de tecnologia para auxiliar os países em desenvolvimento a atenderem às demandas por sustentabilidade


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José Otávio Andrade Franco, gerente de Meio Ambiente - Aços Longos da ArcelorMittal na América do Sul

No âmbito da ISO há várias normas sobre sustentabilidade em elaboração ou próximas da publicação, que têm a participação da ABNT. É o caso da norma de pegada de carbono para organizações (ISO 14069), pegada de carbono para produtos (ISO 14067), critérios de sustentabilidade em bioenergia (ISO 13065) e gestão da sustentabilidade em eventos (ISO 20121).

Luiz Fernando do Amaral, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia (ABNT/ CEE-128)

Rodrigo Pimenta Giacomini, gerente de Meio Ambiente da Antares Reciclagem Ltda.

Ainda em fase inicial, a Comissão de Estudo Especial de Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia (ABNT/CEE-128) acompanha de perto as discussões internacionais sobre a norma de bioenergia. “Ela vai ser uma ferramenta de transparência nas informações

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a procedimentos padrões de operação, seguir normas técnicas e legislações ambientais, manter as certificações ISO 9001 e ISO 14001 e cumprir programas de prevenção de riscos”, argumenta Franco. Outra empresa que ostenta o Rótulo Ambiental ABNT é a Antares Reciclagem Ltda., que atua no tratamento e destinação adequada de resíduos líquidos industriais, visando a sua reciclagem ou regeneração, deixando-os em condições de serem reaproveitados em outros segmentos industriais. O gerente de Meio Ambiente da Antares, Rodrigo Pimenta Giacomini, conta que a ABNT foi requisitada para certificar seu processo pioneiro de reciclagem e seu produto, a solução de ácido sulfúrico (Ecoácido), devido à grande procura pela tecnologia patenteada e desenvolvida pela empresa.

Novos rumos

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A Antares também percebeu a importância de ser certificada por uma instituição de credibilidade mundial, que comprova se os benefícios ambientais e sociais de seu processo junto aos seus parceiros e clientes. “O Rótulo Ecológico foi emitido para o Processo de Reciclagem de Ácido Sulfúrico – Ecoácido, que tem por objetivo promover a transformação de um resíduo antes tratado, neutralizado e descartado no meio ambiente, em matéria-prima recuperada para outros processos industriais”, explica o gerente. A certificação vem contribuindo para que todos os processos produtivos da Antares sejam realizados de forma sustentável. “Além da redução do consumo de energia, água e matérias-primas, e da correta disposição de resíduos, os funcionários estão mais conscientes das questões ambientais e da importância de sua atuação para o sucesso de nossos processos”, concluiu Giacomini.

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“A adoção das diretrizes da ISO 26000 nos dá certeza de que estamos trabalhando com o estado da arte da responsabilidade social e da sustentabilidade”


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Marina Grossi, presidente-executiva do CEBDS

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veitar resíduos ou em direcionar seus negócios para base da pirâmide social. Portanto, fundamentalmente, o que mudou de 1992 para cá foi a relação das empresas com a sustentabilidade, primeiro referente à análise de riscos ambientais, depois em uma postura mais proativa. As empresas estão cada vez mais assumindo o seu papel como catalisadoras de uma mudança rumo ao desenvolvimento sustentável”. As normas técnicas, de acordo com Marina Grossi, tem função relevante para a sustentabilidade. “Por mais que haja diversos indicadores econômicos ou sociais capazes de nos guiar no primeiro momento em uma análise mais profunda de um empreendimento, produto ou serviço, a análise do conjunto é, à primeira vista, majoritariamente subjetiva. Isso dificulta na comparação e, principalmente, na medição do “quão sustentável” é este objeto. Ao normalizar a partir de indicadores claros, objetivos e públicos, tal problema é imensamente minimizado”, ela afirma. Outro aspecto destacado pela presidente-executiva do CEBS é que as normas técnicas possibilitam definir um mínimo denominador comum àqueles que desejem adquirir o grau exigido de sustentabilidade em sua produção, indicando objetivamente que determinado empreendimento, serviço ou produto seguiu os padrões satisfatórios de qualidade a fim de que obtivesse uma certificação. “Isso motiva a repensar suas estratégias de produção, sua relação com seu meio e seu diálogo com a comunidade. As normas técnicas seriam, dessa forma, não só uma “proteção” ao consumidor, mas um motivador explícito da própria sustentabilidade”, conclui

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O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) reúne os maiores grupos empresariais do país e é representante no Brasil do World Business Council for Sustainable Development (WSBCD), que conta com mais de 60 conselhos nacionais e regionais ao redor do mundo. Presente em boa parte dos arranjos pré-Rio+20, o CEBDS enviou colaborações ao texto do Draft Zero, marcando o posicionamento brasileiro no documento da ONU que serve de base para o evento. Na Rio+20, o CEBDS entregará aos representantes do governo federal do relatório Visão 2050: a nova agenda para os negócios no Brasil. Trata-se de um documento que apresenta metas para o país se tornar um líder da economia verde nos próximos anos a partir da abordagem de nove temas fundamentais: Valores das pessoas; Desenvolvimento humano; Economia; Agricultura; Florestas; Energia; Edifícios; Recursos & Insumos e Mobilidade. A presidente-executiva do CEBDS, Marina Grossi, explica o posicionamento da instituição alegando que um dos pontos impossíveis de se conceber em 92 era a necessidade de articulação com o setor empresarial para que os objetivos da sustentabilidade fossem alcançados. “Hoje uma governança que inclua um diálogo entre os dois setores é um dos resultados esperado da Rio+20, afinal não há qualquer hipótese de articulação em prol da sustentabilidade que não passe, necessariamente, pela articulação empresarial”. Marina Grossi acredita que o setor empresarial mostra-se preparado para uma economia verde até porque, será absolutamente insustentável um mundo de 9 bilhões de pessoas consumindo em 2050. “A única forma da sustentabilidade plena e sem restrições a ser alcançada nas próximas décadas é que as três pontas da sustentabilidade (social, econômica e ambiental) sejam priorizadas de forma equânime e universalizadas. Daí a relevância de se abordar a erradicação da pobreza, mal que limita o potencial de desenvolvimento humano, e sobre como a economia verde pode ser sua solução”. Na opinião da presidente-executiva do CEBS, uma base organizacional internacional deve ser definida para gerir os temas, mas o importante é que o resultado seja uma estrutura multilateral que contemple as três dimensões do desenvolvimento sustentável e que tenha poder e a agilidade necessária para auxiliar e acelerar na mudança em direção a um mundo mais sustentável. Para Marina Grossi, é inegável a evolução obtida a partir da Rio+92, apesar de estarmos ainda distantes dos resultados almejados. “Há 20 anos, seria inimaginável uma empresa estar preocupada em estabelecer metas de redução de gases de efeito estufa, em reutilizar água, em reapro-

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A economia verde


[ Capa ] “A obtenção do Rótulo Ambiental ABNT contribui para que os processos produtivos da empresa sejam realizados de forma sustentável”

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das práticas de produção e consumo de bioenergia na redução de emissões de gases de efeito estufa”, garante o coordenador da ABNT/CEE-128 e gerente de Sustentabilidade da União da Indústria de Cana–deAçúcar (Unica), Luiz Fernando do Amaral. Mais próxima da publicação está a norma de gestão da sustentabilidade em eventos (ISO 20121). Deve ser lançada no mesmo período da Olimpíada de

Daniel de Freitas Costa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos (ABNT/CEE142)

Londres, em julho. “A norma orienta que as empresas implantem um processo de gestão da sustentabilidade do evento, criando-se uma matriz de maturidade”, explica Daniel de Freitas Costa, coordenador da Comissão de Estudo Especial de Sustentabilidade na Gestão de Eventos (ABNT/CEE-142). Ele é diretor de Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Eventos (IBEV), sócio proprietário da Linha Aberta Marketing Promocional e membro da Comissão de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP). A futura norma sugere, por exemplo, que sejam utilizados fornecedores da região de onde o evento será realizado, privilegiando a mão de obra e a economia local. Aborda ainda os cuidados com a comunidade do entorno; o tratamento dos recursos naturais e energéticos; o papel de liderança dos gestores, assim como a comunicação, a conscientização e o engajamento das partes. A Rio+20 vem comprovar que a sustentabilidade é a melhor forma de garantir o futuro das próximas gerações, e as normas técnicas estão aí para ajudar a sociedade a enfrentar esse desafio


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[ Entrevista ]

Construindo um legado de sustentabilidade Para o Ministério do Meio Ambiente, a Rio+20 é uma oportunidade única de avançar no compromisso com um novo padrão de desenvolvimento mundial.

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O processo preparatório do Ministério está centrado em dois eixos: o de coordenação do

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Como o MMA vem se preparando para a Rio+20?

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Assessor Extraordinário do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Fernando Antonio Lyrio Silva, é responsável por coordenar o tratamento dos temas ambientais na Rio+20, em articulação com os demais órgãos federais, estaduais e municipais, bem como com os diversos setores da sociedade civil. “Embora se trate de um processo sob a governança da Organização das Nações Unidas (ONU), na condição de Presidente da Rio+20 o Brasil tem importante papel político de buscar resultados que correspondam aos grandes desafios globais do desenvolvimento”, observa Silva. E na busca por esses resultados, ele acredita ser essencial a mobilização de todos os atores: governos, cientistas, acadêmicos, empresários, trabalhadores, organizações não governamentais e movimentos sociais. Em entrevista ao Boletim ABNT, Fernando Antonio Lyrio Silva revela de que forma o MMA tem se preparado para a Rio+20, quais as expectativas do Brasil com relação ao evento e como as normas técnicas podem contribuir de forma efetiva para a sustentabilidade.

Fernando Antonio Lyrio Silva, Assessor Extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20

tratamento dos temas ambientais da Conferência e o de articulação com a sociedade. Nesse contexto, o Ministério participa dos processos preparatórios para as negociações formais da Rio+20, os quais têm como objeto o chamado Rascunho Zero da declaração a ser adotada pelos Chefes de Estado ao final da Conferência. A Rio+20 é um evento sobre desenvolvimento, no qual as questões ambientais têm incontestável relevância. Assim, o MMA coordena a elaboração de estudos e análises, sob a perspectiva ambiental, acerca das principais propostas em negociação, a fim de subsidiar as posições do País no processo negociador. O segundo eixo de participa ção do MMA, de igual importância,

é a interlocução com a sociedade brasileira e a construção de um legado que fique para o país mesmo após o término da Conferência. O fato de o Brasil hospedar um evento de tamanho porte, em um tema chave, como é a questão do desenvolvimento sustentável, precisa ser revertido em ganhos concretos, em termos de aprimoramento do arcabouço de po líticas públicas do País e de melhores práticas empresariais e sociais. Para tanto, desde o ano passado, o Ministério realizou diversas consultas informais com representantes da sociedade civil, realizando, inclusive, uma consulta pública virtual, que contou com expressiva participação de diversos segmentos da sociedade, como empresas, universidades, pre-


[ Entrevista ] “O fato de o Brasil hospedar um evento de tamanho porte, em um tema chave, precisa ser revertido em ganhos concretos” feituras, ONGs, movimentos sociais. Neste ano, o MMA realizará ainda uma série de consultas setoriais e regionais em contribuição à construção do legado que queremos deixar para o país.

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Qual a relevância desse evento para o Brasil? A Senhora Presidenta Dilma Rousseff declarou, em seu discurso no último Fórum Social Mundial, que a Rio+20 tem tudo a ver com o que nós somos e queremos ser. Isto, segundo suas palavras, significa um compromisso sem precedentes com a sustentabilidade. A relevância da Conferência, não só para o Brasil, mas para todos os países, está na oportunidade única de renovar e avançar no compromisso com um novo padrão de desenvolvimento mundial, cuja adoção é urgente e inadiável, conforme demonstram crises profundas e complexas que tem atingido países ao redor do mundo. O Brasil participa da Rio+20 com múltiplos papéis. Na condição de anfitrião, há de assegurar as perfeitas condições para participação dos milhares de visitantes esperados no Rio de Janeiro em junho, representando todos os setores governamentais e não-governamentais de países de todo o mundo. Como Presidente da Conferência, embora se trate de um processo sob a governança da ONU, o Brasil tem importante papel político de buscar resultados que correspondam aos grandes desafios globais do desenvolvimento. Por fim, como membro da ONU e em sua condição de país emergente, está qualificado a buscar resultados que aproximem países desenvolvidos e em desenvolvimento, mitigando a perversa clivagem Norte-Sul, que tem se revelado pouco produtiva para os processos internacionais, e fortale-

cendo o sistema multilateral como o foro adequado para o tratamento dos problemas globais. Economia verde, erradicação da pobreza e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável serão temas da Rio+20. Como avalia a importância dessas questões? O fato de serem objeto de uma Conferência das Nações Unidas que ocorre a cada 10 ou 20 anos demonstra a importância desses temas para o desenvolvimento sustentável. Discutir essas questões significa trilhar um caminho para a mudança do modelo de desenvolvimento mundial, que nos últimos anos exacerbou seu foco em retornos econômicos, à custa da marginalização das questões sociais e ambientais. É exatamente isso que queremos reverter e que está em jogo na Rio+20. Quais serão os assuntos mais polêmicos da Rio+20? Muitas divergências vêm à tona ao falarmos de mudança de modelo de desenvolvimento global. Uma questão que tem gerado inúmeros debates entre os países, como demonstrado no próprio Rascunho Zero, é a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, mais especificamente a governança ambiental internacional. Estamos falando do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Há aqueles, principalmente liderados pela União Europeia e pelos países africanos, que propõem que o programa se transforme numa agência ambiental internacional, enquanto outros países defendem o fortalecimento do Pnuma, por meio de estabelecimento de participação universal e contribuições obrigatórias. Não

obstante, há consenso de que a arquitetura institucional da ONU para o desenvolvimento sustentável é fragmentada e ineficiente, tornando-se necessário discutir uma nova moldura institucional. A Rio+20 marca os vinte anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Que balanço o senhor faz desse período? A Rio-92 consagrou a ideia de desenvolvimento sustentável nos meios diplomáticos, político, técnico, acadêmico, empresarial. Desde então, a conexão entre as diversas dimensões do desenvolvimento sustentável ficou mais evidente, e a suposta contradição entre desenvolvimento econômico e conservação ambiental e inclusão social foi colocada em xeque. Vários dos documentos adotados na Rio-92, como a Agenda 21, a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento, a Declaração de Princípios sobre Florestas e as Convenções sobre Biodiversidade e Mudança do Clima, propiciaram avanços significativos na discussão internacional sobre esses temas e vários países, como o Brasil, chegaram a progredir significativamente na implementação desses compromissos. Contudo, ainda há expressivas lacunas na implementação de alguns desses compromissos acordados em 1992. Várias dessas lacunas são apontadas no documento Rascunho Zero, que constitui a base para as negociações do documento final da Rio+20. E qual é o retrato do Brasil? Podemos ser considerados um país sustentável? O retrato atual do Brasil é o de uma nação que está passando por um processo, ao mesmo tempo profundo e abrangente, de transformação.


Acreditados (OIVA), os Organismos de Inspeção Acreditado

[ Entrevista ] “A relevância da Rio+20 está na oportunidade única de renovar e avançar no compromisso com um novo padrão de desenvolvimento mundial”

É impossível pensar em desenvolvimento sustentável sem engajar as cadeias produtivas formadas por micro e pequenas empresas. De igual modo, a transição para a sustentabilidade não traz consigo somente custos, mas proporciona, também, ganhos que, se reinvestidos corretamente, podem consolidar o desenvolvimento sustentável de MPEs. Por exemplo, ganhos acumulados em termos de aumento de eficiência energética e diminuição de desperdício de insumos e materiais, quando associados à identificação de nichos e oportunidades, como em inovação e no adensamento da cadeia de reciclagem, podem ser bem explorados por MPEs, que certamente terão vantagens competitivas devido à sua agilidade. Nesse contexto, chama-nos atenção a forte atuação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o qual já possui uma robusta carteira de produtos ligados à sustentabilidade

Qual será o legado da Rio +20? O Brasil espera que os resultados da Rio+20 sirvam como referência à comunidade internacional, dando um sinal claro de inflexão no modo como o mundo é pensado. Os resultados da Conferência deverão assegurar que todos os países se sintam capazes de implementar as decisões, a partir da criação de condições adequadas – os necessários recursos financeiros, tecnológicos e de capacitação – para implementálos, construindo, assim, uma visão compartilhada de sustentabilidade válida para as próximas décadas. O Brasil enxerga a Rio+20 como uma oportunidade única para a mobilização dos recursos políticos necessários para desenhar uma saída eficaz e duradoura para a atual crise internacional, em que se leve em consideração a complexidade de seus aspectos econômicos, sociais eambientais. Esperamos que a Conferência incorpore definitivamente a erradicação da pobreza e o uso racional dos ativos ambientais como elemento indispensável à concretização do desenvolvimento sustentável e a plena consideração do conceito de desenvolvimento sustentável na tomada de decisão dos diversos atores

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Nesse caso a máxima “pense globalmente, haja localmente” se aplica plenamente. A mudança do padrão de desenvolvimento que queremos deve ser traduzida e implementada a todas as instâncias da sociedade. Todas as organizações, empresariais, públicas ou sociais, têm seu papel na promoção do desenvolvimento sustentável, seja por meio do oferecimento de produtos inovadores a serem disponibilizados à sociedade, seja por meio do aprimoramento de práticas

Como as micro e pequenas empresa (MPE) podem se tornar sustentáveis?

de MPEs e um Centro de Sustentabilidade, criado recentemente para disseminar melhores práticas. Na área de políticas públicas, a Lei Geral das micro e pequenas empresas confere foco diferenciado ao tratamento dos pequenos negócios, assim como os produtos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que, além de promover e disseminar a cultura da inovação voltada à sustentabilidade, proporciona alavancagem de recursos voltados para os pequenos negócios.

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Junto da ISO, a ABNT tem elaborado normas sobre temas relacionados à sustentabilidade, como gestão ambiental e responsabilidade social. Qual a importância de normas técnicas para o desenvolvimento sustentável?

de gestão sustentável de seus próprios ambientes organizacionais. Adicionalmente, há consenso de que os padrões atuais de produção e consumo, intensivos em recursos naturais e frequentemente ineficientes, são insustentáveis tanto no médio quanto no longo prazo. Esses padrões devem ser modificados para que parcelas crescentes da sociedade alcancem níveis ideais de bem-estar socioeconômico, sem comprometer o meio ambiente. É nesse contexto que se insere a grande relevância das normas técnicas. Seu papel é fundamental no estabelecimento de padrões de produção, consumo e gestão organizacional que sejam alinhados ao novo padrão de desenvolvimento que queremos.

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Em sua história recente, o Brasil mostrou ser possível crescer as taxas consideráveis, em um modelo calcado em inclusão social, com ações inovadoras de conservação ambiental. Nos últimos anos, houve um intenso dinamismo econômico que, aliado ao combate à pobreza, acabou por gerar crescimento do emprego formal, melhor distribuição de renda e melhora na segurança alimentar e nutricional. Sob o aspecto ambiental, observa-se vigoroso combate às mudanças do clima – com compromissos voluntários e planos setoriais ousados de redução de emissões –, a conservação da biodiversidade, a diversificação da matriz energética, com ênfase em fontes renováveis, a existência de movimentos sociais fortes e avanços na equidade de gênero. É certo, entretanto, que o País ainda apresenta desafios compatíveis com seu atual estágio de desenvolvimento, como aprimorar a qualidade da educação, intensificar o progresso científico e tecnológico, promover urbanização mais adequada e melhor desenvolvimento rural.



[ Artigo ]

As Normas ISO ajudam a tornar o planeta mais verde * Por Sandrine Tranchard

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*Sandrine Tranchard trabalha na área de Comunicação da Secretaria Central da ISO. (ISO Focus+ Janeiro 2012 - página 9)

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suas normas. O trabalho realizado por estes comitês influencia diretamente na escolha de materiais, práticas e soluções verdes. Em um nível mais amplo, o Conselho de Gestão Técnica da ISO está preparando um guia sobre a aplicação dos princípios de sustentabilidade em seu programa de normalização global. Para medir quanto o conceito de responsabilidade social se tornou mundial, basta olhar para a notoriedade da ISO 26000:2010, Diretrizes sobre responsabilidade social, que ficou evidente no ano desde a sua publicação. O interesse por essa norma tem crescido exponencialmente, espalhando-se para 53 países. É necessária uma transformação fundamental na maneira de produzir, distribuir e consumir produtos e serviços, e uma das missões mais importantes das normas ISO é responder a essa necessidade crucial. Com seu portifólio em constante evolução, a ISO é uma parceira confiável na elaboração de normas, contribuindo para os objetivos do desenvolvimento sustentável e apoiando a comunidade internacional, pela forma como ela aborda os desafios da sustentabilidade

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impacto da mudança climática sobre nosso meio-ambiente, nossas economias e nossa segurança é uma das questões que definem o século 21. Embora produza benefícios econômicos, a atividade humana provoca significativo impacto ambiental negativo, incluindo as emissões de gases de efeito estufa, poluição atmosférica, poluição da água, repercussões negativas sobre a biodiversidade, problemas de saúde etc. O desenvolvimento sustentável é, mais do que nunca, uma grande preocupação e nunca é tarde demais para iniciar o processo de recuperação. “Desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender as suas próprias necessidades”. Esta é a definição mais comumente aceita de desenvolvimento sustentável. Como faz a Organização Internacional de Normalização (ISO), em seu trabalho diário

de normalização, para converter esta definição em ação e apoiar os três pilares do desenvolvimento sustentável: ambiental, econômico e social? Em janeiro, a edição da revista ISO Focus+ destacou o trabalho feito pela comunidade da ISO no desenvolvimento de normas que incluem especificações sustentáveis relacionadas a materiais, a troca de informações e as melhores práticas para auxiliar os reguladores, fabricantes e consumidores a agirem de uma forma mais eficiente. Organizações internacionais em ligação com a ISO, tais como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, o Pacto Global das Nações Unidas, o Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável e o Global Reporting Initiative (GRI) , desempenham um papel importante na normalização e nos dão seus pontos de vista sobre os benefícios que as normas ISO oferecem e como elas contribuem para um mundo mais sustentável. Alguns setores são bem conhecidos por terem um impacto significativo sobre o meio-ambiente. Alguns dos comitês técnicos da ISO focados em setores como o marítimo, construção civil, máquinas rodoviárias e plásticos nos dão exemplos de que eles têm conseguido incorporar considerações sobre sustentabilidade nas


[ Institucional ]

Foco e comprometimento A equipe de gerentes e coordenadores da ABNT revela como vem atuando para garantir que as metas do planejamento estratégico propostas para 2012 sejam alcançadas.

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Ao final do ano de 2011, como comprometimento da Diretoria Técnica, ficou acordada a atualização do acervo em 70% de normas brasileiras com menos de cinco anos. Para tanto, estão sendo conduzidos vários estudos de viabilidade e estratégia da forma de trabalho que será desenvolvida. Entre essas abordagens está a continuidade da revisão das pendências dos formatos antigos de Normas Brasileiras (conhecidos como formatos 2 e 6), bem como a ampliação do campo de abrangência da chamada Análise Sistemática, prática similar à utilizada pela International Organization for Standardization (ISO), em que as normas que completam cinco anos são submetidas à avaliação da

Janaína da Silva Mendonça - Gerente de Editoração e Acervo

Nosso foco está na diminuição da idade do acervo de normas técnicas, para que a sociedade tenha a certeza de contar com uma normalização sempre atual e de acordo com os avanços tecnológicos. Também pretendemos a inclusão do Internacional Classification

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Cláudio Guerreiro - Gerente do Processo de Normalização

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Diretoria Técnica

sociedade para verificar a manutenção (confirmação), cancelamento ou revisão de seu conteúdo técnico. Procuramos ainda um maior estreitamento de relações com os Comitês Brasileiros e suas Secretarias, para auxiliar e esclarecer eventuais questões e determinar quais os melhores horizontes de trabalho para a normalização brasileira. Por fim, destaco o esforço da ABNT para aumentar sua capacidade de participação internacional. Em 2012 este objetivo será reforçado, de forma que tenhamos um volume cada vez maior de normas ISO que reflitam os interesses nacionais e, portanto, sejam adotadas como Normas Brasileiras. Entre os nossos principais desafios está a disseminação da cultura de normalização. Nos últimos anos vimos crescer na sociedade a conscientização da normalização como ferramenta de inovação e inserção em mercados. Alavancar este processo é um grande desafio, pois apenas com uma sociedade comprometida e conhecedora das normas poderemos garantir maior inserção das partes interessadas e, consequentemente, um universo cada vez mais amplo de normas que garantam segurança e qualidade às pessoas.

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o adotar uma visão empresarial, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) conquistou credibilidade no mercado e junto a outros organismos de normalização nas últimas décadas. Mas não foi uma tarefa fácil. Tem sido um trabalho árduo, desempenhado por toda uma equipe altamente qualificada e entrosada, que segue à risca o planejamento estratégico desenvolvido pela Diretoria Executiva e pelo Conselho Deliberativo. Nesta edição reunimos os gerentes e coordenadores de todas as áreas da ABNT para falar sobre os desafios de 2012 e fazer um balanço das ações realizadas nestes primeiros meses.


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tos. Estamos empenhados também na atualização dos procedimentos e instruções de trabalho da Diretoria Técnica, visando à implementação dos Códigos de Estágios, que caracterizam as fases e etapas da elaboração de uma norma, ou seja, do momento da demanda até sua publicação e suas atualizações. Além dessas atividades, estamos trabalhando na reestruturação e criação de alguns Comitês Técnicos, de modo a garantirmos novas estruturas técnicas para atendimento à necessidade de normalização da sociedade. Por ser um setor de apoio à tomada de decisões de outras áreas da Diretoria Técnica, seus principais desafios são: • Identificar os temas a serem explorados e responder o mais claramente possível para cada um deles: “o que, quem, por que, como, onde e quando”, de modo que possam contribuir efetivamente para a normalização e para a instituição; • Controlar o andamento da execução dos contratos e convênios já firmados, devido às suas complexidades.

Marcia Cristina de Oliveira - Gerente de Planejamento e Projetos

A Gerência de Planejamento e Projetos trabalha, principalmente, no suporte à qualificação das demandas para normalização de novos temas e no acompanhamento da execução de projetos e convênios firmados pela ABNT para suporte de algumas atividades. Nesse sentido, podemos afirmar que os resultados obtidos neste trimestre pela área de planejamento estão alinhados com as metas e cronogramas propos-

Entre as metas estabelecidas para a área internacional, está a assinatura de novos acordos de cooperação com organizações de outros países. No primeiro trimestre, focamos no estabelecimento de cooperação com as entidades norte-americanas Conveyor Equipment Manufacturers Association (Cema) e American Society of Mechanical Engineers (Asme). Com a CEMA estamos em fase final de entendimentos visando à assinatura de acordo para a tradução da 7ª Edição de sua publicação Belt Conveyors for Bulk Solids Book para a língua portuguesa, um dos mais respeitados documentos nessa área e caberá ao Brasil

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Eduardo São Thiago - Gerente de Relações Internacionais

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Diretoria de Relações Externas

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for Standards (ICS) nos mecanismos de busca, como o ABNTCatálogo e o ABNTColeção. O sistema facilitará a pesquisa de normas, nacionais ou internacionais, uma vez que esta classificação já é amplamente difundida entre os países membros da ISO e pode até reduzir barreiras linguísticas. Acrescentamos também como meta a inclusão de títulos e objetivos traduzidos para o inglês em normas mais antigas, mas ainda em vigor. E diante das necessidades de muitos clientes de adquirir um conjunto de normas sobre assuntos específicos, continuaremos concentrados na criação de novas coletâneas de normas técnicas. Além disso, foi criada uma comissão dentro da Diretoria Técnica para buscarmos alternativas de novos produtos a partir da Normalização. Entre os nossos desafios, estão: desenvolver um processo participativo entre os colaboradores para que as tomadas de decisão sejam as mais eficazes, fornecendo melhores resultados ao final do ano; desnivelar o acesso ao conhecimento e às informações sobre o escopo da Normalização, sobre nossa atividade, nossamissão e nossos valores, para que os pensamentos dos colaboradores possam estar em sintonia; e criar e estabelecer planos de ação e indicadores consistentes e mais objetivos e de acordo com as melhores práticas de gestão.


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[ Institucional ]

realizar a conversão de suas tabelas do sistema imperial para o sistema métrico. Com a ASME, a ABNT mantém entendimentos para ampliar o acordo de venda de normas já existente, tendo em vista o grande interesse manifestado por aquela entidade em ter o Boiler and Pressure Vessel Code (BPVC), sua mais importante e respeitada publicação, traduzida para o português e comercializada pela ABNT. A ABNT está avançando em negociações com o Deutsches Institut für Normung (DIN), da Alemanha, para a comercialização de suas normas no Brasil, bem como para a disponibilização das normas ABNT e Mercosul naquele país e sua inclusão no Perinorm, uma base de dados bibliográfica para pesquisa que reúne normas e regulamentos técnicos de 23 países e de organismos de normalização europeus e internacionais. Ainda no primeiro trimestre, foram iniciados entendimentos com a Associação de Normas da Finlândia (SFS) para a comercialização das Normas Brasileiras no país. Outra meta para 2012 consiste na participação adequada da ABNT no Conselho da ISO, após termos sido eleitos para o período 2012-2013. A ABNT, representada pelo diretor-geral, Ricardo Fragoso, esteve presente nas duas reuniões realizadas até agora. Além disso, a ABNT foi convidada a integrar o DEVCO Chair’s Advisory Group, grupo do qual fazem parte apenas 11 membros da ISO, e cujo principal objetivo é monitorar a implementação do Plano de Ação para países em desenvolvimento. A ABNT é representada nesse grupo pelo diretor de Relações Externas, Carlos Santos Amorim Junior. Destaca-se ainda o apoio da área internacional para a realização da Assembleia Geral da Comissão PanAmericana de Normas Técnicas (Copant) e da reunião de seu conselho superior, no Brasil. Ambas acontecerão em Fortaleza, no Ceará, nos dias 7 a 11 de maio. Nosso principal desafio é contribuir para que a ABNT seja ainda mais forte e presente nos cenários nacional e internacional, buscando estar em sintonia com as demandas por cooperação com outros países, tanto as identificadas pela própria ABNT quanto aquelas

do governo brasileiro relacionadas a normalização e avaliação de conformidade.

Laila Pieroni Ribeiro - Gerente de Comunicação e Eventos

Para 2012 temos vários grandes desafios. A equipe está concentrada em reduzir custos e aumentar os resultados. Realizaremos em maio a Semana da ABNT em Fortaleza, onde acontecerá a Assembleia Geral da Copant, evento internacional organizado pela ABNT. Também na capital cearense teremos mais dois seminários, um sobre Energias Renováveis e outro sobre Responsabilidade Social. O Exponorma, que é nosso grande evento anual, acontecerá em novo local, durante dois dias. Acreditamos que vamos atrair um maior número de participantes. Também estamos intensificando o relacionamento com as Comissões de Estudos e com os analistas técnicos, para mostrar a importância de fazermos eventos de lançamento de normas. Ainda temos mais dois grandes desafios: desenvolver e implementar um Plano de Comunicação da ABNT e lançar o novo Portal. Nosso objetivo é fazer com que a sociedade conheça a marca ABNT e sua importância, que tenha uma visão real das atividades da ABNT e participe mais, não apenas do processo de normalização, mas também cobrando qualidade de produtos e serviços por meio da aplicação de normas. Com o Portal pretendemos mostrar a norma presente no cotidiano das pessoas e fazer com que todas as nossas ações resultem em aumento da visibilidade da ABNT.


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Diretoria Adjunta de Negócios

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Concluímos o primeiro trimestre de 2012 cumprindo as metas estabelecidas, com a realização de cursos sobre 21 temas, entre eles, gestão da qualidade, gestão ambiental, responsabilidade social, segurança de alimentos, saúde e segurança ocupacional, coordenação e seletividade, aterramento, etiquetagem de têxteis, trabalhos acadêmicos e acústica. Neste ano, estamos focados na melhoria do atendimento ao cliente por meio, principalmente, da criação de um novo sistema de divulgação dos cursos e de recebimento de inscrições e pagamentos, que facilitará a aplicação da política de descontos, favorecendo os associados da ABNT e buscando maior fidelização de clientes. Um dos nossos desafios é disseminar entre as empresas comerciais cursos como o de Atendimento ao cliente – Qualidade de serviço para pequeno comércio (ABNT NBR 15842:2010) e Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias para empresas de serviços de alimentação (ABNT NBR 15635:2008). Continuamos com o trabalho iniciado no ano passado, resultado de um convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que consiste na preparação de sua equipe para conscientizar as micro e pequenas empresas (MPE) da importância da normalização como instrumento de inovação e competitividade.

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Vamos intensificar nossas parcerias com entidades que também abraçam a normalização e assim difundir cada vez mais a norma como uma ferramenta que só traz benefícios aos produtos e serviços, lembrando que nos últimos anos o Brasil tem se projetado com muito sucesso no mercado externo e com certeza esse sucesso em parte se deve à normalização. Um dos desafios que assumimos é o de conquistar e manter o número de associados para que possamos dar maior suporte à ABNT. Das metas traçadas para 2012, destacamos a interação e a renegociação com o quadro associativo. Iniciamos bem essas ações: angariamos 21 novos associados e cumprimos as metas estipuladas para o bimestre. Completamos e motivamos a equipe, com o objetivo de reforçar a comunicação e valorizar a marca ABNT, por meio de participação e apoio em feiras e eventos. Já confirmamos a participação em oito feiras de negócios e apoio a outras 22. Nossa meta é expandir ações e intensificar o trabalho junto ao público jovem e às micro e pequenas empresas. Iniciamos negociações de acordos de cooperação com o Governo, com o objetivo de disseminar as normas técnicas e defender os interesses da sociedade brasileira

Ademilde Muniz de Castro - Gerente de Capacitação boletim ABNT

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Roberto Silva Santos - Gerente de Articulação Nacional

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Twitter: @abntoficial Facebook: Abnt Normas Técnicas Youtube: www.youtube.com/abntweb

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Rafael Antonio Sorrija – Coordenador do Centro de Informação Tecnológica (CIT)

O Centro de Informação Tecnológica (CIT) é responsável pelo auxílio aos nossos usuários disponibilizando serviços como pesquisa e levantamento para indicação de normas, tanto as da ABNT como aquelas desenvolvidas no âmbito da Associação Mercosul de Normalização (AMN), da ISO e outros organismos estrangeiros. No primeiro trimestre tivemos grande avanço na parceria com o Sebrae, com o site setorial Ideias de Negócios. Nele, usuários interessados em aprimorar ou abrir seu próprio negócio podem pesquisar a respeito de normas técnicas disponíveis para diversificados ramos de atividade, desde uma administradora de condomínio até uma fábrica de tijolo ecológico. Também estamos em negociação com o Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT) para também provê-lo de informações sobre normas técnicas em seu portal. Este ano, um de nossos desafios consiste na implantação de um sistema de banco de dados e de relacionamento, que permitirá o gerenciamento das relações da ABNT com os usuários, resultando em melhor monitoramento do uso da informação tecnológica fornecida no pós-atendimento. Somado a isso, trabalhamos na reformulação e consolidação do site setorial para micro e pequenas empresas (portalmpe.abnt.org.br) como instrumento de apoio à sensibilização e articulação dessas organizações nos processos da normalização, e também como promoção e fomento na aquisição e uso das normas técnicas. O CIT é responsável pela atualização e manutenção do seu conteúdo.

Regiane Guaglione Contier - Gerente Comercial

A área Comercial da ABNT propõe-se a facilitar o acesso às normas técnicas, seja em forma eletrônica ou impressa, coleções ou coletâneas customizadas. Para tanto, empenha-se na divulgação dos serviços e produtos oferecidos, alguns ainda desconhecidos por uma grande parcela da sociedade. Cabe à área Comercial dar continuidade aos convênios e parcerias com o Ministério do Turismo (MTur) para disponibilização das normas do Comitê Brasileiro de Turismo e do Comitê Brasileiro de Acessibilidade. Essas normas estão disponíveis para visualização e impressão no site do MTur. No âmbito do convênio com o Sebrae, atendemos as micro e pequenas empresas (MPE), que hoje somam aproximadamente 7 milhões no país, em ações de disponibilização gratuita de normas reunidas em coleções setoriais. As MPE também podem adquirir quaisquer normas ABNT e AMN por 1/3 do seu valor. Estamos em negociação com o Sistema Confea/Crea e Mútua para renovação do convênio que oferece a engenheiros e arquitetos a aquisição de normas com 50% de desconto. Também permanecemos em campanha nas escolas técnicas e universidades para disponibilização de normas aos estudantes, incentivando a sua aplicação pelos futuros profissionais. Além das normas ABNT NBR e da AMN, disponibilizamos documentos de organismos internacionais ou estrangeiros: ISO, IEC, JIS e NFPA. Estamos, por meio da Diretoria de Relações Externas, em tratativas com as entidades ASTM, DIN e British Standards Institution (BSI) para também oferecermos suas normas em nosso catálogo na web.


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Diretoria Geral

Guy Ladvocat - Gerente de Certificação de Sistemas

Fazendo um balanço do trimestre, verifica-se que a Gerência de Certificação de Sistemas está conseguindo atingir as metas estabelecidas para 2012. Considerando que o Estado de São Paulo corresponde a, aproxiadamente, 50% de todo o mercado brasileiro, uma das estratégias adotadas para atingir as metas deste ano foi a reestruturação da área comercial em

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A marca ABNT tem expressão no mercado nacional. Nos últimos seis anos, definimos o posicionamento com relação à estratégia a ser adotada em um ambiente maduro e competitivo. A revisão e a atualização de nossos planos de ação e o monitoramento de nossos processos foram pontos prioritários para o crescimento de todas as atividades de certificação. Incrementar as atividades de venda foi a nossa tônica nos últimos anos. O crescimento sustentável da certificação está alicerçado no ciclo que se inicia com a fase de prospecção do mercado, oferta do produto, follow up, contratação, execução e acompanhamento. Todas as etapas têm peso significativo para gerar a qualidade esperada do produto final. As realizações da certificação nas áreas técnica e comercial levaram a um crescimento significativo de novos clientes, na maioria dos casos procurando soluções customizadas para suas demandas. Desenvolvemos sistemas informatizados possibilitando o acompanhamento permanente das ações, de forma a otimizar os resultados. Ao longo dos últimos anos tivemos um crescimento maduro e progressivo que gera expectativas para o próximo triênio 2012/2015. Há grandes desafios para atendimento ao nosso planejamento para 2012 e serão suportados com ações como: • Mapeamento do mercado de certificação por meio de telemarketing, para identificarmos potenciais clientes para nossos serviços;

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Antonio Carlos Barros de Oliveira - Gerente Geral de Certificação

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Certificação

• Segmentação do mercado por região geográfica, permitindo a escolha de estratégias locais relacionadas a preços, parceiros e melhor forma de sensibilização dos clientes; • Definição de nichos de mercado a serem explorados em caráter de pioneirismo; • Desenvolvimento e ampliação da certificação de produtos (voluntária e compulsória); • Aproximação/parcerias com entidades/associações representativas do patronato, formadoras de opinião junto a empresas de seus segmentos; • Implementação de atividades de marketing para ampliar o mercado por meio de informações do mapeamento, com a preparação/distribuição de informações, realização de seminários etc., sobre o processo de certificação, para as empresas que desconhecem o assunto; • Atualização dos sistemas informatizados no âmbito gerencial/comercial, com o objetivo de otimizar o tempo dos profissionais, o controle das diversas atividades de rotina etc. Nossa equipe gerencial de produtos e sistemas está consciente dos esforços necessários para atender ao planejamento 2012. A Gerência de Certificação e a Direção Geral devem avaliar de forma progressiva as metas estabelecidas, oferecendo os recursos necessários à sua execução


São Paulo, buscando maior eficácia no processo de busca de novos clientes. Outra ação adotada no sentido de assegurar o cumprimento das metas foi o treinamento e a conscientização do pessoal que trabalha na operação do Programa de Rotulagem Ambiental, hoje bastante promissor, para que atuem também na busca de novos clientes, já que a questão ambiental está em evidência no mundo e o programa da ABNT representa um diferencial de mercado para as empresas certificadas. As metas da Gerência de Certificação de Sistemas para 2012 são bastante desafiadoras. Entre nossos maiores desafios está, em primeiro lugar, o mercado de certificação de sistemas de gestão, que é extremamente competitivo e a ABNT está se posicionando como um dos principais players. Outro grande desafio é a busca de novos mercados para programas de certificação, como o da Rotulagem Ambiental. Apesar de ser uma questão que está em evidência, ainda há muito desconhecimento em relação ao assunto. Neste caso, portanto, estamos trabalhando bastante para transformar o Rótulo Ecológico ABNT conhecido e exigido pelo mercado consumidor.

foi planejado com métodos melhores e mais eficazes. Por outro lado, nossas áreas comerciais, de desenvolvimento, técnica e administrativa terão melhor oportunidade de demonstrar o atingimento de metas, em razão da criação de indicadores específicos. Atuam no Brasil cerca de 70 organismos certificadores de produtos, nacionais e estrangeiros, de variados portes. Os estrangeiros utilizam sua ramificação internacional como vantagem competitiva no atual cenário de importação de produtos. Neste ambiente, graças ao empenho interno e confiança externa, somos um dos primeiros do ranking. Nosso principal desafio é atender (ou superar) às expectativas de todos que depositaram confiança na ABNT Certificadora, buscando valorizar ainda mais a nossa marca. São fabricantes, prestadores de serviços, consumidores, laboratórios, auditores, colaboradores internos e parceiros externos, membros de comitês técnicos de certificação, nosso Conselho Deliberativo, diretores. Todos confiando na adequação de nossos processos e capacidade de avaliação técnica.

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Marli Mariotti - Coordenadora de Secretaria Sergio Pacheco - Gerente de Certificação de Produtos

A certificação de produtos é uma atividade de alta complexidade, cujo sucesso depende da correta realização de cada uma de suas etapas, sejam comerciais, técnicas ou administrativas. Para alcançar as metas estabelecidas em nosso plano estratégico 2012, estamos trabalhando fortemente na gestão e no controle de todos os indicadores de desempenho, de modo a agirmos prontamente em eventuais correções de rumo. Também estamos dando muita ênfase na capacitação de pessoal e no balanceamento dos recursos disponíveis visando à redução de gargalos administrativos. Enfim, estamos executando e monitorando o que

A maior meta da Secretaria é o atendimento. Destaca-se também a execução orçamentária das despesas com representação (viagens), tendo em vista as constantes variações de preços, principalmente das passagens aéreas (há tarifas que chegam a ter aumento considerável num mesmo dia). Utilizamos um calendário que contempla as reuniões do Presidente e da Diretoria, adotamos o procedimento de solicitar as passagens com antecedência e introduzimos a cotação imediata, conseguindo assim obter tarifas com preços bastante satisfatórios. Para a Secretaria, os principais desafios nestes primeiros meses são: o encerramento do processo eletivo para Superintendentes dos Comitês Brasileiros;


[ Institucional ]

a continuidade do processo eletivo para membros do Conselho Deliberativo, que se encerrará no final de abril (dia 24); e a realização da Assembleia Geral Ordinária (AGO), que também acontecerá em 24 de abril. Essas ações são estatutárias, ou seja, não pode haver qualquer atraso. O cronograma deve ser respeitado na íntegra, pois se houver alguma falha as eleições e a AGO poderão ser impugnadas pelos nossos associados, o que traria transtornos, retrabalho e deixaria lacunas nos Conselhos Deliberativo e Técnico.

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Para 2012 temos uma série de ações em desenvolvimento no setor. Destaco algumas delas: • Acompanhamento mensal da execução orçamentária e emissão de relatórios para suprir a Diretoria e demais gestores com informações relativas à área, subsidiando a tomada de decisões; • Administração e acompanhamento da movimentação do fluxo de caixa da ABNT, de forma a assegurar a saúde financeira da Instituição; • Atualização das certidões negativas da ABNT, para que não haja comprometimento de seus negócios; • Reavaliação das despesas administrativas e financeiras, com a finalidade de redução de custos; • Acompanhamento dos trabalhos da Auditoria externa, para fechamento do Balanço 2011, para apreciação do Conselho Fiscal e aprovação do Conselho Deliberativo e Assembleia Geral, assegurando o registro fiscal e legal da ABNT. Já o nosso desafio é manter o fluxo de caixa sempre positivo e controle da execução orçamentária dentro do previsto, para que se possa atingir as metas e compromissos assumidos pela Diretoria Executiva com o Conselho Deliberativo da ABNT.

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Marcia Henriques Cornelsen - Gerente Administrativa/financeira

A área de Tecnologia da Informação (TI) possui metas audaciosas em 2012, que será um ano de avanço com relação à implementação de plataformas de gestão em segmentos ainda não informatizados em seus processos, como o Centro de Informação Tecnológica (CIT) e a Capacitação. Na área comercial, estamos implantando uma platforma de Customer Relationship Management, totalmente integrada ao Cadastro de Pessoas, que permitirá à equipe do ABNT Coleção gerenciar seus processos de vendas e dar um melhor follow up às propostas e contratos vigentes. Junto à Diretoria de Relações Externas, daremos continuidade à implementação dos acordos de cooperação comercial, somando à ISO, a International Electrotechnical Commission (IEC), a Japanese Industrial Standards (JIS) e a National Fire Protection Association (NFPA) os acordos que disponibilizarão normas ASTM, DIN, da Associação Francesa de Normalização (AFNOR) e do European Committee for Standardization (CEN). Na Normalização, estamos iniciando com a Gerência do Processo de Normalização um importante projeto conhecido internamente como PMDB. Essa nova plataforma irá auxiliar a Gerência a ter uma maior visibilidade das atividades em curso, bem como possibilitar a expansão dos seus trabalhos e mais rapidez na conclusão dos projetos de normas. Com relação à Certificação, área que tem crescido significativamente, continuaremos evoluindo as plataformas de gestão, em especial a Certificação Operacional (Certo). Ainda nessa área, estamos lançando um novo portal do produto Rótulo Ecológico. nacional, a TI continuará atuando nos foros internacionais, defendendo as posições da ABNT em conjunto nacional, a TI continuará atuando nos foros internacionais, defendendo as posições da ABNT em conjunto

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Nelson Al Assal Filho - Assessor de TI da Diretoria Executiva


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com a Diretoria de Relações Externas. Estamos realizando reuniões na ISO, liderando as discussões sobre modelo de negócio no iTAG, Grupo de Assessoria do Secretário-Geral da ISO, e coordenando como chairman o grupo ISOlutions, responsável pela disseminação de produtos eletrônicos para os membros da ISO. Buscamos nessas atuações consolidar a ABNT como referência em modelos de negócios digitais para toda a ISO e liderar essa discussão e implementação no que diz respeito aos países em desenvolvimento. Ainda na área internacional, teremos uma atuação de destaque na Copant. Também estamos implementando um acordo com o Instituto Argentino de Normalização (IRAM), para apoiá-lo em TI e fornecer soluções de modelos de negócios digitais, criando assim um case inédito de auxílio mútuo entre países em desenvolvimento.

Na área de comunicação, temos o grande desafio de apoiar a elaboração e implementação do novo Portal ABNT, assim como da Página MPE, projetos estratégicos para nossa organização. Este ano será de avanço e construção e temos um único desafio, que é desenvolver todos os projetos citados, bem como dar conta da evolução dos produtos já em operação. Ou seja, coordenar todas essas ações, em conjunto com as áreas que detêm os processos de negócio, para que elas possam atingir seus resultados. Com isso, a área de TI deseja dar as condições para que a ABNT continue sua trajetória notável de crescimento em todos os seus grandes ativos, tanto financeiramente, como também em visibilidade, liderança e reputação

ISO/TC 20/SC 14 reúne-se no Brasil Atividades serão realizadas em duas cidades paulistas, de 14 a 17 de maio. O Subcomitê Técnico ISO/TC 20/SC 14 Space Systems and Operations realizará no Brasil, em maio, a sua 22ª Reunião Plenária. O evento vai ocorrer em duas cidades paulistas: em São José dos Campos, os Working Groups (WG) se reunirão nos dias 14 a 16; em Campos do Jordão, acontecerá a Plenária, no dia 17 de maio. A cidade de São José dos Campos concentra as principais atividades do setor espacial do Brasil. Ali estão o Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), indústrias aeroespaciais e

Para seu conhecimento

Esta seção é destinada à divulgação de processos, termos e curiosidades utilizados na Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e relacionados à normalização. Nesta edição destacamos o que é Certificação voluntária. Certificação voluntária é aquela que não possui qualquer regulamentação de órgão oficial. São exemplos as certificações de sistemas de gestão da qualidade (ABNT NBR ISO 9000) e gestão ambiental (ABNT NBR ISO 14000). Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a certificação voluntária é decisão exclusiva do

também está sediado o Secretariado do Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Espaço (ABNT/CB-08). As reuniões do ISO/TC 20/SC 14 sempre têm apoio e participação de organizações espaciais e são preparadas pelo Organismo Nacional de Normalização do país anfitrião. No caso do Brasil, um Grupo de Trabalho foi organizado sob a coordenação do INPE e ABNT, por meio do Subcomitê de Atividade Espacial (SC 08:010), cujo Secretariado está localizado nas instalações do Laboratório de Integração e Testes do INPE. Esta será a segunda vez que o ISO/TC 20/SC 14 realiza Plenária no Brasil (a primeira foi em 2001) e a expectativa é de reunir cerca de 120 especialistas de 13 países.

solicitante e tem como objetivo garantir a conformidade de processos, produtos e serviços às normas elaboradas por entidades reconhecidas pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Sinmetro). Portanto, a certificação voluntária, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação (SBC), deve ser executada com base nas Normas Brasileiras, regionais ou internacionais, atendendo aos níveis de normalização. Em situações específicas, normas estrangeiras e de consórcios também podem ser utilizadas. Outras informações sobre a Certificação ABNT em: http://www.abnt.org.br/m3.asp?cod_pagina=940


[ Dúvidas ] 1. Preciso de uma norma da ABNT sobre o cálculo de perda de cargas de uma instalação predial de água fria. Luiz Diniz – Boamarca Agropecuária Ltda – Aldeia – PE

No que se refere aos usos não domésticos, esta Norma aponta as exigências a serem observadas quando tais usos ocorrem associados ao uso doméstico, com o objetivo de resguardar a segurança sanitária e o desempenho da instalação. Esta Norma pode ser utilizada como referência técnica de procedimento de recebimento de uma instalação predial de água fria, em contrato entre o construtor e o usuário, ou entre o construtor e o projetista ou, ainda, entre o construtor e o instalador. 2. Gostaria de saber se a ABNT tem uma norma que trate de ataduras ortopédicas. Andresa Mércia – União Têxtil Ind. e Com. de Produtos Hospitalares Ltda. – Bragança Paulista – SP

A ABNT responde: Dispomos da ABNT NBR 15620:2008 - Artigos têxteis hospitalares - Atadura ortopédica - requisitos e métodos de ensaio, que especifica os requisitos de ensaio para atadura ortopédica. 3. Por favor, informem qual norma da ABNT trata de execução de estaca Strauss. Tabata Silva – Comercial Construtora PPR - São Paulo – SP

A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 6122:2010 Projeto e execução de fundações, que estabelece os requisitos a serem observados no projeto e execução de fundações de todas as estruturas da engenharia civil. Esta Norma possui um anexo G, que trata de “Estacas moldadas in loco Strauss – Procedimento Executivos” 4.Estou procurando alguma norma da ABNT que se refira a regulador de pressão para gás GLP e cite a vida útil desse produto. Silton Jr – FireGas Instalações e Manutenções Ltda – Jarinu – SP

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A ABNT responde: A ABNT NBR 8473:2005 – Regulador de baixa pressão para gás liquefeito de petróleo (GLP) com capacidade até 4 kg/h estabelece as características de construção e de funcionamento e os métodos de ensaio para reguladores de baixa pressão para gás liquefeito de petróleo (GLP) com capacidade até 4 kg/h. Esta Norma é aplicável a reguladores com pressão nominal de saída de 2,80 kPa e vazão nominal em massa de até 4 kg/h de GLP, entre temperaturas de - 10°C a 60°C, para instalações com recipientes transportáveis de aço para GLP conforme a ABNT NBR 8460:2011, ou para instalações prediais conforme ABNT NBR 15526:2007. 5. Estou desenvolvendo um projeto para um condomínio e gostaria de saber quais normas da ABNT posso aplicar para tratamento de esgotos (fossas sépticas). Deoclecio Pereira Leite – Engenheiro Autônomo – Caldas Novas – Goiás.

A ABNT responde: Existem as seguintes normas sobre o assunto: - ABNT NBR 7229:1993 Versão Corrigida:1997 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, que fixa as condições exigíveis para projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos, incluindo tratamento e disposição de afluentes e lodo sedimentado. Tem por objetivo preservar a saúde pública e ambiental, a higiene, o conforto e a segurança dos habitantes de áreas servidas por estes sistemas. - ABNT NBR 13969:1997 – Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos - Projeto, construção e operação, que tem o objetivo de oferecer alternativas de procedimentos técnicos para o projeto e operação de unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos de tanque séptico, dentro do sistema de tanque séptico para o tratamento local de esgotos. As alternativas aqui citadas devem ser selecionadas de acordo com as necessidades e condições locais onde é implantado o sistema de tratamento, não havendo restrições quanto à capacidade de tratamento das unidades.

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Esta Norma é aplicável à instalação predial que possibilita o uso doméstico da água em qualquer tipo de edifício, residencial ou não. O uso doméstico da água prevê a possibilidade de uso de água potável e de água não potável.

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boletim ABNT

À instalação objeto desta Norma podem estar integrados outros sistemas hidráulicos prediais para os quais devem ser observadas normas específicas. No caso da instalação predial de água quente, deve ser atendida a ABNT NBR 7198:1993 e no caso da instalação predial de combate a incêndio deve ser atendida a ABNT NBR 13714:2000.

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A ABNT responde: Existe a ABNT NBR 5626:1998 – Instalação predial de água fria, que estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável, devendo ser observadas pelos projetistas, assim como pelos construtores, instaladores, fabricantes de componentes, concessionárias e pelos próprios usuários.


[ Turismo e Normalização ]

Rumo à Coréia

Parceria ABNT e SEBRAE

Nossa norma é

ajudar você a crescer

A ABNT e o SEBRAE firmaram um convênio que possibilita às MPE, após breve cadastro, o acesso às normas técnicas brasileiras por 1/3 do seu preço de mercado.

www.abnt.org.br/paginampe

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O Brasil conta com perto de 100 empresas de turismo de aventura certificadas conforme a ABNT NBR 15331:2005, Turismo de Aventura – Sistema de gestão da Segurança – Requisitos. Espera-se uma intensa discussão na reunião de Seul, com a elevação dos textos ao estágio ISO/DIS, o penúltimo antes de se converterem em Normas Internacionais. Também em março, reuniu-se a Comissão de Estudos de Mergulho, que acompanha os trabalhos do WG1 – Diving, que é o mais ativo Grupo de Trabalho do TC 228 e já publicou 10 normas. Seis desses documentos, que tratam de mergulho autônomo, já foram adotados como Normas Brasileiras. O WG 1 inicia agora a sua revisão. A comissão discutiu as estratégias para a participação nessa revisão e decidiu também iniciar os trabalhos para a adoção da demais normas, que incluem mergulho com snorkelling, modalidade muito praticada no Brasil com finalidades turísticas

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mínima antes, durante e após a atividade de turismo de aventura). Nos dias 12 e 13 de março, três Comissões de Estudo do ABNT/CB 54 reuniram-se em São Paulo para discutir e preparar comentários aos documentos de trabalho que resultaram da última reunião do WG7, realizada no Brasil em outubro de 2011. Estiveram reunidas as comissões de Sistema de Gestão da Segurança em Turismo de Aventura, de Competências de condutores de turismo de aventura e de Informações a clientes de turismo de aventura. As reuniões foram muito produtivas e contaram com a presença de empresários, especialistas e representantes dos consumidores de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A participação dos representantes de micro e pequenas empresas foi apoiada pelo Sebrae. Após a análise dos textos foram preparados comentários para o seu aperfeiçoamento, tirando partido da experiência brasileira de campo com as Normas Brasileiras que serviram de base para os textos da ISO.

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S

erá realizada, em maio, a reunião plenária do ISO/TC 228 – Tourism, em Seul, na Coréia do Sul. Vários grupos de trabalho do ISO/TC 228 também se reunirão na oportunidade, entre eles o WG 7 – Adventure Tourism, que é liderado pelo Brasil, em cooperação com o Reino Unido. A participação brasileira nesse evento será apoiada pelo convênio entre a ABNT e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O WG 7 discutirá em Seul os projetos de normas ISO 14.489-1, Adventure tourism – Safety management system – Requirements (Turismo de aventura – Sistema de gestão da segurança – Requisitos), ISO 14.489-2, Adventure tourism – Leader – Personnel competences (Turismo de aventura – Líderes – Competências de pessoal) e ISO 14.489-3, Adventure Tourism — Information for Participants — Minimum Before, During and After the Adventure Tourism Activity (Turismo de aventura - Informação aos participantes - Informação


[ Negócios ]

A Gerência de Capacitação da ABNT planeja expandir suas atividades além do eixo Rio-São Paulo e já tem realizado cursos abertos em Porto Alegre, Brasília e Curitiba sobre as normas de Aproveitamento de água de chuva, Acessibilidade, Trabalhos acadêmicos, Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, Avaliação de ruído no meio ambiente e Segurança da informação. Na área de cursos in company, como resultado da maior divulgação dos treinamentos e da qualificação da equipe e dos instrutores, já foram atendidos empresas e órgãos públicos das seguintes regiões: Centro-Oeste, com destaque para Brasília e Cuiabá; Nordeste, em São Luis e Fortaleza; e Norte, em Manaus, Altamira e Rio Branco. Entre os cursos promovidos em 2012, destacou-se o de Etiquetagem de têxteis realizado em janeiro com

mais de 20 participantes (máximo permitido). Trata do histórico da lei de etiquetagem e da norma de simbologia; da Resolução Conmetro nº 02/2008; do Regulamento Mercosul e várias Normas da ABNT com ênfase na ABNT NBR NM ISO 3758:2010 que estabelece um sistema de símbolos gráficos, objetivando o uso em artigos têxteis fornecendo informações para prevenir danos irreversíveis durante os processos de cuidados. No primeiro trimestre deste ano, a área já contabilizou edições de 21 diferentes assuntos, inclusive aqueles que têm a ver com a época das fortes chuvas como o de aproveitamento da água de chuva em regiões urbanas e o manejo de águas pluviais, dirigidos, principalmente a engenheiros e arquitetos de empresas públicas ou privadas.

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Capacitação amplia atuação

Nos últimos anos a ABNT vem aprimorando seus sistemas de Tecnologia da Informação para que a sociedade tenha facilidade de acesso às Normas Técnicas via web com agilidade e praticidade, além da segurança de adquirir produtos originais e atualizados. No Catálogo Eletrônico, além das normas ABNT NBR (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e AMN (Associação Mercosul de Normalização), podem ser encontrados nos formatos impresso e eletrônico documentos ISO (International Organization for Standardization), IEC (International Electrotechnical Commission), JSA (Japanese Standards Association) e

NFPA (National Fire Protection Association). Representante exclusiva da ISO no Brasil, a ABNT também representa oficialmente outros organismos, como JIS, DIN, ASTM, ASME, BSI, IEEE e assim sendo pode oferecer condições de fornecimento mais favoráveis aos usuários. Coerentes com o nosso lema “PENSOU NORMAS TÉCNICAS, PENSOU ABNT”, estamos em fase final de negociação para representar no Brasil outras entidades de normalização, como, API, AWWA, SAE, MIL, entre outras. Ainda neste ano, teremos mais novidades no Catálogo de normas.

Contra pragas urbanas Durante o verão, a população preocupa-se com chuvas, raios e inundações, mas tem também a atenção voltada para as chamadas pragas urbanas, que provocam danos econômicos, à saúde e ao meio ambiente, tanto no campo quanto na cidade. É no verão que pragas como ratos, baratas e cupins e mosquitos, entre eles o temível disseminador da dengue, espalham-se com maior intensidade. Para orientar o combate a esses seres indesejáveis, a ABNT mantém em seu acervo as seguintes normas técnicas:

- ABNT NBR 15584-1:2008 - Controle de vetores e pragas urbanas - Parte 1: Terminologia. - ABNT NBR 15584-2:2008 - Controle de vetores e pragas urbanas - Parte 2: Manejo integrado. - ABNT NBR 15584-3:2008 - Parte 3: Sistema de gestão da qualidade - Requisitos particulares para aplicação da ABNT NBR ISO 9001:2000 para empresas controladoras de pragas. Essas normas estão disponibilizadas por meio do sistema ABNT Catálogo e podem ser adquiridas pela web (www.abnt.org.br/catalogo)

abril | 2012

boletim ABNT

29

29

Normas técnicas do mundo ao seu alcance


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boletim ABNT 30 janeiro | 2012

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[ Normalização em Movimento ]

ABNT inicia trabalhos na área de Defensivos Agrícolas No dia 10 de fevereiro, foi instalada a Comissão de Estudo Especial de Defensivos Agrícolas (ABNT/CEE171), com a presença de aproximadamente 15 entidades. O evento foi realizado no prédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em São Paulo, onde serão realizadas as reuniões da Comissão em 2012.

O grupo é responsável pela normalização no campo de defensivos agrícolas, no que concerne a terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades. A ABNT/CEE-171 irá se reunir uma vez por mês e os interessados em participar deste trabalho podem encaminhar e-mail para gprsp1@abnt.org.br.

CEE de Símbolos Gráficos rais, marcas de pontuação, sinais e símbolos matemáticos, e símbolos de grandezas e unidades não farão parte dos projetos da CEE. A nova Comissão também atuará como espelho do ISO/TC145 – Graphical symbols. A ABNT/CEE-168 irá se reunir uma vez por mês e os interessados em participar deste trabalho podem encaminhar e-mail para gprsp1@abnt.org.br.

31000:2009, pois fornece orientações sobre a seleção e aplicação de técnicas sistemáticas para o processo de avaliação de riscos. O documento, que não se destina à certificação, uso regulatório ou contratual, introduz uma série de técnicas, com referências específicas a outras normas, no qual o conceito e aplicação delas são detalhadamente descritos.

Segurança em parques de diversões Convidado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), o analista técnico Eduardo Lima foi o palestrante no treinamento “Segurança em parques de diversão – Como elaborar o laudo técnico”. O evento teve como objetivo divulgar entre os participantes competências para o estabelecimento de normas e procedimentos (técnicos, legais e administrativos), visando a uma se-

gurança maior dos usuários de parques de diversões. O assunto abordado pelo analista foi a normalização como suporte à legislação. O evento contou com a presença, entre outros, do deputado estadual Wagner Montes, do presidente do CREA-RJ, Agostinho Guerreiro, e do tenente-coronel Leonardo Tupan, do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro.

Participação em eventos internacionais A ABNT, em sua posição de Secretaria desenvolvida por seus analistas, participa no mês de abril, dos seguintes eventos: • Reunião do ISO/TC 242 - Gestão de Energia, em Dublin, Irlanda, nos dias 30 de abril a 5 de maio;

• Reunião do ISO/TC 34 - Alimentos, em Nairóbi, Quênia, nos dias 23 a 27 de abril; • Workshop para países em desenvolvimento, em Nairóbi, Quênia, nos dias 24 e 25 de abril.

abril | 2012

ABNT NBR ISO/IEC 31010, Gestão de Riscos – Técnicas para o processo de avaliação de riscos foi aprovada para publicação, em reunião realizada no dia 6 de fevereiro pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Riscos (ABNT/CEE – 63). Atualmente em fase de editoração, o documento estará disponível para o público em breve. A Norma servirá como apoio à ABNT NBR ISO

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ABNT NBR ISO/IEC 31010 aprovada para publicação

boletim ABNT

A Comissão de Estudo Especial de Símbolos Gráficos (ABNT/CEE-168) foi instalada no dia 28 de fevereiro, com a presença de mais de dez entidades. A reunião foi realizada na ABNT em São Paulo. O escopo de trabalho da Comissão engloba normalização no campo de símbolos gráficos compreendendo cores e formatos, no que concerne a princípios de terminologia, coordenação, aplicação e padronização de símbolos gráficos. A normalização de letras, nume-


[ Fique por Dentro ]

Reuniões das Comissões de Estudo

ABNT/CB-06 - Comitê Brasileiro Metroferroviário ABRIL

CE-06:400.01

Sinalização

24

CE-06:100.04

Traçado e Infra-estrutura

24

CE-06:100.02

Trilhos e Fixações

25

CE-06:100.01

Dormentes e Lastros

25

CE-06:300.04

Rodas, Eixos, Rolamentos e Rodeiros

26

CE-06:100.03

Aparelho de Mudança de via e Cruzamentos

26

CE-06:300.01

Vagões, Truques, Engates e Acessórios

27

CE-06:300.02

Locomotivas, Truques, Engates e Acessórios

27

ABNT/CB-11 - Comitê Brasileiro de Couro, Calçados e Artefatos de Couro 19

CE-11:300.03

Construção Inferior do Calçado

17

CE-11:100.04

Resíduos Líquidos

27

CE-11:100.01

Insumos

27

CE-11:100.02

Ensaios Físicos e Químicos em Couro

26

CE-11:300.02

Adesivos para Calçados e Correlatos

18

ABNT/CB-15 - Comitê Brasileiro do Mobiliário ABRIL CE 15:002.06

32

32

Calçados

boletim ABNT

abril | 2012

ABRIL CE-11:200.01

18

Travesseiros

abril | 2012

boletim ABNT

ABNT/CB-21 - Comitê Brasileiro de Computadores e Processamento de Dados ABRIL CE-21:007.26

Teste de Software

12

CE-21:038.00

Plataformas e Serviços de aplicativos Distribuídos

26

ABNT/CB-24 - Comitê Brasileiro de Segurança Contra Incêndio ABRIL

CE-24:202.03

Sistemas de Detecção e Alarme Contra Incêndio

14

CE-24:204.01

Sistema de Iluminação de Emergência

24

CE-24:301.13

Proteção Contra Incêndio em Túneis

24

CE-24:204.03

Sistemas de Controle do Movimento da Fumaça de Incêndio

24

MAIO

CE-24:203.02

Planos e Equipes de Emergência Contra Incêndio

CE-24:302.05

Mangueiras de Combate a Incêndio e Acessórios

CE-24:302.03

Extintores de Incêndio

CE-24:301.12

Líquido Gerador de Espuma (LGE) para Extinção de Incêndio

CE-24:202.03

Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio

7 8 9

12 14

ABNT/CB-26 - Comitê Brasileiro Odonto-Médico-Hospitalar ABRIL CE-26:140.01

Artigos não Duráveis de Puericultura

16

CE-26:130.01

Avaliação Biológica de Produtos para Saúde

20

CE-26:090.01

Esterilização de produtos para saúde

25

CE-26:050.03

Brocas diamantadas odontológicas

24

CE-26:060.01

Equipamento Respiratório e de Anestesia

24

CE-26:060.02

Gases para uso Hospitalar, seus Processos e suas Instalações

25

CE-26:130.02 Agente antimicrobiano em produtos para uso em serviços de saúde

26


[ Fique por Dentro ] MAIO CE-26:150.01

Gestão da qualidade

3

CE-26:070.01

Implantes Ortopédicos

8

CE-26:020.01

Aspectos Gerais de Segurança de Equipamento Eletromédico

4

CE-26:020.02

Equipamento Eletromédico

4

CE-26:030.01 Dispositivos e produtos de plástico, vidro e elastômeros para uso médico, e sistema de coleta de sangue

9

CE-26:040.01

Seringas e Agulhas

9

CE-26:120.02

Classificação e terminologia de produtos de apoio para pessoas com eficiência ou mobilidade reduzida

CE-26:130.01

Avaliação Biológica de Produtos para Saúde

10

CE-26:140.01

Artigos não Duráveis de Puericultura

CE-26:130.02

Agente antimicrobiano em produtos para uso em serviços de saúde

18 21 24

ABNT/ONS-34 - Organismo de Normalização Setorial de Petróleo ABRIL

CE-34:007.01

Etanol Combustível

29

CE-34:007.02

Biodiesel

20

CE-34:000.02

Combustíveis e Produtos Especiais

21

MAIO CE-41:000.00.02

9

Pastilha Fundida

Fluidos de Perfuração / Completação e Cimentação de Poços

25

CE-50:000.04

Equipamentos de Perfuração e Produção

18

CE-50:000.05

MAIO Tubos de Revestimento, Produção e Perfuração 15 ABNT/ONS-58 - Organismo de Normalização Setorial de Ensaios Não Destrutivos ABRIL

CE-58:000.03

Metrologia de END

25

CE-58:000.01

Métodos Superficiais

26

CE-58:000.11

Termografia

27

CE-58:000.06

Ultrassom

26

ABNT/CEE - Comissão de Estudo Especial ABNT/CEE-124

ABRIL Escadas Transportáveis

16

ABNT/CEE-100

Segurança dos Brinquedos

ABNT/CEE-93

Gestão de Projetos

ABNT/CEE-104

Segurança de Alimentos

ABNT/CEE-128

Critérios de Sustentabilidade em Bioenergia

ABNT/CEE-135

Radiações Ionizantes

18

ABNT/CEE-94

Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas

25

ABNT/CEE-168

Símbolos Gráficos

26

ABNT/CEE-80 ABNT/CEE-103

20 16 24 16

MAIO Sistemas de Prevenção Contra Explosão 7 Manejo Florestal - CERFLOR 8

ABNT/CEE-166

Abastecimento d´ água

4

ABNT/CEE-166

Abastecimento d´ água

3

ABNT/CEE-97

Gestão de Segurança para Cadeia Logística

7

ABNT/CEE-103

Manejo Florestal

9

ABNT/CEE-111

Responsabilidade Social

15

ABNT/CEE-111

Responsabilidade Social

14

ABNT/CEE-106

Análises Ecotoxicológicas

8,9 e 10

ABNT/CEE-162

Elaboração de Orçamentos e Formação de Preços de Empreendimentos de Infraestrutura

10

ABNT/CEE-100

Segurança dos Brinquedos

11

abril | 2012

boletim ABNT

ABRIL

CE-50:000.03

33

33

abril | 2012

boletim ABNT

ABNT/CB-50 - Comitê Brasileiro de Materiais, Equipamentos e Estruturas Offshore para Indústria do Petróleo e Gás Natural


boletim ABNT

34

abril | 2012


[ Fique por Dentro ]

Eventos Seminário de Energias Renováveis 09 de maio de 2012 Horário: 8h30 às 17h30 Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE Mais informações e inscrições: eventos@abnt.org.br Seminário de Responsabilidade Social 11 de maio de 2012 Horário: 8h30 às 17h30 Local: Hotel Luzeiros - Avenida Beira Mar, 2600 - Meireles Fortaleza - CE Mais informações e inscrições: eventos@abnt.org.br

Feiras

14° EBRATS - Encontro e Exposição Brasileira de Tratamento de Superfície 11 a 13 de Abril de 2012 Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP Mais informações, www.ebrats.org.br ISC BRASIL 2012 7ª. Feira e Conferência Internacional de Segurança Pública 24 a 26 de Abril de 2012 Local: Expo Center Norte – Pavilhão Verde Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP Mais informações, www.iscexpo.com.br FORIND NE 2012 A Feira da Indústria Nordestina 24 a 27 de Abril de 2012 Local: Centro de Convenções de Pernambuco - Recife/PE Mais informações, www.forindne.com.br CNASI - Congresso Latino-Americano de Auditoria de TI, Segurança da Informação e Governança 23 e 24 de Abril de 2012 - 3ª. Edição - Local Porto Alegre/RS 14 e 15 de Maio de 2012 - 9ª. Edição - Local Brasília/DF 16 e 17 de Julho de 2012 - 2ª. Edição - Local Recife/PE 23 a 24 de Outubro de 2012 - 21ª. Edição - Local São Paulo/SP Para mais informações, www.Ideti.com.br

abril | 2012

ABRASEL SP - Food Service Show 2012 1ª Feira Internacional de Equipamentos, Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar 23 a 26 de Abril de 2012 Local: Bienal do Ibirapuera Rua Pedro Álvares Cabral - Moema - São Paulo/SP Mais informações, http://abraselspfoodserviceshow.com.br

35

10ª EXPOBOR - Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha 10ª PNEU SHOW - Feira Internacional da Indústria de Pneus 11 a 13 de Abril de 2012 Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP Mais informações, www.expobor.com.br

boletim ABNT

29 ª ABRIN - Feira Brasileira de Brinquedos 09 a 12 de Abril de 2012 Local: Expo Center Norte Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - São Paulo/SP Mais informações, www.abrin.com.br


[ Fique por Dentro ]

Seminário de Gerenciamento de Mídias e Redes Sociais & Socialização Web 25 de Abril de 2012 - 1ª. Edição - Local Porto Alegre/RS 16 de Maio de 2012 - 1ª. Edição - Local Brasília/DF 18 de Julho de 2012 - 1ª. Edição - Local Recife/PE Para mais informações, www.Ideti.com.br 9º Congresso INFRA 16 a 18 de Abril de 2012 Local: Centro de Eventos Fecomércio Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - São Paulo/SP Para mais informações, www.temfeirasecongressos.com.br/default.asp?tp=1&cd=2301&cor=000000

36

CCMCC - Congresso Consumidor Moderno de Crédito, Cobrança e Meios de Pagamento 8 a 9 de Maio de 2012 Local: Centro de Eventos Fecomércio Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista - São Paulo/SP Para mais informações, www.ccmcc.com.br

36

FIMA BRASIL - Feira Industrial de Manutenção e Automação 15 a 18 de maio de 2012 Local: Mendes Convention Center Av. Gen. Francisco Glicério, 206 - Santos/SP Para mais informações, www.fimabrasil.com.br ECOFAIR BRASIL - Feira Ambiental de Inovações Regionais 16 a 20 de Maio 2012 Local: Clube União Recreativo Rua Francisco Paulo Brajon 650 - Jardim Guadalajara - Sorocaba/SP Para mais informações, www.ecofair.com.br

abril | 2012

boletim ABNT

boletim ABNT

abril | 2012

ExpoAlumínio 2012 V Congresso Internacional do Alumínio XI Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio 24 a 26 de abril de 2012 Local: Centro de Exposições Imigrantes Rodovia dos Imigrantes Km 1,5 - São Paulo/SP Para mais informações, www.expoaluminio.com.br

Para acompanhar os eventos da ABNT, acesse www.abnt.org.br/eventos

[ Novos Sócios ] 16/02/2012 a 15/03/2012 Nome / Razão Social

Categorias

Alpunto Brasil Refrigeradores e Serviços Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

CKC do Brasil Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Hexagon Metrology Sistemas de Medição Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Império Hiper Indústria de Impermeabilizantes Ltda.

COLETIVO CONTR. - C

Labtex Engenharia Ltda.

COL. CONTR.M.EMP.

Leoni de Souza Leite

INDIVIDUAL ESTUDANTE

Marcos Alberto de Almeida

INDIVIDUAL

Mario Ribeiro da Cruz

INDIVIDUAL

Sociedade de Educação Tiradentes S/S Ltda.

COLETIVO CONTR. - D


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janeiro | 2012

Participe do maior evento de normalização do país!

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abril | 2012

boletim ABNT

Prepare-se para o Exponorma 2012


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